PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM ( )

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1 PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM ( )

2 INTRODUÇÃO A avaliação é um processo abrangente que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades, possibilitando a tomada de decisão para superar os problemas identificados (VASCONCELLOS, 2005). Nesse sentido, o Centro Universitário de Anápolis segue a política de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), segundo as diretrizes da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CONAES). As modalidades avaliativas do SINAES são a autoavaliação ou avaliação interna, atribuída à Comissão Própria de Avaliação (CPA), e a avaliação externa, cujo responsável é o Instituto Nacional de Pesquisas em Educação (INEP). Esta última abrange a avaliação dos cursos de graduação e a avaliação do desempenho de estudantes (ENADE). O SINAES concebe a Educação como uma prática social que pode dinamizar outros processos sociais, oportunizando a construção de uma sociedade inclusiva e cidadã. A avaliação consiste, portanto, num processo sistemático de identificação e mérito de valor que está apoiado em princípios, diretrizes e dimensões. Com efeito, a avaliação não é neutra; pelo contrário, é pautada pelo diálogo. Por exemplo, na área de Saúde, há uma relação dialética indissociável entre Saúde e Educação Superior. Na Enfermagem, o eixo de formação é a articulação teoria-prática-cuidado de enfermagem (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). A proposta de práxis de enfermagem determina os desafios do processo educativo e avaliativo, principalmente em relação à pretensão de se desenvolver uma prática pedagógica crítica e centrada no aluno, o que estabelece a preocupação com a autoavaliação do desempenho nos processos formativos de profissionais, ou seja, com os efeitos da prática pedagógica durante a trajetória do acadêmico, tendo em vista o perfil do egresso.

3 1. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior O SINAES, enquanto componente de uma política do Estado brasileiro responsável pela educação nacional, tem como núcleo a formulação das estratégias e dos instrumentos para a melhoria da qualidade e da relevância das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A avaliação, portanto, tem um caráter diagnóstico. Segundo a concepção do SINAES, a legislação vigente consolidou a avaliação como um dos instrumentos para sustentação da qualidade do sistema de Educação Superior. De acordo com essa visão, os processos avaliativos internos e externos são concebidos como subsídios fundamentais para a formulação de diretrizes para as políticas públicas de Educação Superior e também para a gestão das instituições, visando à melhoria da qualidade da formação, da produção de conhecimentos e da extensão. A Avaliação Institucional é compreendida como a grande impulsionadora de mudanças no processo acadêmico de produção e disseminação de conhecimento, que deverá se concretizar na formação de cidadãos e profissionais, bem como no desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão. A lei nº /2004, em seu artigo 3º, estabelece as dimensões que devem ser o foco da Avaliação Institucional e que garantem, simultaneamente, a unidade do processo avaliativo em âmbito nacional e a especificidade de cada instituição. A partir da visão do SINAES, cabe às próprias instituições gerar um modelo institucional de avaliação. A Autoavaliação constitui, portanto, processo por meio do qual um curso ou instituição permite a sua autoanálise, buscando identificar a coerência entre a Missão e as políticas institucionais efetivamente realizadas, visando à melhoria da qualidade acadêmica e, ao mesmo tempo, ao desenvolvimento institucional. O resultado obtido no processo de avaliação interna permite compor uma visão dos processos pedagógicos e científicos do curso avaliado por meio da identificação de problemas, potencialidades e possibilidades. A avaliação interna consiste no processo contínuo e participativo de autoconhecimento do curso, de análise de sua realidade, da sua organização e de sua ação, buscando sistematizar informações e interpretá-las para identificar os

4 avanços e as dificuldades, bem como estabelecer mecanismos que favoreçam a melhoria dos processos acadêmicos. Nesse sentido, a avaliação interna contribui para a formulação de caminhos para a transformação da Educação Superior. A autoavaliação constitui um processo por meio do qual os gestores, os professores e a comunidade do Curso de Enfermagem propõem-se a analisar os fatores que influenciam no processo de ensino-aprendizagem; identificar limites e possibilidades e, finalmente, possibilitar o aperfeiçoamento do projeto políticopedagógico do curso. 2. Avaliação interna: autoavaliação A Avaliação Interna é um processo contínuo por meio do qual um curso constrói conhecimento sobre sua própria realidade, buscando compreender os significados do conjunto de suas atividades para melhorar a qualidade educativa e alcançar maior relevância social. Para tanto, sistematiza informações, analisa coletivamente os significados de suas realizações, desvenda formas de organização, administração e ação, identifica pontos fracos, bem como pontos fortes e potencialidades, e estabelece estratégias de superação de problemas. A avaliação interna ou autoavaliação é, portanto, um processo cíclico, criativo e renovador de análise, interpretação e síntese das dimensões que delineiam o curso. Configura-se de acordo com a proposta do Projeto de Autoavaliação Institucional, que assim a define: A avaliação interna ou autoavaliação tem como principais objetivos produzir conhecimentos acerca da adequação dos processos de gestão institucional, pôr em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas pela instituição, identificar as causas dos seus problemas e deficiências, aumentar a consciência pedagógica e capacidade profissional do corpo docente e técnicoadministrativo, fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais, tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade, avaliar a relevância científica e social de suas atividades e produtos, além de prestar contas à sociedade (Projeto de Autoavaliação Institucional 2005/06).

5 A avaliação interna consiste no processo contínuo e participativo de autoconhecimento do curso, de análise da sua realidade, da sua organização e de sua ação, buscando sistematizar informações e interpretá-las para identificar os avanços e as dificuldades e estabelecer mecanismos que busquem a melhoria dos processos acadêmicos. Nesse sentido, a avaliação interna contribui para a formulação de caminhos para a transformação da Educação Superior, evidenciando o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, ética e solidária. 3. Avaliação do Curso de Enfermagem A Enfermagem é a ciência, ética e estética do cuidar, a partir das experiências de saúde/doença da humanidade, na qual enfermeiro e paciente são co-participantes (WATSON, 1988). A concepção de práxis que fundamenta a matriz curricular e a formação do acadêmico de Enfermagem da UniEvangélica requer um novo significado de avaliação do desempenho, que implica avaliar a produção do conhecimento, no ensino, na pesquisa e extensão. O processo complexo de desenvolvimento de habilidades e competências para a formação do enfermeiro generalista tem despertado substancial inquietação no corpo docente, no que tange às formas de avaliação. A avaliação do desempenho do aluno encontra respaldo na tendência progressista, a partir das teorias da educação que fundamentam a práxis pedagógica e a práxis de enfermagem do curso, sejam elas o Construtivismo, a Aprendizagem Significante ou a Crítica Social dos Conteúdos. As dimensões da avaliação pretendem aproximar a mensuração e o produto do conhecimento produzido em sala de aula com aquele produzido em situações práticas reais. Por isso, o modelo adotado tem como parâmetro os seguintes tipos de avaliações: avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação somativa. O desempenho desse processo exige a utilização de diferentes estratégias e instrumentos de avaliação, e, por conseguinte, a adoção de uma equação que possibilite atribuir valores que expressem a participação e a aprendizagem. Nesse sentido, o docente tem autonomia para escolher a forma de avaliação que deve atender a política institucional em termos de datas e de valor de mensuração.

6 Considerando que a preocupação com a qualidade constitui uma forte expressão da aproximação entre o marco teórico da avaliação, no âmbito do SINAES, dos serviços de saúde e da disciplina Enfermagem, a Subcomissão Interna de Avaliação (SIA) do Curso de Enfermagem utilizará como marco teórico conceitual e eixo estruturante a tríade de Donabedian (Estrutura, Processos e Resultados). 4. Objetivo Geral Avaliar a organização didático-pedagógica do Curso a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais de graduação em Enfermagem, que determinam, entre outros aspectos, a formação de um profissional preparado para atender às demandas do Sistema Único de Saúde 5. Objetivos específicos Avaliar a qualidade da estrutura física do curso de Enfermagem; Avaliar a estrutura dos laboratórios; Avaliar o acervo bibliográfico do curso de Enfermagem (quantidade, atualização das obras e condições de uso); Identificar dificuldade de aprendizagem por parte de grupos específicos de discentes; Analisar a atuação do corpo docente, com ênfase nos métodos de ensino; Avaliar o funcionamento dos laboratórios, tanto no âmbito da estrutura física quanto no de habilidades específicas; Viabilizar meios de informação à comunidade acadêmica do curso de Enfermagem quanto às metas propostas pela SIA. 6. Dimensões da avaliação Dimensão 1: Organização Didático-Pedagógica Coerência das propostas do Projeto Político de Curso (PPC): Objetivos do curso/ Perfil do egresso/ Estrutura curricular/ Metodologia/ Avaliação (SIA) Prática de atividades multi/interdisciplinares pelos docentes (Docentes/Colegiado 2010).

7 7. Procedimentos para coleta e análise de dados PARA ESTE FIM, SERÁ UTILIZADO O INSTRUMENTO ENVIADO COMO MODELO PELA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO. Indicadores: O que tem que ser avaliado. Quem avalia: Membros do colegiado do curso, em conjunto. Dimensão 1: Organização Didático-Pedagógica Coerência das propostas do PPC: Objetivos do curso / Perfil do egresso / Estrutura curricular / Metodologia / Avaliação (SIA) - (2010) A SIA deve analisar o PPC e responder conjuntamente às seguintes questões: 1. O PPC encontra-se coerente com as DCN, no que se refere: Ao perfil do egresso? Aos objetivos do curso? Ao currículo proposto (conteúdos essenciais para a formação)? 2. Há coerência entre a matriz curricular e os objetivos do curso?

8 3. Há coerência entre a matriz curricular e o perfil do egresso (habilidades e competências)? 4. Há coerência entre a metodologia de ensino proposta no PPC e a concepção do curso (identificação, objetivos, perfil do egresso, matriz curricular)? 5. Há inter-relação (articulação) entre as atividades curriculares (disciplinas, estágios, TCC, atividades práticas etc). 6. Está claramente definida a função de cada conteúdo do currículo (disciplinas, unidades de estudo) na formação proposta no PPC? 7. As ementas estão atualizadas e são adequadas à formação proposta? 8. As bibliografias que compõem as ementas são atualizadas e são relevantes para a formação proposta?

9 9. Estão previstas no PPC estratégias de flexibilização curricular? 10. Os procedimentos de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem estão previstos no PPC e são coerentes com a concepção do curso? 11. Estão previstos mecanismos de autoavaliação do curso, articulados com a autoavaliação institucional? 12. A formação proposta no PPC reflete as expectativas da sociedade e responde às necessidades dos acadêmicos, visando formar sujeitos atentos às demandas sociais e profissionais (mercado de trabalho) próprias da contemporaneidade? 13. O PPC prevê atividades que estimulem o desenvolvimento do espírito científico nos acadêmicos?

10 14. Os resultados de avaliações do curso (autoavaliação, avaliação externa in loc e ENADE) são utilizados para rever/atualizar o PPC? 8. Cronograma CURSO DE ENFERMAGEM SIA CRONOGRAMA DE AVALIAÇÃO: 2010/2 a 2012 DIMENSÕES Dimensão 1 Organização Didático- Pedagógica Dimensão 2 Corpo Docente Dimensão 3 - Corpo Discente ASPECTOS QUE SERÃO AVALIADOS 1. Coerência das propostas do PPC: Objetivos do curso; Perfil do egresso; Estrutura curricular; Metodologia/Avaliação. 2. Adoção de atividades multi/interdisciplinares pelos docentes. 3. Relevância/ adequação da formação proposta no PPC com o contexto real de atuação do egresso. 1. Organização pedagógica e administrativa do curso. 2. Processos de avaliação: adequação e eficácia dos instrumentos de avaliação com o PPC e as políticas de avaliação da Educação Superior. 3. Estratégias metodológicas de ensino: adequação à proposta de formação do PPC e eficácia em relação à realidade do aluno/mercado de trabalho. 1. Existência, efeitos e impactos dos mecanismos de apoio ao discente com dificuldades de aprendizagem (Nivelamento) 2. Perfil do ingressante e seus efeitos na formação RESPONSÁVEIS PELA AVALIAÇÃO Periodicidade da avaliação Colegiado docente Anual 2010/2 Colegiado docente Anual 2010/2 SIA Egressos Colegiado docente Diretor PERÍODO DA AVALIAÇÃO/ CONCLUSÃO Anual 2011 e Anual 2010/2 ENADE 2012 NDE Anual 2011 Colegiado docente Corpo discente Anual 2011 e 2012 SIA Anual 2011 e Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. A aderência dos cursos de graduação em Enfermagem, Medicina e Odontologia às Diretrizes Curriculares Nacionais. Ministério

11 da Saúde. Ministério da Educação. Brasília: Ministério da Saúde, p. 162 ISBN Ministério da Educação. COMISSÃO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Avaliação de Cursos de Graduação. Brasília- DF, 2006 (Instrumento): BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. Resolução nº 3 de 07 de novembro de Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Disponível em: < acessado em 19 set INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Disponível em Acessado em: dez WATSON, Jean. Nursing human sciense and human care a theory of nursing. New York: National League for Nursing, 1988 VASCONCELOS, C. dos S. Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança por uma práxis transformadora. 7 ed. São Paulo: Libertad, 2005.