25/02/2014. Mobilidade Urbana e Inserção no Mercado de Trabalho Vitor Mihessen, mestrando em Economia da UFF

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1 Mobilidade Urbana e Inserção no Mercado de Trabalho Vitor Mihessen, mestrando em Economia da UFF Fonte: SEDEIS/RJ Região Metropolitana do Rio de Janeiro RMRJ Fonte: PDTU, 2013 Fonte: PDTU, 2013 Total de 19 municípios, quase 12 milhões de habitantes (74 da população do Estado do Rio) Mais da metade destes, 6.3 milhões, residem na Capital, a qual concentra 70 dos postos de trabalho formais da Região, segundo dados da RAIS/MTE. Entre 6 horas da manhã e 8 da noite, a capital recebe mais de 2 milhões de pessoas dos municípios da periferia da RMRJ, aumentando sua população em aproximadamente 30. 1

2 IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 228 indicadores divididos em 3 dimensões : Educação, Longevidade e Renda. Classificação Município da RMRJ IDHM ERJ BRASIL População 1º NITERÓI 0,837 1º 7º º RIO DE JANEIRO 0,799 2º 46º º MARICÁ 0,765 6º 296º º NILÓPOLIS 0,753 10º 498º º SÃO GONÇALO 0,739 14º 823º º MESQUITA 0,737 17º 879º º PARACAMBI 0,720 33º 1358º º SÃO JOÃO DE MERITI 0,719 34º 1386º º ITAGUAÍ 0,715 38º 1534º º NOVA IGUAÇU 0,713 44º 1595º º SEROPÉDICA 0,713 46º 1597º º DUQUE DE CAXIAS 0,711 49º 1659º º MAGÉ 0,709 52º 1734º º GUAPIMIRIM 0,698 59º 2121º º ITABORAÍ 0,693 62º 2280º º BELFORD ROXO 0,684 71º 2589º º QUEIMADOS 0,680 73º 2715º º JAPERI 0,659 84º 3458º º TANGUÁ 0,654 87º 3648º Fonte: PNUD, 2013 IDH-M IDHM : Dimensão RENDA, na Região Metropolitana do Rio. Classificação (IDHM) Município da RMRJ IDHM-R TEMPO DE JOVENS DESLOCAMENTO > 60 min NEM-NEM GINI RDPC 1 (1) NITERÓI 0,887 0,6 4,7 0,59 R$ 2.000,29 2 (2) RIO DE JANEIRO 0,840 1,6 6,6 0,62 R$ 1.492,63 3 (3) MARICÁ 0,761 1,2 6,5 0,49 R$ 910,41 4 (4) NILÓPOLIS 0,731 2,3 6,7 0,45 R$ 755,26 5 (5) SÃO GONÇALO 0,711 2,3 8,1 0,43 R$ 669,30 6 (6) MESQUITA 0,704 3,7 10,1 0,47 R$ 640,37 7 (9) ITAGUAÍ 0,703 0,8 10,7 0,47 R$ 635,50 8 (11) SEROPÉDICA 0,695 2,9 9,7 0,47 R$ 604,82 9 (8) SÃO JOÃO DE MERITI 0,693 3,5 10,1 0,43 R$ 597,57 10 (12) DUQUE DE CAXIAS 0,692 3,5 10,5 0,46 R$ 592,81 11 (14) GUAPIMIRIM 0,692 1,7 12,3 0,50 R$ 594,06 12 (10) NOVA IGUAÇU 0,691 4,9 11,4 0,48 R$ 591,00 13 (15) ITABORAÍ 0,690 4,1 10,7 0,48 R$ 584,35 14 (7) PARACAMBI 0,689 1,5 13,1 0,44 R$ 580,49 15 (13) MAGÉ 0,685 3,6 11,8 0,49 R$ 567,59 16 (16) BELFORD ROXO 0,662 6,0 12,8 0,42 R$ 491,51 17 (17) QUEIMADOS 0,659 7,2 13,0 0,43 R$ 484,40 18 (19) TANGUÁ 0,644 2,7 13,5 0,42 R$ 440,84 19 (18) JAPERI 0,637 10,1 13,8 0,42 R$ 420,15 Fonte: PNUD, 2013 IDH-M ANÁLISE DOS MICRODADOS DO CENSO IBGE Filtros no CENSO 2010 IBGE -Área Urbana -Pessoas entre 15 e 64 anos (PIA) -Ocupados: -Fazem o percurso pendular diariamente. -Residentes na RMRJ, que trabalham em um dos 19 municípios. Distribuição dos trabalhadores, pelo tempo de deslocamento na ida ao trabalho: ocupados; na cidade do Rio e na periferia da RMRJ (domicílio) Cidade do Rio Periferia da RMRJ 6 2

3 Tempo médio de deslocamento na ida ao trabalho e percentual de ocupados que levam mais de uma hora no trânsito, por município. Distribuição dos trabalhadores ocupados por município de residência segundo o tempo de deslocamento na ida ao trabalho. RMRJ m i n u t o s Mais que uma hora () Menos que uma hora () Tempo Médio () Diagrama de Rede Supervia, Gráfico 1 : Local de Trabalho dos residentes nos munícipios da Região Metropolitana do Rio 59 Não-Ocupados 39,8 Ocupados 60, No próprio domicílio No município de residência Em outro município que não o de residência Fonte: Supervia.com.br, Gráfico 2 : Local de Trabalho dos munícipios da Região Metropolitana do Rio exceto a capital Distribuição dos trabalhadores ocupados por local de exercício do trabalho principal No próprio domicílio No município de residência Em outro município que não o de residência Origens dos trabalhadores ocupados fora do município de residência 16,0 14,9 14,0 13,2 12,0 10,7 10,0 9,0 Municípios de residência 8,3 8,0 7,4 6, ,0 4,0 2,0 0,0 5,8 5,4 4,0 3,6 2,8 2,4 1,8 1,2 1,1 0,7 0,5 0,4 0 3

4 Destino dos trabalhadores ocupados fora do município de residência 70,0 60,0 65,4 50,0 Municípios de trabalho 40,0 30,0 20,0 11,8 10,0 6,0 4,6 3,5 1,9 1,4 1,2 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,0 Origens e Destinos dos trabalhadores ocupados fora do município de residência Residência\Trabalho Belford Roxo Duque de Caxias Guapimirim Itaboraí Itaguaí Japeri Maricá Magé Mesquita Nilópolis Niterói Nova Iguaçu Paracambi Queimados Rio de Janeiro 0,0 0,5 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3 0,2 0,0 0,0 98 0,0 0,1 0,1 0,0 São Gonçalo São João de Meriti Seropédica Tanguá Belford Roxo Duque de Caxias Guapimirim Itaboraí Itaguaí Japeri Maricá Magé Mesquita Nilópolis Niterói Nova Iguaçu Paracambi Queimados Rio de Janeiro São Gonçalo São João de Meriti Seropédica Tanguá Direção dos deslocamentos pendulares na RMRJ 70,0 Taxa de participação no mercado de trabalho Percentual população empregada 60, , , , ,0 10,0 0,0 16,0 Taxa de desemprego na RMRJ 15 Rio de Janeiro Niterói Grau de Formalização dos postos de trabalho 68 Informal; ,0 12,0 10, São Gonçalo Nilópolis São João de Meriti Duque de Caxias Queimados , Belford Roxo Itaguaí ,0 Mesquita Nova Iguaçu ,0 Itaboraí ,0 Tanguá Seropédica ,0 Japeri Paracambi Magé Maricá Guapimirim Formal Informal 4

5 Tempo de deslocamento na ida ao trabalho, por posição na ocupação com carteira 0 (domicílio) militar e sem carteira conta-própria empregador funcionário público Falta do Emprego Formal próximo da Residência: a) Busca em outra cidade (quando há transporte), recebendo o ônus do deslocamento. b) Não participa (desalento pela imobilidade), ficando impedido de auferir renda do trabalho. c) Inserção no mercado informal, o trabalhador deixa de receber os direitos trabalhistas e o Estado não arrecada. Três dimensões de análise: CENTRALIDADE ; IMOBILIDADE ; INFORMALIDADE A centralidadeda capital, enquanto polo concentrador do emprego formal alinhado ao falho sistema de transportes metropolitano pode estar incentivando a imobilidadeda população e gerando estímulo à informalidade. Há municípios que a centralidade local determina o baixo tempo médio de deslocamento, (Itaguaí e Seropédica) em outros é a falta de mobilidadeque o faz (Guapimirim e Magé), justamente onde se encontram os maiores níveis de desempregoe os maiores percentuais de informalidade. Um paradoxo se monta sobre os vizinhos Japeri e Paracambi, as duas piores taxas de participação da Região: No primeiro o trem para Central chega, no segundo, não. Japeritem o sexto pior IDHM do estado (87º) e um dos piores do Brasil (3.468º), Paracambié o 33º do ERJ e ocupa a posição dos municípios do país... Levar somente o transporte não resolve a vida dos residentes. No recorte por posição na ocupação, vimos que as categorias relacionadas ao empreendedorismo: autônomos e empregadores, são aquelas nas quais os trabalhadores perdem menos com deslocamento. Nesse sentido, regularizá-las pode ser um passo na contramão de tais gargalos e da informalidade. 5

6 Ambos os investimentos públicos devem caminhar em conjunto: melhorias na infraestrutura de transportes de passageiros precisam ocorrer de forma simultânea à geração de empregos formais nas cidades e bairros periféricos. Obrigado! vitormihessen@gmail.com 6