Grafeno: propriedades, estrutura eletrônica e perspectiva

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Grafeno: propriedades, estrutura eletrônica e perspectiva"

Transcrição

1 Grafeno: propriedades, estrutura eletrônica e perspectiva Geim, Novoselov, Nature Materials 6, 183, (2007) Geim, Science 324, 1530 (2009) Castro Neto et al., Rev. Mod. Phys. 81, 109 (2009) Departamento de Física de materiais e Mecânica Instituto de Física Universidade de São Paulo Física do Estado Sólido, 29 de novembro de 2010

2 Conteúdo Grafeno 1 Grafeno 2

3 Diamante sp 3

4 Diamante sp 3 Fulereno sp 2

5 Diamante sp 3 Fulereno sp 2 Grafite sp 2

6 A base de muita coisa

7 Um campo em ascensão

8 Material 2D? Grafeno Materiais cristalinos 2D não seriam estáveis, segundo Landau, Peierls e Mermin:

9 Material 2D? Grafeno Materiais cristalinos 2D não seriam estáveis, segundo Landau, Peierls e Mermin: Oscilações térmicas causam deslocamentos suficientes para desestabilizar o material a qualquer temperatura,

10 Material 2D? Grafeno Materiais cristalinos 2D não seriam estáveis, segundo Landau, Peierls e Mermin: Oscilações térmicas causam deslocamentos suficientes para desestabilizar o material a qualquer temperatura, A temperatura de fusão de filmes finos cai com a espessura.

11 Material 2D? Grafeno Materiais cristalinos 2D não seriam estáveis, segundo Landau, Peierls e Mermin: Oscilações térmicas causam deslocamentos suficientes para desestabilizar o material a qualquer temperatura, A temperatura de fusão de filmes finos cai com a espessura. Por isso não são produzidos 2D com técnicas de crescimento. (bottom-up)

12 Material 2D? Grafeno Materiais cristalinos 2D não seriam estáveis, segundo Landau, Peierls e Mermin: Oscilações térmicas causam deslocamentos suficientes para desestabilizar o material a qualquer temperatura, A temperatura de fusão de filmes finos cai com a espessura. Por isso não são produzidos 2D com técnicas de crescimento. (bottom-up) Em vez disso, obtemos o grafeno 2D a partir do grafite 3D (top-down).

13 Mas e a tal estabilidade? O grafeno, livre, fica enrugado como um lençol.

14 Mas e a tal estabilidade? O grafeno, livre, fica enrugado como um lençol. Apesar de não ser o mínimo de energia elástica, mata as vibrações térmicas que desestabilizam a estrutura.

15 E de fato, é observável

16 E de fato, é observável

17 Conteúdo Grafeno 1 Grafeno 2

18 Tight-binding banda π Vetores da rede direta e recíproca do grafeno: ( ) ( ) 3 a 1 = a 2, 1 3 a 2 = a 2 2, 1 2 b1 = 2π ( ) 1 3,1 b2 = 2π ( ) 1 3, 1 a a

19 Tight-binding banda π ( HAA H H = AB H BA H BB )

20 Tight-binding banda π ( HAA H H = AB H BA H BB ) ) H AB = t (e i k δ 1 + e i k δ 2 + e i k δ 3 H AB = tf(k)

21 Tight-binding banda π ( HAA H H = AB H BA H BB ) ) H AB = t (e i k δ 1 + e i k δ 2 + e i k δ 3 H AB = tf(k) Aplicando os vetores adequados, obtemos f(k) = e ikxa / 3 + 2e ikxa /2 3 cos k ya 2

22 Tight-binding banda π ( HAA H H = AB H BA H BB ) ) H AB = t (e i k δ 1 + e i k δ 2 + e i k δ 3 H AB = tf(k) Aplicando os vetores adequados, obtemos f(k) = e ikxa / 3 + 2e ikxa /2 3 cos k ya 2 e ( ǫ2p tf(k) H = tf(k) ǫ 2p ) S = ( 1 sf(k) sf(k) 1 )

23 Tight-binding banda π Resolvendo a eq. secular, det(h SE) = 0, temos com w( k) = f( k) 2 = E( k) = ǫ 2p ± t w( k) 1±s w( k), 1+4cos 3kx a 2 cos k ya 2 + k ya 4cos2 2

24 Tight-binding banda π Nas proximidades do ponto K: k = K + q E ± ( q) ±v F q +O[( q /K)], v F = 3/2t a

25 Tight-binding banda π Nas proximidades do ponto K: k = K + q E ± ( q) ±v F q +O[( q /K)], v F = 3/2t a Note a relação linear da energia com o (pseudo)momentum, em contraste com a relação quadrática que estamos acostumados a ver com Schrödinger

26 PseudoSpin Grafeno Outra forma de descrever os estados próximos da energia de Fermi, portanto, é ( ) 0 k H = v x ik y F = v k x + ik y 0 F σ k

27 PseudoSpin Grafeno Outra forma de descrever os estados próximos da energia de Fermi, portanto, é ( ) 0 k H = v x ik y F = v k x + ik y 0 F σ k Nesse caso, σ é um pseudospin, que vem do fato de termos duas sub-redes na estrutura.

28 PseudoSpin Grafeno Outra forma de descrever os estados próximos da energia de Fermi, portanto, é ( ) 0 k H = v x ik y F = v k x + ik y 0 F σ k Nesse caso, σ é um pseudospin, que vem do fato de termos duas sub-redes na estrutura. Alguns fenômenos de QED são inversamente proporcionais à velocidade da luz. Como c /v F 300, efeitos de pseudospin são importantes no grafeno.

29 Efeito Hall quântico semi-inteiro Equivalente relativístico do QHE

30 Efeito Hall quântico semi-inteiro Equivalente relativístico do QHE σ xy = ±4 e2 /h(n + 1 /2

31 Efeito Hall quântico semi-inteiro Equivalente relativístico do QHE σ xy = ±4 e2 /h(n + 1 /2 Isso vem da quantização E N = ±v F 2e BN Como o nível E = 0 é compartilhado por elétrons e buracos, surge o deslocamento dos plateaux

32 Obrigado pela atenção

33 Referências I Grafeno Geim, A. K. & Novoselov, K. S. The rise of graphene. Nat Mater 6, (2007). Geim, A. K. Graphene: Status and Prospects. Science 324, (2009). Neto, A. H. C., Guinea, F., Peres, N. M. R., Novoselov, K. S. & Geim, A. K. The electronic properties of graphene. Reviews of Modern Physics 81, 109 (2009).

34 Referências II Grafeno Dresselhaus, M. S. Nt10: Recent advances in carbon nanotube science and applications. ACS Nano 4, (2010). Saito, R., Dresselhaus, G. & Dresselhaus, M. S. Physical properties of carbon nanotubes (Imperial College Press, London, 1998).

2 Fundamentos Teóricos

2 Fundamentos Teóricos 21 2 Fundamentos Teóricos O presente capítulo introduz alguns elementos teóricos com o propósito de compreender a natureza do grafeno e dos nanotubos de carbono, bem como suas principais propriedades.

Leia mais

Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Engenharia de Materiais

Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Engenharia de Materiais Estado SólidoS Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Engenharia de Materiais APRESENTAÇÃO Características gerais ESTM001 - Estado Sólido

Leia mais

PGF Física do Estado Sólido I

PGF Física do Estado Sólido I PGF5110 - Física do Estado Sólido I 2as e 4as 10h-12h. Sala 210 Ala 2 Prof. Luis Gregório Dias da Silva Depto. Física Materiais e Mecânica IF USP Ed. Alessandro Volta, bloco C, sala 214 luisdias@if.usp.br

Leia mais

Efeito Hall quântico de vale no grafeno

Efeito Hall quântico de vale no grafeno Universidade de são paulo Instituto de física Departamento de física de materiais Efeito Hall quântico de vale no grafeno Walace de sousa elias Disciplina: teoria quântica de muitos corpos Prof. Dr. Luis

Leia mais

Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC)

Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC) Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Exatas Departamento de Física Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC) Plataforma Lattes (CNPq) César Lattes (1924-2005) http://lattes.cnpq.br/

Leia mais

Câmpus de Bauru. Plano de Ensino. Seriação ideal

Câmpus de Bauru. Plano de Ensino. Seriação ideal Curso 1605B - Bacharelado em Física de Materiais Ênfase Identificação Disciplina 0049185A - Estrutura Eletrônica de Materiais Docente(s) Alexys Bruno Alfonso Unidade Faculdade de Ciências Departamento

Leia mais

Efeito Hall Quˆantico de Spin

Efeito Hall Quˆantico de Spin Efeito Hall Quˆantico de Spin Carlos Augusto Mera Acosta Teoria quântica de Muitos Corpos Prof. Luis Gregorio Dias Departamento de Física dos Materiais Instituto de Física Universidade de São Paulo 2013

Leia mais

TRANSPORTE ELETRÔNICO EM ANÉIS QUÂNTICOS DE GRAFENO

TRANSPORTE ELETRÔNICO EM ANÉIS QUÂNTICOS DE GRAFENO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA DUARTE JOSÉ PEREIRA DE SOUSA TRANSPORTE ELETRÔNICO EM ANÉIS QUÂNTICOS DE GRAFENO FORTALEZA 2015

Leia mais

Física de Semicondutores

Física de Semicondutores Física de Semicondutores Aula 15 Transporte elétrico V Efeitos termo-elétricos, termomagnéticos, ruído Referências: 1. Semiconductor Physics, K. Seeger, 6th ed., Springer, Solid State Science Series vol.

Leia mais

Gás de elétrons livres. Introdução à Mecânica Estatística 29/10/2009

Gás de elétrons livres. Introdução à Mecânica Estatística 29/10/2009 Gás de elétrons livres Introdução à Mecânica Estatística 9/10/009 1 Distribuição de Fermi-Dirac Distribuição de Fermi-Dirac ou f ( ) 1 ( ) e 1 também chamada função de Fermi 1 kt B Exemplo: elétrons em

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1605B - Bacharelado em Física de Materiais. Ênfase

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1605B - Bacharelado em Física de Materiais. Ênfase Curso 1605B - Bacharelado em Física de Materiais Ênfase Identificação Disciplina 0004255A - Física do Estado Sólido Docente(s) Luis Vicente de Andrade Scalvi Unidade Faculdade de Ciências Departamento

Leia mais

Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física

Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física Programa de Pós-Graduação em Física Aplicada Propriedades eletrônicas de super-redes de grafeno

Leia mais

INTRODUÇÃO. Mariana Zancan Tonel 2, Jussane Rossato 3, Solange Binotto Fagan 3,4 e Ivana Zanella 3

INTRODUÇÃO. Mariana Zancan Tonel 2, Jussane Rossato 3, Solange Binotto Fagan 3,4 e Ivana Zanella 3 Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Naturais e Tecnológicas, Santa Maria, v. 14, n. 1, p. 131-137, 2013. Recebido em: 02.01.2013. Aprovado em: 28.08.2013. ISSN 2176-462X RESUMO ESTUDO AB INITIO DAS

Leia mais

2.2.1 Efeito Hall e Magnetoresistência Condutividade Elétrica AC Corrente Elétrica em um Campo Magnético

2.2.1 Efeito Hall e Magnetoresistência Condutividade Elétrica AC Corrente Elétrica em um Campo Magnético Conteúdo 1 Revisão de Física Moderna 1 1.1 Equação de Schrödinger; Autoestados e Valores Esperados.. 1 1.2 O Poço de Potencial Innito:Quantização da Energia.............................. 7 1.3 O Oscilador

Leia mais

Acerca da Física da Matéria Condensada

Acerca da Física da Matéria Condensada Acerca da Física da Matéria Condensada FES (3º ano MEFT) Eduardo V. Castro Departamento de Física, IST Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa 20/02/2017 Sumário O que é a Física da Matéria

Leia mais

Nanotubos de Carbono por Espectroscopia Raman Ressonante Ana Paula Gomes Pereira

Nanotubos de Carbono por Espectroscopia Raman Ressonante Ana Paula Gomes Pereira Estudo da Interação Elétron-Fônon em Nanotubos de Carbono por Espectroscopia Raman Ressonante Ana Paula Gomes Pereira Setembro de 2009 Estudo da Interação Elétron-Fônon em Nanotubos de Carbono por Espectroscopia

Leia mais

XI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

XI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE XI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE ESTUDO DA ESTRUTURA ELETRÔNICA DE GRAFENO-COBRE/(111) Louis Gustavo da Costa Sobral e Sá 1, Luis Alberto Terrazos Javier Resumo

Leia mais

Transporte Eletrônico em Phased Arrays de Nanofitas de Grafeno

Transporte Eletrônico em Phased Arrays de Nanofitas de Grafeno Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Física Programa de Pós-Graduação em Física Francisco Ronan Viana Araújo Transporte Eletrônico em Phased Arrays de Nanofitas de Grafeno Fortaleza

Leia mais

Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores

Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores Física do Estado Sólido: Sólidos Condutores Trabalho de Física Moderna II Professor Marcelo Gameiro Munhoz 7 de maio de 2012 André E. Zaidan Cristiane Calil Kores Rebeca Bayeh Física do Estado Sólido -

Leia mais

Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman. Daniela Lopes Mafra

Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman. Daniela Lopes Mafra Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman Daniela Lopes Mafra Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman Daniela Lopes

Leia mais

Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman. Daniela Lopes Mafra

Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman. Daniela Lopes Mafra Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman Daniela Lopes Mafra Dispersão de fônons na vizinhança do ponto de Dirac do grafeno por espalhamento Raman Daniela Lopes

Leia mais

Átomos adsorbentes sobre Grafeno

Átomos adsorbentes sobre Grafeno Átomos adsorbentes sobre Grafeno Tópicos em Teoria de Muitos Corpos Estudante: Celso Ricardo Caldeira Rêgo 1, Professor: Rodrigo Gonçalves Pereira. Universidade do Estado de São Paulo, Av. Trabalhador

Leia mais

Física da Matéria Condensada - GFI 04129

Física da Matéria Condensada - GFI 04129 Física da Matéria Condensada - GFI 04129 Antonio T. Costa I semestre, 2007 Programa 1 A estrutura eletrônica de sólidos cristalinos a O que é um sólido cristalino b Comportamento do elétron num sólido

Leia mais

JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a

JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA 2010 INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a 23-07-2010 Monday, July 19, 2010 1 CAMPOS CLÁSSICOS, QUÂNTICOS, DE CALIBRE E POR AÍ AFORA JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA 2010 Instituto

Leia mais

Física de Semicondutores. Sexta aula FÔNONS

Física de Semicondutores. Sexta aula FÔNONS Física de Semicondutores Sexta aula FÔNONS Resumo das aulas anteriores Cálculo dos auto-estados e auto-energias dos elétrons em um semicondutor é complicado, devido ao grande número de átomos. Simetria

Leia mais

6 Só será permitido o uso de dicionário INGLÊS/INGLÊS. 8 Utilize para rascunhos o verso de cada página deste Caderno.

6 Só será permitido o uso de dicionário INGLÊS/INGLÊS. 8 Utilize para rascunhos o verso de cada página deste Caderno. 1 2 3 4 5 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Se, em qualquer outro local deste Caderno, você assinar, rubricar,

Leia mais

Introdução a Física do Estado Sólido: Propriedades Elétricas, Óticas e Magnéticas de Materiais Prof. André Avelino Pasa Departamento de Física UFSC

Introdução a Física do Estado Sólido: Propriedades Elétricas, Óticas e Magnéticas de Materiais Prof. André Avelino Pasa Departamento de Física UFSC Introdução a Física do Estado Sólido: Propriedades Elétricas, Óticas e Magnéticas de Materiais Prof. André Avelino Pasa Departamento de Física UFSC 2. Modelo de Gás de Elétrons Clássico ou de Drude 2.1.

Leia mais

5 Interfaces de Semicondutores 2D com Grafeno

5 Interfaces de Semicondutores 2D com Grafeno 84 5 Interfaces de Semicondutores 2D com Grafeno "O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são" Aristóteles No final dos anos 90 foi sintetizado experimentalmente o grafeno, folha

Leia mais

Fases de Berry. David A. Ruiz Tijerina. November 11, Evolução temporal de um autoestado e a fase de Berry

Fases de Berry. David A. Ruiz Tijerina. November 11, Evolução temporal de um autoestado e a fase de Berry Fases de Berry David A. Ruiz Tijerina November 11, 15 1 Evolução temporal de um autoestado e a fase de Berry Vamos supor que temos um Hamiltoniano H(R) que depende de um conjunto de parámetros R = {R i

Leia mais

Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia

Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia Oscilações Movimento Oscilatório Cinemática do Movimento Harmônico Simples (MHS) MHS e Movimento

Leia mais

Física de Semicondutores. Aula 10 Defeitos Aproximação de massa efetiva

Física de Semicondutores. Aula 10 Defeitos Aproximação de massa efetiva Física de Semicondutores Aula 10 Defeitos Aproximação de massa efetiva Aula anterior: Cálculo dos níveis de energia de impurezas rasas H U r E r 0 onde H 0 é o Hamiltoniano de um elétron no potencial do

Leia mais

Iolanda Mariano Tavares

Iolanda Mariano Tavares Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departameto de Física Efeitos de campo magnético dependente da posição em monocamadas e bicamadas de grafeno Iolanda Mariano Tavares Fortaleza - CE 014

Leia mais

Estudo dos efeitos da modulação da velocidade de Fermi na polarização dos vales no Grafeno

Estudo dos efeitos da modulação da velocidade de Fermi na polarização dos vales no Grafeno UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE FÍSICA PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA APLICADA Estudo dos efeitos da modulação da velocidade de Fermi na polarização dos vales no Grafeno Alexandre Rodrigo

Leia mais

El Ocio Fernand Léger

El Ocio Fernand Léger El Ocio Fernand Léger FÍSICA PARA ENGENHARIA ELÉTRICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A nova interdependência eletrônica recria o mundo em uma imagem de aldeia global Marshall McLuhan Filósofo e educador canadense

Leia mais

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER.

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. Nome: Assinatura: CTM P1 2014.2 Matrícula: Turma: OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA

Leia mais

Eq. de Dirac com campo magnético

Eq. de Dirac com campo magnético Eq. de Dirac com campo magnético Rafael Cavagnoli GAME: Grupo de Médias e Altas Energias Eletromagnetismo clássico Eq. de Schrödinger Partícula carregada em campo mag. Eq. de Dirac Partícula carregada

Leia mais

MATERIAL PARA ESTUDO, FAVOR NÃO DIVULGAR ONLINE, POIS FALTA CITAR VÁRIOS AUTORES QUE FORAM APRESENTAÇÃO.

MATERIAL PARA ESTUDO, FAVOR NÃO DIVULGAR ONLINE, POIS FALTA CITAR VÁRIOS AUTORES QUE FORAM APRESENTAÇÃO. MATERIAL PARA ESTUDO, FAVOR NÃO DIVULGAR ONLINE, POIS FALTA CITAR VÁRIOS AUTORES QUE FORAM USADOS NA CONFECÇÃO DESSA APRESENTAÇÃO. Mini-Curso:Introdução aos Isolantes Topológicos. Leandro Oliveira do Nascimento

Leia mais

Física IV - FAP2204 Escola Politécnica GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009

Física IV - FAP2204 Escola Politécnica GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009 P3 Física IV - FAP2204 Escola Politécnica - 2009 GABARITO DA P3 8 de dezembro de 2009 Questão 1 Numaexperiência deespalhamentocompton, umelétrondemassam 0 emrepousoespalha um fóton de comprimento de onda

Leia mais

Física IV Escola Politécnica P3 7 de dezembro de 2017

Física IV Escola Politécnica P3 7 de dezembro de 2017 Física IV - 4323204 Escola Politécnica - 2017 P3 7 de dezembro de 2017 Questão 1 Uma partícula de massa m que se move em uma dimensão possui energia potencial que varia com a posição como mostra a figura.

Leia mais

Aplicações de Semicondutores em Medicina

Aplicações de Semicondutores em Medicina Aplicações de Semicondutores em Medicina A estrutura dos cristais semicondutores Luiz Antonio Pereira dos Santos CNEN-CRCN PRÓ-ENGENHARIAS UFS-IPEN-CRCN Aracaju Março - 010 Como é a estrutura da matéria?

Leia mais

06 - VIBRAÇÕES DA REDE CRISTALINA: FÔNONS

06 - VIBRAÇÕES DA REDE CRISTALINA: FÔNONS 06 - VIBRAÇÕES DA REDE CRISTALINA: FÔNONS PROF. CÉSAR AUGUSTO DARTORA - UFPR E-MAIL: CADARTORA@ELETRICA.UFPR.BR CURITIBA-PR Roteiro do Capítulo: Vibrações da Rede Cristalina Modelo Clássico das Vibrações

Leia mais

Aplicações de RMN no estado sólido para o estudo de materiais de carbono: de biocarvões ao grafeno

Aplicações de RMN no estado sólido para o estudo de materiais de carbono: de biocarvões ao grafeno Aplicações de RMN no estado sólido para o estudo de materiais de carbono: de biocarvões ao grafeno Jair C. C. Freitas Laboratório de Materiais Carbonosos e Cerâmicos (LMC), Departamento de Física Universidade

Leia mais

Propriedades eletrônicas da matéria topológica: heteroestruturas e efeitos da rotação

Propriedades eletrônicas da matéria topológica: heteroestruturas e efeitos da rotação Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Coordenação dos Cursos de Pós-Graduação em Física Tese de Doutorado Propriedades eletrônicas da matéria topológica: heteroestruturas

Leia mais

Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela. Araraquara, SP

Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela. Araraquara, SP Vetores no Espaço Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela Instituto de Química - UNESP Araraquara, SP capela@iq.unesp.br Araraquara, SP - 2017 1 Vetores no Espaço 2 3 4 Vetor no espaço Vetores no Espaço Operações

Leia mais

Mecânica Quântica para Sistemas Fechados

Mecânica Quântica para Sistemas Fechados 1 / 21 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Naturais e Exatas Programa de Pós-Graduação em Física Grupo de Teoria da Matéria Condensada Mecânica Quântica para Sistemas Fechados Jonas

Leia mais

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓXIDO DE GRAFENO E DO GRAFENO A PARTIR DE CARBOIDRATOS.

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓXIDO DE GRAFENO E DO GRAFENO A PARTIR DE CARBOIDRATOS. OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓXIDO DE GRAFENO E DO GRAFENO A PARTIR DE CARBOIDRATOS. Nome dos autores: Alexander Isac Nilton Braz Pereira 1 ; Salmo Moreira Sidel 2 ; Adão Lincon Bezerra Montel 3 1 Aluno

Leia mais

Física Quântica. Para nós: Física das escalas atômicas e sub-atômicas

Física Quântica. Para nós: Física das escalas atômicas e sub-atômicas Física Quântica Def. segundo o Instituto Liberal: Doutrinação comunista disfarçada de ciência que harmoniza com o uso de drogas, com a ideia de que o indivíduo é uma ilusão, criando uma justificativa para

Leia mais

UNIDADE 15 OSCILAÇÕES

UNIDADE 15 OSCILAÇÕES UNIDADE 15 OSCILAÇÕES 557 AULA 40 OSCILAÇÕES OBJETIVOS: - DEFINIR O CONCEITO DE OSCILAÇÃO; - CONHECER AS GRANDEZAS QUE DESCREVEM O MOVIMENTO. 40.1 Introdução: Há, na Natureza, um tipo de movimento muito

Leia mais

3 Controle Passivo com Carregamento no Plano

3 Controle Passivo com Carregamento no Plano 3 Controle Passivo com Carregamento no Plano 3.1. Conceitos Básicos Conforme visto no Capítulo 1, os mecanismos de controle passivo não são controláveis e não requerem energia para operar. Estes sistemas

Leia mais

Diferentes modelos de ligação química

Diferentes modelos de ligação química Ligação covalente Diferentes modelos de ligação química A grande diversidade de substâncias resulta da combinação de átomos dos elementos químicos através de diferentes modelos de ligação: covalente, iónica

Leia mais

Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física

Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física Universidade Federal Rural de Pernambuco Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Departamento de Física Programa de Pós-Graduação em Física Aplicada Nanoestruturas de Carbono com Curvatura Negativa José

Leia mais

Nanotecnologia Atómica e Molecular

Nanotecnologia Atómica e Molecular Nanotecnologia Atómica e Molecular E. L. Silva 1 1 Departmento de Fisica, FCTUC, Universidade de Coimbra 19 Dezembro 2008 Index Introdução Propriedades Invenções e Descobertas Importantes Microscópio de

Leia mais

Estrutura física da matéria Difração de elétrons

Estrutura física da matéria Difração de elétrons O que você pode aprender sobre este assunto... - Reflexão de Bragg - Método de Debye-Scherer - Planos de rede - Estrutura do grafite - Ondas de matéria - Equação de De Broglie Princípio: Elétrons acelerados

Leia mais

Pseudo Campo Aharonov-Bohm nos níveis de Landau relativísticos no grafeno

Pseudo Campo Aharonov-Bohm nos níveis de Landau relativísticos no grafeno UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Pseudo Campo Aharonov-Bohm nos níveis de

Leia mais

FMT402: FMT40 2: Int In rodu ção à Fís ica ic do Es do Es ad o Sólido Ementa:

FMT402: FMT40 2: Int In rodu ção à Fís ica ic do Es do Es ad o Sólido Ementa: FMT402: Introdução à Física do Estado Sólido Ementa: Estrutura cristalina. Difração de Raios X e rede recíproca. Ligações cristalinas. Vibrações da rede, fonons e propriedades térmicas. Gás de Fermi de

Leia mais

Aplicações dos Postulados da Mecânica Quântica Para Simples Casos: Sistema de Spin 1/2 e de Dois Níveis

Aplicações dos Postulados da Mecânica Quântica Para Simples Casos: Sistema de Spin 1/2 e de Dois Níveis Aplicações dos Postulados da Mecânica Quântica Para Simples Casos: Sistema de Spin 1/ e de Dois Níveis Bruno Felipe Venancio 8 de abril de 014 1 Partícula de Spin 1/: Quantização do Momento Angular 1.1

Leia mais

(Versão 2014/2) (b) (d)

(Versão 2014/2) (b) (d) MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (Versão 2014/2) 1. INTRODUÇÃO Um dos movimentos mais importantes que observamos na natureza é o movimento oscilatório. Chamado também movimento periódico ou vibracional. Em

Leia mais

Propriedades Eletrônicas de Grafeno com Defeitos

Propriedades Eletrônicas de Grafeno com Defeitos Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Física Tese de Doutorado Propriedades Eletrônicas de Grafeno com Defeitos Maria Jannaira Bueno João Pessoa -011-

Leia mais

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P3 25 de novembro de 2008

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P3 25 de novembro de 2008 P3 Física IV Escola Politécnica - 2008 FAP 2204 - GABARITO DA P3 25 de novembro de 2008 Questão 1 É realizado um experimento onde fótons são espalhados por elétrons livres inicialmente em repouso. São

Leia mais

Mecânica Quântica. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. A Equação de Schrödinger Postulados da Mecânica Quântica

Mecânica Quântica. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. A Equação de Schrödinger Postulados da Mecânica Quântica Mecânica Quântica Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin A Equação de Schrödinger Postulados da Mecânica Quântica Mecânica Clássica O movimento de uma partícula é governado pela Segunda Lei de Newton:

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18 9/Abril/016 Aula 16 Princípio de Incerteza de Heisenberg. Probabilidade de encontrar uma partícula numa certa região. Posição média de uma partícula. Partícula numa caixa de potencial: funções de onda

Leia mais

Grafeno e Nanotubos de Carbono

Grafeno e Nanotubos de Carbono Grafeno e Nanotubos de Carbono Rodrigo B. Capaz Instituto de Física Universidade Federal do Rio de Janeiro Nanomateriais de Carbono Átomos de carbono: Configuração eletrônica 1s 2 2s 2 2p 2 Diamante Grafite

Leia mais

Teoria de Bandas 1 Elétrons Livres. CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1

Teoria de Bandas 1 Elétrons Livres. CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1 Teoria de Bandas 1 Elétrons Livres CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1 Introdução Para iniciar a investigação da contribuição eletrônica para as propriedades físicas relevantes, vamos considerar

Leia mais

Estrutura Atômica e Ligações Químicas. Conceitos

Estrutura Atômica e Ligações Químicas. Conceitos Estrutura Atômica e Ligações Químicas Conceitos Estrutura esquemática do átomo de sódio 2003 Brooks/Cole Publishing / Thomson Learning A dualidade da matéria (partícula/onda) Louis de Broglie: λ h m.v

Leia mais

MECÂNICA DOS SÓLIDOS DEFORMAÇÕES

MECÂNICA DOS SÓLIDOS DEFORMAÇÕES MECÂNICA DOS SÓLIDOS DEFORMAÇÕES Prof. Dr. Daniel Caetano 2019-1 Objetivos Conhecer os tipos de deformação e deslocamentos Saber estimar valor da deformação nas formas normal/axial e por cisalhamento Calcular

Leia mais

Propriedades Elétricas (cap. 42 Fundamentos de Física Halliday, Resnick, Walker, vol. 4 6ª. Ed.)

Propriedades Elétricas (cap. 42 Fundamentos de Física Halliday, Resnick, Walker, vol. 4 6ª. Ed.) Unidade Aula stado Sólido Propriedades létricas (cap. 4 Fundamentos de Física Halliday, Resnick, Walker, vol. 4 6ª. d.) Metais Semicondutores Classificar os sólidos, do ponto de vista elétrico, de acordo

Leia mais

JAKSON MIRANDA FONSECA

JAKSON MIRANDA FONSECA JAKSON MIRANDA FONSECA ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES AO ESTUDO DO GRAFENO E DOS ISOLANTES TOPOLÓGICOS Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós- Graduação

Leia mais

O Grafeno. Material do futuro. Avançar manualmente

O Grafeno. Material do futuro. Avançar manualmente O Grafeno Material do futuro Avançar manualmente O grafeno e um material composto por átomos de carbono densamente alinhados em uma rede cristalina com forma de colmeia de abelhas (hexagonal) e de um átomo

Leia mais

Deformação. Deformação. Sempre que uma força é aplicada a um corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele.

Deformação. Deformação. Sempre que uma força é aplicada a um corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele. Capítulo 2: Adaptado pela prof. Dra. Danielle Bond Sempre que uma força é aplicada a um corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele. Essas mudanças são denominadas deformações. Note as posições

Leia mais

UMA SIMPLIFICAÇÃO DO MÉTODO HARTREE-FOCK

UMA SIMPLIFICAÇÃO DO MÉTODO HARTREE-FOCK UMA SIMPLIFICAÇÃO DO MÉTODO HARTREE-FOCK Lucas Modesto da Costa Instituto de Física - DFGE - USP 8 de outubro de 2008 1 / 39 Slater, J. C. Época Aproximação de Thomas-Fermi 2 / 39 Slater, J. C. Slater,

Leia mais

Química B Extensivo V. 5

Química B Extensivo V. 5 Extensivo V. 5 Resolva Aula 17 17.01) E X ligação covalente 17.0) B não-metal x não-metal ligação covalente 17.0) D ligação covalente De todos os hidrocarbonetos ( x y ), o maior tamanho molecular terá

Leia mais

Vibrações de sistemas com um grau de liberdade 1

Vibrações de sistemas com um grau de liberdade 1 Vibrações de sistemas com um grau de liberdade 1 DEFINIÇÕES Vibração mecânica movimento de uma partícula ou de um corpo que oscila em torno de uma posição de equilíbrio. Período de vibração intervalo de

Leia mais

Universidade Federal Rural do Semi Árido UFERSA Pro Reitoria de Graduação PROGRAD Disciplina: Física II Professora: Subênia Medeiros

Universidade Federal Rural do Semi Árido UFERSA Pro Reitoria de Graduação PROGRAD Disciplina: Física II Professora: Subênia Medeiros Universidade Federal Rural do Semi Árido UFERSA Pro Reitoria de Graduação PROGRAD Disciplina: Física II Professora: Subênia Medeiros Movimento Periódico O movimento é um dos fenômenos mais fundamentais

Leia mais

Oscilador Harmônico. 8 - Oscilador Harmônico. Oscilador Harmônico. Oscilador Harmônico Simples. Oscilador harmônico simples

Oscilador Harmônico. 8 - Oscilador Harmônico. Oscilador Harmônico. Oscilador Harmônico Simples. Oscilador harmônico simples Oscilador Harmônico 8 - Oscilador Harmônico Mecânica Quântica Em Física, o oscilador harmônico é qualquer sistema que apresenta movimento oscilatório, de forma harmônica, em torno de um ponto de equilíbrio.

Leia mais

Químicas. Profa. Ms. Loraine Cristina do Valle Jacobs DAQBI.

Químicas. Profa. Ms. Loraine Cristina do Valle Jacobs DAQBI. Ligações Químicas Profa. Ms. Loraine Cristina do Valle Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs LIGAÇÕES IÔNICAS LIGAÇÕES IÔNICAS IMPORTANTE : alguns metais,

Leia mais

FNC376N: Lista de junho de Teoria clássica da condução de eletricidade

FNC376N: Lista de junho de Teoria clássica da condução de eletricidade FNC376N: Lista 8 23 de junho de 2004 0-2 Teoria clássica da condução de eletricidade 0-7. a) Suponha que a T = 300 K os elétrons livres do cobre tenham um caminho livre médio λ = 0, 4 nm, e que a velocidade

Leia mais

NANOFITAS DE NITRETO DE BORO DOPADAS SOB EFEITO DE UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME

NANOFITAS DE NITRETO DE BORO DOPADAS SOB EFEITO DE UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DUARTE JOSÉ PEREIRA DE SOUSA NANOFITAS DE NITRETO DE BORO DOPADAS SOB EFEITO DE UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME FORTALEZA 2013 DUARTE

Leia mais

Resolução da 2ª Prova de Física II -UFRJ do Período (12/11/2014). Versão D

Resolução da 2ª Prova de Física II -UFRJ do Período (12/11/2014). Versão D www.engenhariafacil.weebly.com Resolução da ª Prova de Física II -UFRJ do Período- 014. (1/11/014). Versão D OBS: Esse não é o gabarito oficial. O gabarito oficial será lançado no site do Instituto de

Leia mais

Cirlei Xavier Bacharel e Mestre em Física pela Universidade Federal da Bahia

Cirlei Xavier Bacharel e Mestre em Física pela Universidade Federal da Bahia Neil W. Ashcroft & N. David Mermin SOLUÇÃO FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO Bacharel e Mestre em Física pela Universidade Federal da Bahia Maracás Bahia Outubro de 05 Sumário Níveis eletrônicos em um potencial

Leia mais

EUF. Exame Unificado

EUF. Exame Unificado EUF Exame Unificado das Pós-graduações em Física Para o primeiro semestre de 2016 14 de outubro de 2015 Parte 1 Instruções ˆ Não escreva seu nome na prova. Ela deverá ser identificada apenas através do

Leia mais

INFLUÊNCIA DE IMPUREZAS IONIZADAS E MOLÉCULAS ADSORVIDAS NO MECANISMO DE TRANSPORTE ELÉTRICO DE GRAFENO

INFLUÊNCIA DE IMPUREZAS IONIZADAS E MOLÉCULAS ADSORVIDAS NO MECANISMO DE TRANSPORTE ELÉTRICO DE GRAFENO ALISSON RONIERI CADORE INFLUÊNCIA DE IMPUREZAS IONIZADAS E MOLÉCULAS ADSORVIDAS NO MECANISMO DE TRANSPORTE ELÉTRICO DE GRAFENO BELO HORIZONTE MINAS GERAIS Julho, 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Leia mais

5.3 Folhas de Carbeto de Silício (SiC) adsorvida em Grafeno

5.3 Folhas de Carbeto de Silício (SiC) adsorvida em Grafeno 89 de rede 3,08 Å e 5 células de C com parâmetro de rede 2,46 Å apresenta uma discordância de 0, 1%. Comparamos os parâmetros da folha da mono e duplacamada atômica tipo-grafite que otimizamos com o nosso

Leia mais

TECNOLOGIAS DO FUTURO

TECNOLOGIAS DO FUTURO TECNOLOGIAS DO FUTURO Grafeno: Aplicações e Oportunidades para o Brasil Antonio H. Castro Neto Graphene Research Center National University of Singapore Boston University, USA ABINEE TEC 2013 1º Abril

Leia mais

Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA. Oscilações. Prof. Luis Armas

Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA. Oscilações. Prof. Luis Armas Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA Oscilações Prof. Luis Armas Que é uma oscilação? Qual é a importância de estudar oscilações? SUMARIO Movimentos oscilatórios periódicos Movimento harmônico simples

Leia mais

Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E < 1,4 ev - UV A, B e C - Visível - Infra-vermelho - Microondas - Ondas de

Leia mais

FF-296: Teoria do Funcional da Densidade I. Ronaldo Rodrigues Pela

FF-296: Teoria do Funcional da Densidade I. Ronaldo Rodrigues Pela FF-296: Teoria do Funcional da Densidade I Ronaldo Rodrigues Pela Tópicos O problema de 1 elétron O princípio variacional Função de onda tentativa Átomo de H unidimensional Íon H2 + unidimensional Equação

Leia mais

Partícula na Caixa. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

Partícula na Caixa. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Partícula na Caixa Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Caixa unidimensional Caixa tridimensional Degenerescência Partícula no anel (mov. de rotação) Partícula na Caixa Partícula numa caixa unidimensional

Leia mais

MAT EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17

MAT EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17 MAT 340 - EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17 Bulmer Mejía García 2010-II Universidade Federal de Viçosa EDO de Cauchy-Euler É uma EDO da seguinte forma a n (ax+b) n y (n) (x)+a n 1 (ax+b) n

Leia mais

Sessão 1: Generalidades

Sessão 1: Generalidades Sessão 1: Generalidades Uma equação diferencial é uma equação envolvendo derivadas. Fala-se em derivada de uma função. Portanto o que se procura em uma equação diferencial é uma função. Em lugar de começar

Leia mais

Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change

Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change Físico-Química 01 Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change, 2nd Ed., Oxford, 2014 Prof. Dr. Anselmo E

Leia mais

Nanotubos de Carbono. 2.1 A Geometria

Nanotubos de Carbono. 2.1 A Geometria 2 Nanotubos de Carbono 2.1 A Geometria A mais estável forma alotrópica do carbono é o grafite. Pode ser descrita como o empilhamento de folhas de grafeno em uma estrutura cristalina hexagonal simples,

Leia mais

Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula Vibração excitada harmonicamente- 1GL. Professor: Gustavo Silva

Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula Vibração excitada harmonicamente- 1GL. Professor: Gustavo Silva Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula Vibração excitada harmonicamente- 1GL Professor: Gustavo Silva 1 1. Introdução Nesta aula estudaremos sistemas amortecidos e não amortecidos sendo excitados harmonicamente.

Leia mais

EUF. Exame Unificado

EUF. Exame Unificado EUF Exame Unificado das Pós-graduações em Física Para o segundo semestre de 2017 04 de abril de 2017 Parte 1 Instruções Não escreva seu nome na prova. Ela deverá ser identificada apenas através do código.

Leia mais

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade Mecânica Quântica e Indiscernibilidade t ou ou?? Mecânica clássica Partículas discerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ =, Mecânica quântica Partículas indiscerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ = ψ, ou = ( A, A ) ψ

Leia mais

2 Estrutura e Propriedades dos Nanotubos de Carbono

2 Estrutura e Propriedades dos Nanotubos de Carbono 2 Estrutura e Propriedades dos Nanotubos de Carbono Os nanotubos de carbono representam um campo de estudo muito interessante devido à dependência das suas propriedades com a sua geometria. Neste capítulo

Leia mais

Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações

Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações Prof. Antonio Simões Costa Grupo Sist. Potência - UFSC A. Simões Costa (GSP/UFSC) Estab. a Peqs. Perturbs. 1 / 12 Equação de Oscilação para

Leia mais

Supercondutividade e magnetismo em pnictídeos baseados em ferro no formalismo do grupo de renormalização até dois loops

Supercondutividade e magnetismo em pnictídeos baseados em ferro no formalismo do grupo de renormalização até dois loops Supercondutividade e magnetismo em pnictídeos baseados em ferro no formalismo do grupo de renormalização até dois loops Vanuildo Silva de CARVALHO ; Hermann Freire Ferreira Lima e SILVA Instituto de Física,

Leia mais

TEORIA DE BANDAS. Prof. Harley P. Martins Filho. Caracterização de sólidos segundo condutividade

TEORIA DE BANDAS. Prof. Harley P. Martins Filho. Caracterização de sólidos segundo condutividade TEORIA DE BANDAS Prof. Harley P. Martins Filho Caracterização de sólidos segundo condutividade Condutores: sólidos cuja condutividade diminui quando temperatura se eleva. Semicondutores: sólidos cuja condutividade

Leia mais