RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA. Nome da tecnologia: Cultivar de Arroz de Terras Altas BRS Sertaneja

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1 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Nome da tecnologia: Cultivar de Arroz de Terras Altas BRS Sertaneja Ano de avaliação da tecnologia: 2011 Unidade: Embrapa Arroz e Feijão Equipe de Avaliação: Osmira Fátima da Silva Carlos Magri Ferreira Alcido Elenor Wander Adriano Pereira de Castro Santo Antônio de Goiás, dezembro de

2 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título Cultivar de arroz de terras altas - "BRS Sertaneja" 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU Objetivo Estratégico PDE/PDU X Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio X Inclusão da Agricultura Familiar Segurança Alimentar Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento Não se aplica 1.3. Descrição Sucinta A BRS Sertaneja é uma cultivar precoce, de grãos longo-finos, caracterizada por plantas vigorosas, moderadamente perfilhadoras, porte médio, folhas largas, e com mediana resistência ao acamamento. Suas panículas são longas e com elevado número de espiguetas. É uma cultivar de ampla adaptação, com bom comportamento nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima, Maranhão, Piauí e Tocantins. Esta nova cultivar originou-se de um cruzamento múltiplo realizado em 1993, na Embrapa Arroz e Feijão, envolvendo linhagens e cultivares (Carajás // IAC 165²/ Labelle //// Três Marias / IAC 25³ /// A /Guarani // IRAT 216), visando combinar produtividade elevada e estável com resistência à brusone e alta qualidade de grãos. Os testes de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade fenotípica, bem como a produção de sementes genéticas, foram conduzidos na sede da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás. A BRS Sertaneja foi testada em ensaios preliminares (1999/2000), regionais (ER 2000/2001) e de valor de cultivo e uso (ensaios VCU 2001/2002, 2002/2003, 2003/2004), além de testes específicos de resistência a doenças e pragas. A comparação da BRS Sertaneja com a cultivar Primavera, baseada nos resultados de 115 ensaios distribuídos pelas principais regiões produtoras de arroz no Brasil, indica que a nova cultivar tem produtividade média semelhante à cultivar de 2

3 referência (a diferença de 104 kg ha -1 em favor da BRS Sertaneja não foi significativa), é de três a quatro dias mais tardia e aproximadamente 3 cm mais baixa. Apesar da pequena diferença de estatura, a BRS Sertaneja é significativamente menos acamadora que a Primavera, devido à maior espessura de colmo Ano de Lançamento: Ano de Início de adoção: Abrangência Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL AC DF X ES PR BA AM GO X MG X RS CE AP MS RJ SC MA X PA X MT X SP PB RO X PE RR X PI X TO X RN SE 1.7. Beneficiários São beneficiários todos os agentes da cadeia produtiva. 2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA Com relação à produção no Brasil, em 2008, 2009 e 2010, segundo dados do IBGE/LSPA (2008, 2009 e 2010), foram produzidas, em média, toneladas de arroz de terras altas em ,6 hectares, com produtividade de kg ha -1. Em 2010, a produção total de Arroz de terras altas nos nove Estados indicados para a adoção da Cultivar BRS Sertaneja (Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima, Maranhão, Piauí e Tocantins) foi de toneladas, colhidas em hectares, com produtividade média de kg ha -1. As produtividades superiores obtidas com a cultivar BRS Sertaneja oportunizaram um aumento da renda para os produtores. No segmento produção, a cultivar pôde ser inserida em sistemas de integração lavoura-pecuária, especialmente na recuperação de pastagens degradadas. Isso movimentou diversos setores, dentre os quais cabe destacar a indústria de máquinas agrícolas e de beneficiamento do produto. Além disso, seu potencial produtivo superior reduziu a pressão para incorporação de novas áreas ao sistema produtivo, aumentando, desta forma, a biodiversidade. 3

4 O segmento industrial da cadeia se beneficiou com uma maior oferta de matériaprima, de excelente qualidade, gerando postos de trabalho neste e nos demais segmentos da cadeia. O consumidor brasileiro passa a usufruir um produto de melhor qualidade a preços mais acessíveis às classes menos favorecidas. A maior disponibilidade de oferta interna de arroz graças à adoção da cultivar BRS Sertaneja oportunizou uma maior inserção do país no comércio internacional de arroz, uma vez que foi possível exportar mais arroz oriundo do sistema de produção irrigado, onde outras cultivares são plantadas. Assim, indiretamente, a cultivar BRS Sertaneja contribuiu para uma maior geração de divisas. 3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS O presente relatório contempla a análise econômica da cultivar BRS Sertaneja, indicada para cultivo em 2006, comparando-a com a tecnologia anterior, cultivar Primavera, indicada em Essa análise tem como objetivo principal avaliar o impacto econômico dessa cultivar, segundo Ávila (2007), para o agronegócio do arroz, nos Estados para onde foi recomendada, ou seja, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e Minas Gerais, em 2009, 2010 e Para o levantamento dos custos de produção foram empregados os coeficientes técnicos balizados nas recomendações técnicas para o cultivo do arroz de terras altas, comparando com a tecnologia anterior, ou seja, a cultivar Primavera. Esses coeficientes técnicos são cruzados com os preços unitários dos fatores de produção, dentro da matriz eletrônica de cálculos utilizada na Embrapa Arroz e Feijão para o estabelecimento do custo total da produção em um hectare. Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Na avaliação econômica, em 2009, a Cultivar BRS Sertaneja, em terras altas, propiciou aos produtores de arroz um ganho financeiro superior com relação à cultivar Primavera ao incrementar 15 sc.60 kg ha -1 no sistema produtivo, ou sejam, 900 kg ha -1. Em 2010, o produtor da BRS Sertaneja obteve maior rendimento, em razão do incremento de 16 sc.60 kg ha -1 no sistema produtivo com relação à cultivar Primavera, porém em 2011, o incremento da produtividade já não foi tão expressivo, com o produtor obtendo apenas 12 sc.60 kg ha -1 (Tabela Aa1). Segundo Kleffmann Group (2011), na safra 2010/2011, houve expansão na área cultiva com a BRS Sertaneja no Estado do Maranhão (6%). Porém, ocorreu redução da área cultivada, principalmente, no Estado de Mato Grosso (8%), dando espaço para a Primavera que nesse Estado, cresceu em 2% em relação à safra anterior. Tabela Aa1 - Ganhos Líquidos Unitários 4

5 Ano Unidade de Medida UM Rendimento Anterior/UM (A) (*) Rendimento Atual/UM (B)(**) Preço Unitário R$/UM (C) Custo Adicional R$/UM (D) Ganho Unitário R$/UM E=[(B-A)xC]-D ha ,65 76,46 508, ha ,63 86,24 518, ha ,58 72,53 350,87 (*) Cultivar Primavera (**) Cultivar BRS Sertaneja Tabela Ba1 - Benefícios Econômicos na Região Ano Participação Ganho Líquido Área de da Embrapa % (F) Embrapa R$/UM Adoção: Unidade de Área de Adoção: Quant x UM (H) Benefício Econômico I=(G x H) (R$) G=(E x F) Medida-UM ,98 ha , ,99 ha , ,61 ha ,00 Com base no levantamento do custo de produção e com os dados publicados pelo IBGE sobre produção, área e rendimento, estima-se que em terras altas, a cultivar BRS Sertaneja foi cultivada, em aproximadamente ha, em 2009, o que representou aproximadamente 0,5% do total da área de arroz de terras altas dos estados para onde foi indicada, ou seja, 1,3 milhões de hectares. Em 2010, segundo levantamento realizado pela Kleffmann Group (dez.2010), estima-se que a cultivar BRS Sertaneja ocupa 19% do mercado total de arroz de terras altas, nos Estados de Mato Grosso e Maranhão e Rondônia. A partir dessa informação, cruza-se com os dados conjunturais da produção do arroz obtidas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do IBGE (2009), o qual informa que a área colhida com o arroz de terras altas no Brasil foi de 1,4 milhões de hectares e que a área colhida nos Estados para onde a BRS Sertaneja foi indicada (Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Pará, Roraima, Piauí e Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia) somou, praticamente, 1,3 milhões de hectares. Desta forma, estima-se que 244 mil hectares foram colhidos com a cultivar BRS Sertaneja no Brasil. Já em 2011, com base na mesma metodologia de estimativa de área de adoção, com as informações da Kleffmann Group (2011), que evidenciam uma participação de 17% da cultivar BRS Sertaneja, na ocupação do arroz de terras altas nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Maranhão, foi possível dimensionar uma área de adoção total estimada em 208,3 mil hectares, considerando os Estados de abrangência para os quais essa cultivar foi recomendada. Conforme é apresentado pela tabela Ba1, a cultivar BRS Sertaneja, propiciou um benefício econômico para o agronegócio do arroz de terras altas, em torno de R$ ,00, em Ressalva-se, que em 2008/2009, a cultivar BRS Sertaneja ainda se encontrava em domínio dos multiplicadores de semente. 5

6 Em 2010, já com uma maior multiplicação, para grãos, houve uma expressiva adoção por parte dos produtores da cultivar BRS sertaneja, a qual contribuiu para o agronegócio do arroz de terras altas, no Brasil, com um incremento de 960 kg ha -1, em relação à cultivar anteriormente cultivada, ou seja, a Primavera. Estimase que esse incremento obtido em produtividade, e a sustentação dos custos de produção, com relação a 2009 e, a relativa estabilidade do preço do arroz recebido pelos produtores corroboraram para que o benefício econômico da BRS Sertaneja fosse de R$ ,00, ou seja, praticamente, 50 milhões de dólares americanos. Considera-se, também, que essa cultivar foi desenvolvida com a participação de 70% da pesquisa da Embrapa. Em 2011, o benefício econômico da BRS Sertaneja ao agronegócio brasileiro de arroz, foi reduzido em 42% em relação ao ano anterior, ou seja, o benefício foi de R$ ,00 (US$ ,00). Isso ocorreu devido, principalmente, à contração dos preços do arroz no mercado interno Custo de produção Para análise do custo de produção, em geral, foram considerados os custos variáveis com insumos, operações com máquinas e implementos (com base na hora alugada) e serviços (mão-de-obra) contratados com base nos preços médios de fatores em vigor no mercado de Goiânia (GO), no mês de abril de cada ano analisado. Foram também consideradas despesas com pós-colheita, como frete pago para transporte do produto da propriedade ao armazém (equivalente a 1,8% do valor bruto da produção) e secagem Análise da viabilidade econômica do arroz em terras altas Para a análise da viabilidade econômica das cultivares Primavera e BRS Sertaneja, em terras altas, considerou-se, além do preço recebido pelos produtores de arroz pela saca de 60 quilogramas, os fatores de produção, que compõem o custo variável e operacional da lavoura, com as unidades de aferição conforme suas especificações. Os coeficientes técnicos são cruzados com os preços médios, em vigor no mercado de Goiânia, no mês de abril, através de uma planilha eletrônica, formatada em Excel e em uso na Embrapa Arroz e Feijão Análise econômica da tecnologia anterior cultivar Primavera Nos anos analisados, ou seja, 2009, 2010 e 2011, a cultivar Primavera, usada como tecnologia anterior para a análise do impacto econômico, não foi economicamente viável, em razão dos preços recebidos pelos produtores, em vigor, à época da comercialização, bem como de aspectos edafoclimáticos que constituíram entraves para uma melhor performance dessa cultivar. Em 2009, na obtenção de 40 sc.60 kg ha -1, os produtores da Primavera investiram R$ 1.988,46 ha -1, no sistema de produção. Em 2010, O custo de produção de 42 sc.60 kg ha -1 foi de R$ 1.905,19 ha -1, e em 2011, para que o produtor obtivesse um adicional de 4 sc.60 kg ha -1 foi necessário desembolsar mais R$ 214,48, ou 6

7 seja o custo de produção de 46 sc.60 kg ha -1 da cultivar Primavera foi de R$ 2.119,67. Na média dos anos agrícolas de 2009, 2010 e 2011, na formação do custo de produção da Primavera, as operações com máquinas representaram 47,46% do custo final, seguidos pelos insumos, 40,24%, serviços, 7,94%, e pós-colheita, 4,36%. Dentre os insumos que mais oneraram o custo final da produção destacam-se os fertilizantes/corretivos, 25,63%, seguidos pelas sementes, 7,33%, e defensivos, 7,27% Análise econômica da tecnologia atual - BRS Sertaneja Em 2009, o custo de produção de 55 sc.60 kg ha -1, da Cultivar BRS Sertaneja, foi de R$ 2.064,92 ha -1 e foi estabelecido conforme as fases de implantação e manejo da cultura. Em 2010, com os mesmos coeficientes técnicos de manejo da lavoura, foi possível um incremento em produtividade da BRS Sertaneja. Os produtores obtiveram 58 sc.60 kg ha -1, ao custo de produção de R$ 1.991,43 ha -1. O custo unitário por saca de 60 quilogramas caiu de R$ 37,54, em 2009, para R$ 34,33 em 2010, favorecendo uma maior rentabilidade para o produtor, o que não foi possível de se alcançar em 2011, devido à queda dos preços do arroz. O preparo do solo para o plantio foi realizado com a aração profunda, utilizandose arado de aivecas, grade aradora e niveladora. A acidez do solo foi corrigida com a calagem, na dosagem de 1,5 toneladas de calcário, por hectare. Para o tratamento de 67 kg ha -1 de sementes da BRS Sertaneja, foi usado o inseticida Carbossulfan (1,05 kg ha -1 ). Na adubação de base, por ocasião da semeadura, foram aplicados 300 kg ha -1 do formulado mais 20 kg ha -1 de Sulfato de zinco. A adubação nitrogenada foi feita em cobertura com 150 kg ha -1 de Sulfato de Amônio, empregando-se distribuidor tracionado por trator. Nos tratos culturais, para controlar os ataques de formigas, foi empregado o formicida em iscas - Sulfluramida (0,20 kg ha -1 ). No tratamento fitossanitário, foi empregado o fungicida Azoxistrobina + Ciproconazol (0,35 L ha -1 ). A colheita foi totalmente mecanizada, com o uso da colheitadora. No trabalho de pós-colheita, foram considerados os custos com a secagem e o transporte do produto ao armazém (cerca de 1,8% sobre o valor da produção). Na análise do período analisado de 2009 a 2011, em média, dos componentes do custo de produção, as operações com máquinas representaram 46,21% do custo final, seguidos pelos insumos, 40,26%, serviços, 7,72%, e pós-colheita, 5,81%. Dentre os insumos que mais oneraram o custo final da produção destacam-se os fertilizantes/corretivos, 24,67%, seguidos pelas sementes, 8,59%, e defensivos, 6,99%. O expressivo preço das sementes de arroz encontrado no mercado, ainda constitui um desafio por parte dos produtores de arroz para obterem maiores produtividades a custos mais reduzidos. 7

8 Pela análise econômica da tecnologia, ficou evidente que em 2009, o sistema de produção foi economicamente viável, devido ao incremento em produtividade e ao preço recebido pelo produto (R$ 38,00 sc. 60 kg -1 ). Pela análise da relação de benefício/custo que foi de 1,04, os produtores obtiveram um retorno financeiro de 4% sobre o investimento realizado. Já em 2010, os produtores foram mais beneficiados economicamente, devido ao incremento positivo obtido em produtividade da BRS Sertaneja, que favoreceu um adicional de 7% na rentabilidade, com relação à 2009, ou seja, a relação benefício/custo foi de 1,11. Isso foi possível, mesmo com a depreciação no preço da saca de 60 quilogramas do arroz, a qual passou de R$ 39,00 (2009) para R$ 38,00 (2010), no mês de abril, fixado para a análise comparativa. Com a contínua queda dos preços do arroz, adentrando o ano de 2011 (abril/2011 = R$ 35,00 sc. 60 kg -1 ) e o constatado aumento dos demais fatores de produção, praticamente, o negócio do arroz não foi impactado economicamente. Todavia, os produtores conseguiram saldar os custos de produção, ao obterem uma relação de benefício/custo de 1,01, ou seja, para cada R$ 1,00 investido no sistema de produção, obtiveram de retorno R$ 1, Fonte de dados Levantamento realizado pela equipe de avaliação de impactos da Unidade no âmbito do projeto Sistemas e Custos de Produção na Agropecuária Brasileira, cujos coeficientes técnicos foram compatibilizados com a equipe técnica da Unidade e multiplicados pelos preços vigentes no mercado no mês de abril. No ano agrícola de 2009, a estimativa de área de adoção da cultivar BRS Sertaneja foi com base nos dados de estimativa da utilização de sementes de arroz (taxa de 29%), fornecidos pela ABRASEM (2007). Para 2010, a estimativa de área de adoção da BRS Sertaneja foi com base no levantamento realizado pela Kleffmann Group (dez.2010), onde a empresa demonstra que a participação da cultivar BRS Sertaneja ocupa 19% do total da área colhida com o arroz de terras altas, nos Estados de Mato Grosso, Maranhão e Rondônia. Em 2011, a metodologia de estimativa de adoção de área cultivada com a BRS Sertaneja, segue informações obtidas da Kleffmann Group (2011) e do Levantamento Sistemático da produção Agrícola do IBGE (LSPA, dez.2010). 4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1. Avaliação dos Impactos A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social ( x ) sim ( ) não Tabela - Impactos sociais aspecto emprego 8

9 Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Capacitação Não Oportunidade de emprego local Sim qualificado Oferta de emprego e condição do Sim trabalhador Qualidade do emprego Não * Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial). a) Capacitação: Não se aplica. b) Oportunidade de emprego local qualificado: Em função de seu desempenho agronômico (maior potencial de resposta) e qualidade de grãos, possibilitou um revigoramento das lavouras de arroz de terras altas e, consequentemente, motivou o uso de práticas melhoradas visando a expressão do potencial produtivo da cultivar. Para a execução das práticas melhoradas, são necessários trabalhadores mais qualificados. Na agroindústria, por sua vez, houve investimentos em novas máquinas, tendo em vista a qualidade superior da matéria-prima. Em consequência, também houve a contratação de mão-deobra mais qualificada para atuar no beneficiamento. c) Oferta de emprego e condição do trabalhador: Houve aumento da oferta de emprego temporário e familiar para trabalhos nas lavouras, mas, principalmente, de emprego permanente para atuar na indústria. d) Qualidade do emprego: Não se aplica Tabela - Impactos sociais aspecto renda Indicadores (Sim/Não ) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Geração de renda do estabelecimento Sim Diversidade de fonte de renda Sim Valor da propriedade Sim * Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) a) Geração de renda do estabelecimento: Melhora a segurança da renda (maior estabilidade de produção) e por ter produtividade e qualidade superiores, melhora também o montante da renda. A diferença entre os pequenos e grandes produtores é decorrente basicamente da escala de produção, favorecendo os grandes produtores, que possuem melhores condições de negociação de sua produção, devido às condições de logística. b) Diversidade de fontes de renda: Não é afetada. c) Valor da propriedade: Não é alterado Tabela - Impactos sociais aspecto saúde 9

10 Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Saúde ambiental e pessoal Sim Segurança e saúde ocupacional Sim Segurança alimentar Sim * Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) a) Saúde ambiental: Devido ao fato de a cultivar BRS Sertaneja ter melhor aceitação no mercado, os produtores tendem a usar mais fertilizantes no processo produtivo. Em casos onde se venha a utilizar dosagens excessivas de fertilizantes, poderá ocorrer a contaminação dos solos produtivos com os nutrientes utilizados em excesso. Os produtores familiares, em geral, não mudam a quantidade de insumos utilizados na lavoura de arroz. b) Segurança e saúde ocupacional: Não sofre nenhuma alteração em relação à tecnologia anterior. c) Segurança alimentar: A garantia de produção é superior devido ao fato de a cultivar BRS Sertaneja ser mais resistente à brusone do que a cultivar Primavera. O maior potencial produtivo, associado à resistência à brusone, possibilita níveis de produtividade maiores, aumentando a oferta de alimento Tabela - Impactos sociais aspecto gestão e administração Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Dedicação e perfil do responsável Sim Condição de comercialização Sim Reciclagem de resíduos Não Relacionamento institucional Sim *Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) a) Dedicação e perfil do responsável: Não muda nada. b) Condição de comercialização: Na rizicultura familiar, nas regiões consideradas na avaliação, a condição de comercialização do produtor não muda com a adoção da cultivar BRS Sertaneja. Já os produtores patronais passam a realizar venda antecipada/cooperada, considerando o interesse da indústria em garantir uma matéria-prima de melhor qualidade, melhorando sua condição de comercialização. c) Reciclagem de resíduos: Não de aplica. d) Relacionamento institucional: Com a adoção da cultivar BRS Sertaneja, os rizicultores passam a utilizar mais dos serviços de assistência técnica Análise dos Resultados Índice de impacto gerado pelo AMBITEC Social. Tipo 1 Tipo 2 Geral

11 4.3. Impactos sobre o Emprego Para o cultivo de um hectare da cultivar de arroz de terras altas, a BRS Sertaneja, são necessários 4,6 dias/homem, relativo à mão-de-obra para condução da lavoura até a colheita. Com base na estimativa de que a área colhida com a cultivar BRS Sertaneja, em 2011, foi de hectares, durante cada ano, poderiam ser gerados empregos para trabalhadores rurais nesse complexo do arroz de terras altas. Considerando ainda que para beneficiar kg de arroz, a agroindústria necessita de 0,25 dia/homem, seriam necessários dias de serviços na agroindústria de aproveitamento das 725 mil toneladas, ou seja, aproximadamente 338 ocupações de empregos, durante o ano, tiveram oportunidade, neste segmento. Para transportar o produto da lavoura para a agroindústria e dessa para os centros consumidores são necessárias 1,5 horas de trabalho por tonelada e, considerando que os motoristas trabalham 10 horas por dia, o transporte da BRS Sertaneja é responsável pela abertura de 298 postos de trabalho, por ano, para motorista na agroindústria do arroz. O aproveitamento dos subprodutos do arroz (farelo, casca e grãos quebrados) gera muitos outros empregos. Além disso, tanto outros empregos na indústria de embalagem, classificação, pontos de vendas no varejo, etc. foram gerados indiretamente e que não é possível quantificá-los. Em resumo, no ano de 2011, na cadeia produtiva do arroz na qual a cultivar BRS Sertaneja está inserida, comparado com 2010, houve uma diminuição de 460 postos de trabalho. Número de novos empregos gerados ao longo da cadeia: Fonte de dados Estimativa realizada pela equipe de avaliação de impactos econômico, social e ambiental juntamente com a equipe responsável pelo desenvolvimento de novas cultivares de arroz de terras altas, em reuniões realizadas na Unidade. E, com base em informações colhidas junto ao IBGE (2008, 2009 e 2010) e Kleffmann Group (2010 e 2011). 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1. Avaliação dos impactos ambientais A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( X ) sim ( ) não Alcance da Tecnologia A estimativa de área total colhida com o arroz de terras em 2008, nos estados brasileiros de abrangência da cultivar BRS Sertaneja é cultivada, foi 1,3 milhões de hectares, produzindo 2,4 milhões de toneladas e uma produtividade média de kg ha -1 (IBGE, 2008). Em 2009, na região indicada para adoção (Minas 11

12 Gerais, Goiás, Distrito Federal, Pará, Roraima, Piauí e Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia), estima-se que foram colhidas 2,4 milhões de toneladas em 1,3 milhões de hectares, com produtividade média de kg ha -1 (IBGE, 2009). E, para 2010, na mesma área de abrangência da tecnologia, foram colhidas 2,2 milhões de toneladas em 1,2 milhões de hectares, com produtividade média de kg ha -1 (IBGE, 2010) Eficiência Tecnológica Tabela Eficiência Tecnológica Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Uso de agroquímicos/insumos químicos e Sim ou materiais Uso de energia Sim Uso de recursos naturais Sim Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) a) Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais: Os rizicultores adotantes da cultivar BRS Sertaneja usam mais calcário e NPK hidrossolúvel. Dentre os produtores, os patronais aumentam mais a quantidade de fertilizantes do que os produtores familiares. É importante ressaltar que a fertilização é desejável sob aspectos da sustentabilidade no sentido de fazer a reposição de nutrientes retirados do solo pelas culturas, evitando a sua degradação. Nas avaliações aqui realizadas o uso de fertilizantes químicos é considerado negativo. Assim, outras fontes de nutrientes devem ser exploradas. b) Uso de energia: Apesar de um aumento da produção, a princípio, demandando-se mais energia para o transporte e beneficiamento, observa-se um encurtamento das distâncias entre as regiões produtoras e as indústrias, diminuindo o consumo de energia para transporte do produto das lavouras até a indústria. Também houve uma pequena redução nas operações com máquinas nas lavouras, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis nessa etapa. Assim, somando-se os aumentos e reduções observadas, não houve alteração no consumo de energia com a adoção da cultivar BRS Sertaneja em relação à cultivar Primavera. c) Uso de recursos naturais: A demanda por água, tanto na produção, como no beneficiamento não é afetada pela adoção da cultivar BRS Sertaneja. E, a demanda pelo recurso natural solo, para plantio (área), pode sofrer alterações, porém, até o momento, não foi observada nenhuma mudança em relação à tecnologia anterior Conservação Ambiental Tabela Conservação Ambiental para AMBITEC Agro Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Atmosfera Não Capacidade produtiva do solo Sim Água Não

13 Biodiversidade Sim *Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) a) Atmosfera: Não é alterada pela adoção da tecnologia BRS Sertaneja, em relação à anterior, a cultivar Primavera. b) Capacidade produtiva do solo: Até então, não foi observada nenhuma alteração da capacidade produtiva do solo após a adoção desta nova tecnologia. c) Água: Não é afetada pela adoção desta tecnologia, pois o sistema utilizado não requer irrigação. d) Biodiversidade: Uma característica comum das lavouras de arroz de terras altas é a perda elevada na colheita. Os resíduos deixados no campo servem de alimento para muitos mamíferos e aves, o que garante a sobrevivência de muitas espécies na entressafra, quando a oferta natural de alimento para as espécies silvestres é menor. Além disso, a adoção da tecnologia BRS Sertaneja em áreas de pastagem degradada reduz a pressão por abertura de novas áreas, preservando os refúgios para a fauna e mantendo a flora nativa Recuperação Ambiental Tabela Recuperação Ambiental Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral Recuperação Ambiental Sim *Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) A recuperação ambiental decorre, basicamente, de duas formas: (1) a reposição de nutrientes via correção da acidez, com a calagem e fertilização química do solo e (2) a recuperação de pastagens degradadas, diminuindo a pressão para a abertura de novas áreas. Em geral, os produtores patronais (empresariais) repõem mais nutrientes e, também, são os maiores detentores de áreas de pastagens degradadas Qualidade do Produto Tabela Qualidade do Produto Indicadores (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (*) Geral Qualidade do produto Não *Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) A metodologia do Ambitec-Agro não prevê análise para qualidade de produtos agrícolas, motivo pelo qual consta NÃO SE APLICA, embora sabe-se que, no caso do arroz, esse item deveria também ser utilizado, por ser de muita importância para a cadeia produtiva como um todo. 13

14 5.2. Índice de Impacto Ambiental Tipo 1 Tipo 2 Geral A adoção da cultivar BRS Sertaneja, como qualquer tecnologia, gera impactos positivos e negativos sobre o meio ambiente. Considerando os diferentes coeficientes de impacto, o Ambitec-Agro gerou um índice de impacto ambiental positivo, de Do ponto de vista ambiental, a adoção da tecnologia não contribuiu para a degradação ambiental. Em lavouras empresariais, o impacto ambiental positivo foi maior do que em áreas de agricultura familiar Fonte de dados Estimativa realizada pela equipe de avaliação de impactos econômico, social e ambiental juntamente com a equipe responsável pelo desenvolvimento de novas cultivares de arroz de terras altas, em reuniões realizadas na Unidade. 6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL 6.1. Impactos sobre o Conhecimento Tabela Impacto sobre o Conhecimento Indicadores (Sim/ Não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Nível de geração de novos Sim conhecimentos Grau de inovação das novas Sim técnicas e métodos gerados Nível de intercâmbio de Sim conhecimento Diversidade dos conhecimentos Sim aprendidos Patentes protegidas Não Artigos técnico-científicos Sim publicados em periódicos indexados Teses desenvolvidas a partir da tecnologia Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. 14

15 O processo de pesquisa e desenvolvimento adotado na geração da cultivar BRS Sertaneja foi o mesmo que já vinha sendo utilizado em cultivares geradas anteriormente Impactos sobre Capacitação Tabela Impacto sobre Capacitação Indicadores (Sim/Não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Capacidade de se relacionar Sim com o ambiente externo Capacidade de formar redes e Sim de estabelecer parcerias Capacidade de compartilhar Não equipamentos e instalações Capacidade de socializar o Sim conhecimento gerado Capacidade de trocar Não informações e dados codificados Capacitação da equipe técnica Sim Capacitação de pessoas externas Sim Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Em termos de capacitação, a cultivar BRS Sertaneja não trouxe nenhuma alteração em relação à cultivar Primavera. A maioria das dificuldades e desafios enfrentados pelos pesquisadores na geração e transferência das tecnologias foi similar para essas duas cultivares Impacto Político-institucional Tabela Impacto Político-institucional Indicadores (Sim/ Não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Mudanças organizacionais e no Não marco institucional Mudanças na orientação de Não políticas públicas Relações de cooperação públicoprivada Sim Melhora da imagem da instituição Sim Capacidade de captar recursos Sim

16 Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade Sim Não Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Diferente da cultivar Primavera, a cultivar BRS Sertaneja tem sido difundida por meio de licenciamento da produção de sementes, iniciando um processo ordenado da produção de sementes certificadas, por meio de parceria públicoprivada. O lançamento da cultivar BRS Sertaneja representou um passo importante em direção à consolidação da produção de arroz de grão tipo longo-fino ( agulhinha ) em ambiente de terras altas, iniciado com a cultivar Primavera Análise Agregada dos Impactos sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-institucionais Não houve alteração no processo de obtenção dessa cultivar. O diferencial da cultivar BRS Sertaneja em relação à cultivar Primavera está no ponto de colheita mais flexível e maior rendimento de grãos inteiros. Outro aspecto interessante de ser ressaltado é que a BRS Sertaneja e outras cultivares recentemente lançadas apresentam qualidades de grão semelhantes, possibilitando, assim, que as indústrias construam marcas comerciais, utilizando qualquer uma dessas cultivares. Com a BRS Sertaneja não houve modificações nos processos de transferência de tecnologia. No entanto, suas qualidades facilitaram sua adoção pelos produtores e sua aceitação pelas indústrias. A cultivar BRS Sertaneja despertou o interesse de produtores de sementes para ofertá-la no mercado, possibilitando uma aproximação da Embrapa com esse segmento da cadeia produtiva Fonte de dados Participaram quatro membros da equipe técnica, sendo que três eram da equipe de avaliação de impactos e uma responsável pela geração da tecnologia. 7. AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS A cultivar BRS Sertaneja é recomendada para os Estados de Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. Em 2009, segundo dados de estimativa da utilização de sementes de arroz (taxa de 29%), pela ABRASEM (2007), a área colhida com a BRS Sertaneja foi estimada em hectares, para uma produção de toneladas e uma produtividade 16

17 média de kg ha -1. A produtividade média da cultivar BRS Sertaneja foi superior em aproximadamente 15 sc.60 kg ha -1 com relação a cultivar Primavera. Em 2010, com base nos dados da Kleffmann Group, estima-se que foram produzidas 849,8 mil toneladas com a BRS Sertaneja na região de abrangência da adoção, numa área total de 244,2 mil hectares e uma produtividade média de kg ha -1. Em conseqüência da adoção dessa tecnologia, houve geração de mais empregos e aumento da oferta de alimentos no mercado, com o consumidor obtendo mais acesso à um produto de melhor qualidade. O agronegócio brasileiro foi fortalecido pelo negócio do arroz de terras altas, o que implica, também, em desempenho qualificado da agricultura para participação no PIB em Em 2011, provavelmente, em razão do aumento do custo de produção e depreciação no preço do produto, ocorreu uma retração na área de adoção da cultivar BRS Sertaneja para 208,3 mil ha. Mesmo com uma produtividade de kg ha -1 houve uma diminuição da produção em relação a Essa redução da área de adoção e da produção provocou uma vacância com relação aos empregos que foram gerados em 2010, ou seja, cerca de 460 empregados perderam seus postos de trabalho na cadeia produtiva dessa cultivar. 8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1. Estimativa dos Custos Tabela Estimativa dos custos Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica Total , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,36 Estima-se que para o lançamento de uma nova cultivar são necessários, em média, 10 anos de trabalho em melhoramento genético. Como a variedade BRS Sertaneja foi lançada em 2006, para calcular o custo foi tomado como base o ano de O cálculo do custo da mão-de-obra envolvida no melhoramento do 17

18 feijoeiro comum foi feito de acordo com Almeida & Yokoyama (2000). Estes autores consideraram uma equipe composta, em média, por um pesquisador nível I e III, dois pesquisadores nível II, quatro operários rurais, além de três laboratoristas. Adicionalmente, adotaram a seguinte metodologia: no primeiro ano do desenvolvimento da cultivar, foi calculado o salário integral de toda equipe e considerado como gasto com mão-de-obra. A partir do segundo ano, foi aplicada uma redução de 10% ao ano, considerando que paralelamente estão sendo desenvolvidas novas cultivares. Essa foi a forma utilizada para calcular o custo com mão-de-obra. Para o custeio da pesquisa, foi considerado o custo da administração (pessoal administrativo, material de consumo, manutenção e preparo dos campos experimentais, máquinas agrícolas, custeio com capital, dentre outros serviços), o qual foi calculado como sendo 40% do valor da mãode-obra. A partir de 2007 foram considerados apenas os custos de transferência de tecnologia, os quais foram corrigidos, ano a ano, alcançando R$ 267 mil em 2009, R$ 289 mil em 2010 e R$ 312 mil em Análise dos Custos O investimento, considerando um período de dez anos, em um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de cultivares de arroz, foi orçado em R$ ,00. Os resultados da análise financeira com apenas 03 anos de adoção da cultivar demonstram resultados bastante positivos, com TIR de 35% e VPL de mais de R$ 11,8 milhões para uma taxa de juros de 12%. Estes resultados podem melhorar nos próximos anos, caso a cultivar continue tendo uma adoção expressiva nos próximos anos, gerando fluxos de benefícios que poderão proporcionar aumento na TIR e VPL nos próximos anos. 9 AÇÕES SOCIAIS Tabela 9.1. Ações Sociais Tipo de ação Não houve. Não houve BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, A.A.; YOKOYAMA, L.P. Impacto das cultivares de arroz de terras altas da Embrapa e rentabilidade dos investimentos em melhoramento de plantas. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão p. AVILA, A. F. D.; RODRIGUES, G. S.; VEDOVOTO, G. L. Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa: Metodologia de referência. Disponível em: < mpactoembrapa.pdf>. Acesso em: 15/03/2007. Embrapa Arroz e Feijão, p. (Embrapa Arroz e Feijão. Comunicado técnico, 133). 18

19 KLEFFMANN GROUP. Relatório de arroz de terras altas para a safra 2009/2010. Dez/2010. KLEFFMANN GROUP. Relatório de arroz de terras altas para a safra 2010/2011. Set/2011. LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA. Rio de Janeiro: IBGE, 2008, v.20, n.12, pg Dez.2008 (ISSN X). ( On line, LSPA doc 21/01/2009). LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA. Rio de Janeiro: IBGE, 2009, v.21, n.12, pg Dez.2009 (ISSN X). ( On line, estprodagr_200912[1].zip, em 19/07/2010. LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA. Rio de Janeiro: IBGE, 2010, v.23, n.12, pg Dez.2010 (ISSN X). ( On line, estprodagr_ pdf, em 05/07/2011. QUIRINO, T. R.; IRIAS, L. J. M.; WRIGHT, J. T. C. Impacto agroambiental: perspectivas, problemas e prioridades. São Paulo. Ed Edgard Blüncher Ltda. 1999, 183 p. RODRIGUES G. S.; CAMPANHOLA, C. KITAMURA, P. C. Avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária: um sistema de avaliação para o contexto institucional de P&D. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v. 19, n. 3, 2002, p. 11. EQUIPE RESPONSÁVEL Osmira Fátima da Silva Carlos Magri Ferreira Alcido Elenor Wander Adriano Pereira de Castro 19

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