I Seminário de Experiências na APS com populaçao de rua & I Oficina crack e outras drogas
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- Vitória Castelhano Cerveira
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1 I Seminário de Experiências na APS com populaçao de rua & I Oficina crack e outras drogas Alexandre Trino DAB/MS 19 de setembro , 20 e 21 DE SETEMBRO DE 2012 RIO DE JANEIRO
2 A COMPLEXIDADE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO - DIVERSIDADE DE CONCEITOS; - INFLUÊNCIA DE RÓTULOS E ESTIGMAS; - SUJEITO DE DIREITOS E DEVERES; - AUTONOMIA E TUTELA; - CARTOGRAFIA DO TERRITÓRIO EXISTENCIAL DO USUÁRIO; - A RUA COMO TERRITÓRIO DE VIDA E PRODUTOR DE SENTIDOS; - SOFRIMENTO E DOENÇA; - REDUÇÃO DE DANOS; - CONCEITO DE VULNERABILIDADE; -SUSTENTABILIDADE DAS REDES;
3 Censo de população em situação de rua 71 municípios recenseados pelo MDS em : moradores de rua. São Paulo (2003): pessoas Salvador (2008): pessoas Belo Horizonte (2005): pessoas Porto Alegre (2008): pessoas Recife (2005): pessoas Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008.
4 Alguns achados socioeconômicos 70,9% exercem alguma atividade remunerada. 51,9% das pessoas possuem um parente na cidade onde se encontram. 19% dos entrevistados não conseguem se alimentar pelo menos uma vez ao dia. Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008.
5 Principais Motivos de Saída para Rua desavenças familiares 29,1% Alcoolismo/ drogas 35,5% desemprego 29,8% Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008.
6 Especificidades sobre a população em situação de rua Riscos maiores para a saúde relacionados a : violência, variação climática, alimentação incerta, relações sexuais, falta de acesso a água limpa, falta de sono adequado, falta de acesso a locais para higiene pessoal, falta de acesso a locais para fazer suas necessidades fisiológicas, etc... Questões Psicossociais Estigma - motivo de sofrimento emocional. O olhar do transeunte. Pode ser de medo, raiva, piedade e, sobretudo, o NÃO-OLHAR. Desafios para o profissional de saúde - anamnese, exame físico, adesão ao tratamento,acesso,acompanhamento Silenciamento dos sintomas, acompanhado da desesperança crônica de ser cuidado. Cala-se então o corpo, que não deve mais doer, que não deve mais sentir, ainda que esteja muito doente. Nesse momento, se perguntarmos a um morador de rua com tosse e dor como ele está de saúde, ele responderá: bem. (David de Souza- Médico da Organização Médicos Sem Fronteiras - artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo/ 2008)
7 PSICODINÂMICA DA VIDA NA RUA Indivíduo (vivência com grupo social) -casa -comunidade -vínculos (familiares, sociais, trabalho, afetivos...) Fatores de ida para rua Rua Vivência na rua: -exclusão -violência / repressão -perda de vínculos e referências -marcação de estigmas, rótulos ("mendigos", "maloqueiros"...) Obs:Indivíduo isolado, impessoal, Processo de desumanização "Implementação de recursos de mediação": -incorporação de discursos; -criação de regras de convivência; -aprendizagem de novos comportamentos; -mudança de valores; -assimilação de códigos, regras (vivência grupal na rua); -criação de nova rede de relações (outros moradores, comunidade local, instituições, órgãos públicos, etc); -criação de formas de subsistência, sobrevivência; -reprodução de vivência anterior "casa" / relações / vínculos Mecanismos psíquicos para adequar a nova realidade! Fonte: Projeto Meio Fio Organização Médicos Sem Fronteiras-2004
8 CONSULTÓRIO NA RUA Diretrizes de organização e funcionamento das equipes dos Consultórios na Rua (ecr) 1. Componente da Atenção Básica na Rede de Atenção Psico-social 2. Composição multiprofissional e que lida com os diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua 3. Ações compartilhadas e integradas às unidades básicas, CAPS, dos serviços de Urgência e Emergência e outros pontos de atenção MODALIDADES MODALIDADE I 4 PROFISSIONAIS (2 NIVEL SUPERIOR + 2 NIVEL MÉDIO) MODALIDADE II 6 PROFISSIONAIS (3 NIVEL SUPERIOR + 3 NIVEL MÉDIO) MODALIDADE III MODALIDADE II + PROFISSIONAL MÉDICO MOD. I: R$ 9.500,00 MOD. II: R$ ,00 MOD. III: R$ ,00 CBO: Enfermeiro; Psicólogo; Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Médico, Agente Social, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem e Técnico em Saúde Bucal. Política Nacional de Atenção Básica Portaria n. 2488, de 21 de outubro de 2011.
9 Consultórios na Rua META : 307 INVESTIMENTO : R$ 127,44 milhões (custeio) META 2012: 74 (+ 60 existentes) INVESTIMENTO 2012: R$ 29,52 milhões (custeio) PROVIDÊNCIAS: Publicação da Portaria : JAN 2012; Visitas Técnicas do MS para discussão da Rede de Saúde Mental/Plano Crack, diagnóstico e implantação dos novos serviços nos municípios prioritários; Municípios/estados elaboram projeto e informam a Comissão Intergestores Bipartite; Municípios/estados enviam documentação ao MS para habilitação dos serviços; MS Habilita serviços e repassa recursos; Municípios/estados implantam serviços.
10 Consultório de Rua - Equipe itinerante com foco no atendimento a Saúde Mental Saúde Mental Proposta de Estratégia de Saúde da Família com equipes específicas para atenção integral à Saúde da população em situação de rua. ESF Sem Domicílio Consultório na Rua Equipe itinerante para Atenção Integral à Saúde da população em Situação de Rua Atenção Básica
11 Equipe de Consultório NA Rua Entende-se por Agente Social: profissional que desempenhe atividades que visam garantir a atenção, a defesa e a proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social, assim como aproximar as equipes dos valores, modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua. É necessário que este profissional tenha habilidades e competências para: trabalhar junto a usuários de álcool, crack e outras drogas, agregando conhecimentos básicos sobre Redução de Danos; realizar atividades educativas e culturais; dispensação de insumos de proteção à saúde; encaminhamentos/mediação para Rede de Saúde e intersetorial ; acompanhar o cuidado das pessoas em situação de rua. Recomenda-se ainda que este profissional tenha experiência em atenção a pessoas em situação de rua e/ou trajetória de vida em situação de rua. O técnico em Saúde Bucal da equipe do consultório na rua deverá ser supervisionado por um cirurgião-dentista vinculado a equipe de Saúde da Família (ESF) da área correspondente à área de atuação do consultório na rua ou da UBS mais próxima da área de atuação, conforme definição do gestor local. Esta equipe deverá também se responsabilizar pelo atendimento da população e programar atividades em conjunto com o Técnico em Saúde Bucal da equipe do consultório na rua. A supervisão direta do cirurgiãodentista será obrigatória em todas as atividades clínicas, podendo as atividades extra clínica terem supervisão indireta;
12 Equipe de Consultório NA Rua É de responsabilidade do gestor municipal, como contrapartida no projeto, viabilizar veículo de transporte para que a equipe dos consultórios na rua possa realizar o cuidado in loco da população em situação de rua; O veículo destinado ao transporte dessa equipe deverá manter a identificação visual e o grafismo da equipe de consultório na rua de acordo com o padrão pactuado nacionalmente; O Ministério da Saúde oferecerá diretrizes técnicas de funcionamento monitoramento, e acompanhamento dos consultórios de rua. As equipes dos consultórios na rua deverão ter acesso a processos de educação permanente, contemplando, dentre outros, a abordagem das diferentes necessidades de saúde da população em situação de rua bem como o desenvolvimento de competências para a prática da redução de danos.
13 Equipe de Consultório NA Rua As equipes de saúde da família que atendem pessoas em situação de rua poderão ter sua habilitação modificada para Equipe de Consultório na Rua, respeitando os parâmetros de adscrição de clientela e de composição profissional previstos para as respectivas modalidades. Todas as modalidades de equipes de Consultório na Rua poderão agregar equipes do Programa de Agentes Comunitários, complementando suas ações. As 92 equipes de consultórios de rua, contempladas com financiamento oriundo das Chamadas de Seleção realizadas em 2010 pela Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS/MS, também poderão ser cadastradas como equipes de Consultórios na Rua quando se adequarem às modalidades descritas acima e após os 12 meses de início do financiamento e da execução do recurso citado, passando deste modo a receber o recurso da atenção básica de incentivo as equipes dos consultórios na rua.
14 Equipe de Consultório NA Rua Para o cálculo do teto máximo das equipes de Consultórios na Rua a que os municípios farão jus, serão tomados como base os dados dos censos populacionais vigentes, relacionados à população em situação de rua, realizados por órgãos oficias e reconhecidos pelo Departamento de Atenção Básica / SAS / MS. Para os Municípios com mais de 300 mil habitantes o cálculo do teto máximo das equipes de Consultórios na Rua terá como base os dados extraídos da Pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social (2008) e da Pesquisa sobre criança e adolescente em situação de rua levantados pela Secretaria de Direitos Humanos (2011). Para os municípios entre mil habitantes o cálculo do teto máximo das equipes de Consultórios na Rua terá como base uma estimativa da população em situação de rua realizada a partir do índice encontrado nas pesquisas citadas acima sobre pessoas em situação de rua e ponderado por estado.
15 PRINCIPAIS DESAFIOS - Promover acesso da População em Situação de Rua nas UBS; - Articulação de Rede dialogando com a necessidade da população em situação de Rua; - Qualificação dos processos de Trabalho; - Construção de indicadores; - Qualificação de Profissionais da AB.
16 OBRIGADO!!! Contatos: CGGAB/ DAB/ MS tel: / 9049
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