SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA. Dezembro 2013
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- Davi das Neves Alcaide
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1 SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA Dezembro 2013
2 Atenção Básica Fundamentos e Diretrizes TERRITÓRIO LONGITUDINALIDADE COORDENAR A INTEGRALIDADE
3 O Início da Conversa O que há de SM na AB? A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica. Cobertura Nacional da ESF: 52% Lógica (Ética) de Redução de Danos como diretriz na PNAB (2011) Equipes para populações específicas, em especial as Equipes de Consultório na Rua (90 ecr) Presença de psicólogos em 85% das equipes NASF no Brasil, além das demais categorias ligadas a SM NASF no Brasil (1498 municípios 1410 tem até 2 equipes implantadas 46 com NASF 3 implantados)
4 Frequência dos profissionais no NASF I & II (2013) Profissional Percentual de NASF I e II com o Profissional na Equipe PSICOLOGO 85,7 FISIOTERAPEUTA GERAL /LUDOMOTRICISTA CINESIOLOGO LUDOMOTRICISTA 85,3 NUTRICIONISTA NUTRICIONISTA SAUDE PUBLICA 82,1 ASSISTENTE SOCIAL 68,3 AVALIADOR FISICO ORIENTADOR FISIOCORPORAL / PREPARADOR FISICO / TECNICO DE DESPORTO INDIVIDUAL E COLETIVO EXCETO FUTEBOL / PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO SUPERIOR / PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO MEDIO / PREPARADOR DE ATLETA /TREINADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL FONOAUDIOLOGO 47,7 FARMACEUTICO BOTICARIO FARMACEUTICO COSMETOLOGO FARMACEU 41,9 MEDICO PEDIATRA 23,1 TERAPEUTA OCUPACIONAL 22,6 MEDICO GINECOLOGISTA E OBSTETRA 20,5 MEDICO PSIQUIATRA 7,7 PSICOLOGO DO TRANSITO PSICOLOGO SOCIAL 1,6 MEDICO HOMEOPATA 1 MEDICO CLINICO 0,4 MEDICO ACUPUNTURISTA 0,3 MEDICO VETERINARIO MEDICO VETERINARIO DE SAUDE PUBLICA ME 0,2 MEDICO GERIATRA 0,1 61,1
5 O Início da Conversa O que há de SM na AB? Os sofrimentos psíquicos mais frequentes na AB são: depressão, ansiedade, somatização e abuso ou dependência de álcool. No caso das psicoses, a Atenção Básica colabora com os serviços especializados para o reconhecimento precoce e acompanhamento dos casos. A formação generalista dos médicos e enfermeiros da AB facilita a integração entre o discurso da SM e o da AB na produção do cuidado integral. A ESF opera um modo ativo de intervenção em saúde, não esperando a demanda chegar para intervir, mas agindo sobre ela preventivamente, o que representa um instrumento de reorganização da demanda
6 Informações Preliminares PREVALÊNCIA : - HAS: 23% na população geral. - DM: 6,4%, na população geral. - Transtorno Mental Comum/Leve: 22,7-38% na população geral. - Transtorno Mental Severo: 9-12% na população geral. Dados MS / OMS (2011)
7 Expectativas da Formação para a AB Utilizar a AB como espaço de problematização clínica da loucura da vida cotidiana e da naturalização e banalização de questões promotoras de sofrimento psíquico; Discussão e incorporação de estratégias e ferramentas da clínica da SM para o cuidado integral na AB; Não estaremos discutindo somente a qualificação do diagnóstico em SM ou do encaminhamento para a equipamentos da Rede de SM; Estaremos discutindo o cuidado possível em SM realizado na AB, pelo ACS; A problematização do discurso das demandas específicas e das especialidades de SM na AB.
8 NASF Dispositivo privilegiado para discussão da Saúde Mental na AB; Equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das ESF, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado.
9 Apoio Matricial Dimensão pedagógica na gestão do trabalho; Se dá sobretudo em ato, nos encontros ; Pede porosidade, capacidade de afetar e ser afetado; Prática técnica e relacional; Pode ampliar a potência de pensar, de inventar, de (inter)agir, de cuidar.
10 Algumas Práticas Específicas do Matriciamento Discussão de casos clínicos; Atendimento conjunto; Capacitação sobre temas relevantes para as equipes (demanda explícita ou percebida/pactuada); Construção de protocolos com as equipes; Suporte na implantação/incorporação de novas práticas (ex: grupos terapêuticos e educativos, técnicas de escuta); Suporte na construção de projetos terapêuticos singulares; Suporte no manejo de questões do território.
11 Efeitos do NASF Integração da Rede de Atenção à Saúde e seus serviços (ex.: CAPS, CEREST, Ambulatórios Especializados, etc.), além de outras redes como SUAS, redes sociais e comunitárias. Revisão da prática do encaminhamento / responsabilização compartilhada. Contribui para a integralidade do cuidado principalmente por intermédio da ampliação da clínica. Aumento da resolutividade / capacidade de cuidado das equipes de saúde diante de necessidades individuais e coletivas, clínicas e sanitárias; - Alteração do lugar e da dinâmica das especialidades.
12 Acolhimento Compromisso ético, estético e político. Ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, dor, alegrias, modos de viver, sentir e estar na vida. Estética porque traz para as relações e encontros do dia a dia a invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, com a construção de nossa própria humanidade. Política porque implica o compromisso coletivo de envolverse neste estar com, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros.
13 Qual o sentido destas reflexões para as práticas de produção de saúde? Os processos de produção de saúde dizem respeito, necessariamente, a um trabalho coletivo e cooperativo, entre sujeitos, e se fazem numa rede de relações que exigem interação e diálogo permanentes. Cuidar dessa rede de relações, responsabilizandose pela produção de relações. Afirmando, assim, a indissociabilidade entre a produção de saúde e a produção de subjetividades.
14 As Formações em Saúde A formação em saúde no Brasil não prepara os profissionais para o trabalho no SUS, de forma colaborativa (interdisciplinar) e territorializada. Foco em uma formação de caráter individualizado (clínico) e desconectado da lógica territorial e em rede.
15 O Agente Comunitário de Saúde Mediadores entre o saber científico e popular; Contato permanente com as famílias permite o trabalho de continuidade dos tratamentos; Incorporação do Discurso Científico no processo de trabalho. Função de elo entre o serviço e a população; Diferença entre elo e laço
16 Pontos para Discussão O território é o locus e conceito fundamental para o trabalho na AB e SM; A Clinica Protocolar instituída na Atenção Básica e a Clínica Artesanal que acontece na Saúde Mental; 50% das esf realizam de modo insatisfatório o cuidado a hipertensão de diabetes (PMAQ-AB 2012); Tradição da AB em se dedicar aos Programas (hipertensão, diabetes, saúde da mulher, criança e bucal...);
17 Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade
18 AMAQ
19 A equipe de atenção básica identifica e acompanha os usuários de álcool e outras drogas na perspectiva da redução de danos. n % , , , , , , , , , , ,5 Total ,0 0 5 : 57,8 % 6 10 : 42,2%
20 A equipe de atenção básica identifica e acompanha as pessoas com sofrimento psíquico de seu território. n % , , , , , , , , , , ,6 Total ,0 0 5 : 29,2 % 6 10 : 70,8%
21 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EXTERNA PMAQ MÓDULO II
22 Qual a freqüência que a equipe recebe o apoio matricial? Abs. % Semanal Quinzenal Mensal Trimestral Semestral Sem periodicidade definida , , , , , ,55 Total ,00
23 O protocolo de acolhimento à demanda espontânea considera: Problemas relacionados à saúde mental Abs. % Sim 110 1,72 Não ,28 Total ,00
24 A equipe teve preparação para o atendimento dos usuários com transtorno mental? Abs. % Sim ,8 Não ,2 Total ,0
25 A equipe de atenção básica possui registro do número dos casos mais graves de usuários com transtorno mental? Abs. % Sim ,7 Não ,3 Total ,0
26 A equipe de atenção básica possui registro dos usuários com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas? Abs. % Sim ,8 Não ,2 Total ,0
27 Dados do SIAPES Agosto 2013
28 Percentual de usuários em cuidado compartilhado com equipes de outros serviços - Agosto ,0 10,0 8,0 6,0 4,0 3,5 2,5 2,3 2,0 1,3 0,4 0,5 0,2 0,8 1,6 0,8 0,2 0,6 0,0
29 Integralidade (Mattos, 2001) A Integralidade do olhar do profissional de saúde. Evitar a fragmentação dos sujeitos A Integralidade dos serviços no território. A forma como os serviços de saúde são organizados. Clínica e epidemiologia deveriam andar de mãos dadas A Integralidade das Políticas Públicas. Respostas governamentais a determinados problemas de saúde ou ás necessidades de grupos específicos
30 O Deslocamento Necessário Ao falar em SM na AB não se trata de acrescentar mais uma linha de cuidado ou tarefa a AB, mas sim incorporar na clínica da AB um olhar a questão da formação dos processos subjetivos que constituem os sujeitos, assumir a transversalidade na AB; Necessidade de transpor para a clínica na AB um deslocamento do cuidado ao transtorno mental (diagnóstico) para o cuidado ao sofrimento psíquico;
31 O Deslocamento Necessário Mais do que representar uma maior clareza dos diagnósticos é propor uma clínica guiada por intensidades. Abertura para reconhecer e valorizar os pequenos movimentos no processo de cuidado (Pequenas Vertigens - Rolnik); Fazer do cuidado espaço de produção de vida, em suas mais variadas formas. Produção Produção de do Relações Cuidado Produção de Vidas
32 Ofertas Atuais do MS - CAB de Saúde Mental; - Manual Sobre o Cuidado à Saúde Junto a População em Situação de Rua; - CAB NASF (Dez 2013); - Curso de ações de SM na AB para todos os ACS e téc. de enfermagem do Brasil (SGETS); - Curso de qualificação dos processos de trabalho para os profissionais de ecr (SGETS) ; - Curso de qualificação dos processos de trabalho para os profissionais do NASF (SGETS); - Comunidade de Práticas (DAB).
33 OBRIGADO!!! Contatos: CGGAB/ DAB/ MS tel: (61)
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