UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

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1 1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Área de Clínica Médica e Reprodução Equina GRADUAÇÃO Rafael Moreno de Oliveira Ijuí, RS, Brasil 2016

2 2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Rafael Moreno de Oliveira Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, Área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientadora: Profª. Med. Vet. Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira Supervisor: Med. Vet. Felipe de Azeredo Jardim Siqueira Ijuí, RS, Brasil 2016

3 3 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio da Graduação RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA elaborado por Rafael Moreno de Oliveira como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário COMISSÃO EXAMINADORA: Roberta Carneiro da Fontoura Pereira, Dra. (UNIJUI) Denize da Rosa Fraga, MSc. (UNIJUÍ) Ijuí, 02 de Julho de 2016.

4 4 RESUMO Relatório de Graduação Curso de Medicina Veterinária Departamento de Estudos Agrários Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA AUTOR: RAFAEL MORENO DE OLIVEIRA ORIENTADOR: Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira Data e Local de Defesa: Ijuí, 02 de Julho de 2016 O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado nas áreas de Clínica Médica e Reprodução de Equinos, na Central de Reprodução Recreio, localizada no município de Camaquã-RS, durante o período de 04 de janeiro de 2016 a 23 de fevereiro de 2016, totalizando 150 horas. A supervisão do estágio foi realizada pelo Médico Veterinário Felipe de Azeredo Jardim Siqueira, proprietário e responsável pela Central, e a orientação foi realizada pela professora, Médica Veterinária, Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira. Durante o período do estágio foram acompanhadas diversas atividades relacionadas à clínica e reprodução de equinos, com a maior casuística dos casos acompanhados relacionados à área de reprodução equina, como por exemplo: procedimentos de controle da dinâmica folicular, inseminação artificial, transferência de embriões, coleta e congelamento de sêmen. Todas as atividades desenvolvidas serão apresentadas em forma de tabelas, divididas conforme o sistema envolvido. Serão relatados dois casos clínicos atendidos durante o período do estágio: o primeiro trata-se de uma suspeita clínica de mieloencefalite por protozoário e o segundo caso clínico, refere-se a uma égua diagnosticada com endometrite bacteriana. O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou adquirir crescimento pessoal e profissional, além de empregar na prática conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da graduação em Medicina Veterinária. Palavras- chave: Equino. Reprodução. Clínica Médica

5 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 2 Atividades relacionadas ao Sistema Reprodutor da Égua, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 3 Atividades relacionadas ao Sistema Reprodutor do Garanhão, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 4 Coleta de sangue para Exames, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 5 Exames de Diagnóstico por Imagem, acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 6 Procedimentos relacionados ao Sistema Locomotor acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Tabela 7 Atendimentos Clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de

6 6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BID BPM Cm ECSMV EPPC EV G hcg Kg IA IM LCR MEP Min Ml Mm Mg Mpm PGF2α PMN QID Rpm SID SNC UI VO Wb Duas vezes ao dia Batimentos por minutos Centímetros Estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária Endometrite persistente pós cobertura Endovenosa Gramas Gonadotrofina coriônica humana Quilogramas Inseminação artificial Intramuscular Líquido cefalorraquidiano Mieloencefalite protozoária eqüina Minutos Mililitros Milímetros Miligramas Movimentos por minuto Prostaglandina tipo 2 alfa Polimorfonucleares Quatro vezes ao dia Rotações por minuto Uma vez ao dia Sistema nervoso central Unidades internacionais Via oral Western blot

7 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS RELATO DE CASO Introdução Metodologia Resultados e Discussão Conclusão Referências RELATO DE CASO Introdução Metodologia Resultados e Discussão Conclusão Referências CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 32

8 8 1 INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária (ECSMV) é um requisito parcial para a obtenção do grau de Médico Veterinário, sendo caracterizado por proporcionar ao graduando momentos em que a teoria adquirida durante a graduação é aplicada a prática, em momentos desafiadores. Momento este, de muita importância para a vida profissional de um Médico Veterinário, pois por meio deste, o graduando tem seus primeiros contatos com episódios inesperados, desenvolvendo assim, a habilidade de manejálas da melhor forma, mesclando a ética com o profissionalismo, em busca do bem estar dos animais. O estágio foi sucedido no período de 4 de Janeiro a 23 de Fevereiro de 2016, perfazendo um total de 150 horas, sob a supervisão do Médico Veterinário Felipe de Azeredo Jardim Siqueira, proprietário e responsável pela Central de Reprodução. O presente estudo foi orientado pela professora Roberta Carneiro Fontoura Pereira, doutora em Medicina Veterinária. A Central de Reprodução Recreio, é situada no interior do município de Camaquã-RS, à 130 km da capital do estado, Porto Alegre. Fundada em 2014, a Central é destinada a receber equinos de diferentes regiões do País, com objetivo de aplicar nestes, biotecnologias da reprodução, tais como: Inseminação artificial, coleta e envio de sêmen, exame andrológico de garanhões e congelamento de sêmen. Atualmente, o estabelecimento está apto a realizar exportação de material genético animal (sêmen congelado), portando registro no MAPA. A estrutura do local está de acordo com a exigência do MAPA, salientando a disponibilidade do laboratório para manejo de sêmen, laboratório para manejo de embrião e área de coleta de sêmen, além da estrutura para alojar os animais, dispondo de cocheiras e piquetes de pastagem, tendo capacidade de alojar 200 animais. Diante a um mercado cada vez méis competitivo, há necessidade de profissionais qualificados para cada área de atuação, desta forma, cabe ao Médico Veterinário capacitar-se, e manter-se em constante atualização de conhecimentos técnicos e teóricos. O mercado equestre por sua vez, está em constante avanço, onde competições equestres movimentam um número extraordinário de cifras e pessoas. Desta forma, há necessidade do melhoramento genético, onde garanhões com sua eficiência de conformação e/ou funcionalidade já comprovada, são requisitados por diversos usuários do cavalo, buscando a hereditariedade de suas características, melhorando assim, sua prole. As biotécnicas da reprodução possibilitam

9 9 melhor aproveitamento genético, deste modo, vêm sendo empregadas constantemente por Médicos Veterinários. Este trabalho tem como objetivo, apresentar e descrever as atividades desenvolvidas durante o ECSMV, enfatizando dois casos clínicos atendidos durante esse período.

10 10 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, estão citadas a seguir, distribuídas de forma resumida na Tabela 1, e descritas detalhadamente nas Tabelas 2 a 7. Tabela 1 Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Resumo de Atividades Total % Procedimentos sistema reprodutor ,37% Coleta de sangue para exames 73 12,09% Exames de diagnósticos por imagem 52 8,60% Procedimentos sistema locomotor 36 5,96% Atendimentos clínicos 17 2,81% Eutanásia 1 0,16% Total % Tabela 2 Atividades relacionadas ao Sistema Reprodutor da Égua, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Reprodução da Égua Total % Acompanhamento da dinâmica folicular ,84% Inseminação artificial 46 14,84% Lavagem uterina 16 5,16% Inseminação artificial em ponto de corno uterino 5 1,61% Transferência de embrião 4 1,29% Coleta de swab uterino 3 0,97% Infusão uterina de antibiótico 2 0,64% Vulvoplastia 1 0,32% Exame ginecológico 1 0,32% Total %

11 11 Tabela 3 Atividades relacionadas ao Sistema Reprodutor do Garanhão, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Reprodução do Garanhão Total % Coleta de sêmen 49 42,98% Avaliação microscópica do sêmen (concentração, motilidade, 44 38,60% vigor) Congelamento de sêmen (palhetas de 0,5 ml) 11 9,65% Envio de sêmen 5 4,38% Coleta de sêmen em estação 3 2,63% Exame andrológico 1 0,87% Orquiectomia 1 0,87% Total % Tabela 4 Coleta de sangue para exames laboratoriais, acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Coleta de sangue para Exames Total % Coleta de sangue para exame de anemia infecciosa equina 35 47,95% Coleta de sangue para exame de mormo 35 47,95% Coleta de sangue para hemograma 3 4,10% Total % Tabela 5 Exames de diagnóstico por imagem, acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Exames de Diagnóstico por Imagem Total % Diagnóstico de gestação por ultrassonografia 45 86,54% Endoscopia 5 9,62% Ultrassonografia da articulação fêmurotíbiopatelar 1 1,92% Raio X da articulação fêmurotíbiopatelar 1 1,92% Total %

12 12 Tabela 6 Procedimentos relacionados ao Sistema Locomotor acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Procedimentos Sistema Locomotor Total % Exame clínico do sistema locomotor 25 69,44% Bloqueio anestésico articular e perineural 8 22,22% Casqueamento corretivo 2 5,56% Infiltração da articulação fêmurotíbiopatelar com ácido 1 2,78% hialurônico e triancinolona Total % Tabela 7 Atendimentos Clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Reprodução de Equinos na Central de Reprodução Recreio, Camaquã/RS, no período de 04 de janeiro a 23 de fevereiro de Atendimentos Clínicos Total % Exérese de sarcóide 6 35,30% Endometrite bacteriana 3 17,64% Diarréia em potros 2 11,77% Sutura de laceração na região distal dos membros 2 11,77% Hemospermia 1 5,88% Mieloencefalite por protozoário 1 5,88% Síndrome cólica 1 5,88% Tétano em potro 1 5,88% Total %

13 13 3 RELATO DE CASO 1 Mieloencefalite protozoária equina em égua da raça crioula Rafael Moreno de Oliveira, Roberta Carneiro da Fontoura Pereira, Felipe de Azeredo Jardim Siqueira Introdução A mieloencefalite protozoária equina (MEP) ocupa posição de destaque entre as enfermidades neurológicas que acometem os equinos (RADOSTITS et al., 2002), sendo considerada uma doença endêmica das Américas (SILVA et al., 2003; STASHAK, 2002). A MEP trata-se de uma doença infecciosa não contagiosa, causada principalmente pelo coccídeo Sarcocystis neurona (MACKAY, 2003), o qual segundo Hoane et al. (2006), aproximadamente 70% da população brasileira de equinos é soropositivo, bem como, mostrase o dobro de soroprevalência em comparação com o restante da América do Sul, entretanto, nem sempre estes apresentam sinais clínicos da doença. Outros parasitas, incluindo o Neospora hunghesi e o Neospora caninum, já foram identificados como causador da mesma enfermidade, porém, em menor escala de casuística (SELLON & DUBEY, 2007; HOANE et al., 2006). De acordo com Radostits et al. (2002), em consequência da sua grande ocorrência, há grandes perdas no mercado econômico equestre, devido aos elevados custos e, ao longo período de tratamento, com prognóstico reservado. A incidência e prevalência da mieloencefalite por protozoário em equinos, aumenta de acordo com a distribuição geográfica do hospedeiro definitivo, que são os gambás, especialmente gênero Didelphis albiventris, encontrado na América do Sul (SILVA et al., 2003), comuns no meio rural, na qual são infectados após ingerir sarcocistos localizados na musculatura de hospedeiros intermediários (RADOSTITS et al., 2002). Os equinos, considerados hospedeiros acidentais, infectam-se pela ingestão de esporocistos eliminados nas fezes deste marsupial infectado, associados com alimentos ou água, que no trato gastrointestinal do animal, é disseminado pelo sistema vascular, evoluindo para a fase de merozoítos, tornando-se capaz de ultrapassar a barreira hematoencefálica, onde atingem o sistema nervoso central, principalmente tronco encefálico e medula espinhal (TOMASSIAN, 2005). A sintomatologia apresentada pelos equinos portadores do parasita é distinta, variando de acordo com a localização do protozoário no Sistema Nervoso Central (SNC) e das lesões

14 14 por ele provocadas (MACKAY, 2003), podendo variar de agudo a crônico (STASHAK, 2002). A apresentação clássica da enfermidade abrange diminuição proprioceptiva, atrofia muscular focal, ataxia e incoordenação motora assimétrica, geralmente mais grave nos membros pélvicos, além de possíveis déficits de nervos cranianos, incluindo, desvio da cabeça, ausência de reflexo pupilar e paralisia da língua (REED, 2012). Até o começo da década de 90, quando o S. neurona foi isolado e identificado como causador da MEP, o diagnóstico era realizado apenas em análise da sintomatologia manifestada e diagnóstico diferencial de enfermidades que acarretam em afecções neurológicas como traumas encefálicos, trauma medular e mieloencefalites virais ou bacterianas (SAVILLE & GRANSTROM, 2004), sobre tudo, sem ter a confirmação da doença. Através de avanços tecnológicos, atualmente, o método de confirmação de equinos soropositivos mais eficaz é a identificação de anticorpos específicos contra antígenos do S. neurona no soro e/ou líquido cefalorraquidiano (LCR), feito através do exame Western blot (WB) (SELLON & DUBEY, 2007). Este estudo tem por objetivo relatar o caso clínico de um equino, fêmea, da raça crioula, que apresentou sinais compatíveis à mieloencefalite protozoária equina de forma aguda, respondendo positivamente ao tratamento estabelecido, confirmando desta forma, a suspeita clínica. Metodologia Foi atendido em uma propriedade rural na região Noroeste do Rio Grande do Sul um equino, da raça crioula, fêmea, 5 anos de idade, com aproximadamente 400 kg de peso vivo. Durante a anamnese, o proprietário relatou que o animal estava apresentando incoordenação motora dos membros pélvicos. O mesmo informou que não havia utilizado nenhum tipo de medicamento na égua e, que a seis meses o animal residia em sua propriedade. Ainda houve relato que a égua havia parido a cerca de dois meses, estando a mesma alocada em um potreiro com forrageira Tiffton, desde o momento do seu ingresso na propriedade, sendo sua alimentação exclusivamente baseada em volumosos. No exame clínico observou-se temperatura retal de 38 C, frequência cardíaca de 46bpm, frequência respiratória de 26mpm, tempo de preenchimento capilar de 2 segundos, mucosas róseas, fraqueza muscular e, atrofia visível dos músculos quadríceps e glúteo. Durante o exame físico realizou-se a avaliação do sistema locomotor e nervoso, onde no teste de reação postural o animal apresentou déficit proprioceptivo dos membros pélvicos, em

15 15 seguida, a égua foi analisada em movimento, mostrando acentuada incoordenação motora dos membros posteriores. Como parte do exame do sistema nervoso, realizou-se testes para avaliar a integridade dos pares de nervos cranianos, sem nenhuma alteração encontrada durante o procedimento. De acordo com a anamnese e o exame clínico, suspeitou-se de um caso de mieloencefalite por protozoário. Desta forma, foi instituído como tratamento: dimetilsulfóxido (1g/kg, a cada 48 horas) diluído em 10% de ringer com lactato e, flunixin meglumine (1,1 mg/ kg, SID, EV), o qual foi indicado 3 aplicações. No dia seguinte, foi acrescentado ao tratamento sulfadiazida (20 mg/kg, SID, VO), com indicação de uso por 45 dias e toltrazuril, por 18 dias (10 mg/kg, SID, VO), onde após, este coccidicida foi substituído por diclazuril, permanecendo o tratamento durante 27 dias (7,5 mg/kg, SID, VO), totalizando 45 dias de terapia específica em combate ao coccídeo responsável pela enfermidade. Além destes fármacos, ainda foi administrado vitamina E (1.000 UI/dia, IM) e omeprazol (4 mg/kg, SID, VO) sendo este, utilizado somente quando administrados antiinflamatórios não esteroidais. Após 10 dias do inicio da intervenção terapêutica, o animal começou a apresentar melhoras satisfatórias em seu quadro clínico, especialmente em sua marcha, confirmando a suspeita clínica de mieloencefalite por protozoário. O animal permaneceu em observação até o fim do tratamento estabelecido, sendo observada melhora progressiva a cada semana. Após 100 dias do início dos sinais clínicos a paciente já se apresentava hígida, sem nenhuma sequela oriunda da enfermidade. Resultados e discussão O coccídeo Sarcocystis neurona, possui ampla gama de hospedeiros intermediários, entre eles tatus, aves, gatos, outros marsupiais (SELLON & DUBEY, 2007; SAVILLE & GRANSTROM, 2004), sendo esse o principal obstáculo de controle da proliferação deste parasita (RADOSTITS et al., 2002). Os gambás, hospedeiros definitivo, infectam-se através da ingestão de cistos do S. neurona localizados na musculatura dos animais citados anteriormente, que vêem a sofrer esquizogonia, dando origem as formas infectantes do parasita (RADOSTITIS et al., 2002). Em estudo realizado no Rio Grande do Sul por LINS et al. (2011), contatou-se que todos os gambás capturados eram do gênero Didelphis albiventris, além de que, 100% dos animais avaliados apresentaram presença de Sarcocystis spp. na mucosa intestinal.

16 16 Os equinos, por sua vez, são considerados hospedeiros acidentais ou aberrantes, portanto, não são capazes de transmitir a infecção para outros animais (REED, 2012), devido ao fato de que neles é encontrado apenas o microorganismo nas fases de esquizontes e merozoítos (DUBEY, 2001), sendo esses localizados na substância cinzenta, substância branca do tronco encefálico e/ou medula espinhal (SAVILLE & GRANSTROM, 2004). Segundo Reed (2012), nunca foram encontrados sarcocistos na musculatura de equinos após infecção natural ou experimental. Entretanto, uma pesquisa feita por Mullaney et al. (2005), mostrou que os equinos também podem pertencer a classe de hospedeiros intermediários naturais da MEP, na ocasião em que foi constatado a presença de sarcocistos de S. neurona na musculatura de um cavalo positivo para MEP. A partir do momento em que os merozoítos ultrapassam a barreira hematoencefálica, migram diretamente ao Sistema Nervoso Central, multiplicando-se de forma assexuada dentro de neurônios e leucócitos, culminando em morte celular e inflamação não-purulenta do tecido neural, resultando no comprometimento da estrutura padrão do SNC e sua função (GRANSTROM, 2002). A associação dos episódios citados leva ao surgimento de sinais clínicos, variados de acordo com o local lesionado (MACKAY, 2003). Apesar da alta incidência citada em estudos relatados, a manifestação clínica da MEP não é muito comum, manifestando-se normalmente diante há situações de imunossupressão causada por estresse, podendo este ser oriundo do uso de corticóides, transporte, alta performance ou até mesmo o parto (SELLON & DUBEY, 2007). Fato esse que explica a razão pelo qual o paciente aqui relatado veio a apresentar sintomatologia compatível a enfermidade citada, onde a cerca de dois meses antecedentes do início do aparecimento dos sinais clínicos a égua pariu, ocasionando assim uma possível imunossupressão, facilitando a ação do parasita. Estudos indicam que o período de incubação do S. neurona é incerto, podendo variar de duas semanas por até dois anos, dependendo da concentração de microorganismos infectantes e do fator imunossupressor do animal acometido (FUUR, 2008). Os sinais clínicos apresentados pelos animais enfermos estão diretamente ligados ao sistema nervoso, observando-se comumente atrofia muscular, incoodenação motora e déficit proprioceptivo, alternando-se devido à habilidade do coccídeo em atacar diferentes locais do sistema relacionado (SAVILLE & GRANSTROM, 2004). Entretanto, inicialmente o animal soropositivo pode apresentar sintomas atípicos, como fraqueza, tropeços no solo e claudicação discreta (THOMASSIAN, 2005). O paciente recém relatado, por sua vez, apresentou sinais

17 17 clínicos de forma repentina e nítida, possibilitando o foco exclusivo na inspeção do sistema nervoso e locomotor. Diante a um atendimento, cuja suspeita clínica inicial é mieloencefalite causada por protozoário (MEP), o exame clínico geral e o neurológico fornecem subsídios para a confirmação da enfermidade, porém o diagnóstico clínico é um grande desafio ao médico veterinário (FURR, 2008). Dentre variadas avaliações possíveis de ser realizado, o teste de reação postural vem a ser o mais significativo, constatando o déficit proprioceptivo dos membros pélvicos em casos de infecção por S. neurona (MACKAY, 2003). Entretanto, é fundamental salientar que, os sinais clínicos apresentados pela MEP podem assemelhar-se com diversas enfermidades neurológicas e musculoesqueléticas, em virtude da ampla gama de regiões anatômicas do SNC serem alvo deste coccídeo (STASHAK, 2002). O diagnóstico diferencial em cavalos com suspeita de MEP deve ser feito com qualquer afecção do SNC, salientando peculiaridades individuais, entretanto, algumas anormalidades podem ser mais presumível, de acordo com a localização neuroanatômica (SAVILLE & GRANSTROM, 2004). Dentre as principais enfermidades relacionadas no diagnóstico diferencial, pode ser mencionados, os traumas medular e encefálico, mielopatia cervical estenótica, mielite equina por herpesvírus tipo-1, tripanossomíase entre outras (REED, 2012). Através da associação dos resultados obtidos nos exames físico, em movimento e neurológico, é possível estabelecer os locais atingidos pelo protozoário (SAVILLE & GRANSTROM, 2004). Lesões na substância branca da medula espinhal resultam em fraqueza dos membros posteriores, ataxia e incoordenação motora, normalmente de forma assimétrica, por outro lado, lesões na substância cinzenta medular, particularmente na região cervical e lombossacral, refletem em anormalidades do neurônio motor inferior, como atrofia muscular focal dos músculos quadríceps e glúteo (STASHAK, 2002). Em menor frequência, as lesões encefálicas podem lesar os pares de nervos cranianos, culminando em anormalidades como, por exemplo, paralisia do nervo facial, atrofia do músculo masseter e disfagia (SAVILLE & GRANSTROM, 2004), no entanto, segundo Radostits et al. (2002), pode apresentar apenas andar em círculos, decúbito agudo e convulsões. Logo, conclui-se que o animal em questão apresentou alterações apenas na medula espinhal, distribuídas na substância branca e cinzenta. Com intuito de favorecer o prognóstico do animal enfermo, tem-se usado rotineiramente o diagnóstico terapêutico, sendo este, baseado nos sinais clínicos apresentados pelo paciente, exclusão de outras enfermidades e resposta ao tratamento instituído. Entretanto, segundo Fuur (2008), o diagnóstico da MEP não deve ser baseado apenas nestes fatores,

18 18 sendo fundamental a realização de exames laboratoriais para sua confirmação (LINS et al., 2012). A mieloencefalite protozoária equina não gera alterações plausíveis no hemograma, porém, este exame pode ser utilizado durante o tratamento para controlar o nível de celularidade (SELLON & DUBEY, 2007). Atualmente, existem diversos testes laboratoriais disponíveis para confirmação de exposição ao S. neurona, fundamentais para o diagnóstico antemortem, sendo realizado através de soro sanguíneo e/ou líquido cefalorraquidiano (LCR), com objetivo de detectar anticorpos específicos deste coccídeo (FURR, 2008). O teste de Western blot (WB), é o método mais confiável para confirmar a exposição ao parasito, possuindo aproximadamente 90% de sensibilidade e especificidade (FUUR, 2008), entretanto, o teste de imunoabsorção enzimática (SAG1-ELISA), além de estar disponível no Brasil, é descrito como uma evolução do WB, porém, com maior especificidade e sensibilidade, além de diminuir a possibilidade da influência da contaminação sanguínea nas amostras do LCF (PADDOCK, 2016). Sobre tudo, a presença de anticorpos séricos não indica que o coccídeo está causando a doença, deste modo, o resultado positivo deve ser relacionado com a sintomatologia apresentada pelo paciente (STASHAK, 2002). Após a obtenção do diagnóstico clínico e, da confirmação laboratorial de mieloencefalite protozoária equina, o tratamento deve ser instituído imediatamente, tendo sucesso de 70-75% dos casos tratados corretamente (DUBEY, 2001). A intervenção terapêutica neste caso tem como propósito eliminar o parasito infectante e, reduzir a intensidade das lesões por ele causadas no SNC (MACKAY, 2003). Há diversos protocolos distintos de tratamento para MEP descritos na literatura. Durante décadas, a associação entre pirimetamina (1,0 mg/kg, VO, SID) e sulfatiazina/trimetropim (20 mg/kg, VO, BID) por 60 a 120 dias, eram utilizada rotineiramente, terapia essa baseada na inibição da enzima dihidrofolaredutase, que culmina no bloqueio do metabolismo do ácido fólico, resultando em efeitos sinérgicos que levam a destruição do coccídeo (FUUR, 2008). Entretanto, essa combinação medicamentosa resulta em diversos efeitos colaterais, em consequência de acarretar supressão medular em animais submetidos ao seu uso prolongado (SELON & DUBEY, 2007). Além de que, o S. neurona já tem mostrado resistência a pirimetamina (MACKAY, 2003). Em estudo comandado por Lins et al. (2012), essa combinação de fármacos foi instituída em cavalos positivos para a presença de anticorpos de S. neurona, obtendo um índice de recuperação de apenas 30%. Outra alternativa terapêutica, é a utilização de drogas antiprotozoárias, como o toltrazuril (10 mg/kg, VO, SID) e o diclazuril (5,6 mg/kg, VO, SID) por no mínimo 28 dias, tendo eficácia em aproximadamente 70% dos tratamentos realizados (LINS et al., 2012;

19 19 SAVILLE & GRANSTROM, 2004). O toltrazuril é um coccidicida lipossolúvel, com interessante nível de absorção no LCR, tendo como mecanismo de ação, a desestabilização do metabolismo energético celular, logo, a divisão celular (LINS et al., 2012). O diclazuril por sua vez, é um coccidiostático, capaz de inibir as últimas etapas de diferenciação celular, provocando a morte do coccídio, no entanto, estudos comprovam que sua utilização promove também a inibição das primeiras fases do parasito, favorecendo na prevenção da enfermidade (BENTZ et al., 2000). Além da terapia específica, deve ser instituídos fármacos de suporte, com intuito de amenizar as lesões do SNC (GRANSTROM, 2002). Antiinflamatórios não esteroidais podem ser administrados especialmente nos primeiros dias de tratamento. Preferencialmente utilizase o flunixin meglumine (1,1 mg/kg, BID, EV ou IM) e o dimetilsulfóxido (1g/kg, SID, EV, diluído a 10%), tendo este último, a ação de ultrapassar a barreira hematoencefálica, agindo diretamente contra a resposta inflamatória no SNC (MACKAY, 2003). A suplementação com vitamina E (1000 UI, SID) é muito benéfica neste tratamento, tendo ação oxidante, além de que, quando em elevadas concentrações possui atividade antiinflamatória (SILVA et al., 2003). Recidivas são observadas comumente, principalmente em equinos que apresentam quadro clínico severo por um longo período (STASHAK, 2002). A taxa de recuperação de equinos enfermos está diretamente ligada com o período em que o S. neurona esteve promovendo danos neurais ao animal, do grau de lesão e local afetado pelo parasito. Em casos de danos irreversíveis, o animal apresentará sequelas permanentes (FURR, 2008). Conclusão O diagnóstico da mieloencefalite por protozoário é um grande desafio ao Médico Veterinário, devido aos sinais clínicos apresentados serem compatíveis a outras enfermidades que afetam o SNC. Embora o diagnóstico definitivo seja concretizado somente mediante o isolamento de anticorpos específicos contra o parasito no LCF, ainda o diagnóstico terapêutico é o mais utilizado. É de grande importância a rápida identificação da patologia, instituindo imediatamente a terapia específica, favorecendo assim, o prognóstico do paciente.

20 20 Referências BENTZ, B. G., et al. Diaclazuril and equine protozoal myeloencephalitis (EPM): a clinical report. Equine Veterinary Education, v.12, n.4, p , DUBEY, J. P., et al. A review of Sarcocystis neuroma and equine protozoal myeloencephalitis (EPM). Veterinary Parasitology, v. 95, p , FUUR, M. Equine Protozoal Myeloencephalitis. In: FUUR, M.; REED, S. Equine Neurology. Estados Unidos: Blackwell, cap. 15, p GRANSTROM, D. E. Mieloencefalite Protozoária. In: BROWN, C. M. The 5-Minute Veterinary Consult Equine (org). Estados Unidos: Lippincott Williams & wilkis, p HOANE, J. S., et al. Prevalence of Sarcocystis neurona and Neospora spp. infection in horses from Brazil based on presence of serum antibodies to parasite surface antigen. Veterinary Parasitology, v. 136, p , LINS, L. A., et al. Presença de Sarcocystis spp. Em marsupiais da espécie Didelphis albiventris na região sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira Ciência Veterinária, v. 18, n. 2/3, p , LINS, L. A.; FEIJÓ, L. S.; NOGUEIRA, C. E. W. Mieloencefalite Protozoária equina nas regiões da Campanha e do Sul do Rio Grande do Sul no período de Revista de Ciências Agroveterinárias. v. 11, n. 3, p , MACKAY, R. J. Equine Protozoal Myeloencephalitis. In: ROBINSON, N. E. Current Therapy in Equine Medicine. 5 ed. Estados Unidos: Elsevier, p MULLANEY, T., et al. Evidence to support horses a natural intermediate host for Sarcocystis neurona. Veterinary Parasitology, v.133, p 27-36, PADDOCK. SAG Elisa- Diagnóstico Mieloencefalite Protozoária Equina. São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 12de maio de RADOSTITS, M.; GAY, C.; BLOOD, C.; HINCHCLIFF, W. Clinica Veterinária: Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos e Equinos, 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p REED, S. M. Equine Protozoal Myeloencephalitis. In: WILSON, D. A. (Org). Clinical Veterinary Advisor: The Horse. Estados Unidos: Elsevier, p SAVILLE, W. J.; GRANSTROM, D. E. Equine Protozoal Myeloencephalitis. In: REED, S. M; BAYLY, W. M; SELLON, D. C. Equine Internal Medicine, 2 ed. Estados Unidos: Elsevier, cap. 10, p

21 21 SELLON, D. C., DUBEY, J. P. Equine Protozoal Myeloencephalitis. In:. Equine infections Diases. Estados Unidos: Elsevier, cap. 59, p SILVA, D. P. G., et al. Mieloencefalite protozoária equina. Revisão de Literatura: Revista Cfmv-Brasilia/Df, ano IX, nº 28-29, STASHAK, T. S. Claudicação em equinos segundo Adams, 4 Ed. São Paulo: Roca, 2002, p THOMASSIAN, A. Enfermidades Dos Cavalos, 4ª ed. São Paulo:Varela, p

22 22 4 RELATO DE CASO 2 Endometrite bacteriana em égua da raça crioula Rafael Moreno de Oliveira, Roberta Carneiro da Fontoura Pereira, Felipe de Azeredo Jardim Siqueira Introdução As endometrites ocupam a maior casuística entre as afecções uterinas responsáveis pela infertilidade dos animais domésticos (BRINSKO et al., 2011). Em geral, vêm a ser associada a éguas de idade avançada e multíparas (PYCOCK, 2007). É descrita como um processo inflamatório do endométrio em resposta a uma irritação, causada principalmente por espermatozóides, podendo ser relacionada ou não a infecções bacterianas (PYCOCK, 2007), ocorrendo de forma aguda ou crônica (LEY, 2004). O útero das éguas é comumente exposto a microorganismos no momento da cobertura/inseminação artificial (CADARIO, 2011), culminando em uma endometrite transitória, sendo expelida em questão de horas através de uma resposta fisiológica (LEY, 2004), que implica na ativação de mecanismos físicos, humorais e imunológicos em casos de éguas sadias, conhecidas por resistentes (ENGLAND, 2005). Éguas incapazes de extinguir o conteúdo inflamatório provindo de uma endometrite aguda pós cobertura em até 72 horas, são denominadas susceptíveis e caracterizada a endometrite após este período como endometrite persistente (PYCOCK, 2007). A sintomatologia clínica oriunda da invasão de microorganismos no útero de éguas varia de intensidade, desde subclínica, até uma inflamação exacerbada, com descarga purulenta (LEBLANCK, 2003). O diagnóstico desta enfermidade normalmente é feito através da ultrassonografia, onde é possível visualizar fluído no lúmen uterino, sendo esse, o principal indicativo de inflamação (PYCOCK, 2007), entretanto, o diagnóstico definitivo da endometrite bacteriana é realizado a partir do exame citológico e microbiológico (TROEDSSON, 2011). Deste modo, a utilização de cultura bacteriológica de secreção do endométrio vem sendo muito usada, com objetivo de identificar o microorganismo presente no útero do paciente, (LEBLANC, 2003), visto que, segundo Brinsko et al. (2011), 80% da casuística das endometrites persistentes pós cobertura (EPPC) são causadas por bactérias gram negativas. A partir do isolamento destes microorganismos, o tratamento torna-se específico, através do antibiograma, facilitando assim o controle da infecção (ENGLAND, 2005).

23 23 O presente trabalho tem por finalidade descrever um caso clínico de um equino, fêmea, da raça crioula, diagnosticada com endometrite bacteriana, enfatizando seu papel na taxa de infertilidade da espécie equina e destacando a importância dos exames complementares no diagnóstico desta patologia uterina nesta espécie. Metodologia Um equino da raça Crioula, fêmea, 20 anos de idade, aproximadamente 400 kg, foi recebido na central de reprodução Recreio, com o objetivo de emprenhá-la. Na anamnese, o proprietário do animal relatou que a égua foi servida por diferentes garanhões durante dois anos, porém, sem emprenhar. Diante ao relato descrito pelo proprietário, o paciente foi submetido ao exame clínico do sistema reprodutor, com intuito de avaliar suas condições ginecológicas e ciclo estral. Primeiramente, foi realizado a inspeção completa do aparelho reprodutor, analisando minuciosamente a conformação vulvar e perineal, sua integridade e ângulo que se encontrava, onde não foi encontrada nenhuma alteração significativa. No exame de palpação retal, a cérvix apresentou-se relaxada, útero com tônus reduzido e penduloso e ovários com presença de folículos. Após foi realizado exame de ultrassonografia, onde foi possível observar no útero presença de edema grau 4 (escala de 1 a 5), ovário esquerdo com múltiplos folículos medindo de 24 a 28 mm e, no ovário contra lateral, um folículo dominante medindo 37 mm com flutuação 3 (escala de 1 a 4). A partir do exame de palpação retal e ultrassonografia, constatou-se que o animal apresentava-se no período de estro, desta forma, visando a cobertura, foi utilizado o hormônio hcg (2500 UI, via EV) para induzir a ovulação e dexametasona (0,1 mg/kg, via EV), com intuito de minimizar o edema uterino. Passadas 24 horas, a égua foi novamente submetida à ultrassonografia, onde o edema uterino estava reduzido, o folículo dominante do ovário direito estava medindo 40 cm, com as extremidades espessas e conformação irregular, sendo desta forma, o momento correto da cobertura. No laboratório para manipulação de sêmen, o sêmen destinado a inseminação artificial (IA) foi avaliado, o qual apresentava 80% de motilidade, vigor 3/4 e concentração de um bilhão de espermatozóides. A égua foi submetida a IA, com sêmen resfriado. No dia seguinte, já havia ocorrido à ovulação, e ao exame ultrassonográfico foi encontrado líquido no lúmen uterino (em torno de 2 cm), sendo optado por realizar lavagem uterina com ringer com lactato aquecido (38ºC), e administração de ocitocina (20 UI, QID, durante quatro dias, EV). Aos 15 dias da ovulação o diagnóstico da gestação foi negativo.

24 24 Diante de um novo exame ultrassonográfico ao 16º dia da ovulação, com resultado também negativo para gestação, foi administrado o fármaco luteolítico (Lutalyse ), na dose de 5mg, com objetivo de fazer a lise do corpo lúteo, acelerando assim um novo ciclo estral. Ao controlar esse novo ciclo estral, foram observadas as mesmas características do anterior, porém, a égua apresentou fluído intrauterino ainda antes da ovulação (em torno de 2,1cm de diâmetro). Diante à sintomatologia apresentada, foi optado por realizar lavagem uterina com 2 litros de ringer com lactato aquecido antes da inseminação. Depois de passado 18 horas da ovulação, o paciente foi submetido ao exame ultrassonográfico novamente, onde foi constatada a presença de fluído intraluminal, deste modo, foi optado por realizar novo lavado uterino, entretanto, acrescentando a infusão uterina de peróxido de hidrogênio, diluído a 5% em ringer com lactato, além da administração de meloxican, na dose de 0,6 mg/kg, (SID, EV) e ocitocina (20 UI, QID, IM), durante dois dias. Passados cinco dias o útero apresentava-se em condições ideais para receber o embrião, porém, novamente aos 14 dias após a ovulação, o diagnóstico de gestação foi negativo. Após duas tentativas de insucesso para emprenhar a égua, optou-se pela realização de cultura bacteriana, logo, a coleta do material para análise foi realizada através de uma pipeta especial para swab s estéril, que protegido com uma camisa sanitária foi introduzido na vagina, até chegar ao interior do útero, onde foi coletada a amostra. Após, o swab foi mantido em tubo especial, contendo o meio Stuart (meio de transporte) e enviado ao laboratório. Como resultado da cultura bacteriana, foi constatado o crescimento bacteriano de Escherichia coli na amostra uterina, que, através do antibiograma, foi confirmada sensibilidade a gentamicina. Diante do exame clínico e ultrassonográfico do trato reprodutivo da fêmea associado aos exames laboratoriais, confirmou-se a suspeita clínica de EPPC. Os sinais clínicos no novo ciclo estral iniciado permaneceram da mesma forma dos antecedentes, porém, o tratamento instituído foi específico para combater a classe de bactéria presente no útero da égua. Momento antes da inseminação foi efetuado o lavado uterino com 2 litros de ringer com lactato aquecido, e administrado ocitocina via parenteral, cuja primeira aplicação foi 6 horas após a IA (20 UI, EV, QID, permanecendo por 4 dias). Diante ao seu quadro clínico, optou-se pela realização de inseminação artificial diretamente na ponta do corno uterino esquerdo por desvio de pipeta, guiado por palpação retal. Na preparação do sêmen para utilização na ponta de corno uterino, realizou-se a centrifugação a rpm/10min, sendo ressuspendido em diluente específico, totalizando 10ml, cuja concentração de espermatozóides viáveis foi de 500x10 6.

25 25 Após 16 horas da ovulação, foi realizado novo lavado uterino e infusão de gentamicina associada à bicabornato de sódio (2g; 1,5g, respectivamente) no lúmen uterino. A cada 24 horas era realizado exame ultrassonográfico para avaliação do lúmen uterino na busca por acúmulo de fluido. Além do tratamento intrauterino, utilizou-se via parenteral, gentamicina (6,6 mg/kg, SID, durante 4 dias) e meloxican (0,6mg/kg, SID, durante 2 dias). Após 15 dias do momento da ovulação, foi efetuado exame ultrassonográfico via transretal, onde foi observado uma vesícula anecóica no útero, medindo 8 mm de diâmetro, com formato esférico e pólos hiperecóicos e, presença de corpo lúteo hiperecogênico e homogêneo, confirmando a prenhez. Resultados e discussão A EPPC na égua tem diferentes etiologias, podendo a sua causa ser oriunda de processos infecciosos (bacteriana, fúngica), irritantes (urina e ar) ou até mesmo fisiológico (deposição de sêmen) (LEY, 2004). Os índices de fertilidade e a eficiência reprodutiva em éguas oscila notavelmente de acordo com fatores como: manejo errôneo do ciclo estral, momento incorreto da cobertura ou IA, alterações do endométrio sem diagnóstico e ou tratamento específico. A endometrite com causa infecciosa está correlacionada como a principal causa de baixa taxa de concepção em éguas de diferentes raças (WATSON, 2000). Troedsson (1997) considera endometrite infecciosa como a terceira enfermidade mais acometida na espécie equina, podendo ser relacionada com a habilidade de o útero manter-se em condições favoráveis para o desenvolvimento embrionário (PYCOCK, 2007). A endometrite transitória é um fenômeno fisiológico da égua, baseado na indução de um processo inflamatório local, induzido pela cópula, seja ela monta natural ou inseminação artificial (PYCOCK, 2007). Devido às características anatômicas da égua, o sêmen é depositado diretamente no lúmen uterino (TROEDSSON, 2011), ultrapassando todas as barreiras físicas de proteção (TROEDSSON, 1997). O espermatozóide é o principal elemento responsável pela indução da resposta inflamatória pós-cobertura, sendo oscilada de acordo com a concentração espermática e volume infundido (BRINSKO et al., 2011; PYCOCK, 2007). Em éguas resistentes, a EPPC tem resolução em um período inferior a 72 horas após a cobertura, no qual por mecanismos fisiológicos de contratilidade uterina, ocorre a remoção de espermatozóides excedentes e outros contaminantes seminais, tais como bactérias e debris. (CADARIO, 2011). Animais incapazes de debelar a inflamação em menos de 72 horas, são considerados susceptíveis, manifestando a endometrite de forma exacerbada, logo, estes

26 26 apresentam incompetência dos mecanismos de proteção, sejam eles, físicos, celulares ou humorais (BRINSKO et al., 2011). Éguas susceptíveis têm como característica em comum, a idade avançada (TROEDSSON, 1997), associada a deformidades anatômicas do sistema reprodutor (CADARIO, 2011). Dentre as anormalidades encontradas, destacam-se, pneumovagina (ENGLAND, 2005), falha na dilatação da cérvix durante o estro (BRINSKO et al., 2011), útero pendular, deslocado crânio ventral para o abdômen (LEBLANC, 2003) e deficiência na contratibilidade do miométrio (TROEDSSON, 2011). Entretanto, a endometrite não se origina somente através do coito, outras fontes de contaminação incluem o parto, exames ginecológicos, ou então devido às conformações anatômicas atípicas (BRINSKO et al., 2011). Diante a presença de agentes exógenos no útero, os mecanismos de proteção do útero são estimulados, ocorrendo primeiramente o recrutamento de células polimorfo nucleadas (PMN) para o lúmen uterino, através de mecanismos quimiotáticos (ALVARENGA et al., 2014). Os neutrófilos são as primeiras células inflamatórias a migrar até o lúmen uterino (BRINSKO et al., 2011), cuja sua função é realizar a fagocitose, tendo sua eficiência dependente da opcionização realizada por imunoglobulinas, destacando-se a IgM e sistema complemento (VARNER & BLANCHARD, 1990). Que segundo Pycock (2007), seu pico de concentração é entre 6 a 12 horas após a entrada do agente, diminuindo a inflamação dentro de 24 a 36 horas em casos de éguas resistentes à endometrite, ou então persistindo, tornando o ambiente uterino impróprio para o desenvolvimento embrionário (ALVARENGA et al., 2014). Animais com histórico de falha reprodutiva, perdas embrionárias e episódios anteriores de endometrite, devem ser submetidos ao exame clínico genital, que consiste na avaliação da conformação e aparência de vulva e cérvix, palpação retal e, ultrassonografia (ENGLAND, 2005). A identificação precoce da suscetibilidade do animal é de muita importância. Através da ultrassonografia via retal, é possível identificar o fluído intra-uterino, quando presente, logo, éguas consideradas resistentes podem apresentar pequeno acúmulo de 1 a 2 cm de fluído anecóico no período de estro, sendo controlado naturalmente (BRINSKO et al., 2011). Em contrapartida, quando este fluído apresentar mais de 2 cm e aspecto hiperocogênico, já deve ser considerado característica de suscetibilidade à endometrite pós cobertura (CADARIO, 2011; BRINSKO et al., 2011). A ecogenicidade da imagem ultrassonográfica sugere o nível de contaminação no lúmen uterino, onde quanto mais ecogênico for o fluído, maior será a contaminação (PYCOCK & McKINNON, 2011).

27 27 No entanto, para a confirmação desta patologia uterina se faz necessário a realização de exames complementares, tais como, cultura bacteriana, citologia e biópsia endometrial, preconizando sempre realizá-los durante o período de estro (ENGLAND, 2005). O swab endometrial é o método mais usado para a coleta de amostra a ser submetida a exame laboratorial (LYLE, 2003). Além da coleta através de swab s, amostras podem ser obtidas através de lavagem uterina com baixo volume de solução salina (LEBLANC & McKINNON, 2011), a qual abrange grande porção do útero, mantendo íntegras as células capturadas, entretanto, esse procedimento causa irritação moderada de endométrio (COCCHIA et al., 2012). A citologia endometrial consiste na análise microscópica de lâmina obtida a partir de um esfregaço endometrial, cujo objetivo é identificar a presença ou não de neutrófilos, os quais condizem à infecção (BRINSKO et al., 2011). Cadario (2011) considera que a presença de 2 ou mais PMN s em ampliação x100 no microscópio já é indicativo de inflamação. A cultura bacteriana por sua vez, baseia-se na detecção do agente etiológico, porém, o seu resultado positivo não indica necessariamente a enfermidade, tendo em conta que pode haver contaminação no momento da coleta da amostra, levando ao resultado falso positivo (TROEDSSON, 2011). Logo, o diagnóstico definitivo de endometrite bacteriana deve ser obtido através da associação dos resultados positivos do exame microbiológico e citológico, além dos achados no exame clínico do trato reprodutivo (LEBLANC & McKINNON, 2011). Essa enfermidade é frequentemente associada à infecção por patógenos oportunistas (ENGLAND, 2005), enfatizando a ocorrência por bactérias, que em estudo realizado por Ley (2004), em que foram avaliadas culturas uterinas, 54% apresentou crescimento bacteriano. Pode-se encontrar variados gêneros de bactérias no interior do útero de éguas portadoras de endometrite, no entanto, Streptococcus equi, Escherichia colli e Klepsiella pneumoniae são os que possuem maior incidência (BRINSKO et al., 2011). A patogenicidade da bactéria contaminante é variável, sendo correlacionada com sua habilidade de adesão à parede do endométrio e capacidade de permanecer aderida diante aos mecanismos de proteção em ação (TROEDSSON, 2011). A E. colli é uma espécie aeróbica gram negativa (HARTMAN & BLISS, 2011), considerado o segundo microorganismo mais encontrado em culturas endometriais na espécie equina (LEY, 2004; BRINSKO et al., 2011). A presença dessa classe de bactérias no lúmen uterino não necessariamente está relacionada à resposta neutrofílica, visto que em estudo realizado por LeBlanck (2010), obteve o isolamento da bactéria em cultura endometrial, porém, a amostra citológica do mesmo animal apresentou menos de 2 PMN s por campo em análise microscópica. Donlan e Costerton (2002) enfatizam

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