FESP FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO VAGNER MARINHO DE PONTES

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1 FESP FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO VAGNER MARINHO DE PONTES PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO PROCESSO PENAL JOÃO PESSOA 2009

2 VAGNER MARINHO DE PONTES PESQUISA DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO PROCESSO PENAL Monografia de conclusão de curso apresentada à Fesp Faculdades como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em direito. Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues JOÃO PESSOA 2009

3 A663f Pontes, Vagner Marinho de Pesquisa de prescrição e decadência no processo penal /Vagner Marinho de Pontes. João Pessoa, f. Orientador: Prof. Msc. Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues Monografia (Graduação em Direito) Faculdade de Ensino Superior da Paraíba FESP. 1. Prescrição 2. Decadência 3. Processo Penal I. Título. BC/FESP CDU: 343.1(043)

4 VAGNER MARINHO DE PONTES PESQUISA DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO PROCESSO PENAL Monografia de conclusão do curso apresentada à Fesp Faculdades como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito. Data da aprovação.../.../... COMISSÃO EXAMINADORA... Prof. Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues Orientador... Prof. Examinador... Prof. examinador

5 DEDICATÓRIA A Deus por te me ajudado a superar mais um obstáculo em minha vida. Aos meus Pais, irmãos, Esposa e minhas filhas.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Sr. Dr. Orientador o Professor Msc. Antonio Carlos Iranlei Toscano Moura Domingues, Obrigado pela paciência, e por ter contribuído para elaboração dessa Monografia jurídica. Ao meu Deus por me conceder Saúde, harmonia, tranqüilidade, e condições mentais para concluir essa pesquisa. À minha família, por ter me ajudado a concluir mais uma etapa de minha vida. Aos meus colegas de Turma que tanto Contribuíram para nossa aprendizagem e convivência em sala de aula e fora dela. Aos Diretores, Professores, Coordenadores, funcionários dessa Instituição de Ensino Superior que muito contribuíram para minha formação Acadêmica e Humana. A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para essa realização desse Sonho.

7 RESUMO Em nosso ordenamento jurídico, existem dois institutos muito importantes, tratam-se da prescrição e decadência no processo penal, elementos importantes no direito penal (ordenamento jurídico). Nessa pesquisa, o autor irá demonstrar, através de pontos essenciais a respeito desse tema, com a opinião de diversos doutrinadores, juristas, juízes e operadores de direito, a respeito destes institutos, abrangendo os pontos principais, elencados, bem como os prazos prescricionais, causas de suspensão e interrupção destes prazos, todas as espécies de prescrição, e os elementos especiais que ensejam nesta prescrição, colocando em discussão as diversas interpretações doutrinarias, trazendo uma discussão mais ampla a respeito desse instituto, no tocante a entendimento jurisprudencial, doutrinário e jurisdicional. E finalmente trazendo um dos pontos principais, o clamor da sociedade, criticando essa prescrição que muitas vezes traz a figura da impunidade. Trazendo insegurança jurídica e que muitas vezes devido à morosidade da justiça e as artimanhas dos operadores de direito com recursos meramente procrastinatório, no intuito de atingir a tão esperada prescrição. Vamos ver também a posição do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, a respeito deste instituto, bem como as criticas impostas por diversos doutrinadores, e, por fim, os projetos de leis que tentam alterar esse instituto, resolução dos tribunais em relação ao tema e a conclusão desta pesquisa cientifica. Palavras-Chave: Prescrição e Decadência no Processo Penal.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...8 CAPÍTULO I - PRESCRIÇÃO PENAL ORIGEM HISTÓRIA NATUREZA JURÍDICA Prescrição Antes do Trânsito em Julgado Prescrição Depois do Trânsito em Julgado da Sentença Inicio da Prescrição Após a Sentença Condenatória Irrecorrível Início da prescrição da pretensão executória PRESCRIÇÃO PUNITIVA GENUÍNA...16 CAPÍTULO 2 - PRESCRIÇÃO RETROATIVA PRESCRIÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E PEREMPÇÃO PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA PRESCRIÇÃO SUBSEQÜENTE OU SUPERVENIENTE CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO OU DE DIMINUIÇÃO CONCURSO MATERIAL OU FORMAL E CRIME CONTINUADO CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL PRESCRIÇÃO PELA PENA DA CONDENAÇÃO ANULADA Prescrição nas Contravenções Penais Prescrição nos Crimes Falimentares Prescrição em Sonegação fiscal Prescrição nos Crime Militares Prescrição na Lei de Drogas Prescrição nos Crimes do Código de Transito Brasileiro Prescrição no Estatuto da Criança e do Adolescente Prescrição nos Crimes Ambientais Prescrição de Crimes no Código Eleitoral PRESCRIÇÃO RETROATIVA EM PERSPECTIVA OU VIRTUAL OU AINDA ANTECIPADA PARTICULARIDADES DA PRESCRIÇÃO RETROATIVA JUÍZO COMPETENTE PARA DECRETAÇÃO DA PRESCRIÇÃO CRÍTICAS AO SISTEMA DE PRAZOS PRESCRICIONAIS ADOTADOS EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO E EM NOSSO CÓDIGO PENAL...32

9 2.15 CRÍTICAS A PRESCRIÇÃO RETROATIVA OU ANTECIPADA ADOTADA EM NOSSO CÓDIGO PENAL PRESCRIÇÃO NO CASO DE EVASÃO DO CONDENADO OU DE REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL PRESCRIÇÃO DE MULTA CRIMES IMPRESCRITÍVEIS RESOLUÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES DECADÊNCIA PEREMPÇÃO CAPÍTULO 3 - O DIREITO DE PUNIR DO ESTADO PUNIBILIDADE CAPÍTULO 4 - PROJETOS DE LEI SOBRE PRESCRIÇÃO PENAL CONCLUSÃO REFERENCIAS...523

10 8 INTRODUÇÃO No Brasil, em decorrência do monopólio em que foi atribuída ao Estado o poder de punir (jus puniendi) os transgressores da legislação Penal, constituindo a ele o direito titular de punir os violadores das normais penais. A lei penal incriminadora, contudo, repousa tranqüila, cominando pena abstrata, cuja aplicação concreta aguarda sua eventual transgressão. Sempre que alguém transgredir a lei ou pratica uma infração Penal, nasce ao Estado, o direito de punir, decorrente desta transgressão. A possibilidade jurídica do Estado, neste caso concreto, aplica a lei penal ao agente transgressor, bem como estabelecer-lhe a sanção penal, dar-se o nome de punibilidade, todavia o Estado não pode aplicar diretamente a sanção penal, dependendo do poder judiciário, para que possa ser concretizada a sua pretensão punitiva. O poder judiciário por outro lado, tenta aplicar as sanções impostas pelo poder punitivo do Estado, aos transgressores de leis penais, mas em muitos os casos, esses transgressores saem impunes, devidos ao lapso temporal, ocorrido pela morosidade do poder judiciário, pelas manobras, articulações de operadores de direito que tentam a todo custo, a procrastinação de processos, com o único objetivo de atingir a prescrição. Ocorre, porém, a punibilidade assim como qualquer direito, deve ser exercida dentro de determinado tempo, caso não seja exercido, ocorrerá à extinção, e conseqüentemente a impossibilidade concreta de exercê-la. Ocorre em muitos casos às prescrições dos crimes cometidos pelos transgressores, trazendo enormes prejuízos às vitimas, saindo, por muitas vezes, impunes, e não respondem pelos crimes praticados, trazendo enormes conseqüências como a impunidade e a insegurança jurídica. Os criminalistas consideram a prescrição um dos temas mais antigos e complexos do direito Penal, tendo surgido antes do nascimento de cristo, até nos tempos de hoje gera dúvidas e conflitos jurisprudenciais e doutrinários nos povos dispersos pelo mundo. Em nosso país, diversas questões vinculadas ao instituto da prescrição penal, são objetos de debates entres os vários doutrinadores, juristas e operadores de direito, dentre essas a prescrição antecipada, também chamada de prescrição em perspectiva, projetada ou virtual. A prescrição Penal é uma das causas extintivas da punibilidade do transgressor. Em nosso ordenamento jurídico, a prescrição não é sempre inevitável e absoluta, haja vista que existem delitos imprescritíveis previsto em nossa Lex Mater. Entretanto a prescrição constitui a regra em quase todos os delitos, é imperioso compreender e dominar às espécies e formas de incidência, assim como realizar seu cálculo e contagem de prazo. Os operadores de direito,

11 9 sabem muito bem como atingir essa prescrição, interpondo diversos recursos de caráter procrastinatório com um único objetivo de livrar seus constituintes das sanções penais impostas pelo poder punitivo do Estado. Nessa pesquisa, veremos todas as espécies de prescrição, causas de extinção de punibilidade, bem como as suas causas de suspensão e interrupção. Toda discussão a respeito deste tema, suas conseqüências e fundamentações, bem como, as causas de decadência, analisando, pormenorizadamente, esses institutos, que são essenciais em nosso ordenamento jurídico.

12 10 CAPÍTULO I - PRESCRIÇÃO PENAL Prescrição penal é a extinção do direito de ação do Estado, que detém o jus puniendi, pelo decurso do lapso temporal. O termo prescrição tem origem no latim, no vocabulário praescriptio, do verbo praescribere que deriva da junção dos vocábulos latinos prae e scribere, cujo significado consiste em escrever antes, pré-escrever (CLARO, 2008, p.17). No trabalho da doutrina, encontramos diversos conceitos de prescrição: Segundo Álvaro Mayrink da Costa, a prescrição é um instrumento material que se constitui em causa extintiva da punibilidade, constituindo-se em um impedimento ao exercício do jus puniendi estatal pela sua inércia do jus persequendi ou jus executationis, por não ter exercido a pretensão punitiva ou a pretensão executória em tempo determinado, em virtude da ausência de interesse na apuração do fato punível, ou pela emenda do condenado pela via da ausência da reiteração delitiva (COSTA, 1998, p. 209) Para Luiz Regis Prado a prescrição corresponde, portanto a perda do direito de punir pela inércia do Estado, que não o exercitou dentro do lapso temporal previamente fixado.(prado, 2000, p. 641) Segundo Damásio Evangelista de Jesus, a prescrição penal é a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante um certo Tempo.(DAMÁSIO,2006, p.14) Ainda há o que, ao conceituar a prescrição, enfatizam o efeito extintivo da punibilidade. Aníbal Bruno, por exemplo, afirma que a prescrição no Direito Penal é esta ação extintiva da punibilidade que exerce o decurso do tempo, quando inerte o poder público na repressão do Crime. (BRUNO, 1967, p. 209) A totalidade desses conceitos acima transcritos aponta os elementos essenciais do conceito de prescrição, a saber: a) o decurso do Tempo. b) a inércia do Estado em exercer o Direito de Punir. No tocante ao decurso do prazo, destaca-se o conceito de Luiz Regis Prado, que faz referencia a Lapso temporal previamente fixado. Quanto a inércia do Estado, registra-se que essa inércia não precisa ser completa. Pode acontecer que o Estado aja, mas de forma ineficaz e lenta dando azo a ocorrência da prescrição. (PRADO, 2000, p. 641)

13 11 O conceito de Damásio de Jesus e Álvaro Mayrink da Costa, deve ser salientada a indicação das espécies de prescrição Penal, a saber: a) a Pretensão Punitiva b) a prescrição da pretensão executória. O conceito de Álvaro Mayrink da Costa, além de referir os elementos e as espécies de prescrição, tem ainda o mérito de procurar informar os fundamentos do instituto. Em nosso direito Penal, prescrição constitui a perda do direito do estado em punir (jus puniendi) decorrente do decurso do tempo sem o exercício. A prescrição pode ocorrer a qualquer momento, isto é, antes ou no curso da ação penal e mesmo depois do trânsito em julgado da condenação; ocorrendo em relação a qualquer crime, pouco importando a natureza jurídica da ação; atingindo, diretamente, a pretensão punitiva, e, indiretamente, o direito de ação. Nesse contexto, o poder punitivo do Estado está empregado no seu sentido amplo, ou seja, a prescrição, no sentido estrito, divide-se em duas espécies: a) Prescrição da Pretensão Punitiva que atingir o jus punitionis. b) Prescrição da Pretensão Executória que atinge a jus executions. Assim, com a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva, o direito do Estado em punir o transgressor ou agente que praticou um delito ou infração Penal, resta inócua. Com a prática da infração penal nasce a pretensão punitiva, consistente no direito atribuído ao Estado de punir o transgressor da lei, aplicando-se, a partir de então, a sansão penal. E, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, o Estado adquire a pretensão executória, que é o direito de obrigar o delinqüente a cumprir a pena imposta. Essas duas espécies de pretensão, quando não exercida dentro do prazo fixado na lei, são alcançadas pela prescrição, restringindo o direito do Estado em punir. É considerado um direito subjetivo do réu, direito de não ser julgado ou punido após o decurso do tempo previsto para se extinguir a punibilidade. Ressalte-se, que o réu adquire este direito, por efeito da inércia do Estado ao poder-dever de punir que só a ele incumbe.

14 ORIGEM HISTÓRIA Segundo Alan Martins e Antonio Borges de Figueiredo: para a compreensão desse instituto, é necessário recorrer-se a historia do Direito Romano, mais precisamente aos editos e formulários dos pretores no império Romano, em cuja época vigorou o regime do processo ordinário. Pela ordinária jurídica, em cada lide que surgisse, o pretor ficava encarregado de designar o juiz do julgamento, além de predeterminar a orientação e as diretrizes, pelas quais, o magistrado nomeado deveria julgar. A essa orientação dava-se o nome de fórmula. Ocorre que, a partir do ano 520 de Roma, a Lei AEbutia passou a determinar um prazo para as ações temporárias, em contraposição as ações do Direito quiritário, que RAM perpetuas. Ao expedir as fórmulas, precedendo a sua primeira parte chamada de demostratio, o pretor estatuá em nota introdutória, isto é, prescrevia que, se o prazo da ação houvesse sido extinto, o magistrado não entraria no mérito do litígio, ficando o réu, automaticamente absolvido, essa é a verdadeira origem da prescrição.( THOMPSON-IOB, 2006, p. 14) A prescrição origina-se do termo latino praescriptio derivada do verbo prescrever, significando um escrito posto antes. Já era conhecido no Direito Grego, mas só se tem notícia do instituto no Direito Romano, como mais antigo texto legal, a Lex Julia de Adulteris, datada de 18 A.C. para o Direito Romano os crimes de maior potencial ofensivo eram tidos por imprescritíveis, visto que a prescrição associava-se à idéia de perdão. Entretanto, a prescrição da condenação surgiu na França através do Código Penal de 1791, favorecido pela Revolução Francesa. Por volta dos séculos XVI e XVII a prescrição foi reconhecida pela Itália e pela Alemanha. Nos Códigos Penais modernos, a prescrição da ação é aceita quase sem exceção, inclusive pelo Direito Eclesiástico. A prescrição da condenação, porém, é ainda repelida por algumas legislações, como a da Inglaterra. 1.2 NATUREZA JURÍDICA Questão importante refere-se à natureza jurídica da prescrição, objeto de grandes controvérsias na doutrina. Uns a consideram instituto de Direito Penal; outros, de Direito Processual Penal e há, ainda, os que a atribuem um caráter misto. A corrente dominante a considera como de Direito Penal, embora haja conseqüências imediatas de Direito Processual Penal. É considerada um direito do réu, direito de não ser julgado ou punido após o decurso do tempo previsto para se extinguir a punibilidade. Ressalta-se que este direito, o réu adquire por efeito da renúncia do Estado ao poder-dever de punir, que só a ele incumbe.

15 13 A prescrição penal recebe conotação diferenciada da prescrição civil, pois na penal, o Estado perde o direito de apurar e punir certa infração; na cível, perde o direito de ação apenas, subsistindo o direito material. Portanto, trata-se de Instituto de Direito Penal, de caráter material, cuja conseqüência é a extinção do poder-dever de punir do Estado. Conforme destaca Miguel Reale Júnior, acerca da natureza jurídica da prescrição: considero que o aspecto essencial é de natureza material, pela perda do poderdever de punir, em vista do absoluto desatendimento das finalidades da pena em razão do decurso do tempo. O aspecto processual constitui uma repercussão natural da questão material. (REALE JUNIOR, 2003, p. 195) A relevância desse posicionamento da prescrição na teoria geral do direito é imensa, uma vez que a contagem do prazo prescricional é a solução de conflitos intertemporais sofrem alteração conforme o instituto seja de Direito Penal ou de Direito Processual Penal Prescrição Antes do Trânsito em Julgado Ocorrido o crime, nasce para o Estado a pretensão de punir o autor do fato criminoso, que deve ser exercido dentro de determinado lapso temporal. Nessa hipótese, que ocorre sempre antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, são totalmente apagados todos os seus efeitos, ainda que haja sentença condenatória proferida. Ficam afastados também, quaisquer efeitos civis, administrativos e processuais. No ordenamento jurídico penal brasileiro, a prescrição é a regra. Porém, nossa Constituição Federal de 1988, em seu art. 5, incisos XLII e XLIV, que prevêem a prática do racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, constituem crimes imprescritíveis, em nosso ordenamento. A prescrição em matéria de ordem criminal é de ordem pública, devendo ser decretada de ofício ou a requerimento das partes, em qualquer fase do processo, devendo ser ouvido sempre, porém, o Ministério Público. A prescrição da pretensão punitiva pode ser pleiteada por via de Habeas Corpus ou de revisão criminal ou por simples petição direcionada ao juiz competente. Para efeitos de contagem do prazo prescricional, os limites máximos previstos para a pena privativa de liberdade, cominados ao delito perpetrado, são levadas em consideração as

16 14 causas de aumento de pena, tanto da Parte Geral como da Parte Especial de nosso código Penal As penas alternativas, previstas no art. 43 do Código Penal como penas restritivas de direito não têm lapso temporal próprio para a prescrição da pretensão punitiva, estando extintas pela prescrição as penas principais. Se o réu for reincidente, aumenta-se o prazo prescricional de um terço. São reduzidos de metade quando o agente era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. Aplicam-se também às leis especiais as regras da prescrição previstas no art. 109 do Código Penal, se estas não dispuserem de modo diverso (art. 12 do Código Penal). Assim, aplicam-se integralmente os dispositivos do Código Penal à Lei das Contravenções Penais, de abuso de autoridade, de tóxicos, de Economia Popular, de crimes eleitorais. Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos 1º e 2º do art.110 deste código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: I em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito; IV em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. (BRASIL,Código Penal, art. 109). As medidas sócio educativas, também se aplicam à prescrição, conforme súmula 338 do Superior Tribunal de Justiça, in verbis: Súmula 338 A prescrição Penal é aplicável nas medidas sócio-educativas Prescrição Depois do Trânsito em Julgado da Sentença Quando a sentença condenatória transitou em julgado para ambas as partes, surge o título executório penal, que deve ser executado dentro de um certo lapso de tempo, perdendo sua força executiva, se não for exercido pelos órgãos estatais o direito decorrer, verificando-se então a prescrição executória, também denominada prescrição da pena, ou prescrição da execução.

17 15 Assim, se a pena não for executada no prazo legal, fica ela extinta, restando apenas aos demais efeitos da condenação, regidos por normas próprias. A competência para decretar a prescrição da pretensão executória é do juiz encarregado da execução. Pode ser reconhecida em pedido de habeas corpus desde que o interessado comprove de imediato a inocorrência de causas interruptivas. Também a prescrição com base na pena concretizada na sentença. Os prazos referentes à prescrição da pretensão executória são os mesmos fiados para a pretensão punitiva, que são aumentados de um terço se o sentenciado for considerado reincidente na sentença condenatória. O prazo é aquele fixado na decisão, não se tem agasalhado a interpretação de que se deve descontar da pena o tempo de prisão provisória, em detração Inicio da Prescrição Após a Sentença Condenatória Irrecorrível Art No caso do art. 110 deste código, a prescrição começa a correr: I do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.(brasil,código Penal, Art. 112) Início da prescrição da pretensão executória Determina-se, nos dois incisos deste art. 112, o ponto inicial da prescrição da pretensão executória (ou "da condenação"). Na verdade a contagem da prescrição é sempre idêntica, pois se faz pelo mesmo calendário. Todavia, conforme seja a forma dessa prescrição, ela poderá ter pontos iniciais e finais diversos, e ficar, ou não, sujeita a determinadas causas de interrupção ou suspensão da prescrição. Vejamos os termos iniciais aqui assinalados: Trânsito em julgado para a acusação: A partir da data em que a sentença condenatória passa em julgado para a acusação, já se inicia a contagem da prescrição da pretensão executória, embora dependa ela, ainda, do trânsito em julgado também para o réu (condição essencial a esta forma prescricional). Exemplo: condenado o réu e transitada a sentença para a acusação em uma data, o réu só vem a ser dela intimado três meses depois e não apela. Embora a sentença condenatória só se tenha tornado definitiva nesta última data

18 16 (com o trânsito para ambas as partes), a contagem do prazo prescricional se faz a partir daquele momento anterior em que a condenação transitara em julgado para a acusação. Revogação do sursis ou do livramento condicional: A prescrição também começa a correr da data em que passa em julgado a sentença que revoga o sursis (Código Penal, art. 81; Lei de Execuções Penais, art. 162) ou o livramento condicional (Código Penal, arts. 86 e 87; Lei de Execuções Penais, art. 140). E enquanto não for executada a sentença que os revogou, estará em andamento a prescrição da pretensão executória ou da condenação. Interrupção da execução: a) Se a interrupção é devida à fuga do condenado, a prescrição será contada a partir da data da evasão. b) No caso de internação do condenado em hospital (Código Penal, Arts. 41 e 42), o tempo de internamento é computado na pena. 1.3 PRESCRIÇÃO PUNITIVA GENUÍNA Essa espécie de prescrição trata-se de prescrição da pretensão punitiva, analisada com base na pena abstrata máxima cominada a infração Penal, também chamada de pretensão punitiva propriamente dita, ou prescrição da pena abstrata. Chama-se genuína porque é a ÚNICA que é efetivamente calculada com base na pena máxima cominada em abstrato à infração penal, utilizando-se a tabela do artigo 109, do Código Penal. (CLARO, 2008, p. 66)

19 17 CAPÍTULO 2 - PRESCRIÇÃO RETROATIVA A prescrição retroativa tem seu fundamento legal na remissão do art. 109, caput, combinado com os 1 a 2 do art No entanto, a prescrição retroativa tem uma diferença fundamental: seu prazo não é contado para frente, mas é contado para trás, para o passado, retroativamente. Assim, a prescrição retroativa também se vale da pena concreta aplicada pela sentença, mas conta seu prazo para o passado, sujeitando-se às causas de interrupção e suspensão. Será este prazo dado pela pena em concreto aplicada da sentença, e esta mesma data que contará desde o dia da execução do crime até a queixa, ou também, do dia da queixa ou da denúncia até a data em que o juiz entregou a sentença em cartório, havendo ultrapassado este lapso de tempo ocorrerá à prescrição retroativa. Existindo a prescrição retroativa, não implicará responsabilidade do acusado, não marcará seus antecedentes nem gerará futura reincidência, o réu não responde pelas custas do processo e o dano causado poder-lhe-ão ser cobrados na esfera civil, mas só por via ordinária. Ocorrerá prescrição se o lapso prescricional calculado com base na pena em concreto escoou-se entre os termos interruptivos. 2.1 PRESCRIÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Como dispõe o parágrafo único do art. 109, aplicam-se as penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. A regra é literalmente clara quando a pena restritiva de direitos for imposta em substituição à pena privativa de liberdade, haja vista que, neste caso, existe um parâmetro fixado pela pena de prisão para que seja aplicada a tabela prevista no art. 109, do Código Penal.(CLARO, 2008, p.101) 2.2 DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Com a prescrição, o direito de punir é diretamente atingido. Já com a decadência (Código Penal, art. 107, IV, 2º figura), é primeiramente atingido o direito de ação do ofendido e, indiretamente ou por via de conseqüência, o direito de punir do Estado. Ou seja, não podendo ser iniciado o processo, não se chega à punibilidade final. Os prazos de prescrição e

20 18 decadência correm independentemente, de modo que pode haver prescrição sem que haja decadência ou vice-versa. 2.3 DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E PEREMPÇÃO Na perempção (Código Penal, art. 107, IV, última figura), é atingido, primeira e diretamente, o direito do querelante de continuar a ação exclusivamente privada; e, indiretamente, o direito de punir do Estado. Isto é, perdendo o querelante o direito de continuar o processo, não se pode chegar à punibilidade final. Pode ocorrer perempção sem prescrição e vice-versa. 2.4 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA A primeira espécie de prescrição consiste na prescrição da pretensão punitiva, qual seja, toda aquela que ocorre antes da sentença condenatória irrecorrível. Assim, pouco importa o grau de jurisdição do juízo que reconhece essa prescrição, se ocorrer antes do transito e julgado da sentença final condenatória para as todas as partes. Verifica-se "antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos 1º e 2º do art. 110" (Código Penal, Art. 109), e acarreta a perda da pretensão punitiva (ou direito de ação, atividade persecutória, ação cognitiva, etc.). Com ela, fica extinta a própria pretensão do Estado de obter uma decisão a respeito do crime. Não implica responsabilidade ou culpabilidade do agente, não lhe marca os antecedentes, nem gera futura reincidência. 2.5 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA Ocorre "depois de transitar em julgado a sentença condenatória" (Código Penal, art.110, caput), e produz a perda da pretensão executória (ou direito de execução, ação executória etc.). Seus efeitos são diversos dos da outra prescrição, pois a pretensão punitiva foi declarada procedente e apenas não haverá o cumprimento da pena principal, persistindo as conseqüências secundárias da condenação, incluindo a de eventual futura reincidência.

21 PRESCRIÇÃO SUBSEQÜENTE OU SUPERVENIENTE Trata-se de espécie de pretensão punitiva, analisada com base na pena concreta fixada na sentença condenatória, nesse tipo de prescrição tem como inicio de sua contagem, a publicação da sentença penal condenatória na qual o juiz fixou através de sentença a pena concreta imposta ao réu no caso de julgamento. A sua analise é possível em decorrência de um dos seguintes pressupostos: a) Transito em julgado para a acusação; ou; b) negado provimento ao recurso da acusação. Sua previsão legal encontra-se no artigo 110, parágrafo 1º. do Código Penal. A prescrição, depois da Sentença condenatória com transito em julgado para a acusação, ou depois de negado provimento de seu recurso, regula-se pela pena aplicada" "Máximo da pena privativa de liberdade cominada": O art. 109 do Código Penal, determina que a prescrição se regule pelo máximo da pena privativa de liberdade (reclusão ou detenção) cominada (prevista) para o crime. É da própria natureza da prescrição que deve ela ser proporcional ao crime, de maneira que, os mais leves prescrevam em menor lapso e os mais graves em maior espaço de tempo. Na verdade, para que essa proporção fosse a mais justa possível, deveria ela corresponder à pena efetivamente aplicada ao infrator, ou seja, à sanção por ela merecida. Todavia, como antes da instauração da ação penal (e do seu término) ainda é desconhecida a quantidade em que será fixada a pena, a lei teve de se valer da pena privativa de liberdade máxima prevista em abstrato para o crime, como o parâmetro da prescrição. Como conhecer o máximo da pena cominada: Para saber qual é o máximo da pena privativa de liberdade (reclusão, detenção ou prisão simples), observa-se o limite maior da pena abstratamente prevista na lei para a infração penal. A pena de multa, cominada alternativa ou acumuladamente, não interfere no calculo da prescrição da pretensão punitiva. Entretanto, se para a infração a lei só previr pena pecuniária, o prazo prescricional será o de dois anos do art. 114 do Código Penal. Classificação da denúncia: Caso a ação penal já esteja iniciada, deve-se tomar por referência a classificação dada ao crime, pela denúncia ou queixa, para verificar qual o máximo da pena que a lei lhe prevê em abstrato. Embora se deva seguir sempre a classificação legal dada, se esta for erroneamente exasperante e desconforme com o fato descrito, deve-se aferir a prescrição pelo prazo mais favorável do crime narrado e não pelo do erradamente classificado. A hipótese de reclassificação mais grave do fato descrito é possível,

22 20 em tese, desde que realizado antes de ocorrer a prescrição pelo prazo da infração penal originariamente capitulada. Desclassificação final: Se a sentença ou acórdão reconhece, afinal, a existência de infração penal diversa da denunciada e com prazo prescricional inferior esta capitulação final é que regulará a prescrição da pretensão punitiva, salvo se houver recurso acusatório contra a desclassificação. 2.7 CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO OU DE DIMINUIÇÃO Com a exceção do concurso de crimes e do crime continuado, entende-se que devem ser computadas no prazo as causas de aumento e de diminuição da pena, previstas na parte geral ou especial do Código Penal (exemplo: tentativa, repouso noturno etc.). Modo de calcular: tratando-se de causas de aumento ou de diminuição em quantidade fixa, essa porção deve ser somada ou diminuída da pena abstrata máxima, para encontrar-se, então, o prazo prescricional. Se as causas forem expressas em limites ou quantidades variáveis, procede-se assim: sendo causa de aumento, aquele cálculo terá em vista o limite maior do aumento; ao contrário, se a causa for de diminuição, reduzir-se á da pena máxima cominada ao crime o limite de diminuição. Diferença: as causas de aumento ou de diminuição não devem ser confundidas com as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Aquelas causas são fatores de aumento ou redução assinalados em quantidades fixas (dobro, metade etc.) ou em limites (um a dois terços etc.). A reforma penal de 84 introduziu outra causa de diminuição da pena (o "arrependimento posterior", do art. 16), que também deve ser computada na prescrição. Ao reverso das causas de aumento ou de diminuição, as circunstâncias agravantes ou atenuantes não interferem no prazo de prescrição da pretensão punitiva ("da ação"). O fator etário influi, mas em razão de disposição especial (art. 115), e não por se tratar de atenuante. 2.8 CONCURSO MATERIAL OU FORMAL E CRIME CONTINUADO Ainda que constem da denúncia, pronúncia ou sentença recorrível, não são computados: a soma das penas do concurso material, nem os aumentos correspondentes ao concurso formal ou à continuidade, por disposição expressa do art. 119 do Código Penal.

23 CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL Faz-se de acordo com a regra do art. 110 do Código Penal, não se interrompendo nem suspendendo a contagem por férias, feriados ou domingos. A hora do crime é indiferente, de modo que, ainda que o fato tenha sido praticado minutos antes da meia-noite de determinado dia, esse dia será o do inicio do curso prescricional. Reincidência: Não se aplica à prescrição da pretensão punitiva: o aumento previsto no final do art. 110, caput, para o condenado reincidente. Tal acréscimo só incide na hipótese de prescrição da pretensão executória da condenação. Oportunidade da declaração: A prescrição da pretensão punitiva é matéria de ordem pública. Em qualquer fase do processo de oficio ou a requerimento das partes deve ser decretada, quando reconhecida (Código Processo Penal, art. 61). A prescrição da pretensão punitiva sobrepõe-se a qualquer outra questão e precede ao mérito da própria ação penal PRESCRIÇÃO PELA PENA DA CONDENAÇÃO ANULADA Se a condenação, transitada em julgado para a acusação, vem a ser anulada, a pedido do réu, por vício formal, há esta conseqüência: quando for renovado o processo, a nova sentença não poderá impor ao réu pena maior do que aquela que fora antes aplicada pela decisão anulada. É, aliás, a regra que veda a reforma indireta para pior (reformation in pejus), prevista no parágrafo único do art.626 do Código Processo Penal. Por isso, entende-se que, em tais casos, a pena máxima em abstrato, referida pelo art. 109 do Código Penal, ficou definitivamente delimitada em seu ponto máximo. Assim, se já houver decorrido o prazo legal em que aquela pena prescrevia, pode-se reconhecer, desde logo e sem necessidade de renovação do processo anulado, a prescrição da pretensão punitiva Prescrição nas Contravenções Penais Embora o art. 109 só se refira a crime e não a contravenção, a lei própria destas (LCP) não disciplina a prescrição, que segue, por isso, os princípios gerais (Código Penal, Art. 12; LCP, art. 1º).

24 Prescrição nos Crimes Falimentares O diploma falimentar (Decreto-lei nº 7.661, de ) estabelece que a prescrição de seus delitos sobrevem em dois anos. Esse prazo de dois anos independe da quantidade da pena prevista em lei ou efetivamente imposta, e se aplica tanto à prescrição da pretensão punitiva como a da pretensão executória. A mesma lei também dispõe que o seu lapso prescricional começa a correr da data do transito em julgado da sentença que declara encerrada a falência ou cumprida a concordata (art. 199 e parágrafo único). Por sua vez, o art. 132, 1º do referido decreto-lei, dispõe que o processo falimentar deverá estar encerrado dois anos depois da declaração da falência. Existem, a respeito, três interpretações: a) Primeira posição O biênio prescricional se inicia na data do trânsito em julgado da sentença que encerra a falência. Se esta, porém, não se encerra no período legal de dois anos do art. 132, 1º, o biênio passa a correr da data em que a falência deveria estar terminada. Se é oferecida denúncia e esta é recebida antes de passados os dois anos da declaração da falência, o recebimento marcará o início da prescrição. Todavia, se o recebimento se dá depois dos dois anos da declaração de quebra, o recebimento interrompe o biênio prescricional, fazendo com que recomece por inteiro a contagem dos 02 (dois) anos. b) Segunda posição. O biênio prescricional se inicia na data em que passa em julgado a sentença que encerra a falência. Contudo, se o processo falimentar não é concluído no prazo legal de dois anos a partir da declaração, a prescrição falimentar ocorrerá quatro anos após a declaração da falência. c) Terceira posição. O biênio prescricional só se inicia na data do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência. A primeira posição é a atualmente adotada pelo Supremo Tribunal Federal, o qual editou súmula de n. 147, in verbis: A prescrição de Crime falimentar começa a correr da data em que deveria estar encerrada a falência, ou transito e julgado da sentença que a encerra ou que julgar cumprida a concordata. A segunda posição ainda tem muitos adeptos, mas a terceira esta superada. Quanto à prescrição retroativa nos delitos falimentares, vide nota ao Código Penal, art. 110, 1º e 2º.

25 Prescrição em Sonegação fiscal A Lei nº 4.729, de , que incrimina a sonegação fiscal, estabelece, no art. 1º, 1º, que "quando se tratar de criminoso primário, a pena será reduzida a multa". Discute-se, por isso, se a prescrição da pretensão punitiva ("da ação") pode ser declarada antes da sentença, pela prescrição bienal prevista para as penas pecuniárias (Código Penal, art. 114). Predomina o entendimento de que a prescrição não pode ser reconhecida antes que a sentença declare, efetivamente, a primariedade do agente Prescrição nos Crime Militares O código militar, criado pelo decreto-lei n. 1001, de 21 de outubro de 1969, cuida da prescrição a partir do artigo 124, utilizando termos jurídicos impróprios para prescrição da pretensão punitiva e para prescrição da pretensão executória: A prescrição refere-se à ação penal ou a execução da Pena Não obstante a infelicidade terminológica utilizada pela lei castrense, resta claro que foi utilizada a dicotomia tradicional. Nesse norte, o artigo 125, do Código Penal Militar, estabelece os prazos prescricionais em tabela quase idêntica a do Código Penal, com uma única diferença a do máximo de prescrição, que encontra curiosa peculiaridade naquilo que somente ela cuida: 30 (trinta) anos, se a pena é de morte ( artigo 125, inciso I ). Ademais, no caso de superveniência de sentença condenatória de que somente o réu recorre, a prescrição passa a regular-se pela pena imposta, e deve ser de logo declarada, sem prejuízo do andamento do recurso se, entre a ultima causa interruptiva do curso da prescrição e a sentença já decorreu o tempo suficiente. Com isso, o código Penal militar admite a prescrição intercorrente, expressamente. Todavia não menciona a prescrição retroativa. Por outro lado, na prescrição da pretensão executória surge mais uma diferença importante consistente em aspecto modificativo do prazo prescricional: os prazos aumentam de um terço se o condenado é criminoso habitual ou por tendência (artigo 126, caput). Carecem, entretanto, de precisão jurídica e objetividade os conceitos de criminoso habitual ou por tendência, na medida em que permitam o aumento do prazo prescricional.

26 24 Assim, dentro do principio basilar da reserva legal e da taxatividade, decorrentes do artigo 5º. Inciso XXXIX, da nossa Lex Mater, a inexistência de um critério objetivo que seja capaz de aumentar o prazo prescricional torna a previsão deste aumento prescricional inócua. A prescrição nos crimes cuja pena cominada é no máximo, de reforma ou suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função, verifica-se em quatro anos ( artigo 127). A prescrição no caso de submissão começa a partir do dia em que o insubmisso atinge a idade de 30(trinta) anos ( artigo 131 ). Já no Caso de deserção embora decorrido o prazo prescricional, esta somente extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de 45 ( quarenta e cinco ) anos, e se oficial a de 60 ( sessenta) anos, conforme artigo 132 do Código Penal Militar Prescrição na Lei de Drogas A lei de 2006, denominada lei de Drogas (que expressamente revogou as duas leis antigas que cuidavam do assunto lei de 1976 e Lei n de 2002), não contem, como regra, nenhuma diferença em relação aos princípios gerais e formas de contagem de prazo para prescrição estabelecidas no Código Penal. Mas nos crimes de porte para consumo próprio, tem regra própria. A prescrição da pretensão punitiva e a da pretensão executória, em relação ao crime de porte de psicóticos ilícitos, têm prazo de 02 anos, in verbis: Art. 30. Prescrevem em 02 anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante a interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal Prescrição nos Crimes do Código de Transito Brasileiro A lei de transito n , de 23 de Setembro de 1997, a partir do artigo 302 e seguintes, prevê diversos crimes de transito, relacionados com a direção de veículos em vias terrestres e, como regra, segue os mesmos princípios e normas do Código Penal. A maior preocupação surge em relação às penas restritivas de direitos que ganham autonomia, tais como a suspensão da habilitação ou a proibição de se obter-la, cuja duração será de 02 (dois ) meses até 05( cinco) anos, conforme o artigo 193, caput, da lei n de Assim em decorrência da autonomia destas penas restritivas de direito, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, independentemente de pena privativa de liberdade, para o calculo da prescrição da pretensão punitiva genuína deve ser utilizado o prazo máximo

27 25 de 05 (cinco) anos, já nos demais casos de prescrição, que envolvem a pena concreta fixada em sentença, basta utilizar o valor fixado pelo juiz concretamente para a obtenção do montante da prescrição. Para melhor exemplificar: o agente que praticou crime de embriaguez ao volante (artigo 306, do Código Transito Brasileiro), cuja pena cominada em abstrato e de detenção de 06 (seis) meses a 03 (três) anos, multa e suspensão, ou, proibição de se obter a permissão, ou, habilitação para dirigir veiculo automotor. Assim, a pena privativa de liberdade e a multa cominada cumulativamente prescreve em 08 (oito) anos, artigo 109, inciso IV, do Código Penal), já a pena restritiva de obter a permissão ou habilitação para dirigir veiculo automotor, prescreve em 12 (doze) anos. Aqui existe uma rara exceção a regra prevista no parágrafo único, do artigo 109, do Código Penal, segundo a qual aplicam-se às penas restritivas de direitos os mesmos prazos previstos para penas privativas de liberdade. Isso ocorre porque, ao contrario do Código Penal (artigo 54, primeira parte), que prevê a necessária fixação de pena privativa de liberdade para, depois substituí-la por restritiva de direito, o Código de Transito Brasileiro dispensa esta substituição Prescrição no Estatuto da Criança e do Adolescente Quando um adolescente pratica uma infração penal, responde perante a Justiça da Infância e da Juventude, a título de ato infracional, nos termos lei n , de 13 de julho de 1990 ( Estatuto da Criança e Adolescente), submetendo-se as medidas sócio-educativas prevista no artigo 112 do mesmo Código. Consideram-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal, portanto se a punibilidade decorre de um ato infracional, suscetível de medida sócioeducativa, pode ser atingida pela prescrição penal. Nossa doutrina e jurisprudência têm questões polemicas: Na jurisprudência, o Superior Tribunal de Justiça firmou posicionamento acerca da admissibilidade da prescrição em relação aos atos infracionais, sob o argumento de que as medidas sócio-educativas, induvidosamente protetivas, são também de natureza retríbutiva e repressiva, não havendo razão para excluí-las da prescrição, até porque em sede de reeducação, a imersão do fato infracional no tempo que reduz a uma nada tardia resposta estatal.

28 26 O instituto da prescrição responde aos anseios de segurança, sendo induvidosamente cabível relativamente a medidas impostas coercivamente pelo Estado, enquanto importam em restrições a liberdade. Tendo inclusive caráter retríbutivo e repressivo, não há porque aviventar a resposta do Estado que ficou defasada no tempo. Tem-se, pois, que o instituto da prescrição penal é perfeitamente aplicável aos atos infracionais praticados por menores.( RESP ,1ª.Turma, Rel. Ministro José Delgado, j , DJ ,p. 322, RESP MS, 6ª. Turma Rel. Ministro Hamilton Carvalho, DJ.de ). Portanto, segundo o raciocínio acima, aplicam-se as disposições do Código Penal, atinentes a prescrição, na hipótese de ser imposta penalidade prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente ( lei n de 13 de julho de 1990). Nesse Sentido o Superior Tribunal de Justiça, editou a súmula 338, aprovada em 09 de maio de A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas. Assim, a prescrição da pretensão punitiva em abstrato, leva em consideração a pena máxima cominada em abstrato para delito equiparado ao ato infracional.( STJ. 5ª. Turma, HC , Rel. Ministra Laurita Vaz, j , p. 364). Por outro lado, a contagem de prazo da prescrição da pretensão executória não acompanha o mesmo raciocínio, nem tampouco pode ser calculada nos exatos moldes do Código Penal, haja vista que para a aferição desta espécie de prescrição, deverá ser considerado o prazo efetivamente imposto ao menor para o cumprimento da medida sócioeducativa. Acrescente-se que, na grande maioria dos casos, não há prazo certo para a medida sócio-educativa imposta ao menor infrator, para analisar a ocorrência, ou não, da prescrição e, assim, de acordo com a interpretação sistemática da lei 8.069, deve-se considerar o prazo de 03( três) anos, fixados no artigo 121, parágrafo 3º. Desta lei, que é o limite Maximo imposto pelo legislador para a permanência em medida sócio-educativas de internação. Vale salientar que sendo silente a sentença em relação a duração da medida sócio-educativa, a base de cálculos será sempre fixa, precisamente, de 03( três) anos. Da mesma forma, é importante salientar que admitida a prescrição penal, em qualquer de suas modalidades, haverá sempre a incidência de causa modificadora do prazo prescricional prevista no art. 115 do código penal, ou seja, o lapso da prescrição será sempre reduzido pela metade, pois a época da pratica do ato infracional, necessariamente, o agente era menor de 21 anos. Outrossim, entende Eduardo Roberto Alcântara Delgado e Thales Cezar de Oliveira que aos atos infracionais não se aplicam as regras referentes a prescrição, relativas ao delito correspondente. Os ilustres autores delimitam três razões fundamentais para essa posição:

29 27 Primeiro porque as medidas sócio-educativas, ao contrario das penas, não são determinada, podendo ser ampliadas ou reduzidas de acordo com o desenvolvimento do próprio infrator, não havendo uma reprimenda concretizada na sentença que permita cálculo prescricional. Segundo, as medidas sócio-educativas(art.112) ou protetivas,( art. 101) são aplicáveis, como regra, até 18 e por exceção até 21 anos de idade, sempre em decorrência de fato praticado durante a menoridade penal, não existindo possibilidade de execução após esses limites. Por último, as medidas penais tem por escopo ou a proteção ou a educação do infrator, não sendo razoável estabelecer parâmetros limitadores que não o da idade máxima (ESTATUTO DA CRIANÇA..., 2005, p.141) Prescrição nos Crimes Ambientais A lei n de 1998 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. De forma inédita a denominada lei dos crimes ambientais inovou e regulamentou a responsabilidade penal da pessoa jurídica, prevista no artigo 225, parágrafo 5º. Da Constituição Federal, dispondo, em seu artigo 3º. As pessoas físicas e jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou beneficio da sua entidade. Para tanto, estabeleceu um sistema próprio de penas aplicáveis isolada, cumulativamente as pessoas jurídicas que de acordo com o dispositivo no artigo 21, são: I Multa; II restritivas de Direitos; III- prestação de serviços a comunidade; De acordo com o artigo 22, da lei n , as penas restritivas de direito da pessoa jurídica são: I suspensão parcial ou total de atividade; II interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; III proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações; Já a pena de prestação de serviços a comunidade pela pessoa jurídica, conforme o artigo 23 da referida lei, consistira em: I custeio de programas e de projetos ambientais; II execução de obras de recuperação de áreas degradadas; III manutenção de espaço públicos; IV contribuições e entidades ambientais ou culturais públicas;

30 28 Esta responsabilidade penal da pessoa jurídica está restrita aos crimes ambientais previstos na Lei Como se percebe, não há previa necessidade de fixação de pena privativa de liberdade para, na seqüência, efetivar a sua substituição por penas restritivas de direitos ou por prestação de serviços a comunidade ( que atende-se, a lei trata sendo duas espécies autônomas de penas alternativas e não uma como sendo gênero e a outra sua espécie, como ocorre no Código Penal). Neste norte, a sistemática da lei , ao afastar a tradicional características da substitutividade inerente as penas restritivas de direitos ( artigo 44, caput, do Código Penal), parece obvia, haja vista que a imposição de privativa de liberdade a pessoa jurídica (para depois substituí-la por restritivas de direitos) seria algo que escaparia da razoabilidade para beirar o ridículo. Desta forma, cumpre analisar como se calcula a prescrição no caso de crime atribuído as pessoas jurídicas. Exemplificando: Suponhamos que a empresa de petróleo PETROBRÁS tenha praticado o crime de poluição, previsto no artigo 54, como calcular a prescrição. Parece-nos que a prescrição da pretensão punitiva abstrata não gera dúvidas, uma vez que basta levar em consideração a pena privativa de liberdade cominada em abstrato para o crime imposto a pessoa jurídica e seus parâmetros legais para operar este cálculo. A solução cabível no caso deve levar em consideração o razoável, dentro de uma analise sistemática da lei penal. De acordo com o parágrafo único, do artigo 109, do Código Penal, as penas restritivas de direitos prescrevem-nos mesmos prazos que as privativas de liberdade. De outro lado, as penas restritivas de direitos, entre as quais a prestação de serviços a comunidade, terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída ( artigo 55, do Código Penal). Portanto, afigura-se razoável que o parâmetro para o cálculo da prescrição seja estabelecido pela pena privativa de liberdade cominada em abstrato ao crime que foi praticado pela pessoa jurídica.

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