V - empreendimentos residenciais com mais de 100 (cem) unidades; ou,
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- Melissa Nunes Leão
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1 DECRETO n , DE 11 DE JANEIRO DE REGULAMENTA A EMISSÃO DE GUIAS DE DIRETRIZES URBANÍSTICAS PARA EMPREENDIMENTOS GERADORES DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - GUIV, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NELSON TRAD FILHO, Prefeito Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A: Art. 1º - Fica instituída a Guia de Diretrizes Urbanísticas para Empreendimentos e Atividades Geradoras de Impacto de Vizinhança GUIV, equiparada ao Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV conforme Lei Complementar n. 94, de 6/10/2006 que institui a Política de Desenvolvimento e o Plano Diretor de Campo Grande, como etapa precedente a aprovação de empreendimentos e/ou atividades. Art. 2º. Estão sujeitos ao Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, todos os empreendimentos públicos ou privados, que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes situações: I - empreendimentos com mais de m² (vinte mil metros quadrados) de área construída; II - localizados em lotes ou glebas com divisa ou testada maior que 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) exceto os parcelamentos; III - vagas de estacionamento igual ou superior a 200 (duzentas) unidades; IV - capacidade de ocupação igual ou superior a 600 (seiscentas) pessoas; unidades; ou, V - empreendimentos residenciais com mais de 100 (cem) VI - atividades geradoras de tráfego intenso e/ou pesado. 1º. Para efeito do cálculo do número de vagas, de que trata o inciso III deste artigo, não serão computadas as vagas oferecidas acima das previstas em Lei; 2º. Consideram-se atividades geradoras de tráfego intenso e/ou pesado, aquelas que produzem ou atraem grande número de viagens, causando reflexos negativos na circulação viária e em seu entorno imediato e, em certos casos, prejudicando a acessibilidade em toda a região, além de agravar as condições de segurança de veículos e pedestres, tais como:
2 2 I - comércio com área construída superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados); II - serviços públicos e de saúde com área construída superior a m² (dez mil metros quadrados); III - serviços de educação, atividades esportivas e locais de reunião com área construída superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados). 3º. O EIV não dispensa nem substitui a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, quando exigido pela legislação ambiental. 4º. A Guia de Diretrizes Urbanísticas para Empreendimentos e Atividades Geradoras de Impacto de Vizinhança - GUIV fornecerá diretrizes quanto ao ordenamento do uso e da ocupação do solo, ao sistema viário e a infra-estrutura, urbana, após análise que deverá levar em conta os aspectos positivos e negativos sobre a área do projeto e seu entorno e, quando couber, indicará as obras e equipamentos necessários para a adequação do empreendimento ou da atividade ao local, as quais correrão às expensas do empreendedor. Art. 3º. A solicitação da Guia de Diretrizes Urbanísticas para Empreendimentos e Atividades Geradoras de Impactos de Vizinhança - GUIV, será feita mediante a apresentação de requerimento, cópia da certidão de matrícula atualizada da área de intervenção e comprovante de recolhimento de custas referente à análise da GUIV, além dos seguintes dados cartográficos referente a área do entorno do projeto: 1º. Levantamento planialtimétrico tendo como referência o Sistema Cartográfico Municipal, contendo: I - mapa na escala 1:2.000 com curvas de 1,0 (um) em 1,0 (um) metro e mapa na escala 1: com curvas de nível a cada 5,0 (cinco) metros; II - divisas da área, com coordenadas Universal Transversal de Mercator - UTM, localização dos cursos d água, áreas alagadiças, vegetação, empreendimentos existentes, bens e monumentos tombados pelo patrimônio municipal, estadual ou federal, localização das áreas de domínio público, quando houver, plotadas na escala 1:2000; área do projeto; III - indicação dos arruamentos contíguos ao perímetro da IV - quantificação dos imóveis e identificação dos usos plotados na escala de 1:2000, quando necessário. 2º. Considera-se como área do entorno do projeto, o perímetro formado pela distância de, no mínimo, 250 (duzentos e cinqüenta) metros contados a partir das divisas do imóvel onde o empreendimento ou atividade se localizará.
3 3 Art. 4º. O estudo dos impactos do projeto sobre a infra-estrutura urbana local, deverá ser elaborado às expensas do empreendedor, considerando o serviço de abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a rede de energia elétrica, o sistema de drenagem, o serviço de coleta lixo, a rede telefônica, a rede de distribuição de gás canalizado, e quando necessário deverá indicar as respectivas medidas mitigadoras e/ou compensatórias. Art. 5º. Apresentar, quando couber, análise dos itens estabelecidos nos incisos do art. 37, da Lei Federal n , de 10 de julho de 2001, tais como: I - análise dos impactos gerados pelo projeto sobre a população local e os equipamentos comunitários disponíveis, considerando, no mínimo, a taxa média geométrica de crescimento anual e o nível de adensamento populacional do local; II - análise dos impactos gerados pelo projeto sobre o uso e a ocupação do solo e suas repercussões sobre a valorização imobiliária; III - análise dos impactos gerados pelo projeto na geração de tráfego e demanda por transporte público levando-se em consideração, no mínimo, o número de acessos, a geração de viagens, o fluxo de tráfego e sua distribuição no sistema viário local; IV - análise dos impactos gerados pelo projeto sobre a ventilação e iluminação da área de influência direta do projeto; V - análise dos impactos gerados pelo projeto sobre a paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. Parágrafo único - A análise dos itens mencionados deve contemplar a indicação das medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os impactos identificados. Art. 6º. O Instituto Municipal de Planejamento Urbano PLANURB é responsável pela instrução dos processos de GUIV e seu encaminhamento à CDU. se localizará; 1º. Cabe à Comissão de Diretrizes Urbanísticas - CDU: I - vistoriar o local onde o empreendimento ou atividade II - quando for necessário, convocar o empreendedor ou seu representante, para solicitar informações complementares ou a elaboração de estudos técnicos complementares; III - elaborar as diretrizes a serem emitidas;
4 4 PLANURB. IV - encaminhar as diretrizes ao Diretor-Presidente do 2º. Com base na análise do EIV a CDU elaborará as diretrizes e as encaminhará ao Diretor-Presidente do PLANURB que emitirá a Guia de Diretrizes Urbanísticas para Empreendimentos e Atividades Geradoras de Impactos de Vizinhança - GUIV, em conformidade com as diretrizes aprovadas. 3º. Quando julgar necessário, a CDU ou o Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização - CMDU, por intermédio do PLANURB, poderá solicitar a realização de audiência pública nos moldes estabelecidos pelo Sistema Municipal de Planejamento - SMP, com a participação do Conselho Regional da Região Urbana onde se localizará o empreendimento ou a atividade, sendo que as despesas decorrentes da audiência pública correrão às expensas do empreendedor. Art. 7º. Os procedimentos e a respectiva análise para os pedidos de GUIV, obedecerão as seguintes etapas: I - o empreendedor deve protocolar sua solicitação de GUIV, contendo a documentação completa, projetos e estudos no PLANURB que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir da data do protocolo, para a sua emissão; II - a CDU, poderá solicitar esclarecimentos e complementações de estudos, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios. III - a contagem do prazo previsto para emissão da GUIV, será suspensa durante a elaboração de estudos complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor. IV - caso o empreendedor não forneça os esclarecimentos e as complementações solicitadas, em até 30 (trinta) dias, contados a partir da solicitação da CDU, o processo será indeferido. Art. 8º. A GUIV, deve indicar, no mínimo: I - composição básica do sistema viário; II - localização das áreas de domínio público; III - medidas de proteção de bens em áreas de interesse cultural, ambiental ou urbanístico, quando for o caso; IV - obras e equipamentos necessários para a adequação do empreendimento ou da atividade ao local;
5 5 V - bacia hidrográfica a montante do empreendimento com pontos de início de captação de águas pluviais, bem como os pontos de lançamento; VI - as faixas do terreno, necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis; necessárias. VI - as medidas mitigadoras e/ou compensatórias, quando Art. 9º. Os documentos, projetos e estudos deverão ser entregues em 2 (duas) vias impressas e encadernadas tendo as informações cartográficas como anexo e 1 (uma) via digital que pode ser encaminhada via correio eletrônico para planurb@pmcg.ms.gov.br, preferencialmente, em PDF. Parágrafo Único - O PLANURB, por meio da Coordenadoria de Informações e Geoprocessamento, dará publicidade aos documentos, projetos e estudos que subsidiaram a análise dos impactos de vizinhança. Art. 10. Após a emissão da GUIV, o empreendedor poderá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, requerer recurso técnico ao Diretor-Presidente do PLANURB que, ouvido o CMDU, deliberará a respeito em conjunto com os secretários municipais de Controle Urbanístico, dos Serviços e Obras Públicas, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, do Diretor-Geral da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, do Diretor-Presidente da Fundação Municipal de Cultura, que terão até 15 (quinze) dias para deferir ou não o pedido, emitindo certidão. Art. 11. O PLANURB, mediante decisão motivada, poderá modificar as diretrizes, condicionantes e as medidas mitigadoras e/ou compensatórias bem como suspender ou cancelar a GUIV, quando ocorrer: I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da GUIV; III - superveniência de graves riscos a saúde e ao bemestar da população. Art. 12. O valor referente às custas de análise da GUIV, será fixado por meio de Portaria do PLANURB. Art. 13. O prazo de validade da GUIV será de 1 (um) ano. 1º. O empreendedor poderá solicitar, uma única vez, a emissão de nova GUIV para o mesmo empreendimento e/ou atividade tendo em vista a expiração de seu prazo de validade;
6 6 2º. Os documentos, projetos e estudos que subsidiaram a emissão da GUIV anterior poderão ser utilizados para a nova análise e, caso não sejam suficientes, a CDU poderá solicitar esclarecimentos e/ou estudos complementares. 3º. A nova GUIV deverá ser requerida com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da expiração de seu prazo de validade. Art. 14. A CDU deliberará pela emissão da nova GUIV ou pelo indeferimento do processo. publicação. Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua CAMPO GRANDE-MS, 11 DE JANEIRO DE NELSON TRAD FILHO Prefeito Municipal Publicado no Diário Oficial de Campo Grande DIOGRANDE n. 2218, de 12/JANEIRO/2007. RegulamentaGDU_GUIV-D
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