Boletim FSC Brasil São Paulo, 11 de dezembro de 2012
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- Luciana Zagalo Regueira
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1 Boletim FSC Brasil São Paulo, 11 de dezembro de 2012 FSC no Brasil e no mundo 2 Nesta edição, vamos abordar temas como a Assembleia Geral do FSC Brasil 2012 e a nova composição dos conselhos e comitês, o evento TiiFlor - Tecnologia, Inovação e Inclusão sobre Florestas, o curso Aspectos Sociais da Certificação FSC por uma melhor interação entre o movimento sindical e a certificação florestal, a vinda do novo diretor executivo do FSC IC para o Brasil e os desafios e oportunidades para a certificação comunitária na Amazônia. Foto: Fabíola Zerbini Curtas e Parceiros A primeira concessão florestal federal a receber a certificação FSC, o novo site dos Indicadores Genéricos Internacionais (IGI), o desenvolvimento da Análise Nacional de Risco para madeira controlada no país, o regulamento sobre a madeira da União Europeia, boas vindas aos novos integrantes da equipe do FSC Brasil, novas seções no site, os 3 novos membros eleitos para o Conselho do FSC IC, 15 anos de certificação da Precious Woods Amazon e o artigo de Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Bracelpa. 9 Esta é a 8ª edição do Boletim FSC Brasil, com notícias atualizadas do sistema FSC no Brasil e no mundo, reflexões sobre temas relevantes para as florestas e seus povos, e principais eventos promovidos pelo FSC e parceiros. Temos também um espaço aberto para envio de notícias, relatos e eventos. Participe! 1
2 Boletim FSC Brasil / Dezembro 2012 Assembleia Geral FSC Brasil e Eleições 2012 Pela credibilidade, qualidade e transparência do sistema FSC no Brasil A Assembleia Geral do FSC Brasil foi realizada no dia 21 de novembro de 2012, no auditório da WWF, em Brasília, com a participação de aproximadamente 50 membros das câmaras ambiental, social e econômica - todos dispostos a conhecer os resultados de 2012, e, principalmente, debater e deliberar sobre os planos e composição das instâncias de governança da entidade para A Assembleia teve início com as boas vindas dos três representantes do conselho diretor aos participantes, e com o pedido de Rubens Gomes, presidente do GTA (Grupo de Trabalho Amazônico), para que as empresas brasileiras certificadas tenham maior comprometimento com os direitos das comunidades que vivem nas florestas. Na sequência, Fabíola Zerbini, secretária executiva do FSC Brasil, fez uma breve retrospectiva das atividades, resultados e lacunas de 2012, de acordo com os objetivos e metas do Plano de Ação. Dentre os destaques, a realização e aprovação de projetos estratégicos no campo de padrões e resolução de conflitos, bem como os 3 eventos internacionais sediados no Brasil e a pesquisa de oferta e demanda de madeira certificada, que inaugura uma nova fase de inteligência de dados sobre o sistema em nosso país. Foi também apresentado o balanço contábil e financeiro de 2011, seguidos das deliberações sobre as 3 recomendações do conselho fiscal: aprovação do Balanço a partir do parecer favorável da auditoria externa contratada; revisão do plano de contratação da equipe FSC Brasil e regularização do processo judicial, ainda em curso, envolvendo o FSC Brasil. Na parte da tarde, deu-se início as eleições de As eleições do Conselho Diretor para mandato de 3 anos e do Conselho Fiscal e Comitê de Resolução de Conflitos para mandato de 2 anos, abrangeram uma vaga de cada câmara. No Conselho Diretor, o IMAZON se reelegeu para a Câmara Ambiental, a AMATA foi eleita para ocupar o lugar do Grupo Orsa na Câmara Econômica, e o GTA foi eleito para compor a Câmara Social no lugar do CTA. No Conselho Fiscal, a Stora Enso se reelegeu como representante da Câmara Econômica, o CTA, representando a Câmara Social, entrou no lugar do Instituto Ecosolidário (que renunciou em outubro de 2012), e a Câmara Ambiental ficou com vaga aberta provisoriamente. No Comitê de Resolução de Conflitos, A WWF Brasil entrou na Câmara Ambiental no lugar da APREMAVI, o IDGES representando a Câmara Social no lugar do SINTREXBEM e a CMPC foi reeleita para a Câmara Econômica. Para o Comitê de Desenvolvimento de Padrões, não é necessário eleição formal. Todos os membros que o compunham permanecem, exceto a AMATA, que foi para o Conselho Diretor e deu lugar a International Paper. Por fim, o Plano de Ação com resultados esperados para o ano de 2013 foi apresentado e submetido aos comentários de todos os presentes, subdivididos em câmaras. Dentre várias sugestões em torno de resultados específicos, a plenária reforçou a importância de priorização e foco nos principais temas de nossa organização no ano de que se inicia, sendo eles: Capacitação (como estratégia de sobrevivência da instituição e qualificação dos cursos e profissionais em nosso país); Comunicação (com conteúdos inteligentes, 2
3 Agradecemos a todos que participaram deste importante momento do FSC Brasil! CONSELHO DIRETOR COMITÊ DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS Boletim FSC Brasil / Dezembro 2012 segmentados para públicos mais específicos); e Padrões (padrões nacionais de forma interligada aos Indicadores Genéricos Internacionais). A equipe do FSC está revendo o plano de acordo com os encaminhamentos deliberados na Assembleia e em breve este documento estará disponível no site. Veja abaixo a nova composição dos conselhos e comitês. Para finalizar, foi apresentada a possibilidade de fazermos uma moção de fortalecimento da governança, no intuito de revisar nosso modelo atual, a iniciar-se com um estudo sobre as formas que melhorem a representação dentro do conselho e a participação dos sócios no FSC, para então, se concretizar em uma proposta a ser exercitada a partir de CÂMARA ECONÔMICA Suzano S.A. - Estevão do Prado Braga Klabin S.A. - Ivone Satsuki Namikawa AMATA - Alan Rígolo CÂMARA SOCIAL Sindicato dos Trabalhadores Rurais Telêmaco Borba (STR TB) - João Ernesto Ribeiro Instituto de Educação do Brasil (IEB) - Manuel Amaral Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) - Rubens Gomes / Sebastião da Silva Alves CÂMARA AMBIENTAL Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) - Stella Schons Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) - André Monteiro Instituto Floresta Tropical (IFT) Marco Lentini CONSELHO FISCAL Stora Enso - Otávio Pontes / Carolina Graça (Câmara Econômica) CTA - Centro dos Trabalhadores da Amazônia - Maria José Albuquerque (Câmara Social) Vaga aberta provisoriamente (Câmara Ambiental) WWF Brasil - Mauro Armelin (Câmara Ambiental) CMPC Celulose Riograndense Ltda. - Mauren K. Lima Alves (Câmara Econômica) IDGES - Instituto Brasileiro para Desenvolvimento de Gestão Empresarial Sustentável - Alexandre Vervuurt (Câmara Social) COMITÊ DE DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES CÂMARA SOCIAL Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) - Rubens Gomes Instituto de Educação do Brasil (IEB) - Manuel Amaral Vaga aberta provisoriamente CÂMARA AMBIENTAL The Nature Conservancy (TNC) - Programa de Conservação da Mata Atlântica e Savanas Centrais - Giovana Baggio WWF-Brasil - Mauro Armelin Instituto Floresta Tropical (IFT) - Marco Lentini CÂMARA ECONÔMICA Veracel Celulose S.A - Luiz Henrique Tapia Fibria Celulose S/A - João Carlos Augusti International Paper do Brasil - Robson Oliveira Laprovitera 3
4 TiiFlor Tecnologia, Inovação e Inclusão sobre Florestas Boletim FSC Brasil / Dezembro 2012 O SFB - Serviço Florestal Brasileiro, com o apoio da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Avina, realizou no dia 22/11, no auditório da Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília, o TiiFlor Tecnologia, Inovação e Inclusão sobre Florestas. O FSC Brasil esteve presente no evento, que abordou diferentes olhares sobre as florestas do país e contou com 14 palestras de extrema qualidade, divididas em três blocos. O primeiro, Vidas na e da Floresta, humanizou o debate a partir de histórias de pessoas que têm uma ligação direta com as florestas. O segundo bloco, Ideias Sustentáveis, teve foco nas riquezas geradas pelas florestas, e o terceiro e último bloco, Informação em Movimento, nas iniciativas de difusão de conhecimento. O encontro trouxe representantes de vários segmentos ligados às florestas, para falar de temas atuais nas áreas extrativista, indígena, agropecuária, científica, de madeira nativa e de florestas plantadas, de negócios com uso de recursos da biodiversidade, de investimentos, microcrédito, turismo, manejo florestal comunitário, educação e comunicação. Além de participar dessa rica troca de experiências, ideias novas e diversos pontos de vista para fortalecer a área florestal, o público ainda teve a oportunidade de contemplar uma exposição de produtos florestais, participar do painel interativo O que a floresta te inspira? e fazer uma trilha pelo Cerrado do Jardim Botânico de Brasília. 4
5 Boletim FSC Brasil / Dezembro 2012 FSC e Lideranças sindicais trabalham juntos pelo social Foto: ICM O curso Aspectos Sociais da Certificação FSC: Por uma melhor interação entre o movimento sindical e a certificação florestal, foi realizado pelo FSC Brasil, ICM Brasil - Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira e o IMAFLORA - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, nos dias 06, 07, 08 e 09 de novembro de 2012, em Telêmaco Borba/Paraná. O evento teve como principal objetivo tornar a certificação FSC compreensível às lideranças sindicais dos trabalhadores, por meio de conversas, reflexões e exercícios práticos. Na ocasião foram feitas duas visitas a campo, sendo a primeira em uma floresta plantada certificada e a segunda em uma empresa de processamento de madeira certificada na modalidade de Cadeia de Custódia do FSC. dos Trabalhadores. Cerca de 30 lideranças do movimento dos trabalhadores apresentaram propostas para a inserção de critérios sociais na certificação FSC de cadeia de custódia, e opinaram sobre indicadores sociais dos novos princípios e critérios para o manejo florestal, em especial sobre o novo Princípio 2 que trata dos Direitos dos Trabalhadores. Esta aproximação entre o FSC Brasil e lideranças sindicais foi uma rica troca de experiências que possibilitou a todos os envolvidos avaliar com seriedade os limites e as possibilidades que o sistema tem em garantir direitos sociais aos trabalhadores das empresas de base florestal. Foi ainda um importante momento para o FSC Brasil reforçar o convite ao movimento sindical para que o mesmo se filie na câmara social e nos conselhos e comitês do FSC Brasil, somando a estrutura de governança em prol desta agenda comum. No final do evento, o ICM elaborou a Carta de Telêmaco Borba, Fotos: fazendo ICM uma análise sobre a importância e os principais desafios da certificação FSC. Esta carta está disponível para download no nosso site ( tm) 5
6 Kim Carstensen, novo diretor executivo do FSC Internacional, visita o Brasil. Foto: FSC AC Aproveitando uma viagem ao México, o atual Diretor Executivo do FSC IC, Kim Carstensen, e o ex-diretor executivo, André de Freitas, vieram ao Brasil de 28 a 30 de outubro de 2012, tendo na pauta uma série de atividades, reuniões e visitas, para conhecer um pouco dos atores, demandas e oportunidades de nosso país no que toca o FSC. A agenda se iniciou com uma visita de campo à área de manejo florestal da Klabin, em Telêmaco Borba, nos dias 28 e 29, onde ambos puderam conhecer as primeiras plantações certificadas do Brasil. De volta a São Paulo, durante a noite, Kim e André foram recepcionados na casa do Roberto Smeraldi, para um jantar informal e muitas conversas sobre as matas nativas aqui no Brasil. O objetivo do jantar era contextualizar os principais desafios e o papel do FSC nos próximos anos, de forma a interagir com as moções e projetos em curso, sobre o tema no contexto do FSC Internacional. Também estiveram presentes Roberto Waack, Sra. Katri Lehto e Fabiola Zerbini. No dia 29, eles participaram de um café da manhã com CEO's e executivos das indústrias de celulose e papel associadas à Bracelpa, onde estes puderam expor o cenário atual e os principais desafios do setor frente à certificação FSC. Veja mais informações no artigo da Elizabeth de Carvalhaes (pág.13). Durante à tarde, estiveram na AMATA para uma reunião sobre florestas nativas, com a presença de empresas produtoras, certificadoras, depósitos certificados em COC, WWF e outros convidados, onde se colocou o atual quadro desafiador da madeira certificada tropical, diante do contexto de ilegalidade e falsa legalidade que ainda assola o nosso país. Em seguida, André de Freitas e Kim Cartensen se reuniram com o conselho diretor e equipe do FSC Brasil para uma conversa institucional. Na oportunidade, apresentamos o histórico, o momento atual sob a ótica administrativa, financeira, estratégica e política, e os principais projetos, demandas, desafios e oportunidades do sistema FSC no Brasil para os próximos anos. A visita não tinha nenhuma intenção de construir planos ou traçar acordos concretos, mas sim, de oportunizar um reconhecimento mútuo entre o atual Diretor Executivo e os atores e pautas do FSC em nosso país. Os resultados foram positivos, à medida que pudemos perceber que a transição na diretoria executiva do FSC não interfere no posicionamento estratégico de nosso país diante do FSC como um todo, garantindo a continuidade e ampliação das ações e projetos comuns, sem perda de autonomia e identidade. 6
7 Desafios e oportunidades para a certificação comunitária na Amazônia Com o objetivo de disseminar o processo de certificação florestal comunitária na Amazônia, o FSC Brasil e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) firmaram, em 2010, um acordo de cooperação técnica que estabelece o fomento, a capacitação e a divulgação do manejo florestal sustentável, a partir da certificação comunitária, e que vem se desenvolvendo em parceria com o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), membro da câmara social do FSC, e com comprovada experiência na temática do MFC&F na Amazônia. Dos 4 cursos planejados para 2012 e 2013, o primeiro aconteceu no Acre, em abril de 2012, em parceria com o CTA - Centro dos Trabalhadores da Amazônia, junto à integrantes da Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta). Teve o objetivo de promover um diálogo entre a experiência de manejo florestal comunitário certificado da cooperativa, e os movimentos da economia solidária e comércio justo e solidário, para apoiar no debate sobre dois dos principais desafios da cooperativa nos dias de hoje: viabilidade econômica e organização política do grupo. O segundo curso foi realizado de 02 a 06 de outubro, junto a representantes da Cooperativa Mista Agroextrativista Flona do Tapajós (COOMFLONA), na sede do Projeto Ambé, tendo como objetivo apresentar e discutir com os integrantes da cooperativa, os desafios e oportunidades para a certificação florestal comunitária, bem como realizar um planejamento estratégico, de curto à médio prazo, para que acessem mercados certificados para sua produção. A EXPERIÊNCIA DA COOMFLONA A partir da Portaria Nº 40 de 2003 do IBAMA, que autoriza a implantação de um Projeto Piloto de Manejo Florestal Comunitário na Flona do Tapajós, o manejo sustentável da floresta é iniciado por um grupo de comunitários organizados na COOMFLONA. O projeto de exploração madeireira, conhecido como Projeto Ambé, tem como objetivo beneficiar as comunidades tradicionais residentes na FLONA do Tapajós, a partir do manejo florestal comunitário e de baixo impacto, e prevê a exploração sustentável de produtos madeireiros e não madeireiros em uma área comum de ,56 hectares da FLONA do Tapajós. Desde 2005, quando iniciou a implementação do projeto Ambé, a cooperativa já explorou 6 UPAs, totalizando uma área de aproximadamente hectares, aproximadamente 11% do seu potencial. Sendo que o manejo florestal realizado pela COOMFLONA, apesar de poder ser caracterizado como de grande escala de produção, é realizado totalmente por manejadores cooperados e oriundos das comunidades da Flona do Tapajós. Há terceirização apenas na contratação do maquinário necessário em algumas etapas de exploração (Skidder e carregadeiras) e toda a madeira é vendida ainda na floresta, via sistema de pregões, pois dependem do adiantamento da venda para alugar os maquinários (IEB, 2010). 7
8 O CURSO Quatro dias intensos de trabalho foram iniciados com a apresentação dos principais aspectos relacionados à certificação FSC no Brasil e no mundo, para então se sequenciarem com uma extensa atividade de autoavaliação da Coomflona em todos os Princípios, Critérios e Indicadores do Padrão SLIMF Amazônia do FSC. Os próprios cooperados avaliaram a sua atuação concreta, à luz das exigências do padrão, em uma atividade que mesclava formação (conhecimentos do conteúdo dos mesmos), com construção de significado, uma vez que tais conhecimentos não se davam a partir de linguagens técnicas ou demandas externas do dia-adia de uma operação de manejo, mas sim, naquilo que tem de mais cotidiano e real. Após a autoavaliação, fizemos ainda uma simulação de auditoria com a presença de uma consultora externa contratada para este papel, em uma atividade de campo. A percepção geral de todas as entidades que estavam coordenando o curso, entre elas, além do FSC e do IEB, o TAA e o SFB, foi de que a Coomflona está pronta para ser certificada pelo FSC, diante da qualidade e rigor com que atuam nas atividades do manejo madeireiro daquela unidade. O curso ainda não foi finalizado, tendo previsto a realização de mais uma atividade de planejamento com os cooperados no início de 2013, onde esperamos construir um calendário para a certificação propriamente dita. O TAA - The Amazon Alternative e o FSC Brasil, através de uma parceria com a empresa Akzo Nobel, têm verba para financiar tal certificação, devendo apenas acertar e definir conjuntamente os detalhes e agenda, para termos mais um certificado SLIMF comunitário na Amazônia. Fotos: TAA 8
9 Curtas JAMARI - Primeira Concessão Florestal Federal a receber a certificação FSC! A Amata, concessionária responsável por 50 mil dos 225 mil hectares da Flona do Jamari, em Rondônia, é a primeira concessionária federal a conquistar a certificação FSC para manejo de florestas nativas. O código de Licença FSC-C foi emitido em 30 de novembro de 2012, e deve ser comemorado como um marco na luta pela reconquista das boas práticas de manejo e certificação FSC na floresta Amazônica. Sabe-se que o projeto de concessão pública federal ainda não assumiu o ritmo esperado, mas a expectativa de concessão de mais de 5 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia nos próximos anos, continua sendo a promessa mais concreta de aumento da exploração responsável de recursos florestais, em um quadro onde a ilegalidade ainda permanece majoritária. E quanto mais garantirmos a sinergia entre as concessões públicas e a certificação FSC, mais estaremos seguros dos critérios sociais e ambientais deste uso. Neste sentido, vale ressaltar que o FSC Brasil e o Serviço Florestal Brasileiro farão uma ação na Flona Jamari, juntamente com a AMATA, para consolidar um guia de apoio à certificação FSC pelos atuais e novos concessionários, que destrinche as complementariedades das exigências legais da concessão florestal, com os P&C's do FSC. Esperamos, em breve, dar mais notícias como essa. Conheça o site dos novos Indicadores Genéricos Internacionais (IGI) O FSC IC lançou, no final de novembro, o site dos Indicadores Genéricos Internacionais (IGI). Entre na página e venha conhecer! O site contém notícias, informações, decisões tomadas e progressos alcançados no processo de desenvolvimento de IGIs, e no processo de transferência para a versão 5 dos Princípios e Critérios (P&Cs). Além disso, um cronograma, etapas que estão sendo seguidas e maneiras de participar nestes processos também podem ser encontradas. Com a aprovação dos novos P&Cs do FSC, inicia-se a fase de transferência dos atuais padrões para os novos P&Cs. O FSC Brasil aprovou junto ao FSC Internacional um projeto que vai guiar este processo no país, incluindo a harmonização dos padrões interinos de plantadas, a consolidação de um único padrão e consultas públicas, culminando em uma nova versão alinhada aos novos P&Cs. Os membros brasileiros do FSC, que fazem parte do Grupo de Trabalho que conduz este processo são: João Augusti (Fibria), como representante da Câmara Econômica Sul e Leonardo Sobral (Imaflora), como representante de Órgãos Certificadores. PARABÉNS AMATA! 9
10 Curtas FSC Brasil está desenvolvendo a Análise Nacional de Risco para madeira controlada no País O FSC aprovou em sua última assembleia geral (Malásia, 2011) a moção 51, na qual os Escritórios Nacionais (EN s) do FSC deverão desenvolver análises de risco nacionais (ANR) para madeira controlada em seus países. O prazo era até dezembro de 2012 e foi prorrogado por mais dois anos. Uma vez aprovada, a ANR de um país se torna mandatória para a região em questão e prevalece em relação às análises de risco feitas pelas empresas certificadas. A vantagem é que diferentes operações florestais usarão um mesmo parâmetro de risco, de forma a garantir equidade, consistência e credibilidade quanto à aplicação de madeira controlada, evitando gastos desnecessários de recursos e eventuais problemas advindos da discrepância entre metodologias aplicadas pelas certificadoras. Até o presente momento, apenas 8 EN s do FSC conduziram suas próprias análises de risco: Austrália, Chile, Portugal, Reino Unido, Suíça, Espanha, Polônia e Argentina. No Brasil, as fases I e II do projeto já foram finalizadas. A fase III está em processo de contratação e receberá apoio da WWF Brasil para sua realização. A previsão é que o estudo seja concluído em meados de FSC pronto para o regulamento sobre a madeira da União Européia O Regulamento sobre a Madeira da UE (EUTR) entra em vigor em março de As novas regras são destinadas a evitar o comércio no mercado europeu, de madeira extraída ilegalmente. O Forest Stewardship Council (FSC), organização multissetorial que criou o sistema de manejo florestal responsável mais confiável do mundo, é um forte defensor de políticas que combatam práticas florestais ilegais. O EUTR e suas leis, em fase de implementação, definem condições para sistemas de certificação privados a serem utilizados por empresas importadoras de madeira ou produtos de madeira, com a finalidade de reduzir o risco de que madeira ilegal seja negociada no mercado. Estas condições são rigorosas e, se aplicadas sistematicamente, reconhecem apenas os sistemas mais confiáveis, como o FSC. O FSC vem trabalhando para garantir que seu sistema seja compatível com o EUTR e para assegurar que os titulares de certificados estejam totalmente informados a respeito do regulamento. Está sendo finalizado pelo FSC IC, um documento sobre o EUTR, específico para organizações certificadas de países fora da Europa, que em breve estará disponível na rede. Para mais informações, entre na página: 10
11 Curtas Marco de uma nova fase na equipe do FSC Brasil O FSC Brasil gostaria de dar as boas vindas a dois novos membros da equipe, que mesmo antes de fazerem parte do FSC Brasil, sempre acreditaram no trabalho da organização. São elas: Fernanda Rodrigues (Coordenadora Técnica) e Mariana Chaubet (Estagiária). Os três membros eleitos do Conselho do FSC IC Atualmente a equipe é composta por Fabíola Zerbini (Secretária Executiva), Fernanda Rodrigues (Coordenadora Técnica), Flavia Ferros (Coordenadora de Comunicação), Lourival dos Santos Souza (Analista Administrativo Financeiro) e Mariana Chaubet (Estagiária). Que os próximos anos de trabalho da equipe do FSC Brasil sejam de muitas lutas, conquistas e parcerias. E é com esse espírito de força e garra em defesa das florestas, que desejamos boa sorte a vocês! Novas seções no site Resolução de Conflitos Entre na página para conhecer a nova seção de Resolução de Conflitos do site do FSC Brasil. Lá vocês irão encontrar informações sobre o tema, procedência do FSC Brasil nesses casos, registro de uma denúncia, mau uso da logomarca, violação de Princípios e Critérios e casos que estão em andamento. Consultas Públicas Entre na página e participe da nova seção de Consultas Públicas no site. Lá vocês irão encontrar Consultas do FSC IC, do FSC Brasil e de Parceiros. Para aqueles que quiserem divulgar as consultas no nosso site, mande um para info@fsc.org.br. Foto: FSC AC Em 18 de outubro de 2012, o comitê eleitoral se reuniu em Bonn, Alemanha, para fazer o registro e contagem dos votos. Os 3 novos membros eleitos tomaram posse na reunião do Conselho em Bonn, em novembro de São eles: Câmara Econômica (Norte) Hans Djurberg (eleito) Jamie Micah Lawrence (eleito) Câmara Econômica (Sul) Ana R. Young Downey (re-eleita) O FSC Brasil gostaria de dar as boasvindas aos novos Membros do Conselho e agradecer a todos os sócios brasileiros pela sua participação e apoio às eleições. 11
12 Boletim FSC Brasil / Dezembro 2012 Espaço aberto para Parceiros A Empresa Precious Woods Amazon, sediada no Estado do Amazonas, tem o seu certificado renovado pelo FSC Atividade de Campo - PWA Em novembro de 2012 a Precious Woods Amazon completou 15 anos de certificação, recebendo pela terceira vez o certificado de Manejo Florestal e Cadeia de Custódia do FSC, que é válido por 5 anos. A empresa Mil Madeiras Preciosas Ltda., empresa do Grupo Precious Woods (PW), recebeu a renovação do certificado ambiental FSC. Esta empresa foi a primeira no Brasil a ter este certificado, e também a primeira a ter esta renovação por três vezes consecutivas. O grupo Precious Woods com sede em Zurique na Suíça, coordena os projetos realizados por suas filiais, que têm suas sedes na América Central, África e Brasil, com o grande desafio de provar que é possível realizar projetos sustentáveis de impacto ambiental reduzido na Amazônia e no mundo. Sede da Precious Woods Amazon, Brasil. 1. Espécie Florestal; 2. Infraestrutura do Manejo Florestal; 3,4. Fauna brasileira; 5. Cachoeira na área de floresta da PWA, Brasil. Ao ser recertificada pela terceira vez (15 anos de certificação), a Precious Woods Amazon mantêm a tradição e o compromisso com o meio ambiente e o social justo, buscando sempre a sustentabilidade e manutenção das atividades florestais de impacto reduzido, que recebe constantes auditorias nos rigorosos padrões e critérios do FSC. A Precious Woods Amazon emprega mais de 540 pessoas no município de Itacoatiara no Estado do Amazonas, e não mede esforços para realizar o Manejo Florestal de maneira responsável, com sustentabilidade dos recursos naturais e compromisso social. Sede da Precious Woods Amazon, Brasil. O reconhecimento internacional da PWA está cada vez mais evidente nas principais entidades ambientais, a exemplo do FSC. 12
13 Espaço aberto para Parceiros Setor está comprometido com as certificações Por Elizabeth de Carvalhaes CEOs e executivos das indústrias de base florestal associadas à Bracelpa participaram em outubro do encontro com Kim Carstensen, novo Diretor Executivo do FSC Internacional, em sua primeira visita ao Brasil para conhecer de perto a realidade florestal do País. Nosso objetivo foi mostrar o comprometimento da indústria de base florestal plantada com as certificações e indicadores sociais, ambientais e econômicos, demonstrando a atratividade do Brasil e das plantações florestais nacionais para o desenvolvimento e crescimento do sistema FSC. Também tivemos a oportunidade de discutir temas considerados estratégicos para o setor de celulose e papel, incluindo questões como biotecnologia arbórea, política para produtos químicos, madeira controlada e a aprovação do padrão SLIMF (certificação de pequenos produtores). Participaram da reunião representantes da Cenibra, Fibria, Ibema, International Paper, Klabin, Melhoramentos Florestal, Nobrecel, Norske, Stora Enso, Suzano e do FSC Brasil, além de André Freitas, antecessor de Carstensen. A avaliação positiva do encontro pelos representantes do setor indica que a parceria entre o FSC e a Bracelpa, construída ao longo dos últimos anos, é um dos caminhos para valorizar as boas práticas de manejo florestal no País. O encontro também apontou caminhos para o avanço desse trabalho conjunto. Elizabeth de Carvalhaes é presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). 13
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