CONDIÇÃO PARA DESENVOLVER O PAPEL DOS EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO CAPITALISTA
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- Maria Antonieta da Fonseca Figueiredo
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1 CONDIÇÃO PARA DESENVOLVER O PAPEL DOS EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO CAPITALISTA Aline Cristina Nascimento UFG/Regional Catalão/Brasil Mestre em Geografia/UFG Regional Catalão. Membro do Núcleo de Pesquisa Geografia, Trabalho e Movimentos Sociais GETeM/CNPq alinenask@ig.com.br Marcelo do Nascimento Rosa UFG/Regional Catalão/Brasil Mestre em Geografia/UFG Regional Catalão. Membro do Núcleo de Pesquisa Geografia, Trabalho e Movimentos Sociais GETeM/CNPq marcelo.geoufg@gmail.com Gilmar Alves de Avelar UFG/Regional Catalão/Brasil Prof. Dr. do Curso de Graduação em Geografia/UFG/Regional Catalão. Coordenador do Núcleo de Pesquisa Geografia, Trabalho e Movimentos Sociais - GETeM/UFG/CNPq g.avelar@uol.com.br INTRODUÇÃO A construção de hidrelétricas transforma diversas frações do território e causa importantes e variados problemas políticos e sociais para as populações que ali vivem. Neste sentido, este artigo tem o objetivo de compreender como a política de desenvolvimento adotada pelo Estado brasileiro, via a construção de hidrelétrica, tem causado às populações camponesas, indígenas e quilombolas a expropriação/expulsão de suas terras. A produção de energia elétrica através de barragens hidrelétricas serve à estruturação de uma cadeia produtiva, que requer muitos e altos investimentos, por isso 4039
2 movimenta um capital intensivo. A apropriação de potenciais hidráulicos para a construção de barragens é uma corrida violenta, uma mola-mestre que desencadeia a produção-circulação constante em diferentes setores da economia capitalista. Assim, a indústria de energia a qual comanda o setor elétrico brasileiro, está condicionada pela estratégia maior de reprodução de capital, para atender aos interesses de empresas de bens e serviços e de grandes grupos financeiros que atuam neste setor. Segundo Sigaud (1994), Ao contrário do que se poderia pensar, na construção de uma hidrelétrica não estão em jogo apenas os altos interesses nacionais de produção de energia para o desenvolvimento, mas também os interesses particulares de grupos de empresas que se beneficiam enormemente com os investimentos do setor elétrico, assim como os interesses do capital financeiro internacional, que fornece uma parcela importante dos recursos. (SIGAUD, 1994, p. 2). Assim o Estado acaba por subvencionar o capital, criando as condições necessárias para a sua continua e contraditória expansão. Como a construção de hidrelétricas mobiliza elevados investimentos em capital fixo, o que reduz a lucratividade do capital, face ao aumento do tempo de rotação dos capitais que permanecem neste tipo de atividade (JÚNIOR GONÇALVES, 2002, p. 90), os capitais privados não se interessam em fazer investimento próprio neste setor e o Estado tem que investir na geração e transmissão de energia elétrica, o que vai beneficiar o capital, que, além de não ficar empatado, vai poder contar com energia elétrica a custos baixos e em abundância. Bermann (2009) afirma que o envolvimento de empresas privadas na produção de energia elétrica, como produtoras independente ou como autoprodutoras, depende muito da disposição do Estado em ceder financiamento para estes fim: são poucos os bancos comerciais no Brasil dispostos ao financiamento, concentrando as demandas desses projetos [hidrelétricos] sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (BERMANN, 2009, p. 4). Ou seja, o Estado assume as atividades consideradas não rentáveis da acumulação capitalista. Júnior Gonçalves (2002) ressalta que: Não se trata de uma atividade prestada pelo Estado a um determinado capital, mas uma forma encontrada pelo capital de, por meio de gasto público, poder subvencionar indiretamente o capital privado em geral, principalmente os setores oligopolistas, proporcionando serviços, no caso, Energia Elétrica. (JÚNIOR GONÇALVES, 2002, p. 13). 4040
3 Um exemplo claro colhido durante as pesquisas que estamos realizando, são as manobras todas elas legitimadas pelo Estado - realizadas no consórcio de empresas construtoras da hidrelétrica Serra do Facão no Estado de Goiás/Brasil para a obtenção de recursos públicos. Em leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2001, o consórcio de empresas Alcoa Alumínio (50%), a Cia Brasileira de Alumínio (16%), a DME Energética (10%) e a Votorantim Cimentos (22%) rematou a hidrelétrica Serra do Facão com ágio recorde de 3.089%, cerca de R$ 37 milhões pagos pela concessão do rio 1. Em 2002 com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o consórcio de empresas sofre sua primeira alteração e passa a ser composto pela ALCOA Alumínio S/A (50,4%), Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) (16,9%), Companhia Cimento Itambé (4,5%), DME Energética Ltda (10,09%) e a Votarantim Cimentos Ltda (18%) 2. Em 2006 pela imobilização de capital o consórcio empreendedor sofre novas alterações e a Serra do Facão Participações S/A (de propriedade da Gallway com sede na Holanda) adquire as participações da Companhia Cimento Itambé, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e da Votorantim Cimentos Ltda., passando a compor o consórcio com 49,4%. O novo consórcio então formado pela Serra do Facão Participações, Alcoa Alumínio S/A, DME Energética Ltda. e Construtora Camargo Corrêa criam o Consórcio România Participações empresa que concentra 100% com quatro sócios3. Em 2007 após início das atividades no local da obra, o consórcio sofre sua última e definitiva alteração. Por inadimplência da Gallway o BNDES suspende financiamento de R$ 540 milhões para a construção das obras avaliadas em R$ 800 milhões. Então, para solução definitiva o consórcio de empresas convoca o Estado para legitimar e financiar o empreendimento e a Central Elétrica de Furnas passa a compor o Grupo com 49,5% da participação4. Logo após a entrada de Furnas o BNDES fornece o financiamento e as obras ganham velocidade máxima. Além de financiar tais empreendimentos o Estado assume outro papel: o da autorização de desapropriação da área, para fins ditos públicos, através da criação de leis, regulamentações e execução de ações que visam limpar o terreno, onde são construídas as obras privadas com dinheiro público. Exemplo disso é a Lei de julho de 1995 que 1 Disponível em: Acesso em 23/09/2009 as 10:20 hrs. 2 Ibid. 3 Ibid. 4 Disponíveis em: Acesso em: 05/03/09 as 16:20 hrs. 4041
4 determina que cabe ao poder concedente declarar a utilidade pública para fins de desapropriação [...] das áreas necessárias à implantação de instalações concedidas, destinadas a serviços públicos de energia elétrica, autoprodutor e produtor independente (Lei n , artigo 10º). A justificativa utilizada para tais concessões privadas serem consideradas de utilidade pública está alicerçada no fato de que a construção de qualquer empreendimento hidrelétrico reduzirá à demanda nacional e a energia elétrica que, por hora, fosse utilizada pelas indústrias interessadas estarão disponíveis para outros fins. Mas, os fatos contestam a realidade. Mais recentemente a prioridade no abastecimento de energia elétrica está dada aos grandes consumidores e seus expressivos aumentos da escala de produção, principalmente as chamadas indústrias eletrointensivas como as indústrias de celulose, de alumínio, de ferro, de aço, entre outras. Neste sentido, Bermann (2009, p. 13) alerta que há de se questionar a legitimidade da expropriação para fins de atividades consideradas privadas, porque as concessões públicas para a construção de hidrelétricas objetivam, em verdade, a fabricação e exportação de milhares de toneladas de alumínio, celulose, aço e outros produtos eletrointensivos e não, o abastecimento público de energia elétrica. E a interligação do sistema elétrico nacional que possibilita que os projetos hidrelétricos sejam implantados cada vez mais longe das plantas industriais consumidoras de eletricidade, podendo-se aproveitar todos os potenciais hidráulicos do país. A partir daí, a única dificuldade para que a construção de barragem hidrelétricas atenda claramente os interesses privados de obtenção e acumulação de lucro é a concorrência (se é que ela existe?) nos leilões promovidos pela Agência Nacional e Energia Elétrica (Aneel) nos quais a prenda em disputa é a concessão de uma determinada parte de um rio e todo o seu vale. Desse modo, a expansão de hidrelétricas não é motivada apenas pela possibilidade de se usar a tecnologia de geração de energia através de barramento de rios, mas pelas particularidades expansionista e continuada do capital. Afinal, a tecnologia sempre está a serviço de alguém para cumprir determinado objetivo. Defensores das hidrelétricas alegam que elas contribuem para o desenvolvimento local e nacional e que as alterações socioambientais são compensadas pelo progresso que esses empreendimentos ajudam a consolidar, salvando atrasados e integrando caipiras. 4042
5 O discurso do desenvolvimento e progresso, dos governos e empresas privadas construtoras de barragens, visam ao mesmo tempo, esconder e legitimar a geração e acumulação de lucro para poucos. Mas, na realidade as hidrelétricas, são [...] objetos [que] não mais obedecem a nós [a maioria], mas sugerem o papel a desempenhar, porque são instalados obedecendo a uma lógica que nos é estranha, uma nova fonte de alienação (Santos, 2004, p. 217). O papel a ser desempenhado pelos atingidos por barragens é o de pessoas desenvolvidas, modernas, ou seja, consumidores. A lógica estranha que chega na vida das populações que povoam os vales dos rios inundados pelo represamento da água é a capitalista plena, em sua mais recente fase, de reestruturação produtiva e reprodução ampliada. A expropriação de centenas de famílias camponesas decorrente do barramento do rio e da formação do lago é essencial no processo de avanço e crescimento do capitalismo. A expulsão de camponeses de suas terras, a expropriação de seus meios de produção, a (re)criação de mão de obra assalariada, a privatização de recursos naturais inseridos na lógica capitalista, é a anulação de formas alternativas de produção e consumo, é a substituição da agropecuária camponesa pelo hidronégocio, é a destruição de relações culturais e sociais pré-existentes, ou seja, é a acumulação primitiva revestida de métodos aprimorados que propiciam ainda mais a acumulação. A expropriação é [...] requisito da reprodução capitalista do capital (MARTINS, 1981 p. 141). Para se ter a reprodução do capital (mais-valia), é necessário antecipar os meios de produção que, em sua regra se dá na expropriação de camponeses. Neste sentido, afirma Martins (1981) que [...] a produção do capital nunca é produto das relações capitalistas de produção quando o dinheiro e a riqueza entram em relações de assalariamento estamos diante da reprodução ampliada do capital só a reprodução é capitalista (MARTINS, 1981, p. 170). Martins (1991, p ) enfatiza ainda que: A instauração do divórcio entre o trabalhador e as coisas de que necessita para trabalhar terra, as ferramentas, as máquinas, as matérias-primas é a primeira condição e o primeiro passo para que se instaure, por sua vez, o reino do capital e a expansão do capitalismo. Essa separação, esse divórcio, é o que tecnicamente se chama de expropriação o trabalhador perde o que lhe é próprio, perde a propriedade dos seus instrumentos de trabalho. Ao questionar os impactos da implantação de grandes projetos capitalistas 4043
6 sobre populações indígenas e camponesas, Martins (1993, p ) ressalta que: Não se trata de introduzir nada na vida de ninguém. Aqui se trata de projetos econômicos de envergadura, como hidrelétricas, rodovias, planos de colonização, de grande impacto social e ambiental, mas que não tem por destinatárias as populações locais. Seu pressuposto é o da remoção dessas populações (...). Não se trata de introduzir nada na vida dessas populações, mas de tirar-lhes o que tem de vital para sua sobrevivência, não só econômica: terra e territórios, meios e condições de existência material, social, cultural e política. É como se elas não existissem ou, existindo, não tivessem direito ao reconhecimento de sua humanidade. A construção de grandes projetos econômicos, como é o caso das hidrelétricas, caracterizam-se por omitir a valorização da natureza e da vida, subjugando os potenciais ecológicos, destruindo formas de organização social, desterritorializando identidades, enterrando saberes práticos e desarraigando a cultura de seus referentes locais. Bases econômicas são destruídas e valores socioculturais antes preservados são desmantelados para a implantação de um projeto que atenderá a estratégia de desenvolvimento da indústria e da reprodução ampliada do capital. As populações mais pobres do campo ou da cidade sempre são condição para o crescimento econômico voltado para a exportação, seja na apropriação de recursos naturais que estão sobre sua posse ou no destino de rejeito da produção industrial. Diversos estudos reconhecem que o processo de construção de barragens hidrelétricas é mediado pelo empobrecimento da população diretamente atingida, [...] muitas vezes representado pela perda da terra, do trabalho, da habitação, pela marginalização das famílias atingidas, pelo aumento da mortalidade, pelas dificuldades do acesso à alimentação e pela desarticulação dos atingidos (NOGUEIRA, 2007, p. 23). Essa compreensão também comparece em Martins (1989) ao falar dos camponeses que são obrigados a sair compulsoriamente de suas terras, [...] sua expulsão da terra, embora muitas vezes mascarada por decisão legal, aparece-lhe como ato iníquo, porque é sempre violento e compromete a sua sobrevivência. Porque priva-o do que é seu o seu trabalho, meio e instrumento de sua dignidade e de sua condição de pessoa. (MARTINS, 1989, p. 91). A expropriação da terra retira o principal fundamento sobre o qual são construídos o sistema produtivo dos camponeses, suas atividades comerciais e seus meios de vida. Esta é a principal forma de descapitalização e empobrecimento dos sujeitos desterritorializados. Esse processo fica ainda mais difícil ao considerarmos a falta de 4044
7 indenizações ou mesmo os valores irrisórios pagos pela desapropriação. Além de serem desterritorializados, as ações compensatórias indenizações pagas pela terra e benfeitorias aos atingidos não são suficientes para que possam se restabelecer, nas mesmas condições em outro lugar. Geralmente quando se reterritorializam, estas famílias permanecem com menor viabilidade econômica, pois o que foi pago na expropriação não é suficiente para adquirir terra com a mesma qualidade e quantidade como a que tinham no vale do rio. Segundo Scherer-Warren et al (1990), a construção de hidrelétricas e a consequente formação do reservatório exigem um redimensionamento territorial envolvendo populações humanas e que um dos impasses sociais mais observados é o da migração forçada, pois: [...] migrar não significa apenas mudar de um espaço físico para o outro, mas significa a troca de um espaço com sentidos múltiplos: um sentido mais objetivo que permite uma valorização e uma quantificação monetária em relação à terra e suas benfeitorias e, uma valorização baseada em representações simbólicas que atribuem um valor estimativo a um espaço que foi, também, apropriado e constituído socialmente (SCHERER-WARREN et al 1990, p. 30). Os diferentes tempos da territorialização da hidrelétrica anúncio da construção, construção e expropriação e enchimento do lago trás diferentes impasses sociais, culturais e psicológicos para os sujeitos atingidos pela barragem hidrelétrica. Contudo, é consenso que todos eles perdem o investimento feito por uma ou várias gerações na propriedade familiar, a tranquilidade do espaço vivido e construído socialmente, o sentido de lugar, seus valores e a identidade individual e/ou coletiva. São perdas sociais e simbólicas como os laços de vizinhança, de compadrio e de infraestruturas construídas socialmente: centro comunitário onde aconteciam festas e rezas, escola, cemitério, etc. Vieira (1996), analisando todas essas perdas, considera que: As pessoas que são deslocadas por barragens têm que começar a vida de novo. Elas têm que construir novas casas, galpões e comércios. Têm que matricular-se em novas escolas, em novos clubes, entrar para uma nova paróquia ou templo, fazer novos amigos e vizinhos. Em resumo, elas têm que fazer de novo tudo o que foi construído ao longo de sua vida, e mesmo da vida de seus antepassados. (VIEIRA, 1996, p.4). 4045
8 Contudo, mesmo neste cenário de perdas, as chamadas medidas mitigadoras ou compensatórias das ações sociais do empreendimento vêem os atingidos como mero obstáculo a ser retirado e são realizadas após o surgimento dos problemas, buscando sempre neutralizar os efeitos. Ao serem tratados como obstáculos à instalação da hidrelétrica, os atingidos passam a ser objeto alvo de uma ação do sujeito (o empreendimento), onde a [...] população, suas formas de existência social e as formas vigentes de sua relação com seu meio ambiente vêem-se reduzidas a meio ambiente da obra (VAINER, 2003, p. 190). Essa concepção explicita o fato dos empreendimentos hidrelétricos serem definidos e avaliados a partir de critérios técnicos que perpassa por uma representação ideológica da situação concreta de um atingido (população) ambiente e constitui uma forma de garantir a viabilidade da obra. Dessa forma que a questão social é sempre colocada em segundo plano na implantação de empreendimentos hidrelétricos e as soluções (ações mitigadoras) colocadas não atendem aos efeitos causados à população atingida. É notório que no planejamento do setor energético e na tomada de decisão para a construção de hidrelétricas desprezam-se as implicações sociais decorrentes da inundação de milhares de hectares de terras. Ignora-se que a expropriação de populações atingidas é condição desse tipo de empreendimento, da completa desestruturação de seu modo de vida e do desenraizamento cultural. E isso é o desenvolver promovido pelo capital. AS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO JUNTO À POPULAÇÃO ATINGIDA O CASO DA HIDRELÉTRICA SERRA DO FACÃO/GOIÁS/BRASIL A hidrelétrica Serra do facão foi construída no rio São Marcos, bacia do rio Paranaíba e inundou áreas pertencentes à seis municípios: Catalão, Davinópolis, Ipameri, Campo Alegre de Goiás e Cristalina, em Goiás e Paracatu, em Minas Gerais. E assim como as demais hidrelétricas e seus lagos, tem sido o epicentro de importantes e variados problemas políticos e sociais que atinge regiões e locais onde tem ou estão previstos obras dessa natureza. Diversos estudos como o da Comissão Mundial de Barragens (CMB) mostram que é necessário repensar a ideia de desenvolvimento às custas de barramento de rios e recomendam muita prudência nas áreas que recebem esses empreendimentos, além de demonstrar a partir de experiências concretas que as atuais barragens em operação não condizem com os objetivos anunciados pelas empresas barrageiras, que os benefícios 4046
9 sempre são menores do que os propagandeados e que os custos de construção sempre ultrapassam os orçamentos previstos. Mesmo que justificada como exigências do desenvolvimento nacional e prometendo mudar a vida da região os projetos hidrelétricos aparecem à população local/regional como algo que lhes é estranho, que não os beneficia nem como recurso nem como consumidor, pois muitas terras serão inundadas e muita gente terá que abandonar seu local de origem. Com o anuncio da construção de hidrelétricas, centenas de pessoas descobrem que suas terras onde produziam alimentos, criavam animais e se reproduziam socialmente vai se transformar em reservatório para a produção de energia elétrica que elas mesmas não consumirão. Ou que o rio onde recebiam os parentes da cidade para fazer pescaria irá se tornar um espelho d água. Descobrem, enfim, que a barragem significa a destruição de seu modo de ser e de viver (VAINER, 1990). Essas descobertas logo criam nas populações atingidas uma preocupação com o seu destino e uma busca inerente por informações que as ajudem a compreender o que está acontecendo. Sabendo desses anseios, as empresas construtoras e suas subsidiarias procurando apenas concretizar seu projeto e manter a relação custo - beneficio de seu projeto, logo modula seu comportamento para convencer as pessoas e estabelecer um clima de conformismo no local da construção da obra. Neste sentido, Vainer (1990) observa em seus estudos que as subsidiárias do setor elétrico atuante no local têm um comportamento estruturado no que diz respeito às estratégias de implantação de empreendimentos hidrelétricos e no processo de negociação com as populações atingidas, sendo a desinformação, [a] estratégia territorial patrimonialista e [a] negociação individual as táticas prioritárias (VAINER, 1990, p. 20). A desinformação é reconhecida pelo autor como meio utilizado para a instalação da empresa na região, por isso constitui uma das principais armas do setor elétrico (VAINER, 1990, p. 20). Ainda, segundo Vainer (1990), nos momentos iniciais há uma sonegação de informação que se segue da divulgação de informações desencontradas e de uma forte propagação dos benefícios em contraposição aos impasses negativos da obra, que são literalmente escamoteados. Para se ter a dimensão e eficácia da desinformação junto à população atingida é só pensarmos na dificuldade que o individuo terá em materializar a partir da abstração uma realidade que nunca viveu muito menos as consequências que esse empreendimento trará a ele, sua família e sua comunidade. Esse 4047
10 processo fica claro no depoimento de uma camponesa atingida de barragem hidrelétrica Serra do Facão: Tinha hora que eu acho que era até um sonho essa barrage, mais eu não acreditva que essa água ia vim até aqui. Por que a gente tá longe demais do lugá onde ez fez ela. Se bem que tem uns 30 ano que já saia conversa dez fazê essa barrage, mas, ninguém acreditava, todo mundo achava que era história e essa peste chegô. Ez dizia que ia fazê o muro lá longe e nóis pensava que isso era frescura, que a água não vai vim aqui não. Nóis pensava isso porque era muita conversa desencontrada que tinha (Atingida pela Hidrelétrica Serra do Facão, Sra. Eva, 77 anos. Comunidade Rancharia Município de Campo Alegre de Goiás/Brasil 06/06/2012). Prioritariamente o que ocorre junto à população local é que: Não se tem nenhuma referência anterior do que seja efetivamente uma barragem, nem do tipo de conseqüência que elas provocam nas regiões onde se implantam. Esse caráter de novidade é quase sempre reforçado pela quase completa ausência de informações, que parece ser mais uma estratégia do setor elétrico [...] (RIBEIRO, 1993, p. 104). Esse processo se expressa na dúvida e na insegurança dos atingidos, pois não se sabe, por exemplo, se a sua terra será mesmo inundada, qual o preço que será pago como indenização ou mesmo quando o reservatório será formado e podem ser visualizados a partir da imobilidade dos atingidos. O tempo em que a população fica a espera de informações corretas à empresa se instala e conquista algumas posições no terreno antes que a população se dê conta do que vai ocorrer por exemplo, a empresa compra terras de vital importância para a instalação do projeto, como pode ser a área ocupada pelo canteiro de obras (VAINER, 1990, p. 20). Podendo a partir de então, trabalhar com fato consumado por já possuírem algumas terras na região. Germane (2003) também esclarece a partir do depoimento de um atingido pela barragem de Itaipu que a desinformação cria imobilidade e distorção frente aos impasses do empreendimento: A gente pensava que seria uma grande coisa e não tínhamos ideia que tivéssemos que sair. Iam fazer aquela barragem, talvez 3, 4 ou mais nos rio Paraná. E, como o leito do rio é lá no fundo, a gente, assim, não tinha nem ideia que nós teríamos que sair. (GERMANE, 2003, p. 69). Logo após, com a intensificação da propagação dos benefícios da obras à 4048
11 empresa desperta a curiosidade da população local e adapta aos atingidos pela barragem, o discurso de progresso e de desenvolvimento. Apresentam o projeto às famílias camponesas como oportunidade de trabalho com menos penosidade, melhorias das condições de vida devido às indenizações e, muitas vezes, até como possibilidade de mudança de classe social, podendo o camponês com as indenizações se tornar um grande proprietário de terras. Essa filosofia de ação através do discurso sedutor de melhores condições de vida faz com que a população atingida pela barragem se sinta interessada e não questione coletivamente, num primeiro momento, a instalação do empreendimento (VAINER, 1990). Segundo Vainer (1990) ainda no momento inicial, logo após aguçar a curiosidade dos atingidos, a empresa fornece informações desencontradas e contraditórias, como o preço pago pelas terras, a verdadeira extensão de terras a serem inundadas, etc. aumentando as incertezas entre os atingidos e deixando-os ainda mais sensíveis e temerosos; sentimentos esses que facilitam a atuação da empresa. Também em meio à falta de informações a empresa divulga números exagerados sobre supostas negociações individuais já realizadas com altos valores pagos na indenização como forma de persuadir a população atingida a aderir a negociação individual e desacreditar as preocupações levantadas sobre os impasses que a obra poderá trazer para a região. Através de ações individualizadas de compra e venda a empresa estrutura sua segunda filosofia de ação reduzindo o problema social à dimensão territorial patrimonialista, discutindo apenas o valor das indenizações com aquele que detém o direito a propriedade. Ez viero falano bunito, mais depois dexô a gente na pió. Só pagaro quem tinha o papel da terra. Ez não pagaro nenhuma indenização pra nóis não: es pagaro apenas as terra e isso não dá pra nóis vivê nem mesmo do jeito que vivia aqui. E fizero isso só pra quem tinha papel da terra. Quem não tinha papel fico sem nada. (Atingida pela hidrelétrica Serra do Facão, Sra Leonice, 67 anos. Comunidade Rancharia, município de Campo Alegre de Goiás GO, 06/06/2012). Neste sentido, segundo Vainer (1990) ao não reconhecer os direitos sociais ou territoriais dos não-proprietários a empresa construtora da barragem diminui os custos econômicos financeiros da obra e utilizam-se desse mecanismo para assegurar a apropriação do território e dos recursos naturais sem resistência social. Mas, muitas vezes, esta estratégia é parcialmente desativada para maior controle social. E, em caso de resistência contra a construção da obra a empresa, para desmobilizar a população atingida 4049
12 que começa a apresentar questionamento, reconhece alguns não-proprietários que precisam ser cooptação ou divulgam em meio aos atingidos proprietários que suas indenizações serão menores por terem que pagar aqueles que não detêm o titulo de propriedade, apresentando as diferentes condições do campesinato como divisão de classe e dispersando o verdadeiro foco das mudanças sociais: a construção da barragem. Colocada estas condições, muitos moradores dos vales inundados são obrigados ao deslocamento sem receberem nenhuma indenização ou tampouco, receberem apoio para a sua reinstalação em outro lugar. E, mesmo os moradores reconhecidos pela dimensão patrimonial-juridico não conseguem se restabelecer nas mesmas condições daquelas que tiveram que abandonar, seja porque o aquecimento do mercado imobiliário regional penaliza enormemente os que venderam para comprar (VAINER, 1990, p. 21), seja porque já não existe força física e tempo de vida necessário para reconstruir tudo novamente. A terceira filosofia, no entendimento de Vainer (2008) que estrutura o comportamento das empresas do setor elétrico é a negociação individual. Através das negociações individuais, procurando proprietário por proprietário a empresa busca impedir ou dificultar a discussão e a organização coletiva, limitando os problemas sociais aos limites da área atingida e quebrando a legitimidade de possíveis movimentos sociais. Nela, as populações não existem enquanto coletivo, enquanto comunidade, mas apenas como um somatório de proprietários individuais (REZENDE, 2008, p. 21). Mais, essa empresa chegô aqui e entrô pro meio do povo. E z fizero amizade e ficava nas comunidade dia inteiro e quase todo dia. Quando e z achô que não tava bão, contrataram alguns jovens filho dos atingido pra trabaiá pra e z, visitando as otras família atingida. O povo achô que tudo estava certo, pois os representante da empresa era os menino que todo mundo aqui viu crescer. E z passava de casa em casa incentivando o povo a negociá individual que seria melhor e o povo que tinha pôca consciência seguiu e z. (Atingido pela hidrelétrica Serra do Facão, Sr. Amarildo Almeida, 37 anos. Comunidade Anta Gorda, município de Catalão-GO. 30/05/2012). Além das estratégias desenvolvidas junto à população atingida pelo represamento da barragem as empresas também tecem estratégias de inserção regional e buscam a articulação no interior do próprio aparelho de estado, bem como com as instâncias municipais e estaduais de poder (VAINER, 1993, p. 193). Para ele ao chegarem à região as empresas procuram as forças locais como os políticos, os comerciantes, as 4050
13 universidades, etc. que possam defender seus projetos e dar legitimidade aos seus interesses e fazem isso de diferentes formas: doando infraestruturas, financiando projetos, patrocinando eventos, comprando espaço nos meios de comunicação em horário nobres, ou seja, utiliza-se de todas as táticas da comunicação social que os ajudem a construir a barragem sem nenhum questionamento ou resistência. Também nos momentos iniciais das obras, elas buscam ganhar a opinião pública para legitimar suas ações que contrariem os supostos valores da sociedade, como por exemplo, a expulsão de centenas de famílias camponesas e a destruição do meio ambiente. Assumem em seus discursos promessas que beneficiarão toda a sociedade e investem recursos em setores simpáticos à população como saúde, educação e segurança. Abaixo podemos ver na (foto 01), o Centro de Diagnóstico do Hospital Materno Infantil que o consórcio de empresa Serra Facão, grupo responsável pela construção da hidrelétrica Serra do Facão, doou ao município de Catalão/Goiás/Brasil. Foto 1: Centro de Diagnósticos Hospital Materno Infantil Catalão/GO Autora: NASCIMENTO, A. C. 16/06/2011. Ações como essas são direcionadas a criar uma nova imagem da empresa na região, podendo ela ficar conhecida com a empresa responsável pela melhoria da saúde da população e não mais como a empresa que expulsa camponeses e destrói o meio ambiente. São ações que buscam justificar a destruição necessária alguns tem que paga pela 4051
14 melhoria de muitos e essa barrage foi muito boa para os pobres de Catalão5. Essa tática de ganhar a opinião pública também engessa as populações atingidas, pois elas se sentem ameaçadas, pressionadas e contra toda a sociedade ao não aceitar a construção do empreendimento hidrelétrico. Assumem um sentimento de culpa caso questione ou coloque em risco as obras. O DESENVOLVIMENTO CHEGOU: LIMPEZA DA ÁREA VELÓRIO, OCULTAÇÃO DE CADÁVERES E CRIAÇÃO DE MORTOS-VIVOS NO VALE DO RIO SÃO MARCOS GOIÁS/BRASIL A expropriação/expulsão das famílias camponesas de seus lugares foi realizada em conforme as condições impostas pelo SEFAC durante a construção e fechamento do barramento do Rio São Marcos. Algumas famílias saiam logo, a maioria durante a limpeza da área e outras quando a água já estava inundando o vale. A diferença da hora de sair se justifica ora pela descrença no tamanho do lago e na necessidade de abandonar definitivamente as terras, ora pela ausência de condições reais para a mudança para outro local, ora por não querer deixar para trás o patrimônio formado durante décadas pela família. Assim mais do que mudar para outro lugar, perder a propriedade ou sair da comunidade em que sempre se viveu, o ressentimento de muitos atingidos é pela perda da terra. A saída dos lugares é a materialização da perda e explicita o vínculo mantido com a terra e com o patrimônio construído pela família, no vivido pelos camponeses. Não se trata de um ressentimento pela perda do direito jurídico da propriedade, nem pela perda econômica, mas da perda de um modo de ser e viver. Muitos nem mesmo sabem o que é ser diferente, apenas imagimam e/ou começaram a saber pela barragem. É a perda de terras férteis de fundo de vale, as únicas que haviam escapado porque as chapadas da região foram tomada pela voracidade do agronegocio da soja do Sudeste Goiano. A (foto 02) a seguir mostra um camponês sobre a terra que um dia foi sua relatando que aqui, onde a empresa fez esses buração já plantei muita roça de arroz e fiz muita festa com a vizinhança6. 5 Sra. Maria do Carmo. Entrevista realizada na fila do Hospital Materno Infantil em Catalão-GO. 16/06/ Camponês atingido pela Hidrelétrica Serra do Facão, Sr. Guilomar, 52 anos. Comunidade Riacho do Campo Município de Davinópolis. 13/06/
15 Foto 2: Atingido pela barragem Serra do Facão, Catalão/GO olhando sua antiga terra onde estava sendo construído o canteiro da obra. Autora: NASCIMENTO, A. C. 13/06/2009. Ao se fixarem em determinada fração do território ou já nascerem e permanecerem ali, estabelecendo relações específico com ela e nela, os camponeses sempre almejam a permanência duradoura e não a mudança repentina, muito menos, a compulsória. Por isso apesar do deslocamento compulsório ter sido anunciado pelo decreto expropriatório emitido pelo governo federal, é possível assegurar, a partir das entrevistas realizadas no trabalho de campo, que, até à chegada dos funcionários da empresa para a limpeza do vale, poucas famílias haviam deixado suas terras. Outras só saíram quando a barragem foi fechada e as águas começaram a subir. Mas, por que algumas famílias saíram logo? Um atingido explica essa decisão: Eu morava há muito tempo lá e era bom; mais, quando ouvi falá dessa barrage, não quis esperá nada, só pensei em saí. Porque já ouvi falá tanta coisa ruim de barrage. Tenho um irmão que morava no Pará e ez feiz uma barrage dessa lá e ele contava que a empresa punha a polícia pra tirá o povo e que muita gente morreu afogado. [...]eu sempre vivi do meu trabalho, então vim embora logo e não esperei barrage nada. Isso é só sofrimento..(camponês Meeiro atingido pela hidrelétrica Serra do Facão, Sr. Marinho, 53 anos. Catalão - GO. 11/06/2009). Uma reação como essa pode se dar por desesperança, consciência de uma luta desigual ou medo de sofrer violência ou mesmo de perder a vida. Pela natureza da pesquisa, não foi possível estabelecer com precisão quantitativa o momento da saída de cada família camponesa. Quem ficou na área durante a limpeza do vale e a chegada das águas relata esse momento com muito sofrimento. Foi quando tiveram que criar as condições para saír de suas terras, porque não havia outras opções. 4053
16 Nóis ficamo aqui esperano, resistino, pra vê se essa barrage ia embora; mais agora a água já tá chegano e nóis num sabe nem memo pra onde í. Ficamo esperano porque não sabia o que fazê, mais não adiantô nada, porque até agora ainda não sabemo. [...] a gente passô a vivê a vida d êz e, não, a nossa e por isso não sabemo o que fazê, só sabemo que ez vai fazê energia à nossa custa e à custa do rio. (Informante Proprietária, Sra. Eva, 77 anos. Comunidade Rancharia, Município de Campo Alegre de Goiás. 06/06/2009). O deslocamento compulsório, ou expulsão, foi justificada pelos principais canais de comunicação do Brasil com a falta de energia elétrica. Era portanto, necessário o sacrifício da população atingida e a limpeza do vale para fornecer energia para as pessoas mas, sabe-se que principalmente as indústrias dos grandes centros é que terão energia para alavancar o desenvolvimento, obter e acumular lucro. Veja-se o depoimento de um dos atingidos a esse respeito: Quando ficamo sabeno da dimensão dessa barrage, o povo já disse que, se não ficesse ela, o Brasil ia ficá no escuro, porque tava, faltano energia e logo depois dissero que ia tirá tudo o que era nosso pra dá lugá pra água. (Informante Meeiro, Sr. Geronimo, 49 anos. Comunidade Olhos d água, Município de Catalão-GO. 30/05/2009). O discurso empreendido pela empresa SEFAC é largamente aceito e divulgado pelos meios de comunicação, do caráter de utilidade pública, do sacrifício que os camponeses estavam fazendo para contribuir com a geração de um recurso tão fundamental para a vida moderna e para o bem estar das pessoas, sustentou também ações judiciais contra aquelas que ousaram questionar a implantação da barragem. No trecho da ação judicial de interdito proibitório podemos constatar: [...] com fundamento no art. 932 do CPC concedo a liminar pleiteada, consequentemente determino, se necessário com emprego de força policial, aos réus que não obstenhem [não causem embaraço e impedimento] da posse da autora, a empreendedora SEFAC das áreas do empreendimento. Compreendendo que tais áreas, cumpre esclarecer, foram declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação, por ato da Agencia Nacional de Energia Elétrica ANEEL, mais precisamente a resolução autorizativa número 547, publicada no Diário Oficial da União, n. 196, seção 1, páginas 46 e 47, de 8 do 10 de Mandado de cumprimento da liminar emitida pela Comarca de Catalão contra lideranças locais. 4054
17 Obras desse tipo são sempre declaradas de utilidade pública, sendo necessárias e urgentes somente para lhes serem concedidos privilégios legais que lhes proporcionam carta branca para agir com total desrespeito com a população e com a natureza. O caráter de urgência da obra também é uma estratégia para que os camponeses se preocupem em sair da área e se percam no processo de contestação da obra ou mesmo das indenizações. No Vale do Rio São Marcos antes mesmo das famílias camponesas terem organizado a mudança para um outro local onde pudessem reconstruir suas vidas, estavam sendo pressionadas a deixarem suas terras. As águas do rio São Marcos agora eram destinadas para a produção de energia e por isso, tudo o que não se destinasse a esse fim deveria ser retirado da área que iria conter as águas represadas. Todas as estruturas que caracterizavam o espaço-terra camponês deveriam ser destruídos para a formação do reservatório da hidrelétrica, aqui por nós compreendido como espaço-água, pertencente ao e de propriedade privada do capital. O discurso de limpeza da área apresentado pela empresa foi assimilado e repetido por todos e, assim, reafirmou-se a mensagem de que tudo o que existia na área destinada ao reservatório fauna, flora, animais e plantas, casas, pontes,... e gente - representava sujeira. Nesse contexto o discurso de limpeza da área apreendido significou no plano ideológico um novo destino dado à aquela fração do território, que não mais atendia a sobrevivência das famílias camponesas (agora tido como sujeira) mas constituía uma nova forma de apropriação, um novo uso do território: a produção de energia elétrica. 4055
18 Foto 3: Casa de um morador do Vale do Rio São Marcos antes da limpeza da área, município de Campo Alegre de Goiás/GO. Autora: NASCIMENTO, A. C. 02/04/2009. Foto 04 local onde foi sepultada a casa do morador da foto ao lado, município de Campo Alegre de Goiás/GO. Autora: NASCIMENTO, A. C. 06/06/2009. Os atingidos têm a limpeza como o momento mais dolorido, mais triste. Sempre, ao descreverem esse fato, comparam-no a um enterro, pois os funcionários da empresa faziam uma grande vala e enterravam os destroços de suas casas, currais, 4056
19 pomares,...8 Onte ez viero aqui derrubá a minha casa. A casa que minha mãe criô nóis e agora tá tudo ali, sepultado. É normal? É normal? Não, não é! Ez enterrô a minha vida e estão satisfeito por isso. Mas eu continuo aqui, como se estivesse velando a minha própria vida. (Camponês atingido pela barragem Serra do Facão, Sr. Jaci. 53 anos. Comunidade Faz. Velha - Município de Catalão. 30/05/2009). Ante a invasão, a impotência de não poder fazer nada para não ser expulsos, expropriado, é estar mortos, mas vivo. Nesta etapa, veem o significado da hidrelétrica materializado. Patrimônio, propriedade e posse significam fazer parte, estar no mundo, na vida, é possibilidade futura, é devir. É o sentimento de pertencimento. (Sigaud, 1986), não de algo, da terra em si próprio, mas de si próprio à terra, à vida. Antes da chegada da barragem só circulavam no lugar pessoas conhecidas, pessoas do lugar, ainda que entre muitos não houvesse intimidade, eram gente daqui mesmo. Com a chegada da barragem vêm muitos trabalhadores de outras regiões do país. Esse é um motivo de estranhamento. Outro é que consideram absurdo ver uma pessoa estranha entrar em suas terras e ir destruindo tudo, sem cerimônia. Absurdo não apenas pelo fato de derrubarem tudo que havia na propriedade, mas pelo fato de se tratar de uma pessoa que eles nem conheciam e que, portanto não tinha o direito de estar ali. É uma violação material de valores imateriais: isso é uma ofensa, porque es nem espera a gente saí e manda esse povo estranho entrá nas terra 9. É o desrespeito a ritos e cerimônias, a coisas sagradas e ao sagrado respeito e ao sagrado dever de dar continuidade à vida, por isso muitos camponeses, principalmente os chefes da família, sentem-se desonrados por perderem suas terras. É como a partir de então não tivessem mais o que deixar para os filhos, as condições de reprodução da vida que receberam de seus antepassados para serem guardiões e passarem pros descendentes. Os efeitos da perda da terra e da comunidade, além de visíveis, são fisiológicos na população atingida, principalmente nos mais velhos. A pressão psicológica e a incerteza sobre a continuação da vida afetam a saúde dos atingidos, chegando em alguns casos até à morte. 8 Para quem conhece as imagens dos corpos esquálidos mortos pela violência dos campos de concentração nazistas sendo empilhados e jogados por máquinas em grandes valas depois da entrada dos aliados é a mesma coisa, só que aqui o agente é só o capitalismo: ele mesmo mata, enterra dignamente, limpa e empreende em cima, cria um novo espaço de onde retirar lucro. 9 Informante Proprietária, Sra Nilma, 40 anos. Comunidade Anta Gorda, Município de Catalão - GO. 30/05/
20 Quando essa barrage começou a andá por aqui e viero dizê pro meu pai que a nossa casa ia fica 84 metros debaixo d água, o meu pai se desesperô. Todo dia, à tarde, ele saía ali no tererro e ficava chorano. Quando passô uns dia, ele não quis mais comê e vivia numa tristeza que só veno!. Nóis até levamo ele no médico lá em Catalão e o médico disse que era só pressão alta. Nóis voltô e continuô tudo do mesmo jeito, até que um dia ele deu um infarto lá no quintal e morreu. Morreu de desgosto dessa barrage. (Camponês atingido pela hidrelétrica Serra do Facão Sr. Jarbas, 29 anos. Comunidade Olhos d Água Município de Catalão. 10/06/2011). Esses fatos aumentam o pesar da população, principalmente parentes e vizinhos dessas pessoas que adoeceram e/ou faleceram. Sempre relembram-se os casos com muita tristeza. Todos os entrevistados dessa pesquisa falaram sobre este assunto. Também para os mais velhos a reconstrução da vida noutro lugar é mais difícil, pois eles têm uma expectativa reduzida de futuro. São vários os casos relatados sobre a imensa dificuldade que os idosos tinham para sair de suas propriedades, muitas vezes, precisaram da ajuda de parentes para deixar a terra. A ação da SEFAC de limpeza da área revela o objetivo da empresa de organizar o ambiente do reservatório. Os procedimentos adotados não visavam estabelecer o bem-estar e a segurança dos atingidos e da natureza, mesmo porque para os empreendedores: O meio ambiente de que se trata é o meio ambiente do projeto, do empreendimento. A população, suas formas de existência social e as formas vigentes de sua relação com o seu meio ambiente veem-se reduzidas a meio ambiente da obra. (VAINER, 1993, p. 190). O que permaneceu no entorno do lago não mais atende à condição de reprodução de famílias camponesas, mas à especulação turística do espaço-água implantado pelo capital barrageiro. Estabeleceu-se assim uma nova ordem territorial, uma outra territorialidade que não tem lugar para os camponeses nem para a natureza. E esse é o desenvolvimento do capital!? REFERÊNCIAS BERMANN, C. Indústrias eletrointensivas e autoprodução: propostas para uma política energética de resgate do interesse público. Disponível em http: Especiais.asp?id= Acesso em: 09/02/2009. JÚNIOR GONÇALVES, D. Reestruturação do setor elétrico brasileiro: estratégia de retomada da taxa de acumulação de capital? (Dissertação). Programa interunidades de 4058
21 Pós-Graduação em Energia. USP. SP, MARTINS, J. de S. Caminhando no chão da noite: emancipação política e libertação nos movimentos sociais do campo. São Paulo: HUCITEC, MARTINS, J. S. Expropriação e violência a política no campo. 3 ed. São Paulo: HUCITEC, MARTINS, J. de S. A chegada do estranho. São Paulo: HUCITEC, NOGUEIRA, N. de D. A Usina Hidrelétrica Cachoeira do Emboque MG: o significado da barragem para os atingidos. (Dissertação) Universidade Federal de Viçosa, MG, REZENDE, L. P. Dano moral e licenciamento ambiental de barragens hidrelétricas. Curitiba: Juruá, SANTOS, M. A Natureza do Espaço 4 ed. São Paulo: EDUSP, SCHERER WARREN, I.; REIS, M. J.; BLOEMER, N. M. Alto Uruguai: migração forçada e reatualização da identidade camponesa. Travessia Revista do Migrante, ano 2, n.6, p , jan-abril, SIGAUD, L. Efeitos sociais de grandes projetos hidrelétricos. Comunicação n. 9, museu nacional, SIGAUD, L. Implicações políticas e sociais de grandes projetos hidrelétricos sobre as populações indígenas e camponesas. Instituto de estudos avançados. Coleção documentos, serie ciências ambientais USP, n.16, mar, VAINER, C. O conceito de atingido: uma revisão de debates e diretrizes. Rio de Janeiro: no prelo, VIEIRA, F. B.; VAINER, C.; VIANA, R. Impactos Sociais e Ambientais de Barragens. Manual do Atingido Movimento dos Atingidos por Barragem,
22 CONDIÇÃO PARA DESENVOLVER O PAPEL DOS EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO CAPITALISTA EIXO 2 Dinâmicas e conflitos territoriais no campo e desenvolvimento rural RESUMO Este artigo tem o objetivo de apresentar as nuances da (re)produção do território no modo capitalista de produção, destacando o papel dos Empreendimentos Hidrelétricos e os efeitos causados por eles, principalmente no que se refere as populações camponesas. Para tanto, serão utilizados elementos coletados em trabalhos de campo realizados em áreas atingidas por hidrelétricas no estado de Goiás/Brasil e uma revisão bibliográfica sobre o tema. Com a expansão do modo capitalista de produção permitido pelo mundo da mercadoria e a generalização do valor de troca, o espaço passa a ser condição/produto de acumulação. As alterações da dinâmica econômica provocaram e provocam transformações que requerem a produção de um território com condição de proporcionar maior acumulação e constante reprodução do capital. Contudo, seguindo a lógica desigual e contraditória do capital, o território também se constitui como território de reprodução da vida, apresentando desta forma, diferentes usos do território que muitas vezes se materializam em conflitos. A energia elétrica é uma mola mestra, desencadeia a produção-circulação constante em diferentes setores da produção capitalista. Assim, a produção de energia está condicionada pela estratégia maior de reprodução do capital, pelos interesses dos grandes grupos financeiros que atuam neste setor e das empresas de bens e serviços. Além disso, a energia elétrica gerada por hidrelétricas tem um custo menor de produção e não só por que a matéria-prima utilizada, a água, não tem custo, mas também porque há uma série de particularidades naturais do lugar (altura e vazão dos rios) que não podem ser reproduzidas nas mesmas características em outros lugares. Essas particularidades naturais, longe de representar um determinismo para a construção de hidrelétricas é o que Júnior Gonçalves (2002), ao fazer uma analogia ao conceito de renda diferencial I de Marx, chamou de renda diferencial por fonte energética I, ou seja, renda que é atributo natural de cada hidrelétrica. Enfim, as hidrelétricas são amostras do processo de produção do modo capitalista e por nós entendida como mecanismo de expulsão de camponeses de suas terras, de expropriação de seus meios de produção, de (re)criação de mão de obra assalariada, de privatização de recursos naturais inseridos na lógica capitalista, de anulação de formas alternativas de produção e consumo, de substituição da agropecuária camponesa pelo hidronegócio, de destruição de relações culturais e sociais pré-existentes, ou seja, é a acumulação primitiva revestida de métodos aprimorados que propiciam ainda mais a acumulação. Compreender e questionar esse processo são desafios para as ciências sociais e, em particular, para a Geografia. Palavras-chave: empreendimentos hidrelétricos; território; populações camponesas. 4060
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