OS PROCEDIMENTOS NA UTILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES BACK TO BACK EM UMA EMPRESA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DO SUL DE SANTA CATARINA

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1 OS PROCEDIMENTOS NA UTILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES BACK TO BACK EM UMA EMPRESA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DO SUL DE SANTA CATARINA Julio Cesar Zilli, Especialista Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Martha Lorena Rico Gallardo, Graduanda Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Rosane Alessio Dal Toé, Doutoranda Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Gertrudes Aparecida Dandollini, Doutora Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) João Artur de Souza, Doutor Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) RESUMO A operação Back to Back é caracterizada pela compra de mercadorias do exterior por uma empresa estabelecida no Brasil que revende o produto a um terceiro, sendo que tanto a compra como a entrega, ocorrem no exterior, sem trânsito da mercadoria pelo território brasileiro. Esta operação ocorre sob controle de uma empresa brasileira, que após efetuar a transação do recebimento da venda, efetua o pagamento das compras ao fabricante. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi identificar os procedimentos na utilização de operações Back to Back em uma empresa de revestimentos cerâmicos do sul de Santa Catarina. O estudo foi definido como uma pesquisa bibliográfica, documental e uma pesquisa de campo junto a uma empresa de revestimentos cerâmicos do sul de Santa Catarina a qual trabalha com operações Back to Back. Desta forma, verificou-se que nesta operação triangular não é necessário nenhum processo de liberação aduaneira da mercadoria, uma vez que não ocorre o ingresso da mesma no território nacional, ocorrendo somente a transação comercial da compra e venda e os respectivos pagamentos. Do ponto de vista da regulamentação cambial, não há a necessidade de autorização específica por parte do Banco Central para a realização de operações Back to Back. As vantagens observadas nesse tipo de operação são: ganho financeiro com a operação, tendo em vista que o valor da venda deve ser maior que o valor da compra e redução dos custos logísticos de um processo normal de exportação e importação.

2 Palavras-chave: Mercado Internacional. Exportação. Importação. Back to Back. 1 INTRODUÇÃO Com o crescimento do mercado internacional, as empresas que operam no mercado globalizado acabam sendo forçadas a inovar, e para isso, é necessário o domínio de tecnologia avançada, possibilitando o aumento na qualidade oferecida a seus clientes, para assim conseguirem estar à frente de seus concorrentes. Surge então, um desafio às empresas, que é disponibilizar seus produtos através de um processo eficaz de movimentação de mercadorias, ao menor custo possível, no momento e no local adequado, de forma que seus clientes possam consumi-los e que satisfaçam às suas expectativas. Uma alternativa encontrada são as operações Back to Back, onde uma empresa brasileira promove uma triangulação, comprando de um país e revendendo para outro, sem que o produto circule fisicamente pelo território nacional (MINISTÉRIO DA FAZENDA - SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 398 DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010). A operação Back to Back é caracterizada como uma importação conjugada com uma exportação, sendo que a mercadoria importada não ingressa no território aduaneiro brasileiro. A mercadoria é vendida de um país A para o Brasil e este o revende para um país C, sem existir nenhum processo de exportação e importação, com relação ao despacho aduaneiro e a nacionalização da mercadoria em território brasileiro (AINGLOBAL, 2011). Com isso, este estudo tem como enfoque apresentar os procedimentos na utilização de operações Back to Back em uma empresa de revestimentos cerâmicos do sul de Santa Catarina, tendo em vista que este tema e relativamente novo e que não possui artigos científicos apresentando passo a passo a operação de triangulação. 2 O MERCADO INTERNACIONAL E O BRASIL A globalização pode ser caracterizada com um processo em que nações de diferentes culturas e situações econômicas distintas, efetuam a troca de produtos dentro de um regime capitalista. Neste sentido, a internacionalização das organizações oportuniza o crescimento do país, tornando-o

3 competitivo no mercado global, efetuando a troca de mão de obra, capital e o acesso a riquezas de novos países, concretizando assim o processo da globalização (GERVASONI, 2009). O processo de entrada no mercado internacional é fundamentado em três fontes principais, sendo a primeira as características individuais; na qual o indivíduo percebe as oportunidades de um determinado nicho de mercado, possuindo condições de satisfazer as necessidades deste público, através de uma orientação internacional e na competência do gerenciamento das atividades de fornecimento. (GOMES et al, 2009) Na segunda característica, a organizacional, percebe-se os objetivos da organização, a disponibilidade de recursos para investimento internacional, a diferenciação dos produtos e a visão estratégica de estar presente em mercados globais (GOMES et al, 2009). Na terceira característica, ou seja, o meio ambiente, estuda-se a disponibilidade de recursos naturais, a localização do país de destino, as condições econômicas do momento e perspectivas para o futuro, a infra estrutura disponível e finalmente as políticas governamentais para fomentar o processo de internacionalização das mais variadas organizações, facilitando assim, a diversificação de produtos a serem comercializados (GOMES et al, 2009). Por meio das exportações, os países realizam trocas de produtos ou serviços que, sozinhos, não conseguiriam suprir sua demanda interna. Exportar é uma alternativa estratégica de desenvolvimento empresarial, à medida que estimula a eficiência, estabelecendo uma relação intrínseca entre quem produz e quem consome, que resulta em constante aprimoramento por parte do produtor para conquistar e preservar o consumidor (LOPEZ; GAMA, 2004). Em todo o processo de exportação e importação, no quesito responsabilidade pela entrega das mercadorias e na divisão dos riscos de embarque, existem procedimentos para ambas as partes envolvidas e que são determinados nos Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS Internacional Commercial Terms) que são condições padrões no comércio internacional (GLITZ, 2011). Esta padronização foi efetuada pela Câmara de Comércio Internacional de Paris (ICC), que emitiu a primeira publicação em 1936 e a partir de cada década (1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 2000 e 2010) vem sendo atualizada de acordo com as necessidades do comércio internacional, uma vez que surgem novas metodologias de vendas e que devem possuir uma linguagem uniforme entre o exportador e o importador (GLITZ, 2011). Um das condições de venda é o Incoterm FOB (Free on Board), em que o exportador deve entregar a mercadoria liberada e embarcada no navio. A partir deste ponto, todos os custos e riscos são de responsabilidade do importador. Com isso, os Incoterms também são conhecidos como cláusulas de preço (GLITZ, 2011). Além da modalidade FOB, existem outras 11 modalidades como: EXWORKS, FCA, FAS, CPT, CFR, CIP, CIF, DAT, DAP e DDP. Estas modalidades são distintas umas das outras com

4 relação ao local da entrega das mercadorias, a transferência do risco do vendedor para o comprador e aos modais em que podem ser aplicados (KEEDI, 2010). Com o desenvolvimento da sua política externa, o Brasil vem buscando mais espaço nos mercados mundiais, e a partir da Figura 1 percebe-se a evolução da balança comercial brasileira, em relação as exportações e o total da representatividade em US$/FOB: Figura 1: Evolução das Exportações. Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2010, p.07). De acordo com a Figura 1, onde apresenta-se a evolução das exportações brasileiras, observa-se que no período de 2001 a 2008 ocorreu um crescimento contínuo, porém com a crise mundial em as exportações em 2009 apresentaram um declínio representativo. Entretanto, em 2010 o Brasil volta a bater recordes de exportação com o valor de US$ 201,9 bilhões e as importações no valor de US$ 181,6 bilhões (Figura 2) em relação a Logo as exportações e importações apresentaram crescimento de 32,0% e de 42,2% respectivamente, comprovando um reaquecimento da economia (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2010). Na comparação com 2009, as vendas de produtos básicos cresceram 45,3% e os semimanufaturados e os manufaturados se ampliaram em, respectivamente, 37,6% e 18,1%. O grupo de produtos industrializados respondeu por mais da metade (55,7%) do total exportado pelo Brasil no ano de 2010 (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2010, p.01). Com relação às importações brasileiras, pode-se analisar a Figura 2, onde tem-se a evolução das compras efetuadas pelo Brasil em US$/FOB:

5 Figura 2: Evolução das Importações. Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2010, p.08). Na Figura 2, do mesmo modo que o desempenho das exportações, as importações apresentaram um crescimento no período de 2001 a 2008, especialmente para o ano de 2008 onde importou US$ 172,9 bilhões. No ano de 2009, ocorre um declínio, totalizando compras de 127,7 bilhões. Analisando o ano de 2010, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2010, p.01), afirma que, Do lado da importação, as compras de matérias-primas e intermediários representam 46,2% da pauta total, e as de bens de capital, 22,6% demonstrando que a pauta brasileira de importação é fortemente vinculada a bens direcionados à atividade produtiva. A evolução do saldo comercial, que é a diferença entre o total das exportações e o total das importações pode ser analisada na Figura 3 em valores US$/FOB:

6 Figura 3: Evolução do Saldo Comercial/ Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2010, p.08). A Figura 3 demonstra um saldo comercial positivo e crescente no período entre os anos de 2001 a 2006 e uma queda bastante acentuada nos anos de 2007 e O saldo comercial atingiu US$ 20,3 bilhões em 2010, concretizando uma retração de 19,8% sobre o ano de 2009, de US$ 25,3 bilhões, puxado por um aumento significativo das importações O principal parceiro comercial do Brasil em 2010, por mercado de destino foi a Ásia, com um aumento nas vendas de 39,9%, ocupando assim o primeiro lugar como comprador dos produtos brasileiros. Os mercados da América Latina e Caribe e União Européia, registraram também aumentos de 34,6% e 26,7% respectivamente (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2010). Os procedimentos metodológicos descritos a seguir, referem-se a revisão bibliográfica e a pesquisa de campo realizada para apresentar os procedimentos para a utilização de operações Back to Back, sendo uma ferramenta que pode ser utilizada pelas empresas, alavancando assim a sua relação comercial com um mercado cada vez mais globalizado. Prova disto, é essa operação, na qual uma empresa brasileira pode exportar um produto, sem ao menos produzi-lo e tampouco retirá-lo fisicamente do seu país através de um processo normal de exportação. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente estudo caracterizou-se como uma pesquisa bibliográfica, pois foram expostos conteúdos relacionados ao comércio exterior e peculiaridades existentes no processo que é o foco deste estudo. Para Mattar (2003) a pesquisa bibliográfica é referenciada como

7 um meio de investigação que abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Utilizou-se também a pesquisa documental com base em uma resolução emitida pelo Banco Central do Brasil, ou seja, o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais, os processos de Solução de Consulta do Ministério da Fazenda/Receita Federal do Brasil e também em documentos de embarque disponibilizados pela empresa em estudo. A técnica documental vale-se de documentos originais e é uma das técnicas decisivas para a pesquisa em ciências sociais e humanas (HELDER, 2006). A pesquisa de campo foi necessária, uma vez que foram entrevistados dois supervisores do departamento de exportação e câmbio de uma empresa de revestimentos cerâmicos no sul de Santa Catarina, com o qual disponibilizaram informações e documentos sobre as operações Back to Back com o mercado chinês. Para um melhor entendimento do processo, contatou-se também por o Banco Central do Brasil, com o qual foi disponibilizado o Regulamento do Mercado de Câmbio e Mercados Internacionais. De acordo com Markoni e Lakatos (2008), a pesquisa de campo é aplicada como instrumento para a coleta de informações ou dados sobre uma problemática com o intuito de encontrar uma solução. A presente pesquisa foi caracterizada como sendo qualitativa, haja vista ter como principal objetivo a interpretação do fenômeno que se observa, ou seja, os procedimentos para a utilização de operações Back to Back. Conforme Oliveira (1999) a análise qualitativa prioriza a obtenção de dados, em que o pesquisador interpreta, analisa e apresenta melhorias para o problema de pesquisa. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A seguir apresentam-se os procedimentos para a utilização de operações Back to Back em uma empresa de revestimentos cerâmicos do sul de Santa Catarina, iniciando pelo entendimento da operação e seus conceitos, o tratamento tributário, a operação de compra e venda, o processo cambial e a triangulação dos documentos de embarque para a liberação aduaneira da mercadoria no país do importador. 4.1 A OPERAÇÃO BACK TO BACK Para a caracterização de uma operação Back to Back a empresa brasileira compra um determinado produto no exterior e efetua a venda deste produto para um terceiro país, sendo que a

8 aquisição e a entrega ocorrem no exterior, sem que o produto circule fisicamente no território aduaneiro brasileiro. Desta forma, a mercadoria é encaminhada do país do fabricante para o país importador do produto, sendo a operação controlada pela empresa brasileira (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2011). A empresa estabelecida no Brasil somente poderá efetuar o pagamento da compra, após ter recebido o valor correspondente a venda, ou seja, caracterizando o ganho financeiro da operação (BANCO DO BRASIL, 2011). Desta forma, a operação Back to Back caracteriza-se por uma operação triangular, ou seja, envolverá apenas três empresas: A empresa fabricante no exterior: a empresa que fabrica a mercadoria e que a vende para a empresa brasileira; A empresa compradora brasileira: a empresa brasileira, que por sua vez efetua a venda da mercadoria para outra empresa no exterior que também é considerada como compradora final; A empresa importadora no exterior: considerada como a compradora final, ou seja, a que efetivamente receberá a mercadoria. As principais vantagens observadas com a operação Back to Back, conforme o Banco do Brasil (2011), são: 1) Ganho financeiro com a triangulação, tendo em vista que o valor da venda deve ser obrigatoriamente maior que o valor da compra, e 2) Não há necessidade de emissão do Registro de Exportação (RE), pois não há ingresso nem saída de mercadoria do Brasil. Para a caracterização de uma operação Back to Back deve haver o ganho financeiro por parte do exportador brasileiro, uma vez que este efetua inicialmente um acordo comercial de fornecimento de mercadoria junto ao importador. Para a realização de uma operação Back to Back no âmbito cambial não existe a necessidade de uma autorização formal do Banco Central. Porém, somente a operação de câmbio envolvendo os pagamentos e recebimentos devem ser efetuados com instituições autorizadas pelo Banco Central (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2011). Dentre as possibilidades de aplicação do Back to Back está o fato de que a empresa poderá exportar um produto, agregar um complemento ao mesmo e a partir daí executar o processo final da exportação para um terceiro país. Outra forma, é a venda para um cliente no mesmo país do fabricante (TRANSAEX, 2008). Com relação ao tratamento tributário, vale ressaltar a posição da Receita Federal do Brasil, que de acordo com a Solução de Consulta nr. 398 de 23 de novembro de 2010 do Ministério da

9 Fazenda Secretaria da Receita Federal do Brasil (2011, p.01), as operações Back to Back não caracterizam exportação nem importação de mercadoria, [...] por conseguinte, quanto à compra não há a incidência da contribuição para o PIS/Pasep, prevista para a importação, quanto à venda não cabe a exoneração da mesma contribuição, referente a exportação. A base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep é o faturamento que corresponde o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica. Sendo assim, a base de cálculo da citada contribuição em operação de back to back corresponde ao valor da fatura comercial emitida para o adquirente da mercadoria, domiciliado no exterior (. [...] por conseguinte, quanto à compra não há a incidência da Cofins, prevista para a importação, quanto à venda não cabe a exoneração da mesma contribuição, referente a exportação. A base de cálculo da Cofins é o faturamento que corresponde o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica. Sendo assim, a base de cálculo da citada contribuição em operação de back to back corresponde ao valor da fatura comercial emitida para o adquirente da mercadoria, domiciliado no exterior. De acordo com a consulta acima, a Receita Federal do Brasil tem se posicionado pela incidência das contribuições de PIS/Pasep e COFINS, alegando que não se aplica a isenção prevista à exportação de mercadorias, uma vez que não são consideradas mercadorias exportadas dentro de um processo de despacho de desembaraço aduaneiro normal. Com isso, para a Receita Federal do Brasil, existe um ganho financeiro na operação e, por isso, os tributos deveriam ser pagos. 4.2 A OPERAÇÃO DE COMPRA E VENDA A organização que disponibilizou dados sobre a sua operação Back to Back é uma das maiores empresas do ramo cerâmico brasileiro, estando localizada na região sul do estado de Santa Catarina. Com mais de funcionários, disponibiliza cerca de 10% da sua produção mensal para o mercado externo. Na empresa em estudo, o importador efetua a compra, pagando antecipadamente e sabendo que o produto estará sendo embarcado de um terceiro país e que trata-se de uma operação triangular. Para formalizar o processo de compra e venda, a empresa exportadora brasileira emite a fartura proforma, que é o contrato acordado entre ambas as partes. A empresa em estudo cita que muitas vezes o importador final prefere efetuar esta triangulação pelo respaldo da marca da empresa exportadora brasileira junto ao mercado internacional. Nesta operação, não ocorre a intermediação de um agente no país do fabricante do produto. Com o recebimento do pagamento efetuado pelo importador, o exportador brasileiro efetua o pagamento ao fabricante no exterior e posteriormente este embarca as mercadorias para o

10 importador final, ou seja, o consignatário da mercadoria. Desta forma, o pagamento antecipado é comum entre ambas as partes envolvidas, ou seja, o importador e o fabricante. O Incoterm utilizado é o FOB. De acordo com este Incoterm, o processo de despacho aduaneiro é de responsabilidade do fabricante da mercadoria, possuindo a obrigação de alocar a mercadoria a bordo do navio. O frete e seguro internacional são contratados diretamente pelo importador. Importante citar que a empresa exportadora brasileira não necessita efetuar nenhum processo de Despacho Aduaneiro de Exportação ou Importação, e também não ocorre a emissão Registro de Exportação (RE), Solicitação de Despacho (SD) e Declaração de Importação (DI) no Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX junto a Receita Federal do Brasil, 4.3 A OPERAÇÃO CAMBIAL De acordo com a empresa em estudo, a solicitação de autorização para operacionalizar o Back to Back refere-se à solicitação para autorização de contratação dos contratos de câmbio exportação (tipo 01) e de importação (tipo 02). A empresa deverá formalizar a solicitação junto à instituição financeira autorizada a operar em câmbio, informando: nome do fornecedor no exterior; nome da empresa exportadora brasileira como o canal bancário para o pagamento da operação ao fabricante; valores envolvidos no processo; nome e país do agente; valor da comissão do agente; cópia das faturas do exportador brasileiro e do fabricante; valores para a contratação dos contratos tipo 01 e 02; o valor da venda deverá ser superior ao valor da compra para que haja o ganho financeiro; Os contratos de câmbio deverão ser celebrados em uma mesma instituição financeira e para liquidação pronta. Segundo o Banco Central do Brasil (2011), os contratos de câmbio deverão ser celebrados nas seguintes naturezas: exportação tipo 01 código da natureza e o de importação tipo 02 código da natureza 15442, seguindo as orientações do RMCCI - Regulamento do Mercado de Capitais e Capitais Internacionais: Título 1 Mercado de Câmbio, Capítulo 8 Codificação de Operações de Câmbio, Seção 2 Natureza de Operação, na subseção 2 de Exportação

11 e na subseção 3 de Importação. Por meio desses códigos de natureza os contratos de câmbio são identificados como operações Back to Back. 4.4 A TRIANGULAÇÃO DE DOCUMENTOS DE EMBARQUE Com relação a triangulação de documentos de embarque, examinando os documentos fornecidos pela empresa em estudo, a fabricante do produto no exterior, encaminha para a empresa exportadora brasileira somente a fatura comercial referente a compra. De posse desta fatura comercial, a empresa exportadora brasileira, emite uma nova fatura comercial com o valor da venda negociada com o importador final do produto. Vale ressaltar que os valores entre as faturas são diferentes, caracterizando assim a operação Back to Back, onde ocorre o ganho financeiro para a empresa exportadora brasileira. É com esta nova fatura comercial que o importador efetua o processo de nacionalização da mercadoria, juntamente com o Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading) que é retirado na agência marítima do seu país, uma vez que a condição de embarque negociada foi FOB (Free on Board). Uma observação importante é para o Shipper (embarcador) no conhecimento de embarque (Bill of Lading para o embarque marítimo), onde o mesmo é a empresa fabricante da mercadoria, sendo o consignatário e o notificado o importador final da mercadoria. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolvimento das economias globais, é inevitável que novas formas de comércio surjam, principalmente pelo fato de que cada vez mais as trocas internacionais de mercadorias, tecnologias e serviços estão quebrando as fronteiras da distância continental entre as nações. A operação triangular Back to Back pode ser considerada com uma ferramenta eficaz para que as organizações, em detrimento da competitividade global, possam comercializar seus produtos com novos parceiros e assim desenvolver alternativas positivas frente aos gargalos que enfrenta em seu mercado doméstico. Entretanto, as possibilidades de novas ferramentas devem estar disponíveis e entendidas por todos os órgãos intervenientes em um processo de exportação e importação, afim de que a utilização seja feita de forma segura e eficaz.

12 Não obstante, o Banco Central do Brasil, caracteriza a operação Back to Back como exportação e a Receita Federal do Brasil possui um entendimento contrário, não caracterizando estas operações como exportação, cabendo desta forma o recolhimento das contribuições PIS e COFINS. A empresa em estudo, no início de sua operação Back to Back, enfrentou dificuldades para operacionalizar a operação, seja através do canal bancário, tributário e até mesmo logístico, em virtude de que o processo ainda é pouco difundido. Prova disso, é a carência de publicações oficiais de órgãos governamentais e artigos científicos fornecendo de forma clara e objetiva um passo a passo para as organizações que pretendem operar dentro desta modalidade de comercialização triangular. Assim, este estudo procurou trazer novas informações da operação Back to Back com base em fontes do Banco do Brasil, Banco Central do Brasil e também utilizando o conhecimento de uma empresa que efetua esta operação com a China, com o objetivo de tornar o assunto mais conhecido para que estas operações possam ser realizadas com segurança por todas as organizações. Para que o conhecimento desta operação seja difundido de forma clara e objetiva é importante a convergência, a troca de experiências, a publicação de artigos pautados em dados concretos e que tragam um entendimento único para uma operação que tende a se desenvolver cada vez mais nas trocas internacionais de mercadorias. REFERÊNCIAS AINGLOBAL. Serviços. Back to Back. Disponível em:< Acesso em 06 jul BANCO DO BRASIL. Operações Back to Back. Disponível em:< oticia=21553&codigoret=13219&bread=13>. Acesso em 14 jun BANCO CENTRAL DO BRASIL. Operações Back to Back. Disponível em:< >. Acesso em 14 jun Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais - RMCCI. Disponível em:< Acesso em 14 jun

13 GERVASONI, Viviane. Gestão & Regionalidade. Resenha. Internacionalização e os países emergentes Disponível em: < passme= Acesso em: 12 jun GOMES, Clandia Maffini; KRUGLIANSKAS, Isak; HOURNEAUX, Flávio Júnior; SCHERER, Flávia Luciane. Gestão & Regionalidade. Gestão da inovação tecnológica para o desenvolvimento sustentável em empresas internacionalizadas Disponível em: < passme= Acesso em: 15 jun GLITZ, Frederico Eduardo Z. Journal of International Commercial Law and Technology. Transfer of Contractual Risk and INCOTERMS Brief Analysis of its Application in Brazil Disponível em: < passme= Acesso em: 20 jun HELDER, R. R. Como fazer análise documental. Porto: Universidade de Algarve, KEEDI, Samir. Incoterms 2010 para Aduaneiras. Disponível em:< Acesso em: 05 jul LOPEZ, José Manoel Cortiñas; GAMA, Marilza. Comércio exterior competitivo. São Paulo: Aduaneiras, p. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, p. MATTAR NETO, João Augusto. Metodologia cientifica na era da informática. São Paulo: Saraiva, p. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Balança Comercial Brasileira: Dados Consolidados. Disponível em: < Acesso em: 20 jun MINISTÉRIO DA FAZENDA. SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 398 de 23 de Novembro de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins. Disponível em: < DTPE&d=DECW&p=1&u=/netahtml/decisoes/decw/pesquisaSOL.htm&r=1&f=G&l=20&s1=&s6=S C+OU+DE&s3=&s4=Contribui%E7%E3o+para+o+Financiamento+da+Seguridade+Social+- +Cofins&s5=back+to+back&s8=&s7=>. Acesso em SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 398 de 23 de Novembro de Contribuição para o PIS/Pasep. Disponível em: <

14 DTPE&d=DECW&p=1&u=/netahtml/decisoes/decw/pesquisaSOL.htm&r=1&f=G&l=20&s1=&s6=S C+OU+DE&s3=&s4=Contribuicao+para+o+PIS/Pasep&s5=back+to+back&s8=&s7=>. Acesso em TRANSAEX COMÉRCIO INTERNACIONAL. Back-to-Back: bom negócio é o que oferece mais possibilidades. out Disponível em: <

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