UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO RELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E GENÉTICAS E A PREDIÇÃO DE GESTAÇÃO DE NOVILHAS NELORE ACASALADAS DOS 11 AOS 15 MESES Belo Horizonte UFMG Escola de Veterinária

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3 Flávio dos Santos Marques RELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E GENÉTICAS E A PREDIÇÃO DE GESTAÇÃO DE NOVILHAS NELORE ACASALADAS DOS 11 AOS 15 MESES Dissertação apresentada à Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Zootecnia. Área de concentração: Genética e Melhoramento Animal Orientador: Prof. Jonas Carlos Campos Pereira Belo Horizonte UFMG Escola de Veterinária

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5 Os membros da banca examinadora da Dissertação de Mestrado em Zootecnia do aluno Flávio dos Santos Marques declaram que a Dissertação obteve aprovação unânime no dia 21 de agosto de Prof. Dr. Jonas Carlos Campos Pereira Orientador Prof. Dr. José Aurélio Garcia Bergmann Dr. José Reinaldo Mendes Ruas 5

6 Aos meus pais, José Marques Neto e Maria Inês dos Santos Marques 6

7 AGRADECIMENTOS A Deus, em Quem confio toda minha vida. Aos meus pais, José Marques e Maria Inês, pelo amor, que trouxe as maiores contribuições para eu chegar até aqui. Aos meus padrinhos, Márcia e Aureliano, pelas orientações e pelos incentivos preciosos. Às minhas irmãs, Ana Laura, Maria Fernanda e Letícia, pela amizade, pelo apoio, e pela excelente convivência. À Agnes, pelo carinho, pela compreensão e pelas vitórias que me ajuda a alcançar. Ao meu orientador, Prof. Jonas Carlos Campos Pereira, por ter orientado com tanta dedicação, amizade e confiança e pelos incentivos, fundamentais para conclusão deste trabalho. Ao professor José Aurélio Garcia Bergmann, cuja colaboração tornou viável a execução deste trabalho. Aos professores da Escola de Veterinária, especialmente o Prof. Martinho de Almeida e Silva. Aos colegas de Pós-Graduação João Pedro, Gal e Vívian pelos trabalhos em equipe e pelo apoio, mesmo a distância. Ao Rancho da Matinha, na pessoa do seu Proprietário, Dr. Luciano Borges Ribeiro, pela oportunidade de realizar o trabalho. Aos funcionários da UFMG. Muito obrigado. 7

8 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA SELEÇÃO PARA CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS Prenhez precoce da novilha Precocidade sexual da novilha Importância econômica da precocidade sexual PREDIÇÃO DE GESTAÇÃO DA NOVILHA Importância econômica da predição da gestação antes do início da primeira estação de monta Procedimentos estatísticos para analisar a gestação MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL Descrição da fazenda Descrição dos dados Descrição das características MÉTODOS Testes estatísticos nos modelos logísticos Medidas de desempenho dos modelos logísticos RESULTADOS MODELOS DE REGRESSÃO LOGÍSTICA SIMPLES Características fenotípicas Características genéticas MODELOS DE REGRESSÃO LOGÍSTICA MÚLTIPLOS Aplicação prática do modelo CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Número de novilhas por safra e mês de nascimento Tabela 2. Tabela 3. Médias de características observadas do nascimento até o início da estação de monta de novilhas da raça Nelore gestantes e não gestantes e diferenças Coeficientes de regressão e da gestação de novilhas Nelore e respectivos erros padrão do efeito das variáveis regressoras individuais e valores de probabilidade dos testes de significância dos coeficientes de regressão Tabela 4. Descrição dos modelos de regressão logística e análise dos regressores Tabela 5. Análise dos modelos de regressão logística Tabela 6. Distribuição das novilhas, de acordo com a probabilidade de gestação predita pelo modelo de regressão logística e a observada

10 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Efeito da safra sobre a probabilidade de prenhez da novilha Figura 02 Figura 03 Figura 04 Figura 05 Figura 06 Figura 07 Figura 08 Figura 09 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Relação entre a idade da novilha no início da estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre o peso da novilha à desmama e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre a taxa de crescimento relativo da novilha do nascimento à desmama e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre a taxa de crescimento relativo da novilha entre o nascimento e o início da estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre a taxa de crescimento relativo da novilha entre a desmama e o início da estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre o ganho de peso total da novilha entre a desmama e o início da estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre o ganho de peso médio diário da novilha da desmama ao início da estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre o peso da novilha no início da Estação de Monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre a razão de peso da novilha à desmama e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre a razão de peso da novilha à entrada na estação de monta e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP direta para o peso aos 240 dias e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP direta para o peso aos 365 dias e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP direta para o peso aos 450 dias e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para o período de gestação e a probabilidade de prenhez da novilha

11 Contiuação Lista de Figuras LISTA DE FIGURAS Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Relação entre DEP para a idade ao primeiro parto e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para a probabilidade de prenhez precoce e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para área de olho de lombo e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para espessura de gordura na costela e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para espessura de gordura na garupa e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para perímetro escrotal aos 365 dias de idade e a probabilidade de prenhez da novilha Relação entre DEP para perímetro escrotal aos 450 dias de idade e a probabilidade de prenhez da novilha Figura 23 Relação entre MGT da novilha e a probabilidade de prenhez da novilha Figura 24 Relação entre o coeficiente de endogamia da novilha e a probabilidade de prenhez da novilha

12 LISTA DE ABREVIATURAS ANCP AOL DEP DG DPP EG GTDE GPDAS GPDDE IDADEA IDADED IDADEE IDADES IP IPP MGT PAC PE PE365 PE455 PesoA PesoD PesoE PesoS PN Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores Área de olho de lombo Diferença esperada de progênie Duração da gestação Número de dias para o parto Espessura de gordura Ganho total de peso da desmama até a entrada na estação de monta Ganho de peso diário no intervalo entre as pesagens de ano e sobreano Ganho de peso diário entre a desmama e a entrada na estação de monta idade da novilha à pesagem de ano Idade da novilha à desmama Idade da novilha à entrada na primeira estação de monta idade da novilha à pesagem de sobreano Intervalo de partos Idade ao primeiro parto Mérito genético total Produtividade acumulada Perímetro escrotal Perímetro escrotal à idade de 365 dias Perímetro escrotal à idade de 455 dias Peso a um ano de idade Peso à desmama Peso à entrada na estação de monta Peso ao sobreano Peso ao nascer 12

13 Continuação Lista de abreviaturas LISTA DE ABREVIATURAS PP14 PPP TCR TCRDE TCRND TCRNE Probabilidade de prenhez aos 14 meses Probabilidade de prenhez precoce Taxa de Crescimento Relativo Taxa de crescimento relativo da desmama à entrada na estação de monta Taxa de crescimento relativo do nascimento à desmama Taxa de crescimento relativo do nascimento à entrada na primeira estação de monta 13

14 RESUMO Quantificaram-se as associações entre as características fenotípicas e genéticas observadas antes da estação de monta (EM) e a fertilidade de 878 novilhas Nelore e construiu-se um modelo de regressão logística para predizer a gestação de novilhas. Usou-se a metodologia de regressão logística. Em comparação com as novilhas que não emprenharam, as que emprenharam apresentaram, em média, 24 dias de idade a mais no início da estação de monta (EM); 13 kg a mais no peso à desmama; 28kg a mais de peso à entrada na EM; 14,22kg a mais de ganho em peso da desmama à entrada na EM; 0,021kg/dia a mais de ganho de peso diário da desmama à EM; 0,032% a mais de taxa de crescimento relativo (TCR) do nascimento à desmama; 0,013% a menos de TCR do nascimento à entrada na EM; 0,008% a menos de TCR da desmama à entrada na EM; 6,12% a mais em razão de peso à desmama; 9,49% a mais em razão de peso à entrada na EM; 1,06kg a mais de DEP direta para o peso aos 240 dias; 1,85kg a mais de DEP direta para o peso aos 365 dias; 2,28kg a mais de DEP direta para o peso aos 450 dias; 0,14 dias a mais de DEP direta para período de gestação; 0,11cm a mais de DEP para PE 365 dias; 0,11cm a mais de DEP para PE 450 dias; 0,29 dias a menos de DEP direta para IPP; 4,09% a mais de DEP direta para PPP; 0,27cm² a mais de DEP direta para AOL; 0,09cm² a mais de DEP direta para EG na costela; 0,18mm a mais de DEP direta para EG na garupa; e 0,37 a menos de coeficiente de endogamia (F). O melhor modelo construído envolve IDADEE, PESOE, GTDE, RAZAOD, IPP, PPP, PE365 e PE455 e pode ser utilizado para classificar as fêmeas quanto à probabilidade de gestação e pra se obter aumento na taxa de prenhez na EM. Palavras-chave: gado de corte, Nelore, precocidade sexual, prenhez, predição de gestação. 14

15 ABSTRACT The association between phenotypic and genetic characteristics observed before the start of the breeding season and the fertility of 878 Nelore heifers were quantified. A logistic regression model was built up in order to predict gestation in Nelore heifers. When compared to the heifers which didn t get pregnant, the heifers which conceived presented, on average, 24 more days of age and 28 Kg more in the beginning of breeding; weighted 13Kg more at weanig; 14.22Kg more weight gain from weaning to breeding season; 21g more in dairy gain from weaning to breeding season; 0.032% more in rising-weaning relative growth rate (RGR); 0.013% less of rising-breeding RGR; 0.008% less of weaning-breeding RGR; 6.12% more in weight ratio at weanig; 9.49% more in weight ratio in the beginning of breeding season; 1.06Kg more in expected progeny differences (EPD) to the weight at 240 days; 1.85 kg more in EPD to the weight at 365 days; 2.28 kg more in EPD to the weight at 450days; 0.14 more days in EPD to gestation lenght; 0.11cm more in EPD to Scrotal Circumference (SC) 365 days(pe365); 0.11cm more in EPD to SC 450 days (PE455); 0.29 less days in EPD to age at first calving (IPP); 4.09% more in EPD to probability of early pregnancy (PPP); 0.27cm² more in EPD to ribeye area, 0.09mm more in EPD to fat thickness in rib; 0.18mm more in EPD to fat thickness in croup; and 0.37 less in inbreeding coefficient (F). The best model built up involves IDADEE, PESOE, GTDE, RAZAOD, IPP, PPP, PE365 and PE455 and can be used to classify the females concerning pregnancy probability and also to obtain increasing in pregnancy rate in breeding season. Keywords: beef cattle, Nelore breed, sexual precocity, pregnancy, gestation prediction. 15

16 1. INTRODUÇÃO Tradicionalmente, no Brasil, as características utilizadas como critério de seleção para alcançar melhoria genética em bovinos de corte são, principalmente, as de desenvolvimento ponderal. Mais recentemente, a atenção dos processos seletivos em pecuária de corte tropical, especialmente em bovinos Bos taurus indicus, tem voltado para as características reprodutivas, como se pode perceber pelos trabalhos de Gressler (2000); Teixeira et al. (2002); Pereira et al. (2002); Mercadante et al. (2003); Silva et al. (2003); Silva (2005)b, Sumários de Touros Nelore CFM (2003 e 2004); Ferraz e Eler (2007). Melhorar a precocidade sexual das fêmeas pode ser uma das alternativas para alcançar maior sucesso na pecuária de corte, uma vez que os baixos índices reprodutivos são os principais fatores limitantes da eficiência produtiva em bovinos de corte, além de as maiores perdas do potencial de produção de bezerros ocorrerem porque fêmeas não se tornam gestantes ao fim da estação de monta. A antecipação da idade ao primeiro parto é uma forma de se obter maior eficiência da bovinocultura de corte, e vários trabalhos na literatura têm demonstrado a vantagem em iniciar mais cedo a vida reprodutiva das novilhas. O desempenho reprodutivo das novilhas está relacionado com a idade em que essas fêmeas parem pela primeira vez. Novilhas que parem mais cedo têm vida produtiva mais longa que as outras fêmeas que iniciam mais tarde a reprodução. Novilhas que parem pela primeira vez aos dois anos de idade tendem a ter maior vida útil e, portanto, deverão produzir mais bezerros do que as que parem pela primeira vez aos três anos de idade. Entre as principais vantagens de se antecipar a vida reprodutiva das novilhas estão o menor tempo para obter retorno do investimento, o aumento da vida produtiva da vaca e aumento do número de bezerros produzidos ao longo da vida útil da vaca. Todas essas vantagens resultam em maior eficiência econômica da atividade pecuária. Diversas características reprodutivas, como idades à puberdade e ao primeiro parto, habilidade de permanência no rebanho, entre outras, podem ser utilizadas no intuito de se melhorar o desempenho reprodutivo das fêmeas. Uma característica que tem se destacado mais recentemente é a probabilidade de prenhez precoce, que pode ser avaliada mediante a simples exposição dessas fêmeas aos touros mais precocemente. A probabilidade de prenhez da novilha leva em conta sua fertilidade inerente e, portanto, é característica de interesse econômico relevante. Pode-se dizer, então, que a probabilidade de prenhez em novilhas de menor idade indica a capacidade destes animais de expressar a fertilidade mais precocemente. A característica prenhez de novilha tem sido utilizada em estudos por apresentar vantagens, dentre as quais o fato de apresentar grande variabilidade e herdabilidade media a alta, inclusive com alguns resultados apresentados de rebanhos da raça Nelore. A precocidade sexual é necessária para alterar a estratificação e a lucratividade do rebanho nacional. De acordo com Fries e Albuquerque (1999) há enorme desperdício na pecuária brasileira relacionado à precocidade sexual das fêmeas. Por um lado, as novilhas são recriadas durante uma, duas ou mais estações secas, em altas lotações, em sistemas de sobrevivência e sem oportunidade para conceberem. Por outro lado, grande parte das fêmeas nascidas é engordada para o abate, sem nenhuma chance de demonstrar, ou identificar as de maior potencial para concepção em idades mais jovens. Em pecuária com ciclo de produção completo, as características reprodutivas têm impacto econômico maior que as associadas ao crescimento, de forma que a produtividade e a lucratividade da exploração econômica da carne bovina são maiores ao se antecipar a estação de monta das novilhas para próximo de 12 meses de idade. Segundo Albuquerque et al. (2006), a maioria dos criadores comerciais de gado Nelore diz não ter condições de clima, pastagens e manejo para viabilizar a primeira estação acasalamento aos 14 meses de idade. Ferraz e Eler (2007) afirmam que isto nem sempre é verdadeiro, mas mesmo assumindo como tal, a utilização de touros identificados como de alto mérito genético para precocidade sexual permitiria a esses criadores reduzir a idade à puberdade em seus plantéis, 16

17 prenhez antes dos 24 meses de idade e aumento da taxa de prenhez no início da estação de monta para as novilhas que entram com idade em torno de 24 meses na referida estação. Consequentemente haveria diminuição da idade ao primeiro parto dessas novilhas. A probabilidade de prenhez precoce da novilha está associada a outras características, fenotípicas e genéticas, que podem ser mensuradas nas fases iniciais da vida dos animais. A identificação e a quantificação das relações entre essas características, medidas antes da primeira estação de monta, sobre a probabilidade de prenhez precoce da novilha são importantes para a tomada de decisões quanto ao manejo das novilhas para reposição do plantel, tendo em vista a obtenção de melhores índices zootécnicos e econômicos entre as novilhas e a reposição com as fêmeas de maior potencial genético para reprodução e crescimento. Os objetivos deste trabalho são: 1. Identificar e quantificar a importância das características de desenvolvimento (variáveis fenotípicas) observadas até o início da época de acasalamento e de Diferenças Esperadas de Progênie (DEP) para diversas características sobre a probabilidade de gestação das novilhas na primeira estação de monta. 2. A partir de modelos de regressão logística, obter equações para predizer a gestação de novilhas da raça Nelore com idades de 11 a 15 meses na estação de monta de 120 dias. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 SELEÇÃO PARA CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS A seleção de características reprodutivas diretamente ligadas à precocidade sexual e fertilidade não é simples, apresentando dificuldades desde o momento da coleta de dados até a análise estatística e predição dos valores genéticos (Silva et al., 2005)a. Ferraz e Eler (2007) atribuem três motivos principais à pequena exploração prática da análise dessas características: Primeiramente, referem-se ao conceito préestabelecido de que características reprodutivas são de baixa herdabilidade e, por isso, de difícil mudança genética. Há tendência generalizada de atribuir-se ao Zebu o rótulo de animal sexualmente tardio (Pereira, 2008). Conforme muitos autores, citados por Pereira (2008), afirmaram anteriormente, as raças zebuínas apresentam puberdade tardiamente, ou seja, não têm precocidade sexual. Em segundo lugar, destaca-se a ineficiência na coleta de dados reprodutivos, que não permite o estabelecimento confiável do mérito genético dos animais para tais características. Em geral, os animais que não expressam determinadas características reprodutivas são considerados nas análises somente por meio de penalidades arbitrárias, ou simplesmente são desconsiderados. Por fim, ressalta-se a natureza categórica das características mais importantes. A característica prenhez da novilha é categórica prenhe ou vazia. É relacionada com a puberdade e depende simplesmente da exposição das fêmeas ao touro por monta natural ou por inseminação artificial e do diagnóstico de gestação. No entanto, para uma avaliação correta todas as fêmeas jovens devem participar da estação de monta, independente do seu peso ou estado corporal. Ao final da estação de monta, as fêmeas prenhes recebem a nota 1 e as vazias a nota 0. Essas características categóricas demandam procedimentos analíticos especiais, só desenvolvidos mais recentemente. Tais procedimentos são mais complexos que aqueles utilizados para características representadas por variáveis contínuas, como as de desempenho ponderal. De acordo com Silva et al. (2005)a, embora diversas características reprodutivas já tenham sido utilizadas em melhoramento objetivando elevar o desempenho reprodutivo das fêmeas, ainda não existe consenso sobre qual delas seria a mais adequada. Albuquerque et al. (2006) afirmam que para Bos taurus indicus, a característica reprodutiva mais importante é a precocidade sexual das fêmeas e, até poucos anos atrás, a única característica utilizada relacionada à precocidade sexual era o perímetro escrotal. O perímetro escrotal está associado a qualidade do sêmen e a libido em touros jovens e tem sido característica importante para a seleção de animais que possuem maior potencial para 17

18 produção quantitativa e qualitativa de sêmen e, consequentemente, maior fertilidade (Knights et al., 1984; Moser et al., 1996). O perímetro escrotal (PE) vem sendo utilizado como critério de seleção, por ter correlações genéticas favoráveis com características de sêmen (Knights et al., 1984), com idade à puberdade em machos e fêmeas (Bourdon e Brinks, 1986; Martin et al., 1992; e Moser et al., 1996) e características de crescimento (Knights et al., 1984; Bourdon e Brinks, 1986; Kriese et al., 1991; Lôbo et al., 1994; e Bergmann et al., 1996). Autores como Mackinonn et al. (1990) sugeriram que os fatores hormonais responsáveis pelo desenvolvimento testicular inicial nos machos são os mesmos que promovem o desenvolvimento ovariano inicial nas fêmeas. Bourdon e Brinks (1986) relacionaram as medidas de PE com a fertilidade inerente da fêmea (genes para fertilidade). Pereira (2004) citou vários trabalhos (Toelle e Robison, 1985; Martins Filho e Lôbo, 1991; Meyer et al., 1991; Martin et al., 1992; Morris et al., 1992; Morris e Cullen, 1994; Gressler et al., 1998; Pereira et al., 1998; Dias et al., 2000; Pereira et al., 2000) com estimativas de correlações genéticas entre perímetro escrotal e características reprodutivas das fêmeas, apresentando associações favoráveis entre as características. Afirmou ainda que os programas de melhoramento genético de bovinos de corte têm utilizado com muita ênfase o perímetro escrotal (PE) mediante quantificação da Diferença Esperada de Progênie (DEP) e incluindo essa DEP em índices de seleção, embora o real objetivo não seja aumentar o PE, mas sim o de diminuir a idade à puberdade e aumentar a taxa de prenhez precoce nas suas filhas. Bergmann et al. (1996) mencionaram vários resultados da literatura, mostrando que o PE apresenta alta herdabilidade (em média, 50%) em animais criados em países de clima temperado. Na raça Nelore, os valores obtidos foram semelhantes. Eler et al. (1996) estimaram esta herdabilidade em 52%. Valores mais baixos foram obtidos por Martins Filho e Lôbo (1991), 0,36 ± 0,07, e Gressler et al. (1998), 0,31 ± 0,10. Resultados de modelos de regressão aleatória revelam que a característica perímetro escrotal apresenta maior herdabilidade quando medida por volta dos 400 dias de idade (Meyer e Johnston, 2001; Albuquerque et al., 2005). Facilidade da medição, alta herdabilidade e correlação genética favorável com as características reprodutivas da fêmea aumentam a utilização desta característica em programas de seleção, visando o melhoramento da fertilidade do rebanho. Com relação às fêmeas, há maior dificuldade de se determinar características facilmente mensuráveis que sejam geneticamente relacionadas com a fertilidade (Johnston e Bunter, 1996). Algumas características geralmente utilizadas são idade ao primeiro parto (IPP), intervalo de partos (IP), número de dias para o parto (DPP) e duração da gestação (DG). A idade ao primeiro parto é característica de fácil mensuração e reflexo da idade à puberdade, que, por sua vez, pode estar relacionada à velocidade de crescimento da fêmea (Pereira et al., 2001). Pereira (2002) citou trabalhos (Toelle e Robison, 1985; Martins Filho e Lôbo, 1991; Pereira et al., 1998; Dias et al., 2000; Pereira et al., 2000a) que a utilizaram como indicadora da precocidade sexual. É sujeita à influência do manejo reprodutivo adotado na fazenda. A maioria dos produtores fixa a idade ou o peso como condição para o início da vida reprodutiva. Assim fazendo, a identificação das novilhas precoces fica comprometida, e as estimativas de herdabilidade para essa característica são baixas em virtude de baixa variabilidade para essa característica. O número de dias para o parto (DPP) é calculado como a diferença, em dias, entre o início da estação de monta e a data do parto para cada estação de monta. Esta característica é função da variabilidade das fêmeas em relação à atividade de estro dentro da estação de monta, do número de serviços requeridos e da duração da gestação (Newman et al., 1992). A avaliação de DPP permite que se identifiquem fêmeas com maior fertilidade, ou seja, aquelas que emprenham mais precocemente dentro da estação de monta e touros cujas filhas apresentem menor número de dias para o parto. O principal problema na análise de DPP refere-se às vacas que não parem na estação de monta. A maioria dos arquivos zootécnicos não dá conta de modo eficaz desses animais, o que limita a análise apenas aos animais que pariram, gerando amostra de certa forma viesada. Quando há informações 18

19 adequadas sobre as fêmeas que pariram e as que não pariram na estação de monta, estas últimas devem ser penalizadas. A duração da gestação, embora não seja propriamente uma medida de fertilidade, é estreitamente relacionada com o período produtivo, influenciando o número de dias para o parto e até mesmo a idade ao primeiro parto. Além disso, bezerros com gestação mais curta nascem mais leves (Lôbo et al., 2000) e tendem a desmamar mais pesados por terem, em média, maior período de tempo antes da desmama (considerando a desmama em um período fixo). Fêmeas com período de gestação mais curto têm maior probabilidade de sucesso na estação de monta subsequente, pois elas parem antes e têm mais tempo de recuperação antes de entrarem na nova estação de monta. Bourdon e Brinks (1983), entretanto, colocam em dúvida a eficácia da utilização da DG como critério de seleção, sugerindo que a seleção para crescimento, associada à seleção para menor duração da gestação, seria menos eficaz que a seleção para maior taxa de crescimento e menor peso ao nascer, pois poderia tanto diminuir a duração da gestação quanto alterar a curva de crescimento. A raça Nelore apresenta, no entanto, média elevada de duração da gestação, cerca de 293 dias (Ferraz e Eler, 1998), e variabilidade fenotípica elevada para essa característica. O intervalo de partos tem sido utilizado para medir a eficiência reprodutiva, principalmente em gado de leite. A eficácia da sua utilização em gado de corte é questionada, devido ao viés causado pela adoção de estação de monta fixa, geralmente de curta duração (Bourdon e Brinks, 1983) Prenhez precoce da novilha Segundo Barcellos et al. (2003), citados por Silva et al. (2005)a, a menor necessidade de novilhas para reposição, a eliminação de uma categoria etária de novilhas, a diminuição do intervalo entre gerações e a seleção precoce são razões que justificariam o acasalamento da novilha aos meses de idade. Segundo Dias et al. (2004), desafiar as novilhas em idades mais jovens requer manejo adequado da fazenda, e essa prática poderá trazer benefícios com relação à seleção para precocidade sexual do rebanho, melhorando a eficiência produtiva. A característica Prenhez da novilha tem apresentado adeptos e tem sido estudada tanto em fêmeas Bos taurus taurus (Evans et al., 1999; Doyle et al., 2000; Donoghue et al., 2009) como em Bos taurus indicus (Eler et al., 2002; Mercadante et al., 2003; Silva et al., 2003; Eler et al., 2004). Essa característica apresenta várias vantagens potenciais que justificam sua inclusão nos objetivos de seleção: A obtenção dos dados não tem custos adicionais, pois estes já são normalmente controlados pelos criadores no momento do diagnóstico de gestação; os métodos de diagnóstico de prenhez estão bem estabelecidos (palpação retal ou ultra-som, por exemplo); os procedimentos analíticos já foram desenvolvidos; a DEP pode ser expressa em porcentagem, sendo de fácil interpretação; a possibilidade de obtenção da medida em todas as contemporâneas; e a não-utilização de penalidades e a existência de variação genética moderada a alta. Entretanto vários autores (Silva, et al., 2005a; Eler et al., 2002) indicaram algumas dificuldades, entre as quais o fato de ser característica categórica e, consequentemente, necessitar de procedimentos estatísticos que considerem a distribuição discreta dos dados. Além disso, alguns produtores retardam a entrada das fêmeas na reprodução determinando idade ou peso para que estas iniciem a vida reprodutiva, dificultando ainda mais a identificação das fêmeas mais precoces sexualmente (Dias, 2004). Em 1999 e 2000, trabalhos sobre prenhez de novilhas, desenvolvidos na Universidade do Colorado, foram publicados (Evans et al., 1999 e Doyle et al., 2000), relatando de que a característica apresentava herdabilidade media. Em 2001, o Grupo de Melhoramento Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo iniciou o processamento de análises dos dados acumulados desde meados da década de 1990 em rebanhos Nelore de alto mérito genético. Os modelos matemáticos propostos para o gado europeu foram adotados em análises de dados referentes ao sistema de criação na raça Nelore. Os resultados obtidos (Eler et al., 2002) foram surpreendentes. Enquanto os coeficientes de 19

20 herdabilidade estimados por vários autores oscilavam entre 14 e 27% (Evans et al., 1999 e Doyle et al., 2000), as estimativas para a raça Nelore, chegaram a 57%. A alta herdabilidade obtida na raça Nelore pode ter explicação na pequena, ou nenhuma, pressão de seleção direta para precocidade. Os dados de campo mostraram que a raça Nelore apresenta grande variabilidade para prenhez aos 14 meses. Alguns touros chegaram a apresentar 55% das filhas emprenhando, enquanto outros apenas um ou 2%. Para os autores, isso indicou claramente que filhas de determinados touros atingem a puberdade mais cedo que filhas de outros. Essa alta variabilidade entre os touros foi responsabilizada, pelo menos em parte, pelo elevado coeficiente de herdabilidade. Estudando uma população da raça Nelore, com cerca de novilhas expostas à reprodução aos 14 meses de idade, Eler et al. (2002) e Eler et al. (2004) obtiveram valores de herdabilidade em torno de 0,67, também utilizando modelos não lineares e Método R. Em outra população, utilizando a mesma metodologia, Silva et al. (2005)a obtiveram valores de herdabilidade iguais a 0,52 para novilhas expostas aos 16 meses de idade e 0,12 para novilhas expostas aos 24 meses. Aliados às vantagens potenciais acima, a alta herdabilidade obtida em estudos com novilhas Nelore (Eler et al., 2002) e os resultados experimentais comprovando a eficiência da seleção, fazem com que o mérito genético (DEP) para prenhez aos 14 meses (PP14) seja fortemente indicado como base de seleção para melhorar a precocidade sexual das novilhas Nelore Precocidade sexual da novilha O primeiro aspecto importante na reprodução das fêmeas bovinas é a idade em que atingem a puberdade e a extensão na qual esta idade se relaciona à possibilidade de gestação na primeira estação de monta e aos subsequentes desempenhos reprodutivos nas futuras temporadas de acasalamento (Bergmann, 1992). Lana e Packer (1997) relataram que, em mamíferos, a puberdade é definida como a idade em que o animal se torna capaz de reproduzir e pode ser avaliada na fêmea pelo primeiro cio, seguido de fase luteal normal. A idade à puberdade varia consideravelmente em função diferenças de alimentação, manejo, clima, raça e indivíduo. Wiltbank et al. (1966) afirmaram que a idade à puberdade é influenciada por fatores ambientais, principalmente o nível de alimentação, e genéticos. A identificação da idade à puberdade, em bovinos de corte, por meio do primeiro cio é problemática devido ao regime de criação extensiva, que difículta sua observação. A puberdade pode ser também identificada por palpações repetidas do trato genital ou por meio de dosagens hormonais, as quais são onerosas, trabalhosas e de difícil aplicação prática para a realidade brasileira (Martin et al., 1992). O objetivo principal de um sistema de recria de reposição é desenvolver novilhas que tenham alcançado a puberdade e apresentem atividade ovariana cíclica regularmente antes do início da primeira estação de acasalamento (Semmelmann et al., 2001). De acordo com Staigmiller et al. (1990), para se trabalhar com idade ao primeiro parto de 24 meses, as novilhas devem atingir a puberdade de quatro a seis semanas antes da primeira estação de monta e emprenhar antes dos 15 meses de idade. Isso porque, em geral, novilhas expostas à cobrição logo após manifestarem seu primeiro estro são menos férteis do que aquelas que já exibiram dois, três ou mais cios. Novilhas que concebem cedo, no início da primeira estação de monta, tendem a apresentar menos problemas nas estações subsequentes. Como explica Dias (2004), vacas que parem mais cedo na estação de parto têm condições de entrar em melhor condição corporal no início das estações de monta subsequentes. Sob estas circunstâncias, a idade à puberdade é uma das mais importantes características que influenciam na gestação de novilhas, particularmente em rebanhos de corte, em que as estações de monta são restritas a períodos de mais curta duração. Schillo e al. (1992) consideraram a idade à puberdade como principal determinante da eficiência reprodutiva ao longo da vida das fêmeas de corte. Segundo Andrade (1991), as fêmeas devem alcançar determinado peso antes de atingirem a puberdade. No entanto, advertiu que a superalimentação no período pré-púbere não diminuiu a idade à puberdade por si só, uma 20

21 vez que as novilhas devem atingir certa idade para que isto ocorra. Existe considerável variação genética dentro e entre raças de bovinos de corte para idade à puberdade (Martin et al. 1992) e, dependendo do nível nutricional e da raça, as novilhas atingem puberdade entre 10 e 18 meses de idade (Notter, 1988). Na maioria dos rebanhos comerciais de países de pecuária mais avançada, as novilhas de raças européias de corte são acasaladas entre 14 e 15 meses de idade. Nas condições brasileiras, para as raças zebus, as novilhas são acasaladas entre 24 e 36 meses. Não há dúvida de que os fatores genéticos, associados aos de ambiente desfavorável, principalmente nutrição e sanidade, resultam em elevada idade à puberdade e, consequentemente retardam o acasalamento das novilhas. A deficiência nutricional merece destaque como uma das causas da puberdade tardia. As alternâncias no ciclo de produção das forragens, com períodos de escassez e de abundância, refletem no crescimento das fêmeas e também nas atividades hipófise e ovarianas responsáveis pelo início da atividade ovariana cíclica. Morris et al. (1994) relataram que a idade ao primeiro estro em novilhas da raça Angus foi de 362 dias. Morris et al. (1992) mencionaram que a idade ao primeiro cio foi de 411 dias para Angus, 396 dias para Hereford e 397 para novilhas cruzadas Angus-Hereford. No Brasil, Salomoni et al. (1988) descreveram que novilhas da raça Hereford exibiram o primeiro cio aos 28,5 meses (855dias) de idade, enquanto as Aberdeen Angus alcançaram a puberdade aos 26,2 (786dias) meses e as 1/2 Nelore-Aberdeen Angus, aos 31,1 meses (933 dias) de idade. Restle et al. (1999), no Brasil, ao analisarem fêmeas Nelore, Canchim e Cruzadas Nelore x Canchim, encontraram idades à puberdade bem superiores àquelas encontradas para as raças européias. Os autores associaram esse atraso às piores condições ambientais de criação dos animais, principalmente no aspecto nutricional. Os resultados encontrados para idade à puberdade foram 730 dias para as fêmeas Canchim e 772 dias para as Nelore. Ainda encontraram a maior precocidade no grupo das novilhas cruzadas, com 89 dias a menos que a média das novilhas puras. O peso ao desmame não revelou associação com o peso à puberdade (r = 0,18; p>0,05), mas quando correlacionado com a idade à puberdade esta foi negativa (r = - 0,39; p<0,01), mostrando que novilhas mais pesadas ao desmame são mais precoces. Assim, peso ao desmame se torna cada vez mais importante notadamente à medida que a produção de gado de corte é intensificada e competitiva. Segundo Patterson et al. (1992) o crescimento pré-desmame exerce maior influência na puberdade de novilhas de corte do que taxas de crescimento pós-desmame. Para redução da idade à puberdade, deve-se fornecer às novilhas nível nutricional que lhes permita continuidade de ganho em peso após a desmama, uma vez que essa época coincide com o início do período de escassez, tanto qualitativa quanto quantitativa das pastagens. Por outro lado, sabe-se que o peso não é o único fator determinante da puberdade, sendo que a idade também deve ser considerada. Schillo et al. (1992) relataram que o nível nutricional foi inversamente proporcional a idade à puberdade, com animais atingindo a puberdade mais precocemente em rebanhos de melhor nível nutricional. A puberdade se relaciona ao desenvolvimento pré e pós desmama. Comumente, as novilhas que mostram maior ganho de peso após a desmama atingem a puberdade mais cedo e apresentam maior taxa de concepção ao final da estação de monta do que novilhas de crescimento mais lento (Bergmann, 1992). Wiltbank et al. (1966) observaram que a idade à puberdade decresceu à razão de 4.1 dias para cada 0,100kg de aumento no ganho diário desde o desmame até os 396 dias de idade. As novilhas que concebem em idades mais jovens são geralmente mais pesadas que as que falham em conceber. Isso leva a crer que fêmeas mais precoces sexualmente apresentam maiores pesos à puberdade dentro de uma mesma raça. Short e Bellows (1971) encontraram que altas taxas de ganho de peso obtidas com altos níveis de alimentação propiciaram maior precocidade sexual e também maiores pesos à puberdade. Por outro lado, Salomoni et al. (1988) encontraram correlações entre peso e idade à puberdade variando de 0,62 a 0,73, indicando que as novilhas não alcançam a puberdade simplesmente ao atingirem determinado peso, mas sim que há certa dependência também da 21

22 idade. Restle et al. (1999), encontraram correlação semelhante entre idade e peso à puberdade de 0,70. Isso indica que as fêmeas mais velhas à puberdade também tendem a ser as mais pesadas. De acordo com Wiltbank et al. (1966), parece que após determinado peso, considerado crítico, ser atingido, as diferenças no ganho de peso diário tem pouca influência na idade à puberdade. Assim, quando o ganho pósdesmama for baixo, pequenas diferenças no ganho de peso representam importante efeito sobre a idade à puberdade, ao passo que quando o ganho de peso pós-desmama for alto, as diferenças no ganho de peso diário não influenciam a idade à puberdade. Wiltbank et al. (1966) concluíram que, após determinado peso mínimo ser alcançado, as variações na idade à puberdade são consequências de outros fatores, e não das diferenças na velocidade de crescimento. Sabendo que os fatores de ambiente, principalmente em relação à nutrição, resultam num certo peso à puberdade, o nível nutricional merece especial atenção. Wolfe et al. (1990) observaram que a seleção para taxa de ganho em peso não influenciou na idade à puberdade de novilhas da raça Hereford. Short e Belows (1971) relataram que novilhas cruzadas Angus-Hereford não atingiram a puberdade com os mesmos pesos, em virtude dos diferentes níveis alimentares disponíveis durante o inverno. Assim, as novilhas destinadas a ganhar 0,23kg/dia tiveram menor peso à puberdade (média 238kg); as submetidas ao nível médio (0,45kg/dia) atingiram média de 248kg e as manejadas em alto nível nutricional (0,68 kg/dia) exibiram peso médio de 259 kg à puberdade e foram as mais precoces. Ferrel (1982) relatou que as novilhas da raça Angus foram as mais leves (309 x 328kg) e mais velhas (410 x 348 dias) à puberdade do que as da raça Simental. Stewart et al. (1980), verificaram que novilhas da raça Brahman atingiram a puberdade com pesos em torno de 300kg. Morris et al. (1994) relataram que o peso ao primeiro estro em novilhas da raça Angus foi de 274kg. Morris et al. (1992) indicaram que o peso à puberdade foi de 245kg para Angus, 237kg para Hereford e 250kg para novilhas cruzadas Angus- Hereford. Salomoni et al. (1988) relataram que novilhas com graus de sangue Nelore foram as mais pesadas à puberdade. Segundo os autores, as novilhas da raça Hereford exibiram o primeiro cio com 285kg de peso vivo e as da raça Angus com 266kg. Para as fêmeas ½Nelore-Angus, os pesos à puberdade foram, respectivamente, 289 e 288kg. De acordo com Andrade (1991), uma possibilidade seria adotar três níveis nutricionais para bovinos de corte em crescimento: nível adequado (ótimo) de nutrição, nível razoável (bom) de nutrição, e nível inadequado (ruim) e correlacioná-los à porcentagem do peso adulto exibido pela novilha no início da estação de monta. Assim, quando a nutrição for adequada, podem-se colocar as novilhas em reprodução quando atingirem 50 a 55% do peso adulto. Se, no entanto, o nível nutricional for apenas razoável, como acontece na grande maioria das propriedades, deve-se esperar até que alcancem de 60 a 70% do peso adulto. E, finalmente, quando o nível nutricional for inadequado, devese esperar que as novilhas atinjam, no mínimo, 75 a 80% de seu peso adulto antes de colocá-las em reprodução. Com a aplicação sistemática da estratégia acima, podem-se obter altas taxas de fertilidade ao final da estação de monta. Ao considerar o peso adulto próximo de 500kg, então as novilhas seriam transferidas do rebanho de reprodução somente quando alcançassem, pelo menos 250, 300 e 375kg respectivamente, para as três categorias nutricionais mencionadas anteriormente. De acordo com Gressler et al. (1998), do ponto de vista biológico, a idade à puberdade não seria determinada pelo peso, e sim por um conjunto de condições fisiológicas que resultam também em certo peso Importância econômica da precocidade sexual Dias et al. (2002) afirmaram que, na pecuária com ciclo de produção completo, as características reprodutivas têm impacto econômico cerca de cinco vezes maior que as associadas ao crescimento. Assim, a produtividade da pecuária seria caracterizada pela eficiência reprodutiva das fêmeas. Patterson et al., (1992), em revisão sobre manejo de novilhas em gado de corte de raças taurinas, para crescimento e puberdade, afirmaram que 22

23 trabalhar com as novilhas e inseminá-las visando o primeiro parto aos 24 meses é importante para aumentar a eficiência de produção. Outras citações bem mais antigas, como Wiltbank (1970), já apresentam essa sugestão como a melhor forma de se reduzir o tempo de retorno do investimento, e que os resultados econômicos compensam qualquer desvantagem eventualmente constatada. Dias (2004), avaliando novilhas da raça Nelore, em diferentes idades de exposição à reprodução, afirmou que o custo do manejo para expor mais cedo as novilhas à reprodução pode aumentar o custo de produção, contudo ele será compensado com os ganhos na antecipação do início da vida reprodutiva. Teixeira et al. (2002), num estudo de comparações bioeconômicas entre três idades à primeira cobertura em novilhas Nelore, encontraram que o sistema de primeiro parto aos dois anos de idade foi superior em 24 e 31% em relação aos outros dois sistemas com primeiro parto mais tardio. Os autores concluíram que é possível incrementar a receita bruta da atividade mediante antecipação do primeiro parto, intensificando-se o processo produtivo. Ainda, comentaram que tais resultados são ainda mais relevantes quando se consideram os ajustes na lotação dos pastos para o sistema intensivo, e a não intensificação na exploração dos machos. Isso indica que comparações entre sistemas de produção podem até ser feitas pelos índices de desfrute, porém devem levar em consideração o giro na venda dos animais, a receita bruta gerada por essa venda e que tais comparações estejam sobre uma mesma base de inventário. No mesmo trabalho, os autores comentaram que os números obtidos foram válidos para sistemas com ciclo completo de produção, mas, se optasse por vender animais jovens, poder-se-iam elevar os índices de desfrute, principalmente no sistema intensivo, que obtém os animais mais precoces e em melhores condições de comercialização. A idade média ao primeiro parto na pecuária de corte no Brasil está acima de 40 meses da idade, conforme relato de PEREIRA (2000). Significativa proporção do rebanho bovino brasileiro é constituída de fêmeas jovens de um a três anos de idade. Segundo FRIES (1998), para cada 1000 vacas em produção, existem cerca de 800 em recria, ocupando pelo menos a metade da área ocupada por aquelas. Consequentemente, a quantidade de área e os custos de mantença alocados para a recria de fêmeas são consideráveis. As exigências nutricionais anuais de fêmeas em recria e adultas constituem dois terços do total de alimentos de um sistema de produção de bovinos de corte nos Estados Unidos (Ferrel e Jenkins, 1988). Segundo Fries (1998), o sistema de produção com idade tardia ao primeiro parto leva a taxa de desfrute do rebanho em torno de 10% em função da manutenção de várias safras de fêmeas em recria, e, ainda, torna difícil qualquer idéia de intensificação, seja qual for a fase do processo produtivo. Os investimentos em capitais relativamente maiores em um sistema produtivo mais intensivo podem inibir os criadores de adotar mudanças de manejo no plantel de novilhas. No entanto, Hill (1996) ponderou que empresas que aumentam os índices de desfrute do rebanho, pela antecipação da idade à cobertura, podem suportar aumentos no custo de produção. Segundo Andrade (1991), a precocidade sexual reflete nos aspectos econômicos e no melhoramento genético de um rebanho, uma vez que proporciona retorno mais rápido do investimento e aumenta a vida útil das matrizes, ao mesmo tempo em que permite maior intensidade de seleção e reduz o intervalo de gerações. O gado Nelore, base genética da pecuária de corte brasileira, apesar de só recentemente ter começado a seleção para características de precocidade, oferece boas perspectivas de progresso em relação a esse aspecto, seja por trabalhos de seleção, seja pela complementaridade na exploração de cruzamentos PREDIÇÃO DE GESTAÇÃO DA NOVILHA De acordo com Rocha e Lobato (2002), quando a idade das novilhas colocadas em reprodução é superior a 14 meses, existe muita flexibilidade na quantidade e na época de aquisição do ganho de peso necessário entre a desmama e o início da estação de acasalamento. No entanto, para assegurar desenvolvimento corporal adequado para o acasalamento das novilhas no sistema um ano, é necessário nível alimentar alto e contínuo 23

24 para o rebanho. As bezerras são tradicionalmente desmamadas no outono, sendo necessário assegurar ganho de peso satisfatório destes animais nos 100 dias posteriores à desmama, o que constitui um desafio no sistema que prevê novilhas primíparas aos dois anos de idade. A possível ocorrência de fatores climáticos adversos ao estabelecimento e manejo correto das pastagens de inverno pode prejudicar o acasalamento aos meses de idade em situação exclusiva de pastejo. A utilização de forragem conservada ou ração comercial, nesse período, surge como alternativa para diminuir o risco de insucesso no sistema um ano. A predição de gestação das novilhas antes do início da estação de monta permitiria ao pecuarista avaliar o potencial reprodutivo das fêmeas do plantel de reposição, conduzindo ao descarte as novilhas com pequena probabilidade de conceber, e, com isso, oferecer melhores condições para as novilhas com maior probabilidade de prenhez precoce. Dessa forma, a identificação e a quantificação das relações entre características genéticas e fenotípicas, medidas antes da primeira estação de monta sobre a probabilidade de gestação das novilhas são importantes para a tomada de decisões no rebanho de reposição. Milagres et al. (1979), ao predizerem a taxa de concepção de novilhas Hereford aos 15 meses de idade, obtiveram coeficiente de determinação (R²) de 19% quando o modelo de predição incluía os pesos ao nascimento, à desmama e a um ano de idade. Os autores destacaram que o R² obtido com a inclusão apenas do peso à desmama no modelo foi de 16%. Por outro lado, a taxa de maturação, determinada pela taxa de crescimento relativo, influenciou significativamente a probabilidade de gestação das novilhas de raças de corte européias (Etiene e Martin, 1979 e Bergmann e Hohenboken, 1992). Bergmann e Hohenboken (1992), ao estudarem a influência de características medidas antes da primeira estação de monta sobre a taxa de concepção de novilhas das raças Angus e Simental, acasaladas aos 15 meses de idade, verificaram que o peso à desmama influenciou a taxa de gestação com baixo coeficiente de determinação para a raça Angus (R² = 1,2%), enquanto que o peso a um ano de idade não foi significativo para nenhuma das raças. O modelo mais completo e que incluía 15 variáveis observadas desde o nascimento até um ano de idade apresentou coeficiente de determinação de 11,5% para Angus e 9,2% para Simental. Pitta et al. (1998a) obtiveram coeficiente de determinação de 12,1% para o modelo completo quando a regressão foi expressa como variável discreta (gestante aos 18 meses, gestante aos 27 meses e não gestante após duas estações de monta). As variáveis preditoras foram: pesos à desmama e ao sobreano, escores de condição corporal, precocidade e musculatura medidos à desmama e ao sobreano, além do grupo de contemporâneos. Os autores comentaram que o peso à desmama não foi significativo em nenhum dos grupamentos raciais considerados e que o peso ao sobreano e o grupo de contemporâneos foram as variáveis que mais influenciaram a probabilidade de gestação da novilha Nelore. No entanto, os autores não recomendaram a seleção das novilhas quanto a gestação antes de as mesmas serem submetidas à primeira estacão de monta. Os criadores, em geral, têm tendência a selecionar fêmeas à desmama e aos 365 dias de idade, mantendo apenas as mais velhas e as mais pesadas (Bergmann e Hohenboken, 1992). No entanto, Pitta et al. (1998b) advertiram que novilhas com pesos extremos aos 18 meses de idade - muito leves ou muito pesadas - não ficaram gestantes após duas temporadas de acasalamento. Concluíram que o descarte de novilhas com peso ao sobreano muito abaixo da média do rebanho poderia ser conveniente, uma vez que esses animais apresentaram maior chance de não concepção, mas que o aproveitamento na reposição apenas das novilhas excessivamente pesadas poderia prejudicar a taxa de gestação do rebanho. Silva et al. (2005)b, trabalhando com novilhas Nelore acasaladas aos 18 e aos 24 meses, utilizaram a regressão logística para avaliar o impacto do peso da novilha ao acasalamento, escore de condição corporal e ganho de peso médio diário durante a estação de monta, concluindo que o peso no início da estação de acasalamento é a variável de maior impacto sobre a eficiência reprodutiva durante o primeiro acasalamento de novilhas de corte. Novilhas leves cobertas aos 18 meses necessitam de maior ganho de peso no período de acasalamento para atingir taxas de prenhez semelhantes às acasaladas aos 24 meses. 24

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