RAÇA TABAPUÃ 1. DADOS UTILIZADOS 2. METODOLOGIA E RECURSOS COMPUTACIONAIS

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Luca Affonso
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1 RAÇA TABAPUÃ 1. DADOS UTILIZADOS Para a avaliação genética da raça Tabapuã do segundo semestre de 2017 foram utilizados dados de animais nascidos entre 1991 e Após análise crítica, totalizaram registros válidos relacionados a uma população de animais, sendo registros das características de crescimento, registros de idade ao primeiro parto, registros de stayability, registros de perímetro escrotal ao ano, registros de perímetro escrotal ao sobreano, registros de ultrassonografia da área de olho de lombo, registros de ultrassonografia de acabamento de carcaça e registros de avaliação visual (estrutura, precocidade e musculosidade). 2. METODOLOGIA E RECURSOS COMPUTACIONAIS Os dados de genealogia e desempenho zootécnico foram submetidos à detalhada análise crítica com o uso de rotinas escritas em ambiente SAS para Windows versão 9.4 (2013), devidamente licenciado para uso pela ABCZ. Foram excluídos todos os registros com algum indício de inconsistência. Para as análises genéticas foi utilizada a Metodologia de Modelos Mistos (Henderson, 1953) com o modelo animal, o qual possibilita a predição de valores genéticos considerando toda a informação genealógica disponível dos animais. Para predição dos valores genéticos, valores genéticos sob modelo de limiar e acurácias foram utilizados os programas computacionais BLUP90IOD2 (Misztal et al., 2002), CBLUP90IOD (Misztal et al., 2002) e ACCF90 (Misztal et al., 2002), respectivamente, devidamente licenciados para uso pela ABCZ. Os modelos bicaracterísticos (P210 como âncora ), utilizados nas análises genéticas das características de crescimento (P120, P210, P365 e P450) e perímetro escrotal (PE365 e PE450) incluíram os efeitos aleatórios genéticos direto e materno (apenas para peso à fase materna e peso à desmama), o efeito aleatório de ambiente permanente materno (apenas para peso à fase materna e peso à desmama), os efeitos fixos de grupo de contemporâneos e de classe de idade da mãe/sexo do produto e, a covariável idade do animal no dia da obtenção do registro zootécnico, efeitos linear e quadrático. Para as características de avaliação visual (EPM) foram utilizados modelos unicaracterísticos com o efeito aleatório genético direto, os efeitos fixos de grupo de contemporâneos e de classe de idade da mãe/sexo do produto e, a covariável idade do animal no dia da obtenção do registro zootécnico, efeitos linear e quadrático. Nas análises da característica stayability foi utilizado um modelo de limiar unicaracterístico, que incluiu o efeito aleatório genético direto e o efeito fixo de grupo de contemporâneos. Para a característica idade ao primeiro parto utilizou-se um modelo unicaracterístico, com o efeito aleatório genético direto e o efeito fixo de grupo de contemporâneos. Foi utilizado um modelo unicaracterístico para análise genética da característica área de olho de lombo (AOL) com o efeito aleatório genético direto, o efeito fixo de grupo de contemporâneos e, a covariável idade do animal no dia da obtenção do registro zootécnico,

2 efeitos linear e quadrático. Para análise de acabamento de carcaça foi utilizado um modelo bicaracterístico incluindo as características EG (espessura de gordura nas costelas) e EGP8 (espessura de gordura na garupa) com o efeito aleatório genético direto, o efeito fixo de grupo de contemporâneos e, a covariável idade do animal no dia da obtenção do registro zootécnico, efeitos linear e quadrático. A característica acabamento de carcaça foi definida como o resultado de EGP8 (espessura de gordura na garupa). 3. RESULTADOS Na tabela 1 estão apresentadas as médias e desvios-padrão dos pesos calculados à fase materna (PM), à desmama (PD), ao ano (PA) e ao sobreano (PS). Na tabela 2 encontram-se as médias e desvios-padrão do perímetro escrotal ao ano (PE365) e do perímetro escrotal ao sobreano (PE450). Na tabela 3 encontram-se a média e desvio-padrão para a idade ao primeiro parto (IPP) e o percentual de sucesso para stayability (STAY). Na tabela 4 estão as médias e desvios-padrão de estrutura corporal (E), precocidade (P) e musculosidade (M). Na tabela 5 estão as médias e desvios-padrão de área de olho de lombo (AOL) e acabamento de carcaça (ACAB). Tabela 1. Médias e desvios-padrão dos pesos calculados à fase materna (PM), à desmama (PD), ano ano (PA) e ao sobreano (PS). Característica Machos Fêmeas Geral PM* (kg) RA1 131,41 ± 21,47 122,66 ± 19,99 127,10 ± 21,21 RA2 145,50 ± 25,55 137,79 ± 26,65 141,87 ± 26,35 RA3 154,27 ± 29,66 148,29 ± 26,87 151,16 ± 28,39 PD** (kg) RA1 194,42 ± 30,89 179,71 ± 28,08 187,11 ± 30,43 RA2 215,00 ± 40,47 204,28 ± 38,34 209,90 ± 39,83 RA3 215,65 ± 39,28 227,53 ± 39,42 219,76 ± 39,73 PA*** (kg) RA1 245,57 ± 37,46 222,04 ± 32,54 233,14 ± 36,87 RA2 301,28 ± 55,40 288,92 ± 55,13 296,85 ± 55,61 RA3 318,55 ± 48,10 334,09 ± 55,96 320,71 ± 49,55 PS**** (Kg) RA1 282,69 ± 45,86 249,03 ± 36,85 264,77 ± 44,59 RA2 354,90 ± 63,16 331,01 ± 68,05 348,59 ± 65,33 RA3 377,69 ± 61,84 372,00 ± 78,77 376,61 ± 65,40 RA1= Regime alimentar a pasto; RA2=Regime alimentar semi-estabulado; RA3=Regime estabulado. *Peso calculado aos 120 dias; **Peso calculado aos 210 dias; ***Peso calculado aos 365 dias; ****Peso calculado aos 450 dias.

3 Tabela 2. Médias e desvios-padrão do perímetro escrotal ao ano (PE365) e do perímetro escrotal ao sobreano (PE450). Regime Alimentar Característica Pasto Semi-estabulado Estabulado PE365 (cm) * 21,13 ± 2,37 22,78 ± 2,23 23,43 ± 2,55 PE450 (cm) ** 23,23 ± 3,13 26,64 ± 3,27 26,84 ± 3,43 *Medida ajustada aos 365 dias; **Medida ajustada aos 450 dias. Tabela 3. Média e desvio-padrão da idade ao primeiro parto (IPP) e percentual de sucesso da stayability (STAY). Característica IPP (dias) 1178 (39 meses) ± 183 (6 meses) STAY 30,38% Tabela 4. Médias e desvios-padrão de estrutura corporal (E), precocidade (P) e musculosidade (M). Característica Geral E 4,23 ± 1,05 P 3,89 ± 1,06 M 3,60 ± 1,07 Tabela 5. Médias e desvios-padrão de área de olho de lombo (AOL) e acabamento (ACAB). Característica Geral AOL (cm 2 ) 54,14 ± 9,85 ACAB (mm) 3,31 ± 1,48

4 Na tabela 6 estão apresentados os desvios-padrão e as medianas das DEPs de crescimento (PD-ED, PA-ED e PS-ED), habilidade materna (PM-EM e TMD), reprodução (IPP, PE365, PE450, STAY), de avaliação visual (E, P e M), área de olho de lombo (AOL) e acabamento (ACAB). Tabela 6. Desvios-padrão e medianas das DEPs. DEP Desvio-padrão Mediana PD-ED (kg) 2,42 0,64 PA-ED (kg) 3,70 0,49 PS-ED (kg) 4,80 3,29 PM-EM (kg) 0,91 0,06 TMD (kg) 2,05 0,50 IPP (dias) 6,42-2,27 STAY (%) 1,85 42,86 PE365 (cm) 0,17 0,02 PE450 (cm) 0,26-0,01 E 0,85 0,11 P 0,60 0,05 M 0,55 0,03 AOL (cm 2 ) 0,44-0,04 ACAB (mm) 0,09 0,00 PD-ED: Peso à desmama - efeito direto; PA-ED: Peso ao ano - efeito direto; PS-ED: Peso ao sobreano - efeito direto; PM-EM: Peso à fase materna - efeito materno; TMD: Total materno do peso à desmama; IPP: Idade ao primeiro parto; STAY: Stayability; PE365: Perímetro escrotal ao ano; PE450: Perímetro escrotal ao sobreano; E: Estrutura corporal; P: Precocidade; M: Musculosidade; AOL: Área de olho de lombo e ACAB: Acabamento de carcaça. Na tabela 7 estão as herdabilidades aditivas diretas (h 2 d) e maternas (h 2 m) para peso à fase materna (PM), peso à desmama (PD), peso ao ano (PA), peso ao sobreano (PS), idade ao primeiro parto (IPP), stayability (STAY), perímetro escrotal ao ano (PE365), perímetro escrotal ao sobreano (PE450), estrutura corporal (E), precocidade (P) e musculosidade (M), área de olho de lombo (AOL) e acabamento de carcaça (ACAB).

5 Tabela 7. Herdabilidades aditivas diretas (h 2 d) e maternas (h 2 m). Característica h 2 d h 2 m PM 0,16 0,08 PD 0,17 0,08 PA 0,32 PS 0,35 IPP 0,06 STAY 0,13 PE365 0,35 PE450 0,35 E 0,59 P 0,23 M 0,18 AOL 0,33 ACAB 0,39 PM: Peso à fase materna; PD: Peso à desmama; PA: Peso ao ano; PS: Peso ao sobreano; IPP: Idade ao primeiro parto; STAY: stayability; PE365: Perímetro escrotal ao ano; PE450: Perímetro escrotal ao sobreano; E: Estrutura corporal; P: Precocidade; M: Musculosidade; AOL: Área de olho de lombo; ACAB: Acabamento de carcaça. 4. RESPONSÁVEIS PELO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS AVALIAÇÕES GENÉTICAS Henrique Torres Ventura- Superintendente Técnico Adjunto de Melhoramento Genético - ABCZ Edson Vinícius Costa - Analista - ABCZ Fabyano Fonseca e Silva - Professor Associado - Universidade Federal de Viçosa Fernando Flores Cardoso - Pesquisador - Embrapa Pecuária Sul José Aurélio Garcia Bergmann Luiz Antonio Josahkian - Superintendente Técnico - ABCZ

6 5. COLABORADORES Ednira Gleida Marques - Superintendente Técnico Adjunto de Genealogia - ABCZ Ismar José Carneiro - Gerente de Provas Zootécnicas - ABCZ Rodrigo Josakian Mio - Gerente de Desenvolvimento de Sistemas - ABCZ Everton José Luís da Silva - Programador Pleno - ABCZ Ernani Carlos Torquato - Programador Sênior - ABCZ Flávio dos Santos Cardoso - Administrador de Banco de Dados - ABCZ Mauro de Oliveira Ribeiro - Analista Programador - ABCZ 6. AGRADECIMENTOS A toda equipe técnica de campo da ABCZ pela colheita e controle de qualidade dos dados zootécnicos em todo o país. A todos os criadores participantes das provas zootécnicas e do PMGZ

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