GÊNEROS DO DISCURSO Título da edição original: O problema dos géneros do discurso Texto de arquivos ( ) Mikhail BakhMn

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1 Universidade Católica de Pernambuco Programa de Pós- Graduação em Ciências da Linguagem Disciplina: Teoria Dialógica da Linguagem Profa. Dra. Dóris Cunha GÊNEROS DO DISCURSO Título da edição original: O problema dos géneros do discurso Texto de arquivos ( ) Mikhail BakhMn Luciana Cidrim Recife, 17 de Junho de 2015.

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Todas as esferas da akvidade humana, por mais variadas que sejam, estão sempre relacionadas com a uklização da língua; Os modos dessa uklização são variados como as próprias esferas da akvidade humana; A uklização da língua efetua- se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos; O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temákco) e por seu esklo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua recursos lexicais, fraseológicos e gramamcais, e sobretudo, por sua construção composicional;

3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Conteúdo temámco, esmlo e construção composicional fundem- se, no todo do enunciado, e todos eles são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação; Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de uklização da língua elabora seus %pos rela%vamente estáveis de enunciados, sendo isso denominado de gêneros do discurso; A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, pois a variedade virtual da akvidade humana é inesgotável, e cada esfera dessa akvidade comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando- se e ampliando- se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa.

4 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A heterogeneidade dos gêneros do discurso (orais e escritos) incluem: curta réplica do diálogo cokdiano o relato familiar a carta a ordem militar o universo das declarações públicas É também com os gêneros do discurso que estão relacionadas as variadas formas de exposição cienafica e todas as formas literárias, desde o ditado até o romance.

5 CríMcas e Reflexões Foi estudado, mais do que tudo, os gêneros literários e retóricos. Tanto na AnKguidade como na época contemporânea, pelo ângulo arasmco- literário, e não enquanto Mpos parmculares de enunciados que se diferenciam de outros Kpos de enunciados, com os quais têm em comum a natureza verbal linguísmca; Dava- se maior atenção à natureza verbal do enunciado: a relação com o ouvinte e a influência deste sobre o enunciado, a conclusão verbal peculiar ao enunciado (diferente da conclusão do pensamento), etc. A especificidade dos gêneros retóricos (jurídicos, políkcos) encobria a natureza linguísmca do enunciado;

6 CríMcas e Reflexões Por fim, estudaram- se os gêneros do discurso co8diano sob o ponto de vista da linguískca geral (escola de Saussure, behavioristas americanos, discípulos de Vossler). O estudo não podia conduzir à definição correta da natureza linguísmca do enunciado, na medida em que se limitava em evidenciar a especificidade do discurso cokdiano oral, operando na maioria das vezes com enunciados deliberadamente primikvos (os behavioristas americanos).

7 Gêneros primários e secundários Não há razão para minimizar a heterogeneidade dos gêneros do discurso e a consequente dificuldade quando se trata de definir o caráter genérico do enunciado p.281. Os gêneros secundários do discurso O romance O teatro O Discurso cienffico O Discurso ideológico Aparecem em circunstâncias de uma comunicação cultural, mais complexa e relamvamente mais evoluída. Durante o processo de sua formação, os gêneros secundários absorvem e modificam os gêneros primários, que se consmtuíram em circunstâncias de uma comunicação verbal espontânea.

8 Gêneros primários e secundários Os gêneros primários, ao se tornarem componentes dos gêneros secundários, transformam- se dentro destes e adquirem uma caracterískca parkcular: perdem sua relação imediata com a realidade existente e com a realidade dos enunciados alheios; Inseridas no romance, a réplica do diálogo comdiano, conservando sua forma e seu significado comdiano, só se integram à realidade existente através do romance considerado como um todo, ou seja, do romance concebido como fenômeno da vida literário- arasmca e não da vida comdiana;

9 Gêneros primários e secundários A disknção entre gêneros primários e gêneros secundários tem grande importância teórica. A natureza do enunciado deve ser elucidada e definida por uma análise de ambos os gêneros. Com esta condição a análise se adequaria à natureza complexa do enunciado e abrangeria seus aspectos essenciais. A interrelação entre os gêneros primários e secundários de um lado, o processo histórico de formação dos gêneros secundários do outro esclarece a natureza do enunciado e, acima de tudo, o dihcil problema da correlação entre língua, ideologias e visões do mundo.

10 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca O esklo está ligado ao enunciado e a formas fpicas de enunciados, isto é, aos gêneros do discurso; O enunciado (oral e escrito, primário e secundário) é individual, e por isso pode reflekr a individualidade de quem fala ou escreve. Em outras palavras, possui um esmlo individual. Mas nem todos os gêneros são igual- mente aptos para reflekr a individualidade na língua do enunciado, ou seja, nem todos são propícios ao esklo individual; Os gêneros mais propícios são os literários. Neles, o esklo individual faz parte do empreendimento enunciakvo e consktui uma de suas diretrizes.

11 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca As condições menos favoráveis para reflekr a individualidade na língua são as oferecidas pelos gêneros do discurso que requerem uma forma padronizada, tais como a formulação do documento oficial, da ordem militar, da nota de serviço, etc. Na maioria dos gêneros do discurso (com exceção dos gêneros arfskco- literários), o esmlo individual não entra na intenção do enunciado, não serve exclusivamente às suas finalidades, sendo seu produto complementar.

12 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca A definição de um esklo em geral e individual requer um estudo aprofundado da natureza do enunciado e da diversidade dos gêneros do discurso; O vínculo indissolúvel, orgânico, entre o esmlo e o gênero mostra- se com grande clareza quando se trata do problema de um esklo linguískco ou funcional; O esklo linguískco ou funcional nada mais é senão o esmlo de um gênero peculiar a uma dada esfera da amvidade e da comunicação humana. Cada esfera conhece seus gêneros, aos quais correspondem determinados esmlos;

13 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca Uma dada função (cienffica, técnica, ideológica, oficial, cokdiana), específicas para cada uma das esferas da comunicação verbal, gera um dado gênero, ou seja, um dado Mpo de enunciado, relakvamente estável do ponto de vista temámco, composicional e esmlísmco; Os esmlos da língua pertencem por natureza ao gênero, e deve basear- se no estudo prévio dos gêneros em sua diversidade ProblemáMca: a esklískca da língua ignorou tais fundamentos, daí sua debilidade. A falha dos autores está no não reconhecimento de uma unidade de base. As classificações são pobres e sem critério diferencial.

14 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca Os enunciados e o Kpo a que pertencem, ou seja, os gêneros do discurso, são as correias de transmissão ou correias motrizes que levam da história da sociedade à história da língua; Em cada época de seu desenvolvimento, a língua escrita é marcada pelos gêneros do discurso e não só pelos gêneros secundários (literários, cienfficos, ideológicos), mas também pelos gêneros primários (os Kpos do diálogo oral: linguagem das reuniões sociais, linguagem familiar, cokdiana, etc.). A ampliação da língua escrita acarreta em todos os gêneros (literários, cienfficos, ideológicos, familiares, etc.

15 Alguns problemas da linguísmca A EsMlísMca Assim, tanto os esklos individuais como os que pertencem à língua tendem para os gêneros do discurso. Um estudo mais ou menos profundo e extenso dos gêneros do discurso é, absolutamente, indispensável para uma elaboração produmva de todos os problemas da esmlísmca p. 286

16 O enunciado, unidade da comunicação verbal A EsMlísMca A linguískca do século XIX (W. Humboldt) - não nega a função comunicakva da linguagem, mas a relegou ao segundo plano. Em primeiro plano, a função formadora sobre o pensamento, independente da comunicação; A escola de Vossler passa a função dita expressiva para o primeiro plano expressão do universo individual do locutor a língua se deduz da necessidade do homem de expressar- se, de exteriorizar- se

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18 O enunciado, unidade da comunicação verbal Na linguískca, até agora, persistem funções: o ouvinte e o receptor imagem distorcida do processo complexo da comunicação verbal nos cursos de linguískca representam os dois parceiros da comunicação verbal, o locutor e o ouvinte por meio de um esquema dos processos a%vos da fala no locutor, e dos processos passivos de percepção e de compreensão da fala no ouvinte não se pode dizer que esses esquemas são errados e não correspondem a certos aspectos reais, mas quando pretendem representar o todo real da comunicação verbal se transformam em ficção cienffica

19 AMtude responsiva amva O ouvinte que recebe e compreende a significação de um discurso adota uma aktude responsiva a8va: ele concorda, completa, adapta, etc., e esta aktude do ouvinte está em elaboração constante durante todo o processo de audição e de compreensão; A compreensão de um enunciado vivo é acompanhada de uma aktude responsiva a8va. A compreensão passiva das significações do discurso ouvido é apenas o elemento abstrato que é o todo consktuído pela compreensão responsiva a%va e que se materializa no ato real da resposta fônica subsequente. A compreensão responsiva nada mais é senão a fase inicial para uma resposta, seja qual for a forma de sua realização;

20 A variedade dos gêneros do discurso pressupõe a variedade dos escopos intencionais daquele que fala ou escreve. O desejo de tornar seu discurso inteligível é apenas um elemento abstrato da intenção discursiva em seu todo. p. 291

21 O enunciado A uklização incorreta e ambígua de termos como: FALA ou FLUXO VERBAL revela um certo menosprezo no papel do outro no processo de comunicação verbal. p. 293 E o que é, então, nosso discurso?! língua processo da fala enunciado sequência de enunciados gênero preciso do discurso Problema: os problemas do enunciado e dos gêneros do discurso ficaram quase intocados

22 O enunciado Se aquilo que se divide e subdivide em unidades de língua é indeterminado e vago, a indeterminação e a confusão se transmitem igualmente às unidades assim obkdas; p. 293 Menosprezo pelo o que é a unidade real da comunicação verbal: o enunciado; A FALA só existe na forma concreta dos enunciados de um indivíduo: do sujeito de um discurso- fala; O discurso se molda sempre à forma do enunciado que pertence a um sujeito falante e não pode exiskr fora dessa forma.

23 O problema da oração ORAÇÃO enquanto unidade da língua, e ENUNCIADO enquanto unidade da comunicação verbal; p A ORAÇÃO representa um pensamento relakvamente acabado, diretamente relacionado com outros pensamentos do mesmo locutor, dentro do todo do ENUNCIADO; A disknção entre ORAÇÃO e ENUNCIADO permanece incerta, e os termos são, geralmente, confundidos;

24 O problema da oração O contexto da ORAÇÃO é o contexto do discurso de um único e mesmo sujeito falante ( o LOCUTOR); p. 296 A relação existente entre a ORAÇÃO e o contexto transverbal da realidade (a situação, as circustâncias), e os ENUNCIADOS de outros locutores não é uma relação direta ou pessoal, é intermediada por todo o contexto que a rodeia, ou seja, pelo ENUNCIADO em seu todo; A ORAÇÃO que se torna ENUNCIADO completo adquire novas qualidades e parkcularidades que não pertencem à ORAÇÃO, mas ao ENUNCIADO e que, achando- se associadas à ORAÇÃO, completam- na até torná- la um ENUNCIADO completo. p. 297

25 O enunciado A totalidade acabada do ENUNCIADO é determinada por 3 fatores (p. 300): 1. o tratamento exauskvo do objeto do senkdo; 2. o intukto, o querer dizer do locutor; 3. as formas fpicas de estruturação do GÊNERO do acabamento.

26 Gêneros do discurso Para falar, uklizamo- nos sempre dos gêneros do discurso; p. 302 Possuímos um rico repertório de gêneros do discurso oral e escrito; Falamos em vários gêneros sem suspeitar de sua existência; Esses gêneros do discurso nos são dados quase como nos é dada a língua materna; As formas da língua e as formas fpicas dos enunciados, isto é, os gêneros do discurso são introduzidas em nossa experiência e em nossa consciência.

27 Gêneros do discurso Aprender a FALAR é aprender a estruturar ENUNCIADOS: falamos por enunciados e não por orações isoladas); Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que a organizam as formas gramakcais (sintákcas); Apendemos a moldar a nossa FALA às formas dos gêneros; Se não exismssem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, e Mvéssemos de construir cada um dos nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível. p. 303.

28 Gêneros do discurso Há toda uma gama de gêneros na vida cokdiana: Gêneros fámcos, das felicitações, dos votos: a diversidade desses gêneros deve- se ao fato de eles variarem conforme as circunstâncias, a posição social e o relacionmaneto pessoal dos parceiros; Gêneros elevados, oficiais: são estáveis e muito normakvos; Gêneros mais livres e mais criamvos da comunicação verbal oral: os gêneros das reuniões sociais, da inkmidade familiar, etc.

29 Gêneros do discurso O LOCUTOR recebe, além das formas prescrikvas da língua, as formas não menos prescrikvas do ENUNCIADO, ou seja, os gêneros do discurso, que são tão indispensáveis quanto as formas da língua para um entendimento entre os locutores; Os gêneros do discurso são, em comparação com as formas da língua, muito mais fáceis de combinar, mas não deixam de ter um valor normakvo: eles lhe são dados, não é ele que os cria; p. 304

30 Considerações Finais O gênero do discurso não é uma forma da língua, mas uma forma do enunciado que, como tal, recebe do gênero uma expressividade determinada, apica, própria do gênero dado; p. 313 Essa expressividade apica do gênero não pertence à palavra como unidade da língua, mas reflete a relação que a palavra e a sua significação mantém com o gênero, isto é, com os enunciados fpicos;

31 Considerações Finais Quando escolhemos um determinado Kpo de oração, não escolhemos somente uma determinada oração em função do que queremos expressar. Selecionamos uma oração em função do todo do enunciado completo. A ideia que temos da forma do nosso enunciado, isto é, de um gênero do discurso, dirige- nos em nosso processo discursivo. O intuito do nosso enunciado pode não necessitar, senão de uma oração, pode necessitar de um grande número delas e o gênero escolhido dita- nos o seu Kpo com suas arkculações composiocionais. p. 305.

32 Obrigada!!

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