Conservação de volumosos
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- Manoela Melgaço Diegues
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1 R$ MS MS 13/07/2016 Introdução Campus de Ilha Solteira Conservação de volumosos Prof. Leandro C. Araujo (DBZ) Zootecnista Excesso Estacionalidade de produção de MS Out Nov Dez Jan Fev Mar Mês Escassez Abr Mai Jun Jul Ago Set Introdução Introdução Média de preço do Boi em Campo Grande (10 anos) Mês ( MS Out Relação MS:@ Nov Dez Jan Fev Mar Mês Abr Mai Jun Jul Ago Set Introdução Conservação de forragens vs Volumosos suplementares - Controle do crescimento - Controle da qualidade - Não tem controle sobre o crescimento: Pasto diferido Capineira Leguminosa Princípios básicos de conservação Congelamento; Adição de Sal; Adição de açúcar; Radiação; Adição de químicos; Secagem e Acidificação (Ashbell, 1994) 1
2 Principais formas de conservação de forragens Definições Feno Silagem Silagem: volumoso conservado em meio ácido resultante do processo de fermentação da forragem verde. Ensilagem: é o processo de produção de silagem, envolve os processos de fermentação e estocagem da forragem verde. Silo: é a estrutura física utilizada para conservar e estocar as forragens verdes. Câmara de fermentação. Importância econômica da silagem 1. Fornecimento de alimento de boa qualidade e em abundância no período de escassez. 2. Agregar valor no produto durante a entressafra. Vantagens e limitações Vantagens: Suprir as necessidades alimentares dos animais no período de escassez de alimento; Forma eficiente de armazenar alimento de boa qualidade; Não há perigo de perdas por fogo como o feno. Vantagens e Limitações Limitações: Superfície Gastos com a construção de silos; Demanda mão de obra e equipamentos específicos; Uma vez aberto o silo, a silagem deve ser utilizada; A silagem deve ser cortada em fatias. 2
3 Trincheira Cilíndrico de meia encosta Tipo poço Silo-fardo Tipo Bag Fonte: internet 3
4 Silo Cincho Principais espécies forrageiras tropicais - milho; - sorgo; - milheto; - capins; - cana-de-açúcar; - alfafa; - combinação entre elas. Regras básicas para o dimensionamento do silo Etapas no processo de ensilagem Largura: - Mínimo de 2 vezes a bitola do trator - Silo trincheira, 25% de declividade 1. Produção da forragem e/ou obtenção de subprodutos Planejamento da área cultivada; Escolha correta dos cultivares ou híbridos; Preparo do solo, correção e adubação. Etapas no processo de ensilagem Ponto de corte ideal para o MILHO 2. Colheita Teor de MS 30 a 35%; Carboidrato solúvel em água de 10 a 15% MS Leitoso (linha do leite ausente) Linha do leite 1 / 4 a 1 / 3 do grão Linha do leite na metade do grão Linha do leite a 3 / 4 do grão Ideal Grão duro (linha do leite completa) 4
5 Ponto de corte ideal para o SORGO Grão pastoso-farináceo (janela de corte15-20 dias) Capacidade de fermentação (CF) Ponto de corte ideal para o CANA-DE-AÇÚCAR Graus Brix 18. refratômetro de campo Ponto de corte ideal para o CAPIM 50 a 65 dias de rebrotação CF> 35 Onde: MS= teor de massa seca, %; CS= carboidratos solúveis em água (% MS) e PT= poder tampão (meq/100 g MS.). (Oude Elferink et al., 1999) 2.1. Corte e picagem 1 linha: 7-10 t MV/h 2 linha: t MV/h Partículas médias de 2 cm Afiar o conjunto de facas (100 t MV) t MV/h Relação entre conteúdo de matéria seca e proporção açúcar:capacidade tampão e seus efeitos na qualidade final das silagens (Woolford, 1984) 3. Uso de aditivos 3.1. inoculantes bacterianos (L. plantarum e buchneri) vide bula químicos (ureia e cal virgem) e 1% da MV (4L/1kg de ureia) 3.3. absorventes (polpa cítrica e farelos de cereais). 5 a 10% MV Tab. Produção de efluente em silagem de Capim Tanzânia em diferentes tamanhos de partículas e níveis de polpa cítrica. PARTÍCULA (cm) EFLUENTE (%MS) 0% polpa 5% polpa 10% polpa 1 13,88 3,73 2, ,61 5,55 4,01 3 9,52 8,34 5,24 FONTE: SOUZA AGUIAR et al, 2000 (adaptado). A polpa cítrica peletizada absorve 7l de água para cada 1kg de polpa 5
6 4. Transporte e enchimento do silo 4. Transporte e enchimento do silo Carretas agrícolas Autopropelida h; Limite de 5 dias; Fechar em dias chuvosos; Compactar (550 a 650 kg/m 3 ); Enchimento em camadas oblíquas Vagão forrageiro Peso do trator= 40% t transportada/h. Tx. Compactação= 1-3 min/t MV Enchimento em camadas oblíquas Camadas de 15 a 30 cm Camadas uniformes Vista lateral 6
7 5. Fechamento do silo Excesso de 0,5 a 1m de forragem; Lona dupla face; Sobra de 1m para os lados; Camada de terra ou capim excesso Lona preta Bagaço Terra Deterioração (Amaral, 2011) Retirada manual= 2,5 m Sequência de fases no silo para uma boa fermentação Processo de fermentação Fermentação: é uma rota metabólica em que o produto final é outro que não H 2 O e CO 2 ; A fermentação pode ocorrer em presença de O 2 ; Aumento da pressão osmótica do meio devido os ácidos orgânicos; Bactérias produtoras de ác. Lático (Lactobacillus plantarum) - Enterobactérias (Escherichia coli) - ac. Acético - ph 6 5,5 e O 2 Substrato: peptideos e CHO - Aquecimento - Perdas de CHO - Clostridium Substrato: Pepti. a. biogênicas CHO ac. butírico - Homoláticas: ac. lático - ph 4,2 - Homoláticas - estabilidade - ph 4,2-3,8 7
8 Rotas fermentativas em silagens e suas perdas de MS Bactérias Produtoras de Ácido Lático (BAL) Diferentes grupos de BAL conforme sua fisiologia, na fermentação das hexoses, sendo classificadas em: 1) Homofermentativas obrigatórias: fermentam hexoses quase que exclusivamente até ácido lático. 2) Heterofermentativas facultativas: fermentam hexose quase que exclusivamente até ácido lático, porém são capazes de fermentar pentoses até ácidos lático e acético. 3) Heterofermentativas obrigatórias: fermentam hexoses até ácido lático, ácido acético, etanol e dióxido de carbono. Fermentação homolática das hexoses Fermentação heterolática das hexoses frutose bifosfato aldolase - Fermentação da glucose ou frutose, e consecutivamente as moléculas de piruvato são reduzidas a duas moléculas de ácido lático. - Nenhuma perda de MS e baixas perdas energéticas. (1) Perdas de MS glucose 6-P desidrogenase Fosfoquetolase (2) 1= Glucose + ADP + Pi lactato + etanol + CO ATP + H 2 O 2= 3 Frutose + 2ADP + 2 Pi lactato + acetato + 2 matinol + CO ATP + H 2 O - Variável perda de MS (CO 2 ) de 5 a 24% para fermentação da glicose e frutose respectivamente. (McDONALD, 1991) lactato desidrogenase lactato desidrogenase Clostrídeos: Fermentação de açúcares e ácido lático Tab. Padrão de fermentação de silagens Parâmetro Valor ph 4,2 3,8 Ácido lático, % na MS 1,5 2,5 Ácido acético, % na MS 0,5 0,8 Ácido butírico, % na MS <0,1 N-NH3, % do N total <10 8
9 Tab. Perdas de energia na silagem Processo Tipo de perda Perdas (% MS) Agentes causais Respiração Inevitável 1-2 Enzimas da planta Fermentação Inevitável 2-4 Microrganismos Efluente Inevitável 5-7 Umidade Pré-secamento Inevitável 2-5 Clima, Técnica, Planta Fermentações secundárias Evitável 0-5 Planta, Silo, Umidade Deterioração aeróbica no armazenamento Deterioração aeróbica no descarregamento Evitável 0-10 Tempo de enchimento, Densidade, Vedação, Planta, Umidade Evitável 0-15 Densidade, Umidade, Técnica, Época do ano Perdas totais Limitantes na produção de silagem de: Capim: Elevado teor de umidade; Alfafa: elevado poder tampão. Elevada proteólise; Cana-de-áçucar: elevados teores de carboidratos solúveis e população de leveduras epífitas. Fermentação alcoólica. McDonald (1981) 6. Abertura do silo e avaliação da silagem - Fermentação cessa 20 dias após o fechamento Retirando a silagem do silo Descartar partes deterioradas; Fatias de, no mínimo, 20 cm; Retirar uma fatia por completo; Fechar novamente Avaliação da silagem Deterioração aeróbia Avaliação perante: - Odor agradável; - Ausência de bolor; - Consumo animal. 7. Cuidados no fornecimento aos animais Não deixar sobras nos cochos; Oferta diária de silagem. 9
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