Conservação de Forragem - Silagem
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- Adriana da Fonseca de Escobar
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1 > Quantidade de Forragem > Qualidade de Forragem Produção de forragem Conservação de Forragem - Silagem < Quantidade de Forragem < Qualidade de Forragem Profa Dra. Ana Cláudia Ruggieri Msc. Vanessa Zirondi Longhini 25 de outubro de 2016 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Por que conservar forragem? Conservação do excedente da forragem Prática fundamental quando se adota o manejo intensivo das pastagens. Fornecimento de forragem de alta qualidade durante todooano Permite aumentar a eficiência da utilização das pastagens diminuindo o risco de degradação (superpastejo) Alternativas para minimizar os efeitos da estacionalidadede produção 1
2 25/10/2016 Vedação do pasto Capineira Ensilagem: Processo que compreende o corte, transporte, compactação da forragem até o silo e a vedação do silo para que ocorra a fermentação (Produção de silagens) Silo: Feno Silagem Local para o armazenamento de silagens Silagem: Forragem fresca conservada mediante o processo de fermentação em meio anaeróbio (sem oxigênio) Processo de ensilagem Tamanho de PartículaColheita FATORES INERENTES AO MANEJO Tamanho de partícula Enchimento Compactação Vedação 2
3 Tamanho de Partícula Penn State Particle Separator Regulagem da máquina Faixadetamanho(0,5a2,5cm) Tamanho médio das partículas 1,5 cm Capim Tamanho de partículas Tamanho de partícula Capim 3
4 25/10/2016 Enchimento Mistura Ineficiente SELEÇÃO Espessura da camada adicionada = 15 a 30 cm/carga Fonte: Coan Consultoria Ruppel et al. (1995) 4
5 Compactação Peso do trator = 40% t transportada / hora Extensão compactação = 1-1,2x turno de colheita Ruppel et al. (1995) Compactação Efeito colchão Uso de aditivos 5
6 Vedação Lona Cobertura Vedação Importanteparanãoentrarareáguanosilo Cercar o silo para evitar entrada de animais Presença de furos na lona Lona clara para evitar aquecimento Infiltração de ar: Vedação Pode estar ligada à permeabilidade dos filmes de polietileno T 23 a 50 C, aumentaram de 3 a 5 vezes a permeabilidade American Societyfor TestingandMaterial Standard A cor do filme aumenta a permeabilidade de O 2 por absorverem calor 6
7 Descarregamento Descarregamento Manejo adequado Painel do silo homogêneo Tem que permanecer firme Camada mínima retirada - 20 cm de espessura Correto Incorreto 7
8 8
9 Processo de ensilagem FATORES INERENTES A PLANTA Umidade (teor de MS) Carboidratos solúveis Capacidade tampão 1. Teor de Matéria Seca - A planta deve conter 30 a 35% de MS - Teores de MS inferiores - Favorece a atuação de Clostridium - Perdas de MS (efluentes) 3. Capacidade Tampão - Quantidade de alcali necessária para de variar o ph de 4,0 até 6,0 / g de MS (e.mg / 100g MS) - Sais de ácidos orgânicos (málico, cítrico e oxálico), ortofosfatos, sulfatos e nitrato (80 a 90%) 2. Teor de Carboidratos Solúveis (CHOsol) - Entre 10 a 15% na MS - Mínimo 3% - Leguminosas e minerais 9
10 Relação entre conteúdo de matéria seca (Y) e a relação açúcar/capacidade tampão (X). y = x, Y conteúdo de MS (g/kg), X relação CS/CT Fonte: WEISSBACH et al. (1974) PRINCIPAIS CULTURAS Milho Milho Ensilabilidade CF = MS + 8 x (CS/CT) Sorgo Capins Tropicais Bernardes et al. (2002) Pedroso (2003) MS = 33% CS = 10 % CT = 9,5 Cana-de-açúcar CF (milho) = 41 CF (Desejável) > 35 Segundo Oude Elferink (1999) forragens com CF < 35 são consideradas insuficientes para produção de silagens láticas. 10
11 Milho Leitoso (linha do leite ausente) (MS entre 30 a 35 %) Vantagens: Desvantagens: Alta Produtividade Exigente em fertilidade Linha do leite 1 / 4 a 1 / 3 do grão [ ] CHO Solúveis Maquinário Adequado Exigente em pluviosidade Linha do leite na metade do grão Ideal Perdas Por Efluentes Linha do leite a 3 / 4 do grão Fermentação Desejável Grão duro (linha do leite completa) Sorgo Ponto de colheita 30 35% MS Ensilabilidade CF = MS + 8 x (CS/CT) Grãos pastosos/farináceos Bernardes et al. (2002) Pedroso (2003) CF (sorgo) = 38 CF (Desejável) > 35 MS = 31% CS = 10 % CT = 11 Vantagens Alta qualidade Máquinas adequadas Boa fermentação Menor exigência pluviométrica (milho) Desvantagens Exigente em fertilidade 11
12 25/10/2016 Capins Tropicais Ensilabilidade CF = MS + 8 x (CS/CT) Bernardes et al. (2002) Coan (2001) Vantagem Desvantagem Abrangência nacional Uso oportunista (capim velho) Flexibilidade no manejo Tamanho de partícula Diferentes espécies Fermentação MS = 25,7 % CS = 4,9 % CT = 18,5 CF (capim) = 27,5 CF (Desejável) > 35 Cana-de-açúcar efluentes Vantagens: Produção de MS (justificativa) Ensilabilidade CF = MS + 8 x (CS/CT) Valor nutritivo Resistência ao tombamento Resistência à pragas e doenças Bernardes et al. (2002) Pedroso (2003) MS = 31 % CS = 10,4 % CT = 6,5 Desvantagens: Produção de etanol CF (cana) = 56 CF (Desejável) > 35 Perdas por gases Perdas de MS 12
13 Princípios básicos da fermentação Microbiota Do ponto de vista bioquímico a fermentação é um processo anaeróbio de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de MICRORGANISMOS Fermentação homolática 0% de perda de MS 0,7% de perda de energia Fermentação heterolática 24% de perda de MS 1,7% de perda de energia Microbiota Microbiota Ácido-láticas Lactobacillus, Streptococcus, Pediococcus Resistentes a baixa presença de O 2 Resistentes em ph 4,0 6,8 Produção de ácido lático alto poder acidificante baixando rapidamente o ph A quantia de açúcares convertidos pelas bactérias lácticas em produtos da fermentação é dependente do conteúdo de açúcares, nível de umidade e capacidade tampão da cultura. Clostridium presentes no solo não tolerantes a baixa presença de H 2 O atuam em ph de 5,5 9,0 fermentação de açúcares, ácido lático, aa Ácido butírico, aminas, amônia e CO 2 Essas bactérias se desenvolvem em silagens com alta temperatura, próxima a 37 C, sendo que o principal meio para inibição deste tipo de microrganismo é a rápida queda de ph 13
14 Microbiota Enterobacterias anaeróbia facultativa sensível a ph inferior a 5,0 Competem pelo substrato de bactérias ácido-láticas Produção de amônia, ácido acético, succinato, etanol Leveduras microrganismos aeróbios Fungos e bactérias ácido acéticas formam produtos similares aos das enterobactérias Alguns fungos pode produzir micotoxinas McDonald, (1981) e Woolford, (1990). Principais fases e atividades das plantas, microrganismos e processos químicos observados durante a ensilagem Fonte: Adaptado de ROTZ e MUCK (1994) Mudanças qualitativas da microflora da silagem durante o processo de fermentação Fonte: WOOLFORD (1984) 14
15 Fases de fermentação em um silo Fases de fermentação em um silo Inicia-se após o fechamento do silo (oxigênio presente) Processo de respiração celular A respiração consome CHOs produz calor, água e CO 2 Quanto > exposição ao O 2 > serão as perdas Fase aeróbia prolongada resulta: Excessiva perda de MS; Excessiva produção de calor (compromete a disponibilidade da proteína) Fase Fermentativa 2 etapas: Produção de ac. Acético e Produção de ac. Lático Aumenta Enterobactérias Redução do ph Aumenta a população produtora de ácido lático Fases de fermentação em um silo ph 3,8 e 4,0 Proliferação de bactérias é inibida Processos de produção de ácido são interrompidos Inicia a fase de estabilidade 15
16 Início da fermentação Sem ar açúcares Ácido lático Ácido acético ph Dias de ensilagem temperatura Durante a estocagem Presença de ar Mofos e atuação de leveduras Perdas de energia no processo de ensilagem Processos Perdas Fatores (%) Secagem/campo Inevitável 2 - > 5 Clima, técnica, clima forragem Respiração Inevitável 1-2 Enzimas da planta Fermentação Inevitável 2-4 Microrganismos Fermentação Evitável 0 - > 5 Forragem, % MS, silo secundária Efluentes Inevitável 5 - > 7 % MS Deterioração aeróbia Evitável 0 - > 0 Tempo de enchimento, armazenamento forragem, densidade, tipo de silo Deterioração aeróbia no descarregamento Evitável 0 - >15 Tempo de enchimento, forragem, densidade, tipo de silo, estação do ano Silo Trincheira Tipos de silos - Custo inicial moderado (sem revestimento) - Inclinação lateral de 25% (compactação) -Inclinação da base (1 a 2%) escoar efluentes -Menores perdas de MS - Fácil descarga e compactação - Mais frequentemente usado - Aproveitamento da lona - Local fixo (estático) - Carregamento manual ou mecânico 16
17 Silo Trincheira - Dimensões A V= A C h C= comprimento A = ((B+b)/2)*h - Baixíssimo custo inicial (lona plástica) - Feito em qualquer local - Problemas de compactação (laterais) - Solo bem compactado - Aproveitamento de lona - Maiores perdas de MS Silo de Superfície - Carregamento manual ou mecânico 17
18 Silo de Superfície - Dimensões Silo cilíndrico ou de poço h V=A C C = comprimento A A= ((B+b)/2)*h -Elevado custo inicial (alvenaria e cobertura) - Muito utilizado antigamente - Boas condições de armazenamento - Compactação (homens) - Desvantagem de descarga (homens) - Problemas de drenagem (material úmido) - Muito pouco utilizado atualmente - Problemas na abertura (carregamento homens) - falta de oxigênio em profundidade - enchimento lento (tambores) Silo Bag ou Linguiça - Custo inicial elevado (bag) - Maquinário específico - Perdas insignificantes de MS - Colocado em qualquer local (terreno compactado) - Perda do Bag após a abertura - Problemas de carregamento (homens) - Utilização restrita (R$????) 18
19 Cálculo área do silo Comprimento do silo? B = 6,0 m Vaca de 450 kg que consome 2% PV = 9 kg de MS/dia Perdas = 20% MS silagem = 30% 30%MS 9,0 kg MS 100% MS x x = 30,0 kg de silagem h = 4,0 m Perda de 20% A: área da face do silo b: base inferir do silo B: base superior do silo h : altura do silo b = 4,0 m A= ((B+b)/2)*h A = ((6 + 4 )/2)*4 A = 20 m 2 80% 30,0 kg de silagem 100% x kg de silagem X = 37,5 kg de silagem/vaca/dia número de vacas = 100 período de seca = 150 dias 100 vacas x 150 dias x 37,5 kg = kg de silagem Comprimento do silo? Exercício 2 1 m kg x kg x = 1125 m 3 V = A x C C = V / A C = 1125 m 3 / 20 m 2 = 56,25 m Fatia diária? 37,5 kg x 100 vacas = kg 1 m kg x kg x = 7,5 m 3 A = 20 m² 38 cm C =56,25 m Nºdeanimais=120 Peso=380kg Consumode2,5%PV Tempodeuso=150dias Perdas=20% TeordeMS=35% Densidadedosilo=600kg/m³ Silo: Alturadosilo=2,5m Basemaior=3,80m Basemenor=2,55m h B A b V = A x C 7,5 = 20 x C C = 0,375 m ou 38 cm 1) Qualo comprimentodosilo? 2) Qualo tamanhodafatiadiária? 19
20 Resultado ex2. Comprimento do silo: 128,20 m Tamanho da fatia: 0,855 m ou 85 cm Obrigada!! 20
Prof. Titular UNESP/Jaboticabal, Pesquisador do CNPq UNESP - Jaboticabal/SP Brasil
CONSERVAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE FORRAGEM Prof. Titular UNESP/Jaboticabal, Pesquisador do CNPq E-mail: rareis@fcav.unesp.br UNESP - Jaboticabal/SP Brasil Conservação de Forragem Silagem Sistema de Produção
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