EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA ESPECIALIZADA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE SALVADOR BAHIA.
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- Raul Monteiro Prado
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1 EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA ESPECIALIZADA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE SALVADOR BAHIA. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, através do Promotor de Justiça que a presente subscreve, vem, com o costumeiro respeito, perante Vossa Excelência, com supedâneo nos arts. 5º, XXXII, 170, V e 129, III, da Constituição Federal; 25, IV, alínea a, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público; 6º, VI e VII, e 81 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor, propor AÇÃO CIVIL PÚBLICA, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (URGENTE) contra AGF BRASIL SEGUROS, inscrita no CNPJ sob o número / , domiciliada na Rua Luis Coelho, n. 26, 4º andar, CEP , São Paulo SP, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:
2 I OS FATOS Há muitos anos a ré mantém com milhares de consumidores-segurados do País relações jurídicas decorrentes de contratos de seguro de vida. Tais seguros acenavam para o consumidor com a possibilidade de renovação automática (fls. 134) e fixação do valor do prêmio sem qualquer reflexo da faixa etária do segurado. Ocorre que, surpreendentemente, no decorrer do ano de 2006 e no início do ano corrente, a Ré encaminhou correspondência padronizada aos consumidores informando que em função de alterações da legislação do mercado segurador, estaria impedida de renovar as apólices dos seus segurados por mais uma vigência mantendo as mesmas coberturas e valores. Em verdade, a AGF Brasil Seguros comunicou que, não obstante tais alterações, predispunha-se a oferecer aos segurados a contratação de um novo produto, com características e preços diferenciados e com a mesma qualidade que você [o consumidor] já está habituado (fls.06), daí a extinção dos seguros antigos. Em virtude disto, propunha - melhor dizendo, impunha - aos consumidores a substituição dos seguros contratados anteriormente, por um novo produto (sic), sob pena de ficarem desvalidos da cobertura contratada quando encerrado o período de vigência do seguro contratado. Como maior novidade da proposta - imposição - da AGF Brasil Seguros estava a alteração do valor do prêmio em função da evolução da idade dos segurados, contrariando tudo que lhes fora prometido no instante da contratação originária. Observe-se que, de tão
3 elevados, os valores impostos pela Ré inviabilizam a continuidade da relação jurídica para inúmeros segurados, razão pela qual apresentou esta, alternativamente, opções que implicavam redução do capital segurado, isto, repita-se, para mitigar os efeitos deletérios da majoração dos valores dos prêmios em razão do avanço da faixa etária. Além disso, observa-se outra alteração prejudicial ao consumidor, qual seja, alteração do contrato com a extinção da cobertura por invalidez permanente e total por doença. Somente para que se aquilate a iniqüidade a que se expôs os consumidores, vejamos o caso do inditoso Senhor Antônio Eduardo de Araújo Lima, acima referido, o qual é segurado da AGF Brasil Seguros há 7 anos, e agora se vê exposto à sua conduta abusiva: Observem-se as suas COBERTURAS ATUAIS, para um prêmio total de R$ 127,83 (dados colhidos do certificado de seguro de fls. 04): Cobertura Capital Segurado Morte Natural R$ ,10 Morte Acidental R$ ,19 Invalidez permanente por acidente R$ ,19 Invalidez Total e Permanente por Doença R$ ,10 Agora, vejamos a PRIMEIRA OPÇÃO oferecida, em que, além de ter sido suprimida a cobertura por invalidez total e permanente por doença (fls. 07), o valor do prêmio mensal foi majorado em 116% para que fossem mantidos praticamente os mesmos valores
4 de capital segurado, exceto a cobertura de invalidez permanente por acidente que foi reduzida à metade: PRIMEIRA OPÇÃO Prêmio mensal R$ 276,55 Cobertura Capital Segurado Morte Natural R$ ,10 Indenização especial por acidente R$ ,10 Invalidez Permanente Total ou Parcial por acidente R$ ,10 Numa SEGUNDA OPÇÃO, além da exclusão da cobertura acima aludida, haveria a redução do capital segurado em aproximadamente 53% para que o prêmio permanecesse o mesmo: SEGUNDA OPÇÃO Prêmio mensal R$ 127,83 Cobertura Capital Segurado Morte Natural R$ ,28 Indenização especial por acidente R$ ,28 Invalidez Permanente Total ou Parcial por acidente R$ ,28 Finalmente a TERCEIRA OPÇÃO, em que foi reduzido em 27,12% o valor do capital segurado, aumentando-se o valor do prêmio em 58,16%:
5 TERCEIRA OPÇÃO Prêmio mensal R$ 202,18 Cobertura Capital Segurado Morte Natural R$ ,69 Indenização Especial por acidente R$ ,69 Invalidez permanente total ou parcial por acidente R$ ,69 Ressalva-se que, qualquer que seja a opção feita pelo segurado, em caso de morte acidental, a cobertura de Morte Natural e Indenização Especial por Acidente se acumulam. II - O DIREITO A conduta da Ré viola flagrantemente o princípio da boa-fé objetiva, que deve nortear todas as relações jurídicas contratuais - seja de consumo ou não - tanto na conclusão quanto na execução da avença (art. 422 do CC e 4º, III, do CDC). Com efeito, a expectativa legítima dos consumidores infelicitados pela prática aqui anunciada era a continuidade do vínculo, sobretudo após tantos anos de pagamentos. Agora, decorridos muitos anos da contratação, são surpreendidos com a rescisão unilateralmente imposta, ou, alternativamente, a adesão a novos contratos absurdamente mais desvantajosos, inclusive com a previsão da majoração do prêmio com o avanço da faixa etária.
6 Os contratos de seguro de vida e acidentes pessoais, como se sabe, possuem uma larga importância social e individual, sendo denominados pela doutrina mais atualizada como contratos cativos de longa duração, 1 relações contratuais pósmodernas ou contratos relacionais. Baseiam-se tais avenças numa relação de confiança entre os contratantes, sobretudo por parte do consumidor, o qual, dependente do fornecedor para obter segurança, tem a natural expectativa de permanecer destinatário dos serviços pelos quais pagou por longo lapso de tempo. Com efeito, conforme assevera Cláudia Lima Marques, a idéia dos seguros está intimamente ligada ao anseio humano de controle dos riscos e de socialização dos riscos atuais e futuros entre todos na sociedade. 2 Em tais contratos, após anos de convivência, depois de pagar fielmente contraprestações mensais durante os anos mais produtivos e saudáveis da sua vida, não interessa ao consumidor desvincular-se do contrato. Interessa-lhe tão-somente a continuidade da relação contratual. É este o seu natural e legítimo anseio. Ao contratar seguro dessa espécie, o consumidor procura um verdadeiro parceiro, aquele com quem estabelecerá relações por um longo período, animado pela expectativa de que lhe sejam prestados os serviços contratados se e quando necessitar. Observe-se o que, a respeito desses contratos, diz a doutrina: 1 2 Cf. Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ERT, 4 a. ed., p. 68. Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 4a. ed., ERT, p. 412.
7 O objetivo principal destes contratos muitas vezes é um evento futuro, certo ou incerto, é a transferência (onerosa e contratual) de riscos referentes a futura necessidade, por exemplo, de assistência médica ou hospitalar, pensão para viúva, formação escolar para os filhos do falecido, crédito imediato para consumo. Para atingir o objetivo contratual os consumidores manterão relações de convivência e dependência com os fornecedores desses serviços por anos, pagando mensalmente suas contribuições, seguindo as instruções (por vezes, exigentes, burocráticas e mais impeditivas do que regulamentadoras) dos fornecedores, usufruindo ou não dos serviços, a depender da ocorrência ou não do evento contratualmente previsto.. 3 Sobre a expectativa do consumidor de continuidade da relação jurídica nos contratos cativos de longa duração, importante transcrever o pensamento de Cláudia Lima Marques: O contrato de longa duração, de execução sucessiva e protraída, traz em si expectativas outras que os contratos de execução imediata, baseiam-se mais na confiança, no convívio reiterado, na manutenção do potencial econômico e da qualidade dos serviços, pois trazem implícita a expectativa de mudanças das condições sociais, econômicas e legais na sociedade nestes vários anos de relação contratual... 4 Como se sabe, o Código de Defesa do Consumidor fez ressurgir no direito brasileiro o princípio da boa-fé objetiva como novo paradigma para as relações contratuais. 5 Mencionado princípio encontrou guarida na norma-objetivo do artigo 4.º, Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 4 a ed., ERT, p. 87. A abusividade nos contratos de seguro-saúde e de assistência médica no Brasil"; in AJURIS, 64/45. Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ERT, 2.ª ed., p. 78.
8 inciso III, e há de servir como critério viabilizador dos ditames constitucionais sobre a ordem econômica (art. 170 da CF), orientando a atividade do intérprete. Já noutro dispositivo, como corolário da adoção do princípio da boa-fé, acolheu, o CDC, a cláusula geral da boa-fé, como instrumento para o controle das cláusulas abusivas. Encontra-se mencionada cláusula no artigo 51, IV, in verbis: Art São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:... IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;... Cumpre anotar, neste passo, que conforme magistram Alberto do Amaral Júnior 6 e Ruy Rosado de Aguiar Júnior, 7 este com respaldo na doutrina de Clóvis do Couto e Silva, o princípio da boa-fé tem assento constitucional, eis que decorrência do artigo 3.º, I, da Carta Magna, que estabelece como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil constituir uma sociedade justa e solidária. Cuida-se de boa-fé objetiva, que independe da má-fé subjetiva do fornecedor, impondo um dever de agir segundo determinados padrões de honestidade a fim de não frustrar a confiança legítima da outra parte. Conforme Cláudia Lima Marques, 8 a qual evoca ensinamentos de mestres europeus, a boa-fé objetiva implica mais A boa-fé e o controle das cláusulas contratuais abusivas nas relações de consumo, RDC 6/27. A boa-fé na relação de consumo, RDC 14/20. Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ERT, 2.ª ed., p. 79.
9 além do compromisso expresso, a fidelidade e coerência no cumprimento da expectativa alheia independentemente da palavra que haja sido dada, ou do acordo que tenha sido concluído; representando, sob este aspecto, a atitude de lealdade, de fidelidade, de cuidado que se costuma observar e que é legitimamente esperada nas relações entre homens honrados, no respeitoso cumprimento das expectativas reciprocamente confiadas. É o compromisso expresso ou implícito de fidelidade e cooperação nas relações contratuais, é uma visão mais ampla, menos textual do vínculo, é a concepção leal do vínculo, das expectativas que desperta (confiança). A boa-fé constitui-se numa fonte de deveres, dentre os quais se insere o de lealdade, ou dever anexo de cooperação, conforme prefere Cláudia Lima Marques, 9 o qual impõe comportamentos tendentes a viabilizar a realização do desiderato do negócio. 10 A boa-fé objetiva, consoante escólio de Agathe E. Schmidt da Silva, 11 pressupõe, dentre outros elementos que aponta, a reunião de condições para criar na outra parte um estado de confiança no negócio celebrado, a fim de que esta expectativa seja tutelada. Ora, sendo legítima, nos contratos de seguro de vida e acidentes pessoais, a expectativa do consumidor na manutenção da relação contratual, eis que condição para a satisfação do objeto do contrato, é contrária à boa-fé a desconstituição do vínculo sempre que este não mais interesse ao fornecedor Contratos no Código de Defesa do Consumidor, ERT, 2.ª ed., p. 85. Ruy Rosado de Aguiar Junior, A boa-fé na relação de consumo, RDC 14, pp. 26/27. Cláusula geral de boa-fé nos contratos de consumo, RDC 17/146.
10 Em casos semelhantes, acerca de contratos cativos de longa duração, a orientação da jurisprudência tem sido firme no sentido que aqui se propõe: MEDIDA CAUTELAR - Contrato - Seguro-Saúde - Rescisão unilateral pela empresa operadora do sistema com fundamento em motivos de ordem técnico-atuarial - Inadmissibilidade - Liminar deferida para manter contrato avindo entre as partes até solução final da lide - Presença do fumus boni iuris - Incidência do Código de Defesa do Consumidor - Possibilidade de ocorrer dano irreparável ou de difícil reparação à requerente - Decisão mantida - Recurso desprovido. (Agravo de Instrumento n /6 - São Paulo - 5ª Câmara de Direito Privado - Relator: Silvério Ribeiro V.U.) SEGURO - Saúde - Cláusula de rescisão unilateral do contrato - Nulidade - Reconhecimento - Contrato de adesão - Regras limitativas que merecem ser desconsideradas, pois ameaçam o objetivo do próprio contrato e até mesmo o seu equilíbrio - Inadmissibilidade da rescisão unilateral - Recurso improvido (Apelação n / São Paulo - 9ª Câmara de Direito Privado - Relator: José Luiz Gavião de Almeida V. U.). Noutra oportunidade, o Tribunal de Justiça de São Paulo, julgando o Agravo de Instrumento , tratando de rescisão unilateral de contrato de seguro de vida em grupo e acidentes pessoais, assim se manifestou: Seguro de vida em grupo e acidentes pessoais. (...) Boafé objetiva das relações contratuais. Expectativa da
11 segurada, por contrato firmado há longos anos, de ser mantida a cobertura securitária. Presença da aparência do bom direito e do perigo da demora que autoriza a liminar de manutenção do contrato de seguro, até decisão final da ação principal. 12 Não noutro sentido decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em agravo de instrumento interposto pela SUL AMÉRICA SEGUROS DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A, contra decisão que deferiu pedido de antecipação de tutela, determinando que esta renovasse o contrato de seguro firmado com consumidor, nos moldes originalmente avençados: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGURO. RESILIÇÃO DO CONTRATO POR VONTADE UNILATERAL DA SEGURADORA. PEDIDO DE MANUTENÇÃO DA APÓLICE. POSSIBILIDADE, NO CASO CONCRETO. Preenchidos os requisitos do artigo 273 do CPC, deve ser deferida a antecipação de tutela, a fim de determinar a manutenção do contrato de seguro firmado entre as partes, o qual a seguradora pretende resilir, por vontade unilateral. Vínculo, em que pese aparente, de trato sucessivo, o qual não indicava viesse a ser interrompido, até porque a renovação do contrato, ao longo dos anos, sempre ocorreu de forma automática. Agravo desprovido. (Agravo de Instrumento n Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul Quinta Câmara Cível - Relator: Umberto Guaspari Sudbrack j.em , p. no DJ em ). 12 A ementa foi citada pelo Desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças em voto proferido no Agravo de Instrumento n (Tribunal de Justiça de São Paulo - Seção de Direito Privado - 29a. Câmara, j. Em 02/08/2006).
12
13 III DA MEDIDA LIMINAR À evidência, encontram-se presentes no caso os requisitos necessários à concessão da medida liminar, quais sejam a relevância do fundamento da demanda e o justificado receio de ineficácia do provimento final, previstos no art. 84, 3. do CDC. Com efeito, é inescusável o direito exposto, garantidor do primado da boa-fé, que não admite sejam rescindidos unilateralmente contratos cativos de longa duração celebrados há tantos anos, frustrando legítimas expectativas dos segurados. Por outro lado, são graves e de difícil reparação os danos que poderão ocorrer aos consumidores, pois, com a rescisão dos seus contratos, ficarão desprotegidos dos riscos cuja cobertura contrataram, máxime porque muitos não poderão arcar com a elevação dos prêmios em decorrência da mudança de faixa etária. Além disso, com as novas apólices, aqueles que tiverem recursos suficientes para a elas aderir, ficarão desacobertados nas hipóteses de invalidez total e permanente por doença. IV DOS PEDIDOS LIMINARES Liminarmente, requer seja ordenado à Ré: a) Que possibilite aos segurados cujos contratos tenham sido rescindidos em face da conduta da Ré a, querendo, no prazo de noventa dias, efetuar a sua renovação nas mesmas condições anteriormente pactuadas, retroagindo tal opção à data do cancelamento
14 unilateralmente imposto, sem qualquer perda das garantias constantes da apólice cancelada no período em que estiveram dela desvinculados. b) Que possibilite aos segurados que aderiram aos novos planos oferecidos a, querendo, no prazo de noventa dias, retornar aos contratos originalmente celebrados, retroagindo tal opção à data do desligamento do plano originário, sem qualquer perda das garantias constantes da apólice anterior no período em que estiveram dela desvinculados. c) Emitir, no prazo de cinco dias após a renovação ou opção pelo retorno ao contrato originário, os respectivos boletos de cobrança, inclusive, sendo o caso, incluindo os prêmios atrasados, sem qualquer acréscimo moratório. d) Comunicar a todos os segurados abrangidos por esta ação, no prazo de cinco dias, os termos da decisão antecipatória da tutela que vier a ser proferida, informando-os do teor do que for decidido; e) Publicar em jornal de grande circulação, no prazo de cinco dias, de forma resumida, a concessão da medida antecipatória, informando aos segurados os prazos estabelecidos na decisão que vier a ser proferida. Para garantir o cumprimento da decisão que vier a ser proferida, em todos os seus termos, requer seja imposta multa diária no valor de R$ ,00 (trinta mil reais), que deverá ser revertida para o fundo de que trata o art. 13 da Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85).
15 V DOS PEDIDOS FINAIS Finalmente, requer: 1) Deferida a liminar, a citação da demandada para, querendo, contestar a presente ação, no prazo legal, sob pena de revelia; 2) A publicação do Edital previsto no artigo 94 da Lei n.º 8.078/90, para conhecimento dos interessados e eventual habilitação no feito como litisconsortes; 3) A dispensa do pagamento de custas, emolumentos e outros encargos, desde logo, à vista do que dispõe o artigo 18 da Lei n.º 7.347/85 e artigo 87 da Lei n.º 8.078/90; 4) Sejam as intimações ao autor feitas pessoalmente, mediante entrega dos autos com vista na Promotoria de Justiça do Consumidor, sita na Avenida Joana Angélica, n , prédio anexo, 3. andar, nesta Capital, em face do disposto no artigo 236, 2. o, do CPC, e 199, inciso XVIII, da Lei Complementar estadual n.º 11/96. 5) O julgamento, a final, da procedência desta ação para: a) possibilitar aos segurados cujos contratos tenham sido rescindidos em face da conduta da Ré a, querendo, efetuar a sua renovação nas mesmas condições anteriormente pactuadas, retroagindo tal opção à data do cancelamento unilateralmente imposto; b) possibilitar aos segurados que aderiram aos novos planos oferecidos a, querendo, retornar aos contratos originalmente celebrados, retroagindo tal opção à data do desligamento do plano originário; c) condenar a Ré a
16 devolver em dobro todos os valores cobrados indevidamente a maior e pagos pelos consumidores que tenham aderido aos novos planos, particularmente em virtude de aumentos por mudança de faixa etária. em lei. Protesta provar o alegado pelos meios admitidos mil reais). Dá à causa o valor de R$ ,00 (quinhentos PEDE DEFERIMENTO. Salvador, 05 de julho de AURISVALDO MELO SAMPAIO 4.º Promotor de Justiça do Consumidor RENATA DE MOURA MIRANDA Estagiária de Direito
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