SEGURANÇA ALIMENTAR SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO

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1 SEGURANÇA ALIMENTAR SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO Todos os cidadãos europeus têm direito a uma alimentação sã, de qualidade e variada. Todas as informações sobre a composição, os processos de fabrico e a utilização dos géneros alimentícios devem ser claras e precisas. Com o intuito de garantir um nível elevado de saúde pública, a União Europeia e os Estados-Membros fizeram da segurança dos alimentos uma das grandes prioridades da agenda política europeia. Longe de ser um conceito isolado, a segurança dos alimentos afirma-se como um objectivo transversal a integrar na aplicação do conjunto das políticas comunitárias. Não obstante, há várias competências essenciais da União Europeia que são afectadas de uma forma mais directa : a Política Agrícola Comum ( PAC ),a concretização do mercado interno, a defesa dos consumidores, a saúde pública e as acções a favor do ambiente. Os sectores agrícola e alimentar europeus assumem uma importância fundamental para a economia europeia. A União Europeia é o segundo exportador mundial de produtos agrícolas, a seguir aos Estados Unidos. A sua indústria agro-alimentar de transformação ocupa o primeiro lugar a nível mundial, sendo o terceiro maior empregador industrial da União. Com mais de 370 milhões de consumidores, o mercado europeu é um dos mais vastos do mundo e o alargamento aos países da Europa Central e Oriental irá acentuar esta tendência. Melhor informados e melhor organizados, os consumidores têm exigências crescentes em matéria de segurança e de qualidade dos alimentos que os profissionais do sector não podem continuar a ignorar. A partir da década de 90 e das crises alimentares que surgiram nessa altura, a Comissão Europeia apercebeu-se da necessidade de estabelecer e de fazer cumprir normas de segurança mais rigorosas para o conjunto da cadeia alimentar. Assim, o Livro Branco sobre a segurança dos alimentos, publicado em Janeiro de 2000, estabelece uma política mais preventiva face a eventuais riscos alimentares e melhora, a nível europeu, a capacidade de reacção rápida em caso de riscos comprovados. CONTEXTO Política Agrícola Comum e Política de Defesa dos Consumidores Concebida para remediar as carências alimentares do pós-guerra, a PAC entrou em vigor em 1962 com o objectivo principal de garantir a auto-suficiência alimentar dos cidadãos europeus. Nos anos 70, a Comunidade alcançou e ultrapassou este objectivo de auto-suficiência alimentar para a maioria dos produtos agrícolas. De uma lógica produtivista, o sector agrícola e a indústria alimentar evoluíram para uma lógica destinada a satisfazer cada vez mais as necessidades e as exigências dos consumidores em matéria de segurança e da qualidade dos produtos. A política de defesa dos consumidores, que não estava prevista no Tratado de Roma, surgiu progressivamente neste período com o reconhecimento do Conselho Europeu de Paris de O Acto Único (1986) permitiu a introdução da noção de consumidor no Tratado (ex-artigo 100.º). A partir dessa altura, a Comissão pôde apresentar medidas com vista à defesa dos consumidores, tendo como base política um "elevado nível de protecção". 1990: as crises alimentares marcam uma viragem Durante a década de 90, as crises alimentares como a da vaca louca constituíram um ponto de viragem da política em matéria da defesa dos consumidores e da segurança dos alimentos. Evidenciaram os limites da legislação comunitária e provocaram uma reacção forte das autoridades públicas. A adopção de directivas sectoriais tinha conduzido a 1

2 diferenças de apreciação e de aplicação nos Estados-Membros. Por vezes, até subsistiam vazios jurídicos. No intuito de uma reformulação da legislação, a Comissão Europeia publicou em 1997 o Livro Verde sobre os princípios gerais da legislação alimentar da União Europeia, que constituiu o ponto de partida para uma ampla reflexão sobre a legislação em vigor e as suas possíveis melhorias. A reforma da PAC no âmbito da Agenda 2000 constitui uma evolução importante. Assume a segurança dos alimentos e a qualidade como os seus principais objectivos. O desenvolvimento rural, como segundo pilar desta política, também apoia os agricultores neste sentido. Um novo começo: o Livro Branco sobre a segurança dos alimentos O debate público iniciado com o Livro Verde conduziu à publicação do Livro Branco sobre a segurança dos alimentos em Janeiro de Foi ultrapassada uma nova etapa na reformulação completa da legislação neste domínio. A Comissão anuncia o desenvolvimento de um quadro jurídico que abrange o conjunto da cadeia alimentar - "da exploração agrícola até à mesa" - de acordo com uma abordagem global e integrada. Prevê a criação de uma Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. Com vista à instauração de um tratamento verdadeiramente uniforme em todo o território comunitário, o Livro Branco sublinha, designadamente, a necessidade de prosseguir a harmonização dos sistemas nacionais de controlos e de os alargar às fronteiras externas da União, tendo em conta o próximo alargamento. Preconiza igualmente o estabelecimento de um diálogo permanente com os consumidores e os profissionais do sector, com vista à recuperação da confiança mútua. Por fim, o Livro Branco sublinha a necessidade de colocar à disposição dos cidadãos uma informação clara e precisa sobre a qualidade, os riscos eventuais e a composição dos alimentos. O Regulamento (CE) n 178/2002, adoptado no final de Janeiro de 2002, é o texto de base da nova legislação em matéria de segurança dos alimentos. Constitui o fundamento da nova legislação neste domínio. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos foi oficialmente criada, bem como o Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal, que substituiu os oito comités científicos permanentes existentes. O sistema de alerta rápido para a alimentação humana e animal foi reforçado. A Comissão dispõe de poderes especiais que lhe permitem a adopção de medidas de emergência quando os Estados-Membros não têm condições para circunscrever, por si próprios, um risco grave para a saúde humana, animal ou para o ambiente. Perspectivas A revisão intercalar da Política Agrícola Comum, prevista para 2003, irá favorecer não só a abertura dos mercados mas também o reforço dos aspectos relacionados com o ambiente, a qualidade dos produtos e a segurança dos alimentos. Por outro lado, com vista ao restabelecimento da confiança, a política comunitária de defesa dos consumidores é enriquecida, caminhando no sentido de uma harmonização das legislações nacionais. Por fim, a reformulação em curso da legislação no domínio da segurança dos alimentos dará origem a textos jurídicos de referência. Estes documentos referir-se-ão a todos os domínios de actividade relacionados com a segurança dos alimentos. BASES JURÍDICAS A legislação comunitária no domínio da alimentação apoia-se em 4 artigos principais do Tratado que institui a Comunidade Europeia : Quando os temas agrícolas são preponderantes, aplica-se o artigo 37.º do Título "Agricultura". Este artigo estipula, designadamente, que a Comissão apresente propostas, sob a forma de regulamentos, directivas ou decisões, relativas à elaboração e execução da Política Agrícola Comum (PAC). 2

3 O artigo 152.º constitui o Título XIII "Saúde Pública" do Tratado CE. Pretende assegurar um elevado nível de protecção da saúde humana em todas as políticas e acções da Comunidade. Em derrogação ao artigo 37.º, o Conselho baseia-se neste artigo para adoptar medidas nos domínios veterinário e fitossanitário que tenham directamente por objectivo a protecção da saúde pública. O artigo 95.º refere-se às disposições relativas à concretização do mercado interno, tendo em consideração o objectivo prioritário da garantia de um elevado nível de protecção da saúde pública e do ambiente. O Título XIV "Defesa dos consumidores" e, designadamente, o artigo 153.º, visa assegurar um elevado nível de defesa dos consumidores. Este artigo reconhece os três princípios de base da política na matéria: o direito à protecção da saúde, da segurança e dos interesses económicos dos consumidores. A Comunidade contribui igualmente para a promoção do seu direito à informação, à educação e à organização para a defesa dos seus interesses. As exigências da defesa dos consumidores são igualmente tidas em consideração na definição e execução das restantes políticas e acções da Comunidade. Reforço do processo de co-decisão O Acto Único, que entrou em vigor em 1987, eliminou a regra da unanimidade para a adopção de legislação referente, em maior ou menor medida, à defesa dos consumidores. O Tratado de Amsterdão de 1999, posterior à crise da EEB, reforçou ainda mais esta tendência. O recurso ao processo de co-decisão alargou-se à maior parte dos dossiês relacionados com a segurança dos alimentos e com todos os que se referem à defesa dos consumidores e à saúde pública. OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS GERAIS Os objectivos gerais da política de segurança dos alimentos são os seguintes : Garantir um elevado nível de protecção da saúde humana e animal através de um aumento dos controlos em toda a cadeia alimentar. Colocar a qualidade no centro das preocupações. Indissociável da segurança dos alimentos, a noção de qualidade distingue dois níveis: 1) a qualidade não negociável refere-se à segurança da nossa alimentação e às exigências mínimas em matéria de protecção do ambiente e das espécies animais e vegetais; 2) a qualidade relativa ou subjectiva torna um género alimentício verdadeiramente único através do gosto, da aparência, do odor, dos métodos de produção e da facilidade de utilização. Restabelecer a confiança dos consumidores. Para restabelecer esta confiança, a segurança dos géneros alimentares é reforçada através de procedimentos mais rigorosos de vigilância e de controlo. Por conseguinte, os consumidores devem poder dispor de informações claras e precisas sobre todas as questões relacionadas com a segurança dos alimentos. A marcação CE de conformidade, as menções específicas como o rótulo ecológico ou as indicações geográficas e as denominações de origem protegidas são outras iniciativas que assumem como preocupações centrais a qualidade, a defesa dos consumidores e a defesa das produções tradicionais. O Regulamento (CE) n.º 178/2002 estabelece 5 princípios gerais que passam a prevalecer sobre todas as disposições dos restantes textos neste domínio: Reafirma-se o carácter integrado da cadeia alimentar. Para garantir a eficácia global, é fundamental assegurar um nível elevado de segurança dos alimentos em todas as etapas da cadeia alimentar, do produtor primário até ao consumidor. A análise dos riscos é um fundamento essencial da política de segurança dos alimentos. São necessárias três intervenções distintas: a avaliação dos riscos através de pareceres científicos, a gestão dos riscos através da intervenção das autoridades públicas e a comunicação desses riscos ao grande 3

4 público. Caso os dados científicos disponíveis não permitam uma avaliação completa dos riscos, deverá ser aplicado o princípio da precaução, reconhecido pela primeira vez na legislação alimentar, com vista a assegurar um nível elevado de protecção. A responsabilidade de todos os operadores do sector alimentar passa a ser explicitamente reconhecida. Cada um dos intervenientes do sector é responsável pela segurança dos produtos que importa, produz, transforma, coloca no mercado ou distribui. Em caso de aparecimento de um risco, adopta sem demora as disposições restritivas necessárias e comunica-as às autoridades. É estabelecida a rastreabilidade dos produtos em todas as etapas da cadeia alimentar. Através de sistemas adequados de recolha de informações, os operadores devem poder identificar todas as empresas que lhes forneceram um determinado género alimentício ou a quem forneceram os respectivos produtos. Os cidadãos têm direito a informações claras e precisas por parte das autoridades públicas. São consultados de uma forma aberta e transparente ao longo de todo o processo de decisão política. Estes esforços de informação e de transparência correspondem aos princípios da política comunitária em defesa dos consumidores que reconhece igualmente o direito à informação, à educação e à representação dos cidadãos. DOMÍNIOS DE ACTIVIDADE Em matéria de segurança dos alimentos, a Comissão ambiciona criar um enquadramento jurídico capaz de contribuir com regras mínimas de segurança para uma indústria agro-alimentar complexa, diversificada e que utiliza, cada vez mais, tecnologias avançadas. Estas bases comuns pretendem garantir um nível elevado de protecção da saúde humana, animal e vegetal, bem como um tratamento equivalente para todos. A apresentação dos diferentes domínios de actividade que se segue retoma a abordagem integrada "da exploração agrícola até à mesa", que passou a caracterizar esta política, e consagra o carácter indivisível da cadeia alimentar, tendo no centro do dispositivo o papel determinante da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos O Regulamento (CE) n 178/2002 cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos ( DE ), ( EN ), ( FR ), dotada de personalidade jurídica distinta. Para realizar com êxito a sua missão, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos deverá levar a cabo seis tarefas essenciais: Formular pareceres científicos independentes sobre questões de segurança dos alimentos e questões com ela relacionadas, como a saúde e o bem-estar animal, a fitossanidade, os organismos geneticamente modificados (OGM) ou a nutrição. Formular pareceres sobre questões técnicas alimentares, com vista a orientar as políticas e a legislação relativas à cadeia alimentar. Recolher e analisar as informações sobre quaisquer riscos eventuais, bem como sobre os dados relativos à exposição por via alimentar, com vista a controlar a segurança em toda a cadeia alimentar. Identificar e notificar os riscos emergentes o mais cedo possível. Apoiar a Comissão em caso de situação urgente, formulando pareceres científicos em unidades de crise criadas ad hoc. Estabelecer um diálogo permanente com o público em geral e informar sobre os riscos potenciais ou emergentes. Alimentação animal Anualmente, o sector agro-alimentar produz mais de 100 milhões de toneladas de alimentos para animais. As normas sanitárias em vigor incidem sobre a colocação no mercado e a criação de rótulos relativos a estes alimentos. Outras disposições legislativas regulamentam a utilização de aditivos (vitaminas, antibióticos, factores de crescimento, 4

5 conservantes, etc.) nos alimentos para animais, e restringem determinadas substâncias, como as dioxinas, através do estabelecimento de valores-limite máximos. A revisão das disposições em vigor pretende tornar ainda mais estritas as normas sanitárias aplicáveis, designadamente, aos subprodutos animais não destinados ao consumo humano. A partir de agora, a indústria agroalimentar tem a obrigação de eliminar todos os resíduos, incluindo os provenientes da restauração, de modo a impedir a sua transformação em alimentos para animais. Em função dos riscos potenciais, aplicam-se medidas rigorosas de identificação, transporte, armazenagem e de tratamento. Bem-estar dos animais O Tratado de Amsterdão, no "Protocolo relativo à protecção e ao bem-estar dos animais", estabelece novas regras relativas à acção da União Europeia. Reconhece oficialmente que os animais são seres dotados de sensibilidade e impõe às instituições europeias que tomem em consideração as exigências em matéria de bem-estar dos animais na formulação e aplicação da legislação europeia. A legislação comunitária em matéria de protecção dos animais visa evitar aos animais qualquer sofrimento inútil nos três domínios principais: criação, transporte e abate. Em colaboração com as autoridades competentes dos Estados- Membros, o Serviço Alimentar e Veterinário (SAV) efectua controlos no local para garantir o devido cumprimento da legislação comunitária. Sanidade animal A sanidade animal é indissociável da segurança dos alimentos. O SAV tem por missão garantir o respeito das normas sanitárias internacionais em matéria de sanidade animal. Os seus inspectores e peritos procedem a controlos nos Estados-Membros, nos países candidatos e nos países terceiros que exportam as suas mercadorias para a União. A criação da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos irá reforçar os dispositivos de prevenção e de reacção imediata face à detecção de focos de doença. A situação actual no que concerne as principais doenças infecciosas dos animais é a seguinte: A Encefalopatia Espongiforme Bovina (ou a denominada doença da vacas louca): de acordo com o princípio da precaução, as farinhas animais, principal vector de propagação da doença, foram proibidas em toda a União Europeia,a partir de 1994, para os ruminantes, e, em Dezembro de 2000, para todos os animais; uma lista de "matérias de risco especificadas" exclui todas as partes e órgãos que possam veicular o prião, o agente da doença; testes rápidos e sistemáticos a todos os animais de risco permitem detectar a doença em todo o território comunitário. A febre aftosa não é uma doença transmissível ao homem mas é altamente contagiosa e pode dizimar rebanhos inteiros. Face à crise surgida no Reino Unido, a Comissão adoptou, a nível europeu, medidas rigorosas de restrição de movimentos de animais e de abate de rebanhos afectados pela doença. Apesar de não ter sido detectado nenhum caso de febre aftosa desde o final de 2001, continua a proceder-se a uma vigilância apertada. O Parlamento Europeu criou uma comissão de inquérito para esclarecer totalmente esta crise. A Comissão apresentará em breve uma iniciativa legislativa que irá reforçar os dispositivos actuais. Disposições específicas referentes a outras doenças de animais tais como a peste suína clássica ou africana, a febre catarral ovina, a raiva. Controlos veterinários, polícia sanitária e higiene dos géneros alimentícios A União Europeia elaborou um importante corpus de textos legislativos relativos às medidas de polícia sanitária, de controlos veterinários e de higiene dos géneros alimentícios. 5

6 Vinculativos em todos os Estados-Membros e aplicáveis aos países candidatos e aos países terceiros que exportam para a União, estes textos têm por objectivo principal regulamentar as importações, a colocação no mercado e as trocas intracomunitárias de animais e de produtos animais. Definem as normas de higiene e de segurança e estabelecem controlos à escala europeia. Os Estados-Membros são responsáveis pela aplicação desta legislação e determinam as sanções aplicáveis em caso de infracção. Em complemento, o SAV efectua auditorias e inspecções oficiais nos Estados-Membros e nos países exportadores, comunicando posteriormente as suas conclusões e recomendações às autoridades nacionais e comunitárias, bem como ao grande público. No âmbito da concretização do mercado interno, a higiene dos géneros alimentícios registou uma grande evolução desde Esta data marca a adopção das primeiras directivas europeias que estabelecem normas elevadas de higiene para os géneros alimentícios. Ao longo de toda a cadeia alimentar, as empresas do sector aplicam dispositivos rigorosos de controlo. A política comunitária neste domínio assenta em seis princípios de base: A protecção da saúde humana como preocupação principal. O recurso à análises dos riscos e sua avaliação nas empresas do sector alimentar. A adopção de critérios microbiológicos e de controlo da temperatura. A elaboração de códigos de boas práticas de higiene. O controlo da higiene dos géneros alimentícios pelas autoridades competentes. A responsabilidade dos operadores do sector alimentar na comercialização dos géneros alimentícios. À escala europeia, está em curso uma reformulação total das disposições jurídicas no domínio da polícia sanitária, dos controlos veterinários e da higiene dos géneros alimentícios, designadamente no que respeita: À higiene dos géneros alimentícios e as normas específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal. Aos controlos oficiais dos produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Às normas específicas de organização dos controlos oficiais relativos aos produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Às normas de polícia sanitária que regem a produção, a colocação no mercado e a importação dos produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Esta reformulação da legislação elimina as lacunas e os vazios jurídicos, derivados de uma legislação demasiado sectorial. Além disso, favorece uma aplicação uniforme dos princípios gerais de segurança em toda a cadeia alimentar, mantendo as especificidades dos sectores. Controlos fitossanitários Não menos importante do que a sanidade animal, a saúde das plantas e dos vegetais utilizados na alimentação humana e animal é alvo de uma atenção especial. Está em vigor um sistema harmonizado de vigilância, autorização e utilização aos níveis nacional e europeu. A nível nacional, os Estados-Membros utilizam dispositivos de controlo e de vigilância e sancionam os infractores quando detectam irregularidades. A nível europeu, a acção da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos reforçará os meios disponíveis e melhorará a eficácia dos testes realizados. No que diz respeito aos controlos fitossanitários, os três domínios de competência da Comunidade são os seguintes: Autorização, utilização e controlo dos produtos fitofarmacêuticos (insecticidas, fungicidas, herbicidas, etc.). Controlo da presença de pesticidas nos géneros alimentícios. Protecção contra os organismos prejudiciais aos vegetais (insectos, plantas, vírus, micoplasmas ou outros agentes patogénicos, etc.). 6

7 Contaminação da cadeia alimentar A contaminação dos géneros alimentícios representa um risco real para a segurança dos alimentos. Pode provir de inúmeras fontes, como a poluição ambiental, a cadeia de produção ou os produtos utilizados na embalagem. Por conseguinte, a União Europeia estabeleceu uma vasta gama de medidas legislativas com vista a proteger os géneros alimentícios. Um regime geral regulamenta a presença de contaminantes na alimentação humana, através do estabelecimento de teores máximos. Inicialmente, a União Europeia concentrou-se na proibição e na limitação da utilização de determinados produtos químicos, bem como na classificação, rotulagem e embalagem das substâncias e preparações perigosas, incluindo os adubos e os pesticidas, que são objecto de regimes específicos. Mais tarde, a protecção proporcionada pela legislação em vigor foi reforçada através de medidas relativas à avaliação dos riscos, aos ensaios sobre as substâncias químicas e à exportação e importação. Com o surgimento de novos fenómenos perigosos como os desreguladores endócrinos e os poluentes orgânicos persistentes, em Fevereiro de 2001 a União adoptou uma nova estratégia baseada no princípio da precaução e no desenvolvimento sustentável, com vista à harmonização da legislação em vigor e a colmatar as lacunas existentes a nível dos conhecimentos científicos. Os materiais em contacto com os géneros alimentícios constituem uma outra fonte de contaminação. Por conseguinte, a União estabeleceu um regime geral acompanhado de medidas específicas para determinados produtos, de modo a proteger os consumidores contra os efeitos nocivos dos materiais, tais como o plástico e os objectos cerâmicos utilizados nas embalagens. Além do mais, o acidente nuclear de Chernobil realçou a importância de assegurar uma protecção eficaz dos géneros alimentícios contra a contaminação radioactiva, através da fixação de níveis máximos de contaminação. Factores ambientais e organismos geneticamente modificados A política em matéria de segurança dos alimentos inscreve-se numa política mais geral e transversal de desenvolvimento sustentável. É indissociável de determinados factores ambientais que têm uma incidência mais ou menos directa sobre a qualidade dos produtos destinados ao consumo animal e humano. Estes factores ambientais referem-se designadamente à gestão dos resíduos, poluição atmosférica, qualidade da água (prevenção, água potável, teor em nitratos) bem como a protecção da natureza e da biodiversidade. Os organismos geneticamente modificados ( OGM ) podem ser definidos como organismos ou microrganismos cujo material genético (ADN) foi modificado de um modo artificial. Neste domínio, a União Europeia certifica-se de que os OGM não representem nenhum risco para a saúde nem para o ambiente e que os cidadãos estejam devidamente informados da existência de OGM nos alimentos. A primeira disposição legislativa europeia relativa aos OGM data da década de 90. Foi adoptada uma directiva relativa à utilização confinada de OGM na investigação e na indústria e outra relativa à sua libertação e colocação no mercado. Os produtos alimentares que contêm OGM ou que são produzidos a partir de OGM encontram-se regulados por um regulamento específico. Actualmente, estão em vias de adopção outros actos comunitários: um regulamento que visa evitar que os movimentos transfronteiriços de OGM prejudiquem a saúde humana e o ambiente, bem como um regulamento relativo à rotulagem e à rastreabilidade dos OGM e dos produtos deles derivados. Também está em vias de adopção uma proposta relativa a alimentos geneticamente modificados para a alimentação humana e animal. A curto e médio prazo, a Comissão Europeia interroga-se sobre a moratória de facto, introduzida em 1999 pelos Estados-Membros, sobre a comercialização e produção de OGM na União. A Comissão considera a possibilidade de promover de novo a autorização dos OGM, tendo simultaneamente em conta o princípio da precaução, a fim de não penalizar a indústria, a agricultura e a investigação europeias. 7

8 Preparação dos géneros alimentícios Sujeita a um rigoroso controlo, a preparação dos géneros alimentícios refere-se aos ingredientes que fazem parte da composição e da preparação de um género alimentício. Assim, são numerosas as directivas que pormenorizam a legislação aplicável por produto, quer a nível da composição, quer dos métodos de fabrico. Os géneros alimentícios com carácter específico são igualmente alvo de disposições comunitárias específicas. Tratase, por exemplo, das disposições destinadas a pessoas que sofrem de perturbações do aparelho digestivo ou a nível do metabolismo, a pessoas em condições fisiológicas especiais ou a lactentes e crianças jovens. Encontram-se igualmente incluídos nesta categoria os complementos alimentares como, por exemplo, as vitaminas. Os aditivos como os corantes, os edulcorantes, os emulsionantes e os aromas são objecto de disposições legislativas a nível europeu. Estes produtos enriquecem o género alimentar a nível de aroma, sabor ou consistência. Para poderem ser utilizados pela indústria alimentar, estes diferentes produtos necessitam de uma autorização obtida após uma série de testes científicos. Informação, educação e vigilância da saúde dos consumidores A informação é um princípio de base da política dos consumidores e intensificou-se a partir das recentes crises alimentares. Refere-se aos dados que o consumidor pode identificar directamente na embalagem e na rotulagem, tais como as indicações geográficas e de origem, os rótulos, as indicações de preço e a composição dos produtos. Paralelamente, os consumidores organizam-se em associações de defesa para exercerem uma maior influência no debate político em matéria e defesa dos consumidores, em geral, e dos aspectos de segurança dos alimentos, em particular. É de salientar que o conselho de administração da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos inclui representantes dos grupos de interesse e de defesa dos consumidores. DIMENSÃO INTERNACIONAL E ALARGAMENTO Alargamento A segurança dos alimentos desempenha um papel muito importante no âmbito das negociações de adesão. Deste modo, a Comissão assume uma posição muito rigorosa neste domínio, visto não poder tolerar que o alargamento seja acompanhado de uma diminuição do nível de saúde e de segurança. Por conseguinte, os 12 países candidatos deverão transpor para as respectivas legislações nacionais, o mais rapidamente possível e antes da data de adesão, a totalidade do acervo comunitário relativo à segurança dos alimentos. Os principais problemas ainda não solucionados nas negociações em curso referem-se aos seguintes pontos: a capacidade de os países candidatos garantirem controlos suficientes nos postos de inspecção fronteiriços situados nas futuras fronteiras externas da Comunidade, o respeito das normas rigorosas de protecção sanitária em matéria de EET e o cumprimento das normas europeias aplicáveis aos estabelecimentos de fabrico de alimentos e ao bem-estar dos animais. Dois capítulos de negociações englobam o conjunto das disposições relativas à segurança dos alimentos: O capítulo 1,"Livre circulação das mercadorias", abrange a legislação relativa aos géneros alimentícios. Com a excepção da Bulgária e da Roménia, os restantes 10 países candidatos concluíram as negociações relativas a este capítulo, sem terem solicitado o benefício de períodos de transição. O capítulo 7, "Agricultura", refere-se à organização comum dos mercados agrícolas e às questões agrícolas relacionadas com a segurança dos alimentos (alimentação animal, questões veterinárias e fitossanitárias). Tendo em conta as fortes implicações sócio-económicas e financeiras do capítulo na sua globalidade, as negociações só foram alvo de um acordo global final por ocasião do Conselho Europeu de Copenhaga em Dezembro de Além das disposições relativas às ajudas directas aos agricultores e ao desenvolvimento rural, foram acordadas medidas de transição para os futuros Estados-Membros no âmbito da componente "veterinária e fitossanitária", que dizem respeito a alguns estabelecimentos (52 na República Checa, 44 na 8

9 Hungria, 117 na Letónia, 20 na Lituânia, 485 na Polónia e 2 na Eslováquia) cujos produtos não poderão, de modo algum, ser colocados no mercado comunitário. As disposições sobre o bem-estar das galinhas poedeiras dizem respeito à República Checa, à Hungria, a Malta, à Polónia e à Eslováquia. No sector fitossanitário, a Lituânia e a Polónia beneficiam de períodos de transição para combater duas doenças da batata, enquanto as ilhas de Malta e Chipre, a Letónia e a Eslovénia disporão de um período adicional para adaptarem a sua legislação sobre a qualidade das sementes. Para garantir uma aplicação efectiva desta legislação, é necessário um reforço dos processos administrativos e a modernização das infra-estruturas. A União Europeia apoia financeiramente as adaptações efectuadas nos países candidatos através do programa PHARE e do instrumento financeiro SAPARD para o desenvolvimento rural. Dimensão internacional da segurança dos alimentos A União Europeia assegura que as regras do comércio internacional contribuam para preservar as elevadas normas de segurança e de qualidade. A União Europeia é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), cuja legislação consagra um eixo específico à segurança dos alimentos e à saúde pública através do acordo sobre a aplicação de medidas sanitárias e fitossanitárias (acordo SFS). Invocando este acordo, um país membro da OMC pode adoptar medidas internas de protecção da saúde pública, caso prove cientificamente que um género alimentício proveniente de um outro país membro constitui uma ameaça para os seus cidadãos. Além do mais, a União Europeia ou os Estados que a constituem são igualmente membros de outras organizações internacionais que têm por missão promover a sanidade animal ou a segurança dos alimentos através de intercâmbios internacionais. Os mais importantes são a comissão do Codex Alimentarius organismo baseado em Roma e dependente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Gabinete Internacional das Epizootias (OIE) sediado em Paris. Documento extraído do portal EUROPA (sínteses de legislação) 9

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