O CENÁRIO DO RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIA PARA LABORATÓRIOS AMBIENTAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Transcrição

1 O CENÁRIO DO RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIA PARA LABORATÓRIOS AMBIENTAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO Quím. MSc. Patricia S. Trentin CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

2 Introdução A CETESB atual atribuições e laboratórios O problema O histórico da Resolução A Resolução SMA-37 Estratégias da implementação Dificuldades e benefícios alcançados Cenário atual Perspectivas futuras

3 A CETESB

4 CETESB - Atribuições Controle da Qualidade Ambiental: monitoramento da qualidade do ar, águas, solos; desenvolvimento e avaliação de propostas técnicas e padrões ambientais. Controle da Poluição e suas Fontes: fiscalização de indústrias e monitoramento de fontes de poluição; identificação e gerenciamento de áreas contaminadas. Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Ambiental: adaptação e desenvolvimento de tecnologia apropriada de proteção ambiental. Transferência de Tecnologia: disseminação de informações e treinamento de pessoal. Prevenção à Poluição: P+L. Licenciamento ambiental.

5 CETESB - Laboratórios LABORATÓRIOS DE ENSAIOS integrantes da RBLE 9 laboratórios do Departamento de Análises Ambientais (Sede) 7 laboratórios da Divisão de Laboratórios Descentralizados 1 laboratório de Emissão Veicular (1º laboratório CETESB acreditado pelo INMETRO 1987) Ensaios: físico-químicos, inorgânicos e orgânicos microbiológicos parasitológicos toxicológicos campo amostragem em ambientes aquáticos

6 CETESB - Laboratórios Aproximadamente 500 ensaios acreditados Produção anual: ensaios/ano LABORATÓRIO DE CALIBRAÇÃO integrante da RBC Calibrações: calibração de vidraria de laboratório calibração de câmaras térmicas (em fase de solicitação de acreditação)

7 CETESB Localização labs Marília Ribeirão Preto Limeira Campinas Sorocaba São Paulo - Sede (8) Cubatão Taubaté

8 O Problema RESULTADOS ANALÍTICOS CETESB ATRIBUIÇÕES LEGAIS RESULTADOS CONFIÁVEIS CORRETA TOMADA DE DECISÃO

9 Exemplos Falta de dados sobre a amostragem (localização do ponto e data de coleta, identificação da amostra, procedimentos utilizados, cadeia de custódia, parâmetros de campo) Métodos inadequados, desatualizados, não validados ou não informados Falta de data da análise Falta de informações a respeito de pré-tratamento da amostra Unidades de expressão LD x LQ Resultados incoerentes entre os ensaios (DBO>DQO, CrVI>Cr total) ou com o histórico do ponto Nome e endereço do laboratório não informados Falta do nome do Responsável Legal/Técnico e assinatura Falsificação

10 Resultados Diagnósticos ambientais inconsistentes Aumento dos prazos de análise dos processos, pelos inúmeros pedidos de esclarecimento Desenvolvimento de processos de auditoria remota por parte dos técnicos Desgaste das relações empreendedor x órgão fiscalizador Dificuldades de equiparação entre laboratórios com níveis de qualidade diferentes (competitividade mercadológica) RESULTADOS NÃO CONFIÁVEIS TOMADA DE DECISÃO DUVIDOSA, INEFICAZ OU EXCESSIVAMENTE CONSERVADORA

11 Histórico da Resolução Projeto CETESB de Qualificação de Laboratórios Externos de acordo com o ISO Guia 25 Dificuldades encontradas: Recursos humanos insuficientes Atividade não se enquadrava nas atribuições legais da CETESB CONFLITO DE INTERESSE - qualificação x fiscalização Logística/custos não estruturados Só houve um piloto, não foi implementado na prática

12 Competência x Acreditação BUSCA PELA COMPETÊNCIA = IMPLEMENTAÇÃO DA ABNT NBR ISO IEC RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIA = AUDITORIA NO SISTEMA DE ACORDO COM A ISO (RECONHECIMENTO DAS REDES METROLÓGICAS, PROJETOS INTERNOS DE QUALIFICAÇÃO/HOMOLOGAÇÃO) RECONHECIMENTO FORMAL DA COMPETÊNCIA = ACREDITAÇÃO INMETRO

13 Histórico da Resolução Minuta da Resolução Baseada na Acreditação como reconhecimento formal da competência técnica do laboratório, concedida pelo único órgão nacional com esta atribuição legal (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO) Benefícios Avaliação Independente - 3ª parte Utilização de uma estrutura e atividade já implantada e consolidada no País Além dos benefícios da acreditação aos próprios laboratórios

14 Resolução SMA-37 Resolução Estadual SMA-37 Publicada em 31/08/2006 com prazo de entrada em vigor de 2 anos Prorrogada por mais um ano, pela Resolução SMA-46 Implementada em 31/08/2009 Texto íntegra

15 A DD-211 Decisão de Diretoria publicada em 27/08/2009 Estabelece os critérios para os casos onde não existam laboratórios acreditados no território nacional para os parâmetros de interesse. Nestes casos serão aceitos resultados de: Laboratórios acreditados para outros parâmetros, que utilizem a mesma técnica analítica do parâmetro em questão; Laboratórios que já tenham protocolado pedido de acreditação junto ao INMETRO ou que tenham reconhecimento de Rede Metrológica Estadual; Laboratórios que apresentem resultados analíticos complementados de evidências objetivas (critérios de controle de qualidade), definidos pelas áreas competentes da CETESB. Período de vigência: 18 meses

16 Benefícios Confiabilidade nos resultados = RASTREABILIDADE METROLÓGICA Agilidade nas análises de processos, diminuindo o vai e volta Aumento da confiança da CETESB na tomada de decisões Melhoria das relações entre o empreendedor e o fiscalizador Fomento pela A busca da excelência no mercado W laboratorial QWaaa RESULTADOS CONFIÁVEIS POLÍTICAS PÚBLICAS MAIS EFICAZES

17 Estratégias de implementação período de transição Durante o período de 3 anos a CETESB realizou eventos de divulgação e esclarecimento aos laboratórios (último Workshop realizado em março de 2009, com a participação do INMETRO, do mercado laboratorial, da ABIQUIM, FIESP, REMESP, dentre outros). Esforço dos próprios laboratórios da CETESB no sentido de ampliarem seus escopos de acreditação, objetivando a totalidade de seus ensaios acreditados. Esforço do INMETRO no desenvolvimento/implementação de ações no sentido de minimizar o tempo médio de acreditação. Identificação de instituições que pudessem atuar como facilitadores no processo de acreditação, como por exemplo, a Rede Metrológica de São Paulo (REMESP).

18 Dificuldades iniciais Resistência de pequena parte do segmento laboratorial Inexistência de laboratórios acreditados para algumas matrizes e ensaios mais complexos (ar, emissões gasosas) Mercado ainda em fase de adaptação/adequação aos critérios Assunto específico capacitação dos técnicos da CETESB

19 Estratégias - pós implementação da Resolução Conscientização/envolvimento dos técnicos da CETESB Pop-ups periódicos na CETESBNET Realização de oficinas de aplicação da SMA-37 aos técnicos (4 turmas em 2010 e 6 turmas em 2011) homogeneidade das ações Canal de comunicação interno dúvidas mais frequentes Canal de comunicação com o público externo fale conosco da CETESB

20 Benefícios já alcançados Iniciativa pioneira Incentivo para ações semelhantes por outros regulamentadores/fiscalizadores (CONAMA, IBAMA, outros Estados) Constante parceria e troca de informações regulamentador/acreditador Disseminação da cultura metrológica Maior envolvimento dos técnicos da CETESB com as questões relacionadas à qualidade laboratorial Incentivador da busca pela excelência dos laboratórios ambientais (Brasil) acreditados acreditados ATUALMENTE aproximadamente 180 acreditados na área Meio Ambiente sendo 117 no Estado de São Paulo

21 Perspectivas futuras Ampliação das parcerias CETESB x INMETRO e CETESB x REMESP, como um importante agente junto aos laboratórios ambientais do Estado, na busca do reconhecimento de competência (reconhecimento REMESP) Revisão da SMA-37 com a inclusão da obrigatoriedade de acreditação das atividades de amostragem (em andamento) Possível regulamentação específica para as atividades de investigação de áreas contaminadas (exigência de monitoramento BPL a ser estudado)

22 OBRIGADA Quím. PATRICIA S. TRENTIN Gerente do Setor de Metrologia e Calibração CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Av. Prof. Frederico Hermann Jr, Alto de Pinheiros - São Paulo - SP Tel: (011) ptrentin@sp.gov.br