AUDITORIA. e Revisão de Contas. Reforma europeia muda regras no sector da auditoria

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5889 DE 25 DE MARÇO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE AUDITORIA e Revisão de Contas Directiva queria aumentar transparência e limitar poder das Big Four do sector. FrancoisLenoir / Reuters Reforma europeia muda regras no sector da auditoria Opiniões dividem-se quanto à eficácia e oportunidade das novas regras de Bruxelas. FILIPE ALVES filipe.alves@economico.pt As novas regras estipulam que as receitas de serviços alheios à auditoria como consultoria, assessoria fiscal e assessoria financeira, entre outras não podem superar 70% do total de volume de negócios das firmas. A União Europeia (UE) prepara-se para mudar as regras de funcionamento do sector da auditoria, com a implementação de um pacote de medidas que, embora menos ambiciosas do que inicialmente se esperava, pretendem reforçar a transparência e limitar o poder de mercado das chamadas Big Four - KPMG, PwC, EY e Deloitte. O objectivo é reformar um sector que, ao longo dos últimos anos, tem sido acusado de co- -responsabilidade na crise do sistema financeiro global. Entre as medidas previstas, cuja implementação deverá demorar vários anos, estão a proibição das cláusulas de exclusividade Big Four Only, a obrigatoriedade de escolha dos auditores das empresas por concurso no final de um período de dez anos e incentivos (ainda não especificados) para contratar duas firmas de auditoria em vez de apenas uma. As novas regras estipulam ainda que as receitas de serviços alheios à auditoria - como consultoria, assessoria fiscal e assessoria financeira, entre outras - não podem superar 70% do total de volume de negócios das firmas e proibem a prestação de determinados serviços de consultoria fiscal às empresas auditadas. Os responsáveis das firmas de auditoria ouvidos pelo Diário Económico têm opiniões distintas sobre a oportunidade da reforma e das suas consequências. Entre algumas das medidas a tomar destaca- -se, por um lado, a proibição de cláusulas de exclusividade Big Four Only. Estas cláusulas perpetuam as situações de domínio, facilitando a manutenção de preços altos. A entrada de outros players ( mid-tier firms ) aumenta a competitividade. Big Four é sinónimo de dimensão; não é exclusividade de qualidade, defende Paulo André, managing partner da Baker Tilly. E acrescenta: outra medida é a rotação dos auditores. Se é certo que mudar de auditor todos os anos não permite ganhos de conhecimento ou especialização, ter o mesmo cliente durante várias décadas potencia faltas de independência e de sentido crítico. Por sua vez, Jorge Costa, partner da PwC, lembra que o sector é dominado por quatro empresas - as Big Four -, mas que estas coexistem no mercado com um número bastante elevado de outras entidades. O mesmo responsável chama a atenção para o impacto negativo que a reforma pode ter no conjunto do sector. A qualidade dos trabalhos desenvolvidos é comparável ao melhor que se efectua em qualquer um dos países mais desenvolvidos. É um sector que tem assistido a uma queda acentuada nos preços dos serviços prestados, o que, se os orgãos de supervisão nada fizerem, pode levar a que no futuro essa qualidade venha a diminuir drasticamente.

2 II Diário Económico Terça-feira 25 Março 2014 AUDITORIA E REVISÃO DE CONTAS Por vezes é necessário adoptar medidas drásticas para que não seja criado um clima de suspeita sobre a falta de independência dos auditores, defende o especialista António Samagaio, do ISEG. Paulo Figueiredo À mulher de César não basta ser séria Novas regras pretendem reforçar independência da aparência dos auditores. Confiança é fundamental. O que se pede ao auditor é que formule a sua opinião sem estar condicionado por qualquer interesse e ao mesmo tempo tenha comportamentos que levem outros adesconfiar da sua actuação como auditor. As novas regras europeias para o sector da auditoria têm por objectivo reforçar a confiança no sector. As alterações propostas pela Comissão Europeia visam essencialmente melhorar a qualidade das auditorias através de medidas que afectam as duas dimensões que são fundamentais para que os trabalhos de auditoria tenham qualidade: competência e independência, disse António Samagaio, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em declarações recentes ao Diário Económico. A Comissão Europeia requer que as auditorias sejam executadas de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria, afirmou, adiantando: apesar de ser necessário acautelar que os Estados-membros possam regular assuntos com aplicabilidade local, a introdução das Normas Internacionais de Auditoria são uma medida que contribuem para uma melhoria da qualidade das auditorias. Essas normas são formuladas pelo IAASB, que é um organismo internacional independente do poder político e económico e que agrega profissionais de dezenas de países. Ao serem consideradas como as boas práticas do sector, a sua adopção certamente contribuirá para a redução do risco de auditoria, defendeu. Uma das linhas de intervenção da Comissão Europeia incide sobre a necessidade de reforçar a designada Independência da Aparência dos auditores. O especialista explicou que, em consequência de vários escândalos financeiros, foi emergindo a ideia de que a não rotação das firmas de auditoria e a prestação simultânea de serviços de auditoria e consultoria afectavam negativamente a integridade, a objectividade, o cepticismo profissional dos profissionais de auditoria. Embora os estudos científicos não dêem como provado essa tese, é necessário por vezes adoptar medidas drásticas para que não seja criado um clima de suspeita sobre a falta de independência dos auditores, a sua complacência por distorções nas demonstrações financeiras, disse o docente. E acrescentou: esta questão ganha relevo sobretudo nas Entidades de Interesse Público. No fundo, o conceito de independência em auditoria é semelhante ao ditado: à mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta. O que se pede ao auditor é que formule a sua opinião sem estar condicionado por qualquer interesse e ao mesmo tempo tenha comportamentos que levem outros a desconfiar da sua actuação como auditor. F.A. Alterações mais relevantes PROIBIÇÃO DAS BIG FOUR ONLY A proibição das cláusulas contratuais que obrigam as empresas à contratação de uma das quatro maiores firmas de auditoria é uma das mais emblemáticas medidas previstas nas novas regras europeias. Com esta medida, pretende-se quebrar o domínio que as Big Four KPMG, PwC, EY e Deloitte mantêm no que toca aos serviços de auditoria prestados a grandes empresas europeias e americanas. A entrada de outros players aumenta a competitividade, defende Paulo André, da Baker Tilly. ROTAÇÃO DE AUDITORES A rotação obrigatória de auditores, com incentivos à contratação de uma segunda firma ( joint audit ), constitui outra importante bandeira da reforma europeia do sector. As firmas de auditoria deverão ser substituídas após um período de dez anos, podendo ser renovado por mais dez anos se for realizado um concurso para escolha do auditor. Este prazo máximo poderá ser alargado para 14 anos, se for utilizado o sistema de joint audit, isto é, se as empresas escolherem dois auditores. ESCOLHA DE DOIS AUDITORES Os incentivos à contratação de dois auditores visam reforçar a transparência e independência dos auditores, bem como, mais uma vez, limitar o poder das Big Four. Os seus defensores salientam que a medida vai criar oportunidades para firmas de média dimensão, que poderão participar nos concursos aliadas a uma das Big Four. Os críticos dizem, porém, que as Big Four tenderão a formar consórcios entre si, excluindo as firmas médias, porque alguns clientes terão preferência pelas grandes firmas. LIMITES À CONSULTORIA As novas regras estipulam ainda que as receitas de serviços alheios à auditoria como consultoria, assessoria fiscal e assessoria financeira, entre outras não podem superar 70% do total de volume de negócios. Alguns serviços estão mesmo interditos às firmas de auditoria. Os críticos argumentam, porém, que isto fará com que as Big Four desistam de prestar serviços de auditoria a alguns clientes, mas que isso não fará estes clientes optarem por outras firmas de média dimensão.

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4 IV Diário Económico Terça-feira 25 Março 2014 AUDITORIA E REVISÃO DE CONTAS ENTREVISTA JOSÉ AZEVEDO RODRIGUES, BASTONÁRIO DA ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS Nova directiva não combate concentração de mercado Mecanismos de controlo de qualidade forçam pequenas entidades a criar dimensão. FÁTIMA FERRÃO deconomico@economico.pt São poucas as novidades que caracterizam a nova Directiva de Auditoria e o respectivo Regulamento Europeu, prontos para serem transpostos pelos Estados-membros. José Azevedo Rodrigues, bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, revela as principais alterações previstas, o seu impacto na actividade, bem como as preocupações com os mecanismos de supervisão propostos. O que há de novo em relação às reformas na actividade da auditoria? A principal novidade prende-se com a criação de um Regulamento Europeu de Auditoria, para aplicar às Entidades de Interesse Público (EIP). Este é transversal a todos os Estados-membros e de adopção imediata, não estando sujeito às regras de transposição, como acontece com a Directiva de Auditoria. Temos finalmente novidades concretas sobre as reformas a aplicar? As grandes reformas de auditoria já tinham sido aplicadas pela Directiva 2006/43/CE, pelo que, com excepção da introdução de dois instrumentos de regulamentação, não existem diferenças significativas à legislação em vigor no nosso País. Podemos considerar que Portugal tem sido um dos países de vanguarda na implementação de normas e regulamentos, pelo que os impactos da adopção dos novos normativos comunitários não serão significativos. Porém, existirão para as auditorias às EIP regras mais exigentes ao nível de rotação das firmas e dos serviços proibidos ao auditor, e para todas as auditorias, maior exigência na comunicação e relato das conclusões. Esperavam-se medidas mais ambiciosas por parte da União Europeia? Reforçaram-se as medidas tendentes à garantia de independência dos revisores e, sobretudo, em matérias de supervisão. A Ordem já tinha manifestado publicamente a sua posi- Existirão para as auditorias às Entidades de Interesse Público regras mais exigentes ao nível de rotação das firmas e dos serviços proibidos ao auditor, maior exigência na comunicação e relato das conclusões. Pedro Aperta ção, sendo que os aspectos que na altura tinha considerado mais críticos foram maioritariamente removidos na versão definitiva destes dois instrumentos de regulamentação. Até que ponto estas medidas penalizam as Big four? As medidas preconizadas em ambos os instrumentos de regulamentação são transversais a todos os revisores e sociedades de revisores oficiais de contas e, como tal, não se vislumbram que incorporem quaisquer medidas que penalizem mais ou menos um ou outro tipo de sociedade de revisores, atendendo à sua dimensão. Foram clarificadas as actividades que os revisores não podem executar nas EIP onde exercem funções de auditoria, mas tal já era uma prática instituída no nosso País, e regularmente controlada pela Ordem e pelo Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria (CNSA). E as pequenas sociedades saem beneficiadas? Não é fácil identificar benefícios específicos para as pequenas sociedades. O mecanismo de controlo de qualidade dos serviços de auditoria, previsto no Regulamento de Auditoria, irá forçar as pequenas entidades a criar alguma dimensão e a agravar os seus custos de estrutura ou de operação, pelo que, neste contexto, se poderá inferir que tal provocará algumas perdas e não benefícios. Como espera que seja feita a transposição desta directiva? Espero que a mesma ocorra com naturalidade, sendo que, a nível nacional, o estatuto dos revisores oficiais de contas e o Decreto-Lei 225/2008 que criou o CNSA são os instrumentos que asseguram essa transposição. Quanto ao primeiro, está em curso a sua alteração, por força de lei das APP (Lei 2/2013), podendo-se considerar que a versão aprovada contempla as novas disposições da Directiva de Auditoria, em nada as contrariando. Quanto ao CNSA, tem vindo a ser identificada a necessidade de proceder à revisão de algumas das suas disposições, incluindo uma alteração da sua composição, pelo que constitui uma oportunidade que as mesmas venham a ser efectuadas. Que impacto real terá no mercado de auditoria nacional? Os instrumentos de regulamentação da auditoria incidem, sobretudo, na organização profissional, desde o acesso à profissão, à formação, ao controlo de qualidade e à supervisão, pelo que será sobre estes aspectos que se esperam alguns impactos e não propriamente no mercado de auditoria. Embora todo o processo de revisão da auditoria encetado pela Comissão Europeia se tenha iniciado com a constatação de uma crescente concentração do mercado nas grandes sociedades de auditoria, estou convicto de que o resultado final não contribuirá para combater esta realidade mas, pelo contrário, continuará a contribuir para a referida concentração. Os mecanismos de supervisão preconizados, em particular na auditoria a EIP, poderão afastar muitas pequenas sociedades.

5 Terça-feira 25 Março 2014 Diário Económico V Ordem quer evitar policiamento da actividade Operacionais devem ser responsabilizados pelas suas práticas, defende bastonário. Independência dos auditores e qualidade da auditoria são os pontos-chave da nova Directiva Comunitária. Contudo, e como refere José Azevedo Rodrigues, bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, estes são factores que, a nível nacional, têm constituído os pontos fundamentais de acção quer da Ordem, quer do Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria (CNSA). Ou seja, as recomendações da União Europeia pouco trazem de novo ao mercado nacional. No entanto, a Ordem continua preocupada com a forma como podem vir a desenvolver- -se os mecanismos de supervisão, em particular se vierem a ser entendidos mais como meios de controlo punitivo do que de monitorização proactiva com vista à melhoria da qualidade da auditoria e da independência dos auditores. O próprio bastonário demonstra alguma preocupação com eventuais excessos. Ambos os instrumentos de regulamentação comportam uma mensagem de reforço da supervisão, com o qual a Ordem concorda, mas que nos preocupa se a mesma não for executada com o objectivo de contribuir para a melhoria da qualidade e da independência, mas sim com o objectivo de penalização dos profissionais. José Azevedo Rodrigues gostaria de evitar o policiamento desta actividade, uma tendência que tem vindo a verificar-se, como acontece noutros domínios da sociedade. O bastonário defende que ao invés de nos policiarmos uns aos outros, deverá existir uma clara responsabilização dos operacionais pelas suas práticas. A grande questão que pode levantar-se neste crescente modelo de organização europeia é, segundo José Azevedo Rodrigues, se o controlador é portador de competências e de independência adequadas para que o controlado seja justamente avaliado. F.F. PUB

6 VI Diário Económico Terça-feira 25 Março 2014 AUDITORIA E REVISÃO DE CONTAS Fórum 1 2 Que mudanças considera essenciais para uma reforma do sector da auditoria a nível europeu e em Portugal? Qual a situação do sector de auditoria/revisão oficial de contas (ROC) em Portugal? JOSÉ REBOUTA, Partner da Mazars & Associados 1. A reforma da actividade de auditoria está na última fase legislativa na União Europeia. A regulação e directivas estão finalizadas em substância, seguindo-se a votação, a legal review e publicação. Alinhando com o ciclo político, é desejável completar antes das eleições europeias. A regulação oferece aos Estados-membros um número de opções, como por exemplo:(i) período de rotação obrigatória, com um incentivo ao modelo de join-audit ; (ii) redução da duração máxima do auditor; e (iii) alargamento do black list de serviços de non audit. Regista-se a energia colocada na discussão, mas o posicionamento perante a fraude continuará a exigir um outro focus, dado tratar-se de um fenómeno de propagação rápida e de risco reputacional elevado. A reforma pode beneficiar o mercado pelos seguintes factores: a rotação do auditor é um factor-chave, que cria mais oportunidades que ameaças; o join audit deve ser considerada uma opção muito credível e com espaço de evolução porque não em Portugal?; a black list de serviços, cria espaço de desenvolvimento e de especialização. Cabe aos Estados-membros acolherem a melhor opção. Jason Alden/Bloomberg 2. A actividade em Portugal evoluirá para um modelo caracterizado por mais players de média dimensão e que disponham de ligação internacional. Existe espaço para a reestruturação e evolução de estruturas de média dimensão. Por outro lado, a relevância de Portugal como um HUB para e, muito especialmente, de países de língua portuguesa. O Português é a quinta língua mais falada do mundo. É claramente uma oportunidade, reforçando a importância do auditor em dispor de equipas com capacidade de interlocução e de execução internacional. A actividade de auditoria em Portugal encontra neste habitat os desafios e as oportunidades.

7 Terça-feira 25 Março 2014 Diário Económico VII PAULO ANDRÉ, Managing Partner da Baker Tilly 1. Entre algumas das medidas a tomar destaca-se, por um lado, a proibição de cláusulas de exclusividade Big Four Only. Estas cláusulas perpetuam as situações de domínio, facilitando a manutenção de preços altos. A entrada de outros players ( mid-tier firms ) aumenta a competitividade. Big Four é sinónimo de dimensão; não é exclusividade de qualidade. Outra medida é a rotação dos auditores. Se é certo que mudar de auditor todos os anos não permite ganhos de conhecimento ou especialização, ter o mesmo cliente durante várias décadas potencia faltas de independência e de sentido crítico. 2. O conceito de justo valor exige julgamento profissional atento e cuidado, aumentando o risco de auditoria. A internacionalização das empresas exige auditores internacionais e competentes (a Baker Tilly opera em 137 países). A qualidade dos activos e os critérios restritivos na concessão de crédito exigem objectividade máxima nas opiniões de auditoria. A falta de confiança exige a identificação de falhas e omissões na informação contabilística. Exige-se maior disponibilidade e mais recursos aos auditores, pressionando a rentabilidade dos auditores. RICARDO PINHEIRO, Assurance Leader da EY 1. Não considerando que seja necessária uma reforma do sector da auditoria em Portugal e na Europa, entendo, como sucedido no passado, que devem ser periodicamente aperfeiçoadas as metodologias de trabalho e de reporte, em resposta à evolução económica, empresarial e regulamentar, bem como serem actualizadas, legal e profissionalmente, as diversas funções desempenhadas pelos auditores em entidades públicas e privadas. 2. Na actualidade, o sector da revisão de contas/auditoria em Portugal caminha no sentido de uma crescente implantação e profissionalização, sustentada por uma transformação gradual de uma prática de profissionais individuais por sociedades de profissionais, um alargamento das funções e responsabilidades que lhe são cometidas e um aprofundamento permanente de conhecimentos técnicos por via de uma formação contínua obrigatória. LUÍS PEREIRA ROSA, Executive Partner da BCA Auditores e Consultores 1. As firmas locais de auditoria, para beneficiarem da reforma do sector, terão de se diferenciar pelos serviços prestados, em qualidade e em diversidade, pela procura de alternativas em mercados mais abertos, como a consultoria, e em outras geografias, e pelo desenvolvimento de estratégias de agregação, via fusões ou alianças, de preferência de âmbito regional ou transnacional. 2. O sector de auditoria enfrenta enormes desafios, pela sua reduzida dimensão e fragmentação, pela estagnação da economia, que limita oportunidades e coloca enorme pressão nos honorários, especialmente por parte de organismos estatais, e pela concentração, como acontece em todo o mundo, mas que é mais notória num mercado com a dimensão do nosso. A implementação da nova Directiva Europeia sobre o sector poderá potenciar ainda mais a concentração, se os parâmetros de isenção do serviço, a transpor para o normativo nacional, não tiverem em conta a nossa realidade empresarial. PUB

8 VIII Diário Económico Terça-feira 25 Março 2014 AUDITORIA E REVISÃO DE CONTAS Se os parâmetros de isenção do serviço não tiverem em conta a nossa realidade empresarial, a implementação da Directiva Europeia sobre o sector poderá potenciar ainda mais a concentração. Chris Ratcliffe / Bloomberg VÍTOR RIBEIRINHO, Head of Audit da KPMG em Portugal e Angola 1. Depois de uma reforma legislativa recente e outra em curso a nível comunitário, a mais importante, decorrente da reforma das Normas Internacionais de Auditoria (projecto Clarity do IAASB), continua por aplicar no normativo comunitário ( CE ) e nacional. Considero essencial a implementação, pela CE, deste processo, como forma de substituir um edifício normativo de procedimentos de auditoria claramente desactualizados e que urge ultrapassar. Refira-se ainda que a harmonização da contabilidade nos mercados (IFRS) não tem tido reflexo na auditoria, permanecendo normas diferenciadas de auditoria entre Estados-membros o potencia diferentes expectativas quanto ao resultado final de uma auditoria. 2. Encontra-se fragmentada, caracterizando-se por um conjunto de pequenas firmas de auditoria, ou mesmo individuais, que enfrentam um conjunto de desafios significativos, desde a reforma da contabilidade nacional e internacional, até à reforma de legislação e, sobretudo, a necessidade de desenvolver áreas cada vez mais complexas que necessitam de experiência e especialização relevante com equipas multidisciplinares. Assiste-se igualmente à pressão das empresas em reduzir os custos, incluindo os de auditoria, exigindo-se mais trabalho e responsabilidade (em termos regulatórios), mas diminuindo a capacidade de reflectir nos honorários de auditoria esse acréscimo de encargos. Os auditores têm, porém, aproveitado a oportunidade de acompanhar as empresas nacionais no processo de internacionalização, levando-os a analisarem o mercado a uma escala também ela global. Esse processo terá de passar necessariamente pelo desafio da profissão se abrir ao exterior e captar as oportunidades proporcionadas pelo reconhecimento da profissão, desde logo nos mercados de língua oficial portuguesa. JORGE COSTA, Partner da PwC Portugal 1. Este é um sector em mudança fruto de alterações que estão em vias de serem aprovadas ao nível da União Europeia. Não julgo que essas medidas sejam as necessárias para atingir os objectivos que se pretendem e que passarão sempre por tentar aumentar ainda mais a qualidade das auditorias. Para isso era fundamental aumentar o poder e a responsabilização das Comissões de Auditoria e dos administradores não-executivos das empresas, aumentar a exigência dos controlos de qualidade sobre os trabalhos efectuados e garantir que eventuais falhas eram devidamente punidas, aumentar a concorrência no sector, não pela destruição de empresas que souberam organizar-se para crescer e prestar serviços de qualidade aos clientes, mas através da criação de condições para que possam existir fusões entre as empresas de menor dimensão para que estas, se assim o quiserem, possam atingir a dimensão das maiores. 2. É um sector dominado por quatro empresas (as Big Four) que coexistem no mercado com um número bastante elevado de outras entidades. A qualidade dos trabalhos desenvolvidos é comparável ao melhor que se efectua em qualquer um dos países mais desenvolvidos. É um sector que tem assistido a uma queda acentuada nos preços dos serviços prestados, o que, se os orgãos de supervisão nada fizerem, pode levar a que no futuro essa qualidade venha a diminuir drasticamente. Todos os anos este sector coloca no mercado de trabalho centenas dos melhores recém-licenciados com formação em áreas associadas à Economia e Finanças. É esta formação que as empresas de auditoria dão que o mercado reconhece como muito boa, e que lhes permite serem muito cobiçados por outras empresas. JOAQUIM PATRÍCIO DA SILVA, ROC e Partner da RSM Patrício, Moreira & Valente, Sroc 1. A reforma do sector da auditoria em Portugal não vai, inevitavelmente, deixar de obedecer ao que, nesta matéria, ao nível comunitário, já decidiram em termos globais, em Dezembro passado, a Comissão, o Conselho e o Parlamento Europeus, regulamentando quanto a: (i) rotação (fazendo a distinção entre EIP e Entidades Privadas); (ii) prestação de serviços que não sejam auditoria (avaliação, controlo interno, financiamento e assessoria fiscal); e (iii) relatório de auditoria (riscos mais significativos e relato sobre questões relativas a incertezas materiais/continuidade). 2. Os ROC vêm enfrentando um quadro complexo, caracterizado essencialmente, por: (i) alterações sucessivas na legislação fiscal; (ii) influência do sector público, impondo o tutelamento da actividade com um número crescente de normativos e exigências legais; (iii) maior exigência por parte dos reguladores, com o consequente aumento do número de horas no desenvolvimento dos trabalhos de auditoria; (iv) diminuição do número de empresas sujeitas a auditoria; e (v) retracção dos honorários praticados, também por efeitos das dificuldades sentidas pelas empresas.

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