Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº2, Triagem auditiva neonatal Lima GML et al.

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1 /06/82-02/110 Jornal de Pediatria Copyright 2006 by Sociedade Brasileira de Pediatria doi: /jped.1457 ARTIGO ORIGINAL Hearing screening in a neonatal intensive care unit Triagem auditiva em recém-nascidos internados em UTI neonatal Gisele M. L. Lima 1, Sérgio T. M. Marba 2, Maria Francisca C. Santos 3 Resumo Objetivo: Avaliar a prevalência de alterações auditivas em recémnascidos internados na unidade de terapia intensiva e cuidados intermediários do serviço de neonatologia do Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, e analisar os fatores de risco associados. Métodos: Foram avaliados 979 recém-nascidos no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, utilizando-se a audiometria automática de tronco encefálico (AABR), com aparelho ALGO-2e color - Natus. O resultado foi considerado normal quando o recém-nascido apresentou resposta para 35 dbna bilateralmente. Foi analisada a prevalência de AABR alterada e odds ratio com intervalo de confiança de 95% em análise bivariada. Para identificar os fatores de risco independentes para AABR alterada, foi feita análise múltipla com modelo de regressão logística. Resultados: A prevalência de alteração no AABR foi de 10,2%, sendo 5,3% unilateral e 4,9% bilateral. Pela análise multivariada, observamos que: antecedente familiar (OR = 5,192; p = 0,016), malformação craniofacial (OR = 5,530; p < 0,001), síndrome genética (OR = 4,212; p < 0,001), peso menor que g (OR = 3,230; p < 0,001), asfixia (OR = 3,532; p < 0,001), hiperbilirrubinemia (OR = 4,099; p = 0,002) e uso de ventilação mecânica (OR = 1,826; p < 0,031) foram os indicadores que melhor caracterizaram um grupo de risco para perda auditiva. Conclusões: A prevalência de alteração auditiva pela AABR é elevada. É essencial que todos os recém-nascidos que apresentam fatores de risco associados ou isolados passem por avaliação auditiva nas situações em que não seja possível ter a triagem universal. J Pediatr (Rio J). 2006;82(2):110-4: Recém-nascido, diagnóstico, perda auditiva. Abstract Objective: Investigate the prevalence of hearing impairment in newborns hospitalized at the Intensive and Intermediate Care Unit at the Women s Comprehensive Health Center Neonatology Service (UNICAMP) and associated risk factors. Methods: 979 newborn babies were assessed between January 2000 and January 2003, through automated auditory brainstem response (AABR) (ALGO 2e color screener). The result was considered normal when the newborn showed response to a 35dBNA signal bilaterally. The prevalence of AABR impairment and the odds ratio were analyzed with a 95% confidence interval using bivariate analysis. To identify the independent risk factors for hearing alterations, multivariate analyses were used with logistic regression. Results: The prevalence of AABR impairment was 10.2%, of which 5.3% was unilateral and 4.9% bilateral. From the multivariate analyses, the following observations were made: family history of congenital hearing loss (OR = 5.192; p = 0.016), craniofacial deformity (OR = 5.530; p < 0.001), genetic syndromes associated with hearing loss (OR = 4.212; p < 0.001), weight below 1,000 g (OR = 3.230; p < 0.001), asphyxia (OR = 3.532; p < 0.001), hyperbilirubinemia (OR = 4.099; p = 0.002) and use of mechanical ventilation (OR = 1.826; p < 0.031) were the indicators that best characterized the group at risk for hearing impairment. Conclusions: The prevalence of hearing impairment using AABR is high. Therefore, it is essential for all newborns who present isolated or associated risk factors to undergo hearing screening in situations in which it is not possible to have universal hearing screening. J Pediatr (Rio J). 2006;82(2):110-4: Newborn, diagnosis, hearing loss. 1. Mestre, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP. Médica neonatologista. 2. Doutor. Professor, Departamento de Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas, SP. Diretor, Área de Neonatologia, Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher (CAISM), UNICAMP, Campinas, SP. 3. Doutora. Professora, Curso de Fonoaudiologia, Faculdade de Ciências Médicas e Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação Gabriel Porto, UNICAMP, Campinas, SP. Fonte financiadora parcial: FAPESP. Artigo submetido em , aceito em Como citar este artigo: Lima GM, Marba ST, Santos MF. Hearing screening in a neonatal intensive care unit. J Pediatr (Rio J). 2006;82: Introdução A audição é o meio pelo qual o recém-nascido entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua. É por intermédio da linguagem oral que o homem pode estabelecer contato com seus semelhantes, desenvolvendo a habilidade de compartilhar suas experiências, pensamentos e idéias, na busca de novos conhecimentos 1. A perda auditiva bilateral apresenta elevada incidência, ocorrendo em cerca de três para cada nascidos vivos, e de dois a quatro para cada 100 recém-nascidos egressos de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal. As manifestações iniciais da perda auditiva são muito sutis, e a triagem 110

2 Triagem auditiva neonatal Lima GML et al. Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº2, auditiva neonatal sistemática é a forma mais eficaz de detecção precoce. O diagnóstico precoce e a intervenção imediata são fatores decisivos na evolução e prognóstico dessas crianças 2-5. Os indicadores de risco para perda auditiva, assim como o uso de métodos objetivos para a realização da triagem e acompanhamento audiológico foram definidos e revisados pelo Joint Committee Infant Hearing (JCIH) 6. No Brasil, o Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância recomenda a triagem auditiva neonatal 7. Os procedimentos de triagem podem ser divididos em duas categorias: avaliações comportamentais e eletrofisiológicas. As técnicas comportamentais, pela relativa subjetividade da avaliação e dificuldade em detectar perdas leves ou unilaterais, determinam elevado número de falso-negativos 8. Os procedimentos eletrofisiológicos apresentam maior sensibilidade e especificidade, podendo ser utilizadas: audiometria de tronco encefálico (ABR), audiometria automática de tronco encefálico (AABR) e emissão otoacústica evocada (EOAE) 9,10. Vários estudos têm analisado o custo da triagem auditiva no período neonatal, bem como a diferença entre os diferentes métodos disponíveis 11,12. Nossa proposta neste estudo foi avaliar a prevalência de alteração auditiva pela AABR nos recém-nascidos internados em UTI e cuidados intermediários e analisar os fatores de risco associados. Battaglia e Lubchenco), sexo, antecedente familiar para surdez, consangüinidade; patologias neonatais: malformações craniofaciais, asfixia neonatal (definida pela presença de três ou mais destas características: Apgar 5 minuto menor que seis, ph de sangue de cordão menor que 7,10, encefalopatia hipóxico-isquêmica, acometimento sistêmico orgânico), síndromes genéticas, infecções congênitas, hemorragia peri-intraventricular, meningite bacteriana e hiperbilirrubinemia (bilirrubina total > 20 mg/dl para todos os recém-nascidos); procedimentos especializados: uso de fototerapia por mais que 2 dias, uso de incubadora por mais que 5 dias, uso de medicamento ototóxico por mais que 5 dias e uso de ventilação mecânica por mais que 5 dias. Os dados contidos na ficha pré-codificada foram introduzidos em um arquivo de dados em microcomputador, no programa Epi-Info 6.0. Foi analisada a prevalência de alteração auditiva e odds ratio com intervalo de confiança de 95% em análise bivariada. Para identificar os fatores de risco independentes para AABR alterada, foi feita uma análise múltipla com modelo de regressão logística, com todas as variáveis da análise bivariada, processo de seleção de variáveis stepwise, utilizando o programa computacional SAS System for Windows (Statistical Analysis System), versão 8.2. SAS Institute Inc, , Cary, NC, EUA. A pesquisa foi avaliada e aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da FCM/UNICAMP. Métodos Foi realizado um estudo transversal, observacional, no período de janeiro de 2000 a janeiro de Foram incluídos todos os recém-nascidos internados na UTI e cuidados intermediários neonatal do Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (CAISM/FCM/UNICAMP) que permaneceram internados por mais que 48 horas. Por ocasião da alta hospitalar, foram submetidos a avaliação auditiva por meio da AABR, com equipamento Algo modelo 2e color Natus. O teste foi realizado pelo pesquisador em ambiente silencioso, em sala reservada para esse fim, dentro da unidade, estando a criança em sono natural, em berço comum. O equipamento envia aproximadamente cliques a 35 db por meio de fones colocados nas orelhas dos recém-nascidos. Após comparar a resposta obtida com um modelo interno de resposta normal, com confiança estatística de 99,96%, automaticamente envia um resultado objetivo de passa/falha. Consideramos resultado normal quando o recém-nascido apresentou resposta para 35 db bilateralmente, e alterado quando não apresentou resposta para 35 db em pelo menos uma orelha. Após a realização do exame, foi preenchida uma ficha pré-codificada utilizando dados do prontuário do recémnascido. Variáveis analisadas: caracterizam a população: peso de nascimento, idade gestacional (pelo método de Capurro ou New Ballard), adequação peso para idade gestacional (curva de Denver e classificação segundo Resultados Foram avaliados 979 recém-nascidos, sendo 494 (50,4%) do sexo masculino e 485 (49,6 %) do sexo feminino. Desses, 100 (10,2 %) falharam na triagem auditiva, sendo 55 (11,3%) do sexo feminino e 45 (9,1%) do sexo masculino (p = 0,2535). Acometimento bilateral em 48 recém-nascidos e unilateral em 52. Pela análise bivariada, observamos que houve associação estatisticamente significativa entre o antecedente familiar para surdez e a triagem alterada, bem como para outras variáveis estudadas, como peso menor que g, presença de síndrome genética, asfixia, presença de malformação craniofacial, ocorrência de meningite, uso de medicamento ototóxico por mais que 5 dias e ventilação mecânica por mais de 5 dias (Tabela 1). Pelo modelo de regressão logística multivariada, as crianças com maior risco de apresentar triagem auditiva alterada são aquelas: com antecedente familiar para surdez congênita; com malformação craniofacial; menores de g; asfixiadas; que utilizaram ventilação mecânica por mais que 5 dias; que apresentaram hiperbilirrubinemia e síndrome genética (Tabela 2). Discussão A prevalência de alteração auditiva bilateral encontrada foi de 4,9%, e comprometimento em pelo menos um ouvido de 10,2%. A análise desses dados deve ser feita

3 112 Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº2, 2006 Triagem auditiva neonatal Lima GML et al. levando-se em consideração o método empregado. O método utilizado neste trabalho, a AABR com aparelho ALGO 2e Natus, representa uma simplificação da ABR convencional, que incorpora a detecção da resposta automaticamente e compara com um modelo normal, obtido de uma grande amostra populacional de recémnascidos; portanto, não necessita da interpretação do examinador. Esse método tem apresentado sensibilidade de 98 a 100% e alta especificidade (97%) 13-15, de tal forma que a prevalência de falha na triagem auditiva neonatal deve ser entendida como possível perda auditiva, e falso-negativos podem estar ligados ao processo de mielinização ainda incompleto, na faixa etária estudada. O diagnóstico deve ser confirmado com o ABR convencional, considerando-se a maturação do sistema nervoso central 16. Tabela 1 - Análise bivariada das variáveis associadas ao resultado da triagem auditiva neonatal (n = 979) Variável n (%) Normal Alterado OR (IC95%) p Características neonatais Antecedente familiar 13 (1,3) 9 4 4,03 (1,22-13,33) 0,022 Consangüinidade 7 (0,7) 5 2 3,57 (0,68-8,64) 0,131 Peso < g 50 (5,1) ,51 (1,20-5,22) 0,014 Peso g 454 (46,4) ,51 (1,20-5,22) 0,579 Idade gestacional < 30 sem 75 (7,7) ,57 (0,79-3,13) 0,196 Idade gestacional sem 267 (27,3) ,63 (0,36-1,10) 0,106 Idade gestacional sem 201 (20,5) ,01 (0,59-1,73) 0,957 PIG 209 (21,3) ,98 (0,59-1,63) 0,937 GIG 47 (4,8) ,04 (0,40-2,72) 0,929 Sexo feminino 485 (49,6) ,27 (0,84-1,93) 0,254 Patologias neonatais Malformação craniofacial 104 (10,6) ,66 (2,86-7,60) < 0,001 Síndrome genética 42 (4,3) ,95 (2,51-9,75) < 0,001 Hiperbilirrubinemia (BT > 20 mg/dl) 42 (4,3) ,81 (0,78-4,20) 0,164 HPIV 33 (3,4) ,22 (0,42-3,55) 0,713 Asfixia 81 (8,3) ,61 (1,46-4,66) 0,001 Infecção congênita 103 (10,5) ,72 (1,20-5,22) 0,388 Meningite 20 (2,0) ,03 (1,08-8,53) 0,035 Procedimentos especializados Medicação ototóxica > 5 dias 213 (21,7) ,81 (1,16-2,85) 0,009 Incubadora > 5 dias 317 (32,4) ,98 (0,63-1,53) 0,932 Fototerapia > 2 dias 387 (39,5) ,17 (0,77-1,78) 0,465 Ventilação mecânica > 5 dias 200 (20,4) ,88 (1,20-2,98) 0,006 BT = bilirrubina total; GIG = grande para idade gestacional; HPIV = hemorragia peri-intraventricular; IC = intervalo de confiança; OR = odds ratio; PIG = pequeno para idade gestacional. Tabela 2 - Análise múltipla por regressão logística dos fatores de risco para triagem auditiva alterada Variável Estimativa Erro p OR IC95% Malformação craniofacial positivo 1,710 0,283 < 0,001 5,530 3,177; 9,627 Antecedente familiar positivo 1,647 0,681 0,016 5,192 1,365; 19,744 Síndrome genética positivo 1,438 0,391 < 0,001 4,212 1,958; 9,061 Hiperbilirrubinemia 1,411 0,465 0,002 4,099 1,648; 10,199 Asfixia positivo 1,262 0,321 < 0,001 3,532 1,883; 6,624 Peso < g 1,172 0,447 0,009 3,230 1,344; 7,759 Ventilação mecânica > 5 dias 0,602 0,279 0,031 1,826 1,057; 3,155 IC = intervalo de confiança; OR = odds ratio.

4 Triagem auditiva neonatal Lima GML et al. Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº2, Estudo realizado na Alemanha encontrou 5% de crianças com AABR alterada, sendo 2% bilateral 17. Em outro estudo, realizado em UTI neonatal, utilizando a AABR em duas etapas, observou-se 8 e 3,1% de falha na triagem e confirmação do diagnóstico por ABR convencional em 2,5%. O exame realizado próximo à alta apresentou maior especificidade 18. No Brasil, estudo de triagem universal utilizando emissões otoacústicas evocadas transientes, detectou 1,8% de alteração no exame e confirmada perda auditiva em 2,3/ recém-nascidos 19. Outro estudo avaliou recém-nascidos menores que g com emissões otoacústicas com produto de distorção, encontrando prevalência de perda auditiva de 6,3% 20. Ainda que os dados de literatura apresentem resultados variáveis, a prevalência encontrada está acima da média observada, o que pode estar relacionado às características do nosso grupo de estudo, constituído de recém-nascidos internados em UTI ou cuidados intermediários neonatal de um serviço terciário, um hospital universitário que é referência da região e atende, portanto, casos de alta complexidade, podendo-se esperar uma maior prevalência para perda auditiva. Antecedente familiar para surdez foi identificado na análise bivariada como fator significativamente associado à alteração auditiva. Esse dado confirma que, dentre as deficiências auditivas neurossensoriais de etiologia conhecida, as de origem hereditária têm alta representatividade. Com os avanços na área da genética molecular, novos genes responsáveis pela surdez neurossensorial têm sido identificados, e os mecanismos envolvendo casos de surdez de causa não-sindrômica esclarecidos de tal forma que a influência dessa variável poderá ser melhor compreendida no futuro 18,21,22. O peso de nascimento, por ser uma variável contínua, foi analisado separadamente em categorias: < g, de a g, de a g e > g. Consideramos os recém-nascidos maiores que g como sendo os de menor risco, usando-os como comparação para as demais categorias. Notamos associação significativa nos recém-nascidos < g. Peso de a g, assim como de a g não foi fator de risco significativo. A literatura vigente considera fator de risco peso < g, embora esse achado não seja constante e o seu maior ou menor significado dependa das diferenças das populações avaliadas, bem como das condições de atenção perinatal 17,22. A presença de malformações craniofaciais mostrou-se significativamente relacionada à alteração auditiva e representa achado freqüente na literatura. Em diferentes estudos, essa variável responde entre 11 e 16% dos casos de perda auditiva, aumentando em até cinco vezes o risco dessas crianças apresentarem a alteração 17,23,24. Na literatura, encontramos síndromes associadas à surdez neurossensorial descritas como fator de risco, bem como alterações estruturais com ou sem anormalidades cromossômicas, o que está de acordo com os resultados por nós encontrados, em que a presença de síndrome genética esteve associada significativamente a maior risco de alteração auditiva 22,24. Quanto às morbidades associadas aos recém-nascidos, a asfixia apresentou 3,5 vezes mais risco de alteração auditiva. Ainda que o cérebro seja mais sensível à anóxia que o sistema auditivo, a encefalopatia hipóxico-isquêmica grave foi fator de risco importante para perda auditiva. Na literatura vigente, esses resultados variam também de acordo com a população estudada e, principalmente, com a definição de asfixia neonatal 16,21. De qualquer forma, a participação da asfixia nos achados de perda auditiva podem ser minimizados ou abolidos com o controle dessa doença, o que pode ser conseguido com o treinamento das equipes que dão assistência ao recém-nascido em sala de parto 25. Apesar de uma tendência ao declínio da ocorrência de meningite no período neonatal, nosso estudo foi identificado como significativamente associado à alteração auditiva pela análise bivariada, o que está em concordância com a literatura. No entanto, na análise múltipla, na qual tentamos eliminar a ação conjunta de outros vários fatores, não se manteve 17,26. Quanto à hiperbilirrubinemia, dados da literatura a apontam como causa importante de surdez 27. Em nossa avaliação, não foi inicialmente um fator de risco pela análise bivariada; porém, quando analisada em conjunto com as demais variáveis, assumiu grande força estatística, tornando-se um evento importante na ocorrência de alteração auditiva. Com esses resultados, faz-se necessária a instituição de protocolos com rigoroso controle dos casos de icterícia, com medidas objetivas para avaliação do nível sérico de bilirrubina, bem como utilização de fototerapia altamente eficaz, que representam medidas de prevenção para as alterações auditivas decorrentes da hiperbilirrubinemia 28. Ainda que o uso de fototerapia não tenha sido objeto de estudo na literatura, fizemos essa análise por ser um procedimento bastante comum em nossa unidade, e apresentar nível de ruído acima do ideal proposto (média de 45 db durante o dia e 35 db à noite, sendo o limite máximo sugerido de 58 db) 29. O número de crianças submetidas a fototerapia é superior às consideradas com hiperbilirrubinemia, uma vez que a indicação de fototerapia contempla outras crianças além daquelas com bilirrubina total > 20 mg/dl. Observamos que não houve associação dessa variável com alteração auditiva. Ainda que a literatura considere o uso de medicamento ototóxico um importante fator de risco para surdez no período neonatal, em nossa casuística, pela análise bivariada, houve relação significativa. Contudo, não se manteve na análise múltipla. Vale ressaltar que a droga de escolha para tratamento de gram-negativos em nosso serviço é a amicacina. Acreditamos que o rigoroso controle da dosagem sérica da droga a que todas as crianças são submetidas seja uma importante prevenção de perda auditiva por ototoxicidade medicamentosa, podendo-se especular que as melhorias no tratamento nas UTI neonatais reduzem as probabilidades de acometimentos auditivos 30.

5 114 Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº2, 2006 Triagem auditiva neonatal Lima GML et al. A ventilação mecânica por mais que 5 dias mostrou associação significativa com alterações auditivas. Vários aspectos têm sido relacionados à maior ocorrência de surdez em crianças submetidas a ventilação assistida, incluindo o nível de ruído dos aparelhos, duração da ventilação mecânica e patologias pulmonares envolvidas. Pela análise múltipla, obtivemos um subconjunto de variáveis que melhor caracterizam um grupo de risco para alteração auditiva: presença de antecedente familiar, malformação craniofacial, síndrome genética, hiperbilirrubinemia, asfixia, peso < g e ventilação mecânica por mais que 5 dias, de tal forma que esses fatores de risco podem dirigir uma avaliação de maneira sistemática, até que seja possível a triagem universal. Referências 1. Lewis DR. As habilidades auditivas do recém-nascido e a triagem auditiva neonatal. In: Andrade CRF. Fonoaudiologia em berçário normal e de risco. 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