Considerando a necessidade de Cursos de Treinamento para formação de médicos otorrinolaringologistas para realização cirurgias de implante coclear;
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- Eugénio Imperial Bayer
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1 NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO FACIAL (ABORL-CCF) E DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OTOLOGIA (SBO) PARA ACREDITAÇÃO DE CURSOS DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE MÉDICOS OTORRINOLARINGOLOGISTAS EM IMPLANTE COCLEAR. Considerando a necessidade de Cursos de Treinamento para formação de médicos otorrinolaringologistas para realização cirurgias de implante coclear; Considerando a exigência pelo ministério da saúde de treinamento específico de médicos otorrinolaringologistas para compor centros/núcleos de implante coclear (PORTARIA Nº 1.278/MS DE 20 DE OUTUBRO DE 1999) Considerando a Importância de normatizar regras para que os cursos de ofereçam qualidade de formação e treinamento mínima, a ABORL CCF e SBO resolvem: Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo I, os critérios para acreditação de cursos de formação e treinamento de médicos otorrinolaringologistas em implante coclear. Art. 2º Aprovar, na forma do Anexo II, o conteúdo teórico prático mínimo que deverá ser oferecido. Art. 3º Aprovar, na forma do Anexo III, as formas de avaliação para concessão do certificado de conclusão do curso. Art. 4º Os cursos acreditados serão recomendados ao Ministério da saúde. Art. 5º O comitê de próteses implantáveis da ABORL-CCF/SBO será responsável pela avaliação dos cursos. Art. 6º Caberá ao presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) sancionar ou vetar a acreditação dos cursos aprovados pelo comitê.
2 ANEXO I: NORMAS PARA ACREDITAÇÃO DE CURSOS DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO EM IMPLANTE COCLEAR 1. PRÉ-REQUISITOS: a. Centro/Núcleo devidamente credenciado pelo ministério da saúde para realizado realização de procedimento de Implante Coclear pelo SUS, de acordo com a portaria do Ministério da Saúde Nº /MS DE 20 DE OUTUBRO DE b. Ter realizado pelo menos 100 cirurgias e implante coclear e experiência em pelo menos 2 marcas diferentes de implante coclear. 2. ESTRUTURA FÍSICA: a. Estrutura física exigida pelo ministério da saúde para centros de implante coclear (PORTARIA Nº /MS DE 20 DE OUTUBRO DE 1999) b. Laboratório de Dissecção de Osso Temporal 3. Corpo Docente a. 2 Otorrinolaringologistas (pelo menos 1 com doutorado e pelo menos 1 com o diploma de reconhecido saber em implante coclear conferido pelo comitê de próteses implantáveis) b. 2 fonoaudiólogas (pelo menos 1 com doutorado) c. 1 psicóloga d. 1 Assistente Social e. 1 Neuropediatra f. 1 Radiologista
3 4. Carga Horária a. Teórica: 30 horas b. Prático: i. Laboratório de Dissecção do Osso temporal (20h) ii. Cirurgia demonstrativa ao vivo de implante coclear (10h) c. Estágio em serviço de implante coclear credenciado pelo SUS. O estágio poderá ser realizado em serviço diferente do local do curso teórico prático desde que estabelecido um convênio entre os dois centros. i. 80 horas de ambulatório especializado em audiologia e IC ii. Acompanhamento de 10 cirurgias de Implante coclear em adultos e 10 cirurgias de Implante coclear em crianças. ANEXO II CONTEÚDO TEÓRICO MÍNIMO: 1. Aspectos históricos da reabilitação do deficiente auditivo e do implante coclear 2. Epidemiologia da deficiência auditiva 3. Métodos diagnósticos subjetivos de avaliação audiológica a. Audiometria de observação comportamental b. Audiometria de reforço visual c. Audiometria tonal liminar d. Logoaudiometria 4. Protocolos de avaliação da fala e linguagem
4 5. Métodos objetivos de avaliação audiológica a. Imitanciometria b. Emissões otoacústicas (transientes e produto de distorção) c. Potenciais evocados auditivos (ECOG, PEA de curta, média, longa latência e de estado estável) 6. Métodos de diagnóstico por imagem a. RNM b. TC 7. Programa de triagem auditiva neonatal 8. Etiologia da deficiência auditiva 9. Critérios de indicação, seleção, verificação e validação dos aparelhos de amplificação sonora individuais. 10. Sistema FM 11. Aspectos tecnológicos do implante coclear e os diferentes sistemas disponíveis no mercado 12. Estruturação de uma equipe de implante coclear avaliação médica otorrinolaringológica do implante coclear 13. Critérios de indicação do implante coclear no adulto 14. Critérios de indicação do implante coclear em crianças 15. Avaliação fonoaudiológica do paciente candidato ao implante coclear. 16. Avaliação psicológica do paciente e da família. 17. Importância do serviço social no programa de implante coclear 18. Avaliação neurológica e do desenvolvimento cognitivo 19. Cirurgia do implante coclear no adulto e criança 20. Neurotelemetria transoperatória 21. Cirurgia de preservação auditiva 22. Complicações 23. Casos difíceis: múltiplas deficiências, desordem do espectro da neuropatia auditiva, paralisia cerebral, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e mal formações)
5 24. Função vestibular e implante coclear. 25. Resultados do implante coclear 26. Estimulação binaural, bimodal e implante coclear bilateral. 27. Ativação e mapeamento 28. Acompanhamento do desenvolvimento da audição e linguagem do paciente implantado. 29. Acompanhamento multidisciplinar do paciente implantado 30. Cuidados com o manuseio e manutenção do implante coclear. 31. Cuidados com o paciente implantado: esportes, ressonância magnética e sistemas de segurança. 32. (Re)habilitação auditiva do usuário de implante coclear
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