XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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- Maria Eduarda Delgado Brás
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1 XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO NECESSIDADES DAS DIFERENTES POPULAÇÕES E POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS NA CONSTRUÇÃO DA REDE DE CUIDADOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA MARIA TERESA MAZZOCCA DOURADO CRFa5304
2 DEFICIÊNCIA AUDITIVA É uma das alterações congênitas mais frequentes em recém-nascidos. A prevalência de deficiência auditiva: 3:1000 nascimentos. Fenilcetonúria: 1: nascimentos Hipotireoidismo: 2,5: nascimentos Anemia falciforme: 2: nascimentos (AZEVEDO,2012)
3 DEFICIÊNCIA AUDITIVA A prevalência para as idades: anos: 2% 20-59anos: 4% 60-75anos:13,8% >75 anos: 36,3% (Cruz MS et al.,2009) IBGE 2010: 5,1% população brasileira com DA
4 DEFICIÊNCIA AUDITIVA Indicadores de risco (JCIH,2007): Antecedente familiar de DA. UTI mais de 5 dias. Ventilação mecânica. Drogas ototóxicas, diuréticos,exsanguineotransfusão. Hiperbilirrubinemia Anoxia grave:apgar 0/4 1º min., 0/6 5ºmin. Baixo peso:< 1500g
5 DEFICIÊNCIA AUDITIVA Infecções intrauterinas: citomegalovirus, herpes, rubéola, sífilis, toxoplasmose. Anomalias craniofaciais. Síndromes genéticas. Infecções pós natais bacteriana ou viral, meningite. Trauma craniano. Doenças neurodegenerativas. Otite média de repetição,recorrente ou persistente com efusão. (Joint Committee on Infant Hearing (JCIH),2007)
6 DEFICIÊNCIA AUDITIVA POLUIÇÃO SONORA PRESBIACUSIA
7 DEFICIÊNCIA AUDITIVA TIPOS DE PERDA: Condutiva: afecções em orelha externa e /ou média Neurossensorial: lesões em orelha interna e/ou no nervo coclear. Mista: condutivo+ neurossensorial central: lesão cerebral
8 DEFICIÊNCIA AUDITIVA
9 DEFICIÊNCIA AUDITIVA GRAU: CRIANÇAS Normal: até 15dB Discreto:16 a25 db Leve:26-40dB moderado:41-65db Severo:66-95dB Profundo:>96dB (NORTHEN & DOWNS,1984)
10 DEFICIÊNCIA AUDITIVA GRAU: ADULTOS Normal:0-25dB Leve:26-40dB Moderada:41-70dB Severa:71-90dB Profunda:>91dB (DAVIS & SILVERMAN,1970)
11 DEFICIÊNCIA AUDITIVA Existe um período crítico para o desenvolvimento da linguagem que é durante os dois primeiros anos de vida. Aproximadamente 80% do aprendizado da linguagem oral é atingido durante este período que é considerado "crítico" devido à maior plasticidade do sistema nervoso central. Qualquer dano no sistema sensorial auditivo alterará a informação que o indivíduo recebe, mudando a natureza da experiência intelectual e biopsico-social do indivíduo. (GRIFFITHS,1954). Quanto maior a privação da estimulação da percepção auditiva, menos eficiente será a habilidade da criança para desenvolver a linguagem oral. (NORTHERN & DOWNS,1991).
12 DEFICIÊNCIA AUDITIVA A comunicação tem um papel social, de expressão do pensamento, de opiniões, de existência (VYGOTSKY,1988 ). Poder se comunicar é existir no mundo.
13 Fonte: Rede Assistencial para Pessoa com Deficiência
14 REDE DE CUIDADOS METAS: Diagnosticar até 3m de idade. Protetizar até 6meses de idade. Encaminhar para implante coclear. Reabilitação fonoaudiológica imediata.
15 MATERNIDADE EOAT em todos os recém nascidos. Reteste em 15 dias para os casos em que houver falha. 2x falha, realizar peate automático. Nos recém nascidos de risco realizar sempre peate automático. Encaminhar para reabilitação todos os recém nascidos de risco e, os casos de reprovação no peate automático.
16 Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamentode Ações Programáticas Estratégicas, 2012.
17 REDE DE CUIDADOS - UBS Qualificação do pré-natal. Atenção na primeira infância. Acompanhamento dos bebês de risco até os 2anos de idade. Suporte às famílias mantendo vínculo com o serviço. Educação em saúde com foco na prevenção de acidentes e quedas. Criação de linhas de cuidado e implantação de protocolos clínicos que possam orientar a atenção à saúde das pessoas com deficiência.
18 UBS Publicação de Caderno de atenção para apoio aos profissionais de saúde na qualificação da atenção à pessoa com deficiência. Incentivo e desenvolvimento de programas articulados com recursos da própria comunidade, que promovam a inclusão e a qualidade de vida de pessoas com deficiência. Implantação de estratégias de acolhimento e de classificação de risco e análise de vulnerabilidade para pessoas com deficiência.
19 UBS Acompanhamento e cuidado à saúde da pessoa com deficiência na atenção domiciliar. Apoio e orientação às famílias e aos acompanhantes de pessoas com deficiência; e Apoio e orientação, por meio do Programa Saúde na Escola, aos educadores, às famílias e à comunidade escolar, visando à adequação do ambiente escolar às especificidades das pessoas com deficiência. (portaria nº793,de 24 de abril de 2012-ministério da saúde)
20 CER AUDITIVO Equipe: ORL:01 Psicólogo:01 Fonoaudiólogo:03 Pacientes/mês: 150 usuários/mês
21 CER AUDITIVO monitorar todos os bebês com risco para perda auditiva através de peate click, audiometria comportamental e VRA até 3 anos de idade. Providenciar protetização imediata para os casos de DA (crianças, adultos, idosos) Monitorar uso e adaptação de AASI (crianças adultos e idosos) Providenciar implante coclear para os casos eletivos. Providenciar reabilitação fonoaudiológica para os DA. Promover a inclusão social.
22 CER AUDITIVO REALIZAÇÃO DE EXAMES PARA DIAGNÓSTICO: EOAT EOAPD PEATE AUTOMÁTICO PEATE CLICK PEATE FE PEATE VIA ÓSSEA IMITANCIOMETRIA MICROFONISMO COCLEAR AUDIOMETRIA COMPORTAMENTAL AUDIOMETRIA EM CAMPO LIVRE VRA AUDIOMETRIA CONDICIONADA AUDIOMETRIA TONAL E VOCAL
23 ESCOLA Bilinguismo: o objetivo não é converter a criança surda em uma versão fictícia de uma criança ouvinte normal; mas em uma criança não ouvinte bem ajustada que está dominando, completamente, as limitações de seu déficit sensorial (GESELL, 1956). É só através da língua que a pessoa surda tem acesso a aquisição de linguagem, consequentemente ao conhecimento do mundo e de si mesma(harrisson,2000). Ambiente físico:verificar modificações físicas e pedagógicas para diminuir reverberações e poluição sonora em sala de aula.
24 ESCOLA Sistema FM: O sistema FM (transmissor de FM/receptor de FM) funciona como um microfone sem fio, que transmite o som diretamente para o ouvido. Um microfone conectado à fonte sonora capta o sinal desejado e o envia diretamente a um ou dois receptores conectados ao aparelho auditivo. Com a amplificação adequada, o resultado é uma conexão clara e direta entre a fonte sonora e quem usa o aparelho; a voz é transmitida ao receptor como se quem está falando estivesse bem perto do ouvinte, sem a interferência do ruído de fundo e nem a diminuição do volume causada pela distância.
25 FAMÍLIA Apoio psicológico e de assistência social: revolta, tristeza, euforia e aceitação nos casos infantis. Negligência e desvalorização dos cuidados nos casos de idosos. Família deve fazer parte do processo de reabilitação. Estar inserida nos programas da UBS : grupos de orientação,visitas domiciliares,... Acompanhar vida social.
26 TRABALHO Incluir em curso profissionalizantes: fatec, etec, pronatec... Estimular estudo superior. Incluir em empresas: vagas para deficientes.
27 CONCLUSÃO Hoje enxergamos uma saúde pública dinâmica, que se movimenta, que não está estagnada e nem enraizada em espaços delimitados e limitadores. Hoje enxergamos uma rede de cuidados que acompanha a pessoa com deficiência fazendo parte de sua integração social e familiar. Uma rede que não se congela frente à deficiência.
28 OBRIGADA PELA ATENÇÃO
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