Saúde vai exigir declaração de interesses a quem falar sobre medicamentos

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1 22 Diário Económico Sexta-feira 18 Janeiro 2013 DESTAQUE IX CONFERÊNCIA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Saúde vai exigir declaração de interesses a quem falar sobre medicamentos O secretário de Estado da Saúde diz que a desinformação tomou conta do debate político e que existe um aproveitamento dos receios da população. Catarina Duarte catarina.duarte@economico.pt O Ministério da Saúde vai exigir declarações públicas de interesses a quem se manifestar publicamente sobre medicamentos. A notícia foi avançada ontem pelo secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, na IX Conferência da Indústria Farmacêutica, organizada pelo Diário Económico em parceria com a MSD. Somos vítimas de demasiados comentários infundados sobre coisas que ninguém disse, interpretações selvagens e ignorantes de terminologia e aproveitamento simplista dos receios da população, atirou Leal da Costa, num discurso cheio de recados dirigidos às corporações, àoposiçãoeàprópriacomunicação social. Por isso, brevemente teremos as disposições legais necessárias para queosinteressesdecadaum, no momento em que se pronunciarem sobre remédios e tratamentos, sejam claros e escrutináveis, anunciou o governante. Para quem usar, ou inventar, casos com o intuito de descredibilizar o SNS, gerar a desconfiança e insegurança das populações, fazendo aproveitamento político ou, até mesmo, comercial, vai o nosso veemente repúdio, em defesa dos nossos doentes, condenou o secretário de Estado adjunto da Saúde. Leal da Costa não especificou os destinatários desta mensagem, mas nos últimos dias têm-se multiplicado as notícias de restrições no acesso a medicamentos por parte de alguns hospitais. O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, denunciou na semana passada que há situações de médicos que estão a ser proibidos de prescrever os medicamentos que consideram adequados para os seus doentes.obastonáriodeuo exemplo da hepatite C, relatando que os novos medicamentos antivirais estão a ser usados de forma diferente consoante os hospitais, havendo algumas unidades que Não é aceitável o esgrimir de sentimentalismos cínicos quando estão em jogo interesses ou dividendos que não são do conhecimento público. É imprescindível haver serenidade e consensos nas reformas do nosso Estado Social e democrático. Não há lugar a politiquices mesquinhas na discussão das grandes questões do Estado Social. Fernando Leal da Costa Secretário de Estado adjunto da Saúde não estão a permitir a sua utilização. Também o Bloco de Esquerda veio denunciar que o Hospital de Guimarães está a fazer racionamento de medicação em casos de doentes crónicos. Fernando Leal da Costa defendeu que seria bom que toda a gente se pusesse de acordo sobre o significado da palavra racionamento, aludindo ao parecer emitido sobre o Conselho de Ética para as Ciências da Vida, uma vez que para que nada falte a quem precisa, é imperioso escolher os medicamentos mais indicados para cada caso específico. O governante esclareceu que não pode haver selecção por código postal, ou seja, não pode haver descriminação no tratamento de hospital para hospital. Recorde-se que o apelidado grupo dos 14 - os hospitais da região Norte que se juntaram para comprar medicamentos em conjunto - tem merecido as reservas no sector. Contudo, Leal da Costa, lembrou que a selecção não pode ser imposta pelo momento em que os doentes recorram aos serviços, tratando pior os que chegarem mais tarde quando já não há orçamento. É neste contexto de restrição orçamental e numa altura em se discute o contributo que a Saúde terá no corte de milhões de euros, no âmbito da reforma do Estado Social, que o governante pediu prudência e contenção nas afirmações e repudiou sentimentalismos cínicos quando estão em jogo interesses ou dividendos que não são do conhecimento público. Não há lugar a politiquices mesquinhas na discussão do Estado Social, afirmou Leal da Costa. Há escolhas que têm de ser feitas e serão tanto mais difíceis de tomar quanto maior a confusão que se instalar sobre os problemas e os dilemas, tal como será impossível aplicar as escolhas que forem feitas se continuarmos a assistir à desinformação que tomou conta do debate político nacional, rematou o secretário de Estado no encerramento da conferência. Regulação não deve travar a inovação científica O vice-presidente do Infarmed, Helder Mota Filipe, defendeu ontem que a regulação não pode serumentraveao desenvolvimento científico e ao crescimento da indústria farmacêutica na Europa. A inovação tem tido um papel bastante importante em áreas não existentes e temos que trabalhar, nós reguladores, para que a regulação não seja um entrave ao desenvolvimento do conhecimento de novos produtos e da indústria farmacêutica na Europa, disse Helder Mota Filipe na sessão de abertura da IX Conferência da Indústria Farmacêutica promovida pelo Diário Económico e pela MSD. O vice-presidente da Autoridade Nacional do Medicamento chamou ainda a atenção para as dificuldades causadas pela deslocalização da indústria para fora do espaço europeu. Sem dar exemplos particulares, Helder Mota Filipe, disse que, perante eventuais problemas de produção ou abastecimento, a Europa perdeu instrumentos que lhe permitam controlar o mercado, apelando para que se encontrem soluções para este problema. Lobo Antunes Chairman da conferência acredita que análise será ideologicamente independente. Irina Marcelino irina.marcelino@economico.pt O estudo de análise profunda do Serviço Nacional de Saúde que vai ser liderado pelo britânico Nigel Crisp foi destacado por João Lobo Antunes, chairman da IX Conferência Indústria Farmacêutica, que decorreu ontem no Hotel Ritz em Lisboa. Lord Crisp aceitou ligar-se ao nosso país de uma forma mais

2 Sexta-feira 18 Janeiro 2013 Diário Económico 23 PONTOS-CHAVE Leal da Costa disse que as escolhas sobre o estilo de vida dos portugueses não têm tido a necessária atenção política e que é preciso inverter este estado de coisas. Maria do Céu Machado lembrou que a crise gera mais desemprego, logo mais doença e mais procura de serviços de saúde. Por isso, são necessários novos cenários na auto-gestão das doenças crónicas. 0s colegas da CE não percebiam por que razão o aumento da investigação científica em Portugal não tem influência na sociedade. Não tem porque os investigadores ficam no público, afirmou Maria da Graça Carvalho. Fotos: Paulo Alexandre Coelho Leonardo Santarelli, director geral da MSD, Helder Mota Filipe, vice-presidente do Infarmed, João Lobo Antunes, chairman da conferência, e António Costa, director do Diário Económico, protagonizaram a sessão de abertura. Doentes e médicos têm de ter outro papel nosnsdofuturo Nigel Crisp falou sobre a Saúde global: Antecipando o futuro. destaca estudo da Gulbenkian João Lobo Antunes Prof. Fac. Medicina de Lisboa Chairman da Conferência afirmou que Maria da Graça Carvalho conseguiu resolver um problema que nos afectava profundamente, o do IVA. Maria do Céu-Machado, professora da Faculdade de Mediciana de Lisboa, comentou a intervenção de Nigel Crisp. íntima, eu diria, como chairman de uma comissão que a Fundação Gulbenkian entendeu constituir e que vai desenvolver um estudo muito amplo nos seus objectivos sobre a nova visãodasaúdeemportugalcomo um bem sustentável Nigel Crisp será, nas palavras de Lobo Antunes, o maestro de um estudo que pensamos ser uma base independente de qualquer preconceito ideológico ou político e que pretende olhar de uma forma crítica para a saúde portuguesa. Tal como noticiado pelo Diário Económico na passada segunda-feira, a Gulbenkian convidou um conjunto de especialistas nacionais e internacionais para analisar o SNS e fazer propostas concretas. Na intervenção que precedeu aapresentaçãodemariadagraça Carvalho, João Lobo Antunes lembrou um problema que afectava a investigação científica em Portugal: o IVA que tinha de ser pago pelas entidades, retirando dinheiro aos apoios que recebíamos. A professora Graça Carvalho conseguiu resolver um problema que nos afectava profundamente. O modelo que serviu de base à criação dos sistemas de saúde já não serve para manter o SNS do futuro. O século XX na medicina foi fantástico, disse Nigel Crisp, antigo chefe do Executivo do serviço de saúde britânico e um dos oradores convidados IX Conferência da Indústria Farmacêutica. Contudo, os modelos usados para construir os sistemas de saúde do passado já não servem para preservar o Serviço Nacional de Saúde no futuro. Precisamos de um novo modelo para o futuro, que aposte mais na prevenção [da doença], nos cuidados do lar e no maior envolvimento do paciente, defendeu Nigel Crisp, deixando exemplos: Na África do Sul há clubes de doentes com Sida, que ajudam outros pacientes, porque muitas vezes um doente percebe melhor as manifestações da doença do que um médico. Também nos Estados Unidos existem grupos de pacientes com cancro que divulgam entre eles informação sobre novos medicamentos que entram no mercado. Como têm um interesse velado nisso, vão saber mais sobre oassuntodoqueoprópriomédico, explicou Nigel Crisp. O envolvimento dos cidadãos, seja na prevenção ou no acompanhamento da doença, é umdosfactoresquetemde mudar no Serviço Nacional de Saúde do futuro. Outro, é o papel dos profissionais de saúde. O maior desafio é mudar o papel dos trabalhadores de saúde, defendeu Crisp, lembrando que 75% dos custos em saúde são com recursos humanos. NigelCrisprecordouaexperiência do Reino Unido, que em 2003 decidiu deixar os enfermeiros receitar certos medicamentos. Podem imaginar a tensão entre enfermeiros e médicos... e os médicos geralmente ganham. Mas decidimos avançar, implementando a medida em alguns medicamentos e com enfermeiros com a devida formação. Nove anos mais tarde os resultados estão aí: os enfermeiros são tão seguros a receitar como os médicos e esta mudança permitiu libertar os médicos para fazerem outras tarefas, concluiu. Em Portugal, a mesma resistência aconteceu quando a vacinação contra a gripe passou a ser possível nas farmácias, recordou Maria do Céu Machado. A antiga Alta Comissária para a Saúde concordou com Nigel Crisp nos três pontos-chave essenciais para a mudança: melhorar a prestação de cuidados, melhorar a saúde da população e reduzir os gastos em saúde. Para atingir este triplo ganho, é preciso envolver todos os stakeholders, lembrou Nigel Crisp, que vai liderar o projecto da Gulbenkian para analisar o Serviço Nacional de Saúde, dando também um contributo para a reforma do Estado Social. Podemos ter as melhores ideias, os melhores papers, mas se os decisores políticos não as aceitarem, isso [reforma] nãoseráfeito.éprecisoqueo Governo tenha visão e determinação e que os stakeholders também assumam responsabilidades, porque o Governo não pode fazer isto sozinho, defendeu. C.D. O MOMENTO Vejo com desagrado e preocupação as taxas moderadoras, contou Maria do Céu Machado, ex-alta Comissária para a Saúde e directora de Pediatria do Hospital de Santa Maria. Econtouumcaso que passou por si: Não posso aceitar que um adolescente com suspeita de doença inflamatória crónica grave tenha uma conta de 195 euros para pagar e que a mãe vá embora com ele por não ter dinheiro para fazer os exames. A responsável defendeu a existência de taxas moderadoras, desde que não impeçam as pessoas de ser tratadas.

3 24 Diário Económico Sexta-feira 18 Janeiro 2013 DESTAQUE IX CONFERÊNCIA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Sistema de pensões em Portugal foi demasiado generoso 1 Com a pirâmide demográfica a tornar-se num cogumelo, Portugal deve proteger a infância, diz David Bloom. Hermínia Saraiva herminia.saraiva@economico.pt Em menos de quatro décadas um terço da população portuguesa terá 65 anos ou mais e destes um milhão terá passado a barreira dos 80 anos. Os números foram apresentados por David E. Bloom, professor de economia e demografia da Harvard School of Public Health, dos EUA, durante aprimeirasessãodaixconferência da Indústria Farmacêutica promovida pelo Diário Económico e pela MSD, que ontem decorreu em Lisboa, e mostram que o envelhecimento da população portuguesa é muito rápido pelos padrões internacionais. Hoje, só a Bósnia e o Japão têm populações mais envelhecidas que Portugal e se não há forma de inverter a situação há pelo menos que encontrar estratégias para lidar com o problema de forma bem sucedida.eoprimeiroproblemaé já visível: Portugal gasta 10% do PIB com pensões, o valor mais elevado da Europa. O sistema de pensões de Portugal foi tão generoso durante tantos anos que levou a que muitas pessoas se reformassem mais cedo, lembra David Bloom e hoje é óbvio que pagar para que as pessoas se reformem mais cedo é um luxo que Portugal não pode ter à medida que a população envelhece. E a situação tende a agravarse num país em que o rácio de trabalhadores para cada dependente é de 1,6. Este valor tem tendência a cair e deverá ser inferior a 1, o que colocará [Portugal] ao nível da África Subsariana, logo o gap criado no financiamento do sistema de pensões terá tendência a aumentar, porque um número cada vez mais pequeno de pessoas activas está a fazer transferências para grupos cada vez maiores de pessoas mais velhas. Quanto ao inevitável colapso do sistema de pensões, Portugal não é caso único. A situação é difícil mesmo em países com boa saúde financeira, o que implica que por todo o mundo sejam precisas medidas que permitam evitar o desastre. São necessárias políticas que respondam às necessidades dos mais velhos, mas que também respondam às necessidades económicas do País, diz David Bloom. Um primeiro passo, defende o professor da Universidade de Harvard, é dar a opção para que os cidadãos se reformem cada vez mais tarde: É natural que as pessoas respondam ao aumento da idade Pagar para que as pessoas se reformem mais cedo é um luxo que Portugal não pode ter à medida que a população envelhece. É natural que as pessoas respondam ao aumento da idade planeando trabalhar mais, mas as políticas públicas em Portugal, e não só, criaram incentivos para que as pessoas se reformassem entre os60eos65anos. Portugal tem muito poucas crianças, 1,3 crianças por mulher, o melhor que pode fazer é tomar muito bem conta delas. Se não o fizer corre o risco de comprometer o seu futuro individual bem como o futuro do país. David E.Bloom Professor de economia e demografia da Harvard School of Public Health dos EUA planeando trabalhar mais, mas as políticas públicas em Portugal, e não só, criaram incentivos para que as pessoas se reformassem entre os 60 e os 65 anos. Aumentar a idade da reforma permitiria poupanças que podem e devem ser usadas, defende o especialista, na reforma dos sistemas de saúde ou na formação, incentivando o uso de práticas preventivas de doenças. Se os currículos se mantiverem intactos, centrados na pressão de curar as doenças, vão esquecer as preocupações das populações mais envelhecidas, é preciso reformar os currículos para pôr os profissionais de saúde a pensar na prevenção e na detecção antecipada das doenças, defende o economista, recomendando acções de formação que apostem em formas de vida mais saudáveis, dietas mais equilibradas, com mais actividade física. As pessoas podem trabalhar mais tempo e de forma mais produtiva, o que aumenta os seus rendimentos e os impostos pagos ao Governo, lembra. Além disso, quanto maior é a expectativa de vida das pessoas, maior a tendência para poupar para os anos da reforma e maiores níveis de poupança traduzem-se me maiores investimentos, defende Bloom. Com o envelhecimento da população a transformar a pirâmide demográfica portuguesa num cogumelo, David Bloom garante que existem estratégias para tirar partido desta evolução. O exemplo dostigresasiáticos,emqueataxa de natalidade passou de seis para duas crianças por mulher, ou o crescimento económico na Irlanda depois da natalidade ter descido abruptamente pela aprovação de políticas de contracepção, são exemplos do dividendo demográfico que Portugal não deve esquecer. Como Portugal tem muito poucas crianças, 1,3 por mulher, o melhor que pode fazer é tomar muito bem conta delas. Se não o fizer corre o risco de comprometer o seu futuro individual bem como o futuro do país, afirma. O economista diz que uma força de trabalho saudável é uma força de trabalho mais produtiva e que existem estudos que demonstram que por cada dez anos a mais na esperança média de vida das populações há mais um ponto percentual de crescimento anual per capita. Um ponto percentual pode não parecer muito, mas num mundo que tipicamente tem crescimentos de 1% ou 2% ao ano, um ponto percentual é, de facto, relevante, conclui. 4 Há que fazer reform Aumento da dependência demográfica na origem dos problemas O gráfico mostra três linhas e no topo um traço a vermelho com tendência crescente nos últimos anos do século passado que corresponde à dependência total da população e este é um problema estrutural a que Miguel Gouveia diz que não podemos fugir. O problema não foi a crise, diz o professor da Universidade Católica, a crise foi apenas a gota que encheu o copo e agora são precisas reformas profundas. A taxa de dependência, que avalia o número de trabalhadores activos em comparação comascriançaseosidososde umaeconomiateveumatendência decrescente entre 1970 e o final da década de Estranhamente, desde 2000 a economia portuguesa deixou de crescer ou cresceu muito poucoehojeéoquetemos, detalha Miguel Gouveia. Estamos muito preocupados com a criseecoma troika,masaté

4 Sexta-feira 18 Janeiro 2013 Diário Económico Fotos: Paulo Alexandre Coelho 5 1 Aspecto do Salão Nobre do Hotel Ritz, em Lisboa, onde decorreu a IX Conferência da Indústria Farmacêutica. Subordinada ao Tema Uma perspectiva global sobre saúde, ciência e tecnologia reuniu na assistência cerca de 300 pessoas. 2 Miguel Gouveia, professor de Economia da Universidade Católica. 3 David E. Bloom, professor de Economia e Demografia da Harvard Scholl of Public Health, dos EUA. 4 João Lobo Antunes, professor da Faculdade de Mediciana de Lisboa, presidente do Instituto de Medicina Molecular e chairman da conferência, com Leonardo Santarelli, director geral da MSD. 5 Patrícia Cavaco Silva, do Instituto Superior de Saúde Egas Moniz, à conversa com João Almeida Lopes, presidente da Apifarma. 6 José Carlos Martins, administrador da José de Mello Saúde, com Peter Villax, da Hovione, VP Pharma Business Unit and Innovation. 7 João Carvalho das Neves, presidente da ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde, conversa com António Sá Leal e Hans-Erhard Reiter, CEO da CroudCare. 6 7 as estruturais duras e pesadas quepontooqueestáaacontecer é a proverbial última gota. Temos problemas estruturais muito graves, os pingos foram caindo, mas não foi a crise que encheu o copo? Miguel Gouveia diz que o País não soube usar o dividendo demográfico (ver texto ao lado) e que agora não há alternativa: Não podemos ter nenhuma timidez em assumir que se queremos enfrentar o futuro há muitas reformas estruturais duras e pesadas que vão ter que ser feitas, sublinha. Não podemos ter timidez em assumir que se queremos enfrentar o futuro há muitas reformas estruturais duras e pesadas que vão ter de ser feitas. Miguel Gouveia Professor da Universidade Católica Foco na prevenção Na avaliação da regra defendida por David E. Bloom de que mais saúdeésinónimodemaisriqueza, Miguel Gouveia diz que a equação é de difícil confirmação. No entanto, não tem dúvidas que, ao nível individual, mais riqueza se traduz em mais saúde. Difícil é provar o queécausaeoqueéefeito,reconhece. O professor de Economia da Universidade Católica acredita que muitas vezes o impacto dos cuidados de saúde resulta essencialmente da redução dos custos de determinadas doenças e defende quesedeveapostarnaprevenção. Numa altura em que a idade da reforma vai aumentar, faz sentido que prevenir as incapacidades tenha um impacto positivo, afirma Miguel Gouveia. Evidente é o impacto da inovação tecnológica da área da saúde na economia, lembra Miguel Gouveia, usando dois exemplos: a introdução dos óculos na Itália Renascentista que permitiu que os artesões aumentassem a sua produtividade em cerca de 20 anos. Nos Estados Unidos as operações a laser aos olhos tornaram mais democrático o acesso ao exército norte-americano, já que eliminaram a selecção natural dos pilotos de avião mediante as capacidades de visão dos candidatos. Quem tivesse uma visão perfeita pilotavaaviões,osoutroseram reencaminhados para a marinha e postos ao serviço dos submarinos. H.S.

5 26 Diário Económico Sexta-feira 18 Janeiro 2013 DESTAQUE IX CONFERÊNCIA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Paulo Alexandre Coelho Portugal está a ser contribuinte líquido de países como a Suécia Valor que Portugal recebe da Europa para desenvolver projectos científicos é menor do que o que algumas universidades britânicas absorvem. Irina Marcelino irina.marcelino@economico.pt Portugal está a contribuir mais do que recebe dos fundos do programa europeu para a ciência e inovação. Na conferência do Diário Económico sobre indústria farmacêutica, que decorreu ontem no Hotel Ritz, em Lisboa, a deputada portuguesa ao Parlamento Europeu, Maria da Graça Carvalho, revelou que para reavermos o nosso financiamento devíamos ter ido buscar 450 milhões de euros mas só fomos buscar 300 milhões [entre 2007 e 2011]. Ou seja, Portugal está a ser contribuinte líquido de países como a Holanda, a Bélgica, a Dinamarca, a Finlândia, a Suécia e o Reino Unido. São os países que vão buscar mais financiamento do que pagam. E exemplifica com a Suíça que, apesar de não pertencer à União Europeia, vai buscar cinco vezes mais do que paga. A área de ciência portuguesa recebe anualmente 50 milhões de euros do programa quadro. Um valor que é ultrapassado por muitas instituições europeias. É ocasodoimperialcollege,uma universidade britânica. E não é a que recebe mais, disse. O MOMENTO Maria da Graça Carvalho revelou que uma proposta sua para a criação de uma nova plataforma de partilha de conhecimento edeboaspráticas científicos foi aprovada por unanimidade no Parlamento Europeu. O objectivo é também haver networking entre investigadores, o que será essencial em áreas como a das doenças raras. Na apresentação integrada no painel Pensar a Investigação na Europa num Mundo em Mudança - Horizonte 2020, Maria da Graça Carvalho revelouqueovalormédiodefinanciamento por proposta aprovada em Portugal é cerca de 4% inferior à média de outros países. Tal poderá dever-se ao facto de concorrer principalmente com projectos de menor dimensão, quando a tendência europeia é de apostar em grandes projectos, porque baixam custos administrativos. Portugal tem dificuldade em entrar em projectos grandes, considera, afirmando que os projectos em consórcio na saúde serão os que mais financiamento terão no programa quadro. Comentando esta dificuldade de acesso dos projectos portugueses aos financiamentos europeus, Maria do Carmo Fonseca, investigadora e directora executiva do Instituto de Medicina Molecular, afirmou que Portugal está a ter um desempenho mau em termos da capacidade para competir em concursos abertos e isto tem que ver com o enquadramento. A investigadora considera que estamos a competir numa corrida em que nãoestamosnomesmoníveldos outros. Não se faz investigação de ponta sem se ter acesso a equipamentos de ponta, exemplificou. Uma das possibilidades para colmatar esta falha das duas velocidades de projectos na Europa Maria da Graça Carvalho, em primeiro plano, e Maria do Carmo Fonseca, com o chairman da conferência, João Lobo Antunes.. será usar mais fundos estruturais, defende. Bom número de investigadores Apesar da dimensão dos seus projectos ser pequena, Portugal está entre os países que mais cresceramnonúmerodeinvestigadores.opesodonúmerodeinvestigadores por população activa em Portugal está acima da média europeia a 15 e muito acima da Europa a 27. O País terá mesmo mais investigadores por população activa que a Alemanha, a Itália ou a Holanda. No total, e de acordo com dados de 2010 que incluem professores de ensino superior e mestrandos, existem em Portugal mais de investigadores. Já no sector privado, este número será bem menor: cerca de 10 mil. Temos um número grande de investigadores de grande excelência mas poucos estão no sector privado. Ficam no público ou vão para o estrangeiro. Temos muito poucos que vão para o sector privado ajudar a economia. E esta é a principal debilidade. Tambémonúmerodeartigos científicos de qualidade tem crescido. Nos últimos cinco anos subiram 64%, o que resulta do investimento feito e do número de investigadores de qualidade. DUAS PERGUNTAS A... MARIA DA GRAÇA CARVALHO Deputada ao Parlamento Europeu e relatora do programa Horizonte Grande desafio é transferir conhecimento para as empresas Muitos investigadores portugueses trabalham em projectos europeus. A investigação que está a ser realizada em Portugal é dirigida para o Mundo? A investigação que está a ser realizada em Portugal é naturalmente dirigida para o Mundo. Prova disso são o número de publicações em revistas científicas de alto impacto e a participação de equipas portuguesas em projectos internacionais de alto reconhecimento, como os do European Research Council. No entanto, o grande desafio em Portugal é transferir o conhecimento desenvolvido para o tecido empresarial. No nosso país a maioria dos investigadores trabalha no sector público e a participação de empresas em projectos de I&D é baixa na maioria dos sectores. Muitos investigadores portugueses trabalham em projectos europeus, em consórcios com empresas de outros países, contribuindo para a sua competitividade. Na maioria dos países existe uma forte correlação entre o investimento em I&D e o PIB, no entanto pelas razoes mencionadas esta tendência não se verifica no nosso país. Quais serão os passos para reforçar a estratégia de internacionalização da investigação produzida pelas universidades e indústria nacionais? As universidades, centros de investigação e empresas nacionais devem procurar participar em redes internacionais já estabelecidas e trabalhar em projectos de cooperação com outras entidades. Os Programas Europeus (7º Programa-Quadro e CIP), a ESA e o CERN são portas de entrada para estas redes. O futuro Horizonte 2020, sucessor do 7º Programa-Quadro de I&D, a iniciar em 2014, tem previstas medidas de simplificação das regras de acesso e acções específicas para facilitar a participação de instituições de pequena dimensão, nomeadamente PME. Como relatora do Horizonte 2020 no Parlamento Europeu tive a preocupação de introduzir o conceito Caminho para a Excelência. É essencial que a excelência continue a ser o principal critério para a avaliação de projectos. Mas temos que garantir que as pequenas equipas de investigação, tanto em universidades como empresas, que sejam excelentes também tenham acesso a estas redes internacionais de grande dimensão. A.A.

6 Sexta-feira 18 Janeiro 2013 Diário Económico Fotos: Paulo Alexandre Coelho Aspecto do intervalo para café com uma parte das pessoas que encheram por completo o Salão Nobre do Hotel Ritz, em Lisboa. 2 João Eurico Fonseca, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. 3 Francisco Ventura Ramos, professor de Economia da Saúde e presidente do IPO de Lisboa. 4 Paula Pereira e Susana Morera, da Taqueda, com Manuel Oliveira, do grupo Azevedos. 5 Ana Paula Sobral, da MSD, Paulo Pinheiro, da Vieira de Almeida & Associados, Cristina Ribeiro, da MSD, e Francisco Paulo, da Vieira de Almeida & Associados. 6 Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, conversa com Maria de Belém Roseira, deputada do PS e antiga ministra da Saúde, sob o olhar de Maria do Céu Machado, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa e ex-alta Comissária da Saúde. 7 Raquel Trigueiros, Joana Sousa e Pedro Marques, todos da MSD. 6 7 PUB IX CONFERÊNCIA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA UMA PERSPECTIVA GLOBAL SOBRE SAÚDE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Em parceria:

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