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1 Aula 01 Atualidades Tópicos de Política, Relações e Sociedade Internacional Professor: Leandro Signori 1

2 Caro aluno, Em primeiro lugar, agradeço a confiança e a oportunidade de ser o seu professor de Atualidades neste concurso. Na aula de hoje vou abordar os temas relacionados com a sociedade internacional, conflitos internacionais, política internacional, relações internacionais, segurança internacional e organizações internacionais. De imediato, vamos aos estudos! Um grande abraço, Sumário 1. Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos 1.2 Fundamentalismo Islâmico 1.3 Irã 1.4 A Questão da Palestina 1.5 Atentados terroristas em Paris 2. América Latina Eleições na Argentina e Venezuela 3. Coreia do Norte 4. Eleições nos Estados Unidos 5. Sociedade Internacional 6. Segurança internacional 7. Organizações Internacionais 2

3 1. O Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio Ao lado do Cristianismo e do Judaísmo, o Islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, ou seja, acreditam na existência de um único Deus. A palavra Islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). O livro sagrado do Islamismo é o Alcorão, que consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Os seguidores da religião são conhecidos como muçulmanos. Atualmente, o Islã é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países e compreende mais de um bilhão de fiéis. Após a morte do profeta Maomé, em 632, criou-se a figura do califa, ou seja, o líder da comunidade muçulmana no mundo. A divisão do Islã entre sunitas e xiitas, remonta ao século VII e tem origem na disputa sobre a sucessão do profeta. Os sunitas defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Os xiitas defendem que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. O quarto califa foi Ali, primo do profeta Maomé e casado com sua filha, Fátima. Ali foi assassinado. Os sunitas são a grande maioria, mais de 80% dos muçulmanos no mundo. Os xiitas são maioria apenas no Irã, Iraque e Azerbaijão, nos dois primeiros os presidentes são dessa ramificação. Os alauítas são uma variação moderada dos xiitas, presentes, sobretudo na Síria, tendo o presidente Bashar al-assad como um dos seus seguidores. O grupo guerrilheiro Hezbollah é de orientação xiita. Por sua vez, o Hamas e a Al Qaeda são sunitas. O Estado Islâmico (EI) também é sunita e luta pelo retorno do califado islâmico. O último califado foi o Império Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em O califado e uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria um sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de chefe de Estado e líder político do mundo islâmico. Mundo Árabe e Oriente Médio A civilização árabe tem origem na península Arábica. No século VII, as tribos da região unificaram-se em torno da língua árabe e do islamismo. A partir da unificação, os árabes formaram um vasto império que se expandiu até a 3

4 Índia, o norte da África e a península Ibérica, com apogeu em 750 d.c. O mundo árabe ocupa a área que vai do oceano Atlântico ao golfo Pérsico, abrangendo o norte da África e boa parte do Oriente Médio (veja no mapa abaixo). Os contornos dos atuais países existentes no mundo árabe são, até certo ponto, arbitrários e resultam do domínio das potências estrangeiras sobre a região no início do século XX. Com fortes interesses no controle das grandes reservas de petróleo, governos estrangeiros negociaram a independência de suas colônias ou áreas sob seu controle para que fossem governadas por aliados ou colaboradores. O Oriente Médio não deve ser confundido com o mundo árabe. É uma região que faz parte da Ásia, tem muito petróleo e pouca água. Integra Irã e Turquia com populações islâmicas não árabes e Israel, país judeu. Os curdos habitam vários países do Oriente Médio, região onde também vivem várias minorias como os assírios e caldeus. Historicamente Irã e Arábia Saudita disputam hegemonia e influência no Oriente Médio. Possuem diferenças étnicas e religiosas, os iranianos são persas e muçulmanos xiitas, os árabes são sunitas. Estas diferenças fazem com que apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientação religiosa de cada país. Como exemplo temos a Síria, onde o Irã apoia o governo do xiita Assad e a Arábia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas. 4

5 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos Em 2011, o mundo árabe se viu diante de uma série de revoltas populares, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em alusão à Primavera de Praga. O palco dos conflitos foi a África do Norte e Oriente Médio, região formada por países de maioria árabe e muçulmana. As revoltas ocorreram em países com regimes autoritários e teve como resultado a deposição dos ditadores da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil. A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados Egito, Líbia e Iêmen a Primavera se transformou num tenebroso Inverno Árabe, além da Síria, onde descambou para a guerra civil. Tunísia A Revolução de Jasmim, como ficou conhecido o processo que atingiu a Tunísia entre 2010 e 2011, levou à queda do presidente Ben Ali, que ocupava o cargo desde Ela começou com protestos populares após o suicídio de um vendedor ambulante, contra o regime autoritário do presidente. As manifestações foram reprimidas violentamente e resultaram na derrubada do regime em 14 de janeiro de A Tunísia é o único país da Primavera Árabe, que após as revoltas instalou-se a democracia. O país realizou eleições em 2012 e No início de outubro, o Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2015, "por sua decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011", segundo o comitê que entrega o prêmio. O quarteto foi formado em 2013, quando o processo de redemocratização do país estava correndo risco de colapsar após assassinatos políticos e protestos se espalharem pelo país. Ele é composto por quatro organizações: a União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT, um sindicato), a União Tunisiana da Indústria, do Comércio e do Artesanato (Utica, patronato), a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia (ONAT) e a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos (LTDH). Egito Segundo país alcançado pela Primavera Árabe, as revoltas populares levaram a renúncia do ditador Hosni Mubarak, após 35 anos no poder. No entanto, a promessa de instauração de democracia não prosperou. A 5

6 conturbada transição para a democracia levou ao poder a Irmandade Muçulmana (fundamentalistas islâmicos). Mohammed Mursi foi o primeiro islâmico a assumir a chefia de um Estado Árabe pelo voto, em Porém foi deposto por um golpe militar um ano após a posse. O atual presidente, eleito em um pleito esvaziado, é o marechal Abdel Fattah al-sissi. Ex-chefe do Exército, Sissi comandou o golpe de estado que destituiu o presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de O parlamento está fechado, Sissi acumula os poderes executivo e legislativo. Desde a queda de Mursi, o cerco a Irmandade Muçulmana tem sido brutal. Centenas de membros foram mortos e milhares presos, incluindo Mursi e líderes políticos do grupo. A irmandade foi declarada uma organização terrorista, o que torna crime participar de suas atividades. A campanha de repressão não atinge só islamistas. O governo proibiu manifestações e está perseguindo quem critica ou se opõe aos militares. Líbia A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o país com mão de ferro por 42 anos, gerou um vácuo de poder, fomentando a disputa entre milícias armadas que até então lutavam juntas contra o ditador. Esses grupos armados combatem por interesses próprios, para abocanhar o poder nas regiões em que atuam e para obter lucros com a exploração de recursos naturais, em particular do petróleo. Distinguem-se mais pela origem étnica e pela vinculação a suas regiões do que pela inspiração religiosa, e formam coalizões que podem juntar islâmicos ou não. As disputas políticas após as eleições de 2014 levaram à formação de dois governos, que disputam a legitimidade de falar em nome do país. O governo reconhecido internacionalmente está sediado na cidade de Tobruk e aglutina particularmente os setores laicos. O outro, com sede na capital do país, Trípoli, tem grande presença de islâmicos e contra a parte mais importante do país. Esse quadro de instabilidade tem sido agravado com a presença do Estado Islâmico se expandiu para o país. O grupo controla a cidade de Sirte e tem realizado atentados terroristas, sequestros, execuções e decapitações de cristãos. Síria Combates encarniçados desenvolvem-se desde 2011, quando manifestações pró-democracia, logo após os acontecimentos da Primavera 6

7 Árabe, na Tunísia e no Egito, chegaram ao país e foram duramente reprimidas pelo regime do ditador Bashar al-assad. A reação de parte da oposição foi armar-se para tentar derrubar o governo. Assim surgiu o Exército Livre da Síria (ELS), dirigido pela oposição moderada, que iniciou combates contra as forças de Assad, contando para isso com o apoio logístico da Turquia e com o fornecimento de armas e munições por parte do Catar e da Arábia Saudita. De lá para cá, a situação agravou-se, assumindo o caráter de uma guerra civil. De um lado, estão o governo sírio e seus aliados externos, como a Rússia e o Irã, além do grupo xiita libanês Hezbollah. De outro, os rebeldes anti-assad, na maioria sunitas, têm o apoio das principais potências ocidentais, da Arábia Saudita e de outros países do Oriente Médio. Além do Exército Livre da Síria (ELS), outros grupos combatem o regime de Assad, como o Estado Islâmico e a Frente al-nusra (ligada a Al Qaeda). Liderados pelos Estados Unidos, uma coalizão de países ocidentais e do Oriente Médio tem realizado ataques aéreos contra o Estado Islâmico no país e no Iraque. Nos bombardeios aéreos, a coalizão tem poupado o Exército regular sírio. O motivo é o temor de que, com a derrubada do ditador, a situação escape ao controle e a Síria mergulhe ainda mais no caos, com disputas permanentes entre milícias e o fatiamento do território, como ocorre na Líbia. No final de setembro, a Rússia entrou na guerra civil ao lado do regime de Bashar al-assad. Os russos estão realizando ataques aéreos contra os grupos armados de oposição, não é só contra o Estado Islâmico. Com o apoio da aviação russa, o exército de Assad já está conseguindo realizar avanços e retomar territórios conquistados pelos pela oposição armada. No dia 24 de novembro, a Turquia derrubou um avião militar russo Su-24, que caiu em território sírio perto da fronteira com o país. O governo turco afirma que a aeronave violou seu espaço aéreo e não respondeu a diversas advertências, tendo sido derrubado por um caça F-16. A Rússia nega e diz que o avião não violou o espaço aéreo turco e foi propositalmente derrubado por caças da Turquia. Por trás deste incidente está a posição da Turquia que apoia militarmente rebeldes que combatem o regime de Assad na fronteira da Síria com esse país. A derrubada do avião militar russo é uma demonstração de insatisfação da Turquia com os ataques aéreos de aeronaves da Rússia a rebeldes armados e treinados pelos turcos. Após o incidente, a Rússia adotou sanções econômicas para com a Turquia. 7

8 Em março, a Rússia anunciou a retirada da sua força aeroespacial. Na prática, a Rússia diminuiu a sua força, está realizando menos ataques aéreos, mas continua combatendo ao lado do regime de Assad. Em fevereiro, foi anunciado um cessar-fogo, negociado por Rússia e Estados Unidos. Participam do cessar-fogo a coalizão liderada pelos Estados Unidos, o governo da Síria, a Rússia, o Irã, a milícia xiita Hezbollah, grupos da oposição armada moderada e grupos da oposição civil baseados na Síria e no exílio. A Frente al-nusra e o Estado Islâmico estão fora do cessar fogo, continuam combatendo e sendo combatidos. Sob os auspícios da ONU, estão ocorrendo negociações de paz em Genebra, Suíça. Participam das negociações potencias ocidentais, Síria, Rússia, países árabes, oposição civil, Nações Unidas, a União Europeia, Liga Árabe e a Organização dos Estados Islâmicos. Em abril, nas áreas controladas pelo governo, ocorreram eleições legislativas. Esta é a segunda eleição desde o início da guerra em Pela primeira vez, vários partidos foram autorizados a participar, mas o partido do governo, Baath, obteve a maioria dos 250 deputados eleitos para um mandato de quatro anos. A guerra na Síria já causou a morte de 300 mil pessoas, gerou mais de 4 milhões de refugiados e está sendo considerada a maior crise humanitária de nossa era pela ONU. Além dos refugiados, outros 6,5 milhões foram deslocados pelo interior do país. O total de 9,5 milhões de pessoas forçadas a sair de suas casas equivale a quase metade da população do país. Os refugiados foram principalmente para Turquia, Líbano e Jordânia. A destruição pelo país é generalizada. Iraque A ocupação militar dos EUA entre 2003 e 2011 atingiu o objetivo de derrubar o ditador Saddam Hussein, mas insuflou as disputas políticas internas já existentes no país. O frágil governo que está no poder privilegia a população xiita, o que acirra as tensões com os sunitas e os curdos. O cenário de caos institucional favoreceu a expansão do EI, que conquistou amplas áreas no país com uma interpretação radical dos preceitos sunitas. Essas divisões sectárias, que foram exacerbadas durante os anos de ocupação dos EUA, prejudicam a resistência, porque o governo não consegue mobilizar os sunitas para a defesa do Estado iraquiano. A ascensão do EI provocou a morte de mais de 20 mil pessoas no país, além da destruição de vários patrimônios históricos e da virtual divisão do país 8

9 em três: uma ampla área ao norte sob controle do grupo terrorista; o território autônomo dos curdos, principal minoria que habita o país, no nordeste; e a região que compreende a capital, Bagdá, e o sul, de população predominantemente xiita, sob controle oficial do governo iraquiano. Curdistão Nos combates contra o Estado Islâmico, destaca-se a ação dos guerreiros curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e sírios. O EI persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religião própria. O enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela atuação das forças curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que dão combate terrestre ao grupo islâmico, apoiando dessa forma os bombardeios aéreos comandados pelos EUA. Esse papel de destaque leva analistas a especularem se uma das consequências dos conflitos atuais não seria a ampliação da autonomia dos curdos dentro do Iraque ou até mesmo a formação, num prazo ainda indefinido, de um novo país, o Curdistão, reunindo os curdos que vivem espalhados pela região. Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaidjão (veja mapa a seguir). O projeto de um Estado curdo ganhou força no final do século XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, países nos quais o movimento foi violentamente reprimido. Fonte: Dictionnaire de Geopolitique 9

10 O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado turco, mas negocia há anos um acordo com o governo central. Em 2013, o partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da Turquia começou a atacar redutos do PKK no Curdistão iraquiano, próximo à fronteira turca. O PKK reagiu e as hostilidades tem se sucedido de lado a lado. Na Síria, a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio de ataques aéreos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobre a estratégica cidade curda de Kobane, na tríplice fronteira síria, turca e iraquiana. Após meses de conflitos, o Estado Islâmico recuou e desistiu de conquistar a cidade. Embora sejam muçulmanos sunitas, os curdos não são islamitas conservadores. As mulheres têm mais liberdade, são mais respeitadas. Muitas estão nas fileiras da milícia curda síria YPG, lutando contra o Estado Islâmico. 1.2 Fundamentalismo Islâmico Ainda que o fundamentalismo esteja atualmente muito associado aos islâmicos, grupos fundamentalistas existem em todas as religiões. Os agrupamentos políticos fundamentalistas buscam impor seus dogmas religiosos como base da organização do Estado e da sociedade. É uma posição obscurantista, que recusa a democracia e se opõe à perspectiva secular adotada desde a Revolução Francesa (1789), quando os negócios de Estado se separaram das convicções religiosas. A enorme maioria dos adeptos da religião islâmica é constituída por pessoas comuns que professam uma crença religiosa. Por isso, é um erro grave, que tem origem em preconceito religioso ou social, identificar grupos terroristas que dizem agir em nome do islamismo com os hábitos e crenças das populações muçulmanas em geral. O fundamentalismo islâmico é contrário ao Estado democrático e laico, e sua perspectiva é a do Estado teocrático, como no Irã, onde o chefe do Estado é o líder religioso supremo, o aiatolá. No Alcorão, o livro sagrado do islamismo, está o fundamento para a organização social e estatal. Defendem a implantação da Sharia o conjunto de leis e códigos de conduta extraídos do livro sagrado como lei, rejeitando o princípio da separação entre religião e Estado. O fundamentalismo islâmico é a fonte inspiradora de vários grupos armados que do mundo islâmico, lutando pela tomada do poder nos países em que atuam. Os mais conhecidos são a Al-Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram. Al Qaeda 10

11 O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda, em 1988, no Afeganistão, quando lutava ao lado dos guerrilheiros islâmicos (mujahedin) contra a ocupação soviética, com equipamentos e recursos vindos das potências ocidentais. Mas após a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente, em especial os Estados Unidos, por causa da crescente presença militar no Oriente Médio. Nos anos 1990, Bin Laden foi responsabilizado por vários ataques a alvos norte-americanos, até realizar o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, contra os EUA. Então, Bin Laden ganhou fama mundial. Vários grupos anunciaram sua ligação com a Al Qaeda, o que permitiu ao grupo expandir seu alcance, para se tornar uma rede terrorista com ramificações internacionais. Na última década, porém, a Al Qaeda Central (AQC), no Afeganistão e Paquistão, foi duramente atingida pelas ações militares dos EUA. O trabalho de espionagem e os ataques com drones mataram seus líderes e reduziram sua capacidade de ação e de se comunicar com as filiais. A morte de Bin Laden por uma equipe da Marinha dos EUA, em 2011, enfraqueceu o grupo. O novo líder, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, não possui o carisma do fundador. Estado Islâmico Com um vasto território que extrapola fronteiras, abrangendo áreas do Iraque e da Síria, ativos estimados em 2 bilhões de dólares e um contingente de 31 mil combatentes, o Estado Islâmico (EI) consolida-se como a mais poderosa organização extremista islâmica em atividade. Sua ascensão é surpreendente quando se considera que, até pouco tempo atrás, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na Ásia e na África. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o grupo espalhou o terror contra as forças de ocupação e os xiitas, até ser praticamente aniquilado após a morte de seu comandante, Abu Musab al- Zarqawi, em Rebatizado Estado Islâmico do Iraque (EII), o grupo renasce a partir de 2010, sob um novo líder, Abu Bakr al-baghdadi. O vácuo de segurança criado pela retirada militar dos EUA, o clima de revolta dos sunitas com o governo pró-xiita do Iraque e o caos da guerra civil síria criam condições para que o EI prospere. Ao expandir as atividades para a Síria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar guerrilheiros e instalar bases, em 2013 o grupo muda o nome para Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, após dominar territórios no norte da Síria e do Iraque o grupo anuncia a criação de um Califado, em junho de 2014, se autodenominando Estado Islâmico (EI). 11

12 O Califado é uma referência aos antigos impérios islâmicos surgidos após a morte de Maomé, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islâmica dos quais o mais notório é o Império Árabe. O califa, considerado sucessor do profeta, é a autoridade política e religiosa máxima. Al-Baghdadi é proclamado califa do EI. Nas áreas que conquista, o EI rapidamente assume o controle sobre bases militares, bancos, hidrelétricas e campos de petróleo e instaura um governo próprio, com ministérios, cortes islâmicas e aparato de segurança. A cobrança de taxas e impostos, junto com a venda ilegal de petróleo, os sequestros e as extorsões, garantem ao grupo uma renda diária estimada em 2 milhões de dólares. No plano social, o código moral é severo. Um traço marcante do EI é o emprego de táticas tão bárbaras que até a Al Qaeda renegou o grupo. São execuções em massa, às vezes contra comunidades inteiras, e mortes coletivas, por crucificação, decapitação e enforcamento. Além de ser uma estratégia de guerra, visando submeter populações locais pelo terror, a violência indiscriminada, também direcionada aos infiéis (minorias étnicas e religiosas e ocidentais), é uma mensagem poderosa para atrair muçulmanos desiludidos de todas as partes do mundo, inclusive do Ocidente, que passam a lutar em suas fileiras e aniquilar inimigos do islã com a promessa da salvação. O EI vem intensificando a captura e assassinatos de cristãos, muitos deles por decapitação. Mais de 30 grupos jihadistas de vários países da África e Ásia juraram lealdade ao autoproclamado califa Estado Islâmico. Esses grupos têm cometido uma série de atentados terroristas, principalmente na Líbia, Tunísia, Egito, Iêmen e Afeganistão. O mais recente barbarismo do Estado Islâmico é a destruição de esculturas, monumentos, palácios e templos do patrimônio cultural e arqueológico de cidades históricas do Iraque e da Síria (sítio arqueológico de Palmira, do tempo da dominação do Império Romano). O EI justifica a destruição dizendo que cultuam outras divindades e por isto são demoníacas, ferindo, portanto, os princípios do Islã. O EI é bastante ativo na internet. Utiliza intensamente a web para divulgar suas atividades, recrutar novos combatentes e invadir sites de organizações governamentais e privadas. Boko Haram O Boko Haram atua na Nigéria e realiza incursões no Chade, Níger e Camarões. Criado em 2002, na Nigéria, a partir de 2009, iniciou atos de 12

13 violência, com o objetivo de impor nesse país uma versão mais radical da sharia (a lei islâmica), que veta a adoção de vários aspectos da cultura ocidental, como a educação secular. A maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação. O Boko Haram, que era aliado da rede terrorista Al Qaeda, vinculou-se em 2015 ao Estado Islâmico. Segundo o Índice de Terrorismo Global 2015, o Boko Haram é o grupo terrorista mais violento da atualidade. O índice, baseado em dados de ataques de grupos extremistas, assinala que o Boko Haram matou pessoas em 2014, mais do que o Estado Islâmico. Al Shabah Fundado em 2004, o Al Shabah atua na Somália, sendo filiado a rede Al Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que cometeu em um shopping center em Nairóbi, capital do Quênia. Em abril de 2015, o grupo cometeu outro grande atentado nesse país, ao invadir e matar 148 estudantes cristãos na Universidade de Garissa. O ataque à universidade foi uma represália à presença militar queniana na Somália, onde um corpo expedicionário queniano combate esse movimento desde o final de Desde 2007, uma força de paz composta por vários países da União Africana (UA) atua ao lado de forças do governo somali no combate ao Al Shabah, o que tem imposto várias derrotas e enfraquecido a milícia. Os atentados terroristas do Al Shabah no Quênia são uma resposta da milícia as derrotas que vem sofrendo dos militares da União Africana. 1.3 O Irã O Irã ocupa lugar central no xadrez do Oriente Médio. O regime define-se desde a Revolução de 1979 como uma república islâmica, e segue a vertente xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e é aliado do regime sírio de Bashar al-assad, exercendo também influência sobre partidos xiitas que estão no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder, centrado na oposição a Israel e às monarquias sunitas do Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Barein e Catar. Desde 2003, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA e as demais potências ocidentais tentam impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Eles acusam o país de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de urânio com a intenção de fabricar armas nucleares. O Irã nega. 13

14 A ONU exigia que o Irã parasse de enriquecer urânio e autorizasse o acesso irrestrito da AIEA às suas instalações. Diante da negativa do Irã, foram aprovadas quatro rodadas de sanções contra o país, entre 2006 e Como a China e a Rússia se opuseram a novas sanções na ONU, os EUA e a União Europeia anunciaram em 2011 o embargo ao petróleo iraniano e punições financeiras contra nações que compram petróleo do país. Foram decretadas também sanções contra o sistema bancário do Irã. O embargo levou à queda expressiva nas exportações de petróleo iraniano, comprometendo a obtenção de divisas externas. Em 2013, o Irã começou a negociar um acordo para a retirada das sanções com o Grupo 5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China + Alemanha) em troca da limitação de suas iniciativas nucleares. Em julho de 2015, Irã e as potências chegaram a um acordo, que limita e condiciona o programa nuclear iraniano, visando assegurar que o programa nuclear iraniano tenha um caráter não militar, em troca da retirada das sanções internacionais que asfixiam a economia do país. O texto, que autoriza o Irã a prosseguir com o programa nuclear civil e abre o caminho para uma normalização da presença do país no cenário internacional. Os iranianos se comprometeram a reduzir a capacidade nuclear (redução de dois terços do número de centrífugas de urânio em 10 anos, de a 6.104, diminuição das reservas de urânio enriquecido) durante vários anos e a permitir que os inspetores da AIEA realizem inspeções profundas em suas instalações. 1.4 A questão da Palestina A criação do Estado de Israel, em 1948, dá início a um conflito entre judeus e árabes, já que estes últimos viviam na região do novo país. O território ocupado por Israel, após uma guerra, foi maior do que o aprovado pela ONU. A criação de Israel levou à expulsão de mais de 700 mil palestinos, que se tornaram refugiados. Atualmente, a população palestina refugiada soma 5 milhões de pessoas, que reivindicam o direito ao retorno a suas terras, o que não é aceito por Israel. Os Acordos de Oslo ( ), assinados entre palestinos e israelenses, com mediação dos EUA, traçaram a meta de dois Estados: um judeu (Israel) e um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, ambas ocupadas pelos israelenses em Definiram ainda a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), como embrião do futuro Estado. Nos últimos 20 anos, a perspectiva dos dois Estados guia as negociações de paz. 14

15 Não houve, porém, avanços efetivos para uma paz duradoura, por causa das divergências entre as partes. O Hamas, baseado na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, baseado no sul do Líbano, são as mais importantes organizações guerrilheiras anti-israel. Ambas pregam a destruição total do Estado judaico. Gaza, que está submetida por Israel a um bloqueio territorial e econômico, sofreu em 2014, pela terceira vez em cinco anos, um pesado ataque militar por parte dos israelenses, que causou milhares de mortes e a destruição de boa parte da infraestrutura local. A Cisjordânia se vê cortada por um muro que a separa de Israel, invade seu território e impede a livre circulação de seus habitantes, tratados como potenciais terroristas. Nos últimos 20 anos, essa perspectiva geral dos dois Estados é a que tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços. Do lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a continuidade e a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Outra divergência é sobre o status da cidade de Jerusalém. Os palestinos defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel não aceita essa divisão, reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital. Ponto de honra para os árabes nas negociações, é o direito ao retorno dos palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos Seis Dias (1967). O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta, pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel tal como é hoje. Em 2012, a ONU concedeu para a Palestina a condição de Estado observador não-membro. Mais de 140 Estados, inclusive o Brasil, já reconhecem o Estado da Palestina. O último a reconhecer foi o Vaticano, em junho de Atentados terroristas em Paris Paris, capital da França, foi alvo de atentados terroristas em 13 de novembro. Os atentados foram no Stade de France, no restaurante Le Petit Camboje, mais dois bares e dois restaurantes e na casa de shows Bataclan. Além de metralharem civis, alguns terroristas detonaram explosivos presos em cintos no próprio corpo. O primeiro ataque ocorreu no Stade de France, com uma explosão no portão D (Saint-Denis, região norte de Paris). O presidente da França, 15

16 François Hollande, e o ministro de Relações Exteriores da Alemanha assistiam a um jogo entre os dois países no estádio. No Bataclan foi onde houve o maior número de vítimas, mais de cem mortos e dezenas de feridos. No momento do atentado, a casa de shows estava lotada, com pessoas. Terroristas invadiram a casa e começar a atirar nas pessoas. No total dos ataques, morreram 130 pessoas e 351 ficaram feridas. Entre os mortos, as autoridades francesas afirmaram haver sete terroristas. Os terroristas eram de origem francesa, belga e síria. O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques. Segundo o grupo, os atentados são retaliações motivadas pela participação do país europeu na coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Após os ataques, as fronteiras da França foram fechadas, e o presidente decretou estado de emergência em todo o território francês. As forças militares foram convocadas para reforçar a segurança da região de Paris. Em janeiro de 2015, Paris já havia sido alvo de outro atentado terrorista, cometidos contra a revista satírica "Charlie Hebdo" e um mercado de produtos judaicos. Outros atentados ou tentativas de atentados menores já ocorreram este ano. Uma das perguntas que surge, é por que novamente a França? Vejamos a opinião de especialistas: - Fricções étnicas - A França tem a maior população muçulmana na Europa: cerca de 5 milhões, ou 7,5% dos habitantes. E, segundo analistas, é uma das sociedades mais divididas no continente. Há um aparente questionamento de gerações mais novas de famílias de imigrantes, supostamente descontentes quanto ao estilo de vida mais liberal do Ocidente, à tolerância e diversidade religiosa e à liberdade de expressão. Muitos muçulmanos teriam, ainda, a percepção de estarem à margem da sociedade, isolados ou mesmo excluídos. A França é o país na Europa onde o debate sobre o lugar do Islã dentro da sociedade é o mais difícil e mais duro. A maioria dos franceses acha que o islamismo, em geral, não é compatível com a laicidade francesa. E há uma tensão muito forte entre os radicais islâmicos e a França. A polêmica proibição do uso do véu islâmico de corpo inteiro por mulheres, por exemplo, foi interpretada por alguns muçulmanos como uma decisão contra o islamismo. - Radicalização e extremismo - A França tem sido a maior fonte, na Europa, de combatentes estrangeiros que se juntam a grupos radicais no Oriente Médio. Um relatório do Centro Internacional para o Estudo de Radicalização e Violência Política do King's College, de Londres, apontou no início deste ano que das cerca de quatro mil pessoas que deixaram a Europa 16

17 Ocidental para se juntar a grupos extremistas como o EI na Síria e no Iraque, aproximadamente 1,2 mil saíram da França. E muitos deles retornaram. A França, aliás, fica atrás apenas de Arábia Saudita, Tunísia, Jordânia, Marrocos e Rússia como maior emissor de combatentes para estes grupos, segundo o relatório. Estima-se que 20 mil estrangeiros de 80 países tenham ido à Síria e ao Iraque para lutar com militantes. Por muitos anos, os subúrbios de Paris e outras cidades foram vistos como terreno fértil para extremistas islâmicos, que recrutavam jovens muçulmanos descontentes com desemprego e ostracismo. Outro lugar fácil para radicalização, dizem especialistas, são as prisões francesas: estima-se que 60% dos 70 mil detentos no país tenha origem muçulmana, e grupos extremistas estariam se aproveitando disso para recrutar colaboradores. - Imigração - Os ataques ocorrem, ainda, no momento em que a Europa enfrenta discordâncias internas sobre como lidar com a maior onda migratória desde a Segunda Guerra Mundial. Alguns países europeus instituíram controles de entrada e instalaram barreiras nas fronteiras em resposta ao fluxo. A maioria dos imigrantes foge dos conflitos na Síria, no Afeganistão e em partes da África. Em alguns países, grupos contrários à imigração se fortaleceram. Apesar de nenhuma ligação ter sido oficialmente feita entre os autores dos ataques e as condições de permanência deles na Europa, os atentados deverão alimentar o debate sobre o fluxo migratório. - Operações francesas na Síria e no Iraque - A França participa da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que tem conduzido ataques aéreos contra o "EI" na Síria e no Iraque e é um dos países mais ativos nesses ataques contra o grupo. O país realizou também uma intervenção contra extremistas islâmicos no Mali, em Falhas de inteligência? O que aconteceu em Paris foi exatamente o que as agências de inteligência e segurança na Europa temiam e tentavam evitar: ataques simultâneos em locais movimentados numa grande cidade, com um elevado número de vítimas. Ficou a desconfiança de que os serviços de segurança franceses falharam? Atentados terroristas ocorrem praticamente todo o dia, em algum lugar do mundo. Outro atentado recente que teve bastante repercussão, foi a queda de um avião de passageiros da companhia russa Metrojet, na península do Sinai, no Egito. 224 pessoas morreram, o Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado terrorista. 17

18 Dias antes do atentado terrorista em Paris, os Estados Unidos lançaram um ataque aéreo com drones na Síria, matando o britânico "Jihadi John". O jihadista apareceu nos vídeos do Estado Islâmico que mostravam a decapitação dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e do jornalista japonês Kenji Goto. 2. América Latina Eleições na Argentina e Venezuela Maurício Macri é o novo presidente da Argentina. A sua vitória encerrou um período de 12 anos de governo do kirchnerismo, como é conhecido o período em que a Argentina foi governada pelo casal Néstor e Cristina Kirchner. Ambos são peronistas. O novo presidente derrotou no segundo turno, Daniel Scioli, candidato do peronismo e de Cristina Kirchner. Maurício Macri é empresário, ex-prefeito de Buenos Aires, ex-presidente do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do governo de Cristina Kirchner. Esta é a primeira vez que um líder da direita liberal chega ao poder pelas urnas em eleições livres, sem o apoio de uma ditadura, fraudes ou candidatos proscritos. Esta é a primeira vitória, desde que se instituiu o voto, em 1916, de um candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical social-democrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na Argentina. Conservador, Maurício Macri defende a abertura de investimentos estrangeiros, a diminuição da inflação para um dígito em dois anos e o levantamento dos limites das exportações do setor agropecuário. Também diz que vai criar uma agência nacional contra o crime organizado e desenvolver um sistema de estatísticas criminais. Prometeu solicitar a aplicação da clausula democrática do Mercosul para suspender a Venezuela do bloco. A alegação é de que o regime persegue e reprime a oposição e de que as eleições são manipuladas pelo governo chavista do presidente Nicolás Maduro. No entanto, após as eleições legislativas de 6 de dezembro na Venezuela, onde a oposição teve ampla vitória, desistiu de solicitar a aplicação da clausula democrática contra o país. Ainda na área internacional, sob o governo de Macri, a Argentina deve se afastar politicamente de posições políticas defendidas pelos países do grupo bolivariano: Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua. Por outro lado, terá uma maior aproximação com os Estados Unidos e Brasil. 18

19 Macri também promete uma relação menos turbulenta com o Reino Unido, na discussão da reivindicação argentina de soberania sobre as ilhas Malvinas e negociar a pendência judicial e o pagamento da dívida do país, com fundos internacionais norte-americanos. Esses fundos foram chamados de abutres pela ex-presidente Cristina Kirchner. A Venezuela realizou eleições legislativas, para a Assembleia Nacional, no dia 06 de dezembro. A oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), alcançou uma poderosa maioria qualificada de dois terços das cadeiras, revertendo quase duas décadas de domínio dos socialistas (desde 1999, com a primeira eleição de Hugo Chávez) representados pelo presidente Nicolás Maduro. A oposição é formada por partidos conservadores e de centro. O partido governista é o PSUV Partido Socialista Unido da Venezuela. O atual governo diz que está realizando uma Revolução Bolivariana (alusão a Simón Bolívar). Hugo Chávez governou a Venezuela por 11 anos, até a sua morte, em O país enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela alta inflação, recessão e escassez de alimentos. Com este número de deputados, o bloco opositor havia superado a marca de dois terços necessária para grandes mudanças, como criar ou suprimir comissões permanentes, aprovar e modificar leis orgânicas, submeter a referendo tratados internacionais e projetos de lei, remover magistrados do Tribunal Supremo de Justiça, designar os integrantes do Conselho Nacional Eleitoral, aprovar projeto de reforma constitucional e até buscar retirar de maneira antecipada o presidente do poder. Contudo, dias depois da eleição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), dominado por ministros chavistas, suspendeu a proclamação de três deputados opositores eleitos. A medida deixou a oposição sem a supermaioria qualificada na Assembleia. 3. Coreia do Norte A Coreia do Norte, fundada em 1948, é parte da antiga Coreia, nação asiática dividida em duas zonas de ocupação ao final da II Guerra Mundial. De 1950 a 1953, a Guerra da Coreia opôs os norte-coreanos (governados por comunistas e apoiados pela China) à Coreia do Sul (apoiada por tropas da ONU e principalmente pelos EUA). Após a assinatura de uma trégua, a Coreia do Norte foi reconstruída com a ajuda de URSS e China. Desde o início, o regime caracterizou-se pelo culto ao ditador Kim Il Sung, que morreu em Seu filho Kim Jong Il tornou-se então o chefe de Estado, sendo também cultuado. Em 2011, morreu, e foi substituído pelo filho mais novo, Kim Jong Un. 19

20 Só por essa forma de transmissão de poder nota-se que o regime nortecoreano mistura elementos a princípio incompatíveis, como o fato de se dizer comunista e ao mesmo tempo adotar uma sucessão dinástica (de pai para filho). Outras características são a forte repressão a opositores e dissidentes e o fato de que o país se mantém isolado, fechado a estrangeiros. Desde que Kim Jong Um chegou ao poder, a imprensa notícia execuções de altos dirigentes do governo e das forças armadas, a seu mando, sob o argumento de conspiração contra o regime e traição. O país preocupa as potências ocidentais por ameaçar usar armas atômicas que desenvolveu e tem testado. O regime norte-coreano deixou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). De lá até o presente, já fez quatro testes com bombas atômicas e tem dado provas de estar acelerando seu programa nuclear para constituir um arsenal. Desde 2006, ano do primeiro teste, sofre forte pressão internacional e até sanções da ONU. O último teste foi em janeiro de 2016, quando testou uma miniatura de uma bomba de hidrogênio. No mês seguinte, em fevereiro, o país lançou um míssil de longo alcance. O anúncio oficial da TV norte-coreana informou que o foguete colocou um satélite em órbita, mas suspeita-se que a real intenção tenha sido testar tecnologia de mísseis que poderiam transportar armas nucleares. A partir de 2002, pressionada pelas dificuldades econômicas, a Coreia do Norte iniciou mudanças orientadas para o mercado. Seguindo o exemplo da China, o governo criou uma zona industrial especial (Kaesong), na qual empresas da Coreia do Sul empregam trabalhadores norte-coreanos a baixo custo, e uma zona turística especial. No entanto, em represália ao teste do míssil de longo alcance, a Coreia do Sul, ordenou o fechamento e a saída de todos os seus cidadãos que trabalham na zona industrial de Kaesong. Ato contínuo, os norte-coreanos ordenaram a tomada por militares do complexo industrial. 4. Eleições nos Estados Unidos Em novembro de 2016, os Estados Unidos escolherão o seu novo presidente. O sistema-eleitoral norte-americano é diferente do brasileiro. Nele, os eleitores não votam diretamente no candidato, mas em delegados, esses serão os que vão eleger o presidente. Vamos entender melhor: Eleições Primárias 20

21 Em primeiro lugar, os norte-americanos escolhem os candidatos à Presidência de cada partido. Há vários partidos nos EUA, porém, os dois majoritários e que elegem mais Presidentes são o Democrata e o Republicano. Para decidir quem representará o partido nas eleições, são feitas eleições primárias (ou prévias) em todos os Estados, para que o povo escolha quem será o candidato de cada partido. Quem escolhe os candidatos à indicação do partido são os delegados partidários. Cada Estado, então, decide como serão as primárias, abertas, fechadas, livres ou do tipo caucus. Dessa forma, decidem se os votantes devem ser filiados aos partidos, se podem participar das prévias dos dois partidos, e etc. As prévias começam bem antes das eleições à Presidência e o candidato escolhido é confirmado nas convenções partidárias. O escolhido como candidato à Presidente escolhe quem será o seu vice. Colégios Eleitorais Como foi dito acima, nos Estados Unidos o povo não vota diretamente em seu candidato à Presidência da República. A população escolhe quem vai escolher o seu líder governamental, os chamados superdelegados (ou apenas delegados). Mas, vamos por partes: cada estado tem um número de delegados, que é relativo ao número de habitantes. Quanto mais populoso o Estado, maior o número de delegados. Como a Constituição, em 1787, instituiu a autonomia dos Estados, cada um dos 50 existentes nos EUA decide como escolherá seus delegados (se os eleitores devem ser filiados ou não aos partidos, por exemplo). Ao todo, há um número de 538 delegados que fazem parte do Colégio Eleitoral nos Estados Unidos. Para ser eleito, o candidato deve ter o voto de 50% mais um dos delegados (271). Por mais votos populares o candidato tenha, o mais importante é ter votos do Colégio Eleitoral, pois é ele que escolhe o novo Presidente. Com 55 delegados, a Califórnia é o Estado que possui o maior número de delegados. Vencer na Califórnia representa conquistar 10% dos votos de todos os delegados do país e uma vantagem para o candidato. Nestas eleições, disputam a indicação como candidato pelo Partido Democrata; Hillary Clinton, mulher de Bill Clinton, ex-presidente dos EUA e Bernie Sanders, senador por Vermont. Sanders é um político de esquerda e se define como um socialista democrático. 21

22 No Partido Republicano, os dois postulantes principais são Donald Trump, magnata da mídia norte-americana e Ted Cruz, senador pelo Texas. Nos Estados Unidos é permitida uma reeleição presidencial, como no Brasil. Barak Obama, atual presidente, está no último ano do seu segundo mandato. Ele é do Partido Democrata. 5. Sociedade Internacional Papa Francisco O Papa Francisco visitou Cuba e Estados Unidos em setembro. Além das atividades religiosas nos dois países, em Cuba, o Papa se encontrou com o expresidente cubano Fidel Castro. Nos Estados Unidos discursou na Casa Branca, no Congresso norte-americano e na Assembleia Geral da ONU. No Congresso dos Estados Unidos, o Papa pediu a abolição global da pena de morte, do comércio de armas, das hostilidades contra os imigrantes e falou sobre a necessidade de adotar medidas para combater a mudança climática. Segundo o papa, para minimizar os conflitos armados ao redor do mundo, é necessário acabar ao comércio de armas. Na Assembleia Geral da ONU, criticou os órgãos financeiros internacionais e o uso indiscriminado do planeta que prejudica a natureza e os mais pobres. Para o Papa, "Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países e não a submissão asfixiantes destes por sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência". Ele ainda condenou a má gestão irresponsável da economia global, que não pode ser guiada pela ambição de riqueza e poder. Quanto ao aquecimento global e mudança climática, afirmou que a sede de poder e propriedade material sem limites estão prejudicando o meio ambiente e os mais pobres, criticando a cultura do descarte em vigor atualmente. O abuso e o mau uso do meio ambiente veem sempre acompanhado de processos de exclusão social. Os mais pobres são os que mais sofrem, são descartados pela sociedade. Para Francisco, a crise ecológica e a destruição da biodiversidade ameaçam a própria existência da espécie humana. Quanto as guerras e a questão nuclear disse que a guerra é a negação de todos os direitos e também um imenso ataque ao ambiente. O pontífice apelou sobre a "dolorosa situação" do Oriente Médio, do norte da África e de outros países africanos em que os cristãos são perseguidos e têm seus locais de culto 22

23 destruídos. Em uma referência indireta ao Estado Islâmico, ele criticou a perseguição de minorias religiosas e a destruição do patrimônio cultural. O Papa também falou sobre o recente acordo para o fim da atividade nuclear no Irã, acertado com potências mundiais neste ano. "O recente acordo sobre a questão nuclear em uma região sensível da Ásia e do Oriente Médio é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito, exercitados com sinceridade, paciência e constância", afirmou sem mencionar explicitamente o Irã. Também denunciou o narcotráfico que "silenciosamente cobra a vida de milhões de pessoas" e criticou que não é suficientemente combatido. Em encontro histórico, o Papa Francisco, chefe da Igreja Católica Apostólica Romana, se reuniu, em fevereiro, com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill (Cirilo). Eles pediram união entre os dois dos principais ramos do cristianismo desde sua separação, no ano de O encontro ocorreu em Havana, Cuba. Mas, por que as Igrejas Católica e Ortodoxa estão afastadas há mil anos? Em 1054, o papa de Roma e o patriarca de Constantinopla se excomungaram mutuamente, dando início ao que se conhece como o grande cisma do cristianismo que persiste até hoje. Gâmbia anuncia proibição da mutilação genital feminina A República da Gâmbia anunciou, em novembro, que vai banir a mutilação genital feminina. O anúncio foi feito pelo presidente do pequeno país africano, Yahya Jammeh. Segundo mandatário, passa a valer imediatamente. No entanto, de acordo com o Guardian, não há uma data exata para quando o governo vai elaborar uma legislação que torne a proibição efetiva. Segundo ativistas, o dispositivo legal e imprescindível para salvar "inúmeras vidas". A Gâmbia é uma ex-colônia britânica e uma das nações mais pobres do mundo. A prática ainda é bastante comum no país de 1,8 milhões de habitantes, onde estima-se que 75% das mulheres tenham sido mutiladas, assim como em várias outras nações africanas e em algumas partes do Oriente Médio. 23

24 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 125 milhões de mulheres no mundo todo foram submetidas à mutilação, que envolve cortes nos lábios vaginais e no clitóris, geralmente enquanto as meninas ainda são muito jovens - 56% das crianças com até 14 anos foram mutiladas na Gâmbia. O procedimento pode causar a morte das mulheres, seja por hemorragia ou por infecções. Há ainda casos de mulheres que morrem durante o parto, por causa de complicações decorrentes da mutilação. Ainda neste ano, a prática foi banida na Nigéria, que se juntou a ouras 18 nações africanas que proibiram a mutilação genital, incluindo a República Centro-Africana, o Egito e a África do Sul. Prisão de El Chapo no México O México é um país onde se formou e atuam poderosos e sanguinários carteis que disputam as rotas de tráfico de drogas que levam aos Estados Unidos, o maior mercado de drogas do mundo. Anualmente, milhares de pessoas são mortas na guerra entre os carteis, em confronto com as forças de segurança e populares assassinados pelos carteis. Um dos mais poderosos traficantes do país, Joaquim El Chapo Guzmán, líder do cartel de Sinaloa, foi recapturado e preso no último mês de janeiro, na cidade de Los Mochis, no Estado de Sinaloa. O líder do Cartel de Sinaloa escapou de uma prisão de segurança máxima em uma fuga espetacular em 11 de julho de 2015, e estava foragido desde então. Esta foi a segunda fuga de "El Chapo" de uma prisão de segurança máxima. A primeira ocorreu em 2001, quando saiu escondido em um carrinho de lavanderia. Além de ser o narcotraficante mais procurado pelos Estados Unidos, ele é considerado pela revista "Forbes" o criminoso mais poderoso do mundo, fazendo parte da lista de homens mais ricos. Sua fuga foi uma humilhação para o governo do presidente mexicano Peña Nieto, que havia anunciado a sua captura e de outros líderes de cartéis em 2014 como conquistas cruciais em sua luta para restaurar a ordem e a soberania de um país que convive há décadas com os horrores da violência do crime organizado e dos cartéis de tráfico de drogas. Gúzman escapou em julho por um túnel cavado no chuveiro de sua cela. Uma abertura de cerca de 10 metros de profundidade com uma escada era o início de um túnel de cerca de 1,5 quilômetro de comprimento, com sistemas de ventilação e iluminação. Uma motocicleta adaptada sobre trilhos teria sido usada para transportar as ferramentas e máquinas necessárias para a 24

25 escavação. As obras teriam durado cerca de um ano. O sofisticado túnel terminava em um prédio de tijolos cinzentos em uma colina. A região era cercada por plantações de milho. Concentração global da riqueza A riqueza acumulada pelo 1% mais abastado da população mundial agora equivale, pela primeira vez, à riqueza dos 99% restantes. As 62 pessoas mais ricas do mundo têm o mesmo em riqueza que toda a metade mais pobre da população global. A informação provém de um estudo da ONG britânica Oxfam. Segundo a entidade, o fato de as 62 pessoas mais ricas do mundo acumularem o equivalente à riqueza dos 50% mais pobres da população mundial revela uma concentração de riqueza "impressionante", ainda mais levando em conta que, em 2010, o equivalente à riqueza da metade mais pobre da população global estava na mão de 388 indivíduos. "Ao invés de uma economia que trabalha para a prosperidade de todos, para a geração futura e pelo planeta, o que temos é uma economia (que trabalha) para o 1% (dos mais ricos)", afirmou o relatório da Oxfam. A Oxfam verificou que a proporção de riqueza do 1% dos mais ricos vem aumentando a cada ano desde 2009 depois de cair de forma gradual entre 2000 e

26 A ONG britânica pede que os governos tomem providências para reverter esta tendência. Sugere a meta, por exemplo, de reduzir a diferença entre o que é pago a trabalhadores que recebem salário mínimo e o que é pago a executivos. Também quer o fim da diferença de salários pagos a homens e mulheres, compensação pela prestação não remunerada de cuidados a dependentes e a promoção de direitos iguais a heranças e posse de terra para as mulheres. Propõe que os governos imponham restrições ao lobby, reduzam o preço de medicamentos e cobrem impostos pela riqueza em vez de impostos pelo consumo. 8. Os separatismos na Europa A Escócia realizou, em setembro de 2015, plebiscito para decidir se permanecia ou tornava-se independente do Reino Unido. 55% dos eleitores votaram contra a separação, ou seja, a maioria decidiu que a Escócia deve continuar fazendo parte do Reino Unido. Analistas avaliam que o referendo escocês, reacendeu o debate sobre soberania na Europa, dando força a movimentos separatistas até então sufocados em alguns países. É o caso da Catalunha, importante região autônoma da Espanha, onde além do espanhol, o catalão também é idioma oficial. A sua capital é Barcelona. Os grupos que defendem a independência da Espanha são maioria no parlamento regional. O presidente da Catalunha, Artur Mas, também é separatista. Em um plebiscito informal, realizado em novembro de 2014, 80% dos eleitores da região votaram pela separação catalã da Espanha. O plebiscito foi considerado inconstitucional pela Justiça espanhola e realizado sob forte oposição do governo de Madri. Já em novembro de 2015, o parlamento regional aprovou uma resolução para iniciar o processo de separação da Espanha. A declaração, que partidos pró-independência na região esperam que possa levar à separação da Espanha em 18 meses, foi apoiada pela maioria no parlamento regional. O governo espanhol considera ilegal o desejo separatista da Catalunha. A Constituição espanhola não permite separação das regiões. O sentimento separatista aumentou durante a crise econômica espanhola, que levou o desemprego aos dois dígitos. Há temores crescentes que a articulação territorial da Espanha possa afetar a confiança dos mercados e a recuperação do país. Na Itália, a população da região do Vêneto (Veneza) aprovou, em votação online realizada em março de 2015, a independência em relação a Roma. Embora o pleito não tenha valor legal, o resultado surpreendeu: 89% dos ouvidos votaram pela separação. O resultado dá forças ao grupo separatista 26

27 Liga Veneta, que pretende apresentar ao governo italiano um projeto de independência da região. Já na Bélgica, os nacionalistas flamengos querem a separação da rica região de Flandres, em que se fala o neerlandês, da menos rica Valônia, onde se fala o francês. As raízes do separatismo flamengo remontam as origens da formação da Bélgica como pais. Se as aspirações dos separatistas flamengos se concretizarem, a Bélgica pode desaparecer por completo do mapa do mundo. Embora os argumentos econômicos tenham importância central no debate separatista, no cerne do desejo de independência estão as raízes culturais, étnicas e históricas e um sentimento de identidade nacional. Por mais legítimo que possa parecer o direito de uma maioria decidir seu alinhamento político, de acordo com seu senso de identidade, a prerrogativa de autodeterminação é limitada no direito internacional. Há um consenso de que isso só pode ocorrer dentro de um processo democrático, transparente e aceito pelo governo central, como aconteceu com o referendo escocês. A realização do pleito foi decidida em 2012, depois de uma longa negociação entre o parlamento escocês e o britânico. 6. Segurança Internacional A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a porosidade das relações entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do Estado. Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em quase todo o mundo. O Terrorismo O terrorismo é uso de violência física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, alargando-se para a população do território. O terrorismo de Estado consiste em um regime de violência instaurado por um governo, em que o grupo político que detém o poder se utiliza do terror como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da máquina de 27

28 repressão do Estado como organização criminosa, restringindo os direitos humanos e as liberdades individuais. Na segunda metade do século XX, em muitos países da América Latina, chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceção com restrições democráticas aos direitos humanos e às liberdades individuais. Contra esses regimes, levantaram-se oposições civis e grupos armados. Como método de dissuasão e combate às oposições, os regimes autoritários muitas vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam como exemplo de terrorismo de Estado, a atuação do DOPS durante a ditadura militar brasileira, cuja tortura e acúmulo sistemático de informações sobre cidadãos considerados suspeitos de subversão potencializou um processo de terror. Por outro lado, a segunda metade do século XX também foi pródiga no surgimento e atuação de grupos guerrilheiros e terroristas na América Latina que se utilizavam de métodos violentos para o enfrentamento aos governos que se opunham. Na sua ação, muitos se utilizaram de atos terroristas como sequestros, assassinatos e atentados à bomba. Historicamente, atos que seriam tidos como terroristas foram considerados heroicos quando associados à luta contra a opressão ou pela libertação nacional. É o caso da Resistência Francesa, que lutou contra a ocupação nazista na II Guerra Mundial ( ). A retórica da guerra ao terror do ex-presidente norte-americano George W. Bush levou muitos a associarem o terrorismo ao islamismo. Na verdade, há grupos fundamentalistas em todas as religiões. São os que enxergam nos textos sagrados de sua crença a orientação para a organização do Estado e da sociedade. É uma posição que recusa a democracia e se opõe à perspectiva adotada pela Revolução Francesa (1789) de separação entre religião e Estado. O terrorismo islâmico é uma forma de terrorismo religioso cometido por extremistas islâmicos. Fundamenta-se numa leitura dogmática e literal de trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. São grupos armados que não contam com o apoio e a adesão da maioria da população islâmica. É um erro associar mecanicamente o Islã ao fenômeno do terror político contemporâneo. O crime organizado Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana. 28

29 Em cada país, as facções do crime organizado costumam receber um nome próprio. Assim, costuma-se chamar de Máfia ao crime organizado italiano e ítalo-americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e sequestros. Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se dizer que as armas e os assassinatos são o sustentáculo do crime organizado. Após o fim da Guerra Fria e a queda do comunismo, o crime organizado se reconfigurou em nível internacional. As grandes organizações criminosas se diversificaram, algumas se uniram ou passaram a atuar em parceria. A globalização e o uso da moderna tecnologia e telecomunicações expandiram e enriqueceram tremendamente o crime organizado internacional. Interpol A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é uma organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes países. Sua sede é em Lyon, na França e tem a participação de 188 países membros. A Polícia Federal é a representante brasileira da Interpol. A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma central de informações para que as polícias de todo o mundo possam trabalhar integradas no combate ao crime internacional, o tráfico de drogas e os contrabandos. 7. Organizações Internacionais ONU A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à antiga Liga das Nações. 29

30 A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos por meio de suas forças internacionais de paz. A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco Mundial e do FMI, na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS). O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga União Soviética (atualmente a Rússia), e pela China. Esses países desenharam a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes do CS. O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país. Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente não integra o CS. A estrutura do CS estava em harmonia com a correlação de forças do período da Guerra Fria ( ), quando o mundo permaneceu dividido entre os blocos comunista e capitalista. O lado capitalista era representado por EUA, França e Reino Unido; o comunista, por China e União Soviética (ex-urss, atual Rússia). As duas partes usavam o poder de veto para proteger suas respectivas áreas de influência e negociar soluções para os conflitos na esfera internacional. Com o fim da Guerra Fria ( ) e um novo cenário mundial, países de fora do conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a reivindicar uma vaga permanente. As propostas de alteração encontram resistência dentro do Conselho de Segurança (CS) e também entre as nações integrantes da ONU. O Brasil é candidato a uma vaga de membro permanente do CS. Nos anos recentes, acentuou ações diplomáticas para conseguir essa vaga. De mero participante de missões militares das Nações Unidas, passou a chefiar desde 2004, a Minustah, missão militar da ONU no Haiti. 30

31 OEA A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente que não pertence à OEA. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento. Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação aos direitos humanos, em negociações comerciais entre os países, ajuda econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2012, por exemplo, a Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da OEA, alegando que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos humanos. CELAC A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve como origem o Grupo do Rio criado em 1986 para ampliar a cooperação política e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes e a Calc Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento, formada em UNASUL A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011, quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político. ********** Pessoal, por hoje ficamos por aqui. Aproveito para trazer a prova discursiva de Agente da Polícia Federal, da Polícia Federal, aplicada pelo Cespe, em 21/12/2014. Trago o tema, a resposta padrão do Cespe e subsídios para a resposta padrão. Não é uma redação, são subsídios. Em algumas discursivas que trouxer 31

32 durante o curso, vou também trazer os subsídios. Aproveitem para ir treinando à elaboração da redação. PROVA DISCURSIVA Um relatório do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas constatou que 15 mil pessoas viajaram à Síria e ao Iraque para combater pelo Estado Islâmico e por grupos extremistas semelhantes. De acordo com o relatório, essas pessoas saíram de mais de 80 países, o que inclui um grupo de países que não havia enfrentado desafios anteriores com relação à Al Qaeda. Os números reforçam recentes estimativas dos serviços de inteligência dos Estados Unidos da América sobre o escopo do problema dos combatentes estrangeiros, que, conforme o relatório, se agravou apesar das ações agressivas das forças antiterroristas e das redes mundiais de vigilância. Os números referentes ao período iniciado em 2010 são superiores aos números referentes ao total de combatentes estrangeiros nas fileiras terroristas entre 1990 e 2010 e continuam crescendo. Folha de S.Paulo1.º/11/2014, p. 10, caderno Mundo 2 (com adaptações). Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do tema a seguir. A CIVILIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA E O TERRORISMO Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: o 11 de Setembro de 2001 e a nova escalada terrorista; [valor: 4,00 pontos] o Estado Islâmico: intolerância e agressividade; [valor: 4,00 pontos] a reação mundial ao terrorismo. [valor: 4,00 pontos] PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO DO CESPE Espera-se que, relativamente ao primeiro aspecto (O 11 de setembro de 2001 e a nova escalada terrorista), o candidato mencione o impacto causado em todo o mundo pela ação do terror (Al Qaeda) em território norte-americano, atingindo o prédio do Pentágono, em Washington, e destruindo por completo as torres do World Trade Center, em Nova Iorque. A pronta e vigorosa reação dos EUA 32

33 (governo Bush) alterou a legislação do país, com algum tipo de cerceamento das liberdades, e se estendeu por várias partes do mundo, a começar pela identificação de países considerados fontes permanentes de ações agressivas contra os EUA, definidos como Eixo do Mal. Em verdade, o 11 de setembro de 2001 deu inédita visibilidade ao terrorismo impulsionado pelo fanatismo religioso, que se manifestou em outros locais, como, por exemplo, Londres e Madri. Quanto ao segundo aspecto (Estado Islâmico: intolerância e agressividade), o candidato poderá destacar a intenção do grupo de instituir um califado muçulmano, com a conquista de territórios hoje integrantes da Síria e do Iraque, sua absoluta subordinação a uma visão estreita e radical do islã, além da chocante violência de seus atos, como a decapitação de prisioneiros, em cenas gravadas e divulgadas pelo mundo afora. Outro direcionamento para o segundo aspecto é o aliciamento de jovens para a luta armada por meio das redes sociais, por exemplo. Por fim, o terceiro aspecto a ser focalizado (A reação mundial ao terrorismo) deverá levar o candidato a se referir às manifestações da opinião pública mundial, que tende a repudiar maciçamente atitudes dessa natureza, à ação de organismos internacionais (como a citada ONU) e à reação objetiva de muitos países (particularmente os ocidentais, à frente os EUA), agindo civil e militarmente para frear a ação terrorista. Além disso, ao abordar os aspectos citados no comando da prova, espera-se que o candidato mencione o interesse econômico subjante às atividades terroristas, o que decorre sobretudo do interesse por fontes naturais, tais como petróleo e gás natural. SUBSÍDIOS PARA A RESPOSTA: O 11 DE SETEMBRO DE 2001 E A NOVA ESCALADA TERRORISTA - Os Estados Unidos reagiram imediatamente aos atentados terroristas de 11 de setembro de O governo de então presidente Bush alterou a legislação do país, restringindo algumas liberdades, aumentou significativamente os gastos militares e acusou certos países de serem fonte permanente de ações agressivas contra os EUA, definidos como Eixo do Mal. A guerra ao terror e a guerra preventiva compuseram a nova moldura da política de segurança nacional norte-americana. Os atentados terroristas ao World Trade Center e Pentágono deram inédita visibilidade ao terrorismo impulsionado pelo fanatismo religioso, que se manifestou em outros locais, a exemplo de Londres e Madri. O ESTADO ISLÂMICO: INTOLERÂNCIA E AGRESSIVIDADE - O Estado Islâmico (EI) é uma organização fundamentalista islâmica, de orientação sunita, que não tolera outras linhas do islamismo, muito menos outras religiões. O grupo proclamou a criação de um califado islâmico nas regiões conquistadas, no 33

34 norte da Síria e Iraque. Um traço marcante do EI é o emprego de táticas bárbaras, como execuções em massa, às vezes contra comunidades inteiras, e mortes coletivas, por crucificação, decapitação e enforcamento. A REAÇÃO MUNDIAL AO TERRORISMO A opinião mundial, incluindo a grande maioria da comunidade islâmica, repudia largamente o terrorismo islâmico. A ONU se empenha em promover ações consertadas que inibam o terrorismo, embora seja secundarizada diante de iniciativas unilaterais dos Estados Unidos. Após o 11 de setembro de 2001, muitos países, liderados pelos norte-americanos agem militarmente para frear a ação terrorista. 34

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