Rodada #1 Direito Penal Militar

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1 Rodada #1 Direito Penal Militar Professor Bruno Schettini Assuntos da Rodada DIREITO PENAL MILITAR: 1 Aplicação da lei penal militar. 2 Crime. 3 Imputabilidade Penal. 4 Concurso de agentes. 5 Penas principais. 6 Penas acessórias. 7 Efeitos da condenação. 8 Ação penal. 9 Extinção da punibilidade. 10 Crimes militares em tempo de paz. Crimes contra a autoridade ou disciplina militar. Crimes contra o serviço e o dever militar. Crimes contra a Administração Militar.

2 a. Teoria Aplicação da lei penal militar (art. 1º a 14) 1) Princípio da Legalidade Atenção! Aqui temos uma verdadeira limitação do poder punitivo estatal. São três aspectos importantes: a) Político - garantia constitucional dos direitos humanos fundamentais; b) Jurídico lato sensu - ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme art. 5.º, II, CF; c) Jurídico stricto sensu - princípio da reserva legal, ou seja, os tipos penais incriminadores somente podem ser criados por lei em sentido estrito, emanada do Legislativo, de acordo com o processo previsto na CF. 2) Princípio da Anterioridade (ou da irretroatividade da lei penal) é onde a lei, em regra, pode alcançar somente fatos a ela supervenientes. Ou seja, é a necessidade de que a lei antecipe a pena para conduta criminosa para haver responsabilidade penal e, ainda, que a cominação da pena também seja anterior ao fato. 3) Interpretação extensiva e analógica - a interpretação é um processo de descoberta do conteúdo da lei e não de criação de normas. A extensiva é o processo de extração do autêntico significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de se atender à real finalidade do texto. A analógica é o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, por meio do método de semelhança. Este é o caso do 2

3 Art. 205, 2.º, III: qualifica-se o homicídio quando o agente cometer o crime com emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Verifica-se que, dadas as amostras pelo tipo, permite-se a busca pelo intérprete de outros meios similares aos primeiros, igualmente configuradores de crueldade ou perigo comum. A adoção das interpretações extensiva e analógica é amplamente aceita pela doutrina e pela jurisprudência, onde consegue-se captar a vontade da lei. Somente quando houver dúvida na interpretação prevalece o critério restritivo para não prejudicar o réu e extensivo quando lhe for favorável. 4) Abolitio criminis (abolição do crime): trata-se da descriminalização de determinada conduta por lei posterior (alterando lei anterior que previa o crime), provocando a extinção da punibilidade do agente. Ou seja, o Abolitio criminis (abolição do crime) interfere em fato anterior a vigência da lei. Observe que não se eliminam as consequências civis do ato praticado. 5) Exceções ao Princípio da Anterioridade: a) Retroatividade ( 1º) É a retroação de lei mais benéfica para o réu, sem descriminalizar a infração penal (novatio legis in mellius ou lex mitior), ocorrida antes do período da vigência da mesma (art. 5º, XL, CF). Ou seja, não houve Abolitio criminis, mas a atenuação da severidade da lei; b) Ultra atividade: é a aplicação de uma lei penal já revogada, no instante da sentença, por ser a vigente à época do crime. Ou seja, a lei produz efeitos mesmo após o término de sua vigência. Atenção! Apesar do 1º fazer menção apenas à retroatividade, a presente exceção aparece expressamente no art. 4º. 3

4 6) Ressalva para os efeitos de natureza civil: Responsabilidade penal é diversa da civil. Apesar de cessar os efeitos na esfera penal, os de natureza cível permanecem. Neste caso, três situações podem ocorrer: a) a sentença condenatória já foi usada como título executivo no cível, obtendo a vítima a devida reparação, motivo pelo qual não há o que restituir ou refazer; b) a sentença condenatória ainda não for a utilizada como título executivo no cível, de forma que, embora não impeça a discussão da indenização, não mais presta como tal; a vítima deve ajuizar demanda reparatória, fundada em processo de conhecimento; c) a sentença condenatória fixa a pena e também a indenização civil situação autorizada pela atual legislação processual penal, razão pela qual cessa o seu efeito penal, mas remanesce o civil. 7) Lei posterior e anterior: a) Lei intermediária é o caso da lei que teve sua vigência iniciada após a infração penal e revogada antes da sentença condenatória. Atenção! Nesse caso, ocorrem concomitantemente a retroatividade e a ultra atividade. b) Vacatio legis: É o período de tempo entre a publicação e entrada em vigor da lei, determinado pelo legislador nos casos em que é necessário que a sociedade tome conhecimento prévio de uma nova norma. Atenção! Neste caso, considera-se que não existe prejuízo a sociedade com a antecipação de seus efeitos, a lei favorável já prevalece sobre a mais severa a partir da data da publicação e não pela entrada em vigor, aplicando-se retroativamente a fatos pretéritos. 4

5 8) O Estado em determinadas situações, para que possa preservar a ordem pública, poderá editar leis excepcionais ou temporárias. Estas leis têm vigência determinada, mas os infratores que praticarem ilícitos durante a vigência destas leis não ficam a salvo de serem punidos quando a lei cessa a sua vigência. Caso contrário, não adiantaria ao Estado editar leis especiais para combater determinados atos durante um período excepcional ou temporário, se o benefício de lei posterior mais benéfica fosse aplicado. a) Lei excepcional - são aquelas feitas para um período em que esteja vigendo uma situação de exceção, de anormalidade. São diplomas criados para regular um período de instabilidade. O término de vigência, dessa forma, será incerto, dependendo do término da situação para a qual ela foi elaborada (epidemias, catástrofe, calamidade pública etc.); b) Lei temporária - são aquelas que consignam no próprio texto a data de cessação de sua vigência (como a Lei Geral da Copa do Mundo). c) Ambas se auto revogam - Atenção! Aqui a ultra atividade é mencionada de forma expressa, evitando a argumentação de que os fatos ainda não julgados, ocorridos na vigência dessas leis, após a auto revogação delas, seriam abrangidos pela lei posterior mais benigna. Argumenta-se, então, que o tempo integra o tipo penal incriminador, eternizando a norma. 9) Teorias do tempo e lugar do crime: a) Teoria da atividade: o delito é considerado no momento/local da conduta, sem considerar o instante do resultado (adotada no art. 5º CPM para definir o momento); b) Teoria do resultado: considera-se cometido o crime no momento/local do resultado; 5

6 c) Teoria mista ou da ubiquidade: o momento/local do crime pode ser tanto o da conduta, quanto o do resultado (adotada no art. 6º CPM para definir o local dos crimes comissivos). 10) Atenção! A Teoria da Atividade requer especial atenção para crimes permanentes e continuados. a) Crime permanente - a consumação se prolonga no tempo, ou seja, o crime ocorre durante todo o período da atividade delituosa. Exemplo: durante um sequestro, o infrator que vier a completar a maioridade será considerado imputável para todos os fins penais. b) Crime continuado - dois ou mais crimes da mesma espécie, que pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro. Exemplo: durante uma série de quatro roubos, o infrator que vier a completar 18 anos será considerado imputável apenas para os crimes que cometeu após atingir a maioridade (art. 228 da CF - penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos ). 11) Crimes Omissivos crime consumado assim que caracterizada a omissão, em ato único. Atenção! A conduta omissiva (como deixar de prestar socorro ou de se apresentar para o serviço em determinado posto) do militar se caracteriza mesmo que no exterior, visto a lesão ao bem jurídico tutelado (hierarquia, disciplina e interesse das Forças Armadas). O art. 6º afasta a incompetência da Justiça Militar brasileira para julgar, mesmo que fora do país. 6

7 12) A lei penal militar acompanha os militares brasileiros no cumprimento de sua missão constitucional, onde quer que se encontrem (dentro ou fora do país). a) Conceitos de territorialidade: é a aplicação das leis penais militares aos delitos cometidos dentro do território nacional. Regra geral advinda do conceito de soberania, onde cabe a cada Estado decidir e aplicar as leis pertinentes aos acontecimentos dentro do seu território. b) Conceito de extraterritorialidade: é a aplicação das leis penais militares aos crimes cometidos fora do território nacional. 13) Atenção! Exceções ao conceito de territorialidade. a) Convenções, tratados e regras de direito internacional - Exemplo: Convenções de Viena, aprovadas pelos Decretos /65 e /67, que tratam das imunidades diplomáticas. O diplomata que cometer um crime militar no Brasil não será preso, nem processado no território nacional, por força da exceção criada. A imunidade abrange os diplomatas de carreira e os membros do quadro administrativo e técnico da sede diplomática, desde que recrutados no Estado de origem. A imunidade é extensiva às famílias (art. 37, 2, Convenção de Viena) mas não aos empregados particulares, mesmo que tenham a mesma nacionalidade. Fica então afastada a incidência do presente artigo do CPM. b) Imunidades parlamentares - Consideradas essenciais ao integral desempenho do mandato parlamentar, ao garantir aos deputados e senadores a livre exposição de seus pensamentos: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput, CF). c) Em virtude dessas exceções, o conceito é chamado de territorialidade temperada. 7

8 14) Território - espaço onde é exercida a soberania do país: a) Solo; b) Rios, lagos, mares interiores, c) Rios, lagos e mares contíguos (situados na fronteira entre países, onde tratados ou convenções internacionais fixam a quem pertencem); d) Golfos, baías e portos; e) Mar territorial (o Estado exerce soberania absoluta nas 12 milhas junto à costa, inclusive de suas ilhas, segundo Lei 8.617/93 fruto da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar - Montego Bay, Jamaica); f) Espaço aéreo (todo o espaço acima do território, inclusive do mar territorial, até o limite da atmosfera); g) Navios nacionais; h) Aeronaves nacionais. 15) Princípio da passagem inocente: instituto jurídico próprio do Direito Internacional Marítimo que permite a uma embarcação (civil ou militar), de qualquer nacionalidade, o direito de atravessar o território de uma nação, com a condição de não ameaçar ou perturbar a paz, a boa ordem e a segurança do Estado costeiro (artigo 19, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar). Aplicado ao Direito Penal Militar, o princípio permite que crimes cometidos dentro de navio estrangeiro, de passagem pelo país, não sejam julgados pela lei do país em trânsito, desde que não afetem um bem jurídico nacional. Atenção! O princípio da passagem inocente não ocorre no espaço aéreo. 16) Crimes militares próprios e impróprios: 8

9 a) Próprios, ou autenticamente militares são os crimes com previsão única no Código Penal Militar, sem correspondência em qualquer outra lei, e que podem ser cometidos apenas por militares. b) Impróprios são os crimes que possuem dupla previsão, ou seja, no CPM, no CP e/ou legislação similar, ou que tendo previsão única na legislação militar, pode apresentar um civil como agente. 17) Tempo de Guerra - momentos de conflito, devidamente declarados pelo Presidente da República com o aval do Congresso Nacional, em atendimento as disposições da Constituição Federal de A legislação militar é mais severa nestes momentos que o homem da guerra, o militar, deve demonstrar a sua coragem, e o seu amor incondicional para com a Pátria, o mesmo ocorrendo com os civis, que também possuem o dever de preservar a integridade do território nacional. 9

10 b. Mapa Mental L LUGAR U UBIQUIDADE T TEMPO A ATIVIDADE 10

11 c. Revisão 1 QUESTÃO 1 - CESPE ANALISTA STM 2004 De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são considerados crimes comuns e são julgados pelo tribunal do júri os crimes dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil. QUESTÃO 2 - CESPE ANALISTA STM 2004 O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente a instituição militar comete, de acordo com a legislação penal militar, crime militar. QUESTÃO 3 - CESPE ANALISTA STM 2011 Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade. QUESTÃO 4 - CESPE ANALISTA STM 2011 No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente 11

12 utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. QUESTÃO 5 - CESPE ANALISTA STM 2011 A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultra atividade da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei penal mais benigna. QUESTÃO 6 - CESPE ANALISTA STM 2011 Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. QUESTÃO 7 - CESPE PROMOTOR MPE-ES 2010 No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. QUESTÃO 8 - UEG CADETE PM/GO 2013 (Adaptada) No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Código Penal Militar, tem-se que o militar da reserva ou reformado, mesmo não empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade. 12

13 QUESTÃO 9 - CESPE PROMOTOR MPE-ES 2010 Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por civis. QUESTÃO 10 - MS SARGENTO SEDS/PE 2010 Tico comete um crime durante a vigência de uma lei temporária. A citada lei agravava a pena ao fato praticado por Tico. Na época de seu julgamento, tal lei já não estava mais em vigor. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: a) A lei temporária, embora decorrido o prazo de sua duração, aplica se ao fato praticado durante sua vigência. b) A lei temporária não poderá ser aplicada após ultrapassado seu período de vigência. c) A lei temporária só poderá ser aplicada se mais benéfica ao réu. d) Na época do julgamento, deve-se observar a lei mais benéfica ao réu. e) Deve ser aplicada a lei vigente à época do julgamento, independente se mais grave ou não ao réu. 13

14 d. Revisão 2 QUESTÃO 11 PROFESSOR 2017 Sobre a aplicação da lei penal militar, ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime (Abolitio criminis), cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível e todos os seus efeitos. QUESTÃO 12 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado. QUESTÃO 13 - FUMARC OFICIAL PM/MG 2011 O artigo 9º do Código Penal Militar trata das hipóteses de incidência da Lei Penal Militar em tempo de paz. Analise os fatos abaixo: Num final de semana, um Coronel da Ativa Y viaja de férias para Poços de Caldas/MG e encontra o Tenente da Reserva PMMG X, que fora seu subordinado e desafeto. Inesperadamente, o Tenente X agride o Coronel Y na saída do hotel em que estavam hospedados. Assinale a alternativa CORRETA: a) A atitude do Tenente X configura crime militar, mas por se tratar de oficial da reserva o autor, o processo tramitará na Justiça Comum. 14

15 b) A atitude do Tenente X configura crime militar, por se tratar de crime de militar para militar e o processo tramitará na Justiça Militar c) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas o processo tramitará na Justiça Militar por se tratar de crime de militar para militar. d) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas sim crime comum, e o processo tramitará na Justiça Comum. QUESTÃO 14 - FUNIVERSA CADETE PM/DF 2013 (Adaptada) No que se refere à aplicação da lei penal militar: Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. QUESTÃO 15 - CIAAR OFICIAL CIAAR 2012 Sobre o Código Penal Militar, analise as afirmativas abaixo. I. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. II. Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte, no território nacional ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 15

16 III. Não é aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, mesmo que em lugares sujeitos à administração militar e o crime atente contra as instituições militares. Estão corretas as afirmativas a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. QUESTÃO 16 - CRSP OFICIAL PM/MG 2013 (Adaptada) No Brasil, atualmente, além dos militares, o civil ainda é submetido, excepcionalmente, à lei penal militar. O conceito de crime militar em tempo de paz é bastante controvertido e, por vezes, determina debates acalorados no âmbito de nossas cortes superiores, especialmente, no que tange a posicionamentos do Superior Tribunal Militar em linha divergente com o Supremo Tribunal Federal. Partindo do princípio de que vivemos em um Estado Democrático de Direito, considere a afirmativa a seguir. Os militares da ativa, reserva e reformados que praticaram crimes em tempo de paz, em lugar sujeito à administração militar, somente poderão ser processados e julgados por tribunais militares. QUESTÃO 17 - FUMARC OFICIAL DE JUSTIÇA TJM/MG 2013 O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: 16

17 a) o princípio da legalidade, o princípio da ultra atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da retroatividade da lei mais benéfica ao réu. d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da legalidade. QUESTÃO 18 MPE/PB PROMOTOR MPE/PB 2011 (Adaptada) Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se: I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das Forças Armadas do Brasil. II - praticado o delito militar no momento da conduta ou do resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal. III - navio, toda embarcação sob comando militar. a) Apenas I e III estão erradas. b) Apenas I está correta. c) Apenas I e II. QUESTÃO 19 PROFESSOR

18 A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, sempre se aplica retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. QUESTÃO 20 - VUNESP TECNÓLOGO APMBB 2010 (Adaptada) Sobre a aplicação da lei penal militar, os crimes militares, em tempo de paz, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão sempre de competência da justiça comum. 18

19 e. Revisão 3 QUESTÃO 21 PROFESSOR 2017 Sobre a aplicação da lei penal militar, para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato, onde o réu optará sobre o que lhe é mais benéfico. QUESTÃO 22 - UEG CADETE PM/GO 2013 (Adaptada) No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Código Penal Militar, tem-se que os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. QUESTÃO 23 PROFESSOR 2017 Aplica-se a lei penal militar ao crime cometido, no todo ou em parte fora do território nacional, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ainda que o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. QUESTÃO 24 - FUNIVERSA CADETE PM/DF 2013 (Adaptada) No que se refere à aplicação da lei penal militar: Considera-se praticado o crime no momento da produção do resultado. 19

20 QUESTÃO 25 - FUNIVERSA CADETE PM/DF 2013 (Adaptada) No que se refere à aplicação da lei penal militar: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, inclusive quanto aos efeitos de natureza civil. QUESTÃO 26 - CRSP OFICIAL PM/MG 2013 (Adaptada) No Brasil, atualmente, além dos militares, o civil ainda é submetido, excepcionalmente, à lei penal militar. O conceito de crime militar em tempo de paz é bastante controvertido e, por vezes, determina debates acalorados no âmbito de nossas cortes superiores, especialmente, no que tange a posicionamentos do Superior Tribunal Militar em linha divergente com o Supremo Tribunal Federal. Partindo do princípio de que vivemos em um Estado Democrático de Direito, considere a afirmativa a seguir. Os crimes propriamente militares, assim como os impropriamente militares, somente autorizam a prisão do militar em caso de flagrante delito ou por ordem judicial. QUESTÃO 27 PROFESSOR 2017 Julgue o item a seguir, relativo à aplicação da lei penal militar e a crime militar. Admitindo-se que o réu seja condenado no Brasil por crime ao qual já foi processado no exterior, nas hipóteses de extraterritorialidade do art. 7.º do CPM, a pena cumprida no estrangeiro detrairá a pena imposta no Brasil. Se forem idênticas as penas - a pena cumprida no estrangeiro será abatida na que restar fixada no Brasil. 20

21 QUESTÃO 28 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 (Adaptada) No que concerne ao direito penal militar e a seus critérios de aplicação, julgue o item a seguir. Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidade militar, tenha praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação, classifica-se a sua conduta como crime propriamente militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida em recinto sob administração militar, sendo o crime julgado pela Justiça Militar. QUESTÃO 29 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 (Adaptada) Sobre a aplicação da lei penal militar, nos moldes do Decreto-Lei n 1.001/1969, é correto afirmar que: a) a lei posterior, que de qualquer forma favorecer o agente, não retroagirá se já tiver sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. b) considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado c) a lei excepcional ou temporária, quando decorrido o tempo de sua duração, não se aplica ao fato praticado durante a sua vigência d) somente se considera local do crime aquele onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local da ação ou omissão. QUESTÃO 30 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 (Adaptada) Sobre a aplicação da lei penal militar: 21

22 A pena cumprida no estrangeiro não atenua nem é computada da pena imposta no Brasil pelo mesmo crime. 22

23 f. Normas comentadas CÓDIGO PENAL MILITAR (art. 1º a 14) TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Princípio de legalidade cominação legal. Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia Lei supressiva de incriminação Art. 2 Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. Atenção! No Código Penal, havendo abolitio criminis, cessa a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Entretanto, a letra da lei no Código Penal Militar observa que cessa a vigência da sentença condenatória irrecorrível. Apesar de em ambos os casos tornar o fato praticado pelo agente penalmente irrelevante, o texto não é idêntico. Retroatividade de lei mais benigna 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplicase retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Apuração da maior benignidade 23

24 2 Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. Atenção! Para determinar a lei mais favorável, o 2º proíbe a combinação das leis. Dessa forma, não se permite ao juiz legislar, criando uma outra lei (HC MG, 1.ª T., rel. Luiz Fux, ,v.u.). O sistema jurídico deve manter a unicidade, caso contrário, poderá ocorrer uma flagrante quebra do princípio da segurança jurídica, onde ocorre a aplicação das duas leis penais ao mesmo tempo, ora utilizando um artigo da lei anterior, ora utilizando um artigo da lei posterior. Entretanto, cabe ao juiz a competência da escolha de qual norma é a mais favorável, pois cabe ao Estado, e não ao particular, aplicar a lei ao caso concreto. Medidas de segurança Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. Caso o juiz verifique que o acusado não tem condições de ser considerado imputável deverá impor a este uma medida de segurança. Apesar de não ser uma pena, a medida ainda se configura como um tipo de sanção penal (internação, tratamento etc.) por representar a provação de liberdade. Lei excepcional ou temporária Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Atenção! Poderá ser apresentado o argumento de que o princípio da retroatividade penal benéfica é expresso na Constituição Federal (art. 5º, XL), sem qualquer tipo de restrição ou condição. Logo, necessita aplicação integral, sem que se possa invocar 24

25 lei ordinária para barrá-lo. O argumento não tem validade no nosso ordenamento jurídico!!! Não há conflito temporal entre as normas. A lei temporária traz em si o período de vigência, de modo que o tempo do fato faz parte da tipicidade. Exemplo: A extinção da punibilidade prevista no art. 32 do Estatuto do Desarmamento (lei temporária) teve reconhecida sua eficácia temporária (STF, RHC , Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 05/06/2012). Tempo do crime Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. É utilizada para determinar a imputabilidade do agente e as condições da prática criminosa para aplicar a pena relacionada, além de oportunizar a possibilidade aplicação da anistia e prescrição Atenção! Adotando-se essa teoria, se houver, por exemplo, um homicídio (crime material), o mais importante é detectar o instante da ação (desfecho dos tiros), e não o momento do resultado (ocorrência da morte). Assim fazendo, se o autor dos tiros for menor de 18 anos à época dos tiros, ainda que a vítima morra depois de ter ele completado a maioridade penal, não poderá responder pelo delito. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. Territorialidade, Extraterritorialidade 25

26 Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. O CPM utiliza a incondicionalidade da extraterritorialidade, ou seja, não existe obstáculo para a aplicação da lei ao crime cometido fora do território brasileiro. É definido, inclusive, o interesse punitivo mesmo que o agente esteja sendo processado no estrangeiro ou já tenha aí sido julgado. Território nacional por extensão 1 Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. Observe que o fato de ser propriedade privada, ou não, não interfere. O critério recai sobre o fato de estar sob comando militar ou militarmente utilizados. Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. A aplicação da lei penal brasileira também ocorre se a aeronave ou navio estrangeiro estiver no exterior, mas em lugar administrado por órgão militar brasileiro (exemplo da Marinha do Brasil, na Estação Comandante Ferraz - Antártida). Nesse caso, o julgamento de delito contra instituição militar brasileira recai sobre a Justiça Militar do Brasil. 26

27 Conceito de navio 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda embarcação sob comando militar. Conceito de navio para afastar qualquer restrição referente ao tamanho e porte das embarcações, o 3º define o critério para aplicação do CPM estar sob o comando militar. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8 A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Caso o infrator brasileiro seja julgado no exterior e condenado a pena que for cumprida no estrangeiro, a mesma será descontada da pena que tiver que ser cumprida no Brasil. Se a pena for diversa o montante a ser cumprido no Brasil será atenuado, mas se a pena for idêntica será computada para todos os efeitos legais, inclusive para a concessão dos benefícios previstos na legislação. Atenção!!! Existe corrente que aponta a inconstitucionalidade deste artigo (há idêntico dispositivo no Código Penal) por ferir o princípio do Non Bis In Idem (Ninguém será processado, ou punido, duas vezes pelo mesmo fato). Entretanto, o caso se configura como exceção para premiar a soberania nacional e se encontra válido no nosso ordenamento jurídico, conforme jurisprudência (TRF1, RcCr /AM. Rel.: Juiz Saulo Casali 3ª Turma. Unânime. DJ 2 de 07/07/06). Crimes militares em tempo de paz Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 27

28 I os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de ) d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; III os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 28

29 b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) Lei do Abate autoriza-se o abatimento de aeronave considerada hostil, por ordem do Presidente da República ou autoridade por ele delegada. Trata-se de crime de homicídio doloso, embora realizado em estrito cumprimento do dever legal. Porém, havendo qualquer dúvida a respeito, cabe à Justiça Militar apurar o caso, ainda que praticado contra civil. Crimes militares em tempo de guerra Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: I os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; II os crimes militares previstos para o tempo de paz; 29

30 III os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; IV os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado. Segundo a doutrina, o crime além de ser um fato típico e antijurídico, praticado por um agente culpável, o qual fica sujeito a uma punibilidade, representada por uma sanção, também é um ato ilícito estabelecido em lei. Em tempo de Guerra, os crimes (as infrações penais poderão estar previstas no Código Penal Brasileiro, no Código Penal Militar e nas Leis Especiais, como por exemplo, a Lei de Abuso de Autoridade, a Lei de Tortura, ou mesmo nas Leis Especiais Militares) praticados nas zonas de efetivas operações militares, ou mesmo em território estrangeiro, militarmente ocupado, passam a ser de competência da Justiça Militar, no caso dos militares federais da Justiça Militar da União. Militares estrangeiros Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. Reitera o contido o princípio da territorialidade e demonstra novamente o interesse punitivo brasileiro. 30

31 Equiparação a militar da ativa Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. Militares da reserva, ou reformado, são equiparados aos da ativa quando empregados na Administração Pública Militar. A referida equiparação é razoável, visto que o mesmo se encontra em plena atividade, o que compromete a instituição em caso de qualquer desvio. Militar da reserva ou reformado Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar. Defeito de incorporação Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. Nesse caso, pretende-se evitar alegação de atipicidade da conduta ou mesmo de nulidade processual. Exemplo: uma pessoa convocada a qual não deveria ter sido comete o crime de deserção. Para evitar à responsabilidade penal, o convocado alega defeito no ato de incorporação, indicando algum motivo para que ele não fosse inicialmente integrado à vida militar. Tal afirmativa somente teria sentido se o órgão militar competente tivesse ciência do fato, antes da prática do crime, e optou por ignorá-lo. Fora isso, ninguém pode se beneficiar da própria torpeza, motivo pelo qual o incorporado, mesmo com defeito no ato de incorporação, deve responder pela infração penal militar. 31

32 g. Gabarito C C E C E C E E E A E E D C B E C C E E E C C E E E C E B E 32

33 h. Breves comentários às questões QUESTÃO 1 - CESPE ANALISTA STM 2004 De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são considerados crimes comuns e são julgados pelo tribunal do júri os crimes dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil. Certo. De acordo com nova redação do 4º, do art. 125, da CF, dada pela EC 45/04. QUESTÃO 2 - CESPE ANALISTA STM 2004 O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente a instituição militar comete, de acordo com a legislação penal militar, crime militar. Certo. Uma das formas de se considerar um crime militar se dá em razão do bem jurídico violado. Observe que o dinheiro pertence à instituição militar e, por isso, viola um bem jurídico militar. Nesse caso, o crime militar está sim configurado, independentemente de quem pratica o crime. QUESTÃO 3 - CESPE ANALISTA STM 2011 Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade. 33

34 Errado. Observar a definição de crime permanente, em virtude de que a consumação se prolonga no tempo. Logo, é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade delituosa, aplicando-se a lei nova e mais severa. QUESTÃO 4 - CESPE ANALISTA STM 2011 No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. Certo. O comando da questão reproduz, com exatidão, o conteúdo dos 1º e 2º do art. 7º do CPM: para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. Os temas acima dizem respeito da regra do território nacional por extensão e da ampliação do conceito de aeronaves e navios estrangeiros, conforme o CPM. QUESTÃO 5 - CESPE ANALISTA STM 2011 A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a 34

35 ultra atividade da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei penal mais benigna. Errado. A lei penal militar excepcional ou temporária vem disciplinada no art. 4º do CPM da seguinte forma: A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. No Código Penal Comum, o texto É EXATAMENTE O MESMO (art. 3º do CP)! Sob esse ângulo, a questão já está errada. OUTRA COISA: a ultra atividade vem de forma expressa, mas a retroatividade da lei mais benigna não vem de forma expressa. QUESTÃO 6 - CESPE ANALISTA STM 2011 Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. Certo. Sim, o art. 5º do CPM adotou como referencial do TEMPO DO CRIME a Teoria da Atividade, onde o crime é considerado praticado no momento da ação ou omissão, independentemente do momento do resultado. QUESTÃO 7 - CESPE PROMOTOR MPE-ES 2010 No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. Errado. O CPM não aborda a teoria da ubiquidade ao lugar onde o crime omissivo foi praticado. Neste, adota-se a teoria da atividade, considerando-se o local do delito aquele em que deveria realizar-se a ação omitida. QUESTÃO 8 - UEG CADETE PM/GO 2013 (Adaptada) 35

36 No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Código Penal Militar, tem-se que o militar da reserva ou reformado, mesmo não empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade. Errado. Vide art. 12 do CPM. Equiparação a militar da ativa Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equiparase ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. QUESTÃO 9 - CESPE PROMOTOR MPE-ES 2010 Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por civis. Errado. Vide alínea a), inciso III, do art 9 o do CPM: os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar. QUESTÃO 10 - MS SARGENTO SEDS/PE 2010 Tico comete um crime durante a vigência de uma lei temporária. A citada lei agravava a pena ao fato praticado por Tico. Na época de seu julgamento, tal lei já não estava mais em vigor. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: a) A lei temporária, embora decorrido o prazo de sua duração, aplica se ao fato praticado durante sua vigência. b) A lei temporária não poderá ser aplicada após ultrapassado seu período de vigência. 36

37 c) A lei temporária só poderá ser aplicada se mais benéfica ao réu. d) Na época do julgamento, deve se observar a lei mais benéfica ao réu. e) Deve ser aplicada a lei vigente à época do julgamento, independente se mais grave ou não ao réu. a) Princípio da Ultra atividade, onde se aplica uma lei penal já revogada, no instante da sentença, por ser a vigente à época do crime. b) Afirmação contrária ao Princípio da Ultra atividade. c) Não há essa restrição na lei (só poderá). d) A jurisprudência reconhece a validade das leis temporárias e sua aplicação sobre delitos cometidos durante sua vigência. e) No caso da lei temporária, se aplica a lei vigente na época da prática, e não do julgamento. Gabarito: A. QUESTÃO 11 PROFESSOR 2017 Sobre a aplicação da lei penal militar, ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime (Abolitio criminis), cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível e todos os seus efeitos. Errada. Os efeitos cíveis relacionados a lei que aboliu o crime não são afetados e persistem após a Abolitio criminis. Vide art. 2º, do CPM. Lei supressiva de incriminação 37

38 Art. 2 Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. QUESTÃO 12 - CESPE DEFENSOR DPU 2010 Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado. Errado. Sim, o Direito Penal Militar consagrou a Teoria da Ubiquidade para a definição do lugar da ação do crime, mas não da omissão. QUESTÃO 13 - FUMARC OFICIAL PM/MG 2011 O artigo 9º do Código Penal Militar trata das hipóteses de incidência da Lei Penal Militar em tempo de paz. Analise os fatos abaixo: Num final de semana, um Coronel da Ativa Y viaja de férias para Poços de Caldas/MG e encontra o Tenente da Reserva PMMG X, que fora seu subordinado e desafeto. Inesperadamente, o Tenente X agride o Coronel Y na saída do hotel em que estavam hospedados. Assinale a alternativa CORRETA: a) A atitude do Tenente X configura crime militar, mas por se tratar de oficial da reserva o autor, o processo tramitará na Justiça Comum. b) A atitude do Tenente X configura crime militar, por se tratar de crime de militar para militar e o processo tramitará na Justiça Militar 38

39 c) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas o processo tramitará na Justiça Militar por se tratar de crime de militar para militar. d) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas sim crime comum, e o processo tramitará na Justiça Comum. Visto que não se encontravam em lugar sujeito à Administração Militar - Art. 9º, III, b, do CPM. Gabarito: D. QUESTÃO 14 - FUNIVERSA CADETE PM/DF 2013 (Adaptada) No que se refere à aplicação da lei penal militar: Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. Correta. Vide art. 6º do CPM. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. QUESTÃO 15 - CIAAR OFICIAL CIAAR 2012 Sobre o Código Penal Militar, analise as afirmativas abaixo. 39

40 I. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. II. Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte, no território nacional ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. III. Não é aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, mesmo que em lugares sujeitos à administração militar e o crime atente contra as instituições militares. Estão corretas as afirmativas a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. I) Correta. Vide art. 6º do CPM. II) Correta. Vide art. 7º do CPM. III) Errada. Vide art. 7º, 2º, do CPM. Gabarito B. QUESTÃO 16 - CRSP OFICIAL PM/MG 2013 (Adaptada) No Brasil, atualmente, além dos militares, o civil ainda é submetido, excepcionalmente, à lei penal militar. O conceito de crime militar em tempo de paz é bastante 40

41 controvertido e, por vezes, determina debates acalorados no âmbito de nossas cortes superiores, especialmente, no que tange a posicionamentos do Superior Tribunal Militar em linha divergente com o Supremo Tribunal Federal. Partindo do princípio de que vivemos em um Estado Democrático de Direito, considere a afirmativa a seguir. Os militares da ativa, reserva e reformados que praticaram crimes em tempo de paz, em lugar sujeito à administração militar, somente poderão ser processados e julgados por tribunais militares. ERRADA. Vide art. 9º, parágrafo único, do CPM - Caso o Militar pratique crime doloso contra a vida de um civil em lugar sujeito à Administração Militar, a competência é do Tribunal do Júri. QUESTÃO 17 - FUMARC OFICIAL DE JUSTIÇA TJM/MG 2013 O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: a) o princípio da legalidade, o princípio da ultra atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da retroatividade da lei mais benéfica ao réu. d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da legalidade. A questão tenta confundir com os termos "legalidade" e "reserva legal". O princípio da legalidade (legalidade em sentido amplo) não decorre do princípio da reserva legal 41

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