SECRETARIA DE SAÚDE MÓDULO 1 ESTADO DO AMAZONAS SUSAM. Processo de constituição psíquica

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1 SECRETARIA DE SAÚDE ESTADO DO AMAZONAS SUSAM MÓDULO 1 Processo de constituição psíquica Processo de desenvolvimento humano em seus aspectos: biológico, cognitivo, afetivo-emocional, social e a devida interação dinâmica entre esses aspectos

2 Saudações colega psicólogo, Seja bem-vindo ao nosso curso online preparatório para o concurso da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM). Sem dúvidas, o concurso para a SUSAM foi uma grata surpresa para todos nós e uma excelente oportunidade para ingressar no serviço público, sobretudo para os interessados na área de saúde. Sou Ana Vanessa Neves, psicóloga do Ministério da Saúde (CRP03/03592), Co-Fundadora e Editora do site Concursos PSI ( Coach para candidatos a concursos, autora publicada pela Editora Campus/Elsevier, Consultora na área de Políticas Públicas de Saúde, Mestre em Psicologia do Desenvolvimento, tenho duas especializações em Psicologia Analítica e fiz formação em Terapia Comunitária Integrativa. Possuo ampla experiência na área de concursos públicos para o cargo de psicólogo e venho atuando como psicóloga em órgãos públicos nas esferas municipal e federal desde o início de minha carreira. Estamos iniciando este curso com todas as vagas preenchidas e dezenas de solicitações de vagas para outra turma. A concorrência será bastante alta, então, toda a dedicação será necessária! A fim de obter bons resultados em concursos públicos, todos os candidatos devem entender que uma preparação eficaz exige a análise cuidadosa do edital, buscando perceber as normas do concurso, quais as etapas e regras da seleção. A equipe editorial do Concursos PSI elaborou uma série de dicas que o auxiliarão na preparação para este concurso: 1. Tome a decisão e acredite! Esqueça a autopiedade e autoindulgência. O edital foi publicado e a partir de agora todos os minutos são fundamentais e podem ser decisivos para a sua aprovação, então, sobreponhase às dores de cabeça e nas costas, pois tudo isto passa, mas o emprego ficará garantido; 2. Esquematize o edital, entendendo como ocorrerá o concurso, quais suas regras; 3. Utilize nosso calendário como roteiro para distribuir o estudo dos temas específicos; 4. Elabore uma tabela ou planilha de estudos, distribuindo os conteúdos gerais e específicos de forma equilibrada. Busque estudar tudo, pois o prazo até a data da prova é mais que suficiente; 5. Inclua as horas de descanso na tabela, pois isto diminui a ansiedade e garante a reposição de energia, assegurando sua saúde; 6. Leia e releia nossas aulas diversas vezes, tantas quantas achar necessário, até que o conteúdo tenha sido realmente absorvido; 2

3 7. Adquira toda a legislação indicada no edital e a leia diversas vezes, grifando, destacando os pontos principais, memorizando as regras e as exceções, pois a banca certamente exigirá o conhecimento destas leis ao pé da letra. 8. Mantenha seu planejamento de estudo e siga-o o mais fielmente possível; 9. Reajuste a tabela de estudos de forma realista sempre que perceber que precisa intensificar algum conteúdo; 10. Resolva questões sobre cada tema exigido no edital, mas apenas após ter estudado o conteúdo correspondente. Em nossas aulas forneceremos questões para que exercite a resolução de questões. O conteúdo teórico selecionado para embasar este curso vem de minha sólida experiência na análise de provas e editais visando à preparação de candidatos ao cargo de psicólogo em concursos na área de saúde pública. Dedique-se ao máximo, empenhe-se com vontade e tenha certeza que lograr a aprovação em um certame como este compensará todo o seu investimento em tempo de estudo. Por favor, não perca tempo com redes sociais, s ou jogos na internet! Seus minutos valem ouro! Nesta primeira aula nos dedicaremos ao estudo de tópicos muito importantes em nossa área de atuação, sobretudo em concursos direcionados para a atenção na área de assistência à saúde. Estudaremos inicialmente os conceitos fundamentais para o entendimento do processo de constituiçãopsíquica, utilizando, para tanto, o referencial proposto pelas abordagens psicodinâmicas. Atenção! Observe que o enfoque psicodinâmico foi definido pela própria banca organizadora ao utilizar a expressão constituição psíquica, que, conforme sabemos, se trata de nomenclatura utilizada pela perspectiva psicanalítica. Por esta razão, a fim de obtermos bons resultados na prova, nos debruçaremos sobre esta ênfase. Caso a sua base em psicanálise seja fraca, recomendo que estude com um dicionário de psicanálise ao lado; o mais citado em concursos é o de Laplanche e Pontalis. Em seguida, nos debruçaremos sobre o estudo dos tópicos mais importantes no campo do desenvolvimento humano, identificando quais os fatores que o influenciam, seus aspectos e períodos, bem como os conceitos propostos pelos teóricos mais utilizados em concursos, destacando, sobretudo, os conceitos propostos pela teoria do desenvolvimento cognitivo proposta por Jean Piaget e pela teoria psicossocial do desenvolvimento proposta por Erik Erikson. 3

4 Conforme é característico do nosso método Direto ao Ponto, apresentarei no decorrer da aula os tópicos mais concursáveis, ou seja, a síntese fundamental dos conteúdos mais exigidos em provas, extraindo dos livros técnicos de referência o núcleo principal de cada proposta, pois é deste modo que os tópicos são exigidos nas provas de concursos. Sei que o desejo de aprovação é grande e que às vezes a ansiedade toma conta, mas respire fundo e confie em mim. Entenda o contexto, fique atento aos conceitos que estou destacando nos módulos e mantenhase determinado. Entendido? Leia e releia, esquematize e memorize! Mantenha o foco! Resolva todos os exercícios com o máximo de cuidado. Além de observar a resposta correta, tente identificar os erros contidos nas demais alternativas (quando for questão de múltipla escolha). Esse exercício, certamente, eleva o nível do seu aprendizado e lhe concede uma visão mais sistêmica do assunto. Caso tenha dúvidas sobre o conteúdo ou resolução de questões deste curso, entre em contato diretamente comigo através de meu perfil no facebook Ao final do curso, caso seja necessário, poderei formular uma aula tira-dúvidas com todas as perguntas encaminhadas via mensagem. "A disciplina é a mãe do sucesso" Ésquilo 4

5 SUMÁRIO 1. Processo de constituição psíquica...6 Determinantes Genéticos e ambientais do comportamento...7 O estudo da personalidade na perspectiva psicodinâmica...9 Teoria Psicanalítica Clássica...9 Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung...15 Psicanálise proposta por Jacques Lacan...23 Psicologia Individual proposta por Alfred Adler...26 O modelo psicanalítico proposto por Melanie Klein...30 O modelo psicanalítico proposto por Karen Horney...34 Teoria do desenvolvimento emocional proposta por Donald Winnicott...40 A perspectiva psicanalítica proposta por René Spitz...47 Teoria do Apego proposta por John Bowlby Processo de desenvolvimento humano em seus aspectos: biológico, cognitivo, afetivo-emocional, social e a devida interação dinâmica entre esses aspectos...62 O que é o Desenvolvimento Humano...62 Princípios gerais do desenvolvimento humano...63 Aspectos do desenvolvimento humano...66 Períodos do desenvolvimento humano...67 Teoria do Desenvolvimento Cognitivo proposta por Jean Piaget...71 Teoria Sociointeracionista proposta por Vygotsky...81 Teoria do desenvolvimento psicossexual proposta por Sigmund Freud...84 Teoria Psicossocial do Desenvolvimento proposta por Erik Erikson...86 GABARITO...93 BIBLIOGRAFIA

6 1. Processo de constituição psíquica A personalidade, segundo definição proposta por Pervin & John (2004), representa as características da pessoa que explicam padrões consistentes de sentimentos, pensamentos e comportamentos. Destaca-se deste amplo conceito a expressão padrões consistentes, que nos permite inicialmente compreender que a entidade conceitual nomeada como personalidade tem como qualidade central a estabilidade, ou seja, a permanência de qualidades marcantes do sujeito ao longo do tempo. O funcionamento psíquico baseia-se em uma complexa interação de elementos biológicos, psicológicos e sociais. Quando se avaliam o estado psicológico e o comportamento de uma pessoa, três fenômenos devem ser considerados (Eizirik, Bassols, Gastaud e Goi, 2013; p.15): Os tipos de comportamento ou estado emocional, caracterizados como normais ou anormais, variam enormemente com a idade. O fato de que o desenvolvimento psicológico não prossegue de modo uniforme: ocorre em estágios descontínuos, separados por períodos de mudanças bruscas ou de transição de um estágio para outro. O ambiente ou a cultura em que cada pessoa vive, com suas peculiaridades, tradições e costumes. Apesar das diversas teorias se disporem a compreender um único e multifacetado tema, torna-se possível diferenciá-las de acordo com o conjunto de convenções criadas por cada teórico, devendo cada uma ter consistência na relação entre os conceitos propostos, os métodos de verificação dessas hipóteses e os eventos empíricos relativos aos construtos. Uma teoria da personalidade completa deve buscar responder às questões o quê, como e por quê. O quê refere-se às características da pessoa e como umas estão organizadas com relação às outras. O Como diz respeito aos determinantes da personalidade de uma pessoa, em que nível e de que maneira os fatores genéticos e ambientais interagem para produzir este resultado. O porquê trata das razões para o comportamento do indivíduo e diz respeito aos aspectos motivacionais da pessoa. Segundo Pervin & John (2004), uma teoria da personalidade deve considerar cinco áreas: 1. Estrutura as unidades básicas ou os blocos estruturantes da personalidade. O conceito de estrutura se refere aos aspectos mais estáveis e duradouros da personalidade. Representam os blocos constitutivos da teoria da personalidade. 2. Processo aspectos dinâmicos da personalidade, incluindo os motivos. As teorias da personalidade podem ser comparadas quanto aos seus conceitos motivacionais dinâmicos: motivos de prazer ou hedônicos busca do prazer ou evitação da dor, motivos de autorrealização esforços do organismo para atingir o crescimento e realizar seu potencial e motivos cognitivos esforços da pessoa para compreender e prever eventos no mundo. 6

7 3. Crescimento e desenvolvimento como nos desenvolvemos, formando a pessoa única que cada um de nós é. Tradicionalmente os determinantes da personalidade foram divididos em determinantes genéticos e determinantes ambientais, sendo ambos importantes na formação da personalidade. 4. Psicopatologia a natureza e as causas do desenvolvimento desordenado da personalidade. 5. Mudança como as pessoas mudam e por que elas, às vezes, resistem à mudança ou são incapazes de mudar. Determinantes Genéticos e ambientais do comportamento Considera-se que aspectos genéticos, tais como inteligência e temperamento, marcam as diferenças principais entre as pessoas, enquanto fatores ambientais como cultura, classe social, família e grupos sociais tendem a tornar as pessoas parecidas. Contudo, apesar dos vários pesquisadores enfatizarem mais algumas variáveis em detrimento de outras, ocorre hoje um consenso quanto à multideterminação da personalidade. Cada pessoa vivencia a realidade e interage com o outro com base na sua história genética, nas aptidões e limitações herdadas, no seu processo de aprendizagem, nas trocas estabelecidas nos diversos grupos do qual fez parte ao longo da vida, nos valores e modelos compartilhados na cultura. E, diante da interação entre tantos determinantes, a tendência é que cada pessoa torne-se cada vez mais diferenciada ao longo da vida. Os fatores genéticos desempenham um papel importante na determinação da personalidade, particularmente em relação àquilo que é único no indivíduo. Os fatores genéticos são geralmente mais importantes em características como a inteligência e o temperamento, e menos importantes com relação a valores, ideias e crenças. O fato de que algumas diferenças surgem cedo, de que são duradouras e parecem ser relativamente dependentes da história de aprendizagem do indivíduo, sugere que essas diferenças se devem a características genéticas ou hereditárias. Em síntese, os genes desempenham o papel de nos tornar parecidos como humanos e diferentes como indivíduos (Pervin e John, 2004). Herdabilidade é um termo utilizado por geneticistas do comportamento e refere-se a uma medida estatística que é expressa como um percentual. Esse percentual representa a extensão em que os fatores genéticos contribuem para variações, em um dado traço, entre os membros de uma população. Isto significa que a influência dos genes em um determinado traço de personalidade será elevada se a herdabilidade também for alta. Os determinantes ambientais abrangem influências que tornam muitos de nós semelhantes uns aos outros, assim como as experiências que nos tornam únicos. As experiências que os indivíduos têm como resultado de fazerem parte de uma mesma cultura são significativas entre os determinantes ambientais da personalidade, pois, apesar de frequentemente não termos consciência das influências culturais, a maioria dos membros de uma mesma cultura terão características de personalidade em comum. Poucos aspectos da personalidade de um indivíduo podem ser compreendidos sem referência a um grupo ao qual a pessoa pertença. 7

8 Os fatores relacionados com a classe social determinam o status dos indivíduos, os papéis que eles desempenham, os deveres que lhes são atribuídos e os privilégios de que desfrutam. Assim como os fatores culturais, os fatores relacionados com a classe social influenciam a maneira como as pessoas definem situações e como respondem a elas. Um dos fatores ambientais mais importantes na determinação da personalidade é a influência da família. Cada padrão de comportamento parental afeta o desenvolvimento da personalidade da criança de pelo menos três maneiras importantes: 1. Através de seu comportamento, eles apresentam situações que produzem certos comportamentos nas crianças; 2. Eles servem como modelos de identificação; 3. Eles recompensam comportamentos de forma seletiva. Tais interações independem do fato dos pais compartilharem com a criança uma herança genética. Os estudos mais recentes têm demonstrado que as diferenças de personalidade entre irmãos não estão apenas nas diferenças constitutivas, mas também nas diferentes experiências que os irmãos têm como membros da mesma família e em experiências fora da família e que as experiências, a partir de ambientes não compartilhados (escola, amigos), têm maior influência sobre a personalidade do que os ambientes compartilhados (contexto familiar). Conforme lhe disse, apresentarei as questões ao longo do texto, sempre após o estudo do respectivo conteúdo teórico. Então, vamos conferir a seguir como foi exigido em concurso o conhecimento sobre a formação e estruturação da personalidade: QUESTÃO 01. (TSE / 2012) Na formação e estruturação da personalidade de um indivíduo, deve ser levado em conta que a(s) I. Personalidade, em sua formação, depende exclusivamente de fatores ambientais. II. Disposições herdadas têm pouca atuação na formação e estruturação da personalidade de um indivíduo. III. Dimensão estrutural e histórica da personalidade contribui para a sua constituição como tal. Analisando-se os itens anteriores, verifica-se que a. apenas o item I está correto. b. apenas os itens I e II estão corretos. c. apenas o item III está correto. d. todos os itens estão corretos. 8

9 Este é o formato clássico de composição das questões, no qual três assertivas são facilmente eliminadas e a dúvida recai sobre duas alternativas mais difíceis ou parecidas. DICA: Sempre risque as alternativas que não tem a menor chance de estarem corretas, pois isto as exclui da sua atenção e permite que mantenha o foco na análise das propostas mais próximas da resposta! O estudo da personalidade na perspectiva psicodinâmica As Teorias Psicodinâmicas são as preferidas pela maioria das bancas organizadoras e por isso devem ser estudadas com maior afinco, sobretudo neste certame, cujos tópicos exigidos demonstram uma forte ênfase sobre esta perspectiva teórica. Os teóricos psicodinâmicos geralmente apresentam grande preocupação com a ideia de personalidade ideal e com a explicação do comportamento anormal. O enfoque central nestas teorias está nas forças dinâmicas que determinam o comportamento, cuja ênfase geral situa-se no conflito intrapsíquico e nos determinantes inconscientes. Estas abordagens apresentam grande preocupação com a noção de personalidade ideal e com o comportamento patológico. Destacaremos a seguir alguns pontos das teorias da perspectiva psicodinâmica que são cobrados com maior frequência em concursos públicos. Teoria Psicanalítica Clássica Noções Psicanalíticas Básicas A palavra psicanálise é utilizada para designar tanto uma teoria do funcionamento mental, quanto um método de investigação dos processos mentais inconscientes ou ainda um método de tratamento para transtornos emocionais (Eizirik, Bassols, Gastaud e Goi, 2013; p. 21). Como teoria do funcionamento mental, a psicanálise baseia-se em dois postulados fundamentais: o determinismo psíquico, ou princípio da causalidade, e a existência do inconsciente. Determinismo psíquico (princípio da causalidade) sustenta que todos os acontecimentos da vida mental são determinados, produzidos ou, ao menos, influenciados por eventos anteriores do desenvolvimento, tanto os que ocorreram imediatamente antes quanto aqueles que foram vividos no início do desenvolvimento (Eizirik, Bassols, Gastaud e Goi, 2013; p. 22). Existência do inconsciente estabelece que nossa vida mental é predominantemente inconsciente, ou seja, o estado mental consciente corresponde ao que Freud sugeriu ser apenas a ponta de um iceberg. Não temos acesso direto ao inconsciente, mas apenas aos seus derivados, como os sonhos, os atos falhos, os sintomas e as várias manifestações emocionais e comportamentais que se expressam na transferência (Eizirik, Bassols, Gastaud e Goi, 2013; p. 22). 9

10 Estrutura da mente A metapsicologia freudiana faz referência ao funcionamento psíquico mediante três pontos de vista: econômico, tópico e dinâmico. Freud empregou o termo aparelho para definir uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções específicas, que estão interligadas entre si, ocupando certo lugar na mente. Freud formulou primeiramente a primeira tópica, conhecida como Teoria Topográfica, e posteriormente apresentou a segunda tópica, conhecida como Teoria Estrutural ou Dinâmica. Na primeira tópica, Freud propôs que a mente é constituída por três sistemas: o consciente (Cs), o préconsciente (Pcs) e o inconsciente (Ics), cada qual com seu tipo de processo e sua energia de investimento, sendo que cada sistema exerce funções diferentes. Esta é a Teoria Topográfica. O modelo tópico designa um modelo de lugares. Freud procurou uma explicação para a forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. Ele estava preocupado em estudar o que levava à formação dos sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria), por isso apenas os conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes. Propôs então um modelo estrutural da personalidade, e formulou explicações a partir das inter-relações entre três estruturas: id, ego e superego. Assim, na segunda tópica, Freud estabeleceu a clássica concepção do aparelho psíquico, conhecido como modelo estrutural ou dinâmico, tendo em vista que a palavra estrutura significa um conjunto de elementos que têm funções específicas, porém que interagem permanentemente e se influenciam reciprocamente. Do ponto de vista econômico, a psicanálise considera a energia psíquica sob um ângulo quantitativo, dedicando-se ao estudo sobre como a energia circula, como ela é investida e se reparte entre as diferentes instâncias, os diferentes objetos ou as diferentes representações. A noção de aparelho psíquico, como um conjunto articulado de lugares virtuais surge mais claramente na obra de Freud no capítulo 7 do clássico livro A interpretação dos sonhos de Freud empregou a palavra aparelho para caracterizar uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções específicas para cada uma delas, que estão interligadas entre si, ocupando certo lugar na mente. Os sistemas consciente e pré-consciente interagem em todos os momentos, pois aquilo que é consciente num determinado momento, quando a atenção é desviada, passa ao sistema pré-consciente, cujas informações armazenadas, apenas com um esforço para lembrar, passa ao sistema consciente. Já o sistema inconsciente não permite que as informações sejam lembradas, há uma energia barrando-as. Esta é a Teoria Topográfica. O sistema consciente tem a função de receber informações oriundas das excitações provenientes do exterior e do interior, que ficam registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ou, desprazer que elas causam, porém ele não retém esses registros e representações como depósito ou arquivo deles. 10

11 A maior parte das funções perceptivo - cognitivas - motoras do ego como as de percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora, etc., processam-se no sistema consciente, embora esse funcione intimamente conjugado com o sistema inconsciente. O sistema pré-consciente foi concebido como articulado com o consciente e, tal como sugere no Projeto para uma psicologia científica (1895), onde aparece esboçado com o nome de barreira de contato, funciona como uma espécie de peneira que seleciona aquilo que pode, ou não, passar para o consciente. O sistema inconsciente designa a parte mais arcaica do aparelho psíquico. Por herança genética, existem pulsões, acrescidas das respectivas energias e protofantasias, como Freud denominava as possíveis fantasias primitivas, primárias ou originais. Não é possível abordar diretamente o inconsciente, sendo este conhecido somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas. Freud procurou uma explicação para a forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. Na primeira teoria tópica do aparelho psíquico recorre à imagem do iceberg em que o consciente corresponde à parte visível, e o inconsciente corresponde à parte não visível, ou seja, a parte submersa do iceberg. Ele estava preocupado em estudar o que levava à formação dos sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria), por isso apenas os conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes. Em 1923, com O Id e o Ego, Freud realiza uma revisão no modo de abordagem do aparelho psíquico, propondo então um modelo estrutural da personalidade segunda tópica, e formulou explicações a partir das inter-relações entre três estruturas: ID (ISSO) polo pulsional da personalidade; EGO (EU) se situa como representante dos interesses da totalidade da pessoa e é investido de libido narcísica; SUPEREGO (SUPEREU) julga e critica, é constituído por interiorização das exigências e das interdições parentais. Segundo Freud, o id é a parte instintiva de nossa natureza, representa os processos primitivos do pensamento e constitui o reservatório das pulsões; dessa forma, toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do id. Na segunda teoria tópica, o inconsciente passa a ser uma qualidade atribuída às instâncias psíquicas, de modo que o Id é totalmente inconsciente e o Ego e Superego possuem partes conscientes e inconscientes. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que atuariam no sentido de autopreservação. Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida. O id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas. O ego atua como um mediador dentro da estrutura da personalidade humana, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. E a instância na qual se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego. 11

12 O superego, a parte que contra age ao id, representa os pensamentos morais e éticos da sociedade que são internalizados pelo indivíduo. O superego se desenvolve mais ou menos na época em que a criança resolve o complexo de Édipo e começa a se identificar com os pais e suas expectativas e exigências. Dinâmica da personalidade Freud considerava que a personalidade já estava bem formada no final do quinto ano de vida e que o desenvolvimento ulterior era essencialmente a elaboração dessa estrutura básica. Conforme a psicanálise freudiana, a personalidade se desenvolve em resposta a quatro fontes importantes de tensão: 1. Processos de crescimento fisiológico; 2. Frustrações; 3. Conflitos; 4. Ameaças. Como uma consequência direta do aumento das tensões provenientes dessas fontes, o indivíduo é forçado a aprender novas formas de reduzir a tensão. Essa aprendizagem seria o desenvolvimento da personalidade. Sexualidade e Libido Libido: é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos. A libido sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, em torno de zonas erógenas corporais. Uma fase de desenvolvimento e uma organização da libido em torno de uma zona erógena, criando uma fantasia básica e um tipo de relação de objeto. A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer. É uma energia sexual no sentido de que toda busca por afeto ou prazer é erótica ou sexual Há uma tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases. Caso surja uma angústia muito forte num dado momento da evolução, como resultado do temor de se ligar a um objeto, cria-se um ponto de fixação. A fixação é um momento no processo evolutivo onde paramos, por não poder satisfazer um desejo. O ego se torna mais frágil. Se a angústia for muito forte, ocorre a regressão. A neurose e definida por Freud como um infantilismo psíquico. 12

13 Mecanismos de defesa Os mecanismos de defesa são os diversos tipos de processos psíquicos, cuja finalidade consiste em afastar um evento gerador de angústia da percepção consciente. Os mecanismos de defesa são funções do Ego e, por definição, inconscientes. Os mecanismos de defesa podem ser considerados eficazes, quando conseguem eliminar o fato rejeitado; ou ineficazes, quando nunca o eliminam, perpetuando assim as ações defensivas do indivíduo. Se a defesa foi eficaz, raramente haverá uma neurose de muita importância a ser tratada. Entretanto, quando uma defesa é caracterizada pela necessidade permanente de comportamentos substitutivos para evitar que o objeto verdadeiro do instinto apareça, ela não é uma defesa eficaz, pois necessita de ação permanente do indivíduo mais em busca de um autoconvencimento do que do convencimento da própria sociedade, e esse comportamento é um padrão neurótico que deve ser tratado. Repressão É a operação psíquica que pretende impedir que pensamentos dolorosos ou perigosos cheguem à consciência. Busca fazer desaparecer da consciência impulsos ameaçadores, sentimentos, desejos, ou seja, ideias desagradáveis ou inoportunas. É o principal mecanismo de defesa, do qual se derivam os demais. Um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa pode ser completamente esquecido e se tornar não evocável. Negação É a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram. Este voo de fantasia pode tomar várias formas, algumas das quais parecem absurdas ao observador objetivo. A notável capacidade de lembrar-se incorretamente de fatos é a forma de negação encontrada com maior frequência na prática psicoterápica. O paciente recorda-se de um acontecimento de forma vivida, depois, mais tarde, pode lembrar-se do incidente de maneira diferente e, de súbito, dar-se conta de que a primeira versão era uma construção defensiva. Projeção O ato de atribuir a outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. Manifesta-se quando o Ego não aceita reconhecer um impulso inaceitável do Id e o atribui a outra pessoa. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. Quando nos sentimos maus, ou quando vivenciamos um evento doloroso e de nossa responsabilidade, tendemos a projetá-lo no mundo externo, o qual a nosso ver assumirá as características daquilo que não podemos ver em nós. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa em Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a ideia ou comportamento temido é dela mesma. O extremo do funcionamento por mecanismos projetivos é a paranoia, pois a pessoa passa a ver todo mundo como perseguidor. Formação Reativa Caracteriza-se por uma atitude ou um hábito psicológico com sentido oposto ao desejo recalcado. Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diretamente opostos ao desejo real. Trata-se de uma inversão clara e, em geral, inconsciente do verdadeiro desejo. 13

14 Como outros mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro lugar, na infância. As crianças, assim como incontáveis adultos, tornam-se conscientes da excitação sexual que não pode ser satisfeita, evocam consequentemente forças psíquicas opostas, a fim de suprimirem efetivamente este desprazer. Para essa supressão elas costumam construir barreiras mentais contrárias ao verdadeiro sentimento sexual, como, por exemplo, a repugnância, a vergonha e a moralidade. Não só a ideia original é reprimida, mas qualquer vergonha ou autorreprovação que poderiam surgir, ao admitir tais pensamentos em si próprios, também são excluídas da consciência. Infelizmente, os efeitos colaterais da Formação Reativa podem prejudicar os relacionamentos sociais. As principais características reveladoras de Formação Reativa são seu excesso, sua rigidez e sua extravagância. O impulso, sendo negado, tem que ser cada vez mais ocultado. Deslocamento É o processo psíquico através do qual o todo é representado por uma parte ou vice-versa. Também pode ser uma ideia representada por outra, que, emocionalmente, esteja associada a ela. Esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É muito corrente nos sonhos, onde uma coisa representa outra. Também se manifesta na Transferência, fazendo com que o indivíduo apresente sentimentos em relação a uma pessoa que, na verdade, lhe representa outra do seu passado. A importância, o interesse, a intensidade de uma representação são suscetíveis de se destacar desta para passar a outras representações originariamente pouco intensas, ligadas à primeira por uma cadeia associativa. Esse fenômeno, particularmente visível na análise do sonho, encontra-se na formação dos sintomas psiconeuróticos e, de um modo geral, em todas as formações do inconsciente. A teoria psicanalítica do deslocamento apela para a hipótese econômica de uma energia de investimento suscetível de se desligar das representações e de deslizar por caminhos associativos. O livre deslocamento desta energia é uma das principais características do modo como o processo primário rege o funcionamento do sistema inconsciente. Racionalização É uma forma de substituir por boas razões uma determinada conduta que exija explicações, de um modo geral, da parte de quem a adota. É um processo pelo qual o sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma ideia, um sentimento, etc., cujos motivos verdadeiros não percebe. Fala-se mais especialmente da racionalização de um sintoma, de uma compulsão defensiva, de uma formação reativa. A racionalização intervém também no delírio, resultando numa sistematização mais ou menos acentuada. Como exemplos, encontraremos racionalizações de sintomas, neuróticos ou perversos (comportamento homossexual masculino explicado pela superioridade intelectual e estética do homem) ou compulsões defensivas (ritual alimentar explicado por preocupações de higiene). A racionalização é um mecanismo típico do neurótico obsessivo. Pronto para conferir como foi exigido em concurso o conhecimento sobre os mecanismos de defesa na perspectiva freudiana? Vamos lá: 14

15 QUESTÃO 02. (IFSC / 2012) Os mecanismos de defesa, como postulou Sigmund Freud, são distorções que o ego utiliza para proteger a personalidade contra a ameaça. Sobre os mecanismos de defesa, analise as proposições: I. A racionalização é uma forma de aceitar as pressões do superego. Disfarça nossos motivos, tornando nossas ações moralmente aceitáveis. II. A formação reativa é um mecanismo de defesa que substitui comportamentos e sentimentos que são opostos ao desejo real, sendo uma inversão clara do superego. III. São exemplos de deslocamento, as afirmações: todos os homens/mulheres querem apenas uma coisa e Posso dizer que você está furioso comigo IV. A racionalização é o processo de achar motivos inaceitáveis para pensamentos e ações aceitáveis. É correto afirmar: a. Apenas I e II são verdadeiras. b. Apenas II e IV são verdadeiras. c. Apenas II e III são verdadeiras. d. Apenas I é verdadeira. e. Apenas II é verdadeira. Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung A Psicologia Analítica é considerada como uma teoria compreensiva, pois busca responder às questões quanto à estrutura, dinâmica e desenvolvimento da personalidade. Ao buscar compreender o desenvolvimento da personalidade, Jung lança seu olhar tanto de maneira retrospectiva, levando em conta o passado como realidade ou as causas que permitem a compreensão dos comportamentos atuais (causalidade), como também apresenta uma visão prospectiva, olhando para as potencialidades e metas como uma linha de desenvolvimento futuro da pessoa (teleologia). Assim, para Jung, o presente é determinado não só pelo passado (causalidade), mas também pelo futuro (teleologia); somos o resultado das experiências de onde viemos e das aspirações que nos conduzem para onde estamos nos dirigindo. 15

16 Estrutura da Personalidade Em Psicologia Junguiana, a personalidade como um todo é denominada psique. A psique abrange todos os pensamentos, sentimentos e comportamentos, tanto conscientes quanto inconscientes. Funciona como um guia que regula e adapta o indivíduo ao ambiente social e físico. Podemos distinguir a existência de três níveis na psique: consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo. A psique organiza-se em vários sistemas diferenciados e interatuantes. Os principais sistemas são o ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, a anima e o animus, a sombra e o Self, que é o centro da personalidade total. O campo da consciência coletiva diz respeito ao meio social no qual interagimos. Em termos intrapsíquicos, temos o contato com a consciência coletiva por meio do ego e da persona. A formação da consciência e sua estrutura funcional O ego é a organização da mente consciente e se compõe de percepções conscientes, de recordações, pensamentos e sentimentos. Ele fornece identidade e continuidade à personalidade e, embora seja pequena parte da psique total, desempenha a função básica de vigia da consciência. A menos que o ego reconheça a presença de uma ideia, de um sentimento, de uma lembrança ou de uma percepção, nada disso pode chegar à consciência. O termo persona designa os papéis sociais aprendidos, para que possamos interagir com outras pessoas. A persona se desenvolve desde os primeiros anos de vida, quando a criança aprende quais valores são socialmente aceitos e quais comportamentos são valorizados por seus pais. O indivíduo apresenta padrões comportamentais condizentes com aquilo que aprendeu como sendo a conduta adequada frente a cada um dos ambientes e situações nos quais desempenha funções. Assim, temos a persona do pai/mãe, do professor, do médico, do pastor, etc. Cada pessoa tem em sua persona mais de um papel social; por exemplo, uma mulher pode possuir a persona de mãe, de filha, de esposa, de profissional, membro da igreja, etc. Trataremos agora do inconsciente pessoal, no qual estão registradas todas as experiências que não foram aceitas pelo ego. Consiste em experiências que, em outro momento da vida, foram conscientes, mas que agora estão reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, e em experiências que foram fracas demais para deixar uma impressão consciente na pessoa. Existe um grande trânsito de conteúdos entre o inconsciente pessoal e o ego. Ainda no campo do inconsciente pessoal, encontram-se os conteúdos associados ao arquétipo da sombra e os complexos. Conforme vimos, durante o processo de aprendizado ocorre separação espontânea dos aspectos socialmente aceitos daqueles indesejados. Tudo que é valorizado pelo grupo social como positivo ajuda a compor a persona. Aquelas características ou comportamentos subvalorizados ou considerados indesejáveis, aspectos instintivos e animalescos ou avaliados como ridículos são reprimidos no inconsciente pessoal e compõem a sombra. 16

17 Os complexos são aglomerados de pensamentos, sentimentos, percepções e memórias repletos de energia psíquica. O núcleo central dos complexos é um arquétipo que atrai e aglomera as experiências pessoais e traumáticas relacionadas ao conteúdo específico do complexo; por exemplo, um complexo paterno. Na psique de todas as pessoas existe o arquétipo do pai, ou seja, um padrão de representação sobre como é um pai. A partir do tipo de interação com o pai real, uma pessoa pode sofrer um trauma e passar a ter dificuldades em lidar com essa representação do pai, constituindo um complexo paterno que concentra energia e o mantém inconscientemente fixado nessa relação mal resolvida. Arquétipos e Inconsciente Coletivo Antes de prosseguirmos, faz-se necessário apresentar o conceito de arquétipo. Em sua experiência com pacientes psiquiátricos e, posteriormente, por meio do estudo comparado de culturas e religiões, Jung descobriu a existência de padrões de comportamentos característicos da espécie humana e, portanto, herdados por todas as pessoas em quaisquer culturas e regiões. Em outras palavras, os arquétipos são capacidades filogeneticamente herdadas de iniciar e realizar comportamentos típicos de todos os seres humanos. Os arquétipos são tendências inatas que direcionam o desenvolvimento e asseguram que todas as pessoas manterão as características psíquicas humanas. Assim como existe um fator auto-organizador (DNA) responsável pela garantia de que todos os humanos possuam dois olhos, uma boca, duas orelhas, dois braços, duas pernas, que homens fecundem mulheres e que essas mulheres gestem seus bebês, a Psicologia Analítica propõe a existência de arquétipos responsáveis pelo desenvolvimento da psique. Os arquétipos são predisposições das capacidades psíquicas, mas que requerem estímulos para seu desenvolvimento. Os conteúdos arquetípicos são encontrados em todas as culturas, e a análise dos mitos, contos e lendas demonstra que constituem a psique desde tempos remotos. Os conteúdos dos arquétipos são os mais variados e predispõem os seres humanos a reagir frente a situações diversas. Ao conjunto de padrões psíquicos específicos herdados por todos os membros da espécie humana dáse o nome de inconsciente coletivo. Diferencia-se do inconsciente pessoal pelo fato de seu conteúdo independer da experiência individual. Contudo, cabe ressaltar que, apesar de todas as pessoas herdarem os arquétipos, a expressão de um ou outro dependerá da experiência individual, ou seja, os acontecimentos no curso de vida poderão ativar determinado arquétipo e talvez outro jamais seja ativado. Clarificando: a existência e o conteúdo do arquétipo independem da experiência individual, mas a expressão dele ocorre apenas frente a situações específicas ao longo da vida. Outro conceito importante e que costuma ser cobrado em concursos públicos é o de anima/ animus. O arquétipo do feminino no homem é chamado de anima e o arquétipo do masculino na mulher é o animus. A existência de tal arquétipo demonstra que o ser humano possui naturalmente a predisposição para desenvolver características tanto femininas quanto masculinas, diferindo apenas no fato de que o gênero 17

18 presente na consciência e expresso cotidianamente é, em geral, condizente com o sexo genital, enquanto as características do gênero oposto permanecem inconscientes a maior parte do tempo ou emergem quando estimuladas pela situação. A existência do arquétipo anima/animus predispõe os seres humanos a buscarem interagir com pessoas do sexo oposto. A ativação do animus na psique feminina se dá por meio do contato com homens que serviram de modelo: o pai, um irmão, tio, avô, um professor, um namorado. Do mesmo modo, a ativação da anima na psique masculina, por meio do contato com mulheres que serviram de modelo: a mãe, uma irmã, tia, avó, uma professora, uma namorada. Self e o processo de Individuação Por fim, apresentamos o conceito de Self que desempenha papel de destaque na Psicologia Analítica. Jung chamou o Self de Arquétipo central, Arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementamse mutuamente para formar uma totalidade: o Self. Ele é o potencial inato que ordena a vida psíquica e direciona o desenvolvimento da personalidade. Jung descobriu o Arquétipo do Self apenas depois de estarem concluídas suas investigações sobre as outras estruturas da psique. O Self é com frequência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal, como um círculo, mandala, cristal ou pedra, ou de forma pessoal como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro símbolo de divindade. Todos estes são símbolos da totalidade, unificação, reconciliação de polaridades, ou equilíbrio dinâmico, os objetivos do processo de Individuação. O Self é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao Ego e à consciência. Para Jung, o Self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente; ele é o centro desta totalidade, tal como o Ego é o centro da consciência. O si mesmo é o ponto central da psique total do indivíduo. Segundo Jung, é o Self que envia os símbolos à consciência para que possam ser interpretados e revelados. Esse entendimento e integração permitem ampliar a consciência sobre si mesmo e cumprir a meta do desenvolvimento psicológico total. O desenvolvimento do Self não significa que o Ego seja dissolvido. Este último continua sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado ao Self como consequência de um longo e árduo processo de compreensão e aceitação de nossos processos inconscientes. O Ego não parece mais ser o centro da personalidade, mas uma das inúmeras estruturas dentro da psique. A esse processo de desenvolvimento da personalidade rumo à consciência plena de todos os seus aspectos foi dado por Jung o nome de Individuação, pois ele observou existir no ser humano um fator interno de auto-orientação que organiza e integra os diversos níveis e sistemas. A meta da Individuação é atingir o conhecimento profundo de que todos esses níveis da psique são um mesmo todo, pleno de potencialidades, e desse modo a pessoa pode perceber-se dentro de sua verdadeira natureza de indivíduo, ou seja, indivisível, completo, total e repleto de possibilidades de realização. 18

19 Elaboramos cuidadosamente um esquema que ilustra a estrutura e o dinamismo da psique, segundo a Psicologia Analítica (Figura 1). Conforme vimos, a psique está organizada em três dimensões: consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo é a instância mais antiga da personalidade, pois é o substrato biológico e inato no qual estão registrados os padrões arquetípicos do comportamento humano. Deste modo, ao nascermos, já possuímos uma estrutura psíquica que nos predispõe a interagir com o mundo. A consciência e o inconsciente pessoal se organizam paralelamente a partir das experiências pessoais. No contato com outras pessoas apreendemos quais valores e comportamentos são aceitos e valorizados por nosso grupo social e quais são indesejados e inadequados. As características desejáveis compõem a persona e permitem ao ego o contato adequado com o campo da consciência coletiva (cultura). As características aprendidas como indesejáveis são reprimidas no inconsciente pessoal e compõem a sombra. Todo o psiquismo é dinâmico e os aspectos de sombra também interagem com o ego. Os complexos estão presentes no inconsciente pessoal e se formam a partir de experiências emocionalmente relevantes. Quando um indivíduo tem uma experiência que é vivenciada de forma intensa, tanto negativa como positiva, todos os pensamentos, lembranças e emoções que tenham o mesmo conteúdo central passam a se organizar cognitivamente em torno do mesmo núcleo de energia psíquica. O centro do complexo é sempre um arquétipo, um modelo inato sobre como devem ser os comportamentos capazes de atender às nossas necessidades essenciais. Figura 1: A Estrutura e o Dinamismo da Psique na Psicologia Analítica 19

20 Observe as linhas tracejadas na figura 1, que representam a comunicação entre os complexos e os arquétipos. Cada complexo está, necessariamente, vinculado a um ou mais arquétipos. Existem inúmeros arquétipos, mas a quantidade de complexos está limitada de acordo com as experiências do indivíduo. Outro ponto em destaque na figura 1 é o eixo Ego-Self, cujo objetivo é demonstrar a comunicação entre estas duas instâncias. O Self é o arquétipo central e princípio organizador da personalidade, enquanto o Ego é o centro da consciência, permitindo o contato com o mundo externo e dando à personalidade o senso de identidade. No início da vida, o Ego está fundido ao Self, porém depois se diferencia dele. Jung descreve uma interdependência entre estes dois grandes sistemas. O Ego é a instância avaliadora que possibilita ao Self estabelecer o contato com a consciência coletiva, enquanto o Self é o responsável pela homeostase do organismo e direciona o Ego a um propósito de vida. Tipos Psicológicos A formulação de uma tipologia psicológica foi o resultado de quase 20 anos de estudos de Jung sobre a estrutura e desenvolvimento da personalidade. Em Tipos Psicológicos Jung identificou e descreveu certo número de processos psicológicos básicos, demonstrando de que maneira se relacionam em várias combinações para definir a personalidade de um indivíduo. A tipologia junguiana utiliza um sistema de classificação que compreende três eixos em duas dimensões polares: as atitudes extroversão x introversão e as funções pensamento x sentimento, sensação x intuição. As atitudes e funções fazem parte da psique de todos os indivíduos. As atitudes são tendências temperamentais básicas, perceptíveis desde muito cedo no comportamento das crianças e que se mantêm até a vida adulta. Essas duas atitudes são opostas e ambas estão presentes na personalidade, mas habitualmente uma delas é dominante e consciente, enquanto a outra é inconsciente. Se o ego é introvertido na sua relação com o mundo, o inconsciente pessoal é extrovertido, e vice-versa. A atitude diz respeito à orientação da consciência e à direção normal do fluxo de energia psíquica em suas relações com os objetos, conforme demonstrado no esquema a seguir: Figura 2: O fluxo de energia nas atitudes Extroversão Introversão segundo a Tipologia Junguiana As quatro funções mentais são os recursos por meio dos quais a consciência processa as informações e interage com o mundo. As pessoas utilizam predominantemente duas funções; essa tendência se estabelece ao longo da vida, a partir da história de aprendizado individual. O pensamento e o sentimento 20

21 são chamados de funções racionais porque utilizam o processamento de informações e o julgamento. A sensação e a intuição são chamadas funções irracionais porque se baseiam na percepção do concreto, do particular e do ocasional. Figura 3: As funções da consciência segundo a Tipologia Junguiana Os tipos são categorias nas quais são incluídas pessoas com características bastante semelhantes, porém não necessariamente iguais, pois a personalidade é resultante da interação entre os diversos sistemas. Vejamos a seguir algumas definições importantes para a compreensão da Tipologia Junguiana: Atitudes: Extroversão Nesta atitude a energia psíquica consciente flui naturalmente na direção do objeto, orientando o indivíduo para o meio externo. O extrovertido se preocupa com as interações com as pessoas e coisas. Observa-se impulsividade, sociabilidade, expansividade e facilidade de expressão oral. O extrovertido transmite a impressão de ser ativo e amistoso e de se interessar pelas coisas à sua volta. Introversão Na atitude introvertida, a atenção da pessoa está orientada para o próprio mundo subjetivo. O introvertido se interessa pela exploração e análise de suas vivências privadas; é introspectivo, retraído e muito preocupado com os próprios assuntos internos. Observa-se a postura reservada, a retenção das emoções e facilidade de expressão no campo da escrita. Pode parecer aos outros distante, reservado e antissocial. Funções: Pensamento O pensamento consiste em associar ideias umas às outras para chegar a um conceito geral ou à solução de um problema. Trata-se de uma função intelectual que procura compreender as coisas. As pessoas que utilizam com predominância a função pensamento fazem uma análise lógica e racional dos fatos: julgam, classificam e discriminam uma coisa da outra sem maior interesse pelo seu valor afetivo. Naturalmente voltadas para a razão, procuram ser imparciais em seus julgamentos, sem levar em conta a interferência de valores pessoais. Tendem a lidar melhor com processos lógicos e formais. Palavras chave: Julgamento; Lógica. 21

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