Defensoria Pública Estadual

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Defensoria Pública Estadual"

Transcrição

1 COORDENADOR ROGÉRIO SANCHES CUNHA Coleção RE ISAÇO Defensoria Pública Estadual Defensor Público 5ª edição revista, ampliada e atualizada _Iniciais_Defensoria_Publica_Estadual.indd 3 16/08/ :48:30

2 Criminologia Questões 2563 Criminologia TABELA DE INCIDÊNCIA DE QUESTÕES Distribuição das questões organizada por ordem didática de assuntos Questões Assunto Número de Questões 1. ESCOLAS E TEORIAS CRIMINOLÓGICAS 5 2. OUTROS ASPECTOS DA CRIMINOLOGIA 2 Total 7 Peso Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

3 Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

4 Criminologia Questões 2565 Criminologia QUESTÕES 1. ESCOLAS E TEORIAS CRIMINOLÓGI- CAS 01. (FCC Defensor Público PR/2012) Com o surgimento das Teorias Sociológicas da Criminalidade (ou Teorias Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição marcante das pesquisas criminológicas em dois grupos principais. Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual (Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são consideradas Teorias Consensuais: a) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação Diferencial. b) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. c) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura Delinquente. d) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e Escola de Chicago. e) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria da Anomia. COMENTÁRIOS. Nota do autor: dentro da denominada macrossociologia, há, segundo Sérgio Salomão Shecaira, duas visões que influenciaram o pensamento criminológico. Uma, funcionalista, também chamada de Teorias de Integração, trouxe a corrente conhecida como Teorias do Consenso; outra, argumentativa, veio a ser denominada Teorias do Conflito. Ensina o mencionado autor: Para a perspectiva das teorias consensuais a finalidade da sociedade é atingida quando há um perfeito funcionamento das suas instituições de forma que os indivíduos compartilham as regras sociais dominantes. Para a teoria do conflito, no entanto, a coesão e a ordem na sociedade são fundadas na força e na coerção, na dominação por alguns e sujeição de outros; ignora-se a existência de acordos em torno de valores de que depende o próprio estabelecimento da força (Cri- minologia. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, pp ). Alternativa correta: letra A : são consideradas teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria da Associação Diferencial, a Teoria da Anomia e a teoria da Subcultura Delinquente. Alternativa B : as teorias Crítica e do Etiquetamento (labelling) são mais ligadas à visão das Teorias do Conflito. Alternativa C : vide alternativas anteriores. Alternativa D : vide alternativas anteriores. Alternativa E : vide alternativas anteriores. 02. (FCC Defensor Público PR/2012) São características principais da moderna Criminologia, EXCETO: a) Substitui o conceito tratamento (conotação clínica e individual) por intervenção (conotação dinâmica, complexa e pluridimensional). b) Parte da caracterização do crime como problema (face humana e dolorosa do delito). c) Amplia o âmbito tradicional da Criminologia ao adicionar o delinquente e o delito ao seu objeto de estudo. d) Acentua a orientação prevencionista do saber criminológico, diante da obsessão repressiva explícita de outros modelos convencionais. e) Destaca a análise e a avaliação dos modelos de reação ao delito como um dos objetos da Criminologia. COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra C : a Criminologia tradicional é que lançava seu foco sobre o delinquente. Basta verificar os postulados da denominada Escola Científica: a criminologia era estudada com a mesma metodologia das ciências naturais embora muitas vezes baseada na antropologia, sociologia e psicologia, tais como entendidas naquela época. Considerava-se o delito um fenômeno natural, fruto de causas biológicas ou de influência do meio sobre o indivíduo, negando-se, assim, o livre-arbítrio. A Sociologia Criminal, já no Século XX, procurou estudar o próprio delito, influenciada por algumas teorias sociológicas. Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

5 2566 Alternativas A, B, D e E : as demais alternativas trazem justamente as profundas alterações sofridas pela Criminologia desde Beccaria (Escola Clássica), Lombroso e Ferri (Escola Científica), com seus novos postulados e visões sobre o delito, o delinquente e, principalmente, sobre a própria sociedade, que não mais fica excluída dos estudos. 03. (FCC Defensor Público PR/2012) Paulo, executivo do mercado financeiro, após um dia estressante de trabalho, foi demitido. O mundo desabara sobre sua cabeça. Pegou seu carro e o que mais queria era chegar em casa. Mas o horário era de rush e o trânsito estava caótico, ainda chovia. No interior de seu carro sentiu o trauma da demissão e só pensava nas dívidas que já estavam para vencer, quando fora acometido de uma sensação terrível: uma mistura de fracasso, com frustração, impotência, medo e etc. Neste instante, sem quê nem por que, apenas querendo chegar em casa, jogou seu carro para o acostamento, onde atropelou um ciclista que por ali trafegava, subiu no passeio onde atropelou um casal que ali se encontrava, andou por mais de 200 metros até bater num poste, desceu do carro meio tonto e não hesitou, agrediu um motoqueiro e subtraiu a motocicleta, evadindo-se em desabalada carreira, rumo à sua casa. Naquele dia, Paulo, um pacato cidadão, pagador de impostos, bom pai de família, representante da classe média-alta daquela metrópole, transformou-se num criminoso perigoso, uma fera que ocupara as notícias dos principais telejornais. Diante do caso narrado, identifique dentre as Teorias abaixo, a que melhor analisa (estuda/explica) o caso. a) Escola de Chicago. b) Teoria da associação diferencial. c) Teoria da anomia. d) Teoria do labeling approach. e) Teoria crítica. COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra C : a teoria da Anomia é uma teoria etiológica, funcionalista, utilizando a metodologia positivista. Entende o crime como um fato normal em qualquer sociedade: o comportamento criminoso pode ser considerado um sintoma da dissociação social entre aspirações culturais e meios institucionais. Ou seja, a elevada criminalidade é produto de uma sociedade que exerce forte pressão sobre metas culturais sem a correspondente exigência do cumprimento das normas que ditam os procedimentos para conquistá-las (Ryanna Pala Veras, Nova criminologia e os crimes do colarinho branco. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010, p. 52). Note-se como o antes pacato cidadão, que vivia uma crise pessoal quando cometeu os delitos, passou automaticamente a ser tratado como um perigoso criminoso. Isso é típico de tal corrente criminológica. Ensina Shecaira que: Para esse pensamento, pois, a máquina social deve encontrar meios de autopreservação; toda vez que não encontrar, no entanto, estar-se-á diante de uma disfunção. Em face dessa disfunção, a sociedade deve reagir, para que a falha desse sistema seja corrigida e para que se possa voltar ao normal funcionamento da sociedade como um todo. O interessante dessa perspectiva é que o combate à disfunção far-se-á não pelo estudo de suas causas, mas sim pelo exame de suas consequências exteriores. Daí porque se pode afirmar serem as teorias funcionalistas conservadoras, já que não vão às raízes do problema, que é analisado pela sua superfície (op. cit., p. 188). Alternativa A : segundo Shecaira (op. cit., pp. 137 e ): a escola de Chicago tem uma perspectiva transdisciplinar que discute múltiplos aspectos da vida humana, todos eles relacionados com a vida da cidade. (...) Segundo Shaw e Mckay algumas propostas preventivas podem ser elencadas. Em primeiro lugar, nenhuma redução da criminalidade é possível se não houver mudanças efetivas das condições econômicas e sociais das crianças. Isto é, há que se alterar o caminho que fornece condições para a existência para a existência das carreiras delinquentes. (...) O enfoque, como primeira grande teoria científica, na área sociológica, pressupõe uma macrointervenção na comunidade. Tratamento e prevenção, para terem sucesso, demandam amplos programas que envolvam recursos humanos junto à comunidade e que concentrem esforços dos cidadãos em torno das forças construtivas da sociedade. A unidade de operação é a vizinhança. Alternativa B : a teoria da associação diferencial parte da noção de que o crime não é exclusividade das classes menos favorecidas, por uma suposta inadaptação destas. Na verdade, é fundamental para a prática delitiva o processo de comunicação, ou seja, os valores dominantes no seio do grupo ensinam o delito (Shecaira, op. cit., p. 173). Alternativa D : a teoria do etiquetamento (ou labeling aproach) parte da constatação de que a criminalidade advinda das estatísticas é pura construção das instâncias de controle, que selecionam condutas e as definem como crimes. Ou seja, o crime não é um fenômeno natural, mas cultural. Assim, tal teoria estuda o processo de interação, através do qual uma pessoa é estigmatizada como delinquente pelas instâncias de controle social. Alternativa E : a criminologia crítica procura afastar-se totalmente dos entendimentos positivistas, entre os quais está o estudo do indivíduo que delinque. Ao contrário, tal corrente procura descrever a realidade e desconstruir o discurso oficial do direito penal, mostrando que este não é neutro, mas na verdade reproduz as desigualdades sociais e busca manter o status quo vigente. Adota os postulados da reação social e da sociologia do conflito, aprofundando-os. A criminologia crítica contesta a existência de uma noção ontológica de delito e denuncia a ideia de que o direito penal protege interesses comuns a toda a sociedade, acusando-a de mera ficção, que busca apenas legitimar o exercício do poder político. Na verdade, segundo a criminologia crítica, nossa sociedade não possui propriamente consenso a respeito de valores e, portanto, sobre quais bens jurídicos devem ser protegidos. Mas, entre tais criminólogos, surge a ideia de que bens jurídicos como o meio ambiente, o sistema econômico-financeiro, a saúde e os direitos fundamentais de modo geral devem ser tutelados pelo direito penal, enquanto que os crimes patrimoniais e aqueles de menor potencial ofensivo devem receber a proteção de outras áreas do direito (descriminalização). Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

6 Criminologia Questões (FCC Defensor Público DPE ES/2016) Sobre a escola positivista da criminologia, é correto afirmar: a) A escola positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como meio de defesa social, que é própria de escolas mais modernas da criminologia. b) Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho antropológico de Nina Rodrigues. c) É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal brasileira, mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com institutos penais influenciados por esta corrente. d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um autor da escola positivista, que possui viés médico e antropológico. e) O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivelmente a levaria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores. COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra B : a alternativa menciona a obra do maranhense Raimundo Nina Rodrigues. Médico, procurou estudar, no final do século XIX, a relação entre raça e criminalidade, razão pela qual, por focar nos afrodescententes, é considerado racista e eugenista. Considerava os negros, os índios e os mestiços indivíduos inferiores e, com base em Garófalo, pregava um direito penal diferenciado para tais pessoas. Alternativa A : ao contrário, a Escola Positiva entendia que a pena tinha justamente a finalidade de afastar o delinquente da sociedade, ou seja, tinha a finalidade de defender a sociedade do criminoso (defesa social). Alternativa C : resquícios da Escola Positiva, inclusive no que tange à pena, permanecem no direito penal brasileiro, bastando verificar a evidente seletividade de nossa política criminal e das punições aplicadas, ainda que o discurso seja de assegurar as garantias fundamentais e a igualdade de tratamento. Alternativa D : ao contrário, Ferri é um dos grandes nomes da Escola Positiva, tendo adotado um viés mais sociológico para explicar as razões da criminalidade, ao contrário de Lombroso, médico, que adotou um caminho mais voltado a questões de natureza biológica. Alternativa E : o método do positivismo era justamente o estudo empírico, o que muito motivou os estudos de Lombroso e, no Brasil, como visto acima, de Nina Rodrigues. 05. (FCC Defensor Público DPE ES/2016) Na história da administração penal, várias épocas podem ser destacadas, durante as quais vigoraram sistemas de punição completamente diferentes. Indenização (penance) e fiança foram os métodos de punição preferidos na Idade Média. Eles foram sendo gradativamente substituídos por um duro sistema de punição corporal e capital que, por sua vez, abriu caminho para o aprisionamento, em torno do século xvii. (RUSCHE, Georg; KIRCHHEIMER, Otto. Punição e estrutura social. 2.ed. Rio de Janeiro: Revan, 2004, p. 23) De acordo com o clássico trabalho de Rusche e de Kirchheimer de 1939, é correto afirmar: a) A pena de prisão foi tida pelos autores como uma forma positiva de adaptação dos trabalhadores ao sistema produtivo, trazendo a ressocialização ao centro do sistema punitivo. b) O surgimento da prisão como forma hegemônica de punição da modernidade foi uma conquista iluminista de humanização das penas frente à barbárie da Idade Média. c) Os autores podem ser classificados como membros da Escola de Chicago, dominante no período de publicação da obra. d) As relações entre mercado de trabalho, sistema punitivo e cárcere são próprios da criminologia crítica, que surgiu na década de 1960 e foi a principal escola de oposição a Rusche e Kirchheimer. e) A pena de prisão é relacionada ao surgimento do capitalismo mercantil, com a consequente necessidade de disciplina da mão de obra para beneficiar interesses econômicos. COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra E : os autores citados na questão realmente viam uma estreita relação da pena de prisão e o surgimento do capitalismo mercantil, pelos motivos expostos na alternativa. Por sinal, os autores veem sempre uma relação entre a estrutura punitiva e o momento econômico de dada sociedade. Assim, defenderam a ideia de que o trabalho dos presos nas galés se devia à ausência de trabalhadores livres que aceitassem realizar tal tipo de atividade insalubre. Do mesmo modo, a necessidade de mão de obra é o que justificou a punição da mendicância e da vadiagem, por exemplo. Tal obra foi resgatada pela Criminologia Crítica ao final da década de 60 do século XX. Alternativa A : não havia a preocupação da ressocialização no surgimento da pena de prisão. Alternativa B : a pena de prisão foi influenciada pelo Iluminismo, mas também, e principalmente, segundo os citados autores, pelo mercantilismo, como visto na alternativa A. Alternativa C : a obra foi publicada no final dos anos 30, mas somente valorizada no final dos anos 60, ambos do século XX, pela Escola Crítica, como visto acima. Alternativa D : ao contrário, a Escola Crítica abraçou muito do que os autores citados expuseram três décadas antes. 2. OUTROS ASPECTOS DA CRIMINO- LOGIA 06. (FCC Defensor Público PR/2012) Considere os acontecimentos abaixo. I. No dia 16 de outubro, após um dia exaustivo de trabalho, quando chegava em sua casa, às 23:00 horas, em um bairro afastado da cidade, Maria foi estuprada. Naquela mesma data, fora acionada a polícia, quando então foi lavrado boletim de ocor- Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

7 2568 rência e tomadas as providências médico-legais, que constatou as lesões sofridas. II. Após o fato, Maria passou a perceber que seus vizinhos, que já sabiam do ocorrido, a olhavam de forma sarcástica, como se ela tivesse dado causa ao fato e até tomou conhecimento de comentários maldosos, tais como: também com as roupas que usa (...), também como anda, rebolando para cima e para baixo e etc., o que a deixou profundamente magoada, humilhada e indignada. III. Em novembro, fora à Delegacia de Polícia prestar informações, quando relatou o ocorrido, relembrando todo o drama vivido. Em dezembro fora ao fórum da Comarca, onde mais uma vez, Maria foi questionada sobre os fatos, revivendo mais uma vez o trauma do ocorrido. Os acontecimentos I, II e III relatam, respectivamente processos de vitimização: a) primária, secundária e terciária. b) primária, terciária e secundária. c) secundária, primária e terciária. d) terciária, primária e secundária. e) secundária, terciária e primária. COMENTÁRIOS. Nota do autor: a vítima é uma das figuras mais menosprezadas no sistema penal, vindo a ser resgatada pela Criminologia apenas recentemente, depois de um longo esquecimento. Mesmo nas leis, tomando-se como exemplo o sistema criminal brasileiro, a vítima começou a ser resgatada com o advento da Lei 9.099/1995, tendência que aumentou nos últimos anos com edição de leis como a Lei Maria da Penha e o Estatuto do Idoso. Aponte-se, ainda, que o CPP também sofreu modificações que mostram preocupação com a vítima, tal como se dá com as regras sobre a obrigatoriedade de comunicá-la sobre a decisão judicial final, saída do réu da cadeia etc. Além disso, o CPP hoje permite que o próprio juiz criminal fixe um valor mínimo de indenização pelo crime. Alternativa correta (responde todas as demais alternativas): letra B : a doutrina criminológica diferencia a vitimização primária, secundária e terciária. A vitimização primária ocorre quando o indivíduo é atingido diretamente pelo crime; a vitimização secundária é a que atinge a vítima na sua relação com o Estado e o sistema repressivo penal; e a vitimização terciária é a que atinge a vítima no seu próprio meio social, tornando-a estigmatizada por ter se envolvido ainda que no papel de ofendido com determinado tipo de crime. Note-se que a doutrina inclui até mesmo o autor do delito como passível de vitimização terciária, na medida em que pode suportar sofrimento além do previsto na forma de cumprimento da pena (cumprimento de pena em celas abarrotadas e infectas; acusado torturado pelos órgãos policiais ou sujeito a sevícias dos próprios presos etc.). No item I, temos a vitimização primária de Maria, ao ser atingida diretamente pela conduta do delinquente, ou seja, pelo crime em si. No item II, temos a estigmatização da vítima por ter sofrido as consequências do crime de tal natureza, a ponto de ser ela própria apontada como culpada pelo ataque sofrido. Ou seja, é a vitimização terciária. No item III, temos a vitimização secundária, ou seja, aquela trazida pela relação da vítima com o aparato repressivo criminal. 07. (FCC Defensor Público DPE ES/2016) Considerando a atual conjuntura da política criminal brasileira, é correto afirmar que a) a eficiência do trabalho policial pode ser verificado pelo baixo índice de letalidade e o alto índice de prisões efetuadas. b) o processo de encarceramento em massa no Brasil alavancou-se no período de vigência da Constituição Federal de 1988, apesar desta ter como seus fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana. c) a construção de presídios tem sido uma política eficaz de redução do encarceramento em massa. d) o crescimento da população prisional é isonômico no aspecto de gênero. e) a proteção de direitos humanos tem sido o principal resultado da política criminal brasileira, uma vez que o aumento da população prisional demonstra que os bens jurídicos estão sendo cada vez mais protegidos por meio do direito penal. COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra B : essa é uma realidade inegável e o mais grave é que a maioria dos presos no Brasil é composta de detentos provisórios, sem pena definitiva fixada. É verdade, por outro lado, que houve uma explosão de crimes a partir dos anos 1980, embora tal tendência parece começar a se reverter, embora não haja qualquer homogeneidade nos índices de violência nas diferentes regiões do país. Alternativa A : a letalidade da polícia brasileira é muito elevada para os padrões internacionais e o índice de solução de crimes é baixíssimo. Em resumo, falta, infelizmente, eficiência no trabalho policial de modo geral, havendo, naturalmente, exceções que confirmam a regra. Alternativa C : ao contrário, o encarceramento em massa somente se agrava no Brasil, pois temos uma das maiores populações carcerárias do planeta e ainda assim, caso fossem cumpridos todos os mandados de prisão expedidos no momento, não teríamos vagas para colocar os novos presos. Alternativa D : a maior parte da população carcerária é composta de pessoas de classes menos favorecidas, homens e jovens. Alternativa E : basta uma verificação do sistema prisional brasileiro para se constatar, com muita facilidade, que ele próprio constitui uma permanente violação aos direitos humanos. Encarceramento e proteção a direitos humanos não são duas coisas que guardam relação direta, como podem pensar, erroneamente, alguns. Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

8 Criminologia DICAS (RESUMO) 1. PRINCIPAIS ESCOLAS E TEORIAS CRIMINOLÓGICAS Escola Clássica: teve como precursor Beccaria (século XVIII) e foi bastante influenciada pelo Iluminismo. outros autores influentes: Carrara, Feuerbach e Bentham, dentro outros; a questão principal era: por que o ser humano delinque? entendia que o ser humano é racional e tem livre -arbítrio e, portanto, comete delitos porque assim deseja, sendo uma opção racional; Criminologia científica: surge juntamente com a Escola Positiva (século XIX). segundo parte da doutrina, surge com a publicação da obra O Homem Delinquente, de Lombroso; principais nomes: Ferri e Garofolo; o problema principal a ser estudado era o criminoso; a crimonologia era estudada com a mesma metodologia das ciências naturais embora muitas vezes baseada na antropologia, sociologia e psicologia, tais como entendidas naquela época; o delito é um fenômeno natural, fruto de causas biológicas ou de influência do meio sobre o indivíduo; negava-se o livre-arbítrio. Sociologia criminal: procurava explicar o crime. a primeira manifestação, segundo Ryanna Pala Veras (Nova criminologia e os crimes do colarinho branco. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010, p. 09) é apontada como sendo a teoria ecológica (Escola de Chicago), já no século XX; principais nomes: Ernest Burgess, Clifford R. Shaw e Henry D. McKay; em que área se dava uma maior concentração da criminalidade; procuravam mostrar a relação entre a criminalidade e o grau de organização social, estrutura familiar etc. Segundo Shecaira (op. cit., pp. 137 e ): a escola de Chicago tem uma perspectiva transdisciplinar que discute múltiplos aspectos da vida humana, todos eles relacionados com a vida da cidade. (...) Segundo Shaw e Mckay algumas propostas preventivas podem ser elencadas. Em primeiro lugar, nenhuma redução da criminalidade é possível se não houver mudanças efetivas das condições econômicas e sociais das crianças. Isto é, há que se alterar o caminho que fornece condições para a existência para a existência das carreiras deliquentes. (...) O enfoque, como primeira grande teoria científica, na área sociológica, pressupõe uma macrointervenção na comunidade. Tratamento e prevenção, para terem sucesso, demandam amplos programas que envolvam recursos humanos junto à comunidade e que concentrem esforços dos cidadãos em torno das forças construtivas da sociedade. A unidade de operação é a vizinhança. Escolas psicológicas (microssociologia): surge depois da Escola de Chigado. segundo Ryanna Pala Veras (op. cit,. p. 12), estudam o problema do crime sobre a perspectiva do indivíduo em interação com o meio social; entendem que a sociedade cria as condições para o desvio de comportamento, entre os quais está o delito e procuram estudar como tais condições atuam sobre a pessoa; verificam que existe a predeterminação do crime no próprio sujeito. São teorias que abandonaram a variante puramente individualista (biológica) e consideram importante a influência da sociedade sobre o homem, enfatizando a formação, os valores e os contatos sociais. A linha de pesquissa microssociológica é a predominante nos Estados Unidos (VERAS, op. cit., p. 12); Teorias do aprendizado: entendem que um indivíduo torna-se um criminoso porque assim apreende na própria sociedade em que inserido; passaram a estudar o desenvolvimento urbano e utilizaram de elementos estatísticos para verificar Teoria da associação diferencial (Sutherland): o delito é aprendido através da interação entre as Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:21

9 2570 pessoas, seja na própria família, seja entre amigos. Resume Shecaira (op. cit., pp ): As seguintes assertivas se referem ao processo pelo qual um indivíduo se inclina a praticar um ato criminoso, segudo o pensamento da associação diferencial: 1. o comporamento criminal é um comportamento aprendido. Isto significa que ele não é produto de uma carga hereditária. Aprende-se a delinquir como se aprende também o comportamento virtuoso ou qualquer outra atividade. (...) 2. o comportamento criminal é aprendido mediante a interação com outras pessoas, resultante de um processo de comunicação. Trata-se de um processo de imitação que se inicia no âmbito familiar, incluindo até mesmo a aprendizagem do gestual. (...) 3. a parte decisiva do processo de aprendizagem ocorre no seio das relações sociais mais íntimas do indivíduo com seus familiares ou com pessoas do seu meio. (...) 4. quando se aprende um comportamento criminal, o aprendizado inclui: a técnica de cometimento do delito (...) e também a orientação específica das correspondentes motivações, impulsos, atitudes, além da própria racionalização (justificação) da conduta delitiva. (...) 5. a direção específica dos motivos e dos impulsos se aprende com as definições favoráveis ou desfavoráveis aos códigos legais. (...) 6. uma pessoa se converte em delinquente quando as definições favoráveis à violação da norma superam as definições desfavoráveis. Este é o princípio da associação diferencial. (...) 7. as associações diferenciais podem variar em frequência, duração, prioridade e intensidade. (...) 8. o conflito cultural é a causa fundamental da associação diferencial e, portanto, do comportamento criminosos sistemático. (...) 9. a desorganização social é a causa básica do comportamento criminoso sistemático. Técnicas de neutralização (Sykes e Matza): concordam com a teoria da associação diferencial quanto à aprendizagem, mas afirmam que o criminoso não aprova seu comportamento, mas cria mecanismos para justificar suas atitudes. São as técnicas de neutralização; Teorias do controle: desenvolvidas por Reckless e Hirschi. Reckless entendia que o lugar onde o indivíduo reside pode expô-lo a condições favoráveis ao comentimento de crimes. Se ele irá ou não cometê -los dependerá do controle exercido naquele lugar, seja interno, ou seja, o auto-controle (self-control), seja por parte da comunidade. Dá grande importância à educação infantil; Hirschi entendia que o ser humano sempre quer levar vantagem, sendo o delito uma forma de obtê -la. Para ele, não há necessidade de explicar o crime, mas, sim, o motivo que leva alguns a delinquir e outros, não. Mais uma vez, a questão está na forma de controle exercido pela comunidade sobre os indivíduos. A falta de freios sociais acabam fazendo com que, diante de oportunidades e estímulos do meio em que o indivíduo vive, este, se tiver baixo auto-controle, irá delinquir. Macrossociologia criminal: também surge depois da Escola de Chicago. seu foco é a estrutura social e não o indivíduo; o crime é um fato social e a sociedade é criminógena; o crime é um fato puramente social, produto da atuação das estruturas sociais, sem referência a condições individuais. Assim, o objeto de estudo da macrossociologia não é o indivíduo, mas o funcionamento da sociedade por si só (VERAS, op. cit., p. 12); se subdivide em duas vertentes: Macrossociologia etiológica: voltada à compreensão das causas da delinquência visto ontologicamente como resultante das estruturas sociais; Macrossociologia da reação social: analisa o próprio processo de criminalização realizado pelos órgõas de persecução criminal. Entende o crime como uma realidade construída pelo homem (e não ontológica), que é criada e recriada por um processo de e interpretação e seleção de condutas (VERAS, op. cit., p. 12). Teve mais influência na Europa. suas principais teorias são: Anomia: principais nomes: Robert Merton, Durkheim, Cloward e Ohlin. é uma teoria etiológica, funcionalista, utilizando a metodologia positivista; entende o crime como um fato normal em qualquer sociedade; o comportamento criminoso pode ser considerado um sintoma da dissociação social entre aspirações culturais e meios institucionais. Ou seja, a elevada criminalidade é produto de uma sociedade que exerce forte pressão sobre metas culturais sem a correspondente exigência do cumprimento das normas que ditam os procedimentos para conquistá-las (VERAS, op. cit., p. 52). Seus postulados de maior transcendência criminológica são dois: a normalidade e a funcionalidade do crime. Este seria normal porque não teria sua origem em nenhuma patologia individual nem social, senão no normal e regular funcionamento de toda ordem social. Apareceria inevitavelmente unido ao Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:22

10 Dicas 2571 desenvolvimento do sistema social e a fenômenos normais da vida cotidiana. O delito seria funcional no sentido de que tampouco seria um fato necessariamente nocivo, prejudicial para a sociedade, senão todo o contrário, é dizer, funcional, para a estabilidade e a mudança social (Antonio García -Pablos de Molina e Luiz Fávio Gomes. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 252). Labeling approach: um dos principais nomes foi Howard Saul Becker; a teoria do etiquetamento (ou labeling aproach) parte da constatação de que a criminalidade advinda das estatíticas é pura construção das instâncias de controle, que selecionam condutas e as definem como crimes; ou seja, o crime não é um fenômeno natural, mas cultural; assim, tal teoria estuda o processo de interação, através do qual uma pessoa é estigmatizada como delinquente pelas instâncias de controle social. Estas, portanto, passam a ser o principal objeto de estudo. Criminologia do conflito: relacionou algumas teorias sociológicas com o próprio funcionamento do sistema penal, tendo grande desenvolvimento nos EUA, a partir do pensamento do sociólogo alemão Ralf Dahrendorf; tal sociólogo entendia que toda sociedade possui conflitos e vive em permanente transformação, baseando-se na coerção de alguns de seus membros sobre os demais; a partir de tais ideias, derivam algumas teorias criminológicas; Criminologia de George Vold: o conflito existe muito antes da lei penal e o delito surge do conflito entre grupos. Aquele dominante acaba por criar as leis penais, criminalizando as condutas do grupo mais fraco. Logo, o direito penal é um instrumento de dominação; Criminologia de Austin Turk: aceita a ideia de que na sociedade há os que definem o crime e, portanto, quem será o criminoso. Então, busca estudar o que influi em tal processo de definição das condutas criminosas, a que ele chama de ilegitimação; Criminologia de Willian Chambliss e Robert Seidman: aceitam que a justiça penal realmente não é neutra, pois revela o conflito existente entre grupos na sociedade. Assim, a lei não expressa um consenso, mas os valores de determinados grupos (classes média e alta), que utilizam o aparelho do Estado como instrumento de dominação; Criminologia de Richard Quinney: um dos mais influentes, chegando, ao final de seus estudos, aderido à sociologia marxista. Entende que a coesão social é alcançada pela coerção, já que há um conflito permanente entre grupos e a consequente luta pelo poder. Quando ao crime, adota a mesma perspectiva do labeling aproach e afirma que os delitos descrevem condutas que conflitam com os detentores do poder criminologia crítica (radical): tem base em análise sociológica marxista, surgindo, nos anos 1960, na Inglaterra e nos EUA (na Universidade de Berkeley) e na Inglaterra; Possui diversas vertentes, havendo quem a divida entre criminologia radical (EUA) e nova criminologia (Inglaterra); no Brasil, tal corrente ficou muito conhecida graças às obras do italiano Alessandro Baratta, dos ingleses Walton, Taylor e Young e do argentino Eugenio Raúl Zaffaroni. Três nomes relevantes no Brasil são Nilo Batista, Roberto Lyra Filho e Juarez Cirino dos Santos; a criminologia crítica procura afastar-se totalmente dos entendimentos positivistas, entre os quais está o estudo do indivíduo que delinque. Ao contrário, tal corrente procura descrever a realidade e desconstruir o discurso oficial do direito penal, mostrando que este não é neutro, mas na verdade reproduz as desigualdades sociais e busca manter o status quo vigente. Adota os postulados da reação social e da sociologia do conflito, aprofundando-os; os primeiros autores da criminologia crítica sofriam influência muito grande do marxismo e como solução para tal decadência apontavam a queda do próprio capitalismo, por uma revolução socialista. Contudo, a análise do denominado socialismo real, isto é, daqueles países onde os dogmas marxistas teriam sido aplicados, bem como a derrocada de tal sistema no final da década de 1980, foram fatores que acabaram por mitigar o discurso revolucionário dos criminólogos críticos. No entanto, dentro da ideia matriz de tal corrente, passou-se a considerar a criminalidade dentro do contexto da globalização e da relação entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento; a criminologia crítica contesta a existência de uma noção ontológica de delito e denuncia a ideia de que o direito penal protege interesses comuns a toda a sociedade, acusando-a de mera ficção, que busca apenas legitimar o exercício do poder político. Na verdade, segundo a criminologia crítica, nossa sociedade não possui propriamente consenso a respeito de valores e, portanto, sobre quais Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:22

11 2572 bens jurídicos devem ser protegidos. Mas, entre tais criminológos, surge a ideia de que bens jurídicos como o meio ambiente, o sistema econômicofinanceiro, a saúde e os direitos fundamentais de modo geral devem ser tutelados pelo direito penal, enquanto que os crimes patrimoniais e aqueles de menor potencial ofensivo devem receber a proteção de outras áreas do direito (descriminalização); a criminologia crítica mostra como a prisão e suas condições concretas impedem a ressocialização do indivíduo. Ademais, o recurso às penas privativas de liberdade fracassou também como meio de controle da criminalidade e, ao contrário, apenas amplia a marginalização das pessoas a elas submetidas. Prega-se, portanto, maior utilização das penas alternativas e outras medidas despenalizantes; os criminólogos de tal corrente lembram que o princípio da culpabilidade já havia sido questionado pela teoria microssociológica das subculturas criminais (Albert Cohen, sociólogo americano). Segundo este entendimento, algumas pessoas vivem à margem da sociedade e não encontram oportunidades nesta, ou seja, não conseguem a esta se integrar. Consequentemente, passam a viver em outros grupos (subculturas), que adotam comportamentos diversos do modelo oficial, transmitindo, então, tais valores a outros do mesmo grupo. Defensoria_Publica_Estadual_Livro.indb /08/ :04:22

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia Sumário Tributo à Criminologia... 17 PRIMEIRA PARTE Introdução aos fundamentos da criminologia Capítulo I Nascimento e difusão da criminologia... 23 1. A história da Criminologia: fase pré-científica...

Leia mais

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia Tributo à Criminologia... 19 PRIMEIRA PARTE Introdução aos fundamentos da criminologia Capítulo I Nascimento e difusão da criminologia... 25 1. Introdução... 25 2. Uma breve história da Criminologia: fase

Leia mais

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia

Sumário PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia Sumário Tributo à Criminologia... 17 PRIMEIRA PARTE Introdução aos fundamentos da criminologia Capítulo I Nascimento e difusão da criminologia... 23 1. A história da Criminologia: fase pré-científica...

Leia mais

Sumário. Introdução aos fundamentos da criminologia. Nascimento e difusão da criminologia Apresentação Tributo à Criminologia...

Sumário. Introdução aos fundamentos da criminologia. Nascimento e difusão da criminologia Apresentação Tributo à Criminologia... Apresentação... 15 Tributo à Criminologia... 17 PRIMEIRA PARTE Introdução aos fundamentos da criminologia Capítulo I Nascimento e difusão da criminologia... 23 1. A história da Criminologia: fase pré-científica...

Leia mais

CIÊNCIA PENAL TOTAL: CRIMINOLOGIA, DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL Capítulo 2 DIREITO PENAL DA PÓS-MODERNIDADE... 29

CIÊNCIA PENAL TOTAL: CRIMINOLOGIA, DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL Capítulo 2 DIREITO PENAL DA PÓS-MODERNIDADE... 29 SUMÁRIO Capítulo 1 CIÊNCIA PENAL TOTAL: CRIMINOLOGIA, DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL... 15 1.1. O ANACRONISMO DE SE PRETENDER UMA DOGMÁTICA DI- VORCIADA DA REALIDADE: UMA VISÃO CRÍTICA A PARTIR DO TRIDIMENSIONALISMO...

Leia mais

CRIMINOLOGIA RAFAEL OLIVEIRA

CRIMINOLOGIA RAFAEL OLIVEIRA Conceito de Criminologia b) Escola Positivista (Lombroso) A criminologia é uma ciência multidisciplinar que tem vários objetos de estudo. Dessa forma, torna-se bastante subjetivo conceituar essa área da

Leia mais

PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA

PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA Sumário PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE Importância... 23 Conceito... 25 Funções (Finalidades)... 27 Métodos... 29 Objetos... 31 5.1. Introdução... 31 5.2. Crime... 31 5.3. Delinquente... 32 5.3.1. Conceito conforme

Leia mais

PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA

PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA Sumário PARTE 1 NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA Importância... 25 Conceito... 27 Funções (Finalidades)... 29 Métodos... 31 Objetos... 33 5.1. Introdução... 33 5.2. Crime... 33 5.3. Delinquente... 34 5.3.1.

Leia mais

SUMÁRIO. Sumário. Apresentação Tributo à Criminologia PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia

SUMÁRIO. Sumário. Apresentação Tributo à Criminologia PRIMEIRA PARTE. Introdução aos fundamentos da criminologia Sumário Apresentação... 15 Tributo à Criminologia... 17 PRIMEIRA PARTE Introdução aos fundamentos da criminologia Capítulo I Nascimento e difusão da criminologia... 23 1. A história da Criminologia: fase

Leia mais

Capítulo 2 Evolução Histórica da Criminologia... 17

Capítulo 2 Evolução Histórica da Criminologia... 17 S u m á r i o Capítulo 1 Conceito, Objeto e Método da Criminologia...1 1.1. Considerações Iniciais...1 1.2. Etiologia Criminal Criminogênese...3 1.3. As Vertentes do Crime...3 1.3.1. Direito penal e o

Leia mais

Polícia Civil - CE Criminologia Conceito - Características e Funções - Método Robson Mata

Polícia Civil - CE Criminologia Conceito - Características e Funções - Método Robson Mata Polícia Civil - CE Criminologia Conceito - Características e Funções - Método Robson Mata 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CONCEITO DE CRIMINOLOGIA Crimen (crime,

Leia mais

Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro

Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro Etapa Pré-Científica A principal contribuição da etapa précientífica é a chamada escola clássica. Utilizava a metodologia do direito penal. Etapa Científica

Leia mais

GERAL Analisar a origem do crime e seus desdobramentos, englobando os aspectos sociológicos, antropológicos, psicológicos e jurídicos.

GERAL Analisar a origem do crime e seus desdobramentos, englobando os aspectos sociológicos, antropológicos, psicológicos e jurídicos. 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 8º CRÉDITO: 03 NOME DA DISCIPLINA: CRIMINOLOGIA NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 Estudo do crime, do criminoso, da vítima

Leia mais

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna:

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: inserção da análise da conduta delitiva, do controle

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1 Capítulo 1 A CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA DO DELITO... 5 I. A criminologia... 5 II. A criminologia como ciência... 13 1. O recurso ao método científico... 13 2. A ideia de ciência

Leia mais

TEMA: Criminologia (temas diversos) Gabarito Comentado

TEMA: Criminologia (temas diversos) Gabarito Comentado 09/04/2019 TEMA: Criminologia (temas diversos) Gabarito Comentado 1 (FUMARC - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - 2018): A respeito dos objetos da Criminologia, o conceito de delito para a Criminologia é o mesmo para

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2017/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

Surge diante de uma reação humanitária, decorrente do iluminismo durante o século XVII, o chamado Século das Luzes, tendo o seu apogeu com a

Surge diante de uma reação humanitária, decorrente do iluminismo durante o século XVII, o chamado Século das Luzes, tendo o seu apogeu com a 1 Surge diante de uma reação humanitária, decorrente do iluminismo durante o século XVII, o chamado Século das Luzes, tendo o seu apogeu com a Revolução Francesa. Foram formadas diversas correntes de pensamentos

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Criminologia. Período:

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Criminologia. Período: CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Criminologia Delegado da Polícia Civil Período: 2010-2016 Criminologia 1) VUNESP - Del Pol (PC SP)/PC SP/2014 Dentre as escolas penais a seguir, aquela na qual se pretendeu

Leia mais

VERTENTES SOCIOLÓGICAS DA CRIMINOLOGIA 1

VERTENTES SOCIOLÓGICAS DA CRIMINOLOGIA 1 VERTENTES SOCIOLÓGICAS DA CRIMINOLOGIA 1 1 Eduardo dos Anjos Vertentes sociológicas da criminologia Diferente das escolas anteriores que focavam a explicação do crime através de uma perspectiva individual,

Leia mais

CRIMINOLOGIA NOÇÕES FUNDAMENTAIS Prof. Fábio Feliciano Barbosa

CRIMINOLOGIA NOÇÕES FUNDAMENTAIS Prof. Fábio Feliciano Barbosa Prof. Fábio Feliciano Barbosa Teorias sociológicas da criminalidade Abertura - imagem Quais são as razões sociológicas do crime e da criminalidade? Imagem 1 Quais são as razões sociológicas do crime e

Leia mais

CRIMINOLOGIA CONCEITO

CRIMINOLOGIA CONCEITO CRIMINOLOGIA CONCEITO A é uma ciência social empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo. O termo ciência

Leia mais

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PC MG) CRIMINOLOGIA. Questões 66 a 70

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PC MG) CRIMINOLOGIA. Questões 66 a 70 PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PC MG) CRIMINOLOGIA Questões 66 a 70 QUESTÃO 66 QUESTÕES NOCÕES DE CRIMINOLOGIA Por debaixo do problema da legitimidade do sistema de valores recebido

Leia mais

SISTEMA PENAL E A CRIMINOLOGIA MODERNA

SISTEMA PENAL E A CRIMINOLOGIA MODERNA SISTEMA PENAL E A CRIMINOLOGIA MODERNA Fabiano MAZZONI DO NASCIMENTO 1 RESUMO: O artigo compara o previsto nas Leis Penais em relação aos verdadeiros problemas sociais com a verdadeira realidade do sistema

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A criminologia como ciência empírica e interdisciplinar:conceito, método, objeto, sistema e funções da criminologia. Luiz Flávio Gomes * Visando a divulgar a moderna Criminologia

Leia mais

LABELLING APPROACH OU TEORIA DO ETIQUETAMENTO

LABELLING APPROACH OU TEORIA DO ETIQUETAMENTO LABELLING APPROACH OU TEORIA DO ETIQUETAMENTO Edson Alves Bezerra 1 Rosangela Londero Haas 2 Caio Fernando Gianini Leite 3 RESUMO: Labelling Approach, concepção criminológica que faz crítica à realidade

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 33

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 33 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 33 Capítulo 1 NOÇÕES GERAIS SOBRE CRIMINOLOGIA... 41 1.1. Aspectos Históricos da Criminologia... 41 1.1.1. Direito de Punir... 45 1.2. Conceito de Criminologia... 52 1.3. Criminologia

Leia mais

P A R A D I G M A E T I O L Ó G I C O E L A B E L I N G A P P R O A C H - R E L E V Â N C I A P A R A A C R I M I N O L O G I A C R Í T I C A

P A R A D I G M A E T I O L Ó G I C O E L A B E L I N G A P P R O A C H - R E L E V Â N C I A P A R A A C R I M I N O L O G I A C R Í T I C A P A R A D I G M A E T I O L Ó G I C O E L A B E L I N G A P P R O A C H - R E L E V Â N C I A P A R A A C R I M I N O L O G I A C R Í T I C A Elizângela Jackowski Pelissaro 1 1 Elizangela Jackowski Pelissaro

Leia mais

CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no de 05/12/02 DOU de 06/12/02 PLANO DE CURSO

CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no de 05/12/02 DOU de 06/12/02 PLANO DE CURSO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no 3.355 de 05/12/02 DOU de 06/12/02 Componente Curricular: CRIMINOLOGIA Código: DIR. 351 Pré-requisito: ------- Período Letivo: 2013.1 Professor: Luciana Santos

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 39

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 39 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 39 Capítulo 1 NOÇÕES GERAIS SOBRE CRIMINOLOGIA... 47 1.1. Aspectos Históricos da Criminologia... 47 1.1.1. Direito de Punir... 51 1.2. Conceito de Criminologia... 58 1.3. Criminologia

Leia mais

Sumário. Parte I INTRODUÇÃO

Sumário. Parte I INTRODUÇÃO Parte I INTRODUÇÃO Capítulo I NOÇÕES GERAIS DE CRIMINOLOGIA... 19 1. Conceito de criminologia... 19 2. História da criminologia... 21 3. Evolução histórica do direito de punir e formação da sociedade disciplinar...

Leia mais

MODELOS DE CRIMINOLOGIA CLÍNICA. Proposta de um modelo de inclusão social

MODELOS DE CRIMINOLOGIA CLÍNICA. Proposta de um modelo de inclusão social MODELOS DE CRIMINOLOGIA CLÍNICA Proposta de um modelo de inclusão social CONCEITUAÇÃO GERAL DE CRIMINOLOGIA CLÍNICA Criminologia Clínica é um campo de atividade e de conhecimentos interdisciplinares predominantemente

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 29

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 29 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 29 Capítulo 1 NOÇÕES GERAIS SOBRE CRIMINOLOGIA... 37 1.1. Aspectos Históricos da Criminologia... 37 1.1.1. Direito de Punir... 41 1.2. Conceito de Criminologia... 48 1.3. Criminologia

Leia mais

1. Curso: Direito. 2. Código: 14 e 15

1. Curso: Direito. 2. Código: 14 e 15 Universidade Federal do Ceará Pró-Reitoria de Graduação Coordenadoria de Pesquisa e Acompanhamento Docente CPAD Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento Curricular FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO DE DISCIPLINAS 1.

Leia mais

Prof. Msc. Eduardo Daniel Lazarte Morón.

Prof. Msc. Eduardo Daniel Lazarte Morón. Prof. Msc. Eduardo Daniel Lazarte Morón. :CAUSALISTA NEOKANTISTA FINALISTA FINALISMO DISSIDENTE SOCIAL DA AÇÃO FUNCIONALISTAS OU PÓS-FINALISTAS: FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO, REDUCIONISTA E RADICAL OU SISTÊMICO

Leia mais

Escolas Históricas Mais Importantes. Direito Penal do Inimigo. Aula 2

Escolas Históricas Mais Importantes. Direito Penal do Inimigo. Aula 2 Escolas Históricas Mais Importantes Direito Penal do Inimigo Aula 2 PREMISSA QUAL A FINALIDADE DA PENA? Retributiva Prevenção Geral A pena é um fim e si mesma. Serve como uma forma de retribuir o mal causado

Leia mais

COORDENAÇÃO ROGÉRIO SANCHES CUNHA LEANDRO BORTOLETO PAULO LÉPORE RE ISAÇO. 4ª edição Revista, ampliada e atualizada

COORDENAÇÃO ROGÉRIO SANCHES CUNHA LEANDRO BORTOLETO PAULO LÉPORE RE ISAÇO. 4ª edição Revista, ampliada e atualizada COORDENAÇÃO ROGÉRIO SANCHES CUNHA LEANDRO BORTOLETO PAULO LÉPORE Coleção RE ISAÇO Delegado de Polícia Civil 4ª edição Revista, ampliada e atualizada 2017 Revisaco -Delegado de Policia Civil-Cunha et al-4ed.indb

Leia mais

CONCEITO. (Antonio Garcia Pablos de Molina).

CONCEITO. (Antonio Garcia Pablos de Molina). CONCEITO "É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo e que trata de fornecer uma informação

Leia mais

Período Turma (s) Eixo de Formação Eixo de Formação Profissional. Docente: Prof. Dr. Edson Vieira da Silva Filho

Período Turma (s) Eixo de Formação Eixo de Formação Profissional. Docente: Prof. Dr. Edson Vieira da Silva Filho Página 1 de 6 Disciplina Curso Graduação DE GRADUACÃO Curso Semestral Código SOCIEDADE E CRIMINALIDADE 137 Período Turma (s) 1º Período A, B e D Eixo de Formação Eixo de Formação Profissional Carga Horária

Leia mais

Teorias Criminológicas Aplicadas à Segurança Pública. Apresentação, Ementa e Informações Iniciais

Teorias Criminológicas Aplicadas à Segurança Pública. Apresentação, Ementa e Informações Iniciais Teorias Criminológicas Aplicadas à Segurança Pública Apresentação, Ementa e Informações Iniciais 1. Apresentação Prof. Esp. Felipe Augusto Fonseca Vianna Prof. Esp. Felipe Augusto Fonseca Vianna Mestrando

Leia mais

Mandato Alexandre Padilha

Mandato Alexandre Padilha Mandato Alexandre Padilha Análise do Pacote de Moro O ex-juiz Sergio Moro apresentou essa semana um documento com propostas de alterações legislativas em 12 leis e nos códigos Penal e de Processo Penal,

Leia mais

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul O PROGRAMA PRÓ-EGRESSO E A LUTA PELO ENFRAQUECIMENTO DOS RÓTULOS

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul O PROGRAMA PRÓ-EGRESSO E A LUTA PELO ENFRAQUECIMENTO DOS RÓTULOS O PROGRAMA PRÓ-EGRESSO E A LUTA PELO ENFRAQUECIMENTO DOS RÓTULOS Área temática: Direitos Humanos e Justiça Ângela de Quadros Mongruel (Coordenadora da Ação de Extensão) Autores: Ângela de Quadros Mongruel

Leia mais

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL (PC RS) FUNDATEC QUESTÕES DE CRIMINOLOGIA - QUESTÕES 76 E

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL (PC RS) FUNDATEC QUESTÕES DE CRIMINOLOGIA - QUESTÕES 76 E PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL (PC RS) FUNDATEC QUESTÕES DE CRIMINOLOGIA - QUESTÕES 76 E 80 QUESTÕES CRIMINOLOGIA QUESTÃO 76. A partir da Modernidade, constituíram-se os movimentos

Leia mais

É possível dividir a corrente classicista em dois grandes períodos: Filosófico/Teórico e Jurídico/Prático.

É possível dividir a corrente classicista em dois grandes períodos: Filosófico/Teórico e Jurídico/Prático. Noções Gerais As Escolas Penais são agrupamentos de ideias trazidas por estudiosos no âmbito do Direito Penal em determinado período da história. O estudo dessas escolas penais se mostra importante para

Leia mais

Introdução Conteúdo Aprenda Mais Referências Exercícios de fixação CRIMINOLOGIA

Introdução Conteúdo Aprenda Mais Referências Exercícios de fixação CRIMINOLOGIA Aula 4: Os saberes psi. Criminologia crítica... 2 Introdução... 2 Conteúdo... 3 Psicologia, psiquiatria e psicanálise...3 Olhar psicanalítico para a criminologia...3 A psicanálise freudiana e novos objetos

Leia mais

GERAL Analisar a origem do crime e seus desdobramentos, englobando os aspectos sociológicos, antropológicos, psicológicos e jurídicos.

GERAL Analisar a origem do crime e seus desdobramentos, englobando os aspectos sociológicos, antropológicos, psicológicos e jurídicos. 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 8º CRÉDITO: 3 NOME DA DISCIPLINA: CRIMINOLOGIA NOME DO CURSO: DIREITO CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 2. EMENTA Estudo do crime, do criminoso, da vítima e

Leia mais

Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro

Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro Tópico 01 Criminologia: conceito, cientificidade, objeto, método, sistema e funções Questão 01 Matéria: Criminologia Professor: Ítalo Ribeiro Contato: @professoritaloribeiro Ano: 2018 - Banca: UEG - Órgão:

Leia mais

Aline dell Orto Carvalho Bolsista PIBIC Departamento de História PUC-Rio

Aline dell Orto Carvalho Bolsista PIBIC Departamento de História PUC-Rio SEMINÁRIO INTERNO DISCUSSÃO DE TEXTO 6 de novembro de 2007 ARAGÃO, Antônio Moniz Sodré de. As três escolas penais: clássica, antropológica e crítica (estudo comparativo). 7.ed. Livraria Freitas Bastos,

Leia mais

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL 1. Acerca da aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. A legítima

Leia mais

PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS NO PROCESSO PENAL NA ALEMANHA

PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS NO PROCESSO PENAL NA ALEMANHA PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS Sem título-18 133 BRANCA Sem título-18 134 REVISTA DIREITO MACKENZIE NÚMERO 2 ANO 1 PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS Ulrich N. Günther* No processo penal alemão a temática

Leia mais

Redução da maioridade penal: justiça ou vingança? Camila Valle[1]

Redução da maioridade penal: justiça ou vingança? Camila Valle[1] Camila Valle[1] O objetivo da redução da maioridade penal é fazer com que o Direito Penal (e a justiça correspondente) seja aplicado aos que hoje são tutelados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

Leia mais

Sumário. Introdução. Parte I História do Direito Penal. 1. Período Primitivo 1.1 Vingança divina 1.2 Vingança privada 1.

Sumário. Introdução. Parte I História do Direito Penal. 1. Período Primitivo 1.1 Vingança divina 1.2 Vingança privada 1. Sumário Introdução Parte I História do Direito Penal 1. Período Primitivo 1.1 Vingança divina 1.2 Vingança privada 1.3 Vingança pública 2. Antigo Oriente 2.1 China 2.2 Índia 2.3 Assíria 2.4 Israel (Hebreus)

Leia mais

A PERSPECTIVA JURÍDICA DO PRINCÍPIO DA CO- CULPABILIDADE E A SELETIVIDADE DO DIREITO PENAL

A PERSPECTIVA JURÍDICA DO PRINCÍPIO DA CO- CULPABILIDADE E A SELETIVIDADE DO DIREITO PENAL FADERGS A PERSPECTIVA JURÍDICA DO PRINCÍPIO DA CO- CULPABILIDADE E A SELETIVIDADE DO DIREITO PENAL Alicia Etlis 1* RESUMO O presente artigo tem como principal objetivo demonstrar que o direito penal é

Leia mais

Criminologia. Introdução à Criminologia: Conceito, Métodos, Objetos e Funções da criminologia. Professor Fidel Ribeiro.

Criminologia. Introdução à Criminologia: Conceito, Métodos, Objetos e Funções da criminologia. Professor Fidel Ribeiro. Criminologia Introdução à Criminologia: Conceito, Métodos, Objetos e Funções da criminologia Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Criminologia INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA: CONCEITO, MÉTODOS,

Leia mais

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-49 8º Nome da Disciplina / Curso CRIMINOLOGIA / DIREITO

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-49 8º Nome da Disciplina / Curso CRIMINOLOGIA / DIREITO e Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-49 8º 04 04 60 Turma Nome da Disciplina / Curso CRIMINOLOGIA / DIREITO D 26 DIREITO PENAL III)MATRIZ 2008/01) D 28 DIREITO PENAL III)MATRIZ 2008/02) Estudo

Leia mais

O presídio Feminino Júlia Maranhão como espaço de atuação do Projeto Ressocialização Feminina, Cidadania e Direitos Humanos

O presídio Feminino Júlia Maranhão como espaço de atuação do Projeto Ressocialização Feminina, Cidadania e Direitos Humanos O presídio Feminino Júlia Maranhão como espaço de atuação do Projeto Ressocialização Feminina, Cidadania e Direitos Humanos BEZERRA 1, Leonardo P. BRAGA 2, Rafaelle ORIENTADOR: Prof. Gustavo Barbosa de

Leia mais

Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann CRIMINOLOGIA. Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann

Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann CRIMINOLOGIA. Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann 2018 Capítulo 1 Importância Muitos se perguntam por que estudar criminologia. Para muitos, a criminologia não parece,

Leia mais

O GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DA UNIDADE PRISIONAL DE MINEIROS, COMO FATOR SOCIAL DA CRIMINOLOGIA Roberta Silva Benarrosh 1

O GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DA UNIDADE PRISIONAL DE MINEIROS, COMO FATOR SOCIAL DA CRIMINOLOGIA Roberta Silva Benarrosh 1 O GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DA UNIDADE PRISIONAL DE MINEIROS, COMO FATOR SOCIAL DA CRIMINOLOGIA Roberta Silva Benarrosh 1 Thayna Camila Xavier 2 Leidiane Silva Nery 3. Resumo A criminalidade

Leia mais

PRÓ-EGRESSO: COMBATENDO O PROCESSO DE ESTIGMATIZAÇÃO.

PRÓ-EGRESSO: COMBATENDO O PROCESSO DE ESTIGMATIZAÇÃO. 9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( X ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA PRÓ-EGRESSO: COMBATENDO O

Leia mais

Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann CRIMINOLOGIA. Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann

Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann CRIMINOLOGIA. Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann Coordenadores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann CRIMINOLOGIA Autores Eduardo Fontes Henrique Hoffmann 2018 Capítulo 1 Importância Muitos se perguntam por que estudar criminologia. Para muitos, a criminologia

Leia mais

ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII

ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII SUMÁRIO ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII Capítulo I GÊNESE DO DIREITO... 1 1. Escola Jusnaturalista ou do Direito Natural... 2 1.1. Origem do jusnaturalismo... 2 2. Escola Teológica... 3 2.1. Origem

Leia mais

VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE URBANA

VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE URBANA VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE URBANA Muito além de uma questão de Polícia 1º Sargento PM Luís Carlos Tremea Em se tratando de criminalidade não se ganha, se mitiga. José Mariano Beltrame Del PF Aposentado

Leia mais

Noções de Criminologia 2014 (Concurso Polícia Civil SP Investigador VUNESP)

Noções de Criminologia 2014 (Concurso Polícia Civil SP Investigador VUNESP) Noções de Criminologia 2014 (Concurso Polícia Civil SP Investigador VUNESP) 01. A ciência que estuda a criminogênese é chamada de a) ciência política; b) ciência pública; c) sociologia individual; d) etiologia

Leia mais

EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, CORREGEDOR DA VARA DE EXECUÇOES PENAIS DE LONDRINA, PARANÁ, DOUTOR KATSUJO NAKADOMARI

EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, CORREGEDOR DA VARA DE EXECUÇOES PENAIS DE LONDRINA, PARANÁ, DOUTOR KATSUJO NAKADOMARI EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, CORREGEDOR DA VARA DE EXECUÇOES PENAIS DE LONDRINA, PARANÁ, DOUTOR KATSUJO NAKADOMARI SINDIPOL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob No. 80.930.779/0001-83

Leia mais

A Pedagogia Social constrói a ponte entre a ação social e a práxis pedagógica: entre a prática (educação social) e a teoria (ciência pedagógica e

A Pedagogia Social constrói a ponte entre a ação social e a práxis pedagógica: entre a prática (educação social) e a teoria (ciência pedagógica e 1 A Pedagogia Social constrói a ponte entre a ação social e a práxis pedagógica: entre a prática (educação social) e a teoria (ciência pedagógica e metodológica) Gênese da Violência Como um problema de

Leia mais

2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente.

2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente. Lista de Exercícios 1 - A Sociologia de Émile Durkheim 1. Cite e explique as características dos fatos sociais. 2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente.

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação ÍNDICE SISTEMÁTICO Abreviaturas e siglas usadas Apresentação Capítulo 1 Gênese do direito 1. Escola jusnaturalista ou do direito natural 1.1. Origem do jusnaturalismo 2. Escola teológica 2.1. Origem da

Leia mais

A sociedade disciplinar em Foucault. Professor Guilherme Paiva

A sociedade disciplinar em Foucault. Professor Guilherme Paiva A sociedade disciplinar em Foucault Professor Guilherme Paiva Reflexão metodológica A Verdade Jurídicas: e as Formas conferência proferida no Rio de Janeiro, em 1973. Pesquisa histórica sobre a formação

Leia mais

FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA 1 Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar. Friedrich Nietzsche 2 PERFEIÇÃO Legião Urbana (1993) 3 A Sociologia É uma palavra com dois vocábulos

Leia mais

2º RELATÓRIO SOBRE O PERFIL DOS RÉUS ATENDIDOS NAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA 1

2º RELATÓRIO SOBRE O PERFIL DOS RÉUS ATENDIDOS NAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA 1 2º RELATÓRIO SOBRE O PERFIL DOS RÉUS ATENDIDOS NAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA 1 1. Introdução: Desde que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro implementou a central de audiência de custódia 2, tendo realizado

Leia mais

Professora: Susana Rolim S. Silva

Professora: Susana Rolim S. Silva Professora: Susana Rolim S. Silva Sociólogo, filósofo e antropólogo francês. Conferiu a Sociologia o reconhecimento acadêmico. Considerado por muitos o pai da Sociologia. Sua grande preocupação: estabelecer

Leia mais

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi 1 Texto Elaborado por Rafael Barossi SOCIOLOGIA A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado,

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL OBJETIVOS: Qualificar, ampliar e desenvolver conhecimentos e habilidades nos principais ramos do Direito Penal e Processual Penal, incluindo a legislação

Leia mais

SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS ALUSÃO HISTÓRICA: TRAZER A PERSPECTIVA HISTÓRICA DO MUNDO E DO BRASIL PARA JUSTIFICAR A PRISÃO COMO PUNIÇÃO APENAS E NÃO COMO RESSOCIALIZAÇÃO; OBRAS: MEMÓRIAS DO

Leia mais

2 In: Queloz (2004) [T= 273] Que ideia tem actualmente da Criminologia?

2 In: Queloz (2004) [T= 273] Que ideia tem actualmente da Criminologia? 1 INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA 22 e 28 de Setembro de 2009 2 In: Queloz (2004) [T= 273] Que ideia tem actualmente da Criminologia? 3 In: Queloz (2004) [T= 153] Que expectativas de desenvolvimento futuro em

Leia mais

CRIMINOLOGIA NOÇÕES FUNDAMENTAIS Prof. Fábio Feliciano Barbosa

CRIMINOLOGIA NOÇÕES FUNDAMENTAIS Prof. Fábio Feliciano Barbosa Prof. Fábio Feliciano Barbosa Tendências da Criminologia O Abolicionismo Penal * O Direito Penal Mínimo * O Neorrealismo Direito Penal Mínimo = Criminologia Minimalista 1 Defende a existência e a criação

Leia mais

6 - Réu Lídio Laurindo: restou absolvido de todas as acusações; 7 - Réu Cildo Ananias: restou absolvido de todas as acusações.

6 - Réu Lídio Laurindo: restou absolvido de todas as acusações; 7 - Réu Cildo Ananias: restou absolvido de todas as acusações. PROCEDIMENTO ESP.DOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DO JÚRI Nº 2004.71.04.005970-2/RS AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ACUSADO : IRENI FRANCO : ZIGOMAR TEODORO : LEOMAR CORREIA : CILDO ANANIAS : SERGIO ANANIAS

Leia mais

TÍTULO: DIÁLOGOS ENTRE DIREITO E LITERATURA: ANÁLISE DO LIVRO CRIME E CASTIGO, DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI

TÍTULO: DIÁLOGOS ENTRE DIREITO E LITERATURA: ANÁLISE DO LIVRO CRIME E CASTIGO, DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI TÍTULO: DIÁLOGOS ENTRE DIREITO E LITERATURA: ANÁLISE DO LIVRO CRIME E CASTIGO, DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL

Leia mais

OS CRIMES DO COLARINHO BRANCO NA PERSPECTIVA DA SOCIOLOGIA CRIMINAL

OS CRIMES DO COLARINHO BRANCO NA PERSPECTIVA DA SOCIOLOGIA CRIMINAL RYANNA PALA VERAS OS CRIMES DO COLARINHO BRANCO NA PERSPECTIVA DA SOCIOLOGIA CRIMINAL MESTRADO EM DIREITO PUC/ SÃO PAULO 2006 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para

Leia mais

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto Violência como objeto de estudo A violência é um fenômeno fracionado em diversas categorias; Presente espaço urbano

Leia mais

Aspectos Gerais. Medidas cautelares

Aspectos Gerais. Medidas cautelares Aspectos Gerais. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS GERAIS DAS MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS DIVERSAS DA PRISÃO, APLICADAS PELO MAGISTRADO Medidas cautelares

Leia mais

Como observar a realidade social? Operários, pintado por Tarsila do Amaral em 1933.

Como observar a realidade social? Operários, pintado por Tarsila do Amaral em 1933. Como observar a realidade social? Operários, pintado por Tarsila do Amaral em 1933. Se, pois, já damos a realidade presente como conhecida, seu estudo não tem mais interesse prático nenhum (DURKHEIM, 1978,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS FDA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PPGD MESTRADO EM DIREITO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS FDA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PPGD MESTRADO EM DIREITO Plano de Disciplina Linha de pesquisa: Os Direitos Fundamentais e sua aplicação na modernidade. Disciplina: Criminologia, política criminal e direitos fundamentais. Docente: Profa. Dra. Elaine Cristina

Leia mais

Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO

Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO SOCIALISMO SOCIALISMO A História das Ideias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas

Leia mais

Criminologia. Teorias da Criminalidade. Professor Fidel Ribeiro.

Criminologia. Teorias da Criminalidade. Professor Fidel Ribeiro. Criminologia Teorias da Criminalidade Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Criminologia DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA AO LONGO DA HISTÓRIA Antiguidade Período da Vingança Características:

Leia mais

O funcionamento do sistema penal brasiliense diante da criminalidade feminina Edson Ferreira 1 e Cristina Zackseski 2

O funcionamento do sistema penal brasiliense diante da criminalidade feminina Edson Ferreira 1 e Cristina Zackseski 2 Boletim IBCCRIM nº. 209 - Abril / 2010 O funcionamento do sistema penal brasiliense diante da criminalidade feminina Edson Ferreira 1 e Cristina Zackseski 2 Neste artigo apresentaremos uma análise dos

Leia mais

TÍTULO: SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA

TÍTULO: SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA TÍTULO: SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA AUTOR(ES): GABRIELA ROSSAFA ORIENTADOR(ES):

Leia mais

Capítulo 1 Conceito, Objeto e Método da Criminologia...1

Capítulo 1 Conceito, Objeto e Método da Criminologia...1 S u m á r i o Capítulo 1 Conceito, Objeto e Método da Criminologia...1 1.1. Considerações iniciais...1 1.2. As vertentes do crime...3 1.2.1. Direito penal e o crime... 3 1.2.2. Segurança Pública e o crime...

Leia mais

n 06 - janeiro-abril de 2011 ISSN

n 06 - janeiro-abril de 2011 ISSN n 06 - janeiro-abril de 2011 ISSN 2175-5280 EXPEDIENTE Instituto Brasileiro de Ciências Criminais DIRETORIA DA GESTÃO 2011/2012 Presidente: Marta Saad 1º Vice-Presidente: Carlos Vico Mañas 2ª Vice-Presidente:

Leia mais

Direito Penal Parte I Fundamentos e Horizontes

Direito Penal Parte I Fundamentos e Horizontes Direito Penal Parte I Fundamentos e Horizontes 1. Fundamentos Do Direito Penal Nomeclatura Em 1756, Regnerus Engelhard criou a expressão Direito Criminal. Expressão mais antiga e prevalente nos países

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Coisa julgada: Novelino explica que a coisa julgada deve ser entendida

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Roubo de boné: princípio da irrelevância penal do fato Patricia Donati de Almeida Comentários do professor Luiz Flávio Gomes sobre os princípios da insignificância e da A revista

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO PRISIONAL

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO PRISIONAL AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO PRISIONAL Regina Wrubel (Monografia de final de curso de Especialização em Saúde Mental e Intervenção Psicológica, Departamento de Psicologia, UEM, Maringá-Paraná, Brasil),

Leia mais

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O RACISMO VELADO SOB A ÓTICA DA TEORIA DO ETIQUETAMENTO E CIFRA OCULTA THE VEILED RACISM UNDER THE LENS OF LABELLING APPROACH THEORY AND THE HIDDEN CIPHER Caroline Petry 1 Felipe da Veiga Dias 2 RESUMO

Leia mais

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS (PC GO) Fundação Vunesp. Criminologia: Professor Márcio Rocha CRIMINOLOGIA

PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS (PC GO) Fundação Vunesp. Criminologia: Professor Márcio Rocha CRIMINOLOGIA PROVA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS (PC GO) Fundação Vunesp Criminologia: Professor Márcio Rocha CRIMINOLOGIA QUESTÃO 61 Sobre a Criminologia, desde a perspectiva de seu conceito, métodos e objetos

Leia mais

A ATUAÇÃO DO CONSELHO DA COMUNIDADE EM AUXÍLIO À REDUÇÃO DOS EFEITOS DA PRISIONALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE MARINGÁ

A ATUAÇÃO DO CONSELHO DA COMUNIDADE EM AUXÍLIO À REDUÇÃO DOS EFEITOS DA PRISIONALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE MARINGÁ A ATUAÇÃO DO CONSELHO DA COMUNIDADE EM AUXÍLIO À REDUÇÃO DOS EFEITOS DA PRISIONALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE MARINGÁ Michely Kivel Zani (PIBIC/CNPq/FA/Uem), Prof. Dr. Alexandre Ribas de Paulo (Orientador),

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 1. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 1. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 1 Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL TORTURA (Lei 9455/97) Tortura Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com

Leia mais

[O SABER CRIMINOLÓGICO - DA NOÇÃO À INTERVENÇÃO] Inspeção-Geral da Administração Interna

[O SABER CRIMINOLÓGICO - DA NOÇÃO À INTERVENÇÃO] Inspeção-Geral da Administração Interna 2012 Inspeção-Geral da Administração Interna [O SABER CRIMINOLÓGICO - DA NOÇÃO À INTERVENÇÃO], Intervenção MARGARIDA BLASCO, Inspetora-Geral da Administração Interna Exmos. Senhores Antes de mais, saúdo,

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Atualização e Capacitação Sobre Formulação e Gestão de Políticas Públicas Módulo III Políticas Públicas e Direitos Humanos Aula 7 Gestão em Segurança

Leia mais

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA arts. 77 a 82 do CP e 156 e s. da LEP. Deriva do verbo surseoir (suspender). Quer dizer suspensão. Expressão já utilizada pelo CP/1940. Conceitos: É o ato pelo

Leia mais