VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto
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- Felipe Quintão
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1 VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto
2 Violência como objeto de estudo A violência é um fenômeno fracionado em diversas categorias; Presente espaço urbano e rural, público, privado ou doméstico; é tipificado em relação as vítimas (mulheres, crianças, negros, homossexuais, imigrantes, etc.); e se apresenta de forma física, verbal, psicológica...; Essas categorias estão entrelaçadas e conferem ao fenômeno grande complexidade.
3 Violência e justiça Durante muito tempo a violência foi vista como a única forma legítima de fazer justiça. A partir do século VXIII, as torturas corporais foram substituídas pela ideia de punição humanizada. O objetivo não era simplesmente condenar, mas também de compreender os motivos que levaram o criminoso a cometê-la para tentar reabilitá-lo como cidadão. Nesse contexto se desenvolve os estudos na criminologia, psicologia e sociologia.
4 Ocorreu uma racionalização dos processos penais, mas isso não acabou com a violência nem realizou uma contenção satisfatória dos crimes.
5 POBREZA GERA VIOLÊNCIA?
6 O ciclo presente no senso comum é o de que o indivíduo é violento porque é pobre, é pobre porque não tem acesso a educação, não tendo educação não sabe exigir seus direitos. A criminalidade aparece como uma consequência inevitável. Alba Zaluar afirma que a pobreza não é ingrediente óbvio da criminalidade, se assim fosse todos os pobres seriam necessariamente criminosos.
7 Testando (Enem2016) A favela é vista como um lugar sem ordem, capaz de ameaçar os que nela não se incluem. Atribuir-lhe a ideia de perigo é o mesmo que reafirmar os valores e estruturas da sociedade que busca viver diferentemente do que se considera viver na favela. Alguns oficiantes do direito, ao defenderem ou acusarem réus moradores de favelas, usam em seus discursos representações previamente formuladas pela sociedade e incorporadas nesse campo profissional. Suas falas se fundamentam mas representações inventadas a respeito da favela e que acabam por marcar a identidade dos indivíduos que nela residem. RINALDI, A. Marginais, delinquentes e vítimas: um estudo sobre a representação da categoria favelado no tribunal do júri da cidade do Rio de Janeiro. In: ZALUAR, A.; ALVITO, M. (Orgs.). Um século de favela. Rio de Janeiro: Editora FGV, O estigma apontado no texto tem como consequência o(a): a) aumento da impunidade criminal. b) enfraquecimento dos direitos civis. c) distorção na representação política. d) crescimento dos índices de Criminalidade. e) ineficiência das medidas Socioeducativas.
8 A explicação da criminalidade está na desigualdade As desigualdades são conjuntos de processos e experiências sociais que favorecem alguns indivíduos em detrimento de outros. Cada dimensão do mundo social em que a desigualdade se apresenta ajuda a fortalecer outras desigualdades.
9 Para Edmundo Campos Coelho: Em vez de uma correlação entre pobreza e crime, é mais adequado estudar a correlação entre crime e impunidade. A sociedade acaba sinalizando para os indivíduos que o crime vale a pena.
10 A desigualdade, e não a pobreza, tende a resultar em violência no contexto da sociedade de consumo.
11 Os pobres seguem tendo seus direitos desrespeitados; Seu acesso às instituições promotoras de bem-estar e da cidadania é significativamente mais restrito quando comparado as camadas médias e altas.
12 Testando (Enem2017) Enquanto persistirem as grandes diferenças sociais e os níveis de exclusão que conhecemos hoje no Brasil, as políticas sociais compensatórias serão indispensáveis. SACHS, I. Inclusão social pelo trabalho decente. Revista de Estudos Avançados, n. 51, ago As ações referidas são legitimadas por uma concepção de política pública: a) focada no vínculo clientelista. b) pautada na liberdade de iniciativa. c) baseada em relações de parentesco. d) orientada por organizações religiosas. e) centrada na regulação de oportunidades.
13 Vivemos uma sociabilidade violenta A exposição contínua a violência força uma naturalização desse fenômeno; Ao mesmo tempo, os grupos criminosos não obedecem princípios como honra, amizade e laços de sangue. É cada um por si. No âmbito da sociabilidade violenta há uma enorme zona de incerteza.
14 Testando (Enem2017) A política de pacificação não resolve todos os problemas da favela carioca, ela é apenas um primeiro e indispensável passo para que seus moradores sejam tratados como cidadãos. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) recuperaram um território que estava ocupado por bandidos com armas de guerra, substituíram a opressão de criminosos pela justiça formal do Estado. [Mas] se a UPP não for seguida por escola, hospital, saneamento, defensoria pública, emprego, daqui a pouco a polícia de ocupação terá que ir embora das favelas por inútil. Ou será obrigada a exercer a mesma opressão que o tráfico exercia para se proteger. CACÁ DIEGUES. A contrapartida do lucro. O Globo, 28 jul Para o autor, a consolidação da cidadania nas comunidades carentes está condicionada à: a) efetivação de direitos sociais. b) continuidade da ação ofensiva c) superação dos conflitos de classe. d) interferência de entidades religiosas. e) integração das forças de segurança.
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