Responsabilidade Social: necessidade ou estratégia?
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- Valentina Cerveira di Castro
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1 A Indústria Química em 2020 Um novo rumo é possível Responsabilidade Social: necessidade ou estratégia? Andréa Santini Henriques Especialista do Governo na ISO Representante do Fórum Governamental de RS Pesquisadora do Inmetro Santo André 08 de julho
2 PANORAMA SOCIAL 20% da população detêm 86% da renda; desde 1998, 86% do acréscimo de renda vem sendo apropriado pelos mesmos 20% da população; todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos. 1,02 bilhão de pessoas têm desnutrição crônica (FAO, 2009) 2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável; cerca de 1 bilhão e 100milhões de pessoas passam fome (-1dolar/dia); 218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham em condições de escravidão ou em tarefas perigosas ou humilhantes (OIT 2006) Dados de 2004
3 Aquecimento Global Panorama ambiental Escassez de Água POPs Poluentes Orgânicos Persistentes Desflorestamento Energia Esgotamento do petróleo
4 Podemos alimentar a esperança de prosperidade ilimitada? Já se consome de 20% a 30% a mais do que o planeta consegue renovar CRISE DO MODELO CIVILIZACIONAL
5 Responsabilidade Do Latim = RESPONSUM CAPACIDADE DE DAR RESPOSTAS EFICAZES AOS PROBLEMAS QUE NOS CHEGAM DA REALIDADE SURGE QUANDO DA CONSCIÊNCIA DA CONSEQUÊNCIA DE NOSSAS AÇÕES
6 MARCOS HISTÓRICOS Década de 70 - Estocolmo - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente; Clube de Roma Os limites do Crescimento ; 1º balanço social - França; criado o Greenpeace, o PNUD; Década de 80 - Comissão Brundtland - Nosso Futuro Comum ; Década de 90 - Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio Eco 92) cria a agenda 21; Conferência de Quioto; ONU propõe o Global Compact; Índice Dow Jones de Sustentabilidade; criado o IBASE e o Ethos; A partir de ONU cria as metas do milênio; Rio África do Sul; Fóruns Sociais Mundiais (Brasil e Índia); criado o Bovespa Social; lançado o 1º GRI; Carta da Terra
7 S o c i a l Sustentabilidade A m b i e n t a l E c o n ô m i c a Suprir as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (Comissão Brundtland 1987 Nosso Futuro Comum) Nota: Desenvolvimento Sustentável refere-se à integração de objetivos de alta qualidade de vida, saúde e prosperidade com justiça social e manutenção da capacidade da Terra de suportar a vida em toda a sua diversidade. Esses objetivos sociais, econômicos e ambientais são interdependentes e reforçam-se mutuamente. Desenvolvimento sustentável pode ser tratado como uma forma de expressar as expectativas mais amplas da sociedade como um todo.
8 DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar da sociedade; leve em consideração as expectativas das partes interessadas; esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comportamento,e esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. NOTA1: Atividades incluem produtos, serviços e processos NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro de sua esfera de influência.
9 Temas Centrais 7 Temas centrais + 37 ações + expectativas relacionadas
10 Considerações: Marco no entendimento comum; RSE não é filantropia; acompanha dinâmica da sociedade RS DS S Não é uma norma de certificação; Características: incorporar considerações sociais e ambientais em seus processos de decisão; accountability, comportamento transparente e ético; visa contribuir para o DS; conformidade legal; normas internacionais de comportamento; partes interessadas; expectativas da sociedade; integração da RS O Estado e a responsabilidade social
11 Sinmetro Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973 Conmetro Conselho Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial 10 Ministérios CNI Idec ABNT Inmetro: Secretaria Executiva e Executor das Políticas CPCON Comitês Técnicos Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM) Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC) Comitê Brasileiro de Normalização (CBN) Comitê Codex Alimentarius do Brasil (CCAB) Comitê Brasileiro de Regulamentação (CBR) Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC)
12 Inmetro Principais Atividades Metrologia Científica e Industrial Metrologia Legal Avaliação da Conformidade Acreditação de Organismos e Laboratórios Ponto Focal do Acordo de Barreiras Técnicas da OMC Inovação e Difusão de Conhecimento
13 Avaliação da Conformidade Globalização da economia Alta demanda por Programas de Avaliação da Conformidade para regular mercados Barreiras Tarifárias Barreiras Técnicas Aumento das demandas por normas internacionais ou regionais A Avaliação da Conformidade é um importante mecanismo para regulação de mercados.
14 Mecanismos de Avaliação da Conformidade: Certificação; Declaração do Fornecedor; Etiquetagem; Inspeção; Ensaios. Necessidades diferentes Mecanismos diferentes
15 Avaliação da Conformidade
16 Avaliação da Conformidade Certificação (realizada por agente econômico de terceira parte) INMETRO Acreditador ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO Avaliador EMPRESA - PRODUTOR Avaliado O reconhecimento da conformidade é feito por um organismo acreditado pelo INMETRO.
17 Os Acordos de Reconhecimento e a Participação em Fóruns Externos Fóruns de Estruturas de Acreditação IAF (Fórum Internacional de Acreditação) ILAC (Organismo Internacional de Acreditação de Laboratórios) EA (Organismo de Acreditação da União Européia) APLAC (Organismo de Acreditação da Ásia e Pacífico) IAAC (Cooperação Interamericana de Acreditação) Fóruns de Programas de Avaliação da Conformidade PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes)
18 Exemplos de Programas Contemplando Requisitos Ambientais e/ou Sociais Programa Brasileiro de Eficiência Energética Cadeia de Custódia para Produtos de Base Florestal Manejo Florestal Fibras Beneficiadas de Sisal Produção Integrada de Frutas Cachaça Sistema de Gestão de Responsabilidade Social Sistema de Gestão da Sustentabilidade de Meios de Hospedagem
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20 Programa Brasileiro de Análise de Ciclo de vida (PBACV) Resolução CONMETRO nº4 de 15 dezembro de 2010 Estabelecerá bases de dados sobre os impactos ambientais dos produtos e facilitará o design de produtos limpos, ecoeficientes.
21 Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social Baseado na norma ABNT NBR 16001:2004 Normas complementares: NBR 16002:2005 Responsabilidade Social Sistema de gestão Qualificação de auditores NBR 16003:2009 Responsabilidade Social Diretrizes para execução de auditorias
22 Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social Características do PBCRS Aplicável a todo e qualquer tipo de organização Apóia o engajamento das partes interessadas Tem como requisito básico o cumprimento da legislação Possibilita a integração com outros sistemas de gestão Contempla as 3 dimensões do Desenvolvimento Sustentável
23 Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social Números do Programa 20 Empresas Certificadas 100 Localidades; mil trabalhadores 10 empresas em processo de certificação 3 Organismos de Avaliação da Conformidade Acreditados Fundação Vanzolini BRTUV BVQI (Organismo de Certificação de Sistemas de Gestão da Responsabilidade Social OCR)
24 ABNT CEE-RS Pesquisa junto às empresas certificadas na ABNT NBR 16001
25 ABNT CEE-RS Pesquisa junto às empresas certificadas na ABNT NBR 16001
26 ABNT CEE-RS Pesquisa junto às empresas certificadas na ABNT NBR 16001
27 ABNT CEE-RS Pesquisa junto às empresas certificadas na ABNT NBR 16001
28 ABNT CEE-RS Pesquisa junto às empresas certificadas na ABNT NBR 16001
29 Responsabilidade Social no Inmetro - âmbito interno Julho de 2010, foi publicada Portaria estabelecendo a Política, Princípios e Diretrizes para Responsabilidade Social no Inmetro, e, em abril de 2011, foi formalizada a criação de grupo de trabalho para estruturação de um sistema de gestão integrado, incorporando, as normas ABNT NBR16001(Responsabilidade Social Sistema de Gestão ); ABNT NBR ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) ABNT NBR ISO (Sistema de Gestão Ambiental ), ABNT NBR18801 (Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho) e ABNT NBR ISO Gestão de Riscos, cujos trabalhos encontram-se em fase inicial.
30 Fórum Governamental de Responsabilidade Social Coordenação Inmetro /CSJT/ Câmara dos Deputados Espaço permanente deliberativo e propositivo de questões e iniciativas relativas à Responsabilidade Social, e tem como finalidade estimular o debate e promover a mobilização social e governamental para ações de responsabilidade social, bem como apoiar e propor ações voltadas para a consciência de cidadania e a proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos.
31 Iniciativas Governamentais: Compras públicas sustentáveis: O MPOG publicou a Instrução Normativa nº 1, de 19 de janeiro de 2010, que dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional". Plano Brasil sem Miséria: ações nacionais e regionais, baseadas em três eixos: garantia de renda, inclusão produtiva, acesso a serviços públicos. Campo : aumentar a produção dos agricultores. Cidade: qualificar a mão de obra e identificar oportunidades de geração de trabalho de renda para os mais pobres. garantir maior acesso da população mais pobre à água, luz, saúde, educação e moradia. Política Nacional de Resíduos Sólidos: Lei de 02/08/ Institui a Política dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
32 Iniciativas Governamentais: A3P Agenda Ambiental da Administração Pública: Programa que busca incorporar os princípios da responsabilidade socioambiental nas atividades da Administração Pública. Reconhecida pela UNESCO em Hoje conta com 90 entidades e órgãos parceiros filiados através do Termo de Adesão e mais de 450 instituições cadastradas na Rede A3P. PlanoNacional sobre mudança do Clima 2007 Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC : Instituída pela Lei nº , de 29 de dezembro de 2009 Compromisso nacional voluntário de redução de emissão de gases de efeito estufa de 36,1% a 38,9% das emissões projetadas até Decreto 7.390/2010 Regulamentação parcial da PNMC nível Estadual Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentável: 6 prioridades: aumento da reciclagem; educação para o consumo sustentável; agenda ambiental na administração pública; compras públicas sustentáveis; construções sustentáveis; varejo e consumo sustentáveis. Responsabilidades compartilhadas várias tipologias
33 Iniciativas Governamentais: Diálogo social Brasil-Noruega: P arceria entre a CUT, Confederação dos Trabalhadores da Noruega, CNI e Confederação Empresarial da Noruega e apoio da Secretaria-Geral da Presidência da República e Embaixada da Noruega. Promover o debat entre governos, entidades sindicais e empresarias de ambos os países sobre a importãncia do diálogo social na construção de políticas públicas e discutir formas de aprimoramento do diálogo. Realizados 2 Fóruns de diálogo.
34 Desafios Desenvolvimento (crescimento) x sustentabilidade recursos limitados x Inclusão social Ações imediatas para conter a crise econômica mundial x mudança climática x inclusão social Transição para Economia Verde
35 A trnição para economi de baixo carbono Oportunidades: Novos mercados para produtos sustentáveis e empresas responsáveis; Redução de custos no médio/longo prazo pelo aumento da eficiência no uso de materiais e de energia; Geração de empregos verdes Preferência de consumidores e investidores; Ganhos de imagem para a empresa;
36 Relações éticas, transparentes e co-responsáveis na busca da sustentabilidade 1º SETOR Estado/governo ALIANÇA 2º SETOR Mercado/negócios 3º SETOR Sociedade Civil Organizada
37 DIÁLOGO Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. (Rubem Alves) Discussão/Debate Visa fechar questões Visa convencer Visa demarcar posições Visa defender idéias Visa persuadir e ensinar Visa explicar Visa as partes em separado Descarta as idéias vencidas Diálogo Visa abrir questões Visa mostrar Visa estabelecer relações Visa compartilhar idéias Visa questionar e aprender Visa compreender Vê a interação partes/todo Faz emergir idéias/pluralidade Fonte: Humberto Mariotti
38 NECESSITAMOS DE UMA REVOLUÇÃO PARA A CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO, COM INCLUSÃO E JUSTIÇA SOCIAL. CRIAR UM MODO DE VIDA SUSTENTÁVEL
39 tel.: Central de Atendimento ao Consumidor Pergunte ao Inmetro Portal do Consumidor
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