Jonas de Albuquerque Barbosa Filho. Plantas Medicinais & Ensino de Química: saberes populares e conhecimentos escolares

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1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia e Ciências Instituto de Química Jonas de Albuquerque Barbosa Filho Plantas Medicinais & Ensino de Química: saberes populares e conhecimentos escolares Rio de Janeiro 2015

2 Jonas de Albuquerque Barbosa Filho Plantas Medicinais & Ensino de Química: saberes populares e conhecimentos escolares Monografia submetida ao corpo docente do Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como requisito final para obtenção do diploma de Licenciatura em Química. Orientador (a) (es): Prof. a Dr. a. Maria de Fátima Teixeira Gomes Rio de Janeiro 2015

3 Jonas de Albuquerque Barbosa Filho Plantas Medicinais & Ensino de Química: saberes populares e conhecimentos escolares Monografia submetida ao corpo docente do Institudo de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como requisito final para obtenção do diploma de Licenciatura em Química. Aprovada em: Banca Examinadora: Prof.ª Dr. a Maria de Fátima Teixeira Gomes (Orientadora) Depto de Química Geral e Inorgânica - Instituto de Química - UERJ Prof. Dr. Ayres Guimarães Dias Depto de Química Orgânica Instituto de Química - UERJ Prof. Ms. José Ilton Pinheiro Jornada Depto de Química Geral e Inorgânica - Instituto de Química - UERJ Rio de Janeiro 2015

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família, amigos, orientadora, professores, supervisora, técnicos de laboratório e aos demais por toda paciência, força e dedicação que foram fundamentais em minha trajetória.

5 AGRADECIMENTOS Aos meus famíliares que me apoiaram e não mediram esforços para eu concluir esta etapa da vida. À professora Fátima Gomes pelo incentivo, broncas e sua orientação que tornaram possível a conclusão desta Monografia. Aos professores e técnicos dos laboratório da UERJ que foram importantes na minha vida acadêmica. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constante, na alegria e na tristeza. À direção, aos professores, funcionários e alunos do Colégio Estadual Herbert de Souza, em especial à professora Sandra Maria Fructuoso. Aos colegas bolsistas de Iniciação à Docência do Subprojeto PIBID Química da UERJ que me auxiliaram no planejamento e aplicação do projeto didático Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais no Colégio Estadual Herbert de Souza.

6 mundo. A educação não muda o mundo. A educação muda as pessoas, e estas sim, mudam o Paulo Freire

7 RESUMO BARBOSA FILHO, Jonas de Albuquerque. Plantas Medicinais & Ensino de Química: saberes populares e conhecimentos escolares. Monografia (Graduação em Licenciatura em Química) Instituto de Química Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Esta Monografia apresenta um relato de experiência sobre o desenvolvimento do projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais com alunos do Ensino Médio, do Colégio Herbert de Souza, localizado no Rio de Janeiro. As ações foram realizadas por estudantes e professores que participam como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/Capes), do Subprojeto-Química. A Monografia apresenta um panorama histórico sobre o emprego de plantas como medicamentos em diferentes épocas e regiões do mundo. Relata sobre as primeiras publicações sobre o uso da flora brasileira com esse fim e sobre as perspectivas atuais em relação à utilização de plantas medicinais e fitoterápicos. São apresentados conceitos relacionados a plantas medicinais, suas classificações; origens, nomes populares e científicos, princípios ativos e potencialidades para fins terapêuticos. Traz uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos que relacionam o tema plantas medicinais ao Ensino de Química, publicados nos últimos anos, e descreve a metodologia utilizada na aplicação do projeto escolar em questão. Apresenta os resultados de levantamentos sobre os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o uso de plantas medicinais, obtidos a partir da aplicação de questionários, e o confrontamento de suas concepções, oriundas do uso tradicional das plantas, com recomendações farmacêuticas. Descreve como o tema do projeto foi desdobrado em trabalhos de Química realizados pelos estudantes e exibidos durante a Feira de Ciências dentre eles, a produção de repelente de citronela, de desinfetante de eucalipto, de sabão de erva-doce e de aromatizadores de ambiente, elaborados com óleos essenciais extraídos do cravo e da canela. O projeto didático Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais possibilitou concretizar um trabalho interdisciplinar entre Química e Biologia e relacionar saberes populares com conhecimentos escolares. Palavras-chave: Plantas Medicinais. Saberes populares. Projeto escolar. PIBID.

8 ABSTRACT BARBOSA FILHO, Jonas de Albuquerque. Medicinal Plants & Chemistry Teaching: popular knowledge and school knowledge. Monografia (Graduação em Licenciatura em Química) Instituto de Química Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, This monograph presents an experience report on the development of the school project "Rescuing popular knowledge on medicinal plants" with high school students, the College Herbert de Souza, located in Rio de Janeiro. The shares were held by students and teachers who participate in the Institutional Scholarship Program for Teacher Initiation (PIBID/Capes), Chemistry Sub-project. The monograph presents a historical overview of the use of plants as medicines at different times and regions. Reports on the first publications on the use of flora for this purpose and on the current perspectives on the use of medicinal plants and herbal medicines. Concepts are presented relating to medicinal plants, their ratings; origins, popular and scientific names, active ingredients and potential for therapeutic purposes. Brings a literature review of scientific papers relating to the theme medicinal plants Chemistry Teaching, published in recent years, and describes the methodology used in the implementation of the school project in question. Presents the results of surveys on the prior knowledge of students on the use of medicinal plants, obtained from the questionnaires, and the confrontation of his views, derived from the traditional use of plants, pharmaceutical recommendations. Describes how the design theme was deployed in Chemistry of works done by students and displayed during the Science Fair of them, the production of citronella repellent, eucalyptus disinfectant, fennel soap and environment Flavours, prepared with essential oils extracted from cloves and cinnamon. The didactic project "Rescuing popular knowledge on medicinal plants" enabled realize interdisciplinary work between chemistry and biology and relate popular knowledge with school knowledge. Keywords: Medicinal Plants. Popular knowledge. School project. PIBID.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Perfil de respostas dos estudantes em relação à questão 1 que perguntava sobre o uso, por eles próprios, de plantas como medicamento... Perfil de respostas dos estudantes em relação à questão 2 que perguntava sobre o uso de plantas medicinais pelos familiares dos estudantes... Imagem de algumas espécies de ervas medicinais da horta produzida na escola... Destilação por arraste a vapor... Imagem escolhida pelos alunos para o cartaz sobre a citronela (Cymbopogon nardus)... Estruturas dos principais constituintes presentes em óleos essenciais repelentes de insetos... Reação de saponificação... Sabão de Erva-doce em formas diferentes... Cartaz, em cartolina, produzido pelo grupo sobre o sabão de ervadoce

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Exemplos de plantas medicinais, nome popular, nome científico, origem e suas características principais... Plantas Medicinais Arbóreas: nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo... Arbustivas, nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo... Herbáceas, nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo... Grupo de princípios ativos, suas funções e algumas espécies em que podem ser encontrados... Plantas medicinais, frequência com que foram citadas, concepções dos estudentes sobre seus usos terapêuticos e alegações terapêuticas... Categorização das respostas dos estudantes em relação a pergunta O que uma planta medicinal tem que as outras plantas não têm?... Nomes populares e científicos de plantas medicinais e frequência com que foram citadas pelos alunos

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS... CONHECENDO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS E SEUS PRINCÍPIOS ATIVOS... PLANTAS MEDICINAIS E O ENSINO DE QUÍMICA... METODOLOGIA... Desenvolvimento do Subtema Produção de repelente contra mosquitos de citronela... Desenvolvimento do Subtema Produção de repelente de sabão de ervadoce... DISCUSSÃO DE RESULTADOS... A avaliação dos conhecimentos prévios... Ampliando o conhecimento sobre o tema plantas medicinais... A produção de uma horta de ervas medicinais... As atividades desenvolvidas visando a Feira de Ciências... A extração de óleos essenciais de cravo-da-índia e de canela... Desenvolvimento dos Subtema Produção de repelente de citronela... Desenvolvimento do Subtema Produção de sabão de erva-doce... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... GLOSSÁRIO... ANEXO 1... ANEXO 2... ANEXO 3... ANEXO 4... ANEXO 5... ANEXO 6... ANEXO 7... ANEXO

12 12 INTRODUÇÃO A idealização desta Monografia surgiu a partir da aplicação do projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais, sugerido como um projeto guardachuva a partir do qual se desdobrariam os trabalhos de Química para a Feira de Ciências e Cultura, de 2014, no Colégio Estadual Herbert de Souza. O projeto escolar foi desenvolvido por licenciandos em Química da UERJ, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Capes, Pibid, sob a supervisão da professora de Química do Colégio e da Coordenadora do Subprojeto Pibid Química da UERJ. Participaram do projeto estudantes do Ensino Médio Regular e do Nova EJA (Educação de Jovens e Adultos). No Brasil, os saberes populares sobre o uso das plantas medicinais têm raízes nas culturas europeia, indígena e africana. Os índios já utilizavam as ervas locais para suas práticas curativas cotidianas, transmitidas oralmente de geração a geração, quando os colonizadores portugueses aqui chegaram trazendo os conhecimentos da farmacopeia europeia. A esses de saberes se somaram as tradições africanas oriundas de três séculos de tráfico escravo. O tema plantas medicinais possibilita expandir o conhecimento em Ciência, principalmente em Química e Biologia, ao resgatar saberes populares e da tradição, dando margem a realização de projetos, trabalhos e atividades interdisciplinares, em diferentes níveis educacionais e em contextos diversos. Ao longo dos anos têm sido utilizadas plantas para fins medicinais no tratamento, cura e prevenção de doenças. Atualmente a maior parte das plantas medicinais é comercializada em farmácias e lojas de produtos naturais, com preparo e rotulação industrializada, contrariando a medicina tradicional que usa, de preferência, as plantas nativas de cada região. No Brasil, as plantas nativas são utilizadas com pouca ou nenhuma comprovação das propriedades farmacológicas e com o desconhecimento de sua toxicidade, o que representa um risco à saúde humana (VEIGA Jr, PINTO e MACIEL, 2005). São necessários mais estudos multidisciplinares envolvendo etnobotânicos, químicos, farmacólogos e agrônomos para que sejam conhecidos os potenciais terapêuticos e tóxicos dos extratos vegetais e as suas interações com os medicamentos alopatas. Por outro lado, também se torna importante discutir este tema nas escolas como forma de resgatar saberes da tradição familiar, promover o acesso ao conhecimento científico e ao uso racional das plantas medicinais.

13 13 OBJETIVO O objetivo desta monografia é apresentar um relato de experiência, sobre o desenvolvimento do projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais, aplicado em uma escola pública do Rio de Janeiro, no âmbito do Subprojeto Pibid Química da UERJ. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA O Capítulo 1, intitulado Um pouco de história sobre a utilização de plantas medicinais, apresenta um panorama histórico sobre o emprego de plantas como medicamentos em diferentes épocas e regiões do mundo, relata sobre as primeiras publicações sobre o uso da flora brasileira com esse fim e sobre as perspectivas atuais em relação à utilização de plantas medicinais e fitoterápicos. No Capítulo 2, Conhecendo um pouco sobre plantas medicinais e seus princípios ativos são apresentados conceitos relacionados a plantas medicinais, suas classificações; origens, nomes populares e científicos, princípios ativos e potencialidades para fins terapêuticos. O Capítulo 3, denominando Plantas medicinais e o Ensino de Química traz uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos relacionados ao tema, publicados nos últimos anos. Os Capítulos 4, 5 e 6, apresentam respectivamente a Metodologia de Aplicação do projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais ; a Discussão dos resultados da aplicação desse projeto escolar e as Considerações finais sobre o projeto e a Monografia. Após as Referências bibliográficas, é apresentado um Glossário. Dos Anexos constam os Questionários Aplicados e os Roteiros Experimentais.

14 14 1- UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS O uso de plantas medicinais pelo homem está presente desde as primeiras civilizações. As finalidades de sua utilização sempre foram diversas, desde o tratamento de enfermidades a práticas mágicas, místicas e ritualísticas. O aprendizado do homem sobre como utilizar as plantas se deu de forma empírica ou intuitiva de acordo com suas descobertas. Na China Antiga, foram encontrados os primeiros manuscritos que descreviam os tipos de drogas produzidas a partir das plantas. Acredita-se que estes relatos foram escritos no ano de a.c. e, devido a importância, foram tidos como referência e inspiração para os subsequentes manuscritos. De modo que, o Imperador Sheng-Nung escreveu um tratado chamado Pen Tsao que reunia os saberes tradicionais sobre plantas e sua utilização como medicamentos. Para escrever essa verdadeira farmacopeia ele fez uso de várias plantas, em si próprio, para conhecer a sensação que causavam no corpo e suas consequências. Uma das várias plantas utilizadas e descritas por ele no tratado foi raiz de ginseng que, segundo acreditava, proporcionava a longevidade. A descrição de um antigo texto da farmacopeia de Shen-Nung traz a seguinte informação sobre a raiz de ginseng: Tem sabor adocicado e sua propriedade é ligeiramente refrescante, cresce nos desfiladeiros das montanhas. É usado para reparar as cinco vísceras, harmonizar as energias, fortalecer a alma, afastar o medo, remover substâncias tóxicas, a brilhar os olhos, abrir o coração e melhorar o pensamento. Uso contínuo dará vigor ao corpo e prolongará a vida (JORGE, 2009, p. 4). Acredita-se que Shen-Nung viveu até aos 123 anos devido aos seus hábitos de experimentar as erva e tomar ginseng. Em seu catálogo foram descritas um total de duzentas e cinquenta e duas plantas. Somente no século VII, no governo da dinastia Tang, foi distribuída a obra revisada do Imperador Shen-Nung. Entretanto, a obra que mais se destacou na farmacognosia da China Antiga foi a do Imperador Cho-Chin-Kei, que ficou conhecido como sendo o Hipócrates chinês. Ao que parece, o primeiro cultivo de plantas medicinas foi realizado pelo chinês Sheu-ing, em a.c. (LAMEIRA e PINTO, 2008; JORGE, 2009). Em 1578, Li-Chi-Chen publicou o Compêndio de Matéria Médica que englobava todos os saberes existentes sobre farmacologia, destacando o uso de mais de mil drogas de origens vegetal, mineral e animal (JORGE, 2009). Do Antigo Egito, é proveniente o Papiro de Ebers que talvez tenha sido escrito em a.c.; contém 811 receitas elaboradas a partir de plantas, animais e minerais. Neste

15 15 papiro são mencionadas cento e vinte e cinco plantas e, várias ainda são utilizadas atualmente, como funcho, genciana, hortelã, losna e zimbro. Essa civilização utilizava os seus saberes sobre as plantas medicinais na cura de doenças ou para obter algum efeito específico, por exemplo, a babosa e o óleo de rícino eram utilizados como catárticos e a papoula, como sonífero. Algumas plantas eram escolhidas por seu cheiro, pois se acreditava que certos aromas afugentavam os espíritos das enfermidades. No ano de a.c., os egípcios desenvolveram a arte de embalsamar os cadáveres evitando, com o uso das plantas, a sua deterioração. Por esta razão, egípcios, assírios e hebreus começaram a cultivar uma diversidade de ervas e também traziam novas de suas expedições (LAMEIRA e PINTO, 2008; JORGE, 2009). Na Índia, os textos religiosos da civilização védica, Os Vedas, de cerca de a.c, mencionam plantas medicinais que até hoje são utilizadas, como exemplos, o alho, gengibre e manjericão. Nesta época, os médicos indianos desenvolveram técnicas cirúrgicas e de diagnósticos. Em seus tratamentos faziam o uso de uma variedade de ervas, pois os hindus acreditavam que as ervas eram as filhas prediletas dos deuses. No início da era cristã, o texto de Parasara Vrikshayurveda, sobre plantas medicinais, foi o que mais se destacou na Índia (JORGE, 2009). Na Babilônia, do mesmo modo que no Antigo Egito, sua medicina combinava a capacidade curativa (ou supostamente com poder curativo) de determinadas substâncias e certas espécies vegetais ao seu uso em rituais religiosos (MATOS, 1987 apud LAMEIRA e PINTO, 2008). Sua farmacopeia abrangia mil e quatrocentas plantas. Existem registros, em placas de barro de a.c., que a Babilônia importava ervas medicinais e que, por volta de a.c., comercializava ginseng com a China (JORGE, 2009). O papel das plantas medicinais na Medicina também estava presente na Grécia e em Roma. Na Grécia, foi Diocles (400 a.c.) que escreveu o primeiro livro que se conhece no Ocidente sobre ervas. Os gregos ficaram conhecidos como sendo os primeiros a sistematizar os saberes adquiridos. O Pai da Medicina, o grego Hipócrates ( a.c.), estudou as reações individuais dos pacientes em relação a uma determinada doença. Foi capaz de reunir o conhecimento médico, de seu tempo, na sua obra Corpus Hipocratium com sugestões sobre o remédio vegetal e o tratamento a ser utilizado para cada enfermidade. Nesses tratamentos eram personalizados, com dose única, e também se recomendava dieta, massagem, hidroterapia, repouso e preparações de plantas. No século IV a.c., o jardim de Aristóteles ( a.c.) continha mais de trezentas espécies de plantas. O grego Teofrasto ( a.c.) catalogou quatrocentos e cinquenta e cinco plantas medicinais em sua obra História das

16 16 Plantas, no século III a.c. com o detalhamento de como preparar e usar cada produto, que é utilizado até hoje. E, no século I d.c., Crateus publicou O Rhizotomikon, a primeira obra com ilustrações sobre as plantas medicinais e Dioscórides (40-90 d. C.), em seu tratado De Materia Medica, catalogou, descreveu e apresentou ilustrações, em cores, de aproximadamente, seiscentas plantas. Acredita-se que o conhecimento grego sobre as ervas foi adquirido da China, Babilônia, Egito e até da Índia (JORGE, 2009). Em Roma, no século I d.c., Plínio, o Velho, dedicou oito volumes de sua obra História Natural, em trinta e sete volumes, ao uso pelos romanos de espécies vegetais úteis à Medicina (JORGE, 2009). Galeno ( d. C.), de origem grega, é considerado o fundador da Farmácia. Ele desenvolveu misturas complexas, oriundas das antigas preparações egípcias e gregas e divulgou o uso de extratos vegetais para a cura de diversos males, emprestando o nome às formulações farmacêuticas, denominadas fórmulas galênicas (BARREIRO, 2001). Foi o primeiro a tratar as cãibras com a erva ruibarbo que era importada da China. Também, propôs aos oficiais romanos realizarem fiscalizações para confirmar se os remédios apresentavam o que era declarado, pois, naquela época, a fraude era bastante comum (CRF- SP, 2012). Com o declínio do Império Romano e o fortalecimento da Igreja Católica, os estudos sobre as plantas medicinais, na Idade Média, cessaram por um longo tempo. Com a invenção da imprensa, em meados do século XV, por toda a Europa, foram escritos vários livros com descrições e ilustrações das obras de Hipócrates, Aristóteles, Dioscórides e Galeno. Em 1484, foi lançado o primeiro livro sobre o cultivo de erva medicinal que diferia muito pouco do tratado de Dioscórides. No começo do século XVI, foram recuperadas, escritas em árabe, algumas obras gregas que foram perdidas ou esquecidas durante a Idade Média, dentre elas a obra Medicina dos Signos, que propunha o uso de plantas que se assemelhassem às partes doentes do corpo para as quais se buscava a cura (JORGE, 2009). A primeira farmacopeia, só surgiu em 1542, na Alemanha, listava trezentas plantas medicinais de várias partes do mundo. Ao final do século XVI já haviam sido organizados jardins botânicos em várias universidades, concorrendo para a elaboração e divulgação de vários tratados de Botânica, denominados à época de Herbários, que traziam estudos sobre as propriedades medicinais das plantas, o que contribuiu para a ascensão do prestígio da fitoterapia. O primeiro Herbário a citar as plantas do Novo Mundo foi escrito em 1597 por John Gerard (JORGE, 2009). No decorrer do século XIX, com o advento da indústria química, os interesses se voltaram para a produção de medicamentos sintéticos. O retorno ao interesse pelas ervas

17 17 medicinais se deu na primeira metade do século XX, durante as Guerras Mundiais, devido à necessidade de se adquirir medicamentos de baixo custo para as mais variadas doenças. Neste período, a inglesa M. Gneve publicou o tratado Um Herbario Moderno, sobre as propriedades medicinais, culinárias, cosméticas e econômicas das ervas medicinais, além de informações sobre o cultivo e o modo da utilização (JORGE, 2009). Após a Segunda Guerra Mundial, especialmente entre as décadas 1940 e 1970, foram descobertos vários antibióticos obtidos de bactérias, que juntamente com o aumento da produção de medicamentos sintéticos, impulsionado pelo desenvolvimento da Química Orgânica, levou ao abandono do uso de drogas naturais. A partir da década de 1980, devido ao baixo custo das plantas medicinais, se comparado ao das drogas alopáticas, houve um retorno à Fitoterapia, que foi chancelado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), através do lema Saúde para todos no ano Como forma de baixar os custos dos programas de saúde pública e atender um maior número de beneficiários, a OMS recomendava que nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento se realizassem estudos de plantas medicinais regionais. (MATOS, 1987 apud LAMEIRA e PINTO, 2008). No Brasil, o uso de plantas medicinais sofreu influências das culturas europeia, indígena e africana. O início da influência dos europeus ocorreu com a chegada ao Brasil, em 1549, juntamente com Tomé de Souza, dos primeiros padres da Companhia de Jesus, liderados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Os jesuítas, dentre eles o padre José de Anchieta, formularam receitas denominadas Boticas dos colégios para o tratamento de diversas doenças pelo uso de plantas medicinais. Junia Furtado (2010) destaca que foram os índios que mostraram aos europeus como utilizar as ervas locais, se baseando em suas práticas curativas cotidianas, transmitidas oralmente de uma geração para outra. A historiadora destaca que: Os elementos animais, vegetais ou minerais da natureza brasileira, seus usos na Medicina e suas classificações foram arduamente estudados desde o período colonial. Cada um desses elementos era chamado de simples, e, da sua combinação, eram produzidos medicamentos compostos. Dentre os remédios produzidos com ervas locais, tornou-se célebre a Triaga Brasílica, criada pelos jesuítas na Bahia, de ampla utilização no tratamento de diversas doenças. (FURTADO, 2010, p.84). O naturalista Marcgrave, integrante da comitiva de Maurício de Nassau, escreveu a Historia Naturalis Brasiliae, publicada em 1648, em que descreve e ilustra inúmeras plantas brasileiras designadas pelos nomes vulgares, indicando, sempre que possível, os nomes científicos correspondentes. Em seu herbário dedicou-se ao estudo da flora do Nordeste do

18 18 Brasil (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Ceará e Maranhão). Guilherme Piso, outro integrante da comitiva de Nassau, também publicou, em 1648, suas observações em um livro ilustrado que tratava especialmente das qualidades medicinais de diversas plantas do Nordeste (AZEVEDO, 1994). Uma das primeiras publicações sobre plantas medicinais brasileiras é a obra Florae Fluminensis, escrita pelo mineiro Frei José Mariano Veloso ( ), um dos principais nomes da ciência e da tecnologia do império português entre o final do Setecentos e o início do século XIX. Seu manuscrito sobre a flora do Rio de janeiro reunia descrições de mil e setecentas espécies (CRF-SP, 2012; AZEVEDO, 1994). No começo do século XIX, se deu um intenso movimento de naturalistas que, isoladamente ou em comissões científicas, vieram ao Brasil para estudar a sua vegetação. Destacamos o russo Langsdorff, que organizou uma comissão que elaborou um herbário com cerca de sessenta mil exemplares de plantas brasileiras, o qual foi levado para São Petersburgo. Outro naturalista que viajou pelo Brasil na mesma época foi o francês Auguste de Saint-Hilaire. Uma de suas obras mais conhecidas é Flora brasiliae meridionalis em que ele escreve sobre as observações e dados que recolheu pelos seis anos que viajou pelos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (AZEVEDO, 1994). A mais extensa e importante obra para a botânica brasileira, é de autoria de Carl Friedrich Phillip von Martius ( ), a Flora Brasilienses, cujo primeiro fascículo foi publicado em Ao morrer, aos 74 anos, já haviam sido impressos quarenta e seis fascículos, contendo descrições de aproximadamente dez mil espécies, ilustradas em mil e cem estampas. Nos anos seguintes foi dada continuidade a sua obra, que em 1906, sessenta e seis anos depois de ser iniciada, ficou completa, com cento e trinta fascículos (AZEVEDO, 1994). Além desse importante legado, Martius, em 1843, publicou, em latim, o livro Systema Materiae Medicae Vegetabilis Brasiliensis, que apresenta as virtudes medicinais das plantas brasileiras (CRF-SP, 2012). A primeira Farmacopeia Brasileira, também chamada de Farmacopeia Verde, é a de Rodolpho Albino Dias da Silva, que contém descrições macro e microscópicas das drogas obtidas de cento e oitenta e três espécies de plantas medicinais brasileiras (CRF-SP, 2012). O progressivo declínio no uso de plantas medicinais, na segunda metade do século XX, e as novas tendências mundiais de retorno à Fitoterapia, também, têm sido observadas no Brasil, que voltou a valorizar sua flora como fonte inestimável de substâncias com atividade biológica. O consumo de plantas medicinais, com base na tradição familiar é hoje em dia uma

19 19 prática generalizada na medicina popular. Dentre os fatores que têm contribuído para isso destacam-se: os efeitos colaterais decorrentes do uso crônico dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica, bem como a tendência ao uso da medicina integrativa e abordagens holísticas dos conceitos de saúde e bem-estar (CRF-SP, 2012, p 17). Neste início de século, têm sido tomadas medidas para legalizar a utilização de plantas medicinais e de fitoterápicos no Brasil. A portaria de 3 de maio de 2006, do Ministério da Saúde, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. O decreto federal n de 22 de junho de 2006 aprovou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Esse decreto visa garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional (BRASIL, MS, 2009, p. 13), suas ações estão manifestadas no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovado pela portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de Nesse contexto, no Brasil, a utilização de plantas medicinais e de fitoterápicos tenderá futuramente a aumentar, ao se tornar mais que uma prática popular, mas uma alternativa terapêutica legalizada e que pode ser empregada nos serviços públicos de saúde.

20 20 2- CONHECENDO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS E SEUS PRINCÍPIOS ATIVOS Para entender o tema proposto deve-se a princípio reconhecer que uma planta é definida como medicinal, quando o vegetal possui substâncias com ação farmacológica (FURLAN, 1998). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define planta medicinal como toda e qualquer planta que apresenta substâncias com possibilidades de serem utilizadas para fins terapêuticos ou como precursora de um fármaco semissintético (VEIGA JUNIOR, 2005). A Cartilha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRF-SP (2012) define planta medicinal como espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos (p. 65). Silva, Aguiar e Medeiros (2000) definem planta medicinal como um vegetal com capacidade de produzir em seu metabolismo natural substâncias em quantidade e qualidade necessárias e suficientes para provocarem modificações das funções biológicas... (p. 20). Essas substâncias são denominadas princípios ativos e têm potencial para serem utilizadas para fins terapêuticos. Alguns princípios ativos, no entanto, apresentam elevada toxidade, devendo-se ter o cuidado de usá-los em concentrações estritamente indicadas (idem). Entretanto, não devemos confundir planta medicinal com fitoterápico, que é um medicamento em que a matéria-prima utilizada para sua formulação é uma planta medicinal. Os princípios ativos e seus derivados são obtidos a partir das plantas por processos industriais ou semi-industriais e comercializados na forma de extratos, óleos, tinturas, ceras, etc. Um fitoterápico é, portanto, um medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais com finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. (VEIGA JUNIOR, 2005, p.520). O nome popular ou vulgar de uma espécie vegetal pode variar conforme a região ou mesmo dentro de uma mesma região, o que decorre da transmissão oral, como é o caso do capim-limão também conhecido por capim-santo, capim-cidreira, cidreira de folha estreita, etc. Por outro lado, devido a semelhanças físicas ou ao odor, algumas espécies diferentes são reconhecidas pelo mesmo nome popular. Plantas do mesmo gênero são bem parecidas como, por exemplo, as mentas: hortelã-pimenta (Mentha piperita), poejo (Mentha pulegium) e a hortelã comum (Mentha crispa). Existem, ainda, plantas que pertencem a gêneros diferentes que são conhecidas com o mesmo nome popular, são exemplos os boldos e as cidreiras. No Brasil ocorrem algumas plantas que são chamadas de boldos e os principais são: o boldo-da-terra (boldo de folha peluda, Plectranthus barbatus ou Coleus barbatus) e o boldobaiano (mais alto, Vernonia condensada). O boldo é uma planta muito comum nos quintais e

21 21 a maioria da população acredita que se trata do boldo-do-chile, que possui odor muito próximo ao da erva-de-santa-maria (devido à presença de mesma substância). Entretanto, o verdadeiro boldo-do-chile, de nome científico Peumus boldus, é raríssimo no Brasil e, geralmente, o boldo comercializado com essa denominação é importado (FURLAN, 1998). As palavras cidreira ou melissa nas plantas medicinais estão relacionadas ao uso como calmante e por isso, várias plantas possuem essa denominação. No entanto, quando se trata da verdadeira melissa, o correto seria a de origem europeia e da qual derivou o nome latino Melissa officinalis. Em quase todo o Brasil, a planta que recebe o nome de melissa é uma planta com flores lilases e que cresce com muita facilidade. No sul é comum chamá-la de erva-cidreira-brasileira. Seu nome científico é Lippia alba e é de origem brasileira. No nordeste há outras espécies de Lippia, mas que recebem nomes como alecrim-pimenta ou alecrim-de-vaqueiro (FURLAN, 1998). O uso de uma planta para fins medicinais requer que ela seja identificada corretamente, caso contrário não surtirá a melhora esperada do estado de saúde ou pode-se até mesmo induzir a uma piora. Os pesquisadores associam os diversos nomes populares de uma dada planta a um único nome científico que identifica o gênero e a espécie do vegetal. O nome científico de uma planta é grafado em itálico (ou em negrito). O primeiro nome (gênero) inicia em letra maiúscula e o segundo (espécie) em minúscula. Em alguns casos, além do gênero e da espécie, também aparece uma indicação sobre o nome do pesquisador que atribuiu a denominação à planta, e, desse modo, o nome científico pode conter três ou quatro palavras (FURLAN, 1998). Assim, o nome científico do capim-limão é Cymbopogon citratus Stapf. O nome científico permite diferenciar espécies distintas que, entretanto, se assemelham pelo odor e que por isso acabam sendo utilizadas com a mesma finalidade, por exemplo, na aromatização de alimentos ou bebidas. É o que ocorre em relação ao funcho (Foeniculum vulgare), na maioria das vezes chamado de erva-doce (Pimpinella anisum) cuja ocorrência é rara nos quintais e hortas brasileiras. Erva-doce é sinônimo de anis. No entanto, como anis há ainda a árvore anis-estrelado (Illicium verum Hook. F.) que produz semente com odor semelhante (FURLAN, 1998). Na Tabela 1 contém exemplos de plantas medicinais, seus nomes populares e científicos, o país de origem e suas principais características (FURLAN, 1998, p. 22, 24, 27 e 30).

22 22 Tabela 1. Exemplos de plantas medicinais, nome popular, nome científico, origem e suas características principais. Nome popular Nome científico Origem Características principais Boldo-do-chile Peumus boldus Chile Altura de 1,2 a 1,5 m. Boldo-baiano Boldo-da-terra (Boldo brasileiro) Vernonia condensata Plectranthus barbatus ou Coleus barbatus África África Arnica Arnica montana Europa Sapé-macho (arnica) Cravorana (arnica) Capim-limão Erva-cidreira Arnica-decerrado Erva-cidreirabrasileira Erva-doce Funcho Solidago chilensis Lichnophora pinaster Porophyllum ruderale Cymbopogon citratus Stapf Melissa officinalis Lippia alba Pimpinella anisum Foeniculum vulgare América do Sul, comum no Brasil América do Sul América do Sul, comum no Brasil Ásia América do Sul Europa Egito e Oriente Médio Europa Altura de 2 a 5 m. Facilidade de quebrar com o vento. Altura de 1 a 2 m. Folha peluda e flor azulada. Altura menor que 0,5 m. Flores amarelas e sem caule. Cerca de 1m de altura. Flores amarelas e espontâneas. Encontrada em cerrados e a mais alta das arnicas. Folhas parecidas com a de um pinheiro. Altura menor que 1m. Folhas com odor de caju ou pitanga. Capim, aroma suave de limão. Altura menor que 60 cm. Semelhante à hortelã e com odor de desinfetante. Altura cerca de 1m. Flores lilases. Cresce com facilidade. Altura menor que 1m. Flores brancas, folhas largas, semente mais arredondada e menor que a do funcho. Altura maior que 1m. Flores amarelas. Folhas finas. Sementes mais alongadas. As plantas medicinais com valor econômico podem se apresentar com características arbóreas, arbustivas e herbáceas. As arbóreas são árvores com troncos lenhosos com formação de copas na parte superior. Sua forma de exploração é feita através do extrativismo, com manejo adequado, para evitar a extinção da espécie, como quase ocorreu com o ipê-roxo. As arbustivas são arbustos com troncos lenhosos com porte menor e suas ramificações saem da base. Esta espécie cresce com mais facilidade do que as arbóreas, porém também requerem um manejo adequado na sua exploração. As herbáceas têm caule tenro e não superam um metro de altura. A maioria das espécies deste grupo são consideradas plantas daninhas, por isto, são raras as que necessitam de autorização do IBAMA para exploração (FURLAN, 1998 e IBAMA).

23 23 As Tabelas 2, 3 e 4 apresentam, respectivamente, os nomes populares e científicos de algumas plantas medicinais arbóreas, arbustivas e herbáceas, os principais usos terapêuticos e observações sobre a ocorrência das espécies no Brasil (FURLAN, 1998, p ). Tabela 2. Plantas Medicinais Arbóreas: nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo. Nome Científico Amburana cearensis Bauhnia forficata Cecropia adenopus Schinus terebinthifolius Tabebuia avellanedae Nome popular Utilização Observações Amburana Unha-de-vaca Embaúba Aroeiravermelha Ipê-roxo Como broncodilatador e uso do extrato para o efeito relaxante. Como diurética e laxante. Também auxilia no tratamento da diabete. Expectorante e como tônico cardíaco. Reconhecida a utilização para o tratamento da pressão alta. Para problemas nas vias respiratórias e urinárias. Como anti-inflamatório, antibacteriano, antialérgico, adstringente e cicatrizante. Ocorrência em várias partes do Brasil; sua altura pode chegar até 20 m. Encontrada nas regiões Sul e Sudeste e com altura entre 5 a 9 m. Pode atingir 7 m de altura; encontrada em várias partes do Brasil. Pode ser encontrar do Rio Grande do Sul até Pernambuco; sua altura pode chegar a 10 m. Também conhecida como pimenta-rosa. Ocorrência nas matas tropicais e até no Rio Grande do Sul. Pode chegar a 35 m de altura; dá flor roxa. Para compreender como as plantas podem ter propriedades medicinais tão diversas é necessário conhecer o metabolismo das espécies. Didaticamente, pode-se dividir o metabolismo das plantas em primário e secundário. No primário, ocorre a produção de substâncias essenciais ao crescimento e desenvolvimento da planta, como lipídeos, proteínas, carboidratos, aminoácidos e ácidos nucleicos. No secundário, são produzidas substâncias que não são essenciais à vida, mas com funções de proteger contra pragas/doenças e de atrair os polinizadores. É através do metabolismo secundário que são produzidos os princípios ativos. Estas substâncias químicas podem provocar reações nos organismos, podendo inclusive ser tóxicos, dependendo da dosagem utilizada. São várias as aplicações dos princípios ativos das plantas. Sabe-se, por exemplo, que o capim-limão (Cymbopogon citratus) é muito utilizado na

24 24 apicultura para atrair abelhas e a citronela (Cymbopogon nardus e Cymbopogon winterianus) produz substância que repele pernilongos (FURLAN, 1998). Tabela 3. Arbustivas, nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo. Nome Científico Datura suaveolens ou Brugmansia suaveolens Lantana camara Photomorphe peltata Solanum paniculatum Nome popular Utilização Observações Saia-branca Cambará Caapeba Jurubeba Indicada como bronco dilatadora e contra inchaços na perna. Indicações para as vias respiratórias. Folhas: problemas hepáticos e auxiliar contra a malária. Raiz: como desobstruente do fígado e do baço. Contra a dispepsia (distúrbios da digestão). Encontra-se em terrenos baldios. Sua altura varia de 2 a 3 m. É uma planta tóxica. Encontrada em pastagem e sua altura variam de 1 a 3 metros. É tóxica ao fígado. Sua altura varia de acordo com o ambiente. Pode chegar até 1,5 m. Ocorrência em todo o Brasil. É um arbusto perene de até 3 m. Tabela 4. Herbáceas, nome científico, nome popular, sua utilização e observações sobre algumas espécies deste grupo. Nome Científico Centella asiatica Coronopus didymus Matricaria chamomilla Nome popular Utilização Observações Centela-asiática Mentruz ou mastruço Camomila Mentha piperita Hortelã pimenta Rosmarinus officinalis Alecrim Contra celulite, varizes, eczemas, hematomas e rachaduras de pele. Efeito vasodilatador. Como expectorante e contra contusões. Contra cólicas intestinais; calmante para quadro leve de ansiedade. Contra cólicas, flatulência e problemas hepáticos. No tratamento de distúrbios circulatórios e digestivos. Anti-inflamatório. Usado como condimento. Encontrada nas regiões Sul e Sudeste. Originária da Ásia. Propaga-se da mesma maneira que o morangueiro. Encontrada nas regiões Sul e Sudeste. É uma planta quase rasteira. Sua origem é do sul da Europa e Ásia ocidental. 20 a 50 cm de altura. Caule quadrangular e aroma de menta. Originária da Europa e Ásia. Arbusto com 1 a 2 m de altura, originário do Mediterrâneo.

25 25 Os princípios ativos podem estar concentrados nas raízes, rizomas, ramos, caules, folhas, sementes ou flores, e o teor varia de acordo com a época do ano, hora de coleta, solo ou clima onde vive a planta. São classificados, geralmente, em seis grupos: mucilagens, óleos essenciais, alcaloides, taninos, bioflavonoides e glicosídios cardiotônicos. A Tabela 5 apresenta os seis grupos de princípios ativos, como eles atuam nos organismos e em quais espécies de plantas foram encontrados (FURLAN, 1998, p. 40 e 41). Tabela 5. Grupos de princípios ativos, suas funções e algumas espécies em que podem ser encontrados. Grupo de princípio ativo Mucilagens Óleos essenciais Alcaloides Taninos Flavonoides Glicosídios cardiotônicos Ação Anti-inflamatória, antiespasmódica, laxante e cicatrizante. Bactericida, anestésica, antisséptica e vermífica. Analgésica, anestésica, sedativa e calmante. Antidiarréica, adstringente e vasoconstritora. Anti-inflamatória e fortalece os vasos capilares. Em tratamentos de doenças do coração. Espécie Babosa, tanchagem e borragem. Alecrim, tomilho, hortelãs e sálvia. Boldo-do-chile, beladona, café, maracujá e estramônio. Goiabeira, barbatimão, espinheira-santa e pitangueira. Camomila, calêndula, ervabaleeira e macela. Espirradeira e dedaleira. Para melhor compreensão dos componentes vegetais e de suas ações, apresentamos, a seguir, um breve resumo dos principais grupos de princípios ativos (JORGE, 2009, p ). Mucilagens são polissacarídeos complexos formados por açúcares simples e que incham quando em contato com a água proporcionando um líquido viscoso. São princípios ativos que protegem as mucosas contra os irritantes locais, atenuando as inflamações. Ocorrem em diversas plantas, mas somente algumas espécies possuem aplicação terapêutica. São encontrados em maior quantidade nas sementes de tanchagem e malva, goma arábica e algas marinhas. Em menor quantidade encontram-se nas raízes tuberosas, folhas suculentas e plantas de clima árido. Óleos essenciais dos princípios ativos, os óleos essenciais formam o grupo mais importante do ponto de vista econômico. São componentes vegetais extremamente voláteis, dificilmente solúveis em água, e possuem odor intenso, algumas vezes desagradável. Podem estar contidos

26 26 em flores, frutos, raízes e folhas das plantas aromáticas. Em algumas espécies como o cedro, a canela e o linho, encontram-se na casca. Alcaloides formam um grupo economicamente importante, pois entram na composição de inúmeros medicamentos. Plantas produtoras de alcaloides são potencialmente perigosas se consumidas sem orientação médica, por isso diz-se que são plantas de uso industrial. Podem causar toxidez mesmo quando usadas em pequenas doses. Como exemplo de plantas produtoras de alcaloides, temos a coca e o tabaco. Taninos são substâncias que protegem o vegetal do ataque de micro-organismos, formigas ou cupins. A sensação travosa da boca, quando ingerimos planas contendo tanino, é causada pela precipitação das proteínas na mucosa. Os taninos podem provocar irritação gástrica. São encontrados em frutos verdes, pó de banana verde, cascas do caule e raiz de algumas espécies vegetais como: caju roxo, aroeira, nogueira. Flavonoides formam um grupo muito extenso com propriedades físicas e químicas muito variáveis. São compostos que se concentram principalmente nas flores e frutos servindo de atrativo para insetos e animais dispersores. São os responsáveis pela coloração das flores, frutos e algumas cascas. Possuem propriedades antioxidantes, retardam o envelhecimento celular. Tem ação antiespasmódica, ação em determinados distúrbios cardíacos e circulatórios e em casos de cólicas estomacais. Glicosídeos as plantas produtoras de glicosídeos são de uso industrial, pois seu uso sem orientação médica pode ser perigoso. Apresentam ações e efeitos tão diversos que é difícil agrupa-los sob um conceito químico. Vale ressaltar que as vitaminas e os sais minerais encontrados nos vegetais, imprescindíveis ao bom funcionamento dos organismos, também são exemplos de princípios ativos. A extração dos princípios ativos de uma planta medicinal, ou seja, retirar o composto de dentro de uma célula vegetal para um líquido que pode ser água ou um solvente orgânico pode ser influenciada por fatores, como temperatura e tempo de aquecimento, que devem ser estudados para que se consiga a maior concentração possível do produto natural no líquido extrator (SILVA, AGUIAR e MEDEIROS, 2000, p. 20). Além da extração são necessários processos de fracionamento das misturas e purificação dos constituintes de forma criteriosa e eficaz, que requerem a atuação de profissionais da área de Química de Produtos Naturais. A transformação de princípios ativos e seus derivados em fitoterápicos requer uma grande quantidade de testes e envolve a participação de vários outros profissionais como químicos, farmacologistas, médicos e farmacêuticos.

27 27 3- PLANTAS MEDICINAIS E O ENSINO DE QUÍMICA Kovalski, Obara e Figueiredo (2011) argumentam que as plantas são usadas na sociedade para uma diversidade de funções, tais como, aquecimento, construções, alimentação e, principalmente, para fins medicinais, constituindo um conhecimento que faz parte da nossa cultura e que a escola não deve deixar de lado, daí a necessidade do professor estabelecer um diálogo entre esses saberes populares e os saberes científicos. As autoras desenvolveram uma pesquisa com o objetivo de conhecer como os professores trabalham e dialogam o saber popular e o conhecimento científico em relação às plantas medicinais com seus alunos, em uma escola pública de ensino fundamental (p. 2). No artigo são relatadas as várias atividades (aulas práticas, aulas de campo, produção de uma horta, visita ao horto de plantas medicinais, etc.) que os professores realizam com os alunos. Cougo, Figaro e Lindermann (2013) fizeram um levantamento sobre quantos trabalhos, que relacionam o tema plantas medicinais ao Ensino de Química, no período de 2003 a 2012, foram divulgados em três eventos nacionais: Reunião Anual Sociedade Brasileira de Química (RASBQ), Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) e Encontro de Debates sobre o Ensino de Química (EDEQ). Foram encontrados quinze trabalhos: dez sobre plantas medicinais, quatro sobre chás e um sobre fitoterápicos. Dos trabalhos citados, sete foram elaborados no Ensino Superior, visando aplicações em aulas no Ensino Médio ou a produção de material didático com esta finalidade; cinco foram elaborados por professores e graduandos e aplicados no Ensino Médio, visando à contextualização de conteúdos de Química Orgânica; dois foram aplicados na Educação de Jovens e adultos (EJA - Ensino Médio) e um no Ensino Fundamental. O artigo aponta a necessidade de um maior número de pesquisas e produção de material didático relacionado ao tema. Ribeiro et al. (2012) ao analisar os textos sobre plantas medicinais nos livros didáticos de Química do Ensino Médio, constataram que estes não são suficientes para despertar, no aluno, o interesse e a curiosidade sobre o tema e recomendam que os professores utilizem livros paradidáticos e artigos na sala de aula e que promovam palestras sobre o tema para complementar os conteúdos dos livro didático. Souza e Monteiro (2012) realizaram uma pesquisa com alunos do 9º do Ensino Fundamental, em Sobral, no Ceará, com o objetivo de identificar o conhecimento dos alunos sobre as ervas medicinais e se este conhecimento tinha alguma relação com o currículo ministrado em sala de aula. Concluíram que os conhecimentos prévios dos alunos sobre

28 28 plantas medicinais e suas atividades terapêuticas se deviam ao aprendizado empírico repassado por suas mães ou avós e evidenciaram um distanciamento entre o currículo trabalhado no ensino de Ciências e o conhecimento popular. Foi proposto que os alunos trouxessem, para a sala de aula, mudas de plantas medicinais, como erva cidreira, capimsanto, mastruz e arruda, e estas foram identificadas e caracterizadas. As autoras relataram o entusiasmo com que os alunos realizaram as atividades e recomendaram que o assunto fosse mais explorado no Ensino de Ciências, sugerindo associá-lo ao tema Transversal Educação Ambiental ou aos temas de biodiversidade que tratam das relações sociedade-natureza. Veiga Jr (2008), em pesquisa realizada sobre a utilização de plantas como medicamentos e sua inserção na cultura popular, analisou mil trezentos e vinte formulários respondidos pela população do interior do Estado do Rio de Janeiro e por profissionais da área de saúde e constatou que as plantas medicinais são as principais formas de tratamento para 63% dos entrevistados, apesar de terem disponibilidade de fazer uso de medicamentos alopáticos. As plantas mais citada foram o boldo brasileiro (Plectranthus barbatus) e a camomila (Chamomila recutita). Entretanto, a urbanização das cidades e a migração da população rural para a área urbana ocasionou o esquecimento do conhecimento sobre as plantas medicinais nas novas gerações devido ao distanciamento das plantas e/ou a falta de interesse em aprender suas propriedades. Rodrigues, Anjos e Rôças (2008) relataram o projeto interdisciplinar que foi realizado com alunos do segundo ano do Ensino Médio, a partir de aulas de Química, tendo tema as plantas medicinais, com o objetivo de discutir elementos associados à educação ambiental e a promoção de saúde. O desenvolvimento do projeto possibilitou ao professor da disciplina mostrar como os compostos químicos de algumas espécies vegetais se estruturam e quais as suas aplicações medicamentosas. Segundo os autores, o projeto procurou envolver a comunidade escolar, criando espaços de vivências significativas, de atitudes reflexivas...; além de tornar a escola um espaço de exercícios de valores, tais como cidadania, participação, solidariedade social e ambiental (p. 66). Silva, Aguiar e de Medeiros (2000) relataram a pesquisa-ação levada a cabo por professores na comunidade do Córrego do Jenipapo em Recife, PE, que teve por objetivos resgatar saberes populares em Química, aprofundar os conhecimentos científicos na área e contribuir para uma melhoria da prática comunitária de produção de medicamentos fitoterápicos, tais como tinturas, pomadas, xaropes e outros formulados. Segundo os autores:

29 29 O trabalho prático foi iniciado com um levantamento de como as pessoas usavam as plantas medicinais, registrando as espécies mais usadas e suas respectivas indicações terapêuticas populares. Objetivou-se com isso a valorização da cultura popular, devolvendo-se à comunidade orientações que difundiram o bom uso dos chás, infusos e lambedores; incentivou o cultivo das plantas medicinais nos quintais das casas e principalmente abriu um espaço permanente de discussão política sobre a saúde do povo (p. 20). A pesquisa-ação analisou como fatores químicos (temperatura, ph, etc.) podem interferir no processo de fabricação de medicamentos caseiros e buscou ainda elementos para subsidiar o trabalho do professor, enquanto agente educador, na perspectiva holística de que a produção comunitária é uma fonte inesgotável de conhecimento e aprendizagem (p. 21). Silva, Aguiar e de Medeiros (2000) destacam a relevância de trabalhar com o tema Plantas Medicinais em sala de aula e apontam algumas abordagens que podem ser feitas no campo de domínio da Química considerando que os processos extrativos dos princípios ativos baseiam-se em diversos mecanismos físico-químicos, tais como, difusão, diluição, fatores cinéticos de reação (temperatura, tempo de aquecimento, superfície de contato, natureza do reagente), pressão de vapor, pressão osmótica, etc. (p.22). Os autores sugerem que o tema seja utilizado para explanações sobre as características físicas das plantas, as partes que são empregadas para fazer determinado medicamento fitoterápico, quais são as indicações terapêuticas e, também, para socializar a importância deste conhecimento através de relatos de vivências de sua utilização pelos alunos, dentre outras possibilidades que podem ser trabalhadas pelo professor. Queiroz, Silva e Lima (2012) propuseram atividades interdisciplinares, entre Química e Biologia, para estudantes do 2º ano Ensino Médio, da qual também participaram licenciandos em Química, tendo como tema gerador as ervas medicinais. Por serem medicamentos será necessário conhecer os critérios de sua utilização e quais são os benefícios e riscos de cada erva. A proposta desenvolvida teve como objetivo inter-relacionar as linguagens do senso comum e científica e identificar a importância de eventos químicos e biológicos no cotidiano, através do preparo de medicamentos naturais de uso externo. A turma foi divida em grupos e cada um ficou responsável pelo estudo de uma das seguintes plantas: arnica, alecrim, erva-doce, hortelã, arruda, capim santo, saião. O estudo envolveu investigar os aspectos: nome científico, origem, composição, processo de fotossíntese, princípio ativo, aplicações, benefícios e malefícios que esta planta pode trazer a saúde e a importância dessa planta em nosso dia-a-dia. Após a pesquisa, cada grupo se responsabilizou pelo plantio da espécie estudada. Também foram realizadas, aulas experimentais utilizando essas plantas para

30 30 a confecção de xampu, pomadas, sabonetes etc. Os autores relataram que alunos se mostraram mais dispostos durante as aulas de Química e de Biologia, pois a metodologia adotada despertou curiosidade pelos novos conhecimentos. Oliveira, Batalini e Santos (2010) relataram suas tentativas de tornar as aulas de Química mais dinâmicas através da participação dos estudantes no levantamento das plantas medicinais mais comercializadas pelos raizeiros da feira livre de Barra do Garças, MT. Os estudantes coletaram informações sobre o nome usual das plantas, suas partes mais utilizadas, formas de uso mais comuns e indicação terapêutica e, em literatura especializada, investigaram sobre os constituintes químicos das plantas estudadas. Os autores destacam que as atividades desenvolvidas, além de despertaram a atenção dos alunos para a cultura local e para a importância da biodiversidade e seu uso sustentável, possibilitaram a inserção de vários conteúdos químicos. Silva (2011), em sua Dissertação de Mestrado, relata o uso da temática A Química dos Chás para a (re)construção do conhecimento de Química Orgânica por estudantes da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo a pesquisadora, a temática permitiu o resgate dos conhecimentos científicos adquiridos nas etapas anteriores, facilitou a compreensão dos novos conceitos e possibilitou relacionar a Química com o cotidiano dos alunos. Cavaglier e Messeder (2014) relatam algumas alternativas de abordagens interdisciplinares e contextualizadas, por meio do tema plantas medicinais, no Ensino de Química e Biologia na Educação de Jovens e Adultos. Como, geralmente, o uso de plantas medicinais faz parte do cotidiano desse público, a ativação de seus conhecimentos prévios específicos pode contribuir no desenvolvimento de uma prática educativa mais significativa nas duas disciplinas. Os autores descrevem algumas sugestões de planos de aulas que podem ser abordadas de maneira independente por professores de Química e de Biologia, tais como, a produção de fármacos a partir de plantas medicinais e a química dos chás e dos óleos essenciais das plantas. Navarro et al. (2007) relataram o projeto realizado, em parceria entre Universidade Estadual de Ponta Grossa e uma escola de ensino básico, que utilizou o tema Plantas Medicinais e Aromaterapia como uma ferramenta para o ensino de Ciências. A metodologia utilizada baseou-se no cultivo, coleta e dessecação de plantas medicinais, dentro dos respectivos parâmetros preconizados na literatura. Como estratégias de ensino, foram proporcionados aos alunos envolvidos no projeto estudos de Botânica e Morfologia vegetal, visitas ao horto medicinal e aos laboratórios da Universidade, onde eles acompanharam a

31 31 extração e caracterização de óleos essenciais obtidos de espécies vegetais. Foram utilizadas as espécies medicinais Rosmarinus officinalis (Alecrim), Cymbopogon citratus (Capim-limão) e Caryophyllus aromaticus (Cravo-da-índia), esta última, atualmente, denominada Syzygium aromaticum. A composição dos óleos essenciais foi analisada por cromatografia. Segundo os autores o projeto proporcionou aos estudantes vivenciar importantes procedimentos experimentais na área de Fitoterapia. Guimarães, Oliveira e Abreu (2000) propuseram uma atividade experimental para extrair óleos essenciais das plantas através da destilação por arraste a vapor, utilizando materiais alternativos. Os autores sugerem a comparação, pelos alunos, das essências obtidas nos experimentos com as essências comerciais e, ao final do artigo, propõem questões para serem debatidas com os alunos ou para comporem um relatório. Carvalho e Souza (200-) usaram o tema extração de óleo essencial de eucalipto (Eucalyptus globulus) visando promover a interdisciplinaridade entre Química e Biologia e tornar as aulas mais motivadoras e contextualizadas. A extração do óleo essencial de eucalipto foi realizada através do processo de destilação por arraste a vapor utilizando materiais alternativos. O óleo essencial obtido da espécie Eucalyptus globulus contém alcoóis, aldeídos, ésteres e éteres, sendo o cineol ou eucaliptol o seu principal componente. Com o óleo essencial de Eucalyptus Globulus extraído foi preparado um desinfetante caseiro. É perceptível que o Ensino de Química está em uma fase de transição, em que se procura superar o modelo tradicional com o objetivo de melhorar o aprendizado dos conteúdos, tornando-o mais prazeroso e significativo. Os vários autores apresentados reforçam a importância de associar a pesquisa ao ensino e de relacionar os saberes populares aos científicos e, sempre que possível, em envolver além da comunidade escolar, também as famílias e a comunidade local, visando conhecer e resgatar aspectos culturais que permeiam as vivências dos estudantes. Sendo assim, com base em algumas experiências aqui descritas, desenvolvemos uma proposta didática, que regatasse os saberes sobre plantas medicinais e que favorecesse a contextualização de conteúdos de Química em aulas no Ensino Médio regular e no NEJA. A participação do autor no Programa de Bolsas de Iniciação à Docência da Capes, PIBID, possibilitou a aplicação da proposta em uma escola da rede pública de ensino no Rio de Janeiro.

32 32 4- METODOLOGIA O projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais foi desenvolvido por licenciados em Química da UERJ que participam do Subprojeto-Química do Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Capes), no Colégio Estadual Herbert de Souza, situado no bairro do Rio Comprido, no Rio de Janeiro. Os bolsistas, juntamente com a professora da escola e supervisora Sandra Fructuoso, trabalharam o tema com estudantes de turmas do 1º e do 3º ano do Ensino Médio Regular e do Nova EJA (Educação de Jovens e Adultos). Nestas turmas, havia alunos com uma faixa etária ampla, de 14 até 23 anos de idade. Um dos objetivos do projeto escolar foi o de resgatar saberes populares sobre o uso de plantas medicinais. Desse modo, em um primeiro momento, após um amplo debate, durante uma reunião do Pibid, em que participaram a Coordenadora, a Professora de Química do Colégio (Supervisora) e os bolsistas de iniciação à docência, foi elaborado um questionário (Anexo 1) sobre o tema Plantas Medicinais. Ficou acordado que o questionário seria aplicado aos alunos durante um tempo de aula da Professora, que deveria ser respondido sem consulta a qualquer tipo de fonte de informação e recolhido ao término da aula. A aplicação do questionário teve por objetivo fazer um levantamento sobre os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema. Em um segundo momento, visando o ampliar o nível de conhecimento sobre o tema, os estudantes foram solicitados a pesquisar sobre os nomes científicos de algumas plantas medicinais, correlacionando-os com seus nomes populares, e a buscar informações sobre os benefícios e riscos que o uso das plantas medicinais traz para a saúde. Para nortear a pesquisa foram feitas algumas questões sobre o tema cujas respostas poderiam ser obtidas por consultas a diferentes fontes, meios de comunicação e mesmo com os próprios familiares. As questões de pesquisa estão disponíveis no Anexo 2. Em um terceiro momento, Professores, estudantes e bolsistas Pibid se organizaram na produção de uma horta de ervas medicinais no Colégio Estadual Herbert de Souza. A atividade foi desenvolvida em um sábado letivo, que fora destinado a realização de atividades pedagógicas extraclasses. Um segundo objetivo do projeto escolar foi associar os saberes populares relacionados a plantas medicinais a conhecimentos adquiridos em aulas de Química, como forma de motivar os estudantes do Ensino Médio para o aprendizado desta Ciência. Para atingir este

33 33 objetivo os bolsistas Pibid pesquisaram como obter óleos essenciais de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), canela (Cinnamomum Zeylanicum), capim-limão (Cymbopogon citratus) e manjericão (Ocimum basilicum) e testaram vários experimentos pensando em realizá-los na escola. Entretanto, como os estudantes não estavam familiarizados com a realização atividades experimentais em aulas de Química, foi necessário primeiramente iniciálos em operações básicas de laboratório, como filtração, decantação e destilação. Os roteiros destas atividades práticas encontram-se detalhados no Anexo 3. Esta etapa do projeto exigiu também que as Professoras (Supervisora e Coordenadora) e os bolsistas reativassem o laboratório de Química do Colégio, que se encontrava praticamente sem uso e desabastecido. Retornando aos objetivos do projeto escolar, em um quarto momento, os estudantes das turmas de 1º ano e 3º ano do Ensino Médio Regular e Nova EJA participaram de atividades práticas demonstrativas de extração de óleos essenciais de botões florais secos do cravo-da-índia e de cascas secas da canela. cravo e de canela cujos roteiros são detalhados nos Anexo 4 e 5. O projeto escolar foi desenvolvido visado à participação dos estudantes na Feira de Ciências do Colégio Estadual Herbert de Souza. Desse modo, o tema do projeto foi desdobrado em propostas de atividades/trabalhos de Química a serem realizados pelos estudantes e exibidos durante o evento escolar. Foram propostas as seguintes atividades: produção de repelente contra mosquitos de citronela (Cymbopogon winterianus), de desinfetante doméstico de eucalipto (Eucalyptus globulus), de sabão de erva-doce (Pimpinella anisum) cujos roteiros podem ser encontrados, respectivamente nos Anexos 6, 7 e 8, além da produção de aromatizadores de ambiente elaborados com óleos essenciais extraídos do cravo e da canela. Cada uma das cinco turmas da Professora supervisora foi dividida em quatro grupos, com em média cinco integrantes. Nem todos os grupos trabalharam com o tema plantas medicinais. Também foram desenvolvidos trabalhos com os temas: Separação de plásticos por densidade, O amargo sabor do doce, Corrosão do ferro, Condutividade elétrica dos materiais, O sal nosso de cada dia, Métodos para tornar a água potável: filtração, Tratamento de água: da água turva à água clara e Extrato de repolho roxo como indicador de ph. Em cada turma foi apresentada uma lista com os temas pré-selecionados, sendo um deles relacionado às plantas medicinais. E foi realizado um sorteio. Nesta Monografia são relatadas as ações planejadas e os resultados da aplicação dos subtemas Produção de repelente de citronela e Produção de sabão de erva-doce.

34 34 As ações planejadas para o desenvolvimento dos trabalhos tiveram por objetivo incentivar o interesse pela Química e contextualizar o ensino de funções orgânicas. As atividades foram realizadas, em quatro encontros, no horário das aulas de Química. Os grupos deveriam apresentar seus trabalhos, no dia da Feira de Ciências, para os colegas e professores, na forma de cartazes explicativos e também, exibir os produtos, repelente de citronela e o sabão de erva-doce. Descremos a seguir, como foram desenvolvidos os dois subtemas Desenvolvimento do Subtema Produção de repelente contra mosquitos de citronela No primeiro encontro, foram apresentados os objetivos do trabalho e os alunos foram orientados a realizar, como atividade domiciliar, consultas para responder as seguintes perguntas: 1. Você conhece a planta citronela? Qual é a sua aparência? Pesquise imagens dessa planta. 2. Qual é o nome científico da citronela? 3..Quais são os seus principais princípios ativos? Escreva suas estruturas químicas; identifique as funções químicas presentes em suas fórmulas e apresente algumas de suas propriedades físicas. 4. Quais são as alegações terapêuticas da citronela? No segundo encontro foi feita a leitura e a discussão do texto Cuidados com os produtos químicos domésticos, do livro didático Química & Sociedade (SANTOS et al., 2008, p ). As principais questões abordadas nesse debate foram: quais são os cuidados básicos para prevenir uma intoxicação? Há restrições ao uso de repelentes contra insetos? Quem pode usar? No terceiro encontro foi realizada com os estudantes a atividade experimental de produção do repelente de citronela (Anexo 6). Durante a execução do procedimento foram ainda levantadas questões sobre porque o repelente deve ser guardado em frasco escuro e sobre como poderíamos fazer o teste cutâneo do repelente, para verificar se há riscos de ele provocar reações alérgicas no usuário. No quarto encontro foram dadas orientações sobre como produzir um cartaz em cartolina e sobre como fazer a apresentação do trabalho.

35 Desenvolvimento do Subtema Produção de repelente de sabão de erva-doce No primeiro encontro, foram apresentados os objetivos do trabalho e a leitura e a discussão do texto Lipídios do livro didático Química & Sociedade (SANTOS et al., 2008, p ). Foram abordados os conceitos de lipídios e ácidos graxos e discussões sobre o consumo de alimentos gordurosos. Como atividade domiciliar, os estudantes foram orientados a realizar consultas para responder as perguntas abaixo: 1. Você conhece a planta erva-doce? Qual é a sua aparência? Pesquise imagens dessa planta. 2. Qual é o nome científico da erva-doce? 3..Quais são os seus principais princípios ativos? Escreva suas estruturas químicas; identifique as funções químicas presentes em suas fórmulas e apresente algumas de suas propriedades físicas. 4. Quais são as alegações terapêuticas da erva-doce? 5. Como é feito o sabão? O que é uma reação de saponificação? No segundo encontro foi feita a leitura e a discussão do texto A invenção do sabão e do detergente, do livro didático Química & Sociedade (SANTOS et al., 2008, p. 286). Os dois principais tópicos abordados nesse debate foram: como pode ser feito um sabão com aroma de erva-doce? Quem pode usar este sabão? No terceiro encontro foi realizada atividade experimental demonstrativa de fabricação de um sabão domestico, a partir de óleo de cozinha usado, aromatizado com erva-doce (Anexo 8). Durante a realização foram abordadas questões sobre o preparo do sabão como: quais reagentes são indispensáveis? Qual a importância dos demais reagentes? No quarto e último encontro, os estudantes foram orientações sobre como produzir um cartaz em cartolina e sobre como fazer a apresentação do trabalho. No próximo capítulo apresentamos os resultados e as discussões sobre a aplicação do projeto.

36 36 5- DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 5.1- A avaliação dos conhecimentos prévios O questionário foi respondido por um total de oitenta e nove estudantes de turmas do Ensino Médio Regular (1 e 3 ano) e da Nova EJA. Após a tabulação constatamos que, 48% desses alunos afirmaram que fazem ou já fizeram uso de uma planta como medicamento e foram citadas vinte espécies diferentes, sendo boldo (35%), camomila (11%) e erva cidreira (10%) as mais citadas. A figura 1 apresenta a distribuição das respostas elaboradas pelos estudantes para a questão 1. Figura 1. Perfil de respostas dos estudantes em relação à questão 1 que perguntava sobre o uso, por eles próprios, de plantas como medicamento. Em relação à pergunta 2, Em sua família é comum o uso de plantas medicinais?, 42% dos estudantes confirmaram a utilização em suas famílias, tendo sido citadas vinte e três espécies diferentes de plantas, dentre elas a mais citada foi o boldo (37%). O padrão de respostas dos estudantes para essa questão é representado na figura 2. Somente 27% dos estudantes afirmaram ter em sua casa algum pé de planta medicinal. Foram nomeadas as dez espécies seguintes: boldo (56%), erva cidreira e saião (9%), assapeixe e babosa (6%), hortelã, erva doce, capim-limão, goiabeira (brotos) e aroeira (3%, cada). Em relação à quarta questão, que solicitava ao estudante citar os nomes de plantas medicinais que ele conhece, em um universo de cento e trinta e sete respostas plausíveis, foram registradas vinte e cinco citações de espécies diferentes, após ter sido descartada a

37 37 duplicidade de nomes para capim-limão/capim-santo (Cymbopogon citratus), erva de santa maria/mastruz (Chenopodium ambrosioides) e hortelã/menta (plantas do gênero Mentha). As cinco plantas medicinais mais citadas foram: boldo (33%), erva cidreira (11%), camomila (7%), arnica (6%) e babosa (6%). Figura 2. Perfil de respostas dos estudantes em relação à questão 2 que perguntava sobre o uso de plantas medicinais pelos familiares dos estudantes. Objetivando conhecer sobre as concepções alternativas dos estudantes sobre o uso terapêutico das plantas, a questão 4 solicitava também que o estudante informasse o(s) problema(s) de saúde para os quais as plantas medicinais citadas por ele eram indicadas. Os dados comparativos entre as concepções dos estudantes e as alegações terapêuticas (CRF-SP, 2012) para dez das espécies citadas são apresentadas na tabela 6. Ao confrontar as concepções dos estudantes, oriundas do uso tradicional das plantas medicinais, com recomendações farmacêuticas, constatou-se uma similitude surpreendente. Diferenças são observadas em relação ao uso da babosa que os estudantes associam ao uso em shampoos e cremes para o cabelo, mas que se caracteriza na fitoterapia por sua ação cicatrizante. As mentas são, com frequência, utilizadas em balas e pastilhas para a garganta, por sua ação refrescante, e para perfumar o hálito, mas não apresentam a ação antiinflamatória alegada pelos estudantes. Destaca-se o uso predominante do boldo, do qual existem várias espécies. No Brasil, o boldo-da-terra, Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus, é a espécie mais comum nos quintais, mas o boldo-do-chile, Peumus boldus, importado, pode ser facilmente adquirido nas farmácias (FURLAN, 1998). É interessante ressaltar que a camomila, bastante citada pelos

38 38 estudantes, tem cultivo pouco comum nos quintais, o que remete a aquisições, no comércio, na forma desidratada, para uso em chás. Tabela 6. Plantas medicinais, frequência com que foram citadas, concepções dos estudantes sobre seus usos terapêuticos e alegações terapêuticas Planta Medicinal Frequência (%) Boldo 33 Erva cidreira 11 Camomila 7 Arnica 6 Concepções dos estudantes Dores no estômago; dores no corpo; males do fígado; prisão de ventre; enjoo; ressaca e cólica. Tranquilizante; dor de cabeça e cólica. Tranquilizante e antiinflamatório. Dor muscular, antiinflamatório e analgésico. Alegações terapêuticas a Dispepsia (distúrbios digestivos) e hipotensão; b dispepsia, ação colerética (aumenta a produção de bile) e colagoga (auxilia a sua eliminação). Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Cólicas abdominais. Quadros leves de ansiedade, como calmante suave. Cólicas intestinais. Processos inflamatórios da boca e Gengiva. Babosa 6 Tratamento do cabelo Cicatrizante Broto de goiabeira 4 Diarreia Romã 4 Garganta. Tosse. Hortelã e menta 4 Aroeira 3 Erva-doce 3 Anti-inflamatório para a garganta. Analgésico. Cólica; dor na coluna e para banhos Desconforto no estômago e cólica. Tranquilizante. Anti-inflamatório em traumas, contusões e edemas por fraturas e torções; em hematomas e equimoses. Diarreias não infecciosas; pele e mucosas lesadas, como antisséptico. Inflamações e infecções da mucosa da boca e faringe como anti-inflamatório e antisséptico Cólicas, flatulência e problemas hepáticos. Inflamação vaginal, leucorréia, como hemostático, adstringente e cicatrizante (uso em banhos) Dispepsia (distúrbios digestivos), cólicas gastrointestinais e, como expectorante. a Boldo-da-terra (Plectranthus barbatus); b boldo-do-chile (Peumus boldus)

39 Ampliando o conhecimento sobre o tema plantas medicinais A seguir apresentaremos algumas das respostas atribuídas pelos estudantes ao questionário sobre plantas medicinais, que podiam ser elaboradas com auxílio de fontes consulta. A pergunta 1: O que uma planta medicinal tem que as outras plantas não têm? foi respondida por um total de cinquenta e um estudantes de turmas do Ensino Médio Regular (1 e 3 ano) e da Nova EJA. Quarenta e seis respostas foram classificadas com adequadas e quatro como inadequadas. As respostas consideradas adequadas foram enquadradas em uma série formada por nove tipos de respostas, listadas das mais simples para as mais elaboradas conceitualmente, como mostra a tabela 7. A série de respostas inicia com uma afirmação genérica [as plantas medicinais] Trazem benefícios à saúde, passa por uma explicação que atribui a presença de determinadas substâncias que podem curar, amenizar as dores ou que têm ação farmacológica e termina com afirmação Possuem princípios ativos.... A natureza das respostas dos estudantes dependeu do tipo de material consultado e do nível de compreensão deles sobre o assunto. Destaca-se a maior frequência (%) para as respostas do tipo Possuem substâncias que têm o efeito de amenizar as dores. Tabela 7. Categorização das respostas dos estudantes em relação a pergunta O que uma planta medicinal tem que as outras plantas não têm? Tipos de respostas dos estudantes Frequência (%) Trazem benefícios à saúde 5,9 Servem para a cura de certas doenças 5,9 Ajudam no tratamento de doenças 7,8 Servem para a fabricação de vários tipos de remédios 7,8 Têm funções biológicas importantes para a defesa do organismo 2,0 Contêm substâncias que podem ser usadas diretamente para a cura 15,7 Possuem substâncias que têm o efeito de amenizar as dores 21,6 Possuem substâncias que têm ação farmacológica 11,8 Possuem princípios ativos que ajudam no tratamento das doenças 11,8 Respostas inadequadas 9,8

40 40 Em relação ao item 2: Dê o nome popular de duas plantas medicinais, a sua escolha, e pesquise quais os seus nomes científicos foram obtidas oitenta respostas adequadas, que foram classificadas em vinte e oito nomes populares de plantas medicinais, de trinta e três espécies diferentes. A tabela 8, lista, em ordem alfabética, os nomes populares das plantas medicinais, os nomes científicos e o número de vezes em que foram citadas pelos alunos. Observa-se que o boldo aparece como a mais citada. Tabela 8. Nomes populares e científicos de plantas medicinais e frequência com que foram citadas pelos alunos. Ordem Plantas Medicinais Frequência Nome popular Nome Científico (numérica) 1 Abacateiro Pesea gratíssima 3 2 Agrião Nanturtum officialis 4 3 Alecrim Rosmarinus officinalis 6 4 Alcachofra Cynana scolymus 5 5 Alfazema Lavandula officinalis 3 6 Alho Allium sativum 1 7 Arnica Arnica montana 2 8 Aroeira Schinus Terebenthifolius 1 9 Arruda Ruta graveolens 5 10 Assa Peixe Vernomia polyantes 1 11 Babosa Aloe vera 1 12 Barbatimão Stryphnoden drom adstrigens 1 13 Boldo Peumus boldus (6); Caleus barbatus (4) e Plectranthus barbatus (3) Canela Cinnamomum verum 2 15 Carqueja Baccharis trimera 1 16 Catuaba Trichilia catingua 1 17 Embaúba Cerepia hololuca (2), Celropia glazidrei (2) 4 18 Caleus amdoimius (1); Melissa officinalis (2) Erva Cidreira e Lippia Alba (3) 6 19 Erva São João Ageratum conyzoides 4 20 Eucalipto Eucalyptus globulus 1 21 Mastruz Chenopodium ambrosioides 1 22 Guaco Mikania glomerata 1 23 Hortelã Mentha crispa 1 24 Pata de vaca Bauhihia forficata 5 25 Planta Vassoura Baccharis dracunculifolia 4 26 Romã Punica granatum 1 27 Tomate Salanum lycopersicum 1 28 Unha de gato Morinda citrifolia 1

41 41 Em relação a terceira pergunta, Quais os benefícios que o uso das plantas medicinais traz para a saúde?, as respostas foram muito parecidas com as da primeira pergunta, tendo sido apontado que ajudam a combater as doenças contribuem no tratamento de diversas doenças, curam doenças, etc. Destacamos, entretanto, outros tipos de respostas que consideramos mais significativas, porque mereceram maior atenção do professor e uma discussão mais ampla. - afetam menos a saúde porque vêm da natureza ; - possuem uma composição natural ; - podem ser boas à saúde porque não causam rejeição pelo organismo ; - podem ser tão eficazes quanto os medicamentos químicos. As respostas evidenciaram concepções do senso comum de que produtos naturais são sempre bons para a saúde, independente de sua composição química, procedência, higienização, etc. Em relação à quarta questão, Muitas pessoas se medicam com plantas medicinais por conta própria. Quais os riscos desta ação?, foram apontados: alergias, males à saúde, efeitos colaterais, ação tóxica, danos ao organismo, risco de morte, etc. Nossos destaques são para as cinco respostas a seguir. - às vezes pode fazer sentido dependendo da planta medicinal que se usa, mas também pode ser fatal ; - pode até se medicar com plantas, mas se não forem limpas vai curar de uma doença e causar outra ; - o risco seria o aumento da doença ; - podem acontecer sérios riscos à saúde, algumas plantas podem ser tóxicas ; - muitas das vezes usam sem saber qual é o efeito da planta e - a automedicação. Nas respostas estão presentes noções dos riscos causados pela automedicação, mesmo em se tratando do uso de plantas medicinais, tais como causar ou agravar uma doença, devido à toxicidade de algumas espécies. Como afirmam VEIGA Jr, PINTO e MACIEL (2005): Comparada com a dos medicamentos usados nos tratamentos convencionais, a toxicidade de plantas medicinais e fitoterápicos pode parecer trivial. Isto, entretanto, não é verdade. A toxicidade de plantas medicinais é um problema sério de saúde pública. Os efeitos adversos dos fitomedicamentos, possíveis

42 42 adulterações e toxidez, bem como a ação sinérgica (interação com outras drogas) ocorrem comumente. (p ). Na última questão, Podemos substituir os remédios por plantas medicinais?, destacamos a seguintes respostas: - "Sim, remédios caseiros, se forem usados corretamente, podem ajudar no combate de algumas doenças. - Sim, pois fazem o mesmo efeito. - Sim, na maioria das vezes podemos, basta ter o conhecimento. - Se o efeito for maior sim, mas só se a planta for bem cuidada. - Depende do que estivermos sentindo, mas as plantas medicinais servem de remédio para muita coisa. - Não, porque nem sempre vamos atingir o resultado que desejamos ; - Não, os "remédios naturais" podem prejudicar a saúde, pois alguns podem conter substâncias tóxicas e - Não, só o médico pode identificar a causa exata e prescrever o tratamento adequado. A diversidade de respostas dos estudantes aponta para a importância do Professor promover leituras, discussões, debates, sobre o tema plantas medicinais, abordando os riscos e os benefícios de seu uso. As perguntas favoreceram discussões sobre o uso consciente de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos e alopáticos visando promover a boa saúde A produção de uma horta de ervas medicinais Como muitos estudantes e também professores tinham dificuldades de reconhecer as diferentes espécies de plantas medicinais, optou-se por produzir uma horta na escola. Na manhã de um sábado letivo, já previsto no Calendário escolar, professores, estudantes e licenciandos se organizaram na produção de uma horta de ervas medicinais. Foram plantadas mudas de hortelã, manjericão, orégano, alecrim, gengibre, boldo, capim-limão, citronela, erva-cidreira, etc. A figura 3 apresenta um conjunto de fotos de mudas plantas na horta de ervas medicinais do Colégio Estadual Herbert de Souza.

43 43 Figura 3. Imagem de algumas espécies de ervas medicinais da horta produzida na escola. Da esquerda para direita, boldo, hortelã, capim-limão, orégano, manjericão e gengibre. (Fonte: As atividades desenvolvidas visando a Feira de Ciências A extração de óleos essenciais de cravo-da-índia e de canela Foram realizados experimentos demonstrativos de extração de óleo essencial de cravoda-índia e de canela pelo processo de destilação por arraste a vapor. A aparelhagem utilizada pode ser visualizada na figura 4. Figura 4. Destilação por arraste a vapor

44 44 A extração via processo de destilação por arraste a vapor permite a separação de constituintes voláteis, imiscíveis na água, a uma temperatura abaixo do seu ponto de ebulição, o que evita a sua decomposição térmica. Da destilação foi obtida uma emulsão esbranquiçada (mistura de óleo essencial e água). A adição de solução de cloreto de sódio saturada à emulsão permitiu separar, por decantação, o óleo da água. Os principais constituintes dos óleos essenciais de cravo-da-índia (Syzigium aromaticum) e de canela (Cinnamomum Zeylanicum), responsáveis pelos seus odores característicos, são, respectivamente, o eugenol (4-alil-2-metoxifenol) e o cinamaldeído (3- fenil-2-propenal). O CH 3 O HO H CH 2 Eugenol cinamaldeído Desenvolvimento dos Subtema Produção de repelente de citronela Este subtema foi desenvolvido por um grupo de cinco alunas da turma 3012, que se empenharam bastante na elaboração do trabalho para a Feira de Ciências. Nos encontros, o grupo apresentou várias ideias e fez perguntas interessantes que provocaram a busca de novos conhecimentos sobre o tema. Algumas sugestões, das alunas, que se concretizaram no trabalho final: -...colocar uma imagem colorida da citronela no cartaz, para facilitar a explicação da aparência para que aqueles que não conhecem Podemos fazer desenhos para representar que é um repelente de mosquitos.... Figura 5. Imagem escolhida pelos alunos para o cartaz sobre a citronela (Cymbopogon nardus). (Fonte:

45 45 As respostas das alunas referentes às consultas solicitadas, após correções e discussões dos textos, são citadas abaixo: - Achamos duas espécies de citronela a Cymbopogon winterianus e Cymbopogon nardus. - Os principais princípios ativos são o citronelol e o geraniol. O citronelol é um álcool monoterpenóide, insaturado, acíclico, derivado do citronelal por redução. Sua fórmula molecular é C 10 H 20 O. Ele dá ao óleo de citronela seu odor de limão acentuado. O geraniol, também chamado rhodinol, é um álcool monoterpenóide, com uma insaturação a mais que o citronelol. Sua fórmula molecular é C 10 H 18 O. Pesquisas têm evidenciado que o geraniol é um efetivo repelente de insetos. Abaixo, estão representadas as fórmulas estruturais do citronelol e do geraniol. H 3 C CH 3 H 3 C CH 3 OH OH CH 3 CH 3 Citroneol Geraniol Os constituintes mais comuns de óleos essenciais com propriedades repelentes, usados no combate a vários insetos, são os monoterpenos limoneno, terpinoleno, citronelol e citronelal e a cânfora (JANTAN E ZAKI, 1998 apud MACIEL et al., 2010). A figura 6 apresenta as fórmulas estruturais desses compostos. Figura 6. Estruturas dos principais constituintes presentes em óleos essenciais repelentes de insetos. (Fonte: Para a pergunta Quais são os cuidados básicos para prevenir intoxicação? foram dadas as seguintes respostas:

46 46 - Para evitar intoxicação tem que ler e seguir as instruções dos rótulos. - Minha mãe usa luvas quando vai lavar a louça por causa da alergia. - Não misturar materiais de limpeza diferentes para limpar melhor. Estas respostas são coerentes, pois estão inclusas nas informações descritas no texto Cuidados com os produtos químicos domésticos, do livro didático Química & Sociedade (SANTOS et al., 2008, p ). O livro também sugere como resposta deve-se usar a quantidade a indicada no produto, assim como, fazer a diluição seguindo as indicações do rótulo e utilizar máscaras em caso de produtos de limpeza voláteis ou que apresentam odores fortes. Em relação às questões Há restrições ao uso de repelentes contra insetos? Quem pode usar? se deu o seguinte diálogo. Aluna A: - Sim, as crianças não podem usar. Aluna B: - E, as grávidas também não. Aluna A: - Então a D não pode! Aluna C- Os animais também não podem usar. As respostas são coerentes com o texto, pois no quinto parágrafo reforça que evite o uso de inseticidas domésticos na presença de crianças e dos bichos de estimação. A aluna D, uma das cinco integrantes do grupo, estava grávida na época. No terceiro encontro foi realizada a atividade experimental de preparo de Repelente de caseiro de citronela (Anexo 6). Os alunos tiveram a oportunidade de manusear e sentir o aroma da citronela (Cymbopogon winterianus) ao preparar a tintura. A tintura de citronela foi obtida pela imersão de folhas secas e trituradas em solução hidro-alcoólica, por um período de aproximadamente vinte dias. O concentrado de citronela foi diluído com álcool de cereais para produzir o repelente contra mosquitos. Para agilizar o preparo do repelente, foi trazida uma tintura de citronela, elaborada, há cerca vinte dias atrás, no laboratório de Química Geral e Inorgânica, do Instituto de Química - UERJ. Em seguida, foi realizada a etapa final do procedimento (diluição em álcool de cereais e glicerina), para o preparo de duzentos mililitros de repelente. Para evitar a intoxicação, a aluna D não participou da elaboração do repelente nem do teste cutâneo. As alunas já haviam sido informadas sobre o teste cutâneo, que é realizado quando se quer testar se há algum risco de ser alérgico a certo

47 47 produto, ao lerem o texto Cuidados com os produtos químicos domésticos, do livro didático Química & Sociedade (SANTOS et al., 2008, p ). Os óleos essenciais, em geral, na presença de oxigênio, luz, calor, umidade e metais sofrem reações de degradação, por isso a tintura de citronela e o repelente devem ser armazenados em fracos escuros, na ausência de luz e calor (SIMÕES et al., 2004 apud GUIMARÃES et al., 2008). O grupo elaborou um cartaz contendo o roteiro experimental, informações relevantes sobre a citronela, os nomes e as estruturas dos seus princípios ativos. O cartaz e o repelente foram exibidos na Feira de Ciências do Colégio Desenvolvimento do Subtema Produção de sabão de erva-doce Este subtema foi desenvolvido com um grupo de cinco alunos da turma No segundo encontro, eram almejadas as seguintes respostas, referentes às consultas: nome científico da erva-doce é Pimpinella anisum; seu principal princípio ativo é o anetol, um éter aromático de fórmula molecular C 10 H 12 O. A fórmula estrutural do anetol ou trans-1-metoxi- 4-(prop-1-enil)benzeno está representada abaixo. CH 3 O H 3 C Anetol Como alegações terapêuticas da erva-doce poderia ser citada sua eficiência no combate à dispepsia (distúrbios digestivos), cólicas gastrointestinais e sua ação expectorante (CRF-SP, 2012, p.51). É muito comum a sua utilização na produção de sabões e sabonetes devido ao seu odor ser considerado agradável pela maioria das pessoas, mesmo em elevadas concentrações. O sabão é um produto industrializado obtido a partir da reação química entre uma base forte (hidróxido de sódio, NaOH) e um éster de ácido graxo (ácido carboxílico de cadeia linear longa, com um número par de átomos de carbono, que pode variar de dez a vinte), existente em óleos ou gorduras. O processo químico é denominado saponificação e os produtos, sabões, são sais derivados dos ácidos carboxílicos. A figura 7 apresenta um esquema da saponificação de um triéster de ácido graxo com solução de hidróxido de sódio.

48 48 Figura 7. Reação de saponificação. O sabão de erva-doce foi preparado em uma aula demonstrativa pelo bolsista de Iniciação à Docência. O roteiro da atividade experimental está descrito no Anexo 8. A figura 8 exibe imagens de amostras do sabão produzido. Figura 8. Sabão de Erva-doce em formas diferentes. (Fonte: Arquivo pessoal). Assim como ocorreu com outro grupo, desde o primeiro encontro, os alunos foram orientados sobre como fazer a apresentação do trabalho na Feira de Ciências e como elaborar o cartaz, que deveria conter o roteiro experimental resumido, informações relevantes sobre a planta medicinal e a estrutura química do princípio ativo. A figura 9 mostra o cartaz apresentado pelo grupo no dia da Feira de Ciências, no Colégio Estadual Herbert de Souza. No capítulo a seguir, apresentamos as Considerações finais sobre o projeto escolar Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais e sobre esta Monografia.

49 49 Figura 9. Cartaz, em cartolina, produzido pelo grupo sobre o sabão de erva-doce 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta Monografia me possibilitou divulgar as experiências vivenciadas na aplicação de um projeto didático em uma escola pública, do qual tive a oportunidade de participar como bolsista de Iniciação à Docência do PIBID-QUÍMICA-UERJ. O projeto didático Resgatando saberes populares sobre plantas medicinais concretizou um trabalho interdisciplinar entre Química e Biologia. O interesse dos estudantes pelo tema motivou a busca de informações e o planejamento de atividades práticas que permitiram correlacionar saberes populares com conhecimentos escolares em ambas disciplinas. O projeto culminou com a apresentação em sala de aula, pelos próprios estudantes, dos resultados de suas pesquisas e dos produtos elaborados. Para nós estudantes de Licenciatura em Química, o desenvolvimento de um projeto escolar com estudantes com uma faixa etária tão diferenciada, uma vez que envolveu alunos do Ensino Médio Regular e do NEJA, foi importantíssimo, pois vivenciamos formas mais dinâmicas e contextualizadas de ensinar. Agradeço aos colegas bolsistas de Iniciação à Docência e aos Professores e alunos do Colégio Estadual Herbert de Souza o apoio e a oportunidade de realizar este trabalho.

50 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, de Fernando (Org.). As Ciências no Brasil. v. 2, 2. ed. Rio de Janeiro:Editora UFRJ,1994. BARREIRO, Eliezer J. Sobre a química dos remédios, dos fármacos e dos medicamentos. Química Nova na Escola, n.3, maio, p. 4-9, BRASIL.Ministério da Saúde. Portaria de 3 de maio de Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, CARVALHO, Agemiro P. de O; SOUZA, Kelly C. R. Extração do óleo essencial de eucalyptus globulus utilizando material alternativo no ensino de química. [Goiânia], [200-]. Disponível em: < &gid=219&itemid= >. Acesso em: 19 dez CAVAGLIER, Maria C. dos S.; MESSEDER, Jorge C. Plantas medicinais no ensino de química e biologia: propostas interdisciplinares na educação de jovens e adultos. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v.14, n.1, CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CRF-SP). Plantas Medicinais e Fitoterápicos. São Paulo, julho, Disponível em: < Acesso em: 13 set COUGO, Elisabeti da S.; FIGARO, Anajara K.; LINDEMANN, Renata H. As plantas medicinais e o ensino de química: análise da produção de trabalhos em eventos da área. [Ijuí], [2013]. Disponível em: < Acesso em: 19 dez Decreto federal n de 22 de junho de Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Disponível em: < Acesso em: 13 jan

51 51 FERREIRA, AURÉLIO B. de H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Ed. Positivo, FURLAN, Marcos R. Cultivo de plantas medicinais. Coleção Agroindústria, v.13. Cuiabá: SEBRAE/MT, FURTADO, Junia Ferreira. Medicina tropical. Revista de História da Biblioteca Nacional. Historia da Ciência. Edição especial, n.1, out., GUIMARÃES, Luiz G. L et al. Influência da luz e da temperatura sobre a oxidação do óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf). Química Nova. v. 31, n.6, GUIMARÃES, Pedro I. C.; OLIVEIRA, Raimundo E. C; ABREU, Rozana G. Extraindo óleos essenciais de plantas. Química Nova na Escola, n.11, maio, p , IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Disponível em: < >Acesso em: 29 out JORGE, Schirlei S. A. Plantas Medicinais: coletânea de saberes. Instituto Fazenda do Cerrado (IFC) / Instituto Tecnológico de Pesquisa de Produtos Naturais de Mato Grosso, Disponível em: < Acesso em: 13 set KOVALSKI, Mara L.; OBARA, Ana T.; FIGUEIREDO, Marcia C. Diálogo dos saberes: o conhecimento científico e popular das plantas medicinais na escola. In VIII ENPEC, Campinas, Disponível em: < Acesso em: 19 dez LAMEIRA, Osmar A.; PINTO. José E. B. P. Plantas Medicinais: do cultivo, manipulação e uso à recomendação popular. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, Disponível em: < Acesso em: 13 set MACIEL, Michelline V. et al. Extratos vegetais usados no controle de dípteros vetores de zoonoses. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. v.12, n.1, jan./mar, Disponível em: < Acesso em: 15 jan NAVARRO, Dionezine de F.; SILVA, Rosi Z.; MARCONDES, Nhara S. P.;... Utilização de plantas medicinais e aromaterapia como ferramenta no ensino fundamental das ciências. Revista Conexão UEPG. v.3, n.1, Disponível em:

52 52 < Acesso em: 19 dez OLIVEIRA, Cleuza A. de; BATALINI, Claudemir; SANTOS, Thanara R. O estudo de plantas medicinais como tema gerador para o ensino contextualizado em Química. In XV ENEQ, UnB, Brasília, Disponível em: < Acesso em: 18 dez QUEIROZ, Maria de F. V. de.; SILVA, Amanda C. da.; LIMA, Luis V. dos S. O estudo de ervas medicinais: uma proposta interdisciplinar entre química e biologia para o ensino médio. In 64ª Reunião Anual da SBPC, UFMA, São Luís, MA, Disponível em: < Acesso em: 18 dez RIBEIRO, Max M. G. R.; DIAS, Luciana C.; COSTA, Fabianna A.... Drogas, fármacos e plantas medicinais em livros didáticos de química: uma abordagem temática. In 64ª Reunião Anual da SBPC, UFMA, São Luís, MA, Disponível em: < Acesso em: 18 dez RODRIGUES, Luiz C.P.; ANJOS, Maylta B.; RÔÇAS, Giselle. Pedagogia de projetos: resultados de uma experiência. Ciências & Cognição, v.13, p.65-71, SANTOS, Wildson L. P dos et all. Química & sociedade. v. único, 1.ed. São Paulo: Nova geração, SILVA, Denise da. A química dos chás: uma temática para o ensino de química orgânica f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, SILVA, Petronildo B. da; AGUIAR, Lúcia H.; de MEDEIROS, Cleide F. de. O papel do professor na produção de medicamentos fitoterápicos. Química Nova na Escola, n.11, maio, p , SOUZA, Sulenira M. F. da; MONTEIRO, Sílvia H. de L. Aproximação etnográfica no estudo de crendices sobre remédios caseiros e sua relação com o ensino de ciências em uma escola pública de Sobral-CE. In XVI ENEQ, Salvador, BA, Disponível em: < Acesso em: 18 dez

53 53 VEIGA Jr, Valdir F. Estudo do consumo de plantas medicinais na região centro-norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de saúde e modo de uso pela população. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.18, n.2, abr./jun, p , VEIGA Jr, Valdir F.; PINTO, Angelo C.; MACIEL, Maria Aparecida M. Plantas Medicinais: cura segura? Química Nova, v. 28, n. 3, p , 2005.

54 54 GLOSSÁRIO Adstringente Analgésico Anestesia Anestésico Ansiedade Antialérgico Antibacteriano Antidiarreico Antiespasmódico Anti-inflamatório Antisséptico ou antimicrobiano Apicultura Bactericida Broncodilatador Calmante Celulite Cicatrizante Cólica Condimento Contusão Desobstruente Diabete Disenteria Dispepsia Diurético Eczema Protege o tecido ou diminui a eliminação de substâncias. Diminui ou suprime a dor. Perda parcial ou total da sensibilidade para um propósito. Ação ou medicamento que anestesia. Estado afetivo quando há sentimentos de insegurança. Controla uma alergia. Que combate bactéria. Que combate a disenteria. Relaxa as contrações dos músculos lisos. Combate inflamações. Inibe o desenvolvimento de bactérias, fungos e outros agentes microbianos. Criação de abelhas. Combate a flora bacteriana. Dilata os brônquios. Relaxa ou suprime a irritabilidade. Inflamação do tecido celular. Que favorece a cicatrização. Dor abdominal intensa. Substância que serve para temperar, aromatizar ou colorir alimentos. Uma lesão causada por colisão. Soluciona uma obstrução. Uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose no sangue. Doença caracterizada por diarreia e cólicas. Distúrbios da digestão. Facilita a secreção urinária. Inflamação na pele.

55 55 Enjoo Etnobotânica Expectorante Fármaco Farmacologia Farmacopeia Fitoterapia Fitoterápico Flatulência Gastrointestinal Hematoma Hemorragia Hemostático Hepático Hipotensão Inchaço Isopreno Laxativo ou laxante Leucorréia Monoterpeno Monoterpenoide Pressão arterial Prisão de ventre Profilaxia Profilático Sensação desagradável no estômago que causa desconforto. Parte da Botânica que estuda o uso das plantas pelos povos. Facilita a ação de expelir, com tosse, algum material proveniente do pulmão, brônquios ou traqueia. Substância utilizada como medicamentos Parte da medicina que estuda todos os aspectos dos medicamentos. Coleção ou repositório de receitas de medicamentos básicos ou gerais. Tratamento de doenças com utilização de plantas. Concernente à fitoterapia. Acúmulo de gases no tubo digestivo. Relativo aos órgãos estômago e a intestino. Tumor formado de sangue derramado. Consequência quando ocorre um derramamento de sangue dos vasos sanguíneos. Que combate a hemorragia. Relacionado ao fígado. Diminuição abaixo do normal, da pressão, no interior de um corpo. Acúmulo de líquidos nos tecidos. Um líquido incolor, o 2-metilbutadieno e sua fórmula molecular é C 5 H 8. Facilita a evacuação intestinal. Corrimento branco do órgão sexual feminino. Designação genérica dos terpenos com dez átomos de carbono, que se pode considerar resultantes da união de dois isoprenos. Semelhante a estrutura do monoterpeno. Aquela que o sangue exerce sobre as paredes arteriais. Dificuldade persistente para defecar. Parte da medicina que tem por objetivo medidas preventivas contra doenças. Relativo à profilaxia.

56 56 Ressaca Indisposição oriunda do consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Sedativo Ação ou medicamento que acalma. Terapêutica Parte da medicina que estuda meios para aliviar ou curar pacientes doentes. Terapêutico Relativo à terapêutica. Terpeno Designação genérica de determinados hidrocarbonetos insaturados, encontrados em resinas e óleos essenciais e cuja biossíntese acarreta a união de dois ou mais fragmentos derivados do isopreno. Terpenoide Semelhante a estrutura do terpeno. Tintura Álcool carregado dos princípios ativos de uma ou mais substâncias de natureza vegetal, animal ou mineral. Tônico Que fortifica o organismo. Toxidade Propriedade que determinadas substâncias causa um efeito nocivo. Tranquilizante Medicamento que exerce a ação de tranquilizar sobre a ansiedade. Varizes São veias dilatadas e deformadas. Vasoconstritor Causa a diminuição no diâmetro dos vasos sanguíneos. Vasodilatador Causa o aumento no diâmetro dos vasos sanguíneos. Vermífugo Que afugenta ou elimina os vermes. Fontes consultadas: FERREIRA, AURÉLIO B. de H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Ed. Positivo, FURLAN, Marcos R. Cultivo de plantas medicinais. Coleção Agroindústria, v.13. Cuiabá: SEBRAE/MT, 1998.

57 57 ANEXO 1 Colégio Estadual Herbert de Souza Investigando o Uso de Plantas Medicinais Aluno(a): Nº T. 1) Você já fez ou faz uso de alguma planta como medicamento? Sim ou não? R: Caso a resposta seja sim, quais plantas você usou? R: 2) Em sua família é comum o uso de plantas medicinais? Sim ou não? R: Caso a resposta seja sim, quais são as mais utilizadas? R: 3) Em sua casa você tem algum pé de planta medicinal? Sim ou não? R: Caso a resposta seja sim, quais? R: 4) Escreva na coluna à esquerda, do quadro abaixo, os nomes das plantas medicinais que você conhece. Caso saiba, escreva na coluna à direita, os problemas de saúde para quais essas plantas são indicadas. Nº Planta medicinal Indicada para

58 58 ANEXO 2 Colégio Estadual Herbert de Souza Pesquisa sobre Plantas Medicinais Aluno(a): Nº T. 5) O que uma planta medicinal tem que as outras plantas não têm? R: 6) Muitas plantas medicinais têm um nome popular e um nome científico. Dê o nome popular de duas plantas medicinais, a sua escolha, e pesquise quais são os seus nomes científicos. R: 7) Quais os benefícios que o uso das plantas medicinais traz para a saúde? R: 8) Muitas pessoas se medicam com plantas medicinais por conta própria. Quais os riscos desta ação? R: 9) Podemos substituir os remédios por plantas medicinais? R:

59 59 ANEXO 3 Colégio Estadual Herbert de Souza Experiências sobre Separação dos Componentes de Misturas Para separar os componentes de uma mistura, utilizamos processos físicos que não alteram a composição das substâncias ou materiais. Os principais processos de separação são: filtração, decantação, centrifugação, destilação, cromatografia, extração por solvente e recristalização. 1) Separando Materiais Sólidos de Líquidos Material - Anel metálico - Bastão de vidro - Dois béqueres de 250 ml - Funil de vidro - Papel-filtro - Vidro de relógio - Enxofre - Água Procedimento Parte A Aprendendo a dobrar o papel-filtro 1) Dobre o papel-filtro ao meio formando um semicírculo. 2) Faça uma segunda dobra não exatamente ao meio, mas de tal modo que as duas extremidades fiquem afastadas mais ou menos meio centímetro. 3) Coloque o papel-filtro no funil de vidro e molhe-o com água. Coloque o conjunto sobre o anel metálico preso à haste metálica. Parte B Aprendendo a filtrar 1) Coloque no béquer uma colher de enxofre e cerca de 100 ml de água. 2) Filtre a suspensão preparada, vertendo-a lentamente no funil e coletando o líquido no outro béquer. 3) Cuidadosamente, retire o papel-filtro do funil e coloque-o sobre um vidro de relógio. Responda: O equipamento esquematizado ao lado pode ser utilizado para separar os componentes de:

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