Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como Fontes de Matéria Prima para Serrarias

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como Fontes de Matéria Prima para Serrarias"

Transcrição

1 MÁRCIO PEREIRA DA ROCHA Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como Fontes de Matéria Prima para Serrarias Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Engenharia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná como Requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Florestais. Orientador: Prof. Dr. Ivan Tomaselli CURITIBA 2000

2 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Ivan Tomaselli, meu orientador, pela paciência e colaboração durante os anos que me orientou. Aos Professores, Dr. Sidon Keinert Junior e Setsuo Iwakiri, que com seus conhecimentos e sugestões participaram da coorientação desta pesquisa. Á Universidade Federal do Paraná, que me proporcionou a oportunidade de cursar Pós-graduação em um curso de excelência como o Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal. Ao Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná e às chefias que se passaram durante os anos de curso, por me reduzir a carga de atribuições, permitindo assim a conclusão deste trabalho. Ao Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná, pelo apoio que me foi dado para a conclusão desta pesquisa. À empresa Rigesa, Celulose, Papel e Embalagens Ltda, pela doação de toras e transporte das mesmas, em especial ao Eng, Msc. Heuzer Saraiva Guimarães e ao grande amigo Eng. Altair Negrello Junior. Á empresa Inpacel, Agroflorestal Ltda, empresa do Grupo Champion, também pela doação de toras e transporte das mesmas, em especial ao Eng. Msc. Osmar Menegol e à Eng a Ingrid Nielsen. Às indústrias Procopiack Ltda. e Selectas S.A., em especial ao Senhor Miguel Procopiack Filho e ao Eng. Ivan Garay Abatto. À indústria Berneck Aglomerados S.A., em especial ao Sr. Elias De Conti e Sr. Irineu Zielinfki e toda a equipe da serraria. À Industria Forex Fornecedora e Exportadora S.A., em especial aos amigos Eng. Dr. Arnaud Bonduelle e Eng.Marcelo Acioli, bem como toda a equipe da serraria. À Indústria Marinepar Ind. e Com. Ltda., em especial a Senhor Ricardo Slaviero, Senhor Pedro Câmara e toda a equipe da unidade de secagem da empresa. Aos Ex-estagiários, Eng. Florestal Michael Ivan Fenner e Engenheiro Florestal Fábio Lemos, que com esforço e dedicação, participaram de todas as atividades de coletas de dados, sem os quais, tais atividades não seriam possíveis. Ao Centro de Estações Experimentais do Canguri, da Universidade Federal do Paraná, pelo, apoio em algumas etapas da pesquisa. Aos funcionários da Universidade Federal do Paraná Lourival Schraiber e José Barbosa Guedes, ao funcionário da FUNPAR Sérgio Schalameik e ao funcionário Sênior da Universidade Federal do Paraná Sr. Olando Ruzenente, pela colaboração em algumas etapas deste trabalho que foram realizadas na serraria do Centro de Estações Experimentais do Canguiri. Ao Secretário do Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná Sr. Reinaldo Mendes de Souza, à ex-funcionária do curso, Sra. Eleane Rosendo e á funcionária Sra. Elinor do Rocio L. Gorin, por toda a colaboração que deram durante os anos de curso. i

3 À Senhora Marialice Metzker Poggiani, Gerente de Informação e Documentação Científica do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais de São Paulo (ESALQ-USP), pelo pronto atendimento a todas as solicitações de bibliografia, fato indispensável nas atividades de revisão de literatura e discussão dos resultados. Ao acadêmico do Curso de Engenharia Industrial Madeireira da UFPR Alan Sulato de Andrade e aos acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal Álvaro Boson e Rui André Maggi dos Anjos, pela colaboração na confecção de desenhos e figuras neste trabalho. Aos colegas professores e funcionários do Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal, pelo apoio que nunca me foi negado. Aos professores Julio Eduardo Arce e Henrique Soares Koehler, por toda a colaboração e orientação que me deram, com dedicação, na análise estatística deste trabalho. Aos amigos Vitor Daniel Herrera, Ademir José Cavali e Antônio Perin, Laboratoristas do Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal da UFPR por toda a ajuda e apoio que me deram, em várias etapas deste trabalho. Aos amigos, Prof. Nilton José Sousa, Prof. Marcelo Diniz Vitorino e Prof. Alessandro Camargo Ângelo, pelos conselhos e orientações que nunca me faltaram, mas principalmente pela amizade e confiança que sempre me foram dados. Ao meu grande amigo e colega de Departamento, Prof. Ricardo Jorge Klitzke, pelas dezenas de horas dedicadas ao meu auxílio, as quais lhe eram preciosas e que dispensou a mim, na coleta de dados, na tabulação dos dados e toda a análise estatística, entre outros, e também com preciosas orientações, nunca negando nenhum tipo de ajuda. Ás três pessoas mais importantes da minha vida, minha sempre amada esposa, Cyntia e meus preciosos filhos, Mayumi e Vitor, presentes de Deus, os quais abdicaram de muitos momentos comigo, sabendo compreender minha ausência e minha ansiedade, dando-me a energia necessária para os dias difíceis. A Deus, criador de todas as coisas, que me guarda e me conduz e que nunca se ausentou de mim, proporcionando-me o privilégio de ter realizado e feliz. ii

4 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE ABREVIATURAS... vi ix xii RESUMO... xiii ABSTRACT... xiv 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS REVISÃO DE LITERATURA O GÊNERO Eucalyptus Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden Eucalyptus dunnii Maiden Utilização da madeira de eucalipto ASPECTOS QUE AFETAM O DESDOBRO DO EUCALIPTO TENSÕES DE CRESCIMENTO Minimização dos efeitos das tensões de crescimento TÉCNICAS DE DESDOBRO DO EUCALIPTO SECAGEM Colapso MATERIAL E MÉTODOS SELEÇÃO DAS ESPÉCIES SELEÇÃO DAS ÁRVORES E OBTENÇÃO DAS TORAS ANELAMENTO DAS ÁRVORES E DAS TORAS CUBAGEM DAS TORAS iii

5 3.5 VOLUME DE TORAS PROCESSADAS E PERDA EM ANELAMENTO PREPARO DAS TORAS PARA O DESDOBRO Transporte e armazenamento Vaporização das toras DESDOBRO DAS TORAS Método de desdobro tangencial Método de desdobro radial PROPRIEDADES FÍSICAS Determinação da massa específica básica Determinação da umidade Massa específica aparente Retratibilidade AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA SECAGEM DA MADEIRA MEDIÇÃO DAS DIMENSÕES AVALIAÇÃO DOS DEFEITOS CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA CÁLCULO OD RENDIMENTO Rendimento por classes de qualidade Rendimento final ANÁLISE ESTATÍSTICA RESULTADOS E DISCUSSÃO PROPRIEDADES FÍSICAS Teor de umidade inicial Massa específica Retratibilidade iv

6 4.2 AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA AVALIAÇÃO DAS DIMENSÕES Largura das tábuas Espessura das tábuas Comprimento das tábuas AVALIAÇÃO DOS DEFEITOS Arqueamento Encurvamento Rachaduras Encanoamento Colapso RENDIMENTO POR CLASSES DE QUALIDADE Classificação em classes de qualidade Rendimento final dos processos VIABILIDADE TÉCNICA DA SUBSTITUIÇÃO DE MADEIRAS TRADICOINAIS POR Eucalyptus Propriedades físicas Rendimento em madeira serrada Dimensões das tábuas Defeitos e qualidade das tábuas CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ANEXOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS v

7 LISTA DE TABELAS TABELA 1. SEPARAÇÃO DAS TORAS DE Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii, POR CLASSES DIAMÉTRICAS E MÉTODOS DE DESDOBRO TABELA 2. VOLUME TOTAL DAS TORAS PROCESSADAS, EM m 3, MÉDIA POR TORA, PORCENTAGEM DE PERDA DO ANELAMENTO E VOLUME REAL PROCESSADO PARA CADA TRATAMENTO TABELA 3. FASES DO PROCESSO DE SECAGEM DE TÁBUAS DE E. grandis E E. dunnii, com 2,5 cm de espessura TABELA 4. CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE MADEIRA SERRADA DE Eucalyptus spp. FONTE: KLABIN (1995) TABELA 5. UMIDADE INICAL MÉDIA DA MADEIRA DE E. grandis e E. dunnii TABELA 6. MASSA ESPECÍFICA BÁSICA E APARENTE PARA E. grandis TABELA 7. MASSA ESPECÍIFCA BÁSICA E APARENTE PARA E. dunnii TABELA 8. VARIAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE A 12% PARA E. grandis E E. dunnii TABELA 9. CONTRAÇÃO TANGENCIAL RADIAL, LONGITUDINAL, VOLUMÉTRICA E ANISOTROPIA DE CONTRAÇÃO PARA E. grandis TABELA 10. CONTRAÇÃO TANGENCIAL RADIAL, LONGITUDINAL, VOLUMÉTRICA E ANISOTROPIA DE CONTRAÇÃO PARA E. dunnii TABELA 11. CONTRAÇÕES TANGENCIAL, RADIAL E FATORES DE ANISOTROPIA PARA E. grandis, E. dunnii, Swietenia macrophylla (MOGNO) e Cedrela fissilis (CEDRO) TABELA 12. RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA VERDE E SECA A 15% DE UMIDADE PARA E. grandis TABELA 13. RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA VERDE E SECA A 15% DE UMIDADE PARA E. dunnii vi

8 TABELA 14. LARGURA DE TÁBUAS VERDES E SECAS A 15% PARA E. grandis TABELA 15. LARGURA DE TÁBUAS VERDES E SECAS A 15% PARA E. dunnii TABELA 16. ESPESSURA DE TÁBUAS VERDES E SECAS A 15% PARA E. grandis TABELA 17. ESPESSURA DE TÁBUAS VERDES E SECAS A 15% PARA E. dunnii TABELA 18. COMPRIMENTO DE TÁBUAS VERDES OBTIDAS PARA E. grandis TABELA 19. COMPRIMENTO DE TÁBUAS VERDES OBTIDAS PARA E. dunnii TABELA 20. RESULTADOS DE ARQUEAMENTO (mm/m) EM TÁBUAS DE E. grandis, NA CONDIÇÃO VERDE E APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE TABELA 21. RESULTADOS DE ARQUEAMENTO (mm/m) EM TÁBUAS DE E. dunnii, NA CONDIÇÃO VERDE E APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE TABELA 22. RESULTADOS DE ENCURVAMENTO PARA TÁBUAS DE E. grandis TABELA 23. RESULTADOS DE ENCURVAMENTO PARA TÁBUAS DE E. dunnii TABELA 24. RESULTADOS DAS SOMATÓRIAS DE RACHADURAS, EM PORCENTAGEM PARA TÁBUAS VERDES E APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE PARA E. grandis TABELA 25. RESULTADOS DAS SOMATÓRIAS DE RACHADURAS, EM PORCENTAGEM PARA TÁBUAS VERDES E APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE PARA E. dunnii TABELA 26. OCORRÊNCIA DE PEÇAS TOTALMENTE RACHADAS, EM PORCENTAGEM PARA AS ESPÉCIES E. grandis E E. dunnii TABELA 27. RESULTADOS DE ENCANOAMENTO (mm) PARA TÁBUAS SECAS DE E. dunnii TABELA 28. CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA SERRADA DE E. grandis vii

9 TABELA 29. CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA SERRADA DE E. dunnii TABELA 30. RENDIMENTO FINAL EM TÁBUAS SERRADAS PARA E. grandis TABELA 31. RENDIMENTO FINAL EM TÁBUAS SERRADAS PARA E. dunnii TABELA 32. MASSA ESPECÍFICA APARENTE A 12% E COEFICIENTES DE CONTRAÇÃO MÁXIMA PARA ALGUMAS ESPÉCIES NATIVAS E DUAS ESPÉCIES DE Eucalyptus viii

10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. FIGURA 2. FIGURA 3. COMPARATIVO ENTRE AS TENSÕES SOFRIDAS POR UMA ÁRVORE, UMA ANTENA DE TELEVISÃO E UMA COLUNA DE CONCRETO PROTENDIDO, ADAPTADO DE VAN VYK (1978) TÉCNICAS DE ANELAMENTO DE TORAS DE Eucalyptus grandis PROPOSTAS POR BARNACLE & GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986) DIAGRAMAS DE CORTE UTILIZADOS PARA OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS, ADAPTADO DE MENDONZA (1995) FIGURA 4. MÉTODO DE DESDOBRO PARA OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS UTILIZADO POR PANDEY et al. (1984) FIGURA 5. FIGURA 6. FIGURA 7. FIGURA 8. TÉCNICA DE DESDOBRO DE EUCALIPTO POR CORTES SEQUENCIADOS UTILIZADA POR SKOLMEN (1974) MÉTODO DE DESDOBRO DE EUCALIPTO UTILIZADO POR SHARMA et al. (1988) apud DEL MENEZZI & NAHUZ (1998) DESDOBRO DE EUCALIPTO COM UTILIZAÇÃO DE RÉGUA GUIA. ADAPTADO DE DEL MENEZZI E NAHUZ (1998) MÉTODO DE DESDOBRO DE EUCALIPTO COM RETIRADA DE 4 COSTANEIRAS UTILIZADO POR MONTAGNA et al. (1991) FIGURA 9. TÉCNICA DE ANELAMENTO DAS ÁRVORES FIGURA 10. TÉCNICA DE ANELAMENTO DAS TORAS, PROPOSTA POR GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986) FIGURA 11. ASPECTO DA TORA APÓS O ANELAMENTO FIGURA 12. MÉTODO DE DESDOBRO VISANDO A OBTENÇÃO DE PEÇAS TANGENCIAIS, BASEADO EM PICADORES PERFILADORES (A, B) E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA DE DOIS EIXOS (C) FIGURA 13. MÉTODO DE DESDOBRO VISANDO A OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS, COM DESDOBRO PRINCIPAL UTILIZANDO SERRA FITA TIPO TANDEM (A), CIRCULAR MÚLTIPLA DE UM EIXO (B) E REFILADEIRA SIMPLES (C) ix

11 FIGURA 14. ASPECTO DA TORA COM ANELAMENTO, COM DESTAQUE ÀS SOBRAS DE ANELAMENTO, UTILIZADAS PARA DETERMINAÇÃO DE RETRATIBILIDADE E MASSA ESPECÍFICA FIGURA 15. PROCEDIMENTO ADOTADO PARA MEDIÇÃO DO ARQUEAMENTO DAS TÁBUAS FIGURA 16. PROCEDIMENTO ADOTADO PARA MEDIÇÃO DO ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS FIGURA 17. PROCEDIMENTO ADOTADO PARA MEDIÇÃO DO ENCANOAMENTO DAS TÁBUAS FIGURA 18. FREQUÊNCIA POR CLASSES DE LARGURAS DE TÁBUAS APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE PARA E. grandis FIGURA 19. FREQUÊNCIA POR CLASSES DE LARGURAS DE TÁBUAS APÓS SECAGEM A 15% DE UMIDADE PARA E. dunnii FIGURA 20. DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS POR CLASSES DE COMPRIMENTO, PARA TÁBUAS SERRADAS VERDES DE E. grandis FIGURA 21. DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS POR CLASSES DE COMPRIMENTO, PARA TÁBUAS SERRADAS VERDES DE E. dunnii FIGURA 22. ARQUEAMENTO E RACHADURAS EM TÁBUAS DE E. grandis, OBTIDAS POR DESDOBRO RADIAL, AINDA NA CONDIÇÃO ÚMIDA FIGURA 23. TÁBUAS DE E. grandis, OBTIDAS POR DESDOBRO TANGENCIAL, SEM OCORRÊNCIA DE ARQUEAMENTO, APÓS CLASSIFICAÇÃO FIGURA 24. TÁBUAS DE E. grandis LOGO APÓS O DESDOBRO, COM PEÇAS CENTRAIS APRESENTANDO RACHADURAS EM QUASE TODO O COMPRIMENTO FIGURA 25. FREQUÊNCIA EM PORCENTAGEM, DE TÁBUAS DE E. grandis POR CLASSES DE QUALIDADE FIGURA 26. FREQUÊNCIA EM PORCENTAGEM, DE TÁBUAS DE E. dunnii POR CLASSES DE QUALIDADE x

12 FIGURA 27. RENDIMENTOS FINAIS MÉDIOS (%) EM MADEIRA SERRADA, PARA E. grandis E E. dunnii, PARA DUAS CLASSES DIAMÉTRICAS E DOIS SISTEMAS DE DESDOBRO xi

13 LISTA DE ABREVIATURAS grandis FT Desdobro de toras de E. grandis com diâmetros de 19 a 24 cm, visando a obtenção de tábuas tangenciais em maior proporção. grandis GT Desdobro de toras de E. grandis com diâmetros de 25 a 30 cm, visando a obtenção de tábuas tangenciais em maior proporção. dunnii FT Desdobro de toras de E. dunnii com diâmetros de 19 a 24 cm, visando a obtenção de tábuas tangenciais em maior proporção. dunnii GT Desdobro de toras de E. dunnii com diâmetros de 25 a 30 cm, visando a obtenção de tábuas tangenciais em maior proporção. grandis FR Desdobro de toras de E. grandis com diâmetros de 19 a 24 cm, visando a obtenção de tábuas radiais em maior proporção. grandis GR Desdobro de toras de E. grandis com diâmetros de 25 a 30 cm, visando a obtenção de tábuas radiais em maior proporção. dunnii FR Desdobro de toras de E. dunnii com diâmetros de 19 a 24 cm, visando a obtenção de tábuas radiais em maior proporção. dunnii GR Desdobro de toras de E. dunnii com diâmetros de 25 a 30 cm, visando a obtenção de tábuas radiais em maior proporção. xii

14 RESUMO Este trabalho teve como objetivo geral, buscar alternativas de suprimento de madeira serrada com base sustentada. Para atender tal objetivo, foram estudadas as espécies Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii. Toras das duas espécies em duas classes diamétricas foram aneladas e vaporizadas antes do processo de desdobro. As toras foram desdobradas utilizando-se dois sistemas de desdobro o que permitiu a obtenção de tábuas preferencialmente tangenciais em um e tábuas preferencialmente radiais no outro. As tábuas tiveram suas dimensões e os principais defeitos avaliados, na condição verde e após a secagem. Foi avaliado também o rendimento em madeira serrada na condição verde e após a secagem. Os sistemas de desdobro não afetaram o rendimento em madeira serrada, mas as dimensões das tábuas foram influenciadas principalmente pelo sistema de desdobro. As larguras das tábuas obtidas pelo sistema de desdobro radial foram menores. O sistema de desdobro radial gerou uma maior variação nos comprimentos das peças e uma grande quantidade de peças curtas. O sistema de desdobro tangencial originou peças com larguras e comprimentos mais homogêneos. Os principais defeitos que ocorreram foram arqueamento, encurvamento e rachaduras. O arqueamento ocorreu imediatamente após o desdobro e em maior proporção nas tábuas obtidas pelo sistema de desdobro radial e aumentou após a secagem. No desdobro tangencial, o arqueamento teve pouca alteração durante a secagem. O E. grandis apresentou menos arqueamento que o E. dunnii. O encurvamento ocorreu logo após o desdobro e reduziu sua intensidade após a secagem. O E. dunnii apresentou encurvamentos mais pronunciados. As tábuas radiais apresentaram maior encurvamento. As rachaduras ocorreram com intensidade nas duas espécies e o E. grandis apresentou maior quantidade tábuas com este defeito. As tábuas radiais mostraram-se mais estáveis em relação ao aumento das rachaduras durante a secagem. O E. dunnii apresentou encanoamento após a secagem nas peças desdobradas tangencialmente. Os dois sistemas de desdobro tiveram uma grande quantidade de tábuas desclassificadas. O sistema de desdobro tangencial mostrouse mais apropriado para as classes diamétricas estudadas. A madeira serrada de E. grandis e E. dunnii não apresentou resultados que permitam sua utilização em substituição das madeiras nativas tradicionais. A utilização das espécies E. grandis e E. dunnii para obtenção de madeira serrada em substituição de madeiras nativas, no estudo realizado, não mostrou-se viável quando se deseja madeira em classes de qualidade superiores. Recomenda-se o desenvolvimento de estudos das técnicas aqui utilizadas, com toras em classes diamétricas maiores, visando-se a redução nos defeitos que ocorrem para as duas espécies. É necessário que sejam adotadas novas técnicas de silvicultura e manejo para as florestas plantadas de Eucalyptus destinadas à produção de madeira serrada. É necessário a realização de estudos econômicos que visem avaliar a viabilidade do uso do E. grandis e E. dunnii para produção de madeira serrada. xiii

15 ABSTRACT The general objective of this research was to search for sawn wood supply alternatives on a sustained basis. To attain the ultimate, species of Eucalyptus like grandis and dunnii were used. Logs from two different diameter classes were vaporized and treated on the ends through cuts 1 / 3 of the radius to minimize growth stresses damages before conversion. The process followed two systems of sawing to obtain tangential and radial boards. Dimensions and defects on the green condition and after drying were evaluated. Another important variable analyzed was the drying sawn wood yeld. The conversion systems did not affect the sawn wood yeld but did affect the boards dimensions. The width on the radial systems was lower and generated a greater variation on the length of the pieces, being the majority of short ones. The tangential system was more homogeneous in terms of dimensions. The main defects that occurred were bowing, spring and surface and end checks. Spring defects occurred immediately after the processing and in greater proportion on radial boards and got worse after drying. On tangential processing spring defects were not altered after drying. Spring defect showed to be greater on E. dunnii than for E. grandis. The bowing problem appeared right after conversion and came to be minimized on drying. E. dunnii again had bowing defects. Surface and end checks were intense for both species but E. grandis was the worse. The radial boards showed to be more stable in relation to the increase of checks during drying. Tangential boards of E. dunnii presented cupping defects after drying. A great quantity of boards were rejected on both conversion systems. The tangential process came to be more appropriate for the different diameter classes. As conclusion of this research we have that on these diameter classes E. grandis and E. dunnii processed can not substitute traditional native species. To obtain more quality can be suggested to study processing of logs on bigger diameter classes. Another recommendation is the adoption of new silviculture and management techniques to be utilized for sawn wood of Eucalyptus species. Economic feasibility studies for the utilization of these two species for sawing should be developed. xiv

16 15 1. INTRODUÇÃO A madeira acompanha a humanidade desde os seus primórdios. De início foi utilizada como fonte de energia e para fabricação de armas. Posteriormente tornou-se imprescindível na construção de moradias e meios de transporte. Desta forma, a madeira foi e é elemento decisivo em muitos momentos do desenvolvimento da humanidade. À medida que a humanidade avançou, a madeira foi sendo cada vez mais estudada e compreendida, o que foi dando a ela usos mais adequados e nobres. Nos dias de hoje, pode-se dizer que a madeira atingiu um elevado padrão de utilização, o que é compatível com o seu valor. Em função do avanço nas técnicas de utilização, a madeira é hoje matéria prima para grande variedade de produtos como: laminados, compensados, chapas de madeira aglomerada, chapas de fibras, resinas, açúcares, taninos, celulose, papel, energia e madeira serrada. Com o grande aumento populacional, o consumo de madeira aumentou de forma vertiginosa, causando um forte impacto nos estoques de madeiras nativas, principalmente das florestas tropicais. Hoje, tais recursos vêm se tornando escassos e indisponíveis para o suprimento da demanda. Dentre as utilizações da madeira, o seu uso na forma de serrados requer um grande volume de madeira com determinadas características próprias para tal fim. Estas características são encontradas numa grande variedade de essências florestais. No Brasil os povoamentos com bases sustentadas são formados por espécies nativas na região norte do país e espécies dos gêneros Pinus e Eucalyptus nas demais regiões, onde o Pinus se destaca mais na região Sul do Brasil e o Eucalyptus é mais frequente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O interesse pela utilização de espécies de rápido crescimento, como fonte de matéria prima para a obtenção de produtos sólidos da madeira, tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. As restrições impostas ao uso de madeiras provenientes de florestas tropicais nativas têm sido apontadas como um dos principais fatores que levaram à busca de espécies de rápido crescimento para atender à demanda da indústria madeireira (ASSIS, 1999).

17 16 Quando se pensa em espécies de rápido crescimento, como alternativa na produção de madeira, o gênero Eucalyptus se apresenta com uma opção potencial das mais importantes, não somente por sua capacidade produtiva e adaptabilidade a diversos ambientes mas, sobretudo, pela grande diversidade de espécies, tornando possível atender aos requisitos tecnológicos dos mais diversos segmentos da produção industrial madeireira (ASSIS, 1999). A pouca utilização do eucalipto para obtenção de madeira serrada, é devido a algumas características que a tornam de difícil desdobro. Dentre estas características, as tensões de crescimento são as mais importantes, sendo responsáveis por vários defeitos como rachaduras de topo e empenamentos, que inviabilizam o seu uso. Segundo ROZAS MELLADO (1993), apesar da grande demanda de madeira serrada para construção civil, móveis ou outros produtos de maior valor agregado, até agora os eucaliptos, que são as maiores reservas acessíveis e exploráveis, têm sido muito pouco utilizados com estes fins, sendo sua aplicação quase sempre limitada à produção de carvão, celulose e chapas de fibras. A não utilização do eucalipto para fins mais nobres ou na fabricação de produtos com maior valor agregado, se deve em parte, à presença de certas dificuldades na sua conversão, provocadas por algumas características intrínsecas do gênero, tais como uma elevada retratibilidade, propensão ao colapso durante a secagem e principalmente à presença de tensões de crescimento. Poucas décadas de pesquisa começam a mudar a história do eucalipto no Brasil. De madeira de péssima qualidade e de vilão da natureza, acusado de extenuar os solos, consumir água em demasia, afugentar a fauna e impedir o consorciamento com outras culturas, o eucalipto vem se transformando em alternativa de madeira de qualidade para aplicação na indústria de móveis, na marcenaria em geral e na construção civil (REVISTA CIÊNCIA HOJE, 1995). O eucalipto pode se tornar um grande aliado do movimento ecológico, ao atender à demanda do mercado por madeiras de qualidade, reduzindo as pressões sobre florestas nativas, principalmente a Amazônia (REVISTA CIÊNCIA HOJE, 1995). Para que se chegue à obtenção de madeira serrada de eucaliptos de boa qualidade é necessário o esforço de vários ramos da pesquisa, desde a escolha

18 17 de espécies mais adequadas, técnicas de melhoramento genético, exploração adequada e processamentos de desdobro e secagem apropriados. Atualmente, diversos estudos envolvendo técnicas de melhoramento e de processos vem sendo realizados, a fim de se chegar às alternativas mais apropriadas ao desdobro das espécies de eucaliptos. Mesmo com as incessantes pesquisas que estão sendo realizadas sobre o desdobro de eucaliptos, ainda existem muitas dúvidas e soluções a serem encontradas no desdobro de espécies deste gênero, de modo que se possa atingir níveis adequados industrialmente, de rendimentos e qualidades do produto final. 1.1 OBJETIVOS Este trabalho teve como objetivo geral, buscar alternativas de suprimento para produção de madeira em bases sustentadas. Para atender ao objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: - Avaliar as propriedades e a influência de dois sistemas de desdobro no rendimento em madeira serrada, dimensões e qualidade das tábuas, para duas classes diamétricas de toras de Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii. - Analisar a viabilidade técnica da substituição das madeiras tradicionais pelas espécies E. grandis e E. dunnii.

19 18 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 O GÊNERO Eucalyptus As espécies do gênero Eucalyptus têm sua origem na Austrália, Tasmânia e ilhas da Oceania (Java, Filipinas, Papua, Timor, etc). São árvores de grande porte e de rápido crescimento, aptas ao manejo pelo sistema de talhadia, onde após o corte raso gemas dormentes dos cotilédones e primeiras folhas entram em atividade, permitindo a condução das rebrotas por mais duas rotações (RODERJAN, 1999). De acordo com WAUGH (1998), as florestas australianas são dominadas por eucaliptos. Lá existem cerca de 720 espécies reconhecidas, das quais aproximadamente 100 são utilizadas em produtos de madeira. Esta abundância de eucalipto crescendo em florestas naturais tem sido a maior influência no desenvolvimento das indústrias florestais australianas. Os eucaliptos mostram-se bastante indiferentes às qualidades químicas do solo, sendo mais sensíveis às propriedades físicas destes. Crescem bem nos substratos profundos e permeáveis, inclusive arenosos (RIZZINI, 1978). Segundo OLIVEIRA (1999), quanto às características gerais do gênero Eucalyptus, destaca-se o alburno delgado, com menos de 3 cm e de coloração clara. O cerne, segundo ALFONSO (1997) apud OLIVEIRA (1999), apresenta cor variando desde amarelado até vários tons pardo-avermelhados e vermelhos. A madeira apresenta pouco brilho, grã direita a revessa, textura fina a média; macia a moderadamente dura ao corte, com cheiro e gosto distintos. Quanto à massa específica aparente, esta varia desde mais leves, passando a média, até aquelas bastante pesadas, variações de aproximadamente 0,40 a 1,20 g/cm 3. Ainda segundo o mesmo autor, um aspecto positivo, em relação à madeira de eucalipto, é o grande espectro de propriedades, em função das diferentes espécies que são facilmente cultivadas no país. Tem-se desde madeiras leves e de baixa durabilidade, até aquelas madeiras aptas às utilizações estruturais e de relativa durabilidade, mesmo sem serem preservadas.

20 Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden A principal área de ocorrência natural do E. grandis situa-se ao norte de Nova Gales do Sul e ao sul de Queensland, entre as latitudes 25 e 33 o Sul, ocorrendo ainda, no centro (latitude 21 o Sul) e no norte (16 a 19 o Sul) de Queensland. As altitudes variam desde próximas ao nível do mar até 600 m, na área de maior ocorrência e entre 500 e m nas áreas mais ao norte (Atherton- QLD). O clima varia de subtropical úmido (área sul) a tropical úmido (Atherton-QLD). Na principal área de ocorrência, a temperatura média das máximas do mês mais quente está em torno de 24 a 30 o C e a média das mínimas do mês mais frio de 3 a 8 o C. Para as áreas ao norte, os valores variam de 29 a 32 o C e 10 a 17 o C. As áreas costeiras são livres de geadas, enquanto que nos locais de maior altitude, longe da costa, podem ocorrer geadas ocasionais. A precipitação média anual está em torno de a mm, com maior concentração no verão, principalmente no centro e no norte de Queensland. A estação seca não ultrapassa 3 meses (EMBRAPA, 1986). A madeira é de tom branco rosado e segundo FERREIRA (1979) é leve e fácil de ser trabalhada. Em trabalho realizado por SILVA et al. (1997), onde os autores testaram o comportamento do Eucalyptus grandis mediante as principais operações de usinagem normalmente executadas no setor moveleiro, os mesmo concluíram que a referida madeira comportou-se muito bem, indicando um alto potencial para o setor de madeira serrada, principalmente o setor moveleiro. Segundo SIMULA & TISSARI (1998), o E. grandis é considerado entre os melhores eucaliptos para diversos usos e movelaria. De modo geral não é difícil de usinar, porém apresenta certa rigidez. É serrado com certa facilidade e apresenta boa superfície quando aplainado. A madeira do E. grandis pode ser torneada, lixada, furada e malhetada facilmente. Proporciona uma boa linha de cola e recebe pintura e brilho prontamente. Quanto à aceitação de pregos, o E. grandis prega bem, mas está mais sujeito a rachaduras que o Pinus.

21 Eucalyptus dunnii Maiden A região de ocorrência natural desta espécie na Austrália, restringe-se a pequenas áreas no nordeste de Nova Gales do Sul e no Sudeste de Queensland. As latitudes variam de 28 a 30 o 15 Sul e as altitudes de 300 a 780 m aproximadamente. O clima é subtropical úmido com temperatura média de máximas do mês mais quente entre 27 e 30 o C e com a média das mínimas do mês mais frio entre 0 o C e 30 o C, ocorrendo de 20 a 60 geadas por ano. A precipitação média anual é de a mm, com as máximas no verão; a precipitação mensal é sempre superior a 40 mm. A estação seca no inverno, não excede a 3 meses (EMBRAPA, 1986). CALORI & KIKUTI (1997), testando propriedades físicas e mecânicas da madeira de E. dunnii com 20 anos de idade, em função dos resultados obtidos, recomendam tal madeira para situações onde se exigem resistências mecânicas, para fins estruturais, como assoalhos, parquetes, carrocerias, cabos de ferramentas, etc Utilização da madeira de eucalipto No Brasil são atualmente cultivadas diversas espécies de eucalipto com um ampla faixa de densidade, constituição química e anatômica e, consequentemente, com grandes diferenças nas propriedades físicas e químicas da madeira. Estas variações tornam possível um uso bastante amplo da madeira (VITAL & DELLA LUCIA, 1986). Normalmente, as indústrias de celulose, papel e chapas têm influenciado o plantio de determinadas espécies de eucalipto, como E. urophylla, E. saligna e E. grandis. Como consequência, também os estudos sobre eucalipto têm sido ligados ao setor de chapas, celulose e papel (GALVÃO, 1976a). O uso atual de madeira reflorestada do gênero Eucalyptus tem recebido especial atenção tanto por parte de pesquisadores como por parte do setor madeireiro, principalmente nos estados da região Sul e Sudeste, em função do seu grande potencial de disponibilidade em curto espaço de tempo. A tendência de diversificação do uso deste material, que até o momento é canalizado basicamente

22 21 para a indústria de celulose e para energia, está sendo analisado como uma das alternativas para minimizar o déficit habitacional (INO & SHIMBO,1998). Apesar da grande demanda de madeira serrada para construção civil, móveis ou outros produtos de maior valor agregado, até agora os eucaliptos, que são as maiores reservas acessíveis e exploráveis, têm sido muito pouco utilizados com estes fins, sendo sua aplicação quase sempre limitada à produção de carvão, celulose e chapas de fibras (ROZAS MELLADO, 1993). No ano de 1997, foram produzidos no Brasil mdc (metros cúbicos de carvão) dos quais (75% do total) foram produzidos com madeiras oriundas de reflorestamentos de Eucalyptus spp. A indústria de madeira serrada no Brasil, atingiu nos últimos anos um nível elevado de produção, o qual proporcionou um incremento na demanda de madeira roliça para este setor. Tal crescimento é em grande parte, devido às características econômicas e sociais do país. De acordo com LUZ et al. (1992), a nível mundial, as experiências em grande escala e bem sucedidas, no uso de madeira serrada de reflorestamentos de eucalipto, têm seu maior desenvolvimento na África do Sul, onde foram desenvolvidos e aperfeiçoados nos últimos 60 anos, métodos de manejo de reflorestamentos de diversas espécies de eucalipto, especialmente E. grandis e E. cloeziana. Os resultados obtidos permitiram o estabelecimento de um forte setor de serrarias e indústrias moveleiras, além do uso amplo de postes de eucalipto. Segundo POYNTON (1981) apud LUZ et al. (1992), pode-se resumir o atual manejo do eucalipto na África do Sul para serrarias no seguinte: os melhores resultados, que conciliam maior produção volumétrica e madeira de melhor qualidade, estão na condução da rotação de média duração, entre 14 e 25 anos. Idades menores não exploram todo o potencial produtivo da floresta e a qualidade da madeira não é satisfatória, ao passo que além dos 30 anos surgem sérios problemas que prejudicam a qualidade da madeira, como defeitos e tensões internas, e ainda a perda de lucratividade pelo tempo demasiado de ocupação da terra. Dentre os países Sul-americanos que utilizam madeira de eucalipto, destacam-se o Chile, a Argentina e o Brasil. Segundo MENDOZA (1995), a

23 22 elaboração de madeira serrada de eucalipto no Chile é um processo que tem como função converter as toras próprias para serrar em madeira serrada de dimensões definidas, para abastecer a indústria de móveis e construção civil. A madeira de E. grandis é utilizada para produção de caixas de concreto, carpintaria, estruturas de telhados, caixaria (frutas, hortaliças, frangos, etc.), embalagens e páletes onde durante dois anos se exportou mais de m 3 de madeira serrada para a Europa para este fim. Em menor escala são produzidos móveis rústicos (camas, cadeiras, mesas, etc.), material apícola, bins (caixotes de madeira para colheita de frutas com capacidade de aproximadamente 1 tonelada), estrados para camas, forros, cortinas de enrolar, cabos de escovas, cabos, puxadores, vigas laminadas, marcos, escadas, cavaletes, molduras de móveis, brinquedos, etc. (ACOSTA, 1995). Pode-se notar que, mesmo ainda utilizado em pequena escala para a produção de madeira serrada, o eucalipto vem se tornando cada vez mais uma fonte alternativa para a produção dos mais variados produtos à base de madeira sólida. Porém, o emprego do eucalipto como madeira para serraria tem sido geralmente inviável no Brasil, por diversos fatores. O uso de espécies inadequadas, utilização precoce das árvores, escassez de informações sobre o manejo de povoamentos para serraria, estudos genéticos sem considerar a qualidade da madeira para desdobro e problemas ligados à tecnologia, concorrem para o insucesso observado (GALVÃO, 1976a). Segundo PONCE (1995), pode-se dizer que o eucalipto tem tudo para ser a principal madeira de serraria do país. Para isso é necessário investigação intensiva, tanto sob o ponto de vista tecnológico como silvicultural. Sem emprego intensivo de pesquisa, os resultados serão lentos e medíocres. Conclui o autor que, com um trabalho sistemático e arrojado de investigação poder-se-á atingir uma importância econômica comparável à da celulose de eucalipto. Sem investigação no futuro, importaremos madeira serrada para nossas necessidades básicas. O autor cita que em estudos realizados no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. demonstraram a viabilidade de utilização de madeiras de eucaliptos para os mais variados fins como para móveis, onde foram produzidos armários, estantes, escrivaninhas, gaveteiros e mesas com E. grandis e os mesmos tiveram um

24 23 desempenho considerado muito bom. Para cadeiras e mesas que requerem maior resistência mecânica, foi utilizado E. saligna e apresentaram também bom desempenho. No mesmo instituto foram produzidos também estruturas para telhado de E. saligna com 25 anos, páletes de várias espécies, casa pré fabricada de E. grandis e componentes de edificações como assoalhos, lambris, forros, batentes, escadas, etc., com resultados variando de acordo com as espécies e florestas. Foram produzidos ainda cruzetas para postes de transmissão e uma passarela para pedestres com estrutura de E. citriodora, com um vão de 32,4 m. No que diz respeito à construção civil, a participação do eucalipto é importante e decisiva na substituição e racionalização do uso de produtos não renováveis. Segundo GROHMANN & SZÜCS (1998), a utilização da madeira na construção contribui para diminuir a dependência das reservas de materiais não renováveis, já que é uma fonte natural disponível em todo o mundo, e com uma gestão adequada, sua provisão é praticamente inesgotável. Ecologicamente, a exploração da madeira nativa não é bem aceita, sendo mais sensato o emprego da madeira de reflorestamento na construção civil. A exploração racional da madeira de reflorestamento favorece a diminuição da extração desenfreada de madeira nativa. Para o setor moveleiro, o uso do eucalipto vem como uma solução ao problema de distância entre o pólo madeireiro e o consumidor da matéria prima (fabricas de móveis), com redução dos custos de transporte e aliado à demanda por madeiras de qualidade a menor custo (COSTA, s.d. apud SILVA & WENZEL, 1995). O eucalipto pode dar novo estímulo às exportações neste setor. A indústria de móveis na Europa, baseada em madeiras de pináceas está sofrendo uma provisão insuficiente de matérias primas e de alcance dos produtos limitado. A popularidade de móveis de madeira sólida, preferencialmente baseada em madeiras de plantações certificadas, é uma nova moda que provavelmente continuará nos mercados europeus. O eucalipto tem um grande potencial, se corretamente utilizado (ASSIS, 1999). Para a obtenção de madeira de alta qualidade, para aplicação na indústria de móveis, marcenaria e construção civil é necessário considerar a escolha adequada das espécies a serem utilizadas, um manejo diferenciado daquele realizado atualmente para celulose e papel, chapas e energia e uma adequação das

25 24 tecnologias utilizadas para o processamento da madeira de eucalipto (KIKUTI, 1995). Segundo GALVÃO (1976a), a utilização do eucalipto na indústria de móveis, pisos, construção civil, dentre outras, é viável desde que se considere o seguinte: uso de espécies com características favoráveis ao desdobro e de acordo com as exigências do produto final a ser obtido; desdobro de toras provenientes de árvores com mais de 30 anos; emprego de métodos de desdobro que permitam obter peças radiais; secagem controlada em estufas, à umidade de equilíbrio média da madeira no local de uso; tolerância construcional e revestimentos que reduzam as oscilações higroscópicas da madeira. As raras análises econômicas que pretendem estudar as possíveis vantagens da produção de madeira nobre em reflorestamentos têm falhado num ponto essencial: a atribuição de um valor para a madeira serrada do eucalipto. Os valores que são encontrados na literatura podem ser considerados muito equivocados, pois conforme expostos, baseiam-se em preços praticados por um mercado tendencioso, condicionado pelos preconceitos tradicionais ao eucalipto e que herdam parâmetros de avaliação da fase áurea das madeiras nativas (LUZ et al., 1992). Ainda, segundo os autores, num levantamento industrial realizado em 1991 e 1992, com base em testes de produtos e consulta a algumas importantes empresas do setor moveleiro de São Paulo, concluiu-se que a madeira de eucalipto pode ter um valor médio de US$ 130,00 a 180,00 /m 3, com plenas condições de atender às exigências tecnológicas e estéticas do exigente mercado de móveis e para marcenaria de interiores. Em alguns casos, a madeira de eucaliptos (E. grandis, E saligna e híbridos de E. urophylla) hoje disponível, comprovou-se poder ser usada em aplicações de alta qualidade que remunerem acima de US$ 200,00 por m 3, madeira serrada produzida em São Paulo. O que permite este ganho quase inacreditável no valor de remuneração da madeira? A eliminação do frete da Amazônia até o Sudeste, além do maior rendimento no desdobro e a maior padronização da madeira produzida, ambos conseguidos com uma seleção adequada das toras e das peças obtidas, praticando uma tecnologia coerente e competente.

26 ASPECTOS QUE AFETAM O DESDOBRO DO EUCALIPTO A madeira em geral, devido a algumas características como variação anatômica, variação de densidade, anisotropia, entre outras, é um material de difícil trabalhabilidade. Em alguns casos, tais características não são de grande influência. Porém, em outros, algumas delas dificultam ou até descartam a utilização de determinadas espécies. Um dos usos importantes da madeira é o de serrados, onde se obtém matéria prima para os mais variados setores da indústria madeireira. Este é também, um setor onde determinadas espécies ou grupos de espécies, apresentam certas características que as tornam de difícil processamento, onde não é possível se chegar a rendimentos ótimos com qualidade ideal. No Brasil, ainda hoje, existe uma grande disponibilidade de madeiras tropicais, que em função de seus crescimentos lentos e outras características são muito estáveis, tornando-se de fácil trabalhabilidade. Porém, com o aumento da demanda e as pressões ambientais que surgem a cada dia, as madeiras oriundas de reflorestamentos, que antes eram destinadas à produção de celulose, painéis ou energia, começaram a ser também utilizadas para a produção de madeira serrada. Inicialmente, as espécies do gênero Pinus, muito cultivadas no sul do país, foram utilizadas. Tais espécies, apesar de serem de rápido crescimento, nunca apresentaram defeitos mais marcantes que pudessem inviabilizar o seu uso. Inclusive hoje, encontram-se instaladas em alguns pólos moveleiros, indústrias especializadas na fabricação de móveis exclusivamente de Pinus, os quais têm excelente aceitação no mercado internacional. Na busca por outras alternativas de suprimento para a indústria de madeira serrada, o eucalipto, o qual é cultivado em grande escala no Brasil, começou também a despontar como uma potencial fonte de matéria prima. Porém, ao utilizar as espécies deste gênero para a produção de madeira serrada, pesquisadores e profissionais da área, depararam-se com uma série de problemas e empecilhos que até então não tinham maior relevância no desdobro do Pinus. Segundo ROZAS MELADO (1993), a não utilização do eucalipto como madeira serrada se deve, em parte à presença de certas dificuldades na sua

27 26 conversão, provocadas por algumas características intrínsecas do gênero, tais como uma elevada retratibilidade, propensão ao colapso durante a secagem e principalmente à presença de tensões de crescimento. Segundo AGUIAR (1986), o Eucalyptus grandis, por ser a espécie de mais rápido crescimento e atualmente a de maior importância nos programas de reflorestamento dentre os eucaliptos, estudos e observações indicam esta espécie como de grande potencialidade para as indústrias de processamento mecânico. Entretanto, a existência das tensões internas de crescimento e de secagem, responsáveis pelo aparecimento das rachaduras de topo das toras, tem inviabilizado a utilização do E. grandis na produção de madeira serrada e laminados. Segundo SILVA & WENZEL (1995), a restrição da utilização da madeira serrada de eucalipto, é devido também, à falta de informações existentes, uma vez que as entidades ligadas às pesquisas não repassam os dados obtidos nas recentes descobertas, deixando a maioria das serrarias à mercê da sorte e sem uso de tecnologias adequadas ao preparo da matéria prima. Por outro lado, os fabricantes de móveis que desejam introduzir o uso do eucalipto na sua produção, não recebem o apoio dos preparadores da matéria prima (as serrarias) e também dos compradores de móveis (população), que ainda, preferem os móveis de espécies mais conhecidas como o mogno, cerejeira etc. Ainda segundo os autores, este fator desestimula os fabricantes que apenas desistem de produzir estes móveis. Outro fator a considerar é a falta de levantamentos da aceitação dos móveis de eucalipto para o mercado externo. Dentre os vários fatores que muitas vezes inviabilizam a produção de madeira serrada de eucalipto, as tensões de crescimento são sem dúvida, o maior entrave na utilização de muitas espécies do gênero para este fim. Além das tensões de crescimento, a secagem do eucalipto também é um fator que deve ser abordado. Todas as espécies do gênero Eucalyptus, plantadas em grande escala, necessitam uma secagem mais criteriosa, tornando o processo caro e apresentando uma série de defeitos que baixam o rendimento e diminuem a qualidade da madeira obtida, sendo um dos principais deles, o colapso. Segundo OLIVEIRA (1997), o colapso é um dos sérios problemas que afetam a indústria da madeira, principalmente com a utilização de madeira de

28 27 eucalipto. Além deste problema, o autor cita também as elevadas tensões de crescimento, que fazem com que o fendilhamento se potencialize, quando é submetida ao processo de secagem, sendo então necessário uma atenção redobrada na execução da secagem de madeiras provenientes deste gênero. De maneira geral, tais espécies devem ser secas de forma lenta, evitando-se condições severas das variáveis do processo de secagem. Em consequência destas duas características, a madeira serrada de eucalipto apresenta vários defeitos como rachaduras, empenamentos, entre outros, que muitas vezes inviabilizam a sua utilização. Não só as tensões de crescimento e o colapso são problemas no desdobro do eucalipto. PONCE (1995), além destes dois fatores cita também madeira juvenil, nós em excesso, bolsas de resina, variabilidade entre espécies e dentro de uma mesma espécie e a excessiva retratibilidade, como fatores que devem ser levados em consideração. Segundo BAENA (1982), nos países onde se utiliza madeira serrada de eucalipto, como Austrália, África do Sul e Chile sabe-se que um dos maiores problemas enfrentados pela indústria madeireira é a secagem. MENDES et al. (1997), também citam que no uso da madeira serrada, existem vários inconvenientes que estão relacionados com a perda e depreciação da madeira, desde a operação de derrubada da árvore até a fase final de processamento, incluindo as fases de usinagem e acabamento superficial. Porém, a fase mais importante é a secagem devido ao surgimento de rachaduras, empenamentos de diferentes formas, gradientes de umidade, colapso e tensões de secagem. Estes são causados pelos defeitos da madeira devido o crescimento das árvores, como: tensões de crescimento, grande quantidade de nós, madeira juvenil, cerne quebradiço e coeficiente de anisotropia (HILLIS & BROWN, 1978) e má condução da secagem. Outro fator de dificuldade é a variabilidade intraespecífica do gênero Eucalyptus. Essa variabilidade, não controlável ou previsível em matérias primas não clonais, expõe os aspectos negativos de propriedades mecânicas e físicas, além de comprometer quesitos mercadológicos demandados, tais como uniformidade na textura, cor, padronagem, etc. (BULHÕES et al., 1995).

29 28 Parte dos problemas de processamento do eucalipto poderá ser solucionada através de melhoramento genético, condução adequada dos plantios e desenvolvimento de técnicas e equipamentos adequados ao desdobro e secagem (BULHÕES et al., 1995). 2.3 TENSÕES DE CRESCIMENTO O primeiro problema a se enfrentar no processamento da madeira de eucalipto são as elevadas tensões de crescimento, mais marcantes em toras de menores diâmetros, obtidas de árvores mais jovens (WAUGH, 1998). Desde muito tempo os pesquisadores e estudiosos de madeira vêm estudando as causas e origens das tensões de crescimento, além de seus efeitos, que muitas espécies apresentam em grandes proporções. Segundo HILLIS & BROWN (1978), o surgimento das tensões de crescimento ocorre na fase de lignificação das células do câmbio. Ao ser depositada a lignina nas paredes transversais das células, estas se expandem provocando uma retração no sentido axial. As células vizinhas, já com uma maior rigidez, restringem a diminuição do comprimento celular, gerando tensões de tração longitudinal, as quais vão se formando sucessivamente nas camadas de células recém formadas. Além disso, ao aumentar seu diâmetro, a árvore impõe uma alta tensão de compressão no centro do tronco, a qual se espalha por toda a seção do tronco à medida que a árvore cresce. A primeira tentativa de explicar a origem das tensões de crescimento foi realizada por Martley em 1928, ao observar as curvaturas que ocorriam após os cortes de pranchas de olmo. Martley concluiu inicialmente que as tensões poderiam ser causadas pelo aumento do peso da árvore durante o crescimento. Porém, após alguns cálculos, concluiu que o peso da árvore produziria apenas pequenas frações das tensões de crescimento ( DINWOODIE, 1966; BOYD,1972; CHAFE; 1979 e CONRADIE,1980 apud AGUIAR,1986). As tensões de crescimento são um mecanismo apresentado pelas folhosas arbóreas para que permaneçam eretas apesar da grande esbelteza de muitas delas. As tensões de crescimento são formadas no câmbio. As fibras, células

30 29 do xilema têm uma diminuta contração longitudinal logo após a divisão celular. Essas contrações fazem com que as novas camadas de células estejam em condição de tensão de tração. Estas tensões nas partes mais externas dos fustes, fazem o papel de armadura de aço nas colunas de concreto, sendo fundamentais para que os fustes das árvores não se quebrem facilmente quando submetidas a ventos ou outros esforços laterais. Os fustes das folhosas apresentam então a parte externa em tensão, e como consequência a parte interna em compressão. A tensão de compressão na parte interna pode ser tão alta que ultrapasse a tensão de ruptura, surgindo então as fraturas de compressão nas regiões centrais dos fustes. As consequências das tensões de crescimento são: tendência ao rachamento radial nas toras e nas peças diametrais durante o desdobro e encurvamento das peças desdobradas. O encurvamento se dá de tal modo que faces ou arestas côncavas são sempre dos anéis mais externos da peça (PONCE, 1995). VAN VYK (1978), fez um comparativo das tensões de crescimento, as quais ocorrem naturalmente na árvore antes de sua derrubada, com as tensões que ocorrem em uma antena de televisão e uma coluna de concreto protendido. Tais tensões são necessárias, tanto na árvore como numa antena ou coluna de concreto, para que tais estruturas adquiram estabilidade (Figura 1). FIGURA 1. COMPARATIVO ENTRE AS TENSÕES SOFRIDAS POR UMA ÁRVORE, UMA ANTENA DE TELEVISÃO E UMA COLUNA DE CONCRETO PROTENDIDO, ADAPTADO DE VAN VYK (1978).

31 30 Segundo OLIVEIRA (1999), as tensões de crescimento são sem dúvida, um dos principais fatores que contribui para a depreciação da madeira serrada de eucalipto, as quais se iniciam durante o desenvolvimento da parede secundária das fibras. Embora o gênero Eucalyptus represente uma alternativa potencial no abastecimento, sua madeira apresenta restrições próprias e inerentes ao uso de florestas jovens, onde os níveis de tensões de crescimento se manifestam de forma mais proeminente do que em florestas maduras (ASSIS, 1999). O mesmo autor considera que as perdas significativas em função das rachaduras associadas às tensões de crescimento e os defeitos de secagem têm sido consideradas um dos principais entraves à utilização econômica de espécies de Eucalyptus. As tensões de crescimento manifestam-se logo após a derrubada e traçamento da árvore, onde as toras apresentam sérias rachaduras de topo. Na obtenção de madeira serrada, estas tensões manifestam-se através de empenamentos e rachaduras nas peças serradas. As tensões de crescimento, além de outros defeitos são responsáveis pela grande incidência das rachaduras de topo que ocorrem nas toras de eucaliptos já logo após a derrubada da árvore e traçamento das toras. Segundo AGUIAR (1986), estas rachaduras são as mais evidentes manifestações da existência das tensões naturais de crescimento, associadas ou não às tensões de secagem. BAENA (1982), afirma que os defeitos como rachaduras e empenamentos estão associados às tensões internas que se manifestam após a derrubada das árvores, com maior intensidade nas idades mais jovens, diminuindo consideravelmente com o amadurecimento da árvore. Estudando madeiras de 150 espécies de Eucalyptus, BARISKA (1992), afirma que as fendas começam a aparecer dois dias após a derrubada da árvore, geralmente na parte central entre as regiões da medula e câmbio. O autor afirma que este é um processo rápido, com a maioria das fendas sendo desenvolvidas entre o segundo e o quarto dia após a derrubada. Deve-se considerar que as maiores ou menores manifestações das tensões de crescimento estão associadas a uma série de características, inerentes à espécie e aos tratos silviculturais e de exploração. Porém, existem algumas

32 31 controvérsias entre os pesquisadores sobre quais os fatores mais importantes e seus níveis de influência sobre as tensões de crescimento. Muitos pesquisadores apontam a taxa de crescimento como sendo um fator de grande influência sobre os níveis das tensões de crescimento. Porém, outros não colocam como um fator de maior importância, considerando os fatores inerentes às espécies e genéticos como sendo de maior influência. Segundo SHÖNAU & COETZEE (1989), os elevados níveis de tensões de crescimento da madeira estão ligados ao seu genótipo, idade, tamanho da tora, taxa de crescimento e inclinação da árvore e podem se agravar mais, dependendo das práticas silviculturais adotadas, das condições de crescimento da árvore e pelos métodos de exploração adotados. Os níveis de tensões de crescimento são variáveis entre as diversas espécies de Eucalyptus, sendo também relacionadas ao tamanho da árvore, idade, diâmetro do tronco e taxa de crescimento. Árvores com elevadas tensões de crescimento desenvolvem fissuras radiais durante e após a derrubada, particularmente se esta é mantida diretamente em contato com o solo. Estas fissuras de topo ocorrem dentro de uma semana após a derrubada (OLIVEIRA, 1999). De acordo com PONCE (1995), existe uma tendência a se atribuir às tensões de crescimento e suas consequências nos eucaliptos, às grandes taxas de crescimento, todavia, não está provado que taxas maiores de crescimento induzem a mais tensão de crescimento. Deve-se entender então que tensão de crescimento não se trata de tensão de velocidade de crescimento. HILLIS & BROWN (1978), consideram que não existe evidência quantitativa do aumento das tensões de crescimento relacionado com a rapidez de crescimento da árvore, as plantações com espaçamentos mais uniformes podem ter tensões mais reduzidas, em relação às árvores crescendo em condições naturais e que os níveis de tensões são mais elevados na estação chuvosa.

33 Minimização dos efeitos das tensões de crescimento Os estudos até então realizados, comprovam que as tensões de crescimento são responsáveis por uma grande proporção de defeitos que ocorrem com a madeira de eucalipto, durante todas as fases de processamento. Tais defeitos implicam em grande perda de rendimento e, consequentemente, na inviabilização do uso do eucalipto. É de consenso também que ao se reduzir ou minimizar os efeitos das tensões de crescimento, muitos dos problemas e defeitos que ocorrem no processamento do eucalipto são minimizados, proporcionando maior rendimento e qualidade da madeira serrada. Desta forma, incessantes pesquisas são realizadas, a fim de obter condições e técnicas de controle das tensões de crescimento. De acordo com OLIVEIRA (1999), quando se consegue reduzir os elevados níveis de tensões de crescimento em toras de madeira de eucalipto, consequentemente, consegue-se resolver grande parte dos problemas relacionados às etapas de processamento da madeira de eucalipto durante o desdobro e secagem da madeira. Muitas são as alternativas para minimizar os efeitos das tensões de crescimento em eucalipto. Tais operações são realizadas desde o momento da derrubada da árvore até nas técnicas de desdobro utilizadas. Vários métodos ainda são citados para a redução das rachaduras de topo como bloqueamento da lignina (CHAFE, 1979 apud AGUIAR, 1986), selamento de topo (SKOLMEN, 1965 apud CHAFE, 1979 apud AGUIAR, 1986), armazenamento de toras sob aspersão de água (NICHOLSON, 1973 apud AGUIAR (1986), entre outros. Segundo JARA et al. (1997), são pesquisadas várias técnicas que visam prevenir ou evitar rachaduras nas toras de Eucalyptus spp., eliminando as tensões internas presentes nas mesmas. Entre eles, pode-se citar o anelamento da árvore antes da derrubada e secionamento do tronco, armazenamento sob aspersão e imersão total das toras, traçamento dos verticilos da árvore, furação central da tora, rasgamentos laterais, armazenamento na sombra e uso de conectores tipo gang nail nas extremidades das toras, entre outros.

34 33 Outras técnicas também podem reduzir ou eliminar as tensões de crescimento, como o desfolhamento da árvore por determinado período antes da derrubada da mesma, a vaporização das toras ou sua imersão em água quente por um período de 24 horas. Logo após a obtenção das toras, estas podem ser esquadrejadas e deixadas para secar por um período de 5 a 6 meses antes do desdobro final. Pode-se utilizar o esquadrejamento da tora e logo após imergir o bloco resultante em água corrente por 3 a 4 meses, seguindo-se a secagem antes do desdobro final (OLIVEIRA, 1999). a) Melhoramento genético Sabe-se que todos os defeitos que ocorrem na madeira de eucalipto são reduzidos, muitas vezes a níveis satisfatórios, através da manipulação dos fatores genéticos e seleção. De acordo com OLIVEIRA (1999), há uma viabilidade quanto às propriedades da madeira de eucalipto para atender a um amplo espectro de exigências quanto às diferentes formas de uso. Porém, há a necessidade de continuidade dos programas de melhoramento genético, aliado ao avanço da tecnologia de processamento, visando ao contorno de obstáculos à produção de material de qualidade. Segundo AGUIAR (1986), para as condições do Brasil, onde os povoamentos existentes foram conduzidos para a produção de papel e celulose e as árvores selecionadas para serraria e laminação foram aquelas que apresentaram os melhores ritmos de crescimento e forma, sem a devida atenção às tensões internas de crescimento, a utilização de técnicas que visam a redução ou minimização deste defeito, é a melhor opção em curto prazo. Já a médio e longo prazo são importantes as sugestões de FERNANDES (1982) apud AGUIAR (1986), as quais propõem a formação de plantios clonais a partir de exemplares selecionados como de baixos índices de rachaduras, como também o desenvolvimento de estudos visando a determinação da herdabilidade da tendência de toras racharem no processamento mecânico.

35 34 O uso do eucalipto com sucesso depende fundamentalmente em se contar com material genético de qualidade aplicando-se as tecnologias apropriadas. O industrial deverá adequar sua mentalidade a este gênero, avaliando até onde pode produzir e com que qualidade (ACOSTA, 1999). Na implantação de novas florestas, o controle das elevadas tensões de crescimento em árvores de eucalipto está diretamente ligado ao melhoramento genético, com a seleção do material isento ou com níveis mínimos de ocorrência de tensões de crescimento (OLIVEIRA, 1999). Segundo PONCE (1995), uma das formas de se reduzir os principais defeitos da madeira de eucalipto, dentre eles os provocados pelas tensões de crescimento, é através da caracterização e identificação, através de pesquisa de campo e de laboratório de espécies, procedências, progênies, clones ou indivíduos com características silviculturais e tecnológicas adequadas à produção de toras para madeira serrada. Os principais aspectos a serem determinados são: forma, comportamento da desrama, densidade e outras propriedades físicas, tendência ao rachamento, tendência ao colapso e a empenamentos. ROZAS MELLADO (1993), recomenda que para as florestas de Eucalyptus destinadas a serrarias e movelaria sejam desenvolvidos programas de melhoramento genético visando principalmente a redução das tensões de crescimento, o que permite a obtenção de um maior aproveitamento da matéria prima, possibilitando seu uso em grande escala. b) Anelamento, cintamento, gang nail e outros No momento da derrubada da árvore e obtenção das toras, existem algumas técnicas que demonstraram efeitos positivos quanto à redução das tensões de crescimento. Segundo AGUIAR (1986), o ideal para a neutralização das tensões internas de crescimento seria a utilização de técnicas aplicadas nas árvores em pé, para reduzir as rachaduras que ocorrem por ocasião da derrubada da árvore e sua transformação em toras e também, prevenir a existência de falhas internas de compressão e as micro fendas conhecidas como madeira quebradiça. O autor

36 35 concluiu que as tensões internas de crescimento causadoras das rachaduras de topo das toras de Eucalyptus grandis podem ser minimizadas através de técnicas adequadas e que o corte e traçamento das árvores desta espécie com a utilização do anelamento diminuiu as rachaduras de topo. Ainda de acordo com o mesmo autor, pode-se afirmar que o anelamento diminui significativamente as tensões internas de crescimento residuais nas toras, o que permite aceitar a provável possibilidade da utilização da madeira de Eucalyptus grandis na produção de lâminas desenroladas e na produção de madeira serrada, a partir de toras que receberam o anelamento antes do corte transversal. O autor explica que, quando é utilizada esta técnica antes do corte transversal, ocorre a eliminação de parte das tensões próximas à casca, provocando uma diminuição da ação das forças responsáveis pela formação da calota na face transversal após o corte, sendo que a liberação de parte das tensões internas de crescimento é limitada na extensão entre o anelamento e a face de corte. Uma forma de tratamento à árvore é o seu anelamento, provocando a sua morte, alguns meses antes da derrubada. DE VILLIERS (1973) e NICHOLSON (1973) apud ROZAS MELLADO (1993), aplicaram este método de secagem da árvore em pé e verificaram que o mesmo apresentou bons resultados quanto à diminuição das rachaduras de topo. GIORDANO et al. (1969) e GIORDANO & CURRO (1972) apud ROZAS MELLADO (1993), também testaram tal técnica, através do anelamento do alburno de árvores aos 5, 8 e 17 meses antes de suas derrubadas. ANDRADE & VECCHI (1918) apud OLIVEIRA (1999), já mencionavam a utilização da técnica de anelamento das árvores a uma altura de 20 cm do solo ou acima do local de corte. A profundidade de anelamento deve variar de um terço até a metade do raio da árvore. É recomendado que o anelamento seja realizado durante o inverno e com antecedência de 6 a 8 meses antes da derrubada da árvore. Tais técnicas apresentam resultados satisfatórios, porém, têm o inconveniente de proporcionarem maiores riscos de incêndio e ocorrência de pragas. A fim de evitar os riscos de incêndio e ataque de pragas, vários autores testaram a técnica de anelar a árvore antes da derrubada e posteriormente o

37 36 anelamento das toras antes de sua obtenção (BARNACLE & GOTTSTEIN, 1968 apud ROZAS MELLADO, 1993; GIORDANO & CURRO, 1972 apud ROZAS MELLADO, 1993; VAN VYK, 1978; KUBLER & CHEN, 1975 apud ROZAS MELLADO, 1993; CONRADIE, 1980 apud ROZAS MELLADO, 1993; HILLIS (1978); AGUIAR, 1986). ROZAS MELLADO (1993), trabalhando com E. grandis, utilizou a técnica de anelamento com motosserra a uma profundidade de 1 / 3 do raio da árvore a uma altura de 20 a 30 cm acima do corte transversal de derrubada da árvore. Após a derrubada, na obtenção das toras, a profundidade de anelamento também foi de 1 / 3 do raio, deixando-se 15 a 20 cm a cada extremo do tolete. O autor concluiu que tal tratamento evitou a formação de rachaduras de topo, tanto durante a derrubada da árvore como na posterior confecção das toras. Desta forma, o autor recomenda a realização do anelamento com motosserra, pelo mesmo ter um efeito positivo sobre a liberação das tensões de crescimento e principalmente para dificultar a propagação de rachaduras nas toras durante o aquecimento. O autor concluiu que: - O anelamento com motosserra realizado a uma profundidade de aproximadamente 1 / 3 do raio e a uma distância de 20 cm do topo, evitou a formação de rachaduras de topo, tanto durante a derrubada da árvore como na posterior confecção dos toletes. - O tratamento de anelamento reduz sensivelmente a propagação das rachaduras nos topos das toras provocadas pelo tratamento de aquecimento (vaporização) a uma temperatura de 90 o C por 18 e 36 horas. BARNACLE & GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986), testaram três técnicas de anelamento com motosserra em toras de E. crypellocarpa e E. regans (Figura 2) e concluíram que a primeira técnica, de anelamento a 20 cm antes e 20 cm depois do plano de corte transversal da tora, resultou numa proteção para as faces de ambos os topos expostos pelo corte transversal. As outras duas técnicas protegeram somente um dos topos das toras.

38 37 FIGURA 2. TÉCNICAS DE ANELAMENTO DE TORAS DE Eucalyptus grandis PROPOSTAS POR BARNACLE & GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986). Outra técnica já utilizada por alguns pesquisadores, consiste na colocação de fitas metálicas ou plásticas ao redor do tronco da árvore antes de sua derrubada (WILHELMY & KUBLER, 1973 apud ROZAS MELLADO, 1993; KUBLER, 1987 apud ROZAS MELLADO, 1993; KUBLER & CHEN, 1975 apud ROZAS MELLADO, 1993 e VILLIERS, 1973 apud ROZAS MELLADO, Segundo DE VILLIERS (1973) e KUBLER & CHEN (1975) apud SEVERO (1998), a utilização de fitas metálicas ou plásticas colocadas ao redor do tronco antes da derrubada da árvore é efetiva, porém de difícil utilização em campo. A utilização de conectores anti-rachaduras do tipo gang nail também é uma técnica utilizada. GERALDO & SODRÉ (1983) apud AGUIAR (1986), comparando vários dispositivos para redução das rachaduras de topo em postes de Eucalyptus saligna e seus híbridos, concluíram que os conectores anti-rachaduras tipo gang nail foram os que mais contribuíram para a redução de tais rachaduras. TISSEVERASINGLE, 1967 apud MALAN (1984) apud SEVERO (1998) e MAYER & WEGLIN, 1955) apud MALAN (1984) apud SEVERO (1998), sugerem que a utilização de peças metálicas fixadas nos topos das toras como gang nail, prendedores em forma de S ou C, fixados após o corte transversal, não reduzem as

39 38 tensões internas de crescimento, porém restringem o desenvolvimento de rachaduras, deixando o topo intacto até que a secagem aumente a resistência à tração radial e contrabalance a tensão interna. Outros autores não encontraram diferenças significativas entre a utilização dos gang nails e outras técnicas aplicadas. STUBBINGS (1973) apud CHAFE (1979) apud AGUIAR (1986), estudando vários métodos para redução de rachaduras em postes de E. grandis, concluiu que não houve uma diferença significativa entre os tratamentos com gang nail, anelamento e retenção de um colar de casca no topo da tora, após o descascamento da parte central da tora, sendo ainda, o colar de casca o mais simples, mais barato e menos destrutivo. c) Vaporização das toras A vaporização das toras antes do seu desdobro é uma alternativa eficiente na minimização das tensões de crescimento. Porém, esta técnica só é utilizada em conjunto com o anelamento das toras, pois ao ser vaporizada, a tora sofre sérias rachaduras de topo. Desta forma, o anelamento serve como uma maneira de não permitir que tais rachaduras ocorram além do anel. AGUIAR (1986), comenta em seu trabalho que toras verdes tratadas com calor e umidade podem ter o efeito das tensões de crescimento reduzido através da plastificação da lignina na madeira. Porém, algumas vezes, pode provocar um aumento das rachaduras de topo. Segundo DAVIS & THOMPSON (1964), os quais estudaram três espécies de madeira, o tratamento térmico influencia nas propriedades físicas e químicas da madeira e os efeitos permanentes do aquecimento nas propriedades de resistência variam com a temperatura e tempo de aquecimento, havendo ainda, variação entre as espécies e suas respostas aos diferentes tratamentos. JARA et al. (1997), testaram o aquecimento de toras de Eucalyptus grandis antes do desdobro, visando a diminuição das tensões de crescimento. Os autores trabalharam com três tratamentos, sendo 43 horas a 65,6 o C, 67 horas a 64,5 o C e 106 horas a 59,3 o C. Os mesmos concluíram que o tratamento térmico das toras por um período de 67 horas com temperatura média de 64,5 o C contribuiu

40 39 significativamente para a redução do índice de rachamento das tábuas. Concluíram ainda os autores, que do ponto de vista prático, o resultado do aquecimento das toras de E. grandis pelo período de 67 horas à temperatura de 64,5 o C, é um indicativo de redução das tensões de crescimento, maximizando o rendimento em madeira serrada e minimizando o rachamento de tábuas, quando as toras são desdobradas pelo método de Quadro cheio (cortes sucessivos), existindo evidências que o processo de tratamento térmico das toras proporciona melhores rendimentos. VITAL & DELLA LUCIA (1982) apud JARA et al. (1997), estudando o efeito do aquecimento a 105, 130 e 155 o C durante 10, 20, 40, 80 e 160 horas, nas variações dimensionais, perda de peso e teor de equilíbrio higroscópico da madeira de Eucalyptus saligna, concluíram que o efeito da temperatura depende do tempo de aquecimento. Uma maior exposição da madeira às temperaturas mais elevadas durante um maior número de horas, acarretou maior perda de peso e um aumento nas contrações radial, tangencial e volumétrica, bem como uma redução no teor de equilíbrio higroscópico, não encontrando efeito significativo dos tratamentos na contração ou expansão longitudinal, na densidade da madeira assim como na relação variação tangencial/variação radial. ROZAS MELLADO (1993), confirmou em seu trabalho com Eucalyptus grandis que a vaporização das toras previamente aneladas, foi efetivo na liberação das tensões de crescimento, sendo confirmada esta liberação durante o desdobro das toras, já que as tábuas não apresentaram rachaduras ou qualquer tipo de empenamento durante o processamento mecânico, sendo estes defeitos comuns em madeiras com altas tensões de crescimento. O autor recomenda que, pela grande importância econômica que representa a liberação das tensões de crescimento, utilizar o tratamento de aquecimento para melhorar a qualidade da madeira serrada, uma vez que este tratamento provoca uma diminuição das rachaduras durante o desdobro, resultando num maior aproveitamento da matéria prima durante o seu processamento. Para a liberação das tensões de crescimento, o mesmo recomendou a utilização de um tempo de vaporização de 18 horas a uma temperatura de 90 o C. NICHOLSON (1973) apud SEVERO (1998), observou que o armazenamento de toras, principalmente em locais úmidos por mais de três meses

41 40 favorece o relaxamento das tensões de crescimento, entretanto este procedimento prolongado pode provocar rachaduras e empenamentos. CHAFE (1979) apud SEVERO (1998) e KUBLER (1987) apud SEVERO (1998), descrevem que é possível a liberação das tensões de crescimento através do relaxamento das deformações por meio da umidade e calor, promovendo assim, uma nova acomodação das células ou de componentes das paredes celulares. De acordo com o U. S. FOREST PRODUCTS LABORATORY (1987), quando se aquece a madeira a 82 o C, as tensões de crescimento podem ser reduzidas a um nível de 90% ou até mais e se as toras forem de comprimentos maiores, após seu novo traçamento, as toras resultantes desenvolverão rachaduras em menor proporção. SKOLMEN (1967) apud SEVERO (1998), trabalhando com Eucalyptus saligna com diâmetros de 15,2 a 20,3 cm, obteve uma redução de 50% nas tensões de crescimento, após um tratamento de 24 horas em água quente. O mesmo autor, tratou a madeira com vapor por 48 horas, não obtendo uma redução aparente nas tensões. LUTZ & PANZER (1969) apud SEVERO (1998), após um tratamento de 48 horas em água a 93 o C, observaram a completa liberação das tensões de crescimento e, a 65 o C, estas tensões foram liberadas em 2 / 3. KIKUTI ( 1995) apud SEVERO (1998), concluiu que a aplicação de vapor saturado a uma temperatura de 90 o C, 110 o C e 140 o C, durante 3 horas em toras verdes de Eucalyptus rubida, provocou uma redução nas tensões de crescimento de forma crescente com as temperaturas utilizadas. d) Técnicas de desdobro A aplicação de técnicas de desdobro apropriadas no processamento de madeiras de espécies com fortes tensões de crescimento, são muitas vezes, um fator determinante no bom aproveitamento da madeira serrada de tais espécies. Diversas formas de desdobro têm sido utilizadas para madeira de eucalipto, com vantagens e desvantagens. Uma simples comparação de

42 41 rendimentos de madeira serrada não pode ser feita, sem que se estabeleça uma combinação entre as espécies, as idades, os diâmetros e as origens das espécies e árvores. No entanto, pode-se inferir quais das técnicas utilizadas produzem menor quantidade de defeitos durante o processo de desdobro e, também, após a secagem. Esta última avaliação se faz necessária, uma vez que as técnicas de desdobro produzem tábuas que apresentarão defeitos no processo de secagem e que não poderão ser totalmente utilizadas. Deste modo, na seleção da melhor técnica deverá ser escolhida aquela que cause menores problemas, do ponto de vista das tensões de crescimento e da secagem (DEL MENEZZI & NAHUZ, 1998). Na operação de desdobro da madeira de eucalipto, pode ocorrer fendilhamento, além de arqueamento, devido às tensões residuais existentes nas toras. Tais distorções se manifestam com torcimento nas tábuas radiais e encanoamento nas tábuas tangenciais, em função do desequilíbrio existente entre as tensões de tração na periferia e compressão no centro da tora (OLIVEIRA, 1999). Os troncos de E. grandis são geralmente retos e com boa forma. São serrados facilmente, mas as tábuas centrais, especialmente aquelas associadas com a medula tendem a fender no comprimento, algumas vezes resultando em duas peças. O fendilhamento pode ser minimizado com a conversão rápida após a derrubada e com o uso de métodos de desdobro com retirada de peças em númenro par e de forma simétrica (serras de perfilagem, serras duplas), que liberam as tensões simultaneamente nos lados opostos da tora (SIMULA & TISSARI, 1998). Várias são as técnicas de desdobro para madeira de eucalipto, onde em algumas se procura a obtenção de peças radiais e outras, peças tangenciais. Porém, a maioria delas busca a utilização de cortes simultâneos, os quais são comprovadamente mais eficientes na liberação das tensões de crescimento. Devido à grande importância das formas de desdobro utilizadas para eucaliptos, não só para a redução dos efeitos das tensões de crescimento, mas também quanto ao comportamento da madeira durante a secagem, rendimento e produtividade, as técnicas de desdobro específicas para esta madeira serão tratadas a seguir.

43 TÉCNICAS DE DESDOBRO DO EUCALIPTO Como a madeira de eucalipto, em função de várias características, apresenta uma série de defeitos durante a fase de processamento, esta merece atenção, desde a obtenção da tora até sua secagem, de maneira que a manifestação de tais defeitos seja minimizada. Dentre as fases de processamento do eucalipto, a utilização de técnicas adequadas de desdobro é fundamental quando se deseja obter madeira de relativa qualidade. Todas as técnicas utilizadas para desdobro de espécies deste gênero visam minimizar os defeitos oriundos das elevadas tensões de crescimento que este apresenta. Segundo WAUGH (1998), enquanto o tipo de serra, circular ou de fita, pode ter alguma influência na qualidade do produto, a maneira de passar a tora através da serra irá determinar a estratégia de serragem e tem considerável efeito na estabilidade dimensional e nos defeitos do produto. Em função das características que as diferentes formas de obtenção das tábuas proporcionam, várias formas de desdobro vêm sendo exaustivamente estudas e, cada uma delas, apresenta vantagens e desvantagens quanto à qualidade, rendimento e produtividade. DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), em uma revisão de literatura realizada sobre as principais formas de desdobro para eucalipto, as dividem em técnicas que se utilizam de cortes tangenciais e as que se utilizam de cortes radiais. Os autores definem que a técnica de cortes tangenciais consiste na obtenção de peças tangenciais às camadas de crescimento e foi testada por PANDEY et al. (1984). Esta técnica é bastante utilizada para outras espécies, mas quando utilizada para eucalipto apresenta problemas. Dentre os problemas, PANDEY et al. (1984), citam que a parte interior da tábua, a qual está sob compressão, tende a se alongar com o corte e a parte exterior que está sob tração tende a encurtar. Desta forma, tábuas tangenciais tornam-se encurvadas para fora da tora. Além deste fator, PANDEY et al. (1984) observaram que 15 a 20% das tábuas desenvolveram rachaduras durante o desdobro, e que durante os processos seguintes, as peças

44 43 apresentam outros problemas como colapso, empenamentos, fendas de superfície e torcimento. A técnica de cortes radiais, consiste na execução de cortes radialmente às camadas de crescimento, objetivando-se a obtenção do maior número possível de tábuas com faces no mesmo plano dos raios (BOOTLE, 1983 apud DEL MENEZZI & NAHUZ, 1998). Segundo o mesmo autor, as vantagens de peças radiais são: melhor aparência à madeira de folhosas, em função da disposição dos raios e da grã; menor contração no sentido da largura da tábua, proporcionando menor movimentação em serviço; as bolsas de resina, comuns em eucalipto, apresentamse nas tábuas radiais com linhas finas, sendo aceitáveis quanto à aparência; tábuas radiais geralmente são menos suscetíveis ao encanoamento e ao fendilhamento; tábuas radiais de eucalipto que são suscetíveis ao colapso durante a secagem, podem ser mais facilmente recondicionadas. Segundo ACOSTA (1995), na Argentina, tinha-se como sistemas tradicionais de desdobro de eucaliptos a utilização de uma serra fita com carro na entrada que retira uma costaneira, uma serra fita dupla com cadeia de alimentação que retira outras duas costaneiras. A peça resultante, com três faces planas, é desdobrada em tábuas, através de cortes paralelos em uma ou mais serra fita de resserra. Posteriormente, as peças são destopadas em destopadeiras pendulares, ou são destopadas em conjunto, já empacotadas. Atualmente na Argentina, estão sendo mais utilizadas serras circulares. Um exemplo é o emprego de uma serra circular geminada com cadeia alimentadora na entrada e, logo após, a peça resultante passa em serras circulares múltiplas de um ou dois eixos em função da altura de corte da peça, obtendo diretamente as tábuas. As costaneiras são desdobradas em serras fita ou circulares de aproveitamento. Ainda segundo o mesmo autor, para a produção de pisos na Argentina, em função da dureza exigida, se utiliza eucaliptos vermelhos (E. tereticornis e E. camaldulensis), como assim também, o E. globulus e E. viminalis. Este sistema exige a melhor qualidade da madeira serrada e estabilidade possíveis. Por este motivo se prefere o corte quarteado, a fim de se obter a maior quantidade de tábuas radiais, as quais apresentam melhor estabilidade dimensional. Para isto

45 44 deve-se utilizar toras de grandes diâmetros para que o sistema seja rentável (ACOSTA, 1995). Segundo MENDOZA (1995), os diagramas de corte mais utilizados para eucalipto são os orientados para a obtenção de peças radias (Figura 3). FIGURA 3. DIAGRAMAS DE CORTE UTILIZADOS PARA OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS, ADAPTADO DE MENDONZA (1995). De acordo com GALVÃO (1976b), no desdobro de toras de eucalipto, deve-se procurar obter a maior quantidade possível de madeira radial, que tem menor possibilidade de apresentar defeitos de secagem, por se movimentar menos. Entretanto é uma prática que tem sido sistematicamente ignorada em nosso meio. Segundo o autor, alega-se que os métodos de desdobro para obtenção da madeira radial são mais caros e com menor produção e rendimento de madeira serrada em relação ao método de cortes paralelos, que originam peças tangenciais. Contudo, na Austrália, os métodos radiais são os indicados e efetivamente utilizados no desdobro de madeira de eucalipto, onde o menor rendimento e produção são amplamente compensados por uma redução de defeitos das peças obtidas e seu melhor comportamento em uso. Entre outras, a peça radial apresenta as seguintes vantagens sobre a tangencial: melhor estabilidade na largura, menores possibilidades de aparecimento de defeitos na secagem e melhor recondicionamento, caso ocorra colapso. PANDEY et al. (1984), utilizaram o método de transformação de toras com diâmetros acima de 80 cm em quadrantes (Figura 4). Os autores verificaram

46 45 uma redução nos defeitos, como rachaduras e empenamentos, mais comuns em peças obtidas em cortes tangenciais. Segundo DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), o corte radial é vantajoso no que se refere à secagem, mas apresenta limitações como a necessidade de toras com maiores diâmetros. Um sistema de desdobro utilizado no Chile é o de se passar a tora em uma serra circular dupla, obtendo-se um semibloco. Posteriormente, este semibloco passa em uma serra alternativa, de onde se obtém tábuas com cantos mortos, as quais passarão em uma canteadeira dupla para definição da largura final (MENDOZA, 1995). FIGURA 4. MÉTODO DE DESDOBRO PARA OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS UTILIZADO POR PANDEY et al. (1984). Mesmo proporcionando peças mais estáveis quando à ocorrência de defeitos, o corte radial tem suas limitações, pois o mesmo só originará peças com larguras satisfatórias, quando as toras forem de grandes diâmetros. Além disso, existe a questão operacional, onde a obtenção de peças radiais, exige mecanismos e operações apropriados às subdivisões necessárias que são executadas nas toras, principalmente as subdivisões em quadrantes. Desta forma, há uma predisposição ao desdobro de toras de Eucalyptus através de cortes tangenciais. SKOLMEN (1974) apud DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), utilizou a técnica de cortes sequenciados (Figura 5) para toras de E. saligna de 30 a 43 cm de diâmetro. Segundo o autor, 14,6% do volume inicial de madeira serrada foi perdido

47 46 na operação de secagem, onde o encanoamento foi o principal defeito, enquanto que o colapso e fissuras superficiais não foram frequentes. O autor também observou que as peças próximas do centro da tora (quase diametrais) apresentaram excessivo rachamento longitudinal, reduzindo a largura das tábuas produzidas. FIGURA 5. TÉCNICA DE DESDOBRO DE EUCALIPTO POR CORTES SEQUENCIADOS UTILIZADA POR SKOLMEN (1974). De acordo com DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), a técnica de cortes sequenciados, quando se retira a tábua, esta se encurvará do mesmo modo que o bloco remanescente, só que em sentidos opostos. Desta forma, a tábua retirada deste bloco empenado, apresentará espessura irregular, sendo mais estreita nas extremidades e espessa no centro, necessitando de consideráveis operações de desengrossamento e aplainamento. Os autores afirmam ainda que, este tipo de desdobro é o menos adequado para eucalipto, pois ocorre um desbalanço das tensões inicialmente existentes na tora, fazendo com que as tábuas encurvem em função da posição diametral que são cortadas e que a tábua diametral, contendo a medula, poderá rachar em todo o seu comprimento. Os autores ainda concluíram que esta técnica é a mais inadequada em função das seguintes desvantagens: desuniformidade na espessura das tábuas; produção de material de baixa qualidade, pela inclusão da medula e madeira juvenil nas tábuas; e rachaduras mais acentuadas nas tábuas. Em função das evidências dos problemas ocasionados pelo desdobro tangencial, busca-se alternativas que visem minimizar tais problemas.

48 47 Uma forma de se obter uma melhor precisão no corte das peças através de cortes tangencias consiste no corte tangencial balanceado (BTS balanced tangencial sawing), também conhecido como sistema de cortes alternados. A tora após cada corte, é girada 180 o, provocando a liberação gradual das tensões em ambos os lados da tora (DEL MENEZZI & NAHUZ (1998). A Figura 6, mostra o modelo testado por SHARMA et al. (1988) apud DEL MENEZZI & NAHUZ (1998) em E. tereticornis através da utilização de uma serra fita simples. Neste método utilizado, pode-se notar que a parte central da tora, a mais problemática não é desdobrada e as tábuas produzidas não contém cerne quebradiço ou medula. Os autores observaram que tal método produziu tábuas com espessuras mais uniformes e com reduzida incidência de empenamentos em relação a um método de cortes radiais utilizado por PANDEY et al. (1984). FIGURA 6. MÉTODO DE DESDOBRO DE EUCALIPTO UTILIZADO POR SHARMA et al. (1988) apud DEL MENEZZI & NAHUZ (1998). Nos cortes tangenciais, sequenciados ou alternados (CTB), foi desenvolvida uma técnica para reduzir as distorções quanto ao desbitolamento em função dos empenamentos que ocorrem nas tábuas obtidas e no bloco remanescente. Tal técnica consiste na utilização de uma régua guia (line bar). Segundo WAUGH (1998), a régua guia possui 6 m de comprimento sendo colocada à frente do carro porta toras, em paralelo com a serra. Com este sistema é possível se controlar a bitola através do espaço entre a régua guia e a serra, com boa precisão. O operador tem total controle do movimento de cada uma das cabeças do carro porta toras, através de um controle pneumático. O uso da régua acrescenta

49 48 um controle mais preciso sobre as dimensões das peças que estão sendo processadas, usando as cabeças para posicionar a tora contra a régua guia (Figura 7, DEL MENEZZI & NAHUZ, 1998). De acordo com o mesmo autor, o desdobro simples com sistema porta toras convencional tem problemas com precisão no dimensionamento. A utilização do carro porta toras com régua guia oferece as soluções para estes problemas. FIGURA 7. DESDOBRO DE EUCALIPTO COM UTILIZAÇÃO DE RÉGUA GUIA. ADAPTADO DE DEL MENEZZI E NAHUZ (1998). De acordo com DEL MENEZZI e NAHUZ (1998), o corte tangencial balanceado em conjunto com o uso da régua guia pode aumentar a precisão dos cortes e a produtividade. Dentre as alternativas utilizadas, as técnicas de desdobro baseadas em cortes tangenciais múltiplos simultâneos, são sem dúvida, as mais difundidas. Tal técnica proporciona uma ótima produtividade e tábuas com boa precisão quanto à espessura de corte. Porém, é necessário que a indústria disponha de um sistema de classificação de toras.

50 49 MONTAGNA et al. (1991), trabalhando com E. grandis, utilizaram o desdobro da tora através da retirada de quatro costaneiras com espessuras iguais a 1 / 3 do raio da tora, em duas passagens em uma serra fita geminada e o bloco central foi desdobrado em tábuas em uma serra fita simples (Figura 8). Comparando este método com o desdobro sequencial com cortes paralelos de metade da tora, giro de 180 o e desdobro sequencial da metade restante, os autores observaram que o mesmo apresentou índices menores de rachaduras nas tábuas, diminuindo os danos causados por este defeito. FIGURA 8. MÉTODO DE DESDOBRO DE EUCALIPTO COM RETIRADA DE 4 COSTANEIRAS UTILIZADO POR MONTAGNA et al. (1991). Na África do Sul, utiliza-se uma técnica de cortes simultâneos para desdobro de eucaliptos jovens, a qual consiste em se submeter a tora a cortes simultâneos paralelos, de forma a obter-se o mesmo número de pranchas de cada lado da tora. Portanto, pelo menos duas costaneiras devem ser obtidas no primeiro corte (GALVÃO, 1976b). Devido à peculiaridade das tensões nos eucaliptos, tradicionalmente se trabalha com cortes simultâneos para a liberação simultânea das mesmas, sendo aconselhável que a peça central resultante não seja menor que 2 / 3 do diâmetro para se obter peças tangenciais livres de defeitos (SHIELD & RODERIK, 1995 apud ACOSTA, 1999).

51 50 Segundo ACOSTA (1999), as serrarias modernas na Argentina realizam um primeiro corte em uma serra fita dupla, retirando duas costaneiras e as tábuas são obtidas através da passagem do bloco em serras circulares múltiplas de 1 ou 2 eixos. No Uruguai, também se utiliza um sistema de circulares múltiplas de dois eixos para retirada das costaneiras e/ou obtenção de tábuas com posterior resserragem em outra serra circular múltipla. Outra forma de se reduzir os defeitos na madeira serrada de Eucalipto é o desdobro do tipo SSR serra, seca, resserra, o qual foi desenvolvido pelo Forest Products Laboratory com o intuito de se reduzir os empenamentos. Este método consiste das toras em cortes paralelos e simultâneos, onde são obtidas pranchas de espessuras maiores, que serão secas e posteriormente resserradas nas dimensões finais desejadas. DEL MENEZZI (1999) testando o método SSR em toras de E. grandis e E. cloeziana, concluiu que tal método promoveu uma redução pronunciada para as duas espécies na frequência do arqueamento e do encurvamento e do empenamento duplo (arqueamento + encurvamento), sendo de maneira mais pronunciada a redução no arqueamento. Desta forma, o autor recomenda a utilização deste método de desdobro para ambas as espécies. MARSHALL (1973) apud DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), afirmou que a secagem de pranchas largas, tal como no método SSR, virtualmente elimina o arqueamento. A largura extra da prancha impede alguma tendência ao arqueamento, enquanto o correto gradeamento da pilha de madeira reduz o encurvamento. Segundo o autor, outra vantagem é que o empenamento ao redor dos nós é consideravelmente reduzido pela restrição imposta pelas pranchas largas contra o nó relativamente pequeno. Pode-se observar que várias são as técnicas que podem ser utilizadas para o desdobro de espécies do gênero Eucalyptus, visando-se principalmente a redução dos efeitos das tensões de crescimento e das tensões de secagem. De acordo com DEL MENEZZI & NAHUZ (1998), a técnica mais promissora é a de cortes simultâneos, apesar da desvantagem em oferecer pouca flexibilidade de corte e a produção de madeira de qualidade inferior, pela inclusão da medula e da madeira juvenil. Os autores concluem que a escolha de somente uma

52 51 técnica mais adequada de desdobro não é suficiente para aprimorar a utilização da madeira serrada de eucalipto, sendo necessário um rol de ações conjuntas entre as áreas de silvicultura, melhoramento genético, manejo florestal, exploração e processamento mecânico. 2.5 SECAGEM A secagem é uma das fases mais importantes, sendo que além de agregar maior valor ao produto, proporciona vantagens na sua utilização e se não for conduzida de maneira adequada e controlada, pode causar a perda total do material (MENDES et al., 1998). Segundo JANKOWSKI (1995), o objetivo principal da secagem artificial é promover o equilíbrio entre a velocidade de evaporação da água na superfície da madeira, a taxa de movimentação interna (tanto de calor como de umidade) e as reações da madeira durante o processo; de forma a promover a secagem o mais rapidamente possível e com um nível de perdas ou um padrão de qualidade aceitável para o produto que se pretende. Para se atingir esse objetivo é necessário não só o conhecimento sobre a termodinâmica da secagem como também sobre as características da madeira e sobre o funcionamento do secador. O autor comenta ainda que à medida que aumenta o conhecimento sobre os princípios físicos envolvidos na secagem de madeiras, torna-se mais fácil propor soluções ou encontrar formas de aprimorar o processo. Porém, não se pode esquecer que a madeira é um material oriundo de um ser vivo, sujeito às leis genéticas e às influências do meio em que vegeta. A grande variabilidade existente nas propriedades físicas da madeira de eucalipto, tanto entre espécies como entre árvores de uma mesma espécie, nem sempre pode ser prevista por modelos matemáticos de aplicação generalizada. Em função de determinadas características fisiológicas e anatômicas, o eucalipto, como muitas outras essências florestais, é uma madeira que exige uma secagem mais criteriosa. Nesta difícil fase por que passa a madeira, surgem uma série de defeitos que inviabilizam o uso da mesma provocando uma forte queda no rendimento.

53 52 O estoque disponível de madeira de eucalipto vem aumentando em diversos países, principalmente no hemisfério sul. Por se tratar, na grande maioria das situações, de matéria prima proveniente de plantações de ciclo curto, tem-se como principal obstáculo a necessidade de secar material jovem e propenso a apresentar sérios defeitos durante a secagem (JANKOWSKY, 1995). MENDES et al. (1998), ao testarem o comportamento de 25 espécies do gênero Eucalyptus na secagem ao ar livre, concluíram que em relação aos parâmetros de qualidade empenamentos e rachaduras, é possível se obter madeira serrada deste gênero com qualidade satisfatória exigida pelo setor moveleiro, desde que se tenha um desenvolvimento e acompanhamento rígido das condições de secagem, bem como técnicas corretas de empilhamento. A industrialização da madeira de eucalipto para produção de móveis, tornou-se economicamente inviável devido ao grande volume de perdas em madeira durante as operações de processamento, originando baixíssimos rendimentos em madeira serrada e produtos derivados. Uma das maiores fontes de perdas é observada durante a secagem da madeira, que é um processo, o qual se não for conduzido de maneira controlada e correta, poderá levar até a perda total da matéria prima e, sem dúvida, é necessário para a obtenção de madeira com boas características de utilização (MENDES et al., 1997). É consenso entre todos os estudiosos de secagem que o eucalipto é uma madeira que deve ser seca a baixas temperaturas e elevadas umidades relativas, principalmente nas fases iniciais, onde os teores de umidade são elevados. Segundo CARRASCO (1998), a madeira de eucalipto, de uma forma geral, é de difícil secagem, ou seja, a secagem é lenta e a propensão a defeitos é elevada. Para que se possa obter sucesso na secagem do eucalipto, é necessário conhecer as características do material, os equipamentos mais adequados e os processos físicos envolvidos na retirada de umidade. O autor comenta ainda que devido à sua estrutura anatômica desfavorável ao fluxo de fluidos líquidos, a fase inicial da secagem da madeira de eucalipto deve ser cuidadosamente conduzida. Isto requer não só um programa de secagem mas também que o secador esteja operando sem criar zonas diferenciadas em seu interior.

54 53 Quando a madeira de eucalipto encontra-se no estado verde, em função da dificuldade que a água encontra em se movimentar no interior das paredes, formam-se elevados gradientes de umidade, o que será um fator preponderante no surgimento de defeitos. Segundo OLIVEIRA (1999), a madeira de eucalipto apresenta elevados gradientes de umidade, os quais podem variar entre espécies, árvores e dentro de uma mesma árvore na direção medula-casca. Em algumas espécies, esta variação pode ser de 80 a 160% de umidade, próximo da medula, até valores entre 40 e 60%, nas porções mais periféricas do tronco. O autor cita ainda que os elevados gradientes de umidade no interior da madeira de eucalipto associados à sua constituição anatômica, que dificulta muito a saída de umidade do interior da madeira, dão como característica de todo o gênero, a difícil secagem. O processo de secagem típico para a madeira de eucalipto emprega baixas temperaturas, o que implica em longos tempos de secagem (NEUMANN, 1990 apud JANKOWSKY, 1995). Praticamente todos os defeitos passíveis de se manifestarem durante a secagem, tais como rachaduras, empenamentos de diferentes formas, gradientes de umidade, colapso, tensões de secagem e endurecimento superficial, são citados como de ocorrência na madeira de eucalipto (CAMPBELL & HARTLEY, 1984 apud JANKOWSKY, 1995). Os principais defeitos que ocorrem durante a secagem são o colapso, as rachaduras e todos os tipos de empenamentos. O colapso é típico da secagem artificial, podendo, em certas espécies do gênero, ocorrer mesmo na secagem ao tempo. As rachaduras podem ocorrer logo após a obtenção da tora ou durante o processo de desdobro. Neste caso, estas estarão associadas às tensões de crescimento. Porém, ocorrem também durante a secagem, seja ela natural ou artificial. Os empenamentos, como as rachaduras têm duas origens. Nas tensões de crescimento, manifestando-se no momento do desdobro da tora e nas tensões de secagem, manifestando-se desta forma, durante este processo. Com relativa facilidade pode-se separar rachaduras e deformações oriundas das tensões de crescimento das provenientes da secagem, pois, segundo FERNANDES (1982) apud MONTAGNA et al. (1990), todas as rachaduras e deformações que ocorrem na madeira com umidade acima do ponto de saturação

55 54 das fibras têm sua origem nas tensões internas de crescimento. Desta forma, tais defeitos serão provenientes da secagem, quando se manifestarem abaixo do ponto de saturação das fibras. As rachaduras associadas com as tensões de crescimento e os defeitos de secagem trazem como resultado uma perda significativa de madeira. Experiências a nível industrial (JANKOWSKY & CAVALCANTE, 1992 apud JANKOWSKY, 1995) mostraram que a secagem de madeira com 28mm de espessura, da condição verde até um teor final de 15% de umidade, pode demorar de 4 a 6 semanas. As perdas causadas por empenamentos e por colapso foram da ordem de 30 a 40% (JANKOWSKY, 1995). O colapso pode ser considerado o defeito mais comum e muitas vezes, responsável pelas maiores perdas durante a secagem de madeiras de eucalipto. Segundo SIMULA & TISSARI (1998), a secagem do eucalipto serrado é um processo lento, pois a ocorrência de colapso é grande na secagem rápida. O colapso acontece devido à contração irregular da madeira dando à mesma uma superfície ondulada e o desenvolvimento de pequenas cavidades na madeira. As temperaturas de secagem não devem exceder 45 o C nas fases iniciais e a umidade relativa deve ser mantida alta. Tradicionalmente, o E grandis, talvez a espécie mais utilizada no mundo, é seco ao ar completamente ou seco ao ar até o ponto de saturação das fibras (25-30%) e posteriormente seco em estufa até o umidade final. Ambos os processos têm uma duração de seis meses (SIMULA & TISSARI, 1998). Juntamente com as rachaduras e colapso, os empenamentos também são frequentes na secagem de eucalipto. Alguns autores chegam a citar certos empenamentos como sendo de maior importância que o colapso. Segundo SIMULA & TISSARI (1998), o principal problema na secagem do eucalipto é o arqueamento, o qual pode ser reduzido, empilhando-se a madeira com pesos nas extremidades das pilhas ou empregando-se um sistema de restrição para segurar o material durante o recondicionamento ou vaporização no final da secagem. O encurvamento é menos importante e é reduzido pelo próprio peso da pilha. O torcimento não é um problema sério e pode ser controlado através de uma boa prática de empilhamento com pesos nas extremidades das pilhas e com

56 55 vaporização no final da secagem. Para controlar os empenamentos, as restrições não devem ser removidas até que a pilha inteira atinja a temperatura ambiente. Segundo JANKOWSKY (1995), após a madeira ter perdido a totalidade da água capilar, ou seja, quando a umidade está próximo do ponto de saturação das fibras (28% em média), as condições de secagem podem ser mais drásticas. Incrementos na temperatura e decréscimos na umidade relativa permitirão aumentar a taxa de secagem sem ocasionar maior incidência de defeitos. O condicionamento ao final do processo (ou alternativamente quando a umidade estiver entre 15 e 20%) permitirá a recuperação de parte da madeira colapsada e o relaxamento das tensões residuais da secagem. Como a madeira de eucalipto sofre uma forte incidência de tensões de crescimento, a operação de condicionamento é de suma importância para que tais tensões sejam amenizadas. No caso do eucalipto, o condicionamento da madeira a alta umidade relativa, é uma medida muito importante, a qual visa recuperar o colapso e aliviar as tensões de secagem. Segundo NEUMANN (1989) apud JANKOWSKY (1995), este condicionamento deve ser realizado quando a madeira atinge um umidade de 20%, a fim de recuperar a madeira com colapso. Já segundo ALEXIOU (1989) apud JANKOWSKI (1995), o condicionamento deve ser feito com altas temperatura e umidade relativa ao final da secagem, a fim de recuperar as peças com colapso e também aliviar as tensões de secagem. CARRASCO (1998), realizando estudos de secagem com E. grandis, recomenda a liberação das tensões de secagem com vapor a uma temperatura de 100 o C por um tempo mínimo de uma hora. Para o autor, as etapas de vaporização na secagem de E. grandis são decisivas na estabilidade dimensional da madeira. De um modo geral, o eucalipto apresenta uma acentuada retração volumétrica e uma forte tendência ao colapso durante a secagem. A adoção de técnicas normalmente utilizadas na secagem tem como consequência uma perda significativa do volume de madeira aproveitável, desestimulando ainda mais a sua utilização (ROZAS MELLADO, 1993).

57 Colapso De acordo com KOLLMANN & COTÉ (1968), o colapso é um defeito que ocorre em secagem de madeiras, normalmente quando são empregadas temperaturas de bulbo seco excessivamente altas nos estágios iniciais da secagem em estufas. O colapso na madeira é uma forma de contração que ocorre durante a secagem acima do ponto de saturação das fibras devido ao achatamento ou deformação das paredes celulares. Segundo os autores, a contração severa da madeira causada pelo colapso celular é reconhecida como um fenômeno distinto da contração normal, a qual se manifesta devido a retração das paredes celulares durante a secagem acima do ponto de saturação das fibras (SANTINI & TOMASELLI, 1980). As madeiras com raios capilares pequenos, estão sujeitas, durante a secagem, a fortes forças de tensão. Essas madeiras são propensas a sofrer colapso, caso sua resistência à compressão seja insuficiente para suportar tais forças. Normalmente, quando a madeira começa à medida que a água vai deixando a cavidade celular, o ar nela contido expande-se ocupando o volume da célula. Uma madeira de pouca permeabilidade, contendo as cavidades saturadas de água, assim que esta começa a deixar o interior das cavidades, não existe ar para expandir. A entrada de ar pelo processo de difusão através das paredes celulares é lenta e portanto, a velocidade de escape de água é bem maior que a velocidade de entrada de ar. Desta maneira as células podem ser puxadas conjuntamente pelas forças de capilaridade, resultando no colapso das mesmas (BATISTA, 1999). Para SIAU (1971) apud CINIGLIO (1998), os fatores responsáveis pelo colapso durante a secagem são: o pequeno diâmetro dos capilares e tamanho das pontoações, onde a pequena abertura destas promove baixa permeabilidade e alta tensão capilar; altas temperaturas no início da secagem que diminuem a resistência das células; densidade da madeira, onde baixa densidade significa parede celular com espessura e resistência mecânica reduzidas; alta tensão superficial do líquido que é removido da madeira, causando alta tensão capilar.

58 57 O colapso é considerado um dos piores defeitos da madeira, resultando numa superfície grosseira e desigual ou ainda, em empenamentos e finalmente fendilhamentos, tanto de topo como nas superfícies das peças de madeira. Tais defeitos são consequência das diferenças que ocorrem nas contrações entre os planos radial e tangencial das peças de madeira (OLIVEIRA, 1999). Segundo PONCE (1995), o colapso é uma tendência manifestada por algumas espécies ou por indivíduos de algumas espécies, de deformarem anormalmente durante a secagem, prejudicando a qualidade e o rendimento da madeira beneficiada. O colapso é provocado por diferenças de permeabilidade entre os anéis da madeira, onde faixas menos permeáveis e saturadas, perdem umidade dos lumens das células. Estas sofrem diminuição da pressão interna em virtude da capilaridade, quando é ultrapassada a resistência das paredes celulares. O autor encontrou em madeira de E. grandis, diferenças de intensidade de colapso entre procedências e entre clones. Observou também diferenças de intensidade de colapso entre madeiras de diferentes florestas de uma mesma espécie. Ainda segundo o mesmo autor, parece haver mais tendência a colapso nas espécies de média densidade e menor tendência nas de alta e baixa densidade. Cita ainda o autor que, o colapso é um grande limitante ao uso da madeira, pois espécies com esta tendência apresentam menor rendimento, além de exigirem programas de secagem muito mais elaborados e tratamentos de condicionamento com vapor. Em função da dificuldade de movimentação da água na forma líquida no interior da madeira, as espécies de eucalipto são propensas ao colapso, o qual começa a ocorrer logo após a derrubada da árvore (OLIVEIRA, 1999). O fator limitante na secagem de madeiras propensas ao colapso, é frequentemente o problema da remoção da água livre ou capilar contida na forma líquida nas cavidades celulares (SANTINI e TOMASELLI, 1980). Segundo KAUMAN (1964) apud ROZAS MELLADO & TOMASELLI (1993), a umidade relativa do ambiente de secagem e formato da madeira são de importância secundária na ocorrência do colapso. Portanto, as madeiras suscetíveis a colapsar não devem ser expostas a temperaturas superiores a 40 o C, até alcançar uma umidade relativa de 30% no centro das tábuas e 25% em média. A razão de

59 58 limitar a temperatura, baseia-se no fato que esta intensifica o colapso por degradação térmica, limitando a sua recuperação. De acordo com KOLLMANN & COTÉ (1968), quando a madeira é submetida a uma secagem com temperaturas de bulbo seco iniciais muito altas, a ocorrência de colapso é elevada, pois a madeira torna-se menos resistente à compressão, sofrendo um esmagamento interno. O fator limitante na secagem de madeiras propensas ao colapso, é frequentemente o problema de remoção da água livre ou capilar contida na forma líquida nas cavidades celulares. Muitas vezes é necessário empregar baixas temperaturas nos primeiros estágios de secagem por causa dos riscos associados com a remoção muito rápida da água capilar a elevadas temperaturas (SANTINI & TOMASELLI, 1980). Segundo os mesmos autores, a maioria dos pesquisadores verificaram que o colapso aumenta com a temperatura. A alta temperatura exerce tanto um efeito irreversível como um efeito reversível. O efeito irreversível é devido a degradação térmica. O efeito reversível é devido à plastificação transitória das paredes celulares, o que reduz sua resistência mais rápido do que a redução da tensão hidrostática com a temperatura. Todas as evidências indicam que a temperatura da madeira de espécies com colapso precisa ser mantida abaixo de 60 o C durante a secagem até que todas as partes das tábuas estejam abaixo do ponto de saturação das fibras. Deste modo é possível evitar a contração excessiva e rachaduras severas (SANTINI & TOMASELLI, 1980). Pode-se dizer que todas as espécies do gênero Eucalyptus têm predisposição ao colapso, sendo algumas mais propensas e outras menos propensas. Desta forma, ao se secar eucalipto, deve-se ter como meta durante o processo, formas para minimizar e recuperar o colapso. Vários autores indicam que o colapso pode ser corrigido em grande parte pelo processo de recondicionamento com vapor, o qual é feito a 100 o C e a uma umidade relativa de 100% (ROZAS MELLADO & TOMASELLI, 1993). Muitas madeiras de eucaliptos que foram estudadas na Austrália, são propensas ao colapso durante o início da secagem até o ponto de saturação das fibras. Tradicionalmente o colapso pode ser recuperado através do

60 59 recondicionamento com vapor, entretanto, frequentemente induz a rachaduras de superfície e internas, que são irreversíveis, dependendo da intensidade (INNES, 1996 apud CINIGLIO, 1998). CAVALCANTE (1991), estudando algumas formas de recuperação de colapso em madeiras de E. grandis e E. saligna, concluiu que o melhor método é o condicionamento. O autor concluiu também que a intensidade do colapso varia significativamente entre as duas espécies como também entre árvores, sendo no entanto a madeira de E. saligna mais propensa ao colapso, apesar de sua maior recuperação após o condicionamento. O autor afirmou também que a temperatura de secagem é um fator decisivo para a ocorrência de colapso, sendo que a sua intensidade aumenta com a elevação da mesma. Segundo CARRASCO (1998), as etapas de vaporização na secagem de E. grandis são decisivas na estabilidade dimensional da madeira. Este autor, realizando estudos de secagem com E. grandis, recomenda a liberação das tensões de secagem com vapor a uma temperatura de 100 o C por um tempo mínimo de uma hora. De acordo com SIAU (1971) apud SANTINI & TOMASELLI (1980), madeiras com colapso podem ser recuperadas para a forma original, quando submetidas a alta temperatura e umidade por um certo período de tempo após a secagem. O ar e o vapor d água na madeira exercem uma pressão dentro da célula que anula as forças de tensão que originalmente se formam durante a perda de água capilar.

61 60 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 SELEÇÃO DAS ESPÉCIES O material utilizado neste trabalho foi obtido de plantios de Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii. A seleção destas duas espécies foi baseada em alguns aspectos, entre eles: a boa adaptação a algumas regiões do país, com elevado potencial silvicultural, sendo ambas plantadas em larga escala; as árvores apresentam boa forma, fornecendo toras que, a princípio, são adequadas para a produção de serrados; existe grande interesse por parte das indústrias em utilizar madeira destas espécies para produção de serrados a partir de plantios manejados para múltiplos usos e ainda, em função de suas massas específicas, onde com base na literatura, buscou-se uma espécie mais leve (E. grandis) e outra mais pesada (E. dunnii). As espécies utilizadas foram coletadas nos estados do Paraná e Santa Catarina em plantios comerciais da empresas Inpacel- Indústria de Papel Arapoti S.A. e Rigesa S.A., respectivamente. A espécie E. grandis foi coletada num plantio comercial de 12 anos da Indústria Inpacel, com espaçamento de 3 x 2 m, osem nenhum desbaste. A espécie E. dunnii, foi coletada numa área de produção de sementes de 16,5 anos na Indústria Rigesa, com espaçamento inicial de 3 x 2 m, com 250 árvores remanescentes por hectare. As espécies foram devidamente catalogadas no Herbário do Departamento de Ciências Florestais, do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná sob números 8622 (E. grandis) e 8623 (E. dunnii). 3.2 SELEÇÃO DAS ÁRVORES E OBTENÇÃO DAS TORAS As árvores foram selecionadas visualmente, onde buscou-se indivíduos com troncos cilíndricos e com menor incidência de galhos. Além das características visuais da árvore, foram selecionados indivíduos com DAP dentro das classes diamétricas utilizadas no estudo. Foram derrubadas árvores das duas espécies, para a obtenção de toras em duas classes diamétricas, de 19 a 24 cm e de 25 a 30 cm,

62 61 as quais foram utilizadas em dois diferentes métodos de desdobro. Os diâmetros selecionados para cada classe foram obtidos através da média aritmética da tomada de três medidas de diâmetro na tora, com auxílio de uma fita métrica, sendo uma em cada topo e uma central. As toras foram traçadas com 3,10 m de comprimento, visando-se o desdobro das mesmas em peças serradas com 3,0 m de comprimento. Para cada espécie foram obtidas 20 toras por classe diamétrica, sendo 10 toras para cada método de desdobro, resultando em 40 toras por espécie, num total de 80 toras (Tabela 1). TABELA 1. SEPARAÇÃO DAS TORAS DE Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii, POR CLASSES DIAMÉTRICAS E MÉTODOS DE DESDOBRO. Espécie Classe 1 (19 a 24 cm de Ø) Classe 2 (25 a 30 cm de Ø) Método 1 Método 2 Método 1 Método 2 Eucalyptus grandis Eucalyptus dunnii TOTAL Método 1 = Desdobro tangencial Método 2 = Desdobro radial 3.3 ANELAMENTO DAS ÁRVORES E DAS TORAS No momento da derrubada das árvores, as mesmas foram aneladas com motosserra antes do corte transversal de derrubada, visando liberar parcialmente as tensões de crescimento. Para tal procedimento, foi utilizada a metodologia adotada por ROZAS MELLADO (1993), a qual consistiu em se realizar o anelamento a uma profundidade de 1 / 3 do raio da árvore, a uma distância de 20 a 30 cm acima do ponto onde foi realizado o corte transversal da árvore (Figura 9).

63 62 FIGURA 9. TÉCNICA DE ANELAMENTO DAS ÁRVORES. Para a obtenção das toras, também foi realizado o anelamento das mesmas, adotando-se a metodologia utilizada por BARNACLE & GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986) (Figura 10). Desta forma, as toras ficaram com 3,1 m e mais 20 cm em cada topo, após os anéis, totalizando um comprimento de 3,5 m (Figura 11). FIGURA 10. TÉCNICA DE ANELAMENTO DAS TORAS, PROPOSTA POR GOTTSTEIN (1968) apud AGUIAR (1986).

64 63 FIGURA 11. ASPECTO DA TORA APÓS O ANELAMENTO. 3.4 CUBAGEM DAS TORAS Para a cubagem das toras, foram utilizadas três medidas de circunferência com auxílio de uma fita métrica, que foram tomadas uma em cada topo e uma central. Com estas medidas, obteve-se um diâmetro médio de cada tora, o qual foi utilizado para o cálculo da área transversal do cilindro. O volume das toras foi calculado, considerando-se as sobras dos anelamentos, onde se utilizou um comprimento de 3,5 m. Logo após foi novamente calculado, para um comprimento nominal da tora de 3,1 m, onde retirou-se 20 cm de cada topo, correspondentes às sobras dos anelamentos. Desta forma pôde-se calcular a perda em volume decorrente do anelamento das toras. Desta forma: Onde: d = Diâmetro médio (cm) c 1 = Circunferência 1 (cm) c 2 = Circunferência 2 (cm) c 3 = Circunferência 3 (cm) Então: c + c2 + d = 3π 1 c3 2 π d V = C 40000

65 64 Onde: V = Volume da tora (m 3 ) d = Diâmetro médio (cm) C = Comprimento de 3,5 m para o volume total da tora e 3,1 m para o volume da tora descontando-se a perda em anelamento 3.5 VOLUME DE TORAS PROCESSADAS E PERDA EM ANELAMENTO Em função de problemas operacionais, nem todos os tratamentos tiveram 10 toras processadas. A Tabela 2 apresenta o número de toras por tratamento usadas no estudo, bem como o volume total. TABELA 2. VOLUME TOTAL DAS TORAS PROCESSADAS, EM m 3, MÉDIA POR TORA, PORCENTAGEM DE PERDA DO ANELAMENTO E VOLUME REAL PROCESSADO PARA CADA TRATAMENTO. Tratamento N o de toras Volume Total (m 3 ) Média por Tora (m 3 ) Perda em anéis (%) Volume de Toras Processadas (m 3 ) Média por tora (m 3 ) grandis FT 10 1,5128 0, ,44 1,3397 0,1340 grandis GT 9 2,0435 0, ,42 1,8101 0,2011 grandis FR 10 1,5027 0, ,42 1,3311 0,1331 grandis GR 11 2,3817 0, ,42 2,1096 0,1918 dunnii FT 9 1,5566 0, ,78 1,3732 0,1373 dunnii GT 11 2,6661 0, ,43 2,3613 0,2147 dunnii FR 10 1,7639 0, ,43 1,5623 0,1562 dunnii GR 10 2,3799 0, ,41 2,1083 0,2108 TOTAL 15, ,46 13,9882 FT = Toras finas com desdobro tangencial GT = Toras grossas com desdobro tangencial FR = Toras finas com desdobro radial GR = Toras grossas com desdobro radial Perda de madeira, em porcentagem, devido a técnica de anelamento.

66 65 De acordo com a Tabela 2, pode-se observar que foi coletado um total de 15,7990 m 3 de toras para as duas espécies estudadas. Como esperado, em função dos diâmetros maiores, os tratamentos grandis GT e GR e dunnii GT e GR apresentaram maiores volumes, pois foram tratamentos com classes diamétricas de 25 a 30 cm. Do total de 15,7990 m 3 coletados para todos os tratamentos, foi processado um volume de 13,9882 m 3, representando uma perda de 11,46% de madeira, em função da operação de anelamento das toras (Tabela 2). Nos tratamentos que utilizaram a técnica de desdobro tangencial, as toras foram processadas com os anéis e os mesmos foram retirados no destopo na forma de topos. Já no processo de desdobro radial, os anéis foram retirados antes da passagem da tora na serra fita, a fim de se evitar que algum anel viesse a quebrar, provocando danos nos equipamentos. Desta forma, foram retirados do processo na forma de toletes com aproximadamente 20 cm de comprimento. Portanto, ao se adotar a técnica de anelamento das toras para evitar ou reduzir as rachaduras de topo, deve-se prever a utilização da madeira oriunda dos anéis para outra finalidade como energia ou produção de cavacos para celulose, ou ainda para produção de partículas para fabricação de painéis, tendo em vista que o não aproveitamento dos mesmos, para este caso em estudo, resultou numa perda de 11,46% da madeira destinada ao desdobro. 3.6 PREPARO DAS TORAS PARA O DESDOBRO Transporte e armazenamento Imediatamente após a obtenção das toras, as mesmas foram transportadas, por via rodoviária para dois locais distintos. Metade da carga teve como destino Curitiba-PR, onde foi descarregada na Indústria Selectas S.A., ficando armazenada em pátio ao tempo, por dois dias, para posteriormente serem vaporizadas. Após a vaporização, as toras foram imediatamente enviadas para a serraria das Indústrias Berneck S.A., onde foi realizado o primeiro método de desdobro. A segunda metade da carga teve seu destino em Três Barras-SC, distante

67 66 aproximadamente 170 km de Curitiba, onde foi descarregada na Indústria Procopiack e armazenada em pátio ao tempo por dois dias para a vaporização. Imediatamente após a vaporização, as toras foram enviadas à serraria da indústria Fornecedora e Exportadora de Madeiras FOREX S.A., onde foi realizado o segundo método de desdobro Vaporização das toras Antes de serem realizadas as operações de desdobro das toras, as mesmas passaram por um processo de vaporização, visando-se minimizar o efeito das tensões de crescimento. A metodologia utilizada foi a proposta por ROZAS MELLADO (1993), a qual consistiu em se tratar as toras com vapor a 90 o C por 18 horas em um tanque para cozimento de toras para laminação. As toras que foram vaporizadas na Indústrias Selectas, receberam vaporização em um tanque de metal com tampa com injeção direta de vapor. Na indústria Procopiack, a vaporização foi realizada em um tanque de concreto com injeção direta de vapor e coberto com lona plástica. 3.7 DESDOBRO DAS TORAS Método de desdobro tangencial Neste método, as toras passaram em uma linha com dois picadores perfiladores e uma serra circular múltipla de dois eixos. No primeiro picador perfilador, foram retiradas duas costaneiras, sendo a tora transformada em um semibloco. No segundo picador perfilador, foi realizada a segunda perfilagem, perpendicular às duas faces planas obtidas na primeira perfilagem, onde foram retiradas as duas costaneiras restantes, obtendo-se finalmente um bloco. Logo após, o bloco passou em uma serra circular múltipla de dois eixos com os discos distantes 2,8 cm, visando-se a obtenção de tábuas com espessura nominal de 2,5 cm. Desta forma, foram realizados cortes simultâneos, onde o bloco foi desdobrado em tábuas

68 67 tangenciais, em maior proporção (Figura 12). As tábuas ainda passaram em uma mesa de destopo, ficando com um comprimento final de 3,07 m. FIGURA 12. MÉTODO DE DESDOBRO VISANDO A OBTENÇÃO DE PEÇAS TANGENCIAIS, BASEADO EM PICADORES PERFILADORES (A, B) E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA DE DOIS EIXOS (C) Método de desdobro radial Este segundo método teve o desdobro principal baseado em serras de fita. Primeiramente, a tora passou em uma serra de fita tipo Tandem, onde através de dois cortes simultâneos, foi retirada uma peça central contendo a medula. Esta operação resultou em uma tábua central com 2,8 cm de espessura e duas pecas com uma face plana e outra curva. As duas peças foram então enviadas a uma serra múltipla de um eixo, com os discos distantes 2,8 cm, onde foram obtidas tábuas com uma borda contendo casca e espessura de 2,8cm, visando-se a obtenção de peças secas com espessura nominal de 2,5 cm (Figura 13). As tábuas foram enviadas a uma serra circular refiladeira simples para o refilo do lado contendo casca. Antes de tal operação, muitas peças foram secionadas transversalmente, em função do excessivo arqueamento que muitas apresentaram. Após a operação de refilo, as tábuas foram destopadas em comprimento de 3,0 m ou menos, no caso daquelas que foram secionadas antes do refilo.

69 68 FIGURA 13. MÉTODO DE DESDOBRO VISANDO A OBTENÇÃO DE PEÇAS RADIAIS, COM DESDOBRO PRINCIPAL UTILIZANDO SERRA FITA TIPO TANDEM (A), CIRCULAR MÚLTIPLA DE UM EIXO (B) E REFILADEIRA SIMPLES (C). Para uma melhor compreensão, foi utilizada a codificação para os tratamentos, a qual é apresentada na Lista de Abreviaturas (p. xii). 3.8 PROPRIEDADES FÍSICAS Para a caracterização das propriedades físicas foi coletado material de 6 árvores de cada espécie, que foram utilizados para a determinação das propriedades físicas da madeira. Para a determinação de massa específica básica e umidade inicial, foram coletados discos de 6 árvores de cada espécie. Como de cada árvore foram coletadas duas toras a partir da base, foi coletado um disco de cada árvore entre as duas toras obtidas. Para a determinação de retratibilidade e massa específica aparente foram confeccionados corpos de prova obtidos das sobras de anelamento das toras utilizadas. Estas sobras, em função da técnica de anelamento utilizada, consistiram em uma seção de tora de 20 cm em cada topo da tora que foram retiradas no momento do desdobro das toras (Figura 14). De cada espécie, retirou-se 3 sobras de anelamento de três toras de árvores diferentes em cada classe diamétrica, escolhidas aleatoriamente, perfazendo um total de 6 seções para cada espécie. De

70 69 cada seção foram obtidos 3 corpos de prova. Desta forma, foram utilizados 18 corpos de prova para cada espécie. FIGURA 14. ASPECTO DA TORA COM ANELAMENTO, COM DESTAQUE ÀS SOBRAS DE ANELAMENTO, UTILIZADAS PARA DETERMINAÇÃO DE RETRATIBILIDADE E MASSA ESPECÍFICA. A Tora anelada; B Seção utilizada para desdobro; C Sobra do anelamento Determinação da massa específica básica A massa específica básica foi determinada pelo método de pesagem através da seguinte fórmula: M eb = Onde: M eb = Massa específica básica (g/cm 3 ) M s = Massa seca em estufa a 103 ± 2 o C (g) até peso constante V u = Volume no estado verde (cm 3 ) Ms Vu Determinação da umidade A umidade inicial foi determinado pelo método de pesagem. Para tal determinação, foi utilizada a seguinte fórmula: U% = Onde: U% = Umidade da madeira (%) Mv = Massa úmida (g) M M M v s s 100 Ms = Massa seca em estufa a 103 ± 2 o C até peso constante(g)

FUPEF 2. COLETA DE DADOS

FUPEF 2. COLETA DE DADOS 1 LAUDO TÉCNICO PARA CARACTERIZAÇÃO DE MADEIRAS DO GÊNERO Eucalyptus Solicitante: Mademape Indústria Madeireira Ltda. Endereço: Avenida Ricieri Bernardi, nº 635 Campo do Fundo Campina Grande do Sul - Paraná

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE E DENSIDADE BÁSICA PARA ESPÉCIES DE PINUS E EUCALIPTO

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE E DENSIDADE BÁSICA PARA ESPÉCIES DE PINUS E EUCALIPTO DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE E DENSIDADE BÁSICA PARA ESPÉCIES DE PINUS E EUCALIPTO ALMEIDA, Diego Henrique de Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho UNESP MOLINA, Julio Cesar Escola

Leia mais

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

PRÁTICAS SILVICULTURAIS CAPÍTULO 10 PRÁTICAS SILVICULTURAIS 94 Manual para Produção de Madeira na Amazônia APRESENTAÇÃO Um dos objetivos do manejo florestal é garantir a continuidade da produção madeireira através do estímulo

Leia mais

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL XIV Seminário de Atualização Sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal Curitiba, Agosto 2006 1. Introdução O preço do petróleo

Leia mais

Redução do efeito das tensões de crescimento em toras de Eucalyptus dunnii. Reduction of growth stress effects in the logs of Eucalyptus dunnii

Redução do efeito das tensões de crescimento em toras de Eucalyptus dunnii. Reduction of growth stress effects in the logs of Eucalyptus dunnii SCIENTIA FORESTALIS n. 64, p. 128-135, dez. 2003 Redução do efeito das tensões de crescimento em toras de Eucalyptus dunnii Reduction of growth stress effects in the logs of Eucalyptus dunnii Jorge Luis

Leia mais

CHAPA DE FIBRA. não é tudo igual. PROCURE O RINO.

CHAPA DE FIBRA. não é tudo igual. PROCURE O RINO. CHAPA DE FIBRA não é tudo igual. PROCURE O RINO. Madeira Ecológica Duratex O manejo ambiental é um diferencial para a Duratex, que adota as melhores práticas para alcançar alta produtividade com o mínimo

Leia mais

MDF RINO. não é tudo igual. PROCURE O

MDF RINO. não é tudo igual. PROCURE O MDF não é tudo igual. PROCURE O RINO. Quer MDF assegurado, fabricado com a mais avançada tecnologia mundial, produzido pela empresa que é sinônimo de qualidade? PROCURE O RINO. Tecnologia, qualidade e

Leia mais

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas De origem européia, a oliveira foi trazida ao Brasil por imigrantes há quase dois séculos, mas somente na década de 50 foi introduzida no Sul de Minas Gerais.

Leia mais

PORTUCEL SOPORCEL. INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA

PORTUCEL SOPORCEL. INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA PORTUCEL SOPORCEL INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA Com uma posição de grande relevo no mercado internacional de pasta e papel, o Grupo Portucel Soporcel é uma

Leia mais

Resumo MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Resumo MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Câmpus Rio Grande Aluna: Alice Ott Fonseca Matricula: 11240125 Curso: TÉCOLOGIA EM COSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 02/2015 Disciplina: Materiais de Construção Resumo MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Uso a madeira Na

Leia mais

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO COMPARAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO INCORPORADO COM RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES DE CATAGUASES - MG E O RESÍDUO DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DAS INDÚSTRIAS PERTENCENTES

Leia mais

MADEIRAS MCC1001 AULA 12

MADEIRAS MCC1001 AULA 12 MADEIRAS MCC1001 AULA 12 Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dr. a Carmeane Effting 1 o semestre 2014 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil MADEIRAS É um material

Leia mais

Papel. Etapa 6- Esta etapa trata-se do papel sendo utilizado por seus consumidores em diversas formas, como em livros, cartas, jornais, etc.

Papel. Etapa 6- Esta etapa trata-se do papel sendo utilizado por seus consumidores em diversas formas, como em livros, cartas, jornais, etc. Ciclo de Vida Papel Há divergência quanto ao período de surgimento do papel, pois foi um processo que foi sendo desenvolvido ao longo dos anos, porém há registros deste sendo utilizado primeiramente pelos

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Propriedades do Concreto EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons PROPRIEDADES DO CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até

Leia mais

Mateco UCP - Civil. Comparação entre Propriedades mecânicas

Mateco UCP - Civil. Comparação entre Propriedades mecânicas Mateco - UCP - Civil Madeiras na Construção Civil: Aplicações estruturais; Telhados; Sustentação (vigas, colunas e pisos) Aplicações em revestimentos; Aplicação em esquadrias; Aplicações no mobiliário;

Leia mais

A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA

A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA Entende-se por biomassa florestal primaria (BFP) a fração biodegradável dos produtos gerados e que são processados com fins energéticos. Nos casos dos reflorestamentos, a

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO FRESCO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes CONCRETO FRESCO Conhecer o comportamento

Leia mais

RESUMOS DE PROJETOS... 187 ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)... 190

RESUMOS DE PROJETOS... 187 ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)... 190 186 RESUMOS DE PROJETOS... 187 ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)... 190 RESUMOS DE PROJETOS 187 ANÁLISE DAS PROPRIEDADES E VIABILIDADE ECONÔMICA DA CERÂMICA VERMELHA UTILIZADA COMO AGREGADO RECICLADO MIÚDO PARA

Leia mais

CIRCULAR TÉCNICA N o 13 PROGRAMA DE MELHORAMENTO FLORESTAL DA C.A.F.M.A. *

CIRCULAR TÉCNICA N o 13 PROGRAMA DE MELHORAMENTO FLORESTAL DA C.A.F.M.A. * CIRCULAR TÉCNICA N o 13 PBP/2.A3 (Arquivar nesta pasta) PROGRAMA DE MELHORAMENTO FLORESTAL DA C.A.F.M.A. * 1 INTRODUÇÃO Iniciando os seus plantios em 1958, na região de Agudos (SP), a Companhia Agro Florestal

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA

A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO DAS SONDAS NA SECAGEM INDUSTRIAL DE MADEIRA OFÉLIA ANJOS 1, RICARDO CUNHA 2, MARTA MARGARIDO 1 1 Unidade Departamental de Silvicultura e Recursos Naturais, Escola Superior

Leia mais

Tecnologia de Produção de Biomassa Energética. Capítulo 2 Florestas Energéticas

Tecnologia de Produção de Biomassa Energética. Capítulo 2 Florestas Energéticas Tecnologia de Produção de Biomassa Energética Capítulo 2 Florestas Energéticas Bibliografia indicada Biomassa para energia Capítulo 4 Florestas Energéticas no Brasil (págs. 93 a 108) Capítulo 3 Tópico

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - I COBESA ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS Matheus Paiva Brasil (1) Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental

Leia mais

EMBALAGENS DE ALIMENTOS COM FIBRA DE COCO VERDE Gilberto Alves Rodrigues

EMBALAGENS DE ALIMENTOS COM FIBRA DE COCO VERDE Gilberto Alves Rodrigues EMBALAGENS DE ALIMENTOS COM FIBRA DE COCO VERDE Gilberto Alves Rodrigues Orientadora: Prof.ª MSc. Maria Luiza de Moraes L. Padilha Co-orientadora: Esp. Susi Uhren Meira Santos Coordenador: Prof. MSc. Fernando

Leia mais

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE -

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE - FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE - Massa Leve é um aditivo capaz de produzir concreto poroso de baixa massa especifica aparente, com ótima estabilidade, isto é, com reduzida queda de volume na aplicação. Características

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS LCF-1581

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS LCF-1581 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS LCF-1581 Recursos Florestais em Propriedades Agrícolas Trabalho final: Projeto de adequação

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DA MADEIRA DE REFLORESTAMENTO NO BRASIL. Sebastião Renato Valverde 1

CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DA MADEIRA DE REFLORESTAMENTO NO BRASIL. Sebastião Renato Valverde 1 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DA MADEIRA DE REFLORESTAMENTO NO BRASIL Sebastião Renato Valverde 1 A economia do setor florestal brasileiro até o ano de 1965 era pouco expressiva, tanto que as atividades de

Leia mais

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Materiais de Construção Civil MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO A madeira é um material excepcional como material de construção além de ter qualidades muito grandes como matéria prima para outros produtos industrializados, e que

Leia mais

SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES

SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES SOLUÇÕES FORTLEV PARA CUIDAR DA ÁGUA TANQUES MUITO MAIS TECNOLOGIA E VERSATILIDADE PARA CUIDAR DA ÁGUA A FORTLEV é a maior empresa produtora de soluções para armazenamento de água do Brasil. Campeã em

Leia mais

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Lucélia Costa Oliveira¹; Mário Luiz Viana Alvarenga² ¹ Aluna do curso de Engenharia de Produção e bolsista do

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Manejo Florestal Sustentável: Dificuldade Computacional e Otimização de Processos

Manejo Florestal Sustentável: Dificuldade Computacional e Otimização de Processos Manejo Florestal Sustentável: Dificuldade Computacional e Otimização de Processos Daniella Rodrigues Bezerra 1, Rosiane de Freitas Rodrigues 12, Ulisses Silva da Cunha 3, Raimundo da Silva Barreto 12 Universidade

Leia mais

PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO

PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO PORTAS E JANELAS: A LIGAÇÃO DA CASA COM O MUNDO É dito no ditado popular que os olhos de uma pessoa são as janelas de sua alma, trazendo este pensamento para uma residência, podemos entender que as janelas

Leia mais

2 Materiais e Métodos

2 Materiais e Métodos 1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE VIGAS REFORÇADAS POR ACRÉSCIMO DE CONCRETO À FACE COMPRIMIDA EM FUNÇÃO DA TAXA DE ARMADURA LONGITUDINAL TRACIONADA PRÉ-EXISTENTE Elias Rodrigues LIAH; Andréa Prado Abreu REIS

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht Administração Logística e Administração de. Profª. Patricia Brecht Definição - Logística O termo LOGÍSTICA conforme o dicionário Aurélio vem do francês Logistique e significa parte da arte da guerra que

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

Melhorias da Infraestrutura

Melhorias da Infraestrutura Melhorias da Infraestrutura Refino Papel e Celulose Energia Fóssil Processos Químicos Processos Industriais Conversão De Resíduos Em Energia www.azz.com/wsi Fornecedora de soluções e serviços completos

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses

Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses Dados divulgados nesta semana das anomalias de temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico indicaram que fenômeno El Niño está na presente,

Leia mais

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Objetivos Diferenciar as diversas formas de armazenamento Compreender o que é e como definir a porcentagem de agregação Conhecer a possibilidade da utilização de

Leia mais

Observação como técnica de coleta de dados

Observação como técnica de coleta de dados 1 Universidade Federal de Rondônia Engenharia Ambiental Professora Orientadora: Renata G. Aguiar Disciplina: Metodologia Cientifica Observação como técnica de coleta de dados 2 O que é observação? técnica

Leia mais

CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ

CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ CONSTRUINDO UMA PONTE TRELIÇADA DE PALITOS DE PICOLÉ Objetivo do projeto. Neste projeto, você irá construir um modelo de ponte treliçada que já estará previamente projetada. Quando terminada a etapa construção,

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA O comportamento climático é determinado por processos de troca de energia e umidade que podem afetar o clima local, regional

Leia mais

FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL

FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL Uma posição institucional conjunta de: Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Sociedade Brasileira de Silvicultura Departamento de Ciências

Leia mais

TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA

TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA Sergio Celio Da Silva Lima (FIC/UNIS) serginhoblack1@hotmail.com Daniel Perez Bondi (FIC/UNIS)

Leia mais

Guilherme Leite da Silva Dias, FEA/USP

Guilherme Leite da Silva Dias, FEA/USP Seminário Risco e Gestão do Seguro Rural no Brasil Mesa Redonda III Aquecimento global e impactos sobre o seguro agrícola Palestra: Aquecimento global e possíveis impactos econômicos sobre a agricultura

Leia mais

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO ORIVALDO BRUNINI- JOÃO PAULO DE CARVALHO VANESSA BANCHIERI CIARELLI ANDREW PATRICK C,BRUNINI INSTITUTO AGRONÔMICO

Leia mais

Informações Gerais. O que é Water Transfer Printing?

Informações Gerais. O que é Water Transfer Printing? Informações Gerais Provedora de soluções para o processo de Water Transfer Printing a PROJFIX está no mercado com o objetivo de trazer qualidade para o segmento no Brasil, comercializando produtos de alto

Leia mais

Qualificação de Procedimentos

Qualificação de Procedimentos Qualificação de Procedimentos Os equipamentos em geral são fabricados por meio de uniões de partes metálicas entre si empregando-se soldas. Há, portanto a necessidade de se garantir, nestas uniões soldadas,

Leia mais

Treinamento em Cálculos Florestais Diversos Por Meio do Software FlorExcel

Treinamento em Cálculos Florestais Diversos Por Meio do Software FlorExcel Treinamento em Cálculos Florestais Diversos Por Meio do Software FlorExcel Julio Eduardo Arce Professor Adjunto do Departamento de Ciências Florestais Universidade Federal do Paraná Av. Pref. Lothário

Leia mais

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012 Prof. MSc. Dorival Pinheiro Garcia Diretor de Pesquisa da ABIPEL Engenheiro Industrial Madeireiro Especialista em pellets de madeira pelletsdemadeira@gmail.com 01/10/2012 Texto publicado na Revista da

Leia mais

Mancais. TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA Elementos de Máquinas. Professor: André Kühl andre.kuhl@ifsc.edu.br

Mancais. TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA Elementos de Máquinas. Professor: André Kühl andre.kuhl@ifsc.edu.br Mancais TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA Elementos de Máquinas Professor: André Kühl andre.kuhl@ifsc.edu.br Introdução à Mancais O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apóia o eixo; No ponto

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE INDÍCE 1- Introdução/ Objectivos... 2- Análise Granulométrica... 2.1- Introdução e descrição dos ensaios... 2.2- Cálculos efectuados, resultados encontrados e observações... 2.3- Conclusão... 3- Ensaio

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS OPERACIONAIS DE TRANSPORTE UTILIZANDO TORAS DE COMPRIMENTOS VARIADOS

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS OPERACIONAIS DE TRANSPORTE UTILIZANDO TORAS DE COMPRIMENTOS VARIADOS IPEF, n.33, p.27-30, ago.1986 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS OPERACIONAIS DE TRANSPORTE UTILIZANDO TORAS DE COMPRIMENTOS VARIADOS FERNANDO SEIXAS ESALQ-USP, Departamento de Ciências Florestais

Leia mais

ESTRUTURA CONSTRUÇÃO COM TÁBUAS CONSTRUÇÃO EM COMPENSADO. 5 32 x 44. 4 32 x 68. 3 Serrado de. 6 Cavernas do meio do barco. 8 44 x 143 1.

ESTRUTURA CONSTRUÇÃO COM TÁBUAS CONSTRUÇÃO EM COMPENSADO. 5 32 x 44. 4 32 x 68. 3 Serrado de. 6 Cavernas do meio do barco. 8 44 x 143 1. ESTRUTURA 17 18 Serrado de 20 x 193 CONSTRUÇÃO COM TÁBUAS 5 32 x 44 14 16 x 143 4 32 x 68 3 Serrado de 32 x 143 3 Cavernas da popa ao meio do barco: 32 x 143 6 Cavernas do meio do barco até proa: 32 x

Leia mais

CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO?

CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO? CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO? Autoria: Amadeu Nosé Junior Mestre em Administração de Empresas Universidade Presbiteriana Mackenzie A Cia. Industrial Vale do Paraíba S/A., é uma

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA BRASIL

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA BRASIL FACULDADES INTEGRADAS DO PLANALTO CENTRAL Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº. 368/08 (DOU 20/05/2008) CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA

Leia mais

Título: QUALIDADE E DURABILIDADE DOS KITS HIDRÁULICOS NA APLICAÇÃO EM SISTEMA DRYWALL

Título: QUALIDADE E DURABILIDADE DOS KITS HIDRÁULICOS NA APLICAÇÃO EM SISTEMA DRYWALL Título: QUALIDADE E DURABILIDADE DOS KITS HIDRÁULICOS NA APLICAÇÃO EM SISTEMA DRYWALL Categoria: QUALIDADE, CONFORMIDADE E SUSTENTABILIDADE EM INSTALAÇÕES Responsável pelo Case: Vitor Paulo Ferrari Cargo:

Leia mais

Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água

Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água www.tsga.ufsc.br O QUE É E COMO FUNCIONA? Trata-se de um sistema desenvolvido para captar e armazenar

Leia mais

a) 0:1:3; b) 1:0:4; c) 1:0,5:5; d) 1:1,5:7; e) 1:2:9; f) 1:2,5:10

a) 0:1:3; b) 1:0:4; c) 1:0,5:5; d) 1:1,5:7; e) 1:2:9; f) 1:2,5:10 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL PCC 2435 - TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS I DEFINIÇÃO E DOSAGEM DE ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE

Leia mais

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto VII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí VII Jornada Científica 21 a 23 de outubro de 2014 Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto Warley Alves Coutinho CHAVES

Leia mais

Catálogo de Tubos. Soluções em aço

Catálogo de Tubos. Soluções em aço Catálogo de Tubos Soluções em aço A empresa Ao dirigir um carro, pedalar a bicicleta, se exercitar na academia e até mesmo na escola do seu filho, nós estamos lá. Sem que você perceba, os produtos fabricados

Leia mais

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

Regulamento Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica Sênior do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Regulamento Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica Sênior do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá Regulamento Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica Sênior do I. CONSIDERAÇÕES GERAIS ART. 1º - Este regulamento tem por objetivo orientar a apresentação, tramitação, aprovação, execução,

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Extração de Requisitos

Extração de Requisitos Extração de Requisitos Extração de requisitos é o processo de transformação das idéias que estão na mente dos usuários (a entrada) em um documento formal (saída). Pode se entender também como o processo

Leia mais

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE AQUITETURA E URBANISMO 1- Generalidades PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO Todas as misturas de concreto devem ser adequadamente dosadas para atender aos requisitos de: Economia; Trabalhabilidade; Resistência; Durabilidade. Esses

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Módulo 18 Avaliando desempenho

Módulo 18 Avaliando desempenho Módulo 18 Avaliando desempenho Raimar Richers definiu marketing como sendo entender e atender os clientes. Esta é uma definição sucinta e feliz que podemos usar para definir avaliação de desempenho como

Leia mais

EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA Andrica de Faria Mendonça 1 Prof. Dr. Cristiano P. da Silva 2 Prof. Esp. Alberto Antonio Resende de

Leia mais

13-05-2015 EUCALIPTO. plantio. Projeção de Receitas e Resultados. Fomento. Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas?

13-05-2015 EUCALIPTO. plantio. Projeção de Receitas e Resultados. Fomento. Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas? 13-05-2015 Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas? Através de florestas plantadas de Eucalipto e Pinus. Cada 1ha destas preservam 10ha de nativas. EUCALIPTO O plantio de Eucalipto

Leia mais

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA.

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA. ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA. Eduardo Sanches Stuchi Pesquisador Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical Diretor Científico da Estação Experimental

Leia mais

Blocos de. Absorção de água. Está diretamente relacionada à impermeabilidade dos produtos, ao acréscimo imprevisto de peso à Tabela 1 Dimensões reais

Blocos de. Absorção de água. Está diretamente relacionada à impermeabilidade dos produtos, ao acréscimo imprevisto de peso à Tabela 1 Dimensões reais Blocos de CONCRETO DESCRIÇÃO: Elementos básicos para a composição de alvenaria (estruturais ou de vedação) BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO SIMPLES COMPOSIÇÃO Cimento Portland, Agregados (areia, pedra, etc.)

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA Alexandre Nunes de Almeida 1 ; Augusto Hauber Gameiro 2. (1) Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, CEPEA/ESALQ/USP,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Escola de Minas DECIV Patologia das Construções. Patologia das Madeiras

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Escola de Minas DECIV Patologia das Construções. Patologia das Madeiras UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Escola de Minas DECIV Patologia das Construções Patologia das Madeiras Estrutura da Madeira Estrutura da Madeira cerne (2) Porção mais clara, na parte externa, que corresponde

Leia mais

Cedro Australiano (Toona ciliata)

Cedro Australiano (Toona ciliata) TECNOLOGIA E VIDA Cedro Australiano (Toona ciliata) Características gerais e botânicas: Planta da família Meliaceae; Altura varia entre 20 a 35 m; Tronco ereto e cilíndrico; Folhas compostas paripinadas

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Autor: Katia Melissa Bonilla Alves 1 Co-autores: Ricardo Wargas 2 e Tomas Stroke 3 1 Mestre em Economia pela Universidade do Estado do Rio de

Leia mais

RESISTÊNCIA DA ADESÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRA AMAZÔNICA COM PAINÉIS MDF E OSB COM VISTA À PRODUÇÃO DE VIGAS ESTRUTURAIS

RESISTÊNCIA DA ADESÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRA AMAZÔNICA COM PAINÉIS MDF E OSB COM VISTA À PRODUÇÃO DE VIGAS ESTRUTURAIS 20 de octubre 2011 Lima - Perú RESISTÊNCIA DA ADESÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRA AMAZÔNICA COM PAINÉIS MDF E OSB COM VISTA À PRODUÇÃO DE VIGAS ESTRUTURAIS GLUE-LINE SHEAR STRENGTH BETWEEN THREE AMAZONIAN

Leia mais

MANUAL PASSO A PASSO DE APLICAÇÃO: GS-SUPER

MANUAL PASSO A PASSO DE APLICAÇÃO: GS-SUPER MANUAL PASSO A PASSO DE APLICAÇÃO: GS-SUPER 1. INTRODUÇÃO Este Manual de Aplicação do GS-Super demonstra passo a passo o procedimento correto para aplicação do material bem como os cuidados necessários

Leia mais

Insígnia Mundial do Meio Ambiente IMMA

Insígnia Mundial do Meio Ambiente IMMA Ficha técnica no. 2.1 Atividade Principal 2.1 SENTINDO A NATUREZA Objetivo da 2 Os escoteiros estão trabalhando por um mundo onde o habitat natural seja suficiente para suportar as espécies nativas. Objetivos

Leia mais

AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO

AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO Aquecedor Solar a vácuo utiliza o que existe de mais avançado em tecnologia de aquecimento solar de água. Esse sistema de aquecimento utiliza a circulação natural da água, também

Leia mais

Parecer Técnico de Conformidade NR 17 e NBR 13966 MESA REUNIÃO REDONDA

Parecer Técnico de Conformidade NR 17 e NBR 13966 MESA REUNIÃO REDONDA Parecer Técnico de Conformidade NR 17 MESA REUNIÃO REDONDA Parecer Técnico de Conformidade NR 17 A SEFIT Serviços Especializados de Fisioterapia do Trabalho Ltda, inscrita no CNPJ n.º 04.207.225/0001-74,

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

COEFICIENTES DE SEGURANÇA

COEFICIENTES DE SEGURANÇA Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS I AT-096 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br O engenheiro responsável pelo projeto de

Leia mais

Somos credenciados pelo MEC para os cursos de pós-graduação a distância. E somos registrados no CREA de Campos do Goytacazes-RJ. Estamos totalmente

Somos credenciados pelo MEC para os cursos de pós-graduação a distância. E somos registrados no CREA de Campos do Goytacazes-RJ. Estamos totalmente Somos credenciados pelo MEC para os cursos de pós-graduação a distância. E somos registrados no CREA de Campos do Goytacazes-RJ. Estamos totalmente legalizados perante os dois órgãos. Depois que o aluno

Leia mais

A interpretação gráfica e o ensino de funções

A interpretação gráfica e o ensino de funções A interpretação gráfica e o ensino de funções Adaptado do artigo de Katia Cristina Stocco Smole Marília Ramos Centurión Maria Ignez de S. Vieira Diniz Vamos discutir um pouco sobre o ensino de funções,

Leia mais

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1)

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1) CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO MCC2001 AULA 6 (parte 1) Disciplina: Materiais de Construção II Professora: Dr. a Carmeane Effting 1 o semestre 2015 Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia

Leia mais

Sitec Power Soluções em Energia ENERGIA REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA

Sitec Power Soluções em Energia ENERGIA REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA ENERGIA REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA O QUE É ENERGIA ATIVA E REATIVA? Sim, mas apesar de necessária, a utilização de Energia Reativa deve ser a menor possível. O excesso de Energia Reativa exige condutores

Leia mais

Teste Vocacional de Engenharia Ambiental http://simulados.guiadacarreira.com.br/simulado/resultado-teste-vocacional/

Teste Vocacional de Engenharia Ambiental http://simulados.guiadacarreira.com.br/simulado/resultado-teste-vocacional/ Teste Vocacional de Engenharia Ambiental http://simulados.guiadacarreira.com.br/simulado/resultado-teste-vocacional/ Teste Vocacional de Engenharia Ambiental do Guia da Carreira O Engenheiro Ambiental

Leia mais

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção.

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção. Resumo aula 3 Introdução à gestão de materiais A gestão de materiais é um conjunto de ações destinadas a suprir a unidade com materiais necessários ao desenvolvimento das suas atribuições. Abrange: previsão

Leia mais

CIRCULAR TÉCNICA N o 159 JUNHO 1988 PREPARO DE SOLOS EM ÁREAS ACIDENTADAS

CIRCULAR TÉCNICA N o 159 JUNHO 1988 PREPARO DE SOLOS EM ÁREAS ACIDENTADAS IPEF: FILOSOFIA DE TRABALHO DE UMA ELITE DE EMPRESAS FLORESTAIS BRASILEIRAS ISSN 0100-3453 CIRCULAR TÉCNICA N o 159 JUNHO 1988 INTRODUÇÃO PREPARO DE SOLOS EM ÁREAS ACIDENTADAS Deuseles João Firme * João

Leia mais