Data: 14/02/13 (7ºDIV) e 19/02/13 (7ºDIN) AULA 03

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1 1/7 Profª Helisia Góes Turmas: 7ºDIV e 7ºDIN Disciplina: DIREITO CIVIL SUCESSÕES Data: 14/02/13 (7ºDIV) e 19/02/13 (7ºDIN) AULA 03 II - SUCESSÃO EM GERAL (Continuação) 5. Sucessões Irregulares De maneira regular, a sucessão pode ser legítima ou testamentária (art , CC). Assim, a sucessão que não obedecer à ordem de vocação hereditária prevista na lei (art , CC) e nem decorrer da vontade do falecido (testamento), será irregular ou anômala. Segundo Diniz (2008), podemos destacar os seguintes casos de sucessão irregular: 1º) Art. 5º, XXXI, da Constituição Federal: inserido no art. 10, 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que prescreve: "A sucessão de bens de estrangeiros situados no Pais será regulada pela lei brasileira em beneficio do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus". Desse modo, verifica-se que a sucessão de estrangeiro falecido, que deixou cônjuge e/ou filhos brasileiros, com bens situados no Brasil, pode ter a ordem de vocação hereditária alterada, diferente daquela estabelecida no art do Código Civil, quando a lei nacional do de cujus for mais favorável aos herdeiros brasileiros. Exemplo: Se o falecido for mexicano e houver deixado cônjuge brasileiro, que deverá concorrer com ascendentes daquele, não será aplicada a lei brasileira, mas sim a mexicana, posto que, pelo Código Civil do México (art ), concorrendo a sucessão cônjuge supérstite e ascendentes de primeiro grau, dividir-se-á a herança ao meio, ficando uma metade com o consorte e outra metade com os ascendentes. Note-se que se fosse aplicada a ordem de vocação hereditária que vigora no Brasil (arts , II c/c 1.837, lª parte, CC), o cônjuge herdaria apenas um terço do acervo hereditário e os ascendentes do de cujus, os dois terços remanescentes (RF, 112:91; RT, 148:237). 2º) Art do Código Civil: garante o direito real de habitação (art , CC) ao cônjuge sobrevivente, relativamente ao imóvel destinado a residência da família, desde que seja o único bem daquela natureza a inventariar. Esta proteção legal alcança o cônjuge sobrevivente casado com o de cujus sob qualquer regime de bens, independente da ordem de vocação hereditária. 3º) Lei n /80 (regulamentada pelo Decreto n /81) e Art. 20, IV, da Lei n /90 (regulamentada pelo Decreto n /90): determinam o pagamento, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social (RT, 728:334, 669:146, 634:72), e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial (RT, 637:74), independentemente de inventário ou arrolamento. Os seguintes valores, não recebidos em vida pelo titular falecido, poderão ser recebidos pelos dependentes da previdência social, independente de inventário: a) quantias devidas, a qualquer titulo, pelos empregadores a seus empregados, em decorrência de relação de emprego; b) importâncias devidas, em razão de cargo ou emprego, pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas autarquias, aos respectivos servidores; c) saldos das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP; d) restituições relativas ao Imposto sobre a Renda e demais tributos recolhidos por pessoas físicas;

2 2/7 e) saldos de contas bancárias, de cadernetas de poupança e de contas de fundos de investimento (Dec.-lei n /86, art. 62), desde que não existam, na sucessão, outros bens sujeitos a inventário (art , CPC). Trata-se de sucessão irregular porque os sucessores do de cujus não poderão levantar esses valores em detrimento das pessoas inscritas na Previdência Social. A Lei n /80 faz clara distinção entre dependentes e sucessores. Os sucessores são os herdeiros (legítimos e testamentários) e os dependentes habilitados são os declarados em documento fornecido pela instituição de Previdência, ou, se for o caso, pelo órgão encarregado do processamento do beneficio por morte. Exemplo: A viúva do titular falecido é, em regra, dependente deste no PIS (Lei n /91, art. 16, I, regulamentada pelo Decreto n /99). Entretanto, a viúva somente será a única sucessora se o de cujus não deixou descendentes ou ascendentes vivos (art , I, II, CC). Note-se que os descendentes do titular da conta do PIS são seus sucessores, mas, apenas serão dependentes para fins previdenciários se, do sexo masculino, forem menores de 18 anos ou inválidos e se, do sexo feminino, forem menores de 21 anos ou inválidos. Assim, há dependentes que não são sucessores e sucessores que não são dependentes. Destaca-se que, não havendo dependente habilitado perante a Previdência, será necessário a expedição de alvará judicial, indicando os sucessores habilitados ao levantamento dos valores supracitados. Caso inexistam dependentes e sucessores, os valores serão revertidos em favor do Fundo de Previdência e Assistência Social, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou do Fundo de Participação PIS-PASEP, conforme se tratar de quantias devidas pelo empregador ou de contas do FGTS e do Fundo PIS-PASEP (Lei n /80, art. 12, 22 e Dec. n /81, art. 72). 4º) Lei n /98 (arts. 41 e ss.): estabelece prazo de 70 anos para que direitos autorais integrem a herança dos sucessores do autor. Depois desse lapso temporal, os direitos autorais do falecido passam a ser de domínio público. Em caso de coautoria, acrescer-se-ão os direitos do coautor falecido, sem sucessor, aos do coautor sobrevivente. 5º) Lei n /74: trata do Seguro Obrigatório de Veículos Automotores (DPVAT), previsto no art. 20, b, l, do Decreto-lei n. 73/66. A indenização por morte será paga por metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da vocação hereditária. Na falta das pessoas citadas, serão beneficiários os que provarem que a morte do segurado os privou dos meios necessários à subsistência (art. 4º, Lei n /74 c/c art. 792, CC). Exemplo: EMENTA: INVENTÁRIO. ALVARÁ. PLEITO DE LEVANTAMENTO DO SEGURO DPVAT PELA HERDEIRA. INDEFERIMENTO DIANTE DA PENDÊNCIA DE PAGAMENTO DO IMPOSTO CAUSA MORTIS RELATIVO AO MONTE. DESCABIMENTO. Seguro obrigatório que não integra a herança e é livre de tributação. Direito potestativo da beneficiária. Ausência de vinculação com as pendências do inventário, ainda que de ordem fiscal. Agravo provido. (SP , Rel. Galdino Toledo Júnior, Julg. 08/11/11, 9ª Câmara de Direito Privado, Publ 10/11/11). (g.n.) 6. Abertura da Sucessão A abertura da sucessão é determinada pela morte. Sem a morte e a figura do de cujus não há herança, não há sucessão hereditária. Por haverem inúmeras consequências jurídicas em função da morte, o Direito Brasileiro achou por bem disciplinar, com bastante minúcia, o momento da morte e sua prova. Assim, temos na Lei dos Registros Públicos (Lei nº 6.015/73), a partir do art. 77 até o art. 88, a regulamentação do assento de óbito. Nos arts. 80 e 81 da citada lei, temos os requisitos que devem estar presentes no assento: Art. 80. O assento de óbito deverá conter: 1º) a hora, se possível, dia, mês e ano do falecimento; (g.n)

3 3/7 2º) o lugar do falecimento, com indicação precisa; (g.n.) 3º) o prenome, nome, sexo, idade, cor, estado, profissão, naturalidade, domicílio e residência do morto; 4º) se era casado, o nome do cônjuge sobrevivente, mesmo quando desquitado; se viúvo, o do cônjuge pré-defunto; e o cartório de casamento em ambos os casos; 5º) os nomes, prenomes, profissão, naturalidade e residência dos pais; 6º) se faleceu com testamento conhecido; 7º) se deixou filhos, nome e idade de cada um; 8 ) se a morte foi natural ou violenta e a causa conhecida, com o nome dos atestantes; 9 ) lugar do sepultamento; 10º) se deixou bens e herdeiros menores ou interditos; 11 ) se era eleitor. Art. 81. Sendo o finado desconhecido, o assento deverá conter declaração de estatura ou medida, se for possível, cor, sinais aparentes, idade presumida, vestuário e qualquer outra indicação que possa auxiliar de futuro o seu reconhecimento; e, no caso de ter sido encontrado morto, serão mencionados esta circunstância e o lugar em que se achava e o da necropsia, se tiver havido. Parágrafo único. Neste caso, será extraída a individual dactiloscópica, se no local existir esse serviço Lei Aplicável à Sucessão O art , do CC, determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte, no caso da sucessão hereditária. Assim, as sucessões hereditárias que se abriram até a data do término da vigência do Código de 1916 serão regidas por ele. Quanto ao testamento feito sob a vigência do Código de 1916, é importante observar que este será válido, segundo as regras do referido código. O testamento feito sob a vigência do CC2002 deve, entretanto, atender às regras do novo ordenamento, quanto aos aspectos formais. Quanto à capacidade para suceder, prevalece a regra do momento da morte (art , CC). ATENÇÃO: Excepcionalmente, o 1º, do art. 10, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, prevê que, se o de cujus for estrangeiro e possuir bens situados no Brasil, poderá ser aplicada a lei de seu país, no processo que tratar do seu inventário, desde que seja mais favorável ao cônjuge sobrevivente e aos filhos brasileiros Princípio de Saisine A transmissão da propriedade e a posse dos bens do defunto, pelos herdeiros sucessíveis (legítimos ou testamentários), ocorrem sem solução de continuidade, ou seja, independe de qualquer ato, operando-se ipso iure, automaticamente, no momento exato do falecimento do de cujus (1.784, CC). Art Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. ATENÇÃO: Com a morte, aquilo que era mera expectativa (herança) para o herdeiro, transforma-se em direito (direito hereditário) Pacto Sucessório (Pacto de Corvina) Nos termos da interpretação do art. 426, do CC, podemos concluir que não há herança de pessoa viva. Art Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Não se admite, no Direito Brasileiro, a sucessão contratual, pois nos termos do art. 426, do CC, FICAM PROIBIDOS OS PACTOS SUCESSÓRIOS. Apesar da referida proibição ser absoluta, alguns autores apresentam duas exceções:

4 4/7 a) Contrato Antenupcial: onde os nubentes podem dispor acerca da recíproca e futura sucessão, desde que não ultrapasse a metade dos bens (arts , IV, 546 e 549, CC). b) Partilha antecipada de bens, entre os descendentes, formulada pelos pais por ato inter vivos (art , CC). Obs.1: Concordamos com os autores, como Dias (2011), que não reconhecem estas exceções, visto que o art. 166, VI, do CC, declara nula qualquer cláusula ou convenção que contrarie disposição absoluta de lei. Para o Pacto Antenupcial, também existe vedação expressa (1.655, CC). Dias (2011, p. 117) adverte que: Não se pode reconhecer como pacto sucessório a possibilidade de o ascendente proceder à partilha da parte disponível dos seus bens por ato entre vivos (CC 2.018). Da mesma forma, não é pacto sucessório a doação feita pelos ascendentes aos descendentes, e que configura adiantamento de legítima (CC 544). Ambos são levados a efeito pelo titular, não pelos herdeiros. 7. Transmissão da Herança 7.1. Momento A transmissão hereditária é a transferência de direitos e obrigações da esfera jurídica do de cujus para a de seus sucessores. A morte do de cujus determina o momento da transmissão da herança, pois a mesma ocorre automaticamente, ou seja, no mesmo instante do falecimento, segundo a regra estabelecida pelo Princípio de Saisine, independente de formalidade ou da manifestação de vontade dos sucessores. Este princípio foi recepcionado pela legislação brasileira, nos termos da expressão desde logo, contida no at , do CC. Assim, aberta a sucessão (morte), a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. (g.n). Para Dias (2011, p. 230) a transferência imediata é da essência do princípio de saisine. Nada mais é do que uma ficção que visa assegurar a continuidade dominial de bens, direitos e obrigações sem que sobre espaço entre esses dois acontecimentos.. No exato momento da morte do de cujus, os herdeiros assumem a posse e a propriedade dos bens hereditários, ainda que, em alguns casos, tal posse seja apenas indireta. Zeno Veloso apud Fiuza (2002, p ) observa que a morte, a abertura da sucessão e a transmissão da herança aos herdeiros ocorrem num só momento. Entretanto, é importante observar que o legatário receberá, no momento da morte do de cujus, apenas a propriedade do legado, e não a posse, e somente se este for puro e simples, tendo por objeto uma coisa certa e infungível, que exista no acervo hereditário na abertura da sucessão. Por outro lado, se o legado se tratar de coisa fungível, o legatário somente receberá a propriedade com a partilha da herança. ATENÇÃO: O legatário somente terá a posse do legado após a partilha da herança, exceto se já estava na posse deste antes da abertura da sucessão Prova da Morte do Titular do Patrimônio (De Cujus) A morte será comprovada, regra geral, pela Certidão de Óbito. Importante lembrar que um erro na informação do dia e da hora do óbito, mesmo que de mero segundo, pode alterar, significativamente, o processo de transmissão do acervo hereditário. Exemplificando: Imaginemos que João e Carlos, respectivamente pai e filho, não possuem outros parentes vivos. Assim, se os dois falecerem em um mesmo evento, ficando provado que o óbito de João ocorreu primeiro, neste caso, a herança deste será repassada para Carlos. Se, porém, fica

5 5/7 comprovado que Carlos faleceu primeiro, a ordem sucessória será invertida, ou seja, a herança de Carlos será repassada para João. Excepcionalmente, no caso de mortes presumidas pelo direito, a prova desta se dará pela sentença transitada em julgado. Ex.: morte presumida do ausente (arts. 6º e 7º, CC). ATENÇÃO: COMORIÊNCIA: ocorre quando dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros. Assim, presumir-se-ão simultaneamente mortos (art. 8º, CC). Efeito para o direito sucessório: não haverá transmissão de direitos hereditários entre os comorientes, como se não houvesse vínculo sucessório entre eles. Assim, os bens de cada comoriente irão para seus respectivos herdeiros. (DINIZ, 2008, p. 28; DIAS, 2011, p. 298 e 299) Objeto da Sucessão: Herança O objeto da sucessão causa mortis é a herança, que será transmitida aos sucessores legítimos e testamentários do de cujus. A herança é uma universalidade de direitos (art. 91, CC). A herança é, portanto, o patrimônio do falecido, ou seja, o conjunto de bens materiais, direitos e obrigações (CC, 91 e 943) que se transmite aos herdeiros legítimos ou testamentários. (DINIZ, 2008, p. 39). Assim dispõe o art. 91 do CC: Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Entretanto, há direitos e obrigações do falecido que não se transmitem, como: a) direitos personalíssimos (poder familiar, tutela, curatela e os direitos políticos); Obs.2: O próprio art. 11, do CC, determina que os direitos da personalidade são, em regra, intransmissíveis, salvo as exceções legalmente previstas. b) alguns direitos e deveres patrimoniais inerentes à pessoa do de cujus. Ex.: obrigação de fazer infungível (247, CC), empreitada vinculada à qualidade pessoal do empreiteiro (art. 626, CC); c) alguns direitos reais (uso, usufruto e a habitação arts. 1410, II, e 1.416, CC); d) obrigações alimentares (Exceção: art , CC). Obs.3: Apesar do CC determinar que a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros, na verdade, o que ocorre é a vinculação do débito apenas ao patrimônio deixado pelo de cujus (herança), com base na disposição legal contida no art , CC. Note-se que a transmissão hereditária trata da propriedade e posse dos bens deixados pelo morto, então a norma do art deve ser interpretada em conjunto com as regras legais fixadas nos arts e do CC: Art Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida. Art A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. Art O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. A lei observa que a herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros. (art , CC). Desse modo, os herdeiros serão considerados como condôminos, em relação ao patrimônio hereditário, até o momento da partilha (Parágrafo único, 1.791, CC). Assim, os co-herdeiros são possuidores e proprietários de uma quota ideal, com caráter abstrato, somente sendo materializada com a conclusão do inventário, no momento da partilha. Cada herdeiro é proprietário do todo da herança, limitados à sua quota parte.

6 6/7 ATENÇÃO: A legislação trata o direito à sucessão aberta (herança) como um único bem imóvel (art. 80, II, CC), ainda que a herança seja composta apenas por bens móveis. Há de se observar, ainda, que os herdeiros não podem responder pelos encargos superiores às forças da herança (art , CC). Desse modo, os débitos do falecido deverão ser pagos com os próprios créditos que compõem a herança, não sendo os herdeiros obrigados a quitar tais obrigações com seu patrimônio particular. Resumidamente, podemos destacar três características essenciais da herança: a) UNIVERSAL (universalidade de direitos); b) INDIVISÍVEL (até a partilha); c) TEMPORÁRIA (perdura da abertura da sucessão até a partilha) Lugar da Abertura da Sucessão (foro competente para a propositura do inventário) A legalização da disponibilidade da herança será realizada por meio do processo de inventário, que tem por finalidade descrever e apurar os bens deixados pelo falecido visando a consequente partilha entre os sucessores, possibilitando aos mesmos alienar ou gravar os bens que compõem o acervo hereditário. Determina o Código Civil, em seu art , que a abertura do inventário ocorrerá no lugar do último domicílio do falecido, visto que no Direito pátrio o domicílio é a sede jurídica da pessoa e do seu patrimônio (art. 70 a 74, CC). Assim, o foro competente para os processos atinentes à herança e para as ações dos legatários e credores, quando relacionados com os bens da herança (espólio), também será o último domicílio do falecido (caput, art. 96, CPC). Nesse sentido, devemos estudar, de forma paralela, o disposto no art. 96, do CPC, que diz: Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. É, porém, competente o foro: I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes. Entretanto, importante lembrar que a competência prevista no art. 1785, do CC, é absoluta, utilizando-se o disposto no Parágrafo único do art. 96, do CPC, apenas subsidiariamente, no caso de falecimento no Brasil e da falta de domicílio certo do de cujus. Ainda que o de cujus tenha morrido no estrangeiro, o foro competente será o do último domicílio no Brasil, nos termos da Súmula 58-TFR, combinado com o caput do art. 96, do CPC e art , do CC. Nesse sentido, disciplina ainda o art. 89, II, do CPC, que: Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I (...) II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. O que apuramos do citado artigo é que, mesmo que o de cujus tenha falecido no estrangeiro, onde mantinha domicílio, poderá haver abertura de inventário no Brasil, limitando-se aos bens aqui situados. No caso de o de cujus possuir mais de um domicílio (arts. 71 e 72, CC), a abertura do inventário poderá ocorrer em qualquer um deles. Entretanto, alguns autores defendem a tese de que o lugar do óbito determinará o foro competente no caso de pluralidade de domicílios (Parágrafo único, II do art. 96, do CPC), ou poderá ser definido conforme a conveniência dos herdeiros.

7 7/7 ATENÇÃO: Se o falecido possuía mais de um domicílio, sendo proposta a ação de inventário em mais de um desses juízos, a competência será fixada pela regra processual da prevenção, sendo competente o juiz que primeiramente despachou o processo (art. 106, CPC). Quanto ao foro, devemos ainda citar a exceção legal prevista no art , CPC: Art Falecendo o cônjuge meeiro supérstite antes da partilha dos bens do pré-morto, as duas heranças serão cumulativamente inventariadas e partilhadas, se os herdeiros de ambos forem os mesmos. 1o Haverá um só inventariante para os dois inventários. 2o O segundo inventário será distribuído por dependência, processando-se em apenso ao primeiro. No caso exposto no citado artigo, para o cônjuge meeiro supérstite, que falecer antes da partilha dos bens do cônjuge pré-morto, o foro competente para o inventário será determinado por dependência, ou seja, será aquele onde está sendo processado o inventário do pré-morto. Assim, excepcionalmente, os inventários de ambos os cônjuges serão processados conjuntamente, figurando um só inventariante, desde que os herdeiros de ambos sejam os mesmos. Poderá, ainda, ser partilhado no mesmo processo de inventário, os bens do herdeiro que falecer na pendência do inventário em que foi admitido, desde que não tenha deixado acervo hereditário além do seu quinhão relativo ao primeiro inventário. Nesse sentido, vejamos a disposição contida no art , do CPC: Art Ocorrendo a morte de algum herdeiro na pendência do inventário em que foi admitido e não possuindo outros bens além do seu quinhão na herança, poderá este ser partilhado juntamente com os bens do monte. ATENÇÃO: No entendimento extraído do art. 96, do CPC, temos que, enquanto a herança conservar seu caráter de universalidade (91, CC), o juízo do inventário será o competente para as ações relativas à mesma. Porém, assim que a herança perder o seu estado de indivisa (consequência da partilha), o foro competente para qualquer ação será o dos respectivos herdeiros. Em Destaque: QUAL O FORO COMPETENTE PARA A PROPOSITURA DO INVENTÁRIO DO DE CUJUS??? REGRA: O foro do último domicílio do de cujus (art , CC; caput, 96, CPC). EXCEÇÕES: A. Foro de localização dos bens do de cujus, se este não tinha domicílio certo (Par. único, I, 96, CPC); B. Lugar do óbito, se o falecido não possuía domicílio certo e deixou bens em vários lugares (Par. único, I, 96, CPC); C. Foro onde tramita o inventário do cônjuge pré-morto (por dependência), se o cônjuge que faleceu por último possuir os mesmo herdeiros daquele que faleceu primeiro (art , CPC); D. Foro onde tramita o inventário do antecessor do herdeiro falecido antes da partilha, se o quinhão hereditário resultante desta for o único patrimônio do herdeiro falecido (art , CPC). BIBLIOGRAFIA: DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Brasileiro: Direito das Sucessões. São Paulo: Saraiva, 2008; DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. São Paulo: RT, 2011; VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito das Sucessões. São Paulo: Atlas, 2004.

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