Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Nome.

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1 Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 05/03/2018. (Aula 03 de sucessão). Nome. Alteração do nome. Existem algumas hipóteses de alteração do nome, seja o prenome ou sobrenome. É comum a mudança do sobrenome no casamento pela mulher, mas nada impede do homem colocar o sobrenome da esposa, assim como casais homoafetivos um dos companheiros acrescentar o sobrenome do outro. Outra situação é na adoção em que pode alterar o nome inteiro do adotado (prenome e sobrenome). A alteração do nome é regulada pela lei 6.015/73 de Registros Públicos, sendo necessária justificativa e via judicial. Mudança de sexo pessoa que faz cirurgia de mudança de sexo deixa de ser homem e passa a ser mulher ou inverso, de João passa a ser Maria, o STF julgou no dia 01 de março de 2018 que não é mais necessário fazer a cirurgia de mudança de sexo para solicitar a alteração do nome bastam exames psicossociais, Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) Grave erro evidente quando o nome é escrito equivocado, ex. Uilia. Nome que causa embaraço (pessoas que têm o mesmo nome). exemplo, homônimo com o nome negativado

2 Proteção a vítima ou a testemunha vitima ou testemunha de crime pode alterar o nome inteiro para resguarda sua integridade física, evitando ser localizada. Ridículo Créu, Adolf Hitler. nome vexatório que causa dissabor a pessoa, exemplo, Pastor Sucessão. Introdução. No Direito Romano quando a pessoa falecia seus bens iam para seus herdeiros, tínhamos dois tipos de herdeiros os necessários e os demais, para o segundo tipo antes de herdar tinha que ter a aceitação para não ocorrer a jacência, ou seja, a aceitação tinha que ser expressa, se não fosse expressa a herança iria para o Estado. Jacência herança sem dono. Heredes sui et necessarii tratava-se da classe dos herdeiros necessários, era os descendentes e ascendentes, era independente de sua aceitação, filho homem é quem tinha direito, a filha mulher era provisoriamente. Additio os demais herdeiros, ato externo de adição, a aceitação precisava ser expressa para no ocorrer a jacência. O código civil de 1916 e o atual de 2002 tratam da sucessão da mesma forma, no código civil em vigência a previsão encontram-se nos artigos a A aceitação é tácita deixando herança o de cujus vai para os herdeiros conforme a ordem vocacional, princípio da saisine, a renúncia precisa ser expressa, se houver silêncio presume-se que aceitou a herança. Vocábulo (o que significa): Suceder substituir; 2

3 Sucessão transmissão no direito. Formas de Sucessão. Inter vivos entre pessoas vivas, exemplo, compra e venda, doação, imposto ITBI, competência do Município, exceto doação que a competência é do Estado. Causa mortis em decorrência do falecimento de alguém, os bens são transmitidos aos herdeiros, imposto ITCMD competência do Estado. Conceito. Conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de sua morte aos herdeiros em virtude de lei ou testamento. Maria Helena Diniz. Empregasse o vocábulo num sentido mais restrito para designar ao somente a transferência da herança ou do legado por morte de alguém ao herdeiro ou legatário seja por força de lei ou em virtude de testamento. Washington de Barros Monteiro. Herança é aquilo que vem em porcentagem, a título universal. Legado é um bem certo, especifico e determinado deixado para uma pessoa que não necessariamente faz parte da sucessão legitima. Espécies. Sucessão testamentária é a disposição de última vontade do testador (autor da herança) aos seus herdeiros, não necessário ser um herdeiro legítimo da ordem de vocação, contudo, se o testador tiver herdeiros necessários (artigo CC: descendentes, ascendentes e cônjuges) precisa guardar a legítima 50%. O testamento é um ato personalíssimo só o testador pode fazer e quem recebe também é personalíssimo, a substituição de quem recebe precisa ser expressa no testamento. 3

4 Sucessão legítima hereditária, artigo CC. é aquela respeitada a ordem de vocação Sucessão a título universal ou porcentagem dos bens, sem especificar os bens. o bem não é determinado, deixa o todo Sucessão a título singular detalhada. deixa um bem específico, de forma Transmissão da herança. A transmissão da herança se dá com a morte, princípio da Saisine, como determina o artigo CC: Art Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Com a transmissão da herança a posse e a administração passa automaticamente aos herdeiros, contudo, a propriedade para que ocorra a transmissão é necessário que seja feito o inventário. Abertura do inventário. Abertura do inventário é o ato pelo qual se formaliza a transferência da herança (propriedade), por ação de inventário ou arrolamento, após transitado em julgado é espedido o formal de partilha ou carta de adjudicação. Quando tiver mais de um herdeiro será formal de partilha e apenas um herdeiro será carta de adjudicação. Com estes documentos é possível fazer a transferência da propriedade nos cartórios e órgãos competentes. Lugar da abertura do inventário. O código civil em seu artigo descreve como sendo o foro competente para abertura de inventário o último domicílio do de cujus, como segue: 4

5 Art A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. O código de processo civil é um pouco mais completo nas hipóteses de competência para propor a ação de inventário ou arrolamento, como segue: Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Para fazer o inventário extrajudicial pode ser feito em qualquer cartório de notas do Brasil, não precisa seguir a regra de competência do artigo 48 do CPC. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 5