Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 02/05/2018. (Aula 19 de sucessão).

Transcrição

1 Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 02/05/2018. (Aula 19 de sucessão). Observe o decreto estadual /11, que trata de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos na parte extrajudicial!!! O artigo 2º, 2º faz menção a bens móveis que se encontre em outro Estado, contudo, precisa estar registrado no Estado de São Paulo, para pode cobrar ITCMD em São Paulo. Se estiver registrado em outro estado será bitributação. A isenção de UFESP será considerado sobre o valor total do imóvel, não tira a meação. O inventário extrajudicial em São Paulo não precisa levar no posto fiscal, recolhe e leva para o tabelião, contudo, tem tabelião que manda o advogado levar até o posto fiscal. O tabelião precisa guardar por 5 anos cópia da documentação apresentada pelo contribuinte, inclusive guia de recolhimento do imposto. A competência administrativa de bens móveis será considerada o último domicílio do de cujos. Demonstração de como preencher guia de ITCMD. Link da fazenda pública de São Paulo: 1

2 Observe a lei estadual /03 do estado de Minas Gerais!!! 1 A UFEMGS é de R$ Em Minas tem isenção para imóveis residências de até UFEMGS (R$ ,00). Alíquota do imposto é de 5%. Sonegação na sucessão. Conceito: ocultação maliciosa (dolosa) de bens com a intenção de prejudicar outros herdeiros

3 O sonegador sofre sanção por sua prática, como perda do direito ao bem sonegado, conforme preceitua o artigo do CC: Art O herdeiro que sonegar bens da herança, não os descrevendo no inventário quando estejam em seu poder, ou, com o seu conhecimento, no de outrem, ou que os omitir na colação, a que os deva levar, ou que deixar de restituí-los, perderá o direito que sobre eles lhe cabia. A pena do bem sonegado só é aplicável ao herdeiro, pois, ele tem uma expectativa de direito sobre o bem sonegado, ao meeiro/a não se aplica a pena do bem sonegado já que tem direito a metade e não expectativa. Se herdeiro sonegador for também o inventariante ele terá dupla sanção, perde direito ao bem sonegado e perde o posto de inventariante. Quando não houver mais a possibilidade de restituir o bem sonegado além da perda do direito responde por indenização por danos materiais e morais, se for cabível. Se o sonegador for testamenteiro dativo perde o cargo e o direito à vintena. Ação de sonegados. O foro competente é o mesmo do inventário, em apenso ao processo de inventário, se houver sonegação precisa fazer uma sobrepartilha. Processa-se pelo rito ordinário, sendo parte legitima quem foi prejudicado pela sonegação do bem. Precisa recolher o ITCMD para o bem sonegado. Observe o artigo e seguintes do Código Civil!!! O prazo para arguir a sonegação é depois de encerrada a descrição dos bens, artigo No processo de inventário após as primeiras declarações, será o esboço de partilha ou plano de partilha ai o juiz pede as últimas declarações do inventariante e neste momento o inventariante reforça que as últimas declarações são as mesmas que as primeiras, neste 3

4 momento o herdeiro prejudicado após as últimas declarações pede a sonegação, por haver sonegado perde o inventariante direito aos bens sonegados. A herança do de cujus responde pelas dívidas deste. O monte-mor responde pelas despesas com funeral, contudo, as especificações do falecido (escolhas) só se forem ordenadas em testamento. Confusão de credor e devedor na mesma pessoa, exemplo, o herdeiro é devedor e o pai é credor, o pai falece há confusão. Colação. Conceito: conferência dos bens doados em vida pelo ascendente a seus os descendentes com os bens arrolados no inventário. Os bens passíveis de colação são os bens doados em vida, conforme preceitua o artigo 2.002: Art Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação. Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível. A pessoa que faleceu não dispunha de patrimônio, pois, em vida fez doação de todos os seus bens, contudo tinha herdeiros necessários, assim é possível ingressar com uma ação de colação para igualar a legítima. ITCMD não é devido quando chamado a colação, pois, quando foi doado já houve a tributação, agora, se o bem voltar para colação para outros herdeiros é necessário a restituição do tributo para quem foi doado, se este pagou o ITCMD. 4

5 Observe os artigos a do Código Civil!!! A colação tem a função de igualar a parte legitima dos descendentes e do cônjuge sobrevivente. Pode ser impugnado o valor dos bens doados, via de regra, o valor será o da época da doação. Não serão computadas ao valor dos bens chamados a colação as benfeitorias realizadas pelo donatário. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 5