Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe. Lavra a céu aberto com tratamento a úmido minerais não metálicos.

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1 PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00078/1980/038/2007 LI Ampliação Deferimento Outorga APEF Nº 03254/2007 Reserva legal Nº Empreendimento: BUNGE FERTILIZANTES S.A CNPJ: / Município: Araxá Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia: Córrego da Mata Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe A Lavra a céu aberto com tratamento a úmido minerais não metálicos. Medidas mitigadoras: ( X ) SIM ( ) NÃO Medidas compensatórias: ( x ) SIM ( ) NÃO Condicionantes: (X) SIM ( ) NÃO Automonitoramento: ( X )SIM ( ) NÃO 5 Responsável Técnico pelo empreendimento Antonio Carlos Barbosa Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Engenheiro kleib Henrique Fadel Registro de classe Registro de classe CREA/MG Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 107/2008 DATA: 19/03/2008 Data: 12/06/2008 Equipe Interdisciplinar: Antonio José Oliveira Souza Junia Gontijo Cunha Franklin de Almeida Costa Registro de classe Assinatura

2 1. INTRODUÇÃO: A Bunge Fertilizantes Ltda, solicita Licença de Instalação para seu empreendimento, referente à ampliação da área da mina. Este local de ampliação é denominado Cava Alto Paulista, a qual se encontra inserida na concessão de lavra descrita no processo DNPM nº 35101/1946. A Unidade de mineração e concentração de fosfato contido no minério de apatita e fabricação de fertilizantes fosfatados possui Licença de Operação revalidada em 24 de junho de 2004, com validade de quatro anos. 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO: A empresa extrai minério fosfático, lavrando em mina a céu aberto, em uma área pertencente à CODEMIG, a qual foi arrendada a Bunge Fertilizantes S/A. A atual mina da Bunge Fertilizantes, denominada de Barreiro, lavra anualmente 5 milhões de toneladas de minério aproximadamente. Sua reserva estimada é de 85 milhões de toneladas de minério, resultando em uma vida útil de 17 anos no ritmo da lavra atual. Os dados e parâmetros básicos da mina são descritos a seguir: Teor de corte 6% de P 2 O 5 Teor médio 11% de P 2 O 5 Relação estéril/minério 1:1,52 Recuperação 65% A mina do Barreiro é lavrada a céu aberto, através de bancadas de meia encosta, com os seguintes parâmetros físicos. Altura dos bancos 10m Largura das bermas 20 m Ângulo de face médio 65º Ângulo da cava médio 30º Rampas 10% Com relação à nova cava denominada Alto Paulista, a mesma participará com cerca de 10% do volume oriundos da lavra atual.

3 Além disso, esta ampliação terá as seguintes características: Reserva 10.2 Milhões de toneladas Estéril 23.8 Milhões de toneladas O conjunto de operações coordenadas, objetivando o aproveitamento industrial da jazida, compreenderá as etapas de decapeamento do solo, escarificação, carregamento, transporte, cominuição, separação granulométrica, homogeneização, classificação concentração e deslamagem. A escala de produção bruta está estimada em toneladas/ano. Vale ressaltar que a utilização de explosivos será restrita às áreas de minério cimentado ou a fragmentação de matacões eventualmente inseridos no maciço. A operação da nova cava não irá alterar os processos atualmente executados, bem como os equipamentos utilizados e acessos existentes. Para apoio dos funcionários serão utilizadas as instalações da empresa já consolidadas. Os principais impactos identificados pela empresa, mencionados no Relatório de Controle Ambiental, foram: Geração de estéril Ruídos Alterações das características geotécnicas do solo Supressão de vegetação Alterações topográficas e paisagísticas Liberação de particulados Como principais medidas mitigadoras propostas pela empresa apresentada no Plano de Controle Ambiental, foram: Controle das águas pluviais Controle e monitoramento dos ruídos Umidificação das vias de acesso Disposição adequada do estéril Recuperação das áreas desnudas Monitoramento das águas superficiais e subterrâneas

4 Plano de ação para situação de emergência (PASE) A explotação da lavra, bem como todas as atividades que envolvem o processo, deverão seguir as Normas Reguladoras da Mineração Portaria DNPM nº 237/2001, bem como as NBR s 9653 e Guia para avaliação dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas e guia para execução de serviços de medição de ruídos e avaliação de seus efeitos, respectivamente. Após o exaurimento da lavra deverá ser mantido um sistema de acompanhamento e monitoramento da área, com relação à estabilidade de taludes, controle de erosões, drenagem das águas pluviais, revegetação e adequação topográfica e paisagística, até que se possa considerar que todas as medidas de recuperação adotadas tenham alcançado seus objetivos finais, sem riscos de retrocessos que possam comprometer a área futuramente. 3. AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL A BUNGE FERTILIZANTES S.A formalizou processo nº 03254/2007 na SUPRAM TM/AP em 27/11/2007, requerendo autorização para supressão Florestal (APEF), com o objetivo de abertura da nova frente de lavra denominada Cava Alto Paulista Coord. S 19º 39 7,1 e 46º 57 26,4. Vale ressaltar que não haverá intervenção em área de reserva legal e preservação permanente (APP). A supressão acontecerá em uma única área distinta de 38,00 hectares de pastagem antropizada com remanescente de cerrado e árvores isoladas, pertencente as matrículas n os 8.385, e 8.086, localizadas dentro do Perímetro Urbano da cidade de Araxá/MG. A vegetação que será suprimida está localizada em uma região caracterizada como bioma Cerrado conforme Carta Geográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), predominando espécies de cerrado e espécies frutíferas constituída por: unha de boi (Bauhinia forficata), unha de gato (Acacia bonariensis) jacarandá (Jacaranda minasaefolia), jatobá (Hymenaea courbaril), paineira (Chorisia speciosa), chapadinha (Acosmium subelegans), pau terra(qualea grandiflora), camará(lantana camara), pau d óleo (Copaifera sellowii), canzil (Lanchocarpus campestris), mangueira (Mangifera indica), amora (Morus nigra), abacate (Persea

5 americana), jabuticaba (Myciaria canliflora), araticum (Annoma sp.) e goiabeira (Psidium guajana). O material lenhoso será utilizado para produção de energia para secagem de fertilizantes. O explorador será a BUNGE FERTILIZANTES S/A, portadora do CNPJ: / , localizado na Avenida Arafértil, 5.000, Zona Suburbana Araxá/MG. A empresa possui o registro no Instituto Estadual de Florestas (IEF) para a categoria de consumidor de produtos e subprodutos da flora, registrado sobre o nº Foi apresentado um Inventário Florestal de todo o empreendimento, objeto da supressão, sobre a responsabilidade do Engenheiro Florestal Alexandre Bertola, cuja ART é nº e foi estimado um rendimento lenhoso total de 18,42 m³ de lenha e 5,0 m³ de madeira para serraria, na área autorizada. Não poderá ser feita nenhuma supressão sem as devidas autorizações, as motos serras bem como os demais equipamentos usados (tratores de esteira e similares) para a atividade de exploração deverão estar devidamente regularizados no IEF e estar de posse do registro. O transporte do material lenhoso (raízes, lenha, etc), oriundo da exploração, somente poderá ser feito para outro local, fora da propriedade, acobertado pelo documento ambiental a ser emitido pelo IEF do município no qual se encontra a propriedade. As árvores de médio e grande porte deverão ser aproveitadas os troncos na forma de toras e os galhos na forma de lenha. Deverá ser dado um destino final a todo o material lenhoso objeto desta autorização, conforme determina a legislação, não podendo ocorrer em hipótese alguma o enterramento, a queima ou abandono na propriedade para apodrecimento. E como medida compensatória a BUNGE FERTILIZANTES S.A deverá compensar uma área equivalente em extensão a área suprimida e com importância ecológica igual ou superior e que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma micro bacia. 4. CONTROLE PROCESSUAL: O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos

6 pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da Deliberação Normativa nº 74/2004. O tipo de atividade desenvolvida e o local de instalação do empreendimento estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do município de Araxá, conforme declaração constante nos autos às fls CONCLUSÃO: A equipe interdisciplinar de análise deste processo, sob o ponto de vista técnico e jurídico, considera que o RCA e o PCA apresentados, foram considerados satisfatórios. Por conseguinte, esta equipe opina pelo deferimento da Licença de Instalação de ampliação da mina, com prazo de validade de 06 (seis) anos, para a empresa Bunge Fertilizantes S/A, aliadas às condicionantes do anexo único, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. Cabe esclarecer que a SUPRAM TM/AP não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental e programas de treinamento aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista e/ou prepostos. 6. PARECER CONCLUSIVO: Favorável: ( ) Não (X) Sim 7. VALIDADE DA LICENÇA:

7 6 (seis) anos Data: 12/06/2008 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Antonio Jose de Oliveira e Souza Junia Gontijo Cunha Franklin Almeida Costa

8 ANEXO ÚNICO PROCESSO COPAM n : 00078/1980/038/2007 Classe/Porte: 5 Empreendedor: Bunge Fertilizante S/A CNPJ: / Atividade: Lavra a Céu Aberto de Apatita Município: Araxá/MG Referência: CONDICIONANTES ITEM 1 2 Apresentar relatório técnico fotográfico conclusivo contemplando as ações de controle e monitoramento ambiental executadas, bem como evolução do empreendimento. Proceder a continuidade do programa de monitoramento mensal da qualidade das águas superficiais e subterrâneas encaminhando à SUPRAM TM-AP os resultados conclusivos anualmente. PRAZO Anual Anual