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1 PARECER ÚNICO SUPRAM-TM/AP PROTOCOLO /2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 01626/2006/001/2009 LOC DEFERIMENTO Empreendimento: Nacional Gás Butano Ltda. CNPJ: / Município: Uberlândia/MG Unidade de Conservação: - Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia: Rio Uberabinha Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe F Base de armazenamento e distribuição de gás liquefeito de petróleo - GLP Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO 3. Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Marcos Antônio Costa e Silva- Engenheiro mecânico Registro de classe CREA/MG-34202/D Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 16422/2009 DATA: 10/06//2009 Data: 16/06/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Ricardo Rosamília Bello Evandro de Abreu Fernandes Júnior José Roberto Venturi Janaína de Souza Mendes Rodrigo Angelis Alvarez Página: 1/9

2 1. INTRODUÇÃO O empreendedor requereu Licença Ambiental de Operação Corretiva para a atividade de armazenamento e distribuição de gás liquefeito de petróleo - GLP, que está em operação desde abril de O FCEI foi preenchido em 12 de outubro de O FOB foi emitido em 3 de março de 2009, sendo o processo formalizado em 01/06/ CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO: O empreendimento está localizado no perímetro urbano do município de Uberlândia MG, na Avenida Floriano Peixoto, número 4 200, bairro Custódio Pereira. A empresa possui uma estrutura física construída com uma área de 1 713,42 metros quadrados, abrangendo escritórios, almoxarifado, refeitório, pátio para armazenagem de GLP envasado e o pátio para circulação de veículos. A atividade resume-se em armazenamento e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), uma mistura de gás propano e butano (vulgo gás de cozinha), envasado em recipientes denominados P-13, P-20 e P-45 com 13, 20 e 45 quilos respectivamente, possui capacidade nominal instalada para 60,48 m³ de gás /mês. Como confrontantes há uma empresa no segmento de caminhões, uma empresa no segmento de pneus, uma marmoraria, a avenida Afonso Pena e a rodovia BR 050. O GLP comercializado pela Nacional Gás é engarrafado pela empresa SHV Gás Brasil, filial de Uberlândia localizada à Av Licério Pinheiro de Paula, n 100, Bairro Distrito Industrial, neste mesmo município, subsidiária da empresa holandesa SHV Gás, a qual possui licença ambiental para o exercício dessa atividade. Os recipientes de gás ficam armazenados em local aberto, sem cobertura, com os afastamentos entre as pilhas e as demais construções. O transporte dos botijões é feito pelos 02 motoristas de caminhões, 02 motoristas de motos, 02 ajudantes de caminhões e 01 ajudante de carga e descarga capacitados para realizar as operações, mediante certificado do MOPP dos motoristas, conforme cópia dos documentos inseridos no anexo 03, página 40 deste processo. Tanto na área de armazenagem de gás quanto na área interna (escritório), há censores de gás com a função de alertar possíveis vazamentos, também estão distribuídos pela empresa diversos equipamentos destinados a combate de incêndios, bem como placas de sinalização e de advertência. Página: 2/9

3 A empresa possui documentação relativa ao Corpo de Bombeiros, certificando possuir processo de segurança contra incêndios e pânico, obteve liberação em vistoria final em 11 de janeiro de 2008 por estar em conformidade com as prescrições normativas e legislação em vigor, válido por 730 dias a partir da data da realização da vistoria efetuada pelo Corpo de Bombeiros. Toda a água utilizada é fornecida por concessionária local (DMAE), não sendo utilizada no processo produtivo, mas apenas para atender a demanda dos sanitários e limpeza dos escritórios da empresa. O esgoto sanitário é conduzido para rede pública municipal. A energia elétrica é proveniente de concessionária local (CEMIG). O fluxograma de todo processo resume-se em: -Transporte e descarregamento de GLP envasado -Armazenamento -Venda no varejo (com ou sem transporte próprio) -Venda no atacado (com ou sem transporte próprio) 3. IMPACTOS INDENTIFICADOS 3.1 Resíduos sólidos São gerados resíduos domésticos tais como papéis, papelões e plásticos provenientes de escritórios e eventuais resíduos de alimentos. Já no processo produtivo, são gerados botijões vazios em não conformidade que por não poderem ser reutilizados no envase, por questões técnicas de segurança, são descartados ou encaminhados para reparos. 3.2 Efluentes líquidos O principal efluente líquido é o esgoto sanitário gerado pelos 18 funcionários da empresa, já na área construída e impermeabilizada há geração de águas pluviais. Apesar de haver uma área destinada à lavagem de veículos e caminhões, a mesma não é utilizada pois a empresa optou por terceirizar este serviço. Página: 3/9

4 3.3 Efluentes atmosféricos As principais fontes de geração de emissões atmosféricas são os dois caminhões a diesel, as duas motos utilizadas para transporte dos botijões e os dois automóveis destinados ao apoio técnico e comercial da empresa. Poderão ocorrer também eventuais vazamentos de gás nos botijões, que por quesitos de segurança são armazenados em local aberto, e consequentemente tais possíveis emissões quando ocorrem são dissipadas e diluídas na atmosfera. 3.4 Ruídos Os ruídos são gerados nas atividades de carga e descarga dos recipientes de gás, emitidos esporadicamente pelo choque entre eles e entre os recipientes e o solo; também ocorrem pela movimentação dos caminhões e veículos da empresa. 4. MEDIDAS MITIGADORAS: 4.1 Resíduos sólidos Recomenda-se que a empresa efetue a segregação do lixo doméstico separando a porção passível de reciclagem da porção não passível, de forma a encaminhar para o aterro municipal apenas a porção não passível de reciclagem (exceto classe I). Quanto aos botijões descartados (não conformes) a Nacional Gás destina os mesmos a Trucofer Comércio de Metais, localizada no município de Mauá - SP. Esta empresa efetua a recuperação dos recipientes ou se responsabiliza pelo descarte final conforme descrito na página 33 deste processo de licenciamento ambiental. O empreendedor deverá comprovar a destinação ambientalmente correta de todos os resíduos sólidos gerados conforme condicionante nº 04 deste processo. 4.2 Efluentes líquidos Tanto o esgoto doméstico quanto as águas pluviais geradas são destinados às respectivas redes coletoras municipais, sendo o esgoto tratado na ETE de Uberlândia/ MG antes de ser lançado ao corpo d água receptor (Rio Uberabinha). Caso o empreendedor pretenda utilizar o lavador existente, deverá comunicar aos órgãos competentes e aderir previamente ao PREMENDE do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) - Prefeitura Municipal de Uberlândia. (Item 03 das condicionantes) Página: 4/9

5 4.3 Ruídos: A Nacional Gás contratou uma empresa especializada para realização de monitoramento de ruído, as medições constataram que os níveis de ruído causados devido ao tráfego intenso na Rodovia BR 050 e Viaduto Monteiro Lobato são superiores aos produzidos pelas atividades realizadas na empresa. Não obstante esta constatação, é responsabilidade da empresa manter os níveis de ruído dos caminhões, motos e automóveis em conformidade com a legislação vigente, pois as atividades destes equipamentos móveis extrapolam os limites da área da empresa, pois circulam em todo o município. Assim deverá haver manutenção adequada de todos os caminhões e veículos, de forma a manter os mesmos em conformidade com os parâmetros de ruídos e emissões atmosféricas, devendo sempre considerar os critérios mais restritivos referentes a legislação federal, estadual e municipal. 5. CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a documentação exigível. Conforme Declaração da Prefeitura Municipal de Uberlândia, o local de instalação e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do município. 6. CONCLUSÃO A equipe de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo deferimento da concessão da Licença de Operação Corretiva para o empreendimento Nacional Gás Butano Distribuidora Ltda., localizado no município de Uberlândia - MG, desde que atendidas as medidas mitigadoras de impactos ambientais descritas neste parecer e no PCA apresentado, aliadas às condicionantes listadas no anexo único, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. Página: 5/9

6 Ambiental. Opina-se, que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Cabe esclarecer que a SUPRAM TM/AP não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental e programas de treinamento aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista e/ou prepostos. 7. PARECER CONCLUSIVO Favorável: ( ) Não (X) Sim 8. VALIDADE DA LICENÇA 6 (seis) anos Data: 20/05/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Ricardo R. Bello José Roberto Venturi Evandro Fernandes de Abreu Júnior Janaína de Souza Mendes Rodrigo Angelis Alvarez Página: 6/9

7 ANEXO I Processo COPAM Nº: 01629/2006/001/2009 Empreendimento: Nacional Gás Distribuidora Ltda CNPJ: / Classe/Porte: 3 / M Atividade predominante: Base de armazenamento e distribuição de gás liquefeito de petróleo - GLP Código da DN e Parâmetro: F Capacidade de Armazenagem: 60,48 m³ Município: Uberlândia/MG Referência: Condicionantes da Licença VALIDADE: 6 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO* 1 Implantar sistema de coleta seletiva para os resíduos sólidos gerados no empreendimento. 60 dias 2 Apresentar AVCB emitido pelo Corpo de Bombeiros Anualmente 3 4 Apresentar contrato de inclusão ao PREMENDE (DMAE Prefeitura Municipal de Uberlândia, caso pretenda utilizar o lavador existente no empreendimento. Executar Programa de Automonitoramento conforme descrito no anexo II. Durante a vigência da licença Durante a vigência da licença * Contados a partir da concessão da licença. Observação: Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM nº 13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para publicar em periódico local ou regional de grande circulação a concessão da presente licença. Página: 7/9

8 ANEXO II 9. PROGRAMA DE AUTOMONITORMANETO AMBIENTAL: 9.1 Ruídos: Promover a manutenção constante nos caminhões e demais veículos de forma a manter-se em conformidade com as normas e leis vigentes, considerando sempre os critérios mais restritivos da legislação federal, estadual e/ou municipal. Método de análise: De acordo com as Normas Técnicas e Leis vigentes 9.2 Resíduos sólidos: Deverão ser confeccionadas planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos, contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações, as quais serão apresentadas quando solicitadas pela SUPRAM-Triângulo Mineiro. Modelo da planilha de controle de resíduos: Resíduo Denominação Origem Taxa de geração no período Transportador (nome,endereço, telefone) Empresa receptora (nome, endereço, telefone) Forma de disposição final (*) (*) 1- Reutilização 2 Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 Incineração 6-Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade) 9 Re-refino de óleo 10 - Outras (especificar) Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente a SUPRAM-Triângulo, para verificação da necessidade de licenciamento específico. As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas disponíveis pelo empreendedor para fins de fiscalização. As doações de resíduos deverão possuir anuência prévia do órgão ambiental. Fica proibida a destinação dos resíduos sólidos e oleosos, considerados como Resíduos Classe-1 segundo a NBR /87, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela Resolução CONAMA 362/2005 em relação ao óleo lubrificante usado. O empreendedor deverá cumprir o disposto nas normas ambientais e técnicas aplicáveis para resíduos sólidos, enquadrados nas Classes 2 e 3 segundo a NBR /87, em especial a Deliberação Normativa COPAM nº 07/81, Resolução CONAMA nº 307/2002 e NBR 13896/97. Página: 8/9

9 9.3 Efluentes atmosféricos: Promover anualmente durante a vigência da licença o automonitoramento dos veículos e máquinas próprios e/ou terceirizados movidos a óleo diesel, nos termos da Portaria IBAMA nº 85/96. Página: 9/9