Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição C Usina de Concreto de Produção de Concreto Comum Produção de 40 m³/h

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1 PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº /2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 14553/2009/002/2009 LOC de ampliação Deferimento Outorga - Não se Aplica APEF - Não se Aplica Reserva legal - Não se Aplica Empreendimento: BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO S.A. CNPJ: / Município: Uberaba/MG Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: Rio Grande Sub Bacia: Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição C Usina de Concreto de Produção de Concreto Comum Produção de 40 m³/h Classe 3 Medidas mitigadoras: (X) SIM ( ) NÃO Medidas compensatórias: ( ) SIM (X) NÃO Condicionantes: (X) SIM ( ) NÃO Automonitoramento: (X)SIM ( ) NÃO Responsável pelo empreendimento Cargo Domício Ricardo Borges Diretor Superintendente Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Registro de classe Nivio Tadeu Lasmar Pereira CREA /D Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais SIAM SITUAÇÃO Relatório de vistoria/auto de fiscalização: /2009 DATA: 22/10/2009 Data: 27/10/2009 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura José Roberto Venturi Adrian Franco Silva Rodrigo Alvarez Angelis Larissa Machado Moreira Página: 1/11

2 1 - INTRODUÇÃO A Usina de Concreto Comum da empresa BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO LTDA, está instalada no Complexo Industrial de Uberaba CIU da Fosfértil em uma área de aproximadamente m² localizada defronte ao galpão da empresa Fosfértil Unidade Uberaba, coordenadas UTM, latitude E, longitude N, DATUM SAD 69 (figura 01). Apresentada através do processo COPAM Nº 14553/2009/002/2009 requereu junto a SUPRAM TMAP a Licença de Operação em Caráter Corretivo para Ampliação (LOC). A Usina de concreto comum tem como finalidade fornecer concreto para as obras de ampliação da Fosfértil, denominada Fase III. Figura 01 Vista aérea do CIU, destacando-se o local de implantação da central de dosagem de concreto. CENTRAL DE DOSAGEM DE CONCRETO 2 HISTÓRICO A Usina de Concreto Comum foi inicialmente instalada para uma produção inferior a 9m 3 /hora, foi regularizada ambientalmente através da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) 03014/2009. Posteriormente, considerando a necessidade de aumento de produção para atendimento do cronograma de obras da Fase III, requereu junto a SUPRAM TM/AP a licença ambiental para a produção de 40m 3 /h, tendo sido orientado, de acordo com o FOBI /2009A, para a fase de Licença de Operação Corretiva para ampliação. Portanto, trata-se de um empreendimento de caráter temporário destinado Página: 2/11

3 exclusivamente ao atendimento da obra de ampliação da Fosfértil, devendo ser desmobilizada ao término da mesma. O presente parecer apresenta uma discussão técnica ambiental da atividade de produção de concreto da Usina de Concreto da empresa BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO LTDA. Trata-se de um empreendimento localizado no Complexo Industrial de Uberaba CIU da Fosfértil. O processo de licenciamento ambiental deste empreendimento foi enquadrado na fase de Licença de Operação Corretiva para ampliação, uma vez que o empreendimento já se encontra em operação, sendo incluído na classe 03 (9 m3/h < Capacidade Instalada < 85 m3/h). A análise técnica expressa no presente parecer foi baseada não somente nos estudos ambientais apresentados a SUPRAM-TM/AP, mas também nas informações obtidas em vistoria técnica realizada junto ao empreendimento. As considerações foram fundamentadas nas características do empreendimento e suas implicações, nos impactos ambientais previstos e nas proposições de medidas mitigadoras, verificando-se a pertinência e suficiência dos mesmos. Os estudos ambientais foram elaborados pela empresa de consultoria CERN Consultoria de Recursos Naturais Ltda, com responsabilidade técnica do Geólogo Nívio Tadeu Lasmar Pereira CREA 28783/D. Em 22 de Outubro de 2009 foi realizada vistoria técnica nas instalações do empreendimento, visando dar continuidade à análise do processo de Licença de Operação Corretivo para ampliação. 2. DISCUSSÃO 2.1 Avaliação do Diagnóstico Ambiental A Usina de concreto comum da empresa BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO LTDA está instalada no distrito industrial III do município de Uberaba na área do empreendimento FOSFÉRTIL e os impactos identificados se restringem aos limites da área industrial Caracterização do Empreendimento: Localização e Atividades desenvolvidas O empreendimento denominado BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO LTDA está situado no distrito industrial III do município de Uberaba na área industrial da FOSFÉRTIL, Página: 3/11

4 nas seguintes coordenadas geográficas: latitude E, longitude N, onde as suas atividades estão pautadas na produção concreto comum para construção civil. A empresa conta, atualmente, como um total de 08 (oito) funcionários. A atividade principal é a produção de concreto comum, com a capacidade nominal instalada para produção de 2500 m³/mês sendo a produção média em torno de 906,7 m3. A jornada de trabalho é composta de um único turno e o período de funcionamento é das 7:00 às 17:00 horas de 2ª a 5ª feira e das 7:00 às 16:00 horas na 6ª feira, com intervalo de almoço de 1:00 hora. A área total ocupada pelo empreendimento é de aproximadamente m², envolvendo áreas de produção, depósitos de areia e brita. Na área de produção, a empresa possui infra-estrutura para as atividades, constatada em vistoria realizada junto ao empreendimento, incluindo: escritório, baias de estocagem de areia e brita, um silo vertical de cimento, uma balança dosadora de cimento, uma balança dosadora de agregados. O empreendimento possui, ainda, os seguintes equipamentos: correia transportadora de agregados, sistema de exaustão com filtro de mangas, pá carregadeira e caminhões betoneiras Descrição do processo Industrial O processo de fabricação de concreto comum inicia-se pelo recebimento dos materiais agregados constituídos pela areia e britas fornecidos por terceiros que são dispostos em baias separadas ao ar livre. Um sistema de aspersão de água controla a geração de poeiras durante o manuseio, controlando também a ação dos ventos no material. O cimento é recebido através de caminhões graneleiros dotados de compressor de ar, que transferem o insumo para o silo através da injeção de ar comprimido. Um sistema de filtragem, constituídos por tubulações e filtro de mangas, realiza o despoeiramento do silo durante a descarga do cimento, bem como da balança de dosagem de cimento no carregamento do caminhão betoneira. Todo o cimento retido nas mangas do filtro é recuperado e reutilizado no processo de fabricação do concreto, de forma eficiente. A areia, brita e cimento são dosados de acordo com o tipo de concreto desejado e conduzidos pela correia transportadora até o caminhão betoneira. Em seguida, dosa-se a água através de uma bomba dotada de medidor de vazão. Após cada carga de concreto, a betoneira do caminhão é lavada interna e externamente, e a água usada no procedimento, juntamente com os materiais resultantes da limpeza, são conduzidos para um conjunto de caixas de sedimentação e bombas de recuperação de água. Página: 4/11

5 A água e a energia elétrica são fornecidas pela Fosfértil, assim como utilização de sanitários e refeitórios. Foi constatado em vistoria que se encontram instalados no local dois banheiros químicos Insumos usados e forma de armazenamento As matérias-primas utilizadas no processo são a areia, brita, cimento e aditivo. A areia é fornecida pela empresa Antonio dos Reis Oliveira EPP, licenciada ambientalmente, conforme Certicado nº 112 e da Mineração de Areia Vale do Rio Grande Ltda, Processo CETESB nº 27/00482/08, e a brita é adquirida pela empresa Construtora e Pedreira Beira Rio Ltda também licenciada ambientalmente Certificado nº 202. Tais insumos são dispostos em baias separadas ao ar livre, enquanto que o cimento é adquirido, segundo informado, da empresa HOLCIM S/A (Brasil), cujo processo PA nº 00062/1981/015/2008 de Revalidação da Licença de Operação encontra-se em análise técnica pelo órgão ambiental. 2.3 Impactos Identificados Emissões Atmosféricas Com relação à emissão atmosférica, a atividade em questão apresenta potencialidade de emissões de gases relacionadas ao uso de combustíveis derivados de petróleo (óleo diesel) pelos veículos e máquinas, geração de poeiras pela movimentação destes veículos, pelo carregamento /descarregamento de insumos durante o funcionamento da usina e pela ação dos ventos na área de estocagem de matérias-primas Efluentes líquidos e águas pluviais Carreamento superficial na área da usina, inclusive no pátio de agregados, em função do uso da água de aspersão em excesso e as águas pluviais; Lavagem interna dos balões dos caminhões betoneira, após o retorno das obras; Esgoto sanitário em decorrência da permanência de funcionários na usina Resíduos Sólidos Os resíduos sólidos relacionados à atividade em questão são representados pelas embalagens da Cal e pelo lixo doméstico gerado em função da permanência dos funcionários na área operacional, considerando que a geração de resíduos sólidos pelo manuseio dos insumos significa perda e ineficiência operacional da central de concreto. Página: 5/11

6 Ruídos Os seguintes valores de Medições de nível de ruído foram identificados na área operacional: Durante a dosagem de concreto em trabalho intermitente o nível de ruído máximo é de 74,9 db(a); Pá carregadeira em operação, em atividade intermitente, o nível de ruído é de 84,9 db(a); Na área de entorno da usina, durante a operação, o nível de ruído é de 67,8 db(a). 2.4 Medidas Mitigadoras Emissões Atmosféricas As ações destinadas ao controle das emissões atmosféricas referem-se basicamente aos serviços de manutenção dos veículos e equipamentos, bem como a aspersão de água nas vias de circulação e acesso. Como medida de controle da geração de poeira, é realizada a aspersão de água nas pilhas de agregados. As emissões, constituídas por particulados de cimento geradas nos silos e balança dosadora, são captadas por um sistema de despoeiramento existente no empreendimento, constituído por tubulações e filtros de manga Efluentes líquidos e águas pluviais Os efluentes líquidos descritos no item anterior são coletados pelos sistemas coletores da área interna da Fosfértil e conduzidos para a lagoa de recirculação, juntando-se ao efluente industrial da empresa, o qual é tratado na Estação de Tratamento de Efluentes, seguindo o monitoramento normal da Fosfértil, já estabelecido em sua licença de operação processo 042/1978/024/ Resíduos Sólidos O lixo doméstico gerado na área da usina de concreto foi inserido no sistema de gestão de resíduos sólidos da unidade industrial de Fosfértil, para adequada disposição final. Com relação às embalagens da Cal, todo material é destinado à reciclagem de acordo com o sistema da BRASMIX em sua unidade central. Página: 6/11

7 O resíduo gerado no tanque de decantação, após seco, deverá ser destinado a empresas regularizadas ambientalmente. Os materiais recicláveis são destinados a Central de resíduos da Fosfértil Ruídos Os níveis de ruído identificados durante a operação da usina (operação intermitente) estão restritos a sua área operacional, não resultando em alteração dos níveis de ruído da área industrial. Trata-se de um tema relacionado à área da medicina e segurança do trabalho e ao uso adequado de EPIs por parte dos funcionários que submetem a exposição destes níveis de ruído. Conforme observado em vistoria os funcionários fazem uso dos EPIs. 7 CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos pela legislação ambiental em vigor. Da mesma forma, o local e o tipo de empreendimento encontra-se de acordo com as normas, leis e regulamentos municipais, conforme Declaração da Prefeitura Municipal de Patrocínio, anexada aos autos. 8 CONCLUSÃO Segundo avaliação da documentação apresentada no processo de regularização ambiental, e diante do já exposto acima, este parecer único sugere a concessão da Licença de Operação Corretiva para Ampliação requerida, condicionada ao cumprimento dos itens relacionados nos Anexos I e II. Vale ressaltar que os Técnicos da SUPRAM-TM/AP não possuem responsabilidade sobre os projetos, execução e operação, sendo a comprovação da eficiência desses de inteira responsabilidade do empreendedor, de seu(s) projetista(s), e do(s) responsável(is) técnico(s) pela operação constantes das ART,s juntadas aos autos. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a btenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. Página: 7/11

8 Opina-se, ainda, que a observação acima conste do Certificado de Licenciamento Ambiental. Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura José Roberto Venturi Adrian Franco Silva Rodrigo Alvarez Angelis Larissa Machado Moreira Página: 8/11

9 ANEXO I Processo COPAM Nº: 14553/2009/002/2009 Classe/Porte: 3/M Empreendimento: BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO S.A. Atividade: Usina de Concreto de Produção de Concreto Comum Produção de 40 m³/h Localização: Distrito Industrial III Município: Uberaba Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * Executar os Programas de Automonitoramento conforme definido no Anexo II. Deverão ser mantidos no empreendimento registros comprobatórios da execução destes e serem apresentados a SUPRAM-TM/AP, no momento da revalidação desta, e/ou quando o órgão requisitar. Qualquer alteração, ampliação ou modificação do empreendimento deverá ser comunicado, antes de sua execução, a SUPRAM-TM/AP, para os devidos ajustes e regularização ambiental. Executar todas as medidas mitigadoras e sistemas de monitoramento propostos no PCA. (*) Prazo contado a partir do recebimento do Certificado da Licença de Operação. Durante a vigência da Licença de Operação Página: 9/11

10 ANEXO II AUTOMONITORAMENTO PA COPAM Nº 14553/2009/002/2009 LO Usina de Concreto de Produção de Concreto Comum BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO S.A. 1. RESÍDUOS SÓLIDOS Deverão ser enviados, semestralmente a SUPRAM TM/AP, os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, com identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas informações: RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL Denominação Origem Classe Taxa de geração (kg/mês) Razão social Endereço completo Forma (*) Razão social Empresa responsável Endereço completo OBS. (*)1 Reutilização 6 Co-processamento 2 Reciclagem 7 Aplicação no solo 3 Aterro sanitário 8 Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 4 Aterro industrial 9 Outras (especificar) 5 Incineração As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas disponíveis pelo empreendedor para fins de fiscalização. As doações de resíduos deverão possuir anuência prévia do órgão ambiental. Fica proibida a destinação dos resíduos sólidos e oleosos, considerados como Resíduos Classe I, segundo a NBR /04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários e aterros industriais classe II, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela Resolução CONAMA 09/93 em relação ao óleo lubrificante. O empreendedor deverá cumprir o disposto nas normas ambientais e técnicas aplicáveis para resíduos sólidos, enquadrados nas Classes I e ll segundo a NBR /04, em especial a Deliberação Normativa COPAM nº 07/81, Resolução CONAMA nº 307/2002 e NBR 13896/97. Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente regularizados junto à administração pública. 2. EFLUENTE ATMOSFÉRICO Página: 10/11

11 Local de amostragem Parâmetros Freqüência No chaminé do filtro de Material Particulado (*) Anual mangas. Relatórios: Enviar a SUPRAM-TM/AP anualmente, os resultados das análises efetuadas, acompanhados pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a comprovação dos certificados de calibração dos equipamentos de amostragem. Os relatórios deverão conter a identificação, registro profissional, anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável pelas amostragens. Os resultados apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos em mg/nm³. Devem ser considerados os valores limites estabelecidos no Anexo III da Resolução CONAMA 382/2006 e DN COPAM Nº. 11/1986. Método de amostragem: normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency EPA ou outras aceitas internacionalmente. (*) Pode-se incluir novos parâmetros após o laudo químico a ser apresentado Promover anualmente durante a vigência da licença o automonitoramento dos veículos e máquinas próprios e/ou terceirizados movidos a óleo diesel, nos termos da Portaria IBAMA nº 85/96. IMPORTANTE: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM-TMAP, em face do desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento. A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s), de vidamente habilitado(s); Qualquer mudança promovida no empreendimento, que venha a alterar a condição original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental. Página: 11/11