PARECER ÚNICO SUPRAM TM/AP PROTOCOLO Nº /2011 Indexado aos Processos Licenciamento Ambiental nº 00031/2009/001/2011

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1 PARECER ÚNICO SUPRAM TM/AP PROTOCOLO Nº /2011 Indexado aos Processos Licenciamento Ambiental nº 00031/2009/001/2011 LICENÇA DE OPERAÇÃO CORRETIVA DEFERIMENTO Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe C Fabricação de embalagens de material plástico 3 Medidas mitigadoras: (X) SIM ( ) NÃO Medidas compensatórias: ( ) SIM (x ) NÃO Condicionantes: (X) SIM ( ) NÃO Automonitoramento: ( x )SIM () NÃO Empreendimento: CIMPLAST EMBALAGENS IMPORTAÇÃO EXPLOTAÇÃO E COMERCIO S.A CNPJ: / Município: UBERABA/MG Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia: Araguari Responsável Técnico pelos estudos Técnicos Apresentados Registro de classe Engenheiro Civil: Wilton Abrahão Sallum CREA Relatório de vistoria/auto de fiscalização: nº 4437/2011 DATA: 06/04/2011 Data: 24/05/2011 Equipe Interdisciplinar Registro de classe Assinatura Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Cristiane Oliveira de Paula Ignácio Jorge Nasser Dayane Ap. Pereira de Paula José Roberto Venturi (Ciente) Kamila Borges Alves (Ciente) Página: 1/13

2 1. INTRODUÇÃO O presente Parecer Única refere-se à análise da solicitação de Licença de Operação Corretiva para a empresa Cimplast embalagens Importação, Exportação e Comercio S.A, instalada no município de Uberaba em Minas, na Rodovia BR 050, Km 184, no bairro Jd. Santa Clara. A Cimplast embalagens formalizou o presente processo em 28/01/2011 mediante apresentação de RCA/PCA conforme estabelecido na DN COPAM n. 74/2004 e Resolução CONAMA n. 01/1986. A vistoria técnica ao empreendimento ocorreu no dia 06/04/2011, conforme auto de fiscalização nº 04437/2011 A empresa encontra-se em operação desde janeiro DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.a) Caracterização geral do empreendimento Localizada em zona urbana, na Rodovia BR 050, Km 184, no bairro Jd. Santa Clara, a empresa tem como atividade a produção de embalagens plásticas de polietileno de alta densidade. A área total do empreendimento é de 25000m², sendo que a área construída é de apenas 2600m².. FOTO 01 Imagem Google Earth Página: 2/13

3 FOTO 02 Imagem Google Earth 2.b) Caracterização das áreas de entorno do empreendimento A empresa está instalada em perímetro urbano, fazendo divisa com a margem da Rodovia BR 050. Nos limites da empresa não há vizinhos, moradores e/ou indústrias somente plantação de cana e pasto. Conforme pode ser observado, a empresa não possui córregos ou rios próximos (FOTO 02). O acesso à empresa é pela Rodovia BR 050, não havendo acessos secundares. A empresa é abastecida por rede elétrica através da Companhia de Energética de Minas Gerais. 2.c) Processo industrial São utilizadas duas linhas de produção: Mono Polietileno de Alta Densidade (98%) + Pigmento (2%) COEX Polietileno de Alta Densidade (88%) + Pigmento (2%) + Adesivo (4%) + EVOH / Nylon (6%). Página: 3/13

4 A empresa possui ao total, incluindo terceiros 32 trabalhadores. Abaixo segue tabela com os produtos produzidos e informações quanto à quantidade média fabricada por mês. PRODUTO Quantidade média mês Bombona de 5L Bombona de 5L coex Bombona de 20L Modelo Empilhável Bombona de 20L Modelo Empilhável coex 2. d) Descrição do processo de produção: Mono Polietileno de Alta Densidade (98%) + Pigmento (2%): A matéria prima é transportada para os silos de dosagem de matéria prima, através de vácuo. Após a dosagem, a mistura vai para os silos das máquinas onde ocorre uma plastificação do material pelo processo de aquecimento. O material após a plastificação é direcionado ao molde. Posteriormente é injetado ar comprimido, ocorrendo moldagem por insuflação(sopro). COEX Polietileno de Alta Densidade (88%) + Pigmento (2%) + Adesivo (4%) + EVOH / Nylon (6%): A matéria prima é transportada para os silos de alimentação das extrusoras através de vácuo. O pigmento é dosado a 2% em relação PEAD, o adesivo representa 4% da embalagem e o EVOH representa 6% da embalagem. Inicia-se a plastificação do material pelo processo de aquecimento. O material após a plastificação é direcionado ao molde. Posteriormente é injetado ar comprimido, ocorrendo moldagem por insuflação(sopro). 2.e) Forma de armazenamento: Matérias-prima, insumos e produto acabado são armazenados em galpão fechado em piso impermeável de concreto liso. Todos os produtos são armazenados em pallets. A Matéria-prima é colocada em bags e/ou sacos de 25 kg e empilhados ou sobrepostos em pallets. Página: 4/13

5 A área de armazenamento de produto acabado é de 746,81 m² e, para armazenagem de insumos e matéria prima existe uma área de 268 m². Na tabela de matéria-prima e insumo é informada a média da quantidade/ano e forma de armazenamento Descrição da Matéria-Prima PEAD - Polietileno de Alta Densidade Quantidade em kg / Ano Forma de armazenamento Sacos 25 Kg, Bag Kg, Bag Kg, pallets Camada de Barreira - EVOH / Nylon Sacos 25 Kg e pallets MASTER BATCH - Aditivo que confere cor à embalagem Sacos 25 Kg e pallets Adesivo - substância que "cola" as camadas da embal Sacos 25 Kg e pallets 2.1 Utilizações de recursos hídricos Para o consumo humano, a empresa utiliza água, mineral fornecida por terceiros, em garrafões de 20 l. Para o consumo industrial, a unidade utiliza uma captação de água subterrânea por meio de poço manual (cisterna), conforme cadastro de uso insignificante (nº 9562/2010). Não existe corpo d água na área pertencente à empresa, nem em suas proximidades. Sendo assim não há captações diretas em corpos de água Reserva legal Por se tratar de uma empresa instalada em zona urbana, não há reserva legal. 2.3 Áreas de preservação permanentes (APP) Não existem áreas de preservação permanente no local. Não há corpo d água na área pertencente à empresa, nem em suas proximidades Página: 5/13

6 4. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS IDENTIFICADOS 4.1 Ruídos A atividade desenvolvida não gera emissão significativa de ruídos Efluentes líquidos de origem industrial: Não é gerado efluente líquido no processo de fabricação das embalagens. O efluente líquido gerado é proveniente da lavagem do galpão Esgoto sanitário A unidade possui geração de efluente sanitário, onde o mesmo é enviado à fossa séptica. Fossa Séptica 4.4. Efluente atmosférico (gases, vapores e material particulado) A atividade desenvolvida não gera emissão de efluente atmosférico. Conforme informado em vistoria técnica, a empresa não possui veículos próprios e/ou terceirizados movidos a óleo diesel. Página: 6/13

7 4.5. Resíduos sólidos Foi apresentada, nos estudos, uma tabela com a relação dos resíduos gerados. Nesta tabela consta a forma de armazenamento, quantidade média de geração e local de destinação final. Tido do resíduo Quant.(mês) Local de geração Armazenamento Empresa destino Sobras de papel e papelão 5 kg Fábrica em geral e área de estocagem Caçamba metálica Empresa Gigantão Resíduos de Embalagens Plásticas (sacos, fitas e outros) 2200 kg Fábrica em geral e área de máquinas Baia com divisória Venda para Plastpel Borras e sucatas plásticas 1500 kg Fábrica em geral Baia com divisória Venda para Plastpel Resíduo de madeira 2 pallets Pátio Caçamba metálica Empresa Gigantão Restos de alimentos consumidos pelos funcionários 50 kg Refeitório e cozinha Container Recolhido pelo caminhão de lixo- Prefeitura Lâmpadas fluorescentes usadas 100 peças Fábrica em geral e área administrativa Tambor Apliquim EPI's usados 100 pç Produção em geral Caçamba metálica Gigantão Óleos lubrificantes 150 lts Fábrica em geral e área de máquinas Tambor Desenvolver receptor Dentre os resíduos perigosos, merecem destaque as lâmpadas fluorescentes, e o óleo lubrificante das máquinas e da manutenção das caixas separadoras de óleos e graxas. A maioria dos resíduos já possui empresas receptoras, conforme consta na tabela apresentada. Porem, a empresa inda não informou a quem irá destinar os resíduos contaminados por óleos lubrificantes e graxas, proveniente da manutenção do maquinário. Ressaltamos que, ficou constatado em vistoria que estes resíduos já são armazenados, temporariamente, em tambores separados. Será condicionado que, os resíduos sólidos provenientes da manutenção das máquinas (troca de óleo e filtros, engraxamento etc.) após ser armazenados em tambores devidamente Página: 7/13

8 tampados, sejam enviados para empresas de reciclagens/ revendedores, aptas a receber este tipo de resíduo. Conforme consta nos estudos apresentados, a empresa possui procedimentos interno quanto às questões ambientais para seleção de seus fornecedores/receptor e que toma todas as precauções para enviar seus resíduos de forma a garantir o melhor reaproveitamento dos mesmos, sempre optando por empreendimentos ambientalmente regularizados. 5 - MEDIDAS MITIGADORAS 5.1 Ruídos: A empresa não possui equipamentos e/ou atividades com geração de ruídos significantes, entretanto, os funcionários que trabalham na linha de produção utilizam EPI s. 5.2 Efluentes líquidos Efluente líquido industrial: De acordo com o informado no RCA, não é gerado efluente líquido no processo de fabricação das embalagens. O efluente líquido que é gerado na limpeza do galpão é direcionado através de caneletas para uma caixa separadora de água é óleo Esgoto sanitário: O efluente sanitário gerado é encaminhado à fossa séptica. 5.3 Águas pluviais: As águas pluviais são captadas pelos condutores instalados no telhado, as mesmas não entram em contato com nenhum tipo de contaminante ou produto químico. As águas que escorrem do pátio são encaminhadas para as bocas de lobo localizadas na Rod. BR Efluentes atmosféricos: Os insumos e matérias-primas utilizadas no processo produtivo são sólidos, não havendo geração de poeiras ou liberações de gases Resíduos sólidos: Os resíduos gerados pela empresa são armazenados em local específico e depois encaminhados a empresas especializadas, conforme consta na tabela de resíduos, do item 4.5 deste parecer técnico. Será condicionado que, os resíduos sólidos provenientes da manutenção das máquinas (troca de óleo e filtros, engraxamento etc.) após serem armazenados em tambores devidamente tampados, sejam enviados para empresas de reciclagens/ revendedores, aptas a receber este tipo de resíduo. Página: 8/13

9 Obs: Caso haja vazamentos de óleos das máquinas nas salas de produção, a empresa dispõe de caneletas internas que recolhem o óleo e encaminham para caixa separadora de água e óleo. Observação da equipe técnica: As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. 6. CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da Deliberação Normativa nº 74/2004. Da mesma forma, o local e o tipo de empreendimento encontra-se de acordo com as normas, leis e regulamentos municipais, conforme Declaração da Prefeitura Municipal de Uberaba de Minas/MG, anexa ao processo. 7. CONCLUSÃO A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo deferimento da concessão de Licença de Operação Corretiva para o empreendimento Cimplast Embalagens Importação, Exportação e Comércio S.A, localizado no município de Uberaba MG, na Rodovia BR 050, Km 184, no bairro Jd. Santa Clara, desde que atendidas todas as medidas mitigadoras de impactos ambientais descritas neste parecer e no PCA apresentado, aliadas às condicionantes listadas no Anexo I e II deste Parecer, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste parecer único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. Página: 9/13

10 Data: 24/05/2011 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Cristiane Oliveira de Paula Ignácio Jorge Nasser Dayane AP. Pereira de Paula José Roberto Venturi (Ciente) Kamila Borges Alves (Ciente) Página: 10/13

11 ANEXO I Processo COPAM Nº: 00031/2009/001/2011 Classe: 3 Empreendimento: Cimplast Embalagens - Importação, Exportação e Comércio S.A Atividade:. Fabricação de embalagens de material plástico Endereço:. Rodovia BR 050, Km 184, no bairro Jd. Santa Clara Localização: Perímetro Urbano. Município: Uberaba Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 06 Anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * O empreendedor deverá apresentar comprovante de destinação correta dos resíduos classe I, ou seja, resíduos sólidos provenientes da manutenção das máquinas (troca de óleo e filtros, engraxamento etc.). O empreendedor deverá relatar a essa SUPRAM todos os fatos ocorridos na unidade industrial que causem impacto ambiental negativo, imediatamente após sua constatação. semestralmente Durante a vigência da Licença Executar o Programa de Automonitoramento conforme definido 03 pela SUPRAM TMAP no Anexo II. Contados a partir do recebimento do Certificado de Licença. Durante a vigência da LO Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste parecer único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. Página: 11/13

12 ANEXO II AUTOMONITORAMENTO Processo COPAM Nº: 00031/2009/001/2011 Classe: 3 Empreendimento: Cimplast Embalagens - Importação, Exportação e Comércio S.A Atividade:. Fabricação de embalagens de material plástico Endereço:. Rodovia BR 050, Km 184, no bairro Jd. Santa Clara Localização: Perímetro Urbano. Município: Uberaba Referência: AUTOMONITORAMENTO VALIDADE: 06 Anos 1. RESÍDUOS SÓLIDOS Enviar semestralmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações. RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL Denominação Origem Classe Taxa de geração (kg/mês) Razão social Endereço completo Forma (*) Razão social Empresa responsável Endereço completo OBS. (*)1 Reutilização 6 Co-processamento 2 Reciclagem 7 Aplicação no solo 3 Aterro sanitário 8 Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 4 Aterro industrial 9 Outras (especificar) 5 Incineração Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente regularizados junto à administração pública. Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à SUPRAM TM AP, para verificação da necessidade de licenciamento específico; As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendimento; As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. Página: 12/13

13 2. EFLUENTES LÍQUIDOS Local de amostragem Fossa Séptica Entrada e saída dos sistemas de caixa separadora água e óleo Parâmetros Promover o monitoramento do sistema de tratamento de esgoto sanitário (entrada e saída do sistema) observando os seguintes parâmetros (ph, DBO, DQO, sólidos em suspensão e sólidos sedimentáveis Monitorar Caixa Separadora de Água e Óleo na entrada e saída do sistema de separação, observando os seguintes parâmetros: ph, DBO,DQO, sólidos em suspensão, temperatura, óleos e graxas, sólidos sedimentados e detergentes Freqüência Semestral Semestral 3. GERENCIAMENTO DE RISCOS Enviar anualmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, o relatório das atividades previstas no Plano de Prevenção a Riscos Ambientais PPRA e seus registros. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações e pelo acompanhamento do programa. Importante: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM TM AP, em face do desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento. A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da anotação de responsabilidade técnica - ART, emitida pelo(s) responsável (eis) técnico(s), devidamente habilitado(s); Qualquer mudança promovida no empreendimento, que venha a alterar a condição original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental; Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste parecer único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. Página: 13/13