O QUE É A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O QUE É A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL"

Transcrição

1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE PSICOLOGIA CAMPUS CORAÇÃO EUCARÍSTICO ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA II O QUE É A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL Selene Zaidan Leite Belo Horizonte 2008

2 Selene Zaidan Leite O QUE É A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL Monografia apresentada à disciplina de Orientação de Monografia II, do 10º Período do Curso de Psicologia da Puc Minas BH. Orientadora: Márcia de Mendonça Jorge Belo Horizonte 2008

3 AGRADECIMENTOS Quero expressar minha profunda gratidão a meu marido, meus filhos e minha filha, que sustentaram horas incontáveis de minha ausência para dedicação ao estudo deste trabalho. Quero agradecer à professora Márcia Mendonça Jorge, em especial, que se prontificou para juntas conhecermos a Psicologia Transpessoal, dando suporte e credibilidade a meus esforços. Agradecer à Regina Brostel, médica homeopata, que há quinze anos incentivou-me a fazer o curso de Psicologia. Agradecer à professora Joanna Darc por ter-me presenteado com uma obra de Psicologia Transpessoal na ocasião em que cursei a disciplina que ela ministra atualmente na Puc Minas. Agradecer ao professor Douglas, que me forneceu algumas das referências bibliográficas para esta pesquisa. Agradecer à sábia colega Mary Jane, psicóloga formada pela Puc Minas, no ano de E, enfim, agradecer a todos os autores que me permitiram conhecer a Psicologia Transpessoal.

4 As hipóteses são redes: só quem as lança colhe alguma coisa. Novalis

5 RESUMO Através desta pesquisa, comprova-se que esta ciência prima por trabalhar com diferentes níveis de consciência e os concebe como fazendo parte da natureza da mente, porque a emergência desses níveis de consciência atesta fins terapêuticos. Atesta-se que, com o estudo da história dessa nova ciência, há muitas contribuições com a Psicologia, pelo motivo da Psicologia Transpessoal estar inserida dentro de um contexto de mudanças e ampliações do conceito de paradigma holístico da ciência contemporânea. Reconhece-se que a ciência clássica, a ciência do racionalismo científico, circunscreve-se apenas ao estado da consciência de vigília, aquele em que predomina o raciocínio lógico e das sensações físicas, e também do reducionismo. A ciência do paradigma newtonianocartesiano baseia-se por inteiro nesse estado de consciência. A Psicologia Transpessoal não se enquadra nos moldes da ciência clássica, pois que estuda as funções intuitivas, a criatividade, os diversos estados alterados de consciência, onde a realidade vivenciada é a do mundo psíquico e essa, ligada com todos os seres viventes intra, extracorpóreos ou extraterrenos, a região onde ocorre uma variedade de experiências difíceis de serem coordenadas com o plano físico e com as chamadas leis naturais e ligada ao Universo. Daí, a importância desse trabalho no sentido de apresentar a Psicologia Transpessoal à comunidade científica da Puc Minas, abrindo espaço para discussão, troca e crescimento. Palavras-chave: Psicologia Transpessoal; estados alterados de consciência; Psicologia e Ciência; paradigma holístico.

6 ABSTRACT Through this research we have been able to prove that this science works with different levels of consciousness and conceives them as part of the mind nature. The emergence of such levels helps therapeutic purposes. We can also attest that the study of Transpersonal Psychology contributes to Psychology as this new science is inserted within a context of changes and enlargements of the holistic paradigm of contemporary science. We acknowledge that classic science, the science of scientific rationalism embraces only consciousness states of vigil in which the logical reasoning and physical sensations prevail as well as reductionism. The Newtonian-Cartesian paradigm science is entirely based on this state of consciousness. Transpersonal Psychology does not fit into the patterns of classic science as it studies the intuitive functions, creativity and altered state of consciousness in which the reality experienced is the one of the psychic world. Such reality is linked with all living beings, intra, extracorporeal or extraterrestrial, the region where a variety of experiences occur which are difficult to be coordinated with the physical plan and the so-called natural laws of the Universe. Hence the importance of this work as a way to introduce Transpersonal Psychology to the scientific community of PUC Minas, opening a space for discussion, exchange and growth. Key words: Transpersonal Psychology; altered states of consciousness; Psychology and Science; holistic paradigm.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO BREVE HISTÓRIA SOBRE A CIÊNCIA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL Sistematização Integrativa Transpessoal Aspectos Estruturais ou Corpo Teórico oa Psicologia Transpessoal Conceito de Unidade Fundamental do Ser ou de Não-fragmentação Conceito de Vida Conceito de Ego Estados de Consciência Cartografia da Consciência O Aspecto Dinâmico Formado pelos Eixos Experencial e Evolutivo da Psicologia Transpessoal Classificações das Técnicas Transpessoais Intervenção verbal Imaginação ativa Reorganização simbólica Técnica interativa Regressão de memória CONSIDERAÇÕES FINAIS...65 REFERÊNCIAS...74

8 8 1 INTRODUÇÃO Este trabalho é a realização do desejo pessoal pelo saber. Foram a emoção e o sentimento de prazer que me levaram à investigação e à busca de conhecimento. Meu interesse tornou-se mais aguçado a partir do contato com a primeira obra que li sobre Psicologia Transpessoal: A Psicoterapia Transpessoal, de Vera Saldanha. 1 A presente monografia é o resultado da pesquisa bibliográfica efetuada como trabalho de conclusão de curso de graduação em Psicologia. Através dela, torna-se possível levantar as seguintes hipóteses: a) o fato da não inclusão da Psicologia Transpessoal na grade curricular do Curso de Psicologia da Puc Minas será em razão da produção científica se inserir no conjunto de interesses materialistas da sociedade e a Psicologia Transpessoal, ao abarcar aspectos espiritualistas, ultrapassar os paradigmas comumente aceitos e reconhecidos pela ciência? b) Será que no esforço de objetividade, a ciência exclui quaisquer referências à experiência subjetiva, individual ou coletiva da Psicologia Transpessoal? c) Esse ramo da Psicologia estará acompanhando as transformações vividas pela ciência moderna? d) Será que a Psicologia, longe de qualquer viés planfetário de novas teorias, esquiva-se para se proteger de práticas esdrúxulas como a da utilização de drogas psicodélicas ou se acautela por haver poucos pesquisadores nesta nova área? e) Quais serão os motivos pelos quais se conhece tão pouco ou quase na da 4ª Força da Psicologia na Puc Minas? Mas, tentar afirmar essas hipóteses não é o único objetivo desta monografia. Outros objetivos também foram traçados. São eles: conhecer o estudo da consciência na concepção da Psicologia Transpessoal, seus estados superiores ou ampliados e o reconhecimento dos significados das dimensões espirituais da psique, além daqueles estudados na Universidade; conhecer por quais motivos a Psicologia Transpessoal prima por trabalhar com diferentes níveis de consciência e os concebe como parte da natureza da mente humana; identificar os critérios que garantam a cientificidade da Psicologia Transpessoal, reconhecendo seu papel fortalecedor dos sentimentos de espiritualidade, embora não possua vínculos com qualquer religião. Para atingir seus objetivos, este trabalho é dividido em quatro partes: a primeira, consiste de um breve percurso na história da ciência, a segunda parte teve como objetivo o estudo da história da Psicologia enquanto ciência. A terceira parte da pesquisa apresenta a história da Psicologia Transpessoal, sua epistemologia, objeto, método e aplicação. A última parte trata da análise das hipóteses apresentadas.

9 9 Além de satisfazer a um desejo pessoal pelo saber, a pesquisa do tema proposto poderá trazer ganhos para terceiros, a começar pela Puc Minas, uma vez que este estudo possibilitará a configuração de uma formação universitária mais completa ao gerar conhecimentos novos. Finalmente, escrever uma monografia não significa tão-somente atender à exigência do curso de Psicologia, mas principalmente buscar novos construtos e produzir conhecimentos a respeito de um tema pouco conhecido, a Psicologia Transpessoal. 1 SALDANHA. Vera. A psicoterapia transpessoal. Campinas: Editora Komedi, 1997.

10 10 2 BREVE HISTÓRIA SOBRE A CIÊNCIA Como afirma Chauí (2001), o vocábulo ciência, no singular, refere-se a um ideal de conhecimento. Ciências, no plural, refere-se às diferentes maneiras de realização do ideal de cientificidade, segundo os diferentes fatos investigados e os diferentes métodos e tecnologias empregados. Ciência ou Scientia, que em latim significa sabedoria, caracteriza-se pela busca de conhecimento sistemático e seguro dos fenômenos do mundo. Um de seus objetivos básicos é tornar o mundo compreensível, proporcionando ao ser humano meios de exercer controle sobre a natureza. (COTRIM, 2002, p. 239). De acordo com Bachelard (1977), ciência e filosofia falavam a mesma linguagem. Mas, o que é a ciência? Desde os primórdios, o homem se preocupou com o conhecimento. O mito era a forma de conhecimento que o homem primitivo utilizava para compreender o mundo. Essa forma de buscar o conhecimento era baseada na fé e dispensava provas, sendo que somente os iniciados tinham acesso a ele. Dessa forma, por volta de a.c., a ciência emerge sob o aspecto do deus Jano, em que sacerdotes caldaicos apresentam uma tradição astronômica através de suas observações que, verificáveis, permitiam-lhes predições corretas dos acontecimentos astronômicos. Os horários fazem-se calendários que regulam a atividade organizada, desde o crescimento das colheitas até as cerimônias religiosas. Era a ciência exata daquele povo. (KOESTLER, 1959, p.4.). Vale saber que Koestler em 1967, criou o termo hólon de holos: todo; on: parte, referindo-se a um sistema aberto e auto-regulável que apresenta simultaneamente propriedades autônomas de um todo e dependentes de uma parte. (WEIL, D AMBROSIO, CREMA, 1993, p. 149). O símbolo para hólon é a divindade romana, Jano, porteiro do céu, dotado de uma qualidade de prudência, com dois rostos voltados em sentido contrário. Jano presidia o primeiro mês do ano, januarius. A face voltada para frente representa o futuro, e a outra, para trás, o passado. Olhando em direções opostas, a face do todo é voltada para os níveis subordinados, enquanto a face voltada para o ápice é a de uma parte dependente, característica principal do hólon.

11 11 À medida que a ciência crescia e os homens começavam a dominar o mundo, essa vontade de dominação converteu-se na força motriz das grandes realizações científicas. A partir da filosofia, sabe-se que a vida é estruturada pela combinação dos quatro elementos fundamentais: água, ar, terra e fogo. Toda a matéria é feita de várias combinações desses quatro elementos. Assim, os filósofos pré-socráticos fazem uma ruptura com o mito e introduzem a filosofia da natureza: na China os taoístas (filósofos naturalistas), na Europa antiga, os estóicos, os epicuristas e os adeptos do atomista Demócrito. Todos os filósofos praticavam filosofia e ciência, inclusive os pitagóricos, platônicos, aristotélicos, cristãos, etc. O sexto século antes de Cristo, o milagroso século de Buda, Confúcio e Lao-Tsé, dos filósofos jônicos e de Pitágoras, foi o século do despertamento do pensamento racional, das explicações naturais e causas racionais. Na escola jônica de filosofia, o pensamento racional ia emergindo do mundo de sonho mitológico onde as explicações naturais e causas racionais se prendiam às causas naturais. Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Xenófanes e Pitágoras de Samos, todos foram filósofos desse período. A respeito de Pitágoras, Koestler (1989) escreve: Pitágoras foi quem abriu caminho para que a ciência viesse a ser, além de um deleite intelectual, o caminho para o alívio espiritual, para a união mística entre os pensamentos da criatura e o espírito do criador. Na mitologia, Orfeu é uma aparição tardia no cenário grego em data desconhecida, provavelmente muito antes do século VI. Ele é vítima da fúria de Dionísio-Baco, o devastador, deus-bode da fertilidade e do vinho. Os bacantes de Eurípedes, adoradores do deus chifrudo, com o tempo perceberam que os excessos não conduziam à união mística com Deus, nem tampouco à natureza. (KOESTLER, 1989, p. 14). Assim, surge a figura de Orfeu, que é vítima da fúria de Baco, quando, após perder a esposa, decide dar as costas ao sexo: O orfismo é o culto da primeira religião universal no sentido de não ser considerada monopólio tribal ou nacional, e sim aberta para todos os que lhe aceitassem os regulamentos. O homem tem o poder de redimir o pecado original, purificar-se da parte má da herança, levando uma vida diversa da terrena e executando certos ritos ascéticos. Desse modo, logra libertar-se da roda do renascimento, seu aprisionamento em sucessivos corpos animais e até vegetais, espécie de túmulos carnais de sua alma imortal e readquirir a perdida condição divina. Praticavam-se ritos órficos de purificação com muitos tabus primitivos, como não comer carne nem feijão, não olhar para o espelho ao lado da luz [...]. (KOESTLER, 1989, p. 14).

12 12 Conforme Koestler (1989), Pitágoras foi quem deu ao orfismo um novo significado, marcando a intuição religiosa e a ciência racional, unindo-as no conceito de katharsis. Katharsis que era o conceito central no baquismo, no orfismo, no culto de Apolo de Delos. Havia um anelo de libertação de várias formas de escravatura; de paixões e tensões do corpo e do espírito; da morte e do vazio espiritual que tendia a criar explosões emocionais; do legado dos titãs aos homens e do reacender a divina centelha. Pitágoras substituiu os ritos purificadores da alma de seitas rivais por uma elaborada hierarquia de procedimentos catárticos. Foi ele quem purificou o próprio conceito de purificação. Nesse contexto, em um nível mais elevado, a catarse da alma se realiza pela contemplação da essência de toda a realidade, da harmonia das formas, da dança dos números. (Koestler, 1989, p. 15). É interessante saber que a palavra theoria deriva-se de theorio olhar, contemplar (thea: espetáculo, theoris: espectador, assistência). Mas, no uso órfico significava um estado de fervente contemplação religiosa, no qual o espectador se identifica ao deus sofredor, morre na morte dele e ressurge na sua ressureição. (KOESTLER, 1989, p. 15). À medida que os pitagóricos canalizavam o fervor religioso em fervor intelectual, o êxtase ritual em êxtase do descobrimento, theoria foi alterando gradativamente o seu sentido para teoria na acepção moderna. Acredita-se que, com o progresso do método científico, as teorias passaram a ser mais objetivas e dignas de fé. Pelo fim do terceiro século antes de Cristo, estava terminado o período da ciência grega. De Platão e Aristóteles para a frente, a ciência natural vai decaindo, e os feitos gregos só irão ser redescobertos um milênio e meio mais tarde na Idade Média. Sócrates, Platão e Aristóteles irão marcar o próximo período em que ciência e filosofia ainda não se distinguiam. Surge a racionalidade, a matemática puramente abstrata e a racionalidade lógica. Foi Platão ( a.c.) quem afirmou que o processo de conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras e aparências para o mundo das idéias e essências. Não há intelecto que não seja fora da alma. (PLATÃO, 1996, p. 20). Aristóteles de Estagira, pelo contrário, repisava a importância da experiência, empiria, diante da aperia intuitiva. (KOESTLER, 1989, p. 69).

13 13 Aristóteles elaborou uma visão científica da realidade, desenvolvendo a lógica para servir de ferramenta do raciocínio. A indução, que é a operação mental que vai do particular para o geral, representa o processo intelectual básico de aquisição do conhecimento. (ARISTÓTELES, 2003, p. 97). Para Chalmers (1993), a ciência começa com a observação, e o processo denominado indução, baseado no raciocínio indutivo, parte do particular para o todo. O observador pode conferir sua verdade pelo uso direto de seus sentidos. Não é permitida a intrusão de nenhum elemento pessoal, subjetivo. A objetividade da ciência indutivista deriva do fato de que tanto a observação como o raciocínio são objetivos. (CHALMERS, 1993, p. 8). É lícito supor que o pensamento europeu do século XVI era controlado por duas forças poderosas, quais sejam, a Igreja Católica, liderada pelo papa, e a antiga filosofia, dominada pelas idéias de Aristóteles. O maior erro de Aristóteles foi pensar que a Terra mantinha uma posição fixa no espaço. Ele acreditava que ela era o ponto central do Universo. Em sua concepção, a Terra não girava nem fazia qualquer espécie de movimento, ao contrário: o Sol, a Lua e todos os planetas conhecidos giravam em torno dela. Percebe-se que essa visão egocêntrica que a humanidade tinha a respeito da existência, o modelo de universo de Aristóteles era muito popular entre os membros da Igreja. Como o homem havia sido feito à semelhança de Deus, seguia-se ser correto que a Terra tomasse o devido lugar como centro do Universo. Conclui-se que os clérigos tornaram-se sucessores dos filósofos da antigüidade. A Igreja Católica passou a determinar todo o clima cultural e o curso de ensino. Em toda a Idade Média, os mosteiros eram considerados os oásis de cultura. Havia deficiência, mas não disputa entre teologia e filosofia, concordando ambas em que a natureza era digna de ser conhecida. Não havia a divisão entre o teólogo e o cientista, pois este último ainda não existia. (KOESTLER, 1982, p. 365). A Igreja controlava as pessoas pela proibição completa de se ensinar qualquer coisa que se desviasse da Bíblia. Ela criou a Ordem dos Jesuítas, que trabalhava em questões científicas, ensinando uma versão própria da verdade. A filosofia e a ciência jesuítas nada mais eram do que a repetição daquilo que Aristóteles havia ensinado. (WHITE, 1991, p. 10). Cabe, pois, concluir que as discussões metodológicas dos filósofos medievais seguiam o modelo fixado pelos gregos e estavam estreitamente ligadas ao modo pelo qual Aristóteles

14 14 tratava do problema da ciência com o método indutivo e dedutivo em suas Segundas Analíticas. (KOYRÉ, 1982, p. 60). Os ensinamentos concretos da ciência aristotélica, elevados a dogmas, paralisaram o estudo da natureza. (KOESTLER, 1982, p. 69). Koestler (1982) afirma que o universo cristão medieval possuía limites rígidos e firmes no espaço, no tempo e no conhecimento. A história do Universo se limitava a trezentas gerações do começo ao fim, e havia limites ao progresso do conhecimento, à ciência, tendo sido todos eles completados demoradamente. A verdade sobre a religião estava revelada nas Escrituras. O edifício do conhecimento estava completo. Se a resposta não se adequava aos fatos, o erro era atribuído aos escribas copiadores do antigo manuscrito. A autoridade dos antigos não se apoiava na idolatria, mas na crença da natureza finita do conhecimento. Daí os limites ao progresso do conhecimento. (KOESTLER, 1982, p. 145). Assinala Koestler (1982) que, por volta de 1600, a ordem dos jesuítas era a ponta de lança intelectual da Igreja. Discutia-se o sistema copernicano livremente, mas era favorável não apresentar as hipóteses dele como verdade, por serem contrárias à corrente de interpretação da escritura, salvo e até que se lhe apresentasse em favor provas definidas. Koestler (1982) marca que nem os filósofos nem os estudiosos tinham motivos para temer a perseguição de suas idéias, desde que evitassem desafiar, direta e explicitamente a autoridade da Igreja. Se soubessem ter o mínimo de discrição na escolha das palavras, eralhes lícito dizer o que lhes aprouvesse. Koestler (1982) ressalta também que a noção de não-limitação ou de infinidade intrínsecos ao sistema copernicano, destinava-se a ocupar o espaço reservado a Deus nos mapas astronômicos medievais e isso incomodou a Igreja. Mas, para Koestler (1982), o primeiro conflito entre a Igreja e a ciência foi o escândalo Galileu, que levou a imagem da divindade a sofrer sutil e gradual alteração, libertando-se da rígida estrutura escolástica e recuando além do dualismo de Platão até a mística inspiração pitagórica de Deus como principal matemático. Foi através da revolução científica do século XVII, iniciada por Galileu, que a história da ciência moderna teve início, sendo um setor independente da filosofia e da religião. Para Galileu, o livro da natureza está escrito na linguagem matemática, sem cujo auxílio é impossível compreender-lhe uma palavra sequer. Mas, o principal matemático de Galileu chama-se natureza e não Deus. (KOESTLER, 1982, p. 367).

15 15 Os séculos XV e XVI foram marcados por importantes mudanças. Com o enfraquecimento da Igreja pelas idéias renascentistas e a Reforma religiosa, as idéias da escolástica, que aproximavam a filosofia da religião, ainda predominavam. Mesmo nas universidades, já havia a crença de que a chave para se poder trilhar o caminho do conhecimento era a razão. A partir do século XVII, promoveu-se um avanço importante: a razão articulava-se a um método. Esse século ficou conhecido pelo século do método. Como conseqüência da Revolução Científica, o filósofo Francis Bacon ( ) foi um dos primeiros a tentar articular o que é o método da ciência moderna. No período em que viveu, na passagem do século XVI para o XVII, Bacon já acumulava conhecimentos e se tornou entusiasta das conquistas científicas. Percebendo as vastas possibilidades do método como novo tipo de conhecimento, Bacon planejou um programa de desenvolvimento da ciência em todos os níveis, denominando-o A Grande Instauração. Seu intento de criar uma instituição governamental que conduzisse o avanço da ciência experimental foi em vão, sendo seu objetivo concretizado somente em 1662, com a fundação da Royal Society por Carlos II. (CHALITA, 2006, p. 224). A meta da ciência moderna, para Bacon, é o melhoramento da vida do homem na terra e, essa meta seria alcançada através da coleta de fatos com observação organizada e derivando teorias a partir daí. (CHALMERS, 1993, p. 20). Desde então, a teoria de Bacon tem sido modificada e aperfeiçoada por alguns e desafiada por outros. O século XVII foi o século do racionalismo e da metafísica (discussões metafísicas sobre Deus e o mundo) e racionalista. Como esse século foi composto de grandes matemáticos, estes buscaram aplicar o método matemático como um instrumento da razão, conduzindo-a a um conhecimento verdadeiro e certo. O racionalismo moderno é a doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana. É importante saber que não seria o método matemático em si o usado e sim o procedimento dedutivo da geometria, ou seja, o modo da matemática de encadear as razões ou afirmações segundo uma certa ordem. (CHALITA, 2006, p. 232). Os filósofos desse século passaram a acreditar que o conhecimento do mundo poderia ser alcançado pelo uso exclusivo da razão, pois haveria uma racionalidade, uma explicação, nas coisas correspondentes à racionalidade das pessoas.

16 16 Conforme Chalita (2006), essa racionalidade se expressaria do modo, lógico, dedutivo, o que caracterizaria a visão específica do racionalismo moderno, que considerava que os sentidos são uma fonte confusa, obscura e provisória da verdade, o que levará a experiência sensível dos sentidos a um segundo plano como fonte de conhecimento. Chalita (2006) afirma que o racionalismo constitui-se como um dos pólos de discussão fundamental na história da filosofia, aquela que trata das origens do conhecimento. O outro pólo dessa discussão é o empirista do grego empeiria, experiência. Por seu racionalismo, René Descartes ( ) é o filósofo que sintetiza o espírito do século XVII, sendo o que mais contribuiu para o paradigma desse século com uma formulação extrema do dualismo absoluto entre mente (res cogitans) e matéria (res extensa), que resultou na crença de que o mundo material pode ser descrito com objetividade, sem referência ao observador humano. Mas, essa objetividade tinha como base a percepção constante de Deus. (GROF, 1988, p.13). [...] Descartes prescreve como recurso para a construção da ciência e também para a sabedoria da vida seguir os imperativos da razão que, a exemplo de sua manifestação, opera por intuições e por análises. [...] A dinâmica inerente às séries de termos dispostos racionalmente (como as progressões matemáticas) leva à inevitável explicitação do que está contido no Se duvido, penso. Leva ao cogito: Penso, logo existo (Cogito ergo sum). (GRANGER, 1983, p. XVI). Para Descartes, a existência de Deus, a espiritualidade da alma ou a definição da matéria como pura extensão são verdades apreendidas diretamente pelo entendimento humano e cuja certeza não depende nem da observação dos fatos, nem da experiência, nem do cálculo das probabilidades ou valor dos testemunhos. (CHÂTELET, 1974, p. 76). Japiassú (1976) ressalta que o cogito cartesiano inscreveu-se no inconsciente coletivo da filosofia clássica ao possibilitar ao homem conduzir bem sua razão e procurar a verdade nas ciências. Foi Isaac Newton ( ) quem levou a termo a revolução científica iniciada por Galileu: físico, matemático e astrônomo, Newton concebe o mundo como uma grande máquina, cujas partes podem ser conhecidas através da observação e da experimentação. Esse grande mecanismo ou mundo é obra de um Ser inteligente, de um Regente Universal, que não podemos conhecer, porque só nos é possível conhecer Deus através de nossos sentidos. Daí ser somente possível afirmar Sua existência, a partir da ordem presente no Universo. (COTRIM, 2002, p. 149).

17 17 Isaac Newton ( ) foi quem conferiu a Deus uma dupla função como Criador do mecanismo universal e como seu Supervisor no tocante à manutenção e reparo. (Koestler, p. 367) De acordo com Grof (1988), Newton acreditava que o mundo fosse material por natureza, mas não pensava que sua origem fosse explicada por causas materiais. Deus, a seu ver, foi quem criou inicialmente as partículas materiais, as forças entre elas e as leis que governam seus movimentos. O Universo, uma vez criado, continuaria a funcionar como uma máquina e poderia ser descrito e compreendido como tal. Graças a essa revolução, a expressão Filosofia Natural, expressão usada até então para a busca do conhecimento no sentido da conquista da natureza, foi substituída pelo vocábulo Ciência ou Nova Filosofia. Isso ocorreu porque a revolução tecnológica ocasionada pelos seus descobrimentos não tinha como objetivo a conquista da natureza, mas sua compreensão. (KOESTLER, 1989, p. 13) De acordo com Japiassú (1976), é tomada a consciência de que o conhecimento científico não é, propriamente falando, filosófico. Com a revolução científica, a filosofia tendeu a desaparecer nas classificações científicas, assim como as técnicas. Com pequenas variações, a classificação do saber que havia sido mantida até esse século foi simplificada em: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. (CHAUÍ, 2001, 260). É importante ressaltar que, sob a influência do paradigma newtoniano-cartesiano, houve uma fragmentação do conhecimento em disciplinas. Disciplina, nesse sentido, é usada como sinônimo de ciência, muito embora o termo disciplina seja mais empregado para designar o ensino de uma ciência, ao passo que ciência designa mais uma atividade de pesquisa. (JAPIASSÚ, 1975, p. 61). Chauí (2001) afirma que a classificação do saber costuma ser usada até hoje como a classificação sistemática das ciências: ciências matemáticas, ciências naturais, ciências humanas ou sociais, ciências aplicadas. Cada uma das ciências subdivide-se em ramos específicos com nova delimitação de seu objeto de estudo e do método de investigação. Nesse nível de compreensão, a idéia de um legislador divino que rege as leis da natureza e não a Igreja, promoveu um demasiado respeito e autoconfiança à ciência européia.

18 18 Se o universo foi criado por Deus, então é compreensível e pode ser analisado como uma máquina, para ver como funciona. Ao revelar esse plano, a ciência presta homenagem ao Criador. O paradigma da ciência ocidental foi tomado para explicar a ordem da natureza não por ter sido a única ciência, mas porque foi a mais bem sucedida na combinação de hipóteses matemáticas, seguidas por uma tradição experimentalista. (KNELLER, 2001, p. 20). mecânico: Segundo Koestler (1989), o fator transcendental não estava incluso no universo A teologia e a física separaram-se por se enfadarem uma da outra e nada mais terem que dizer-se. Separada do que antes se chamava filosofia da natureza que hoje recebe o nome de ciência exata, a teologia continuou o seu rumo especializado, doutrinário. A era do comando beneditino, franciscano, tomista e jesuíta, em questões de pesquisa, havia passado. (KOESTLER, 1989, p.365). À outra parte divorciada, a ciência, com a separação dos caminhos, beneficiou-se por completo. Livre do lastro místico, pôde se desenvolver de forma estrondosa. Vale saber que tanto para Newton quanto para Descartes, o conceito de Deus era elemento essencial em suas filosofias e visão de mundo. Já no século XVIII, há uma tendência epistemológica e empirista. Tendência epistemológica no sentido de investigação sobre como as idéias se formam na mente humana e como as pessoas podem obter conhecimento verdadeiros das coisas Chalita (2006) descreve que as preocupações dos pensadores do século XVIII eram diferentes daqueles do início da era moderna. Eles se afastaram das discussões metafísicas e buscaram aplicar a nova metodologia emprestadas das ciências da natureza em outros campos de investigação como a moral, a política e a estética. Esses pensadores denominaram a própria época de Século das Luzes, e o movimento intelectual do qual faziam parte, de Iluminismo ou Ilustração. Havia a pretensão de se iluminar as trevas da ignorância, tendo por instrumento a luz natural a todos os homens, ou seja, a razão. De acordo com Japiassú (1976), com o advento da ciência moderna há o início de uma nova antropologia complexa que faz a associação de uma visão objetiva do homem como ser deste mundo terrestre, ser de natureza material e física, e de uma visão subjetiva da relação do homem com o conjunto da natureza e consigo mesmo. Designava-se por antropologia o conjunto das ciências humanas até o século XIX. Antropologia tem suas raízes do grego. Antro significa homem e logus, razão, pensamento. A antropologia vai oscilar entre um conhecimento organicista e materialista do ser corporal e biológico do homem, e um saber espiritualista da vida psíquica, intelectual e moral da alma

19 19 humana, ligando os dois de modo mais ou mesmo bastardo no plano da objetividade. Ela se divide em antropologia social e física. (JAPIASSÚ, 1976, p. 30). O outro pólo da estrutura do pensamento no desenvolvimento da ciência moderna do século XVII foi o empirismo, que significa a valorização dos sentidos como fonte primordial, defendendo que o processo de conhecimento depende de experiência sensível. Os empiristas criticavam idéias filosóficas baseadas em conceitos abstratos, intangíveis como os metafísicos. Isso promoveu grande avanço em muitos campos do conhecimento, instaurando definitivamente as bases da ciência moderna. Foi a Inglaterra o berço do empirismo moderno. Entre seus principais representantes estão Bacon, Thomas Hobbes, Johan Looke, George Berkeley e David Hume. (COTRIM, 2002, p. 161). Sob o ponto de vista de Reale e Antiseri (2005), é na base do positivismo que a ciência moderna se desenvolve. Segundo Abbagnano (2007), o positivismo é a romantização da ciência, sua devoção como único guia da vida individual e social do homem, único conhecimento, única moral, única religião possível. Esse termo foi empregado pela primeira vez por Saint-Simon, para designar o método exato das ciências e sua extensão para a filosofia. O positivismo foi adotado por Auguste Comte para a sua filosofia e passou a designar uma grande corrente filosófica que, na segunda metade do século XIX, teve numerosíssimas e variadas manifestações em todos os países do mundo ocidental. (ABBAGNAMO, 2007, p. 376). O positivismo de Comte possuía idéias do Iluminismo, ou seja, através de um conhecimento progressivo do mundo, conseguir-se-ia ordená-lo de acordo com a vontade. Esse pensamento reivindica o primado da ciência: o único método de conhecimento é o das ciências naturais, que não somente vale para o estudo da natureza, mas também para o estudo da sociedade, que é fruto qualificado do programa filosófico positivista. A era do positivismo foi perpassada por otimismo geral e também considerada como parte integrante da mentalidade romântica por alguns estudiosos, pois a positividade da ciência leva a mentalidade positivista a combater as concepções idealistas e espiritualistas da realidade, concepções que os positivistas rotulavam como metafísicas, embora mais tarde tenham caído em metafísicas igualmente dogmáticas. (REALE e ANTISERI, 2005, p. 288). De acordo com Chalita (2006), na década de 1890, também na França, surgiu um importante ramo dissidente do positivismo de Comte, denominado sociologismo. Émile Durkheim foi seu expoente.

20 20 É importante assinalar que com o positivismo social de Durkheim, a sociedade representa uma entidade genérica superior aos indivíduos, e o sociologismo consistia numa doutrina positivista voltada para o âmbito social que buscava compreender os mecanismo que orientaram os homens a viver em sociedade. (CHALITA, 2006, p. 361). Abbagnamo (2007) afirma que o positivismo presidiu à primeira participação ativa da ciência moderna na organização social e constitui até hoje uma das alternativas fundamentais em termos de conceito filosófico, mesmo depois de deixadas as ilusões totalitárias do positivismo, expressas na pretensão de absorver na ciência qualquer manifestação humana. Pelo estudo da história, nota-se que a ascensão do positivismo ocorreu numa época concomitante ao advento da física quântica e da teoria da relatividade de Einstein que não se conciliavam entre si. (CHALMERS, 1983, p. 21). Para agravar o cenário da ciência no século XIX, Charles Darwin ( ) com sua teoria evolutiva das espécies biológicas, pôs em crise a idéia de homem que predominava há séculos: a espécie humana está sujeita aos mesmos processos de evolução da dos animais. (REALE E ANTISERI, 2005, p.333). Sua obra: A Origem das espécies, em 1859, introduziu um novo paradigma evolutivo na ciência desse século. A partir da destruição da idéia de Cosmo, surgindo a idéia de Universo infinito e geométrico ou matematização da ciência, as leis do Céu e as leis da Terra se fundem. (KOYRÉ 1982, p. 154). Com esse fato, o otimismo em relação às ciências naturais dominou a Idade Moderna, estendendo-se às chamadas ciências humanas que, nascidas no século XIX, procuraram atingir um patamar de cientificidade próximo ao da física, considerada então como modelo de ciência. De acordo com Japiassú (1976), o destino das ciências humanas estava vinculado ao destino da filosofia. Eram consideradas como ramos da antropologia filosófica. Devido sobretudo à predominância do positivismo, a antropologia filosófica vê-se numa situação idêntica à da filosofia da natureza no século XVII: seu objeto, o homem, é anexado pelas ciências experimentais. A física no século XIX levou ao apogeu a imagem mecanicista do universo para depois criar, antes do fim do mesmo século, os dados e pressupostos que levarão essa imagem a uma crise irreversível. (REALE e ANTISERI, 2005, p. 333).

21 21 De acordo com Chalita (2006), durante as primeiras décadas do século XX, surgiu um movimento de reação ao positivismo em diversos países da Europa, denominado Espiritualismo. Esse movimento pretendia reacender o debate sobre as questões éticas e metafísicas suprimidas pela doutrina positiva. A corrente espiritualista afirma que somente por meio da consciência pode-se extrair os dados da investigação filosófica ou científica, rejeitando o materialismo da época. Esses dados seriam compostos não só pela reflexão interior do indivíduo, mas também por seus sentimentos, ideais, morais e religiosos. Henri Bergson ( ) foi o filósofo de maior destaque desse movimento ao valorizar a intuição como forma de captar o pleno sentido da realidade. (CHALITA, 2006, p. 362). Mas, o positivismo ainda teria desdobramentos no século XX, principalmente como resposta aos avanços científicos. O desenvolvimento das pesquisas sobre eletrodinâmica fizeram surgir contradições que abalaram a concepção determinista do universo físico e, ao final do século XIX, levaram ao início da física quântica, com a formulação do princípio da incerteza. Desde o início do século XX, a física passou por profundas e radicais mudanças, transcendendo a visão de mundo mecanicista e todas as premissas básicas do paradigma newtoniano-cartesiano. Max Karl Ernst Ludwig Planck ( ), físico teórico alemão, criador da teoria quântica, que, juntamente com a teoria geral da Relatividade de Albert Einstein, forma os fundamentos da física do século XX. Por sua realização, Planck recebeu o prêmio Nobel de Física, em (BENTON, 1995, p. 97) Foi no início do século XX que Planck apresentou à Sociedade Alemã de Física sua nova teoria que iria operar completa revolução na física. Essa teoria afirma que a energia é algo descontínuo, isto é, seu crescimento se faz por acréscimos constantes. (BENTON, 1995, p. 97). O ano de 1905 foi o ano de Albert Einstein ( ). Em pouco tempo, ele completou sua tese de PhD, publicou dois artigos científicos (o esboço de sua Teoria da Relatividade Especial, que trata do tempo na vastidão do espaço) e escreveu outros dois artigos que também foram muito bem recebidos pela comunidade científica da época. (MACDONALD, 1992, p. 23). Nesse mesmo ano, Einstein aplicou a hipótese quântica ao efeito fotoelétrico, obtendo uma explicação ao efeito fotoelétrico. Admitindo que cada elétron é liberado por um quantum

22 22 de luz, denominando-o fóton, a que está ligada uma energia proporcional à respectiva freqüência. (BENTON, 1995, p. 98). Macdonald (1992) assevera que a teoria de Einstein lançou luz à ciência, chegando a uma lei geral capaz de substituir a explicação de Newton para a maioria dos problemas mais importantes da física. Em 1907, Einstein prosseguindo em suas descobertas, publicou um dos primeiros artigos sobre o assunto que foi a maior descoberta da Física do século XX: a Teoria Quântica. Diferentemente da teoria da relatividade, a Mecânica Quântica descreve como se comportam as menores unidades da matéria que se conhecem o quantum e as partículas subatômicas, como elétrons, prótons e outras. Mas, o entendimento da Mecânica Quântica também envolve o uso de uma teoria conhecida como Princípio da Incerteza de Heisenberg, segundo a qual é impossível medir-se, simultaneamente e com precisão absoluta, a velocidade com que uma partícula (de luz ou energia) está se movendo e o ponto exato em que se encontra no espaço. (MACDONALD, 1992, 44). A teoria dos quanta fornece a Niels Bohr ( ) os fundamentos teóricos para interpretar o problema da estrutura do átomo e de hidrogênio. Bohr propõe o termo complementaridade derivado da física quântica. A complementaridade é a solução do paradoxo partícula-onda. Possui a virtude da inclusividade e evita a polarização extremista: isto ou aquilo dá lugar a isto e aquilo. Mas, foi Werner Karl Heisenberg ( ), um dos fundadores da física quântica, com o princípio da incerteza, que estabeleceu a impossibilidade de determinar com precisão a velocidade e localização do elétron. (COTRIM, 2002, p. 246). Capra (1982) relata que uma das principais lições que os físicos tiveram que aprender no século XX foi o fato de que todos os conceitos e teorias usados para descrever a natureza são limitados. Heisenberg afirmou, conforme Capra (1982), que toda palavra e todo conceito, por mais claros que possam parecer, têm apenas uma limitada gama de aplicabilidade, e as teorias científicas não estarão nunca aptas a fornecer uma descrição completa e definitiva da realidade. (HEISENBER apud CAPRA, 1982, p. 74) É importante saber que, de acordo com Machdonald (1992), Einstein mostrava-se muito interessado na Teoria Quântica, mas não simpatizava, particularmente, com o elemento sorte subentendido no Princípio da Incerteza. Deus não joga dados, dizia ele. Para Capra (1982), enquanto a nova física se desenvolvia no século XX, a visão de mundo cartesiana e os princípios da física newtoniana mantinham sua forte influência sobre o

23 23 pensamento científico ocidental, e ainda hoje muitos cientistas aderem ao paradigma mecanicista. De acordo com Stewart (1997), grande parte da história foi dominada pela matemática linear em que os efeitos são proporcionais às causas e o todo literalmente é equivalente à soma das partes. Stewart (1997) também afirma que a maior parte da ciência tradicional se baseia na filosofia do reducionismo, segundo a qual um sistema é compreendido pelo detalhamento da estrutura que o constitui e pelo estudo de como cada componente influencia os demais. (STEWART apud LIVRO DO ANO: CIÊNCIA e FUTURO, 1997, p. 123). Diante de tais fatos, muitas certezas foram abaladas, e foi a filosofia da ciência que se debruçou sobre os novos questionamentos e novas reavaliações dos critérios de verdade e da validade dos métodos e teorias científicas. Um grupo de cientistas marcou a filosofia científica, isto é, a filosofia ligada à ciência e que pretendia dar conta dela no chamado Círculo de Viena. Com a tomada do poder por Hitler, esse mesmo Círculo teve seu fim na metade de O princípio fundamental do neopositivismo, que é a filosofia do Círculo de Viena, é o de verificação, segundo o qual têm sentido apenas as proposições que podem empiricamente ser verificadas [...]. (REALE e ANTISERI, 2005, p. 113). De acordo com Abbagnamo (2007), pelo nome de positivismo lógico ou empirismo lógico, indica-se a orientação instaurada pelo Círculo de Viena e depois seguida e desenvolvida por outros pensadores, especialmente na América do Norte e na Inglaterra. É importante ressaltar que o positivismo lógico foi uma forma extrema do empirismo. (CHALMERS, 1993, p. 20). Como característica dessa corrente tem-se a redução da filosofia à análise da linguagem sendo entendida como linguagem científica ou linguagem comum. (ABBAGNAMO, 2007, p. 381). Essas duas tendências têm em comum um arsenal negativo e polêmico, qual seja, a negação de qualquer metafísica, que elas compartilham com todo o empirismo moderno e que justificam com a tese de que todos os enunciados metafísicos são desprovidos de sentido, porque não verificáveis empiricamente. Como conseqüência desse princípio de verificação, nasce a antimetafísica dos neopositivistas vienenses, ou seja, as afirmações metafísicas junto com as religiosas são simplesmente não sentidos, justamente pela razão de não serem verificáveis. (REALE e ANTISERI, 2005, p. 113).

24 24 Em 1934, Karl Raimund Popper ( ) em Viena e Gaston Bachelard ( ) na França tinham ambos publicado obras que continham refutações conclusivas ao positivismo lógico, mas foram quase totalmente negligenciadas, recebendo a atenção que mereciam apenas em épocas recentes. (CHALMERS, 1993, p. 21). Popper admite em sua autobiografia que fora responsável pela morte do neopositivismo. Ele deu uma interpretação diferente daquelas de alguns membros do Círculo de Viena a respeito dos fundamentos empíricos da ciência. (REALE e ANTISERI, 2005, p. 141). Para Popper, a ciência deveria progredir pela proposta de conjecturas audaciosas, altamente falsificáveis, como tentativas de resolver problemas, seguindo-se tentativas impiedosas de falsificar as novas propostas. (CHALMERS, 1983, p. 83). O empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses altamente falsificáveis, seguidas de tentativas deliberadas e tenazes de falsificá-las. As falsificações, isto é, os fracassos das teorias em passar por testes de observação e experimento, foram retratadas como sendo de importância chave porque, segundo Popper, essa é a maneira pela qual pode-se aprender com os erros, e porque ao se descobrir que a conjectura é falsa poder-se-á aprender muito sobre a verdade, podendo chegar-se mais perto dela. (POPPER, 1975, p. 231). A base empírica da ciência objetiva nada tem, portanto de absoluto. A ciência repousa em pedra firme. A estrutura de suas teorias levanta-se, por assim dizer, num pântano. Semelha-se a um edifício construído sobre pilares. Os pilares são enterrados no pântano, mas não em qualquer base natural ou dada. Se deixarmos de enterrar mais profundamente esses pilares, não o fazemos por termos alcançado terreno firme. Simplesmente nos detemos quando achamos que os pilares estão suficientemente assentados para sustentar a estrutura pelo menos por algum tempo. (POPPER, 1975, p. 119). Gaston Bachelard ( ) também foi outro filósofo no campo da ciência a destacar a importância do estudo da história da ciência como instrumento de análise do racionalismo. Bachelard foi quem falou em rupturas epistemológicas causadas por obstáculos epistemológicos. Para Bachelard (1977), quando se procuram as condições psicológicas do progresso da ciência, chega-se logo a essa convicção de que é em termos de obstáculos que se torna preciso apresentar o problema do conhecimento científico. Os obstáculos sugerem rupturas. Toda cultura científica deve começar por uma catarse intelectual e afetiva. Resta depois a tarefa mais difícil: pôr a cultura científica em estado de mobilização permanente,

25 25 substituir o saber firmado e estático por um conhecimento aberto e dinâmico, argumentar todas as variáveis experimentais, dar à razão razões de evoluir. (BACHELARD, 1977, p. 151). De acordo com Reale e Antiseri (2006), Paul Feyeranbend ( ) foi quem reagiu à percepção de que as teorias científicas não podem ser conclusivamente provadas ou desaprovadas. Feyeranbend fez a crítica mais radical da metodologia científica e suas práticas correntes formulada até então. Em sua obra Against Method: Outline of an Anarchistic Theory of Knowledge (1978), Feyeranbend argumentou que a ciência não é nem pode ser governada por um sistema de princípios firmes, imutáveis e absolutos. (GROF, 1987, p. 10). O anarquismo epistemológico de Feyerabend consiste na tese de que a idéia de um método que contenha princípios estáticos, imutáveis e absolutamente obrigatórios como guia para a atividade científica se defronta com dificuldades consideráveis quando é posta diante dos resultados da pesquisa histórica. (REALE e ANTISERI, 2006, p. 168). Reale e Antiseri (2006) relatam que foi Imre Lakatos ( ), aluno de Popper, quem desenvolveu uma descrição de ciência como tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar as objeções a ele. Para Lakatos, a ciência é, foi e deveria ser uma competição entre programas rivais de pesquisa, lançando sua concepção que caracteriza o falsificacionismo metodológico sofisticado. Este se distingue do falsificacionismo dogmático e do metodológico ingênuo. A saber que o falsificacionismo dogmático consiste na idéia de que a ciência se desenvolve por meio de conjecturas ousadas e falsificações infalíveis, e o falsificacionismo metodológico ingênuo corrige o erro dos falsificacionistas dogmáticos, sustentando que a base empírica da ciência não é infalível, como não são incontrovertíveis as hipóteses auxiliares. (REALE e ANTISERI, 2006, p. 166). Thomas Kuhn ( ), historiador americano da física, que voltou sua atenção para a história da ciência, percebeu que os relatos tradicionais da ciência, fosse indutivista ou falsificacionista, não suportam uma comparação com o testemunho histórico. (CHALMERS, 1993, p. 123). Grof (1987) explica que cada período da história das idéias e métodos científicos é reconhecido como um passo lógico de uma aproximação cada vez mais apurada de uma descrição do universo, como sendo a última verdade a respeito dele. No entanto, uma análise detalhada da história e filosofia da ciência revela que esta é uma imagem distorcida e romântica do curso atual dos acontecimentos.

26 26 A teoria da ciência de Kuhn foi desenvolvida como uma tentativa de fornecer uma teoria mais corrente com a situação da história tal como ele a via. (CHALMERS, 1993, p. 123). Uma das características chaves de sua teoria é a ênfase dada ao caráter revolucionário do progresso científico, em que uma revolução implica o abandono de uma estrutura teórica e sua substituição por outra, incompatível. A progressão da ciência para Kuhn segue-se: préciência ciência normal crise-revolução nova ciência normal nova crise. (CHALMERS, 1993, p. 124). Kuhn afirmou em sua obra A Estrutura das Revoluções Científica que não há uma comunidade científica sem um paradigma. (REALE e ANTISERI, 1997, p. 162). Paradigma quer dizer modelo, padrão e exemplos compartilhados. É muito mais que uma teoria, pois, implica uma estrutura que gera teorias. (CREMA, 1989, p. 18). Nos dizeres de Kuhn, as revoluções científicas são episódios de desenvolvimento não cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total e parcialmente substituído por um novo, incompatível com o anterior. (KUHN, 1978, p. 125). Nessa perspectiva, a passagem de um paradigma a outro é justamente a revolução científica. No entanto, após uma revolução científica, muitas manipulações e medições antigas tornam-se irrelevantes e são substituídas por outras. A ciência pósrevolucionária invariavelmente inclui muitas das mesmas manipulações, realizadas com os mesmos instrumentos e descritas nos mesmos termos empregados por sua predecessora pré-revolucionária. (KUHN, 1978, p. 126). Kuhn diferencia ciência normal de ciência extraordinária. A ciência normal significa uma pesquisa estavelmente fundada sobre um ou mais resultados alcançados pela ciência do passado, aos quais uma comunidade científica particular, por certo período de tempo, reconhece a capacidade de constituir o fundamento de sua práxis anterior. Ela é cumulativa e o cientista normal não procura novidade. (KUHN, 1978, p. 30). A ciência extraordinária surge quando há uma crise de paradigma. O paradigma é submetido a um processo de desfocamento, os dogmas são postos em dúvida e suavizam-se as normas que governam a pesquisa normal. [...] um novo paradigma consegue emergir, e sobre ele se articulará novamente a ciência normal, que por seu turno, depois de um período de tempo talvez bastante longo, levará a novas anomalias, e assim por diante. (REALE e ANTISERI 1997, p. 163).

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão.

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. Senso comum... aranha caranguejeira ou aranha-marrom? Epistemologia Moderna e Contemporânea EPISTEMOLOGIA investiga o conhecimento. limites. possibilidades.

Leia mais

Breve Histórico do Raciocínio Lógico

Breve Histórico do Raciocínio Lógico Breve Histórico do Raciocínio Lógico Enquanto muitas culturas tenham usado complicados sistemas de raciocínio, somente na China, Índia e Grécia os métodos de raciocínio tiveram um desenvolvimento sustentável.

Leia mais

A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996)

A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996) A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996) Embora a atividade científica possa ter um espírito aberto (...) o cientista individual muito frequentemente não o tem. Quer

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores.

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. 2. Como acontecia a aprendizagem nas escolas no período medieval? Quem era apto

Leia mais

Caracterização Cronológica

Caracterização Cronológica Caracterização Cronológica Filosofia Medieval Século V ao XV Ano 0 (zero) Nascimento do Cristo Plotino (204-270) Neoplatônicos Patrística: Os grandes padres da igreja Santo Agostinho ( 354-430) Escolástica:

Leia mais

Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica

Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica Filosofia - Introdução à Reflexão Filosófica 0 O que é Filosofia? Essa pergunta permite muitas respostas... Alguns podem apontar que a Filosofia é o estudo de tudo ou o nada que pretende abarcar tudo.

Leia mais

Como surgiu o universo

Como surgiu o universo Como surgiu o universo Modelos para o universo Desde os tempos remotos o ser humano observa o céu, buscando nele pistas para compreender o mundo em que vive. Nessa busca incansável, percebeu fenômenos

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

MÉTODO CIENTÍFICO. BENEFÍCIOS DO MÉTODO: execução de atividade de forma mais segura, mais econômica e mais perfeita;

MÉTODO CIENTÍFICO. BENEFÍCIOS DO MÉTODO: execução de atividade de forma mais segura, mais econômica e mais perfeita; MÉTODO CIENTÍFICO CONCEITO: palavra de origem grega, significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação da verdade; IMPORTÃNCIA DO MÉTODO: pode validar ou invalidar

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA CAPÍTULO 1 AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA Talvez o conceito físico mais intuitivo que carregamos conosco, seja a noção do que é uma força. Muito embora, formalmente, seja algo bastante complicado

Leia mais

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) -

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) - EXERCICÍOS DE FILOSOFIA I O QUE É FILOSOFIA, ETIMOLOGIA, ONDE SURGIU, QUANDO, PARA QUE SERVE.( 1º ASSUNTO ) Questão (1) - Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA em relação ao significado

Leia mais

Súmula Teoria Energética. Paulo Gontijo

Súmula Teoria Energética. Paulo Gontijo Súmula Teoria Energética Paulo Gontijo O Universo Chama-se Universo ao conjunto de todas as coisas. Sua existência pressupõe a necessidade de dois conceitos anteriores a ele, que se denominam existência

Leia mais

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS A principal preocupação de Descartes, diante de uma tradição escolástica em que as espécies eram concebidas como entidades semimateriais, semi-espirituais, é separar com

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN Prof. Helder Salvador 3 - A ANTROPOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA PEDAGOGIA. Para Edith Stein existe uma profunda relação entre os termos metafísica, antropologia e pedagogia

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

PARA A CIÊNCIA PARA A TECNOLOGIA PARA A SOCIEDADE

PARA A CIÊNCIA PARA A TECNOLOGIA PARA A SOCIEDADE PARA A CIÊNCIA PARA A TECNOLOGIA PARA A SOCIEDADE Essas são atividades de grande influência no desenvolvimento humano. Procura entender os fenômenos e criar teorias adequadas que possam explicar os acontecimentos.

Leia mais

AGOSTINHO DE HIPONA E TOMÁS DE AQUINO (3ª SÉRIE, REVISÃO TESTÃO)

AGOSTINHO DE HIPONA E TOMÁS DE AQUINO (3ª SÉRIE, REVISÃO TESTÃO) AGOSTINHO DE HIPONA E TOMÁS DE AQUINO (3ª SÉRIE, REVISÃO TESTÃO) PERÍODOS DA FILOSOFIA MEDIEVAL 1º Patrística: século II (ou do V) ao VIII (Agostinho de Hipona). 2º Escolástica: século IX ao XV (Tomás

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

ESPIRITISMO, CIÊNCIA E AMOR

ESPIRITISMO, CIÊNCIA E AMOR Claudio C. Conti www.ccconti.com Congresso Espiritismo 150 de O Evangelho Segundo o Espiritismo ESPIRITISMO, CIÊNCIA E AMOR Como funcionamos A mente é a ferramenta para compreender questões que transcendem

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE Maria Aristé dos Santos 1, Danielli Almeida Moreira 2, Janaina Rufina da Silva 3, Adauto Lopes da Silva Filho 4 ¹ Alunas do Curso de Licenciatura em Filosofia da

Leia mais

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER Duas explicações da Origem do mundo palavra (a linguagem verbal) associada ao poder mágico de criar. Atributo reservado a Deus. Através dela ele criou as

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

METODOLOGIA CIENTÍFICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA METODOLOGIA CIENTÍFICA Profª. Luciana Oliveira metodologia.oliveira@gmail.com Surgimento da ciência. Conceito filosófico do conhecimento e interesse pela pesquisa. Colaboradores: Prof. Dr. José Roberto

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL Educador: Luciola Santos C. Curricular: História Data: / /2013 Estudante: 7 Ano Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL 7º Ano Cap 1e 2 Feudalismo e Francos Cap 6 Mudanças no feudalismo Cap 7 Fortalecimento

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Metodologia e Introdução à Pesquisa Prof. Ricardo Bicalho Redes de Computadores Ciência e Método Científico AULA 3 1 AGENDA PORQUE ESTUDAR METODOLOGIA ENSINO SUPERIOR E PESQUISA ELEMENTOS

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

GRUPO I Escolha múltipla (6 x 10 pontos) (circunda a letra correspondente à afirmação correcta)

GRUPO I Escolha múltipla (6 x 10 pontos) (circunda a letra correspondente à afirmação correcta) Colégio Paulo VI Ano lectivo 2011/2012 10º Ano - Teste de Filosofia Tema: O que é a filosofia? / O discurso filosófico Teste n.º 1 90 min.# Nome Número Turma Professor Encarregado de Educação Classificação

Leia mais

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles Profa. Ms. Luciana Codognoto Períodos da Filosofia Grega 1- Período pré-socrático: (VII e VI a.c): início do processo de desligamento entre

Leia mais

Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera. Pércio Augusto Mardini Farias

Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera. Pércio Augusto Mardini Farias Pércio Augusto Mardini Farias Este documento tem nível de compartilhamento de acordo com a licença 2.5 do Creative Commons. http://creativecommons.org.br http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/

Leia mais

ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012

ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012 ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012 1 2 USO DE ANIMAIS ESTÁ CERCADO DE : aspectos emocionais questões religiosas dilemas morais aspectos culturais influenciado

Leia mais

Max Weber. Sociologia Compreensiva

Max Weber. Sociologia Compreensiva Max Weber Sociologia Compreensiva Índice Max Weber: Vida e obra Uma teia de sentidos 1. O conceito de ação social 1.1 Ação tradicional 1.2 Ação afetiva 1.3 Ação racional com relação a valores 1.4 Ação

Leia mais

Tecnologia. < Questões conceituais >

Tecnologia. < Questões conceituais > Tecnologia < Questões conceituais > Pressupostos tradicionais (últimos 5 séc.): "tecnologia é a simples aplicação da ciência"; "a tecnologia é sempre benéfica" ou "a tecnologia é sempre maléfica"; Pelo

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

A Música na Antiguidade

A Música na Antiguidade A Música na Antiguidade Josemar Bessa A palavra música deriva de arte das musas em uma referência à mitologia grega, marca fundamental da cultura da antigüidade ocidental. No entanto muitos estudiosos

Leia mais

Lógica Indutiva. Aula 4. Prof. André Martins

Lógica Indutiva. Aula 4. Prof. André Martins Lógica Indutiva Aula 4 Prof. André Martins É uma bruxa? Lógica Clássica (Dedutiva) Na Lógica Clássica, determinamos a veracidade de proposições a partir de outras proposições que julgamos verdadeiras.

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é:

Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é: Aula 1 18/02/2015 Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é: No principio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1) O verbo hebraico bãrã, criou, denota o conceito de iniciar alguma coisa nova.

Leia mais

O futuro da fé, da religião e da ciência

O futuro da fé, da religião e da ciência Aula IV - Ano 2015 O Despertar da Consciência O futuro da fé, da religião e da ciência Claudio C. Conti www.ccconti.com Qual o futuro? 1. A Fé não tem futuro; 2. A Religião não tem futuro; 3. A Ciência

Leia mais

PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA

PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I I PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA BIBLIOGRAFIA: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA TURMA DE 9º ANO DA ESCOLA RAIMUNDO PEREIRA DO NASCIMENTO

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA TURMA DE 9º ANO DA ESCOLA RAIMUNDO PEREIRA DO NASCIMENTO A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA TURMA DE 9º ANO DA ESCOLA RAIMUNDO PEREIRA DO NASCIMENTO 0 1 A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA TURMA DE 9º ANO DA ESCOLA

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA 1 A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA Dayane Pricila Rausisse Ruon Sandra Mara Volpi* RESUMO O brincar é um tema bastante discutido e de muita importância no desenvolvimento infantil. Esse

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Weber e o estudo da sociedade

Weber e o estudo da sociedade Max Weber o homem Maximilian Karl Emil Weber; Nasceu em Erfurt, 1864; Iniciou seus estudos na cidade de Heidelberg Alemanha; Intelectual alemão, jurista, economista e sociólogo; Casado com Marianne Weber,

Leia mais

A Busca pela Construção do Conhecimento e a Transformação das Realidades

A Busca pela Construção do Conhecimento e a Transformação das Realidades A Busca pela Construção do Conhecimento e a Transformação das Realidades Como vimos na unidade anterior, é próprio do homem buscar e produzir conhecimento para tentar melhorar sua realidade. Portanto,

Leia mais

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO: AUGUSTO COMTE RESUMO. sociologia. Comte, como pai da sociologia positivista adquiriu conhecimento dedicando ao

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO: AUGUSTO COMTE RESUMO. sociologia. Comte, como pai da sociologia positivista adquiriu conhecimento dedicando ao 1 O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO: AUGUSTO COMTE Rosemary Dias Ribeiro Rodrigues 1 RESUMO Desenvolveu o Positivismo corrente sociológico, é um dos fundadores da sociologia. Comte, como pai da sociologia positivista

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Unidade I Direito, cidadania e movimentos sociais Unidade II Consumo e meio ambiente

Unidade I Direito, cidadania e movimentos sociais Unidade II Consumo e meio ambiente Unidade I Direito, cidadania e movimentos sociais Unidade II Consumo e meio ambiente Aula Expositiva pelo IP.TV Dinâmica Local Interativa Interatividade via IP.TV e Chat público e privado Email e rede

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE Prof. Pablo Antonio Lago Hegel é um dos filósofos mais difíceis de estudar, sendo conhecido pela complexidade de seu pensamento

Leia mais

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com:

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 4: Tipos de pesquisa Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg 5. Estágio pré-operatório (2 a 6 anos) Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg Esse período é marcado pela passagem da inteligência sensório-motora para a inteligência representativa. A criança

Leia mais

Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia de sociedade de risco.

Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia de sociedade de risco. VI Encontro Nacional da Anppas 18 a 21 de setembro de 2012 Belém - PA Brasil Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA ESPÍRITA E ESPIRITISMO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA ESPÍRITA E ESPIRITISMO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA 1 ESPÍRITA E ESPIRITISMO Para designar coisas novas, são necessárias palavras novas. A clareza de uma língua assim exige, a fim de evitar que uma mesma palavra

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

OS PARADIGMAS E METÁFORAS DA PSICOLOGIA SOCIAL

OS PARADIGMAS E METÁFORAS DA PSICOLOGIA SOCIAL OS PARADIGMAS E METÁFORAS DA PSICOLOGIA SOCIAL A Natureza do Paradigma A noção de paradigma foi, introduzida por Kuhn (1970) em seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas, para explicitar natureza

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre 01-O homo sapiens moderno espécie que pertencemos se constitui por meio do grupo, ou seja, sociedade. Qual das características abaixo é essencial para

Leia mais

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé.

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé. 1 Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9 Introdução: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja

Leia mais

16. A relatividade especial e a experiência / 63 17. O espaço quadridimensional de Minkowski / 68

16. A relatividade especial e a experiência / 63 17. O espaço quadridimensional de Minkowski / 68 Sumário Prefácio A. Einstein / 9 Primeira parte A teoria da relatividade especial / 11 1. Conteúdo físico dos teoremas geométricos / 13 2. O sistema de coordenadas / 17 3. Espaço e tempo na mecânica clássica

Leia mais

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Fundamentos metodológicos da teoria piagetiana: uma psicologia em função de uma epistemologia Rafael dos Reis Ferreira Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Programa de Pós-Graduação em Filosofia FAPESP

Leia mais

A MODELAÇÃO DE LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS

A MODELAÇÃO DE LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS A MODELAÇÃO DE LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS O ESPÍRITO HUMANO PROCURA LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS AO MENOS POR DOIS MOTIVOS Porque lhe dão um certo tipo de compreensão do real Porque lhe oferecem esquemas

Leia mais

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 03. Prof. Milton Correa Filho

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 03. Prof. Milton Correa Filho CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito Aula 03 E Prof. Milton Correa Filho 1.Motivação: O que é o que é (Gonzaguinha) -Dialógo de Antigona 2.Apresentação dos slides 3.Tira duvidas 4.Avisos

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Processo de Pesquisa Científica

Processo de Pesquisa Científica Processo de Pesquisa Científica Planejamento Execução Divulgação Projeto de Pesquisa Relatório de Pesquisa Exposição Oral Plano de Pesquisa Pontos de referência Conhecimento Científico É a tentativa de

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Revisão geral de conteúdo Avaliação do 1º trimestre Roteiro de Estudos. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Danilo Borges

Revisão geral de conteúdo Avaliação do 1º trimestre Roteiro de Estudos. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Danilo Borges Revisão geral de conteúdo Avaliação do 1º trimestre Roteiro de Estudos Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Danilo Borges Pensamento Medieval Roteiro de Estudos Na Idade Média, a Filosofia se

Leia mais

Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Conhecimento e Ciência: tipos de conhecimentos Professora: Sueli Andrade Disciplina: Metodologia do Trabalho Científico Ciência e Conhecimento

Leia mais

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO PROF. ME. RAFAEL HENRIQUE SANTIN Este texto tem a finalidade de apresentar algumas diretrizes para

Leia mais

3ª Filosofia Antiga (Pensadores antigos)

3ª Filosofia Antiga (Pensadores antigos) 3ª Filosofia Antiga (Pensadores antigos) Questão (1) - A filosofia se constitui, a partir das concepções de Sócrates, Platão e Aristóteles, como o pensamento que investiga: a) A questão da dívida externa.

Leia mais

Aula 2: Projeto de pesquisa

Aula 2: Projeto de pesquisa 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 2: Projeto de pesquisa 1 O projeto de pesquisa O projeto de pesquisa é a base da organização do seu trabalho de pesquisa. Ao elaborar o projeto você organiza suas

Leia mais

MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL

MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E INFORMAÇÃO Prof. Gustavo Fernandes Ambrosio Emails: gus_ambrosio@yahoo.com.br gusambrosio@hotmail.com Objetivo do curso Será enfocado o tema

Leia mais

DATA: VALOR: 20 PONTOS NOME COMPLETO:

DATA: VALOR: 20 PONTOS NOME COMPLETO: DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSOR: ENRIQUE MARCATTO DATA: VALOR: 20 PONTOS NOTA: NOME COMPLETO: ASSUNTO: TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 2ªEM TURMA: Nº: I N S T R U Ç Õ E S 1. Esta prova contém 05 questões

Leia mais

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO DE ÉMILE DURKHEIM Prof. Railton Souza OBJETO Na obra As Regras do Método Sociológico, publicada em 1895 Émile Durkheim estabelece um objeto de investigação para a sociologia

Leia mais