- Falência = provém do latim fallere, que significa faltar, falsear, enganar, ludibriar.

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1 UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DIREITO FALIMENTAR PROF.: CARLOS RUBENS DIREITO FALIMENTAR I. NOÇÕES GERAIS 1. Etimologia - Falência = provém do latim fallere, que significa faltar, falsear, enganar, ludibriar. 2. Conceito A falência é o procedimento judicial a que se submete o devedor empresário insolvente, quer seja por iniciativa do credor ou do próprio devedor, ou mesmo pela convolação do procedimento de recuperação judicial, com o propósito de possibilitar a solução de suas obrigações O que a Lei disciplina - Recuperação extrajudicial - Recuperação judicial - Falência 4. Quem está sujeito à Lei de Falências a) O art. 1º refere-se ao empresário individual e à sociedade empresária, chamados pela Lei de devedores. b) O art. 2º estabelece quem não está sujeito à Lei. - Empresa pública e sociedade de economia mista: Estas últimas estavam sujeitas falência por força da Lei /2001 revogou ao art. 242 da Lei das S.A. (Lei 6.404/76), que dispunha que as companhias de economia mista não estão sujeitas a falência, mas os seus bens são penhoráveis e executáveis, e a pessoa jurídica que a controla responde, subsidiariamente, pelas obrigações. - Instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, 1 CAMPOS, Rubens Fernando de. Novo direito falimentar brasileiro. Goiânia: IEPEC, 2005, p

2 sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. ATENÇÃO: Quanto a estas últimas, o art. 197 estabelece que a Nova Lei de Falências se aplica a tais sociedades até que seja elaborada legislação específica sobre cada uma delas. 5. Competência (art. 3º) - É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. II. DISPOSIÇÕES COMUNS À RECUPERAÇAO JUDICIAL E À FALÊNCIA 1. Obrigações não exigíveis na recuperação judicial ou na falência a) As obrigações a título gratuito; - O dispositivo refere-se a doações, atos de benemerência, favores prometidos pelo devedor. b) As despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor. 2. Suspensão do curso da prescrição e das ações e execuções em face do devedor e do sócio solidário (art. 6º). - A decretação da falência ou deferimento da recuperação judicial provocam a suspensão: - Da prescrição. Isto quer dizer que o prazo volta a correr pelo tempo remanescente após o trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência (art. 157) ou do encerramento da recuperação judicial. Não se trata de interrupção da prescrição 2. - Das ações contra o devedor. - Prazo de suspensão das ações na recuperação judicial: 180 dias, art. 6º, 4º. 2 C.f. BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Lei de recuperação de empresas e falências comentada. São Paulo: RT, 2007, p

3 - Os processos que estão em fase de conhecimento não se suspendem 3 (art. 6º, 1º e 2º). Terão prosseguimento no juízo onde correm para até a apuração do valor. - As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica (art. 6º, 7º). 3. Da Prevenção - Exceção ao plano de refinanciamento dos débitos tributários, os quais suspendem a exigibilidade do crédito tributário. - A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor (art. 6º, 8 o ). - Difere da regra do CPC: citação válida para a competência de foro (art. 219); primeiro despacho lançado nos autos para a competência de juízo (art. 106) III- ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA A EXISTÊNCIA DO ESTADO DE FALÊNCIA 1. CAUSAS DETERMINANTES DA FALÊNCIA A falência é uma situação jurídica que decorre da insolvência do empresário, revelada essa ou pela impontualidade no pagamento de obrigação líquida, ou por atos inequívocos que denunciem manifesto desequilíbrio econômico, patenteando situação financeira ruinosa. De acordo com o inciso I do art. 94 da Lei de Falências: Será decretada a falência do devedor que: I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido de falência. Mas, não é a mera impontualidade apenas que caracteriza a falência. A impontualidade pode ser considerada como a manifestação típica, o sinal da impossibilidade de pagar e, consequëntemente, do estado de falência. 3 C.f. COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à lei de falência e de recuperação de empresas. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p

4 Com a nova Lei de Falências, dentro do prazo de contestação, o devedor pode pleitear sua recuperação judicial, com o objetivo de sanear estado de crise econômico-financeira da empresa. Não sendo possível a recuperação, o juiz decretará a falência. 2. A INSOLVÊNCIA De acordo com o art. 748, do CPC: Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor. De acordo com Amador Paes de Almeida insolvência: É a condição de quem não pode saldar suas dividas. Diz-se do devedor que possui um passivo sensivelmente maior que o ativo. Por outras palavras, significa que a pessoa (física ou jurídica) deve em proporção maior do que pode pagar, isto é, tem compromissos superiores aos seus rendimentos ou ao seu patrimônio 4. Assim, diante da impontualidade no pagamento de obrigação líquida, ou na existência de outros atos reveladores de situação financeira ruinosa, requer-se a falência no pressuposto de que o patrimônio do devedor é insuficiente para pagar seus débitos, caracterizando-se a insolvência. 3. IMPONTUALIDADE A impontualidade, pura e simples, não é causa determinante da falência, senão não haveria lugar para o depósito elisivo, que faz elidir a falência, exatamente porque afasta a presunção de insolvência. O depósito elide a falência porque afasta a presunção de insolvência. Quem salda seus débitos não pode ser considerado insolvente. 4. PROTESTO OBRIGATÓRIO De acordo com o parágrafo único do art. 23 da Lei n , de 10 de setembro de 1997 (que disciplina o protesto de títulos e outros documentos de dividas): Somente poderão ser protestados, para fins falimentares, os títulos ou documentos de dívida de responsabilidade de pessoas sujeitas às conseqüências da legislação fa1imentar. 4 Curso de falência e recuperação de empresas. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p

5 O art. 94, 3, da Lei Falimentar segue esta regra, ao dispor que: Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica. Neste caso, a impontualidade é exteriorizada não pela mera cessação do pagamento, mas pelo protesto. De acordo com a Lei, o protesto é imprescindível para a caracterização da impontualidade, tomando-se obrigatório ou necessário para a propositura da ação falimentar. Também é chamado de protesto especial, por distinguir-se do protesto comum, pois, diferentemente deste, deve ser providenciado perante o cartório da sede do devedor, foro competente para a decretação da falência Protesto de títulos de credores distintos De acordo com o 1 do art. 94: Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo. O pedido de falência com base no inciso I do art. 94 funda-se na impontualidade, exigindo-se para fundamentar o pedido de quebra um mínimo de quarenta salários mínimos na data do pedido de falência. Ou seja, se o crédito de determinado credor for inferior ao limite mencionado, poderá este unir-se ao outro credor completando, assim, o valor mínimo de quarenta salários mínimos, formando litisconsórcio ativo, e conjuntamente requerer a falência do devedor comum. 5. NAO-PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃO LÍQUIDA Estabelece o inciso II, do art. 94, da Lei: Será decretada a falência do devedor que: executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal. 5

6 Quando se tratar de título executivo judicial (art. 475-N, CPC), transitada em julgado, sendo líquida a sentença, ou após a sua liquidação, o juiz, a requerimento do credor, intimará o devedor para pagar no prazo de 15 dias sob pena de incidência de multa de 10 por cento (art. 475-J, CPC). Não havendo pagamento, cabe ao credor indicar os bens do devedor para efeito de penhora. Após a penhora, abre-se prazo de 15 dias para o devedor oferecer impugnação. Veja que o CPC não estabelece prazo para o devedor nomear bens à penhora, mas apenas prazo para pagar, quando se tratar de execução de título executivo judicial. Já em relação aos títulos executivos extrajudiciais (art. 585, CPC), com nova sistemática adotada pela Lei /2006 que alterou a execução dessa modalidade de títulos executivos, o devedor é citado para pagar em 3 (três) dias (art. 652, CPC). Caso não pague, poderá ser intimado de ofício pelo juiz, ou a requerimento do credor, para indicar bens passíveis de penhora, devendo fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias a contar da intimação (art. 652, 3 c/c art. 600, IV, CPC). A inércia do devedor, após a intimação configura a situação prevista no art. 94, II, da Lei /2005, ensejando fundamento para o pedido de falência. Apesar do inciso II, do art. 94, da Lei Falimentar mencionar apenas quantia líquida, sabemos que para instruir a execução é necessário que o título executivo, judicial ou extrajudicial, deve ter liquidez, certeza e exigibilidade (art. 586, CPC) 5. O título possui liquidez quando é determinada a importância da prestação (quantum) (Calamandrei, apud H. Theodoro Júnior). Ocorre a certeza em torno de um crédito quando, em face do título, não há controvérsia sobre sua existência (Calamandrei, apud H. Theodoro Júnior). E a exigibilidade está presente quando o seu pagamento (do título) não depende de termo ou condição, nem está sujeito a outras limitações (Calamandrei, apud H. Theodoro Júnior). Sem tais atributos, o título não possui força executiva e, portanto, não colocará o dever em situação de mora perante o credor, por ausência de força coercitiva. Optando pelo pedido falência, o credor deverá requerer ao juízo da execução certidão que ateste a falta de pagamento ou a ausência de nomeação de bens à penhora no prazo legal, que instruirá o pedido de falência no juízo competente (art. 94, 4, LF). 5 O legislador reformista procurou deixar claro que certeza, liquidez e exigibilidade não são atributos do título executivo, mas sim da obrigação que está consubstanciada no título. C.f. HERTEL, Daniel Roberto. Lineamento da reforma da execução por quantia certa de título executivo extrajudicial: comentários às principais alterações realizadas pelo lei n /06. In: Revista Dialética de Direito Processual n. 47, São Paulo: 2006, p

7 6. DUPLICATA SEM ACEITE ACOMPANHADA DA NOTA DE ENTREGA DA MERCADORIA Lei n /1968 que disciplina matéria sobre as duplicatas estabelece o seguinte quanto ao aperfeiçoamento do título efeito de liquidez, certeza e exigibilidade: Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo ap1icáve1 aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar: I de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; II de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: a) haja sido protestada; b) esteja acompanhada de documento hábi1 comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 72 e 82 desta Lei. 7. OUTROS INDÍCIOS DE INSOLVABILIDADE QUE ENSEJAM A FALÊNCIA A Lei de Falências, no seu art. 94, enumera tais atos e fatos que, independentemente de impontualidade, caracterizam a insolvência do devedor ensejando pedido de falência, quando ele: a) procede à liquidação precipitada, ou lança mão de meios ruinosos ou fraudulentos para realizar pagamentos; De acordo Miranda Valverde, citado por Amador Paes de Almeida 6 : Os meios ruinosos consistem, geralmente, na rea1ização de negócios arriscados ou de puro azar, no abuso de responsabilidades de mero favor, nos empréstimos a juros excessivos, na a1ienação de máquinas ou instrumentos indispensáveis ao exercício do comércio. Os meios fraudulentos revelam-se nos artifícios ou expedientes empregados pelo devedor para conseguir dinheiro ou mercadoria, na apropriação indébita de valores confiados à sua guarda. b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o fito de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade do seu ativo a terceiro, credor ou não; De conformidade com o art. 167, 12, do Código Civil: 6 Op. cit. p

8 Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. Simulação da declaração enganosa da vontade, objetivando efeito diverso daquele ostensivamente indicado, com propósito predeterminado de violar direitos de terceiros ou disposição de lei. c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; O art , Código Civil, define estabelecimento: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Já os artigos e 1.146, Código Civil, estabelecem regras para a venda válida do estabelecimento e questões de responsabilidade do alienante: Art Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. Art O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização para prejudicar credor; Nem sempre o estabelecimento principal coincide com o estabelecimento onde se desenvolve a atividade principal, ou mais avantajadas, e ainda não necessariamente com aquele que é declarado no contrato ou estatuto da sociedade. Nesse sentido, vejamos: Carvalho Mendonça: Centraliza a sua atividade e influência econômica; onde todas as suas operações recebem o impulso diretor; onde, enfim, se acham reunidos normal e permanentemente todos os elementos constitutivos do seu 8

9 crédito. E, em resumo, o lugar da sede de sua vida ativa, o lugar onde reside o governo dos negócios 7. Rubens Requião: O principal estabelecimento, em resumo, não pressupõe o estabelecimento mais avantajado ou onde estão localizadas as principais instalações. Pode uma grande manufatura da empresa estar situada em uma cidade e, no entanto, o principal estabelecimento consistir num escritório de dimensões modestas, em cidade diferente, onde esteja instalado e atue o empresário na adrninistrão dos negócios 8. O C. Civil não se preocupou em estabelecer regras para identificação do estabelecimento principal. De tal mister tem-se incumbido a jurisprudência. A dificuldade advém do fato de que a realidade fática é muito mais dinâmica do que o processo legislativo, e por isso, talvez o acerto da legislação de não engessar com regras rígidas. Por outro lado, a fluidez deixa espaço para as artimanhas de advogados hábeis em protelar o andamento do feito, alegando exceção de incompetência. e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; A legislação está se referindo à concessão ou reforço de garantias reais a créditos constituídos antes da decretação da falência. Tal postura beneficia credores em detrimento dos demais. f) ausenta-se sem deixar representante habilitado com recursos suficientes para pagar os credores, abandona o estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; Trata-se de abandono do estabelecimento, deixando-o sem administrador munido dos meios necessários para pagar os credores. É a ausência dolosa, deliberada, e que, embora possa patentear propósito de prejudicar credores, normalmente decorre de pânico em virtude de situação financeira ruinosa. De acordo com Carvalho de Mendonça: A ocultação ou ausência devem ser propositais. Se o afastamento é devido a motivos que não se prendam à situação econômica do devedor, não é o caso previsto na lei. A intenção de subtrair-se fraudulentamente à ação ou exigência legítima dos credores é essencial para caracterizar a 7 Apud ALMEIDA, Amador P. de. Op.cit. p Apud ALMEIDA, Amador P. de. Op.cit. p. 40 9

10 falência 9. g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. De acordo com o art. 61, 1º, c/c 73 poderá haver convolação da recuperação judicial em falecia: Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação judicial. 1º Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência, nos termos do art. 73 desta Lei. Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial: I por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei; II pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei; II quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos termos do 4º do art. 56 desta Lei; V por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do 1º do art. 61 desta Lei. Ou então, poderá ser requerida por qualquer credor, como estipula o art. 62 da Lei de Falências:... no caso de descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano de recuperação judicial, qualquer credor poderá requerer a execução específica ou a falência com base no art. 94 desta Lei. IV. DA LEGITIMIDADE PASSIVA NA AÇÃO FALIMENTAR 1. DEVEDOR EMPRESÁRIO E SOCIEDADE EMPRESÁRIA 1.1. Estão sujeitos à falência no novo instituto: 9 Apud ALMEIDA, Amador P. de. Op.cit. p

11 Diz o art. 1 da Lei n /2005: Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. a) o empresário: equivale ao comerciante individual, pessoa física que exerce atividade empresarial sob firma individual. b) a sociedade empresária: é a empresa enquanto organização coletiva da atividade econômica. Nos termos do art. 983 do Código Civil, são sociedades empresárias aquelas reguladas nos arts a 1.092, ou seja: em nome coletivo, comandita simples, limitada, comandita por ações e anônima Não estão sujeitos à falência: a) Sociedades cooperativas, empresa pública, sociedade de economia mista, bem como instituições financeiras públicas ou privadas, cooperativas de crédito, consórcios, entidades de previdência complementar, sociedades operadoras de plano de saúde, seguradoras e capitalização. Isto, de acordo com a Lei: Art. 2 Esta Lei não se aplica a: I empresa pública e sociedade de economia mista; II instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. b) Os profissionais liberais, advogados, médicos, engenheiros, economistas, contadores, engenheiros, economistas, contadores, entre outros, não estão sujeitos à falência e, tampouco, podem valer-se da recuperação judicial, de vez que não são considerados empresários - art. 966, parágrafo único, do Código Civil - salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Os profissionais liberais e a Sociedade Simples não são empresa e, por isso, não sofrem falência. Todavia, podem sofrer EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE regulada pelo Código de Processo Civil em seus arts. 748 a 786-A. 2. FALÊNCIA DOS SÓCIOS SOLIDÁRIOS A nova legislação falimentar instituiu a falência dos sócios solidários, conforme disposto no art

12 A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem. São solidários os sócios de responsabilidade ilimitada: todos os que integram a sociedade em nome coletivo (art do CC); o sócio comanditado, na sociedade em comandita simples (art do CC), o acionista-diretor, na sociedade em comandita por ações (art do CC). Na sociedade em conta de participação, em razão da sua própria característica, a atividade empresarial é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome e, assim, a falência, se houver, recairá exclusivamente sobre o mesmo. Não se trata de responsabilidade subsidiária, em que os bens particulares dos sócios só podem ser executados por dívidas da sociedade depois de executados os bens sociais (arts do CC e 596 do CPC). Na responsabilidade solidária não existe benefício de ordem. Enfim, se a sociedade falir, os sócios de responsabilidade ilimitada também falirão e, por conseguinte, também terão os seus bens particulares arrecadados para a massa falida. 3. FALÊNCIA DO SÓCIO RETIRANTE Os sócios solidários retirantes ou excluídos da sociedade falida, há menos de dois anos, estão sujeitos a falência: Art. 81 (...) 1 O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de dois anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. A responsabilidade do sócio retirante vai até o limite das dívidas existentes até a data do arquivamento da alteração contratual perante a Junta Comercial. É bom lembrar que o Código Civil também se preocupou com a responsabilidade do sócio retirante: Art (...) 12

13 Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente 10 solidariamente com o cessionário 11, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. 4. A FALÊNCIA E O SÓCIO DE RESPONSABILIDADE LIMITADA O sócio de responsabilidade limitada, o administrador, o acionista controlador, em princípio, não são alcançados pela falência da sociedade de que façam parte. Contudo eventual responsabilidade por atos ilícitos (gestão fraudulenta, negócios simulados, desvio de bem) será apurada na ação denominada ação de responsabilização, perante o próprio juízo da falência. Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil. 1 Prescreverá em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência, a ação de responsabilização prevista no caput deste artigo. 2 O juiz poderá, de ofício ou mediante requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens particulares dos réus, em quantidade compatível com o dano provocado, até o julgamento da ação de responsabilização. Na hipótese de indícios veementes de dano, o juiz pode, de oficio, ou a requerimento de interessados, ordenar medida cautelar de constrição dos bens dos sócios. A ação de responsabilização prescreve em dois anos, contados do trânsito em julgado da sentença declaratória da falência. A responsabilização dos administradores, acionistas controladores, sócios comanditários ocorrerá em caso de: a) excesso de mandato; b) pratica de atos com violação à lei ou ao contrato social. Prescreve o art. 50, do Código Civil: Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz 10 Aquele que cede um crédito, direitos ou obrigações de contrato a terceiros. 11 Aquele a quem é cedido um crédito, direitos ou obrigações de contrato. 13

14 decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. E ainda o art. Art : Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. Responsabilidade solidária do acionista controlador 12 de acordo com o art. 116 da Lei n /76: I - ter conduzido a atividade econômica da sociedade falida no interesse próprio ou de grupo de que faça parte; II - contrariamente ao interesse da sociedade falida, ter mantido a direção unificada desta, objetivando interesses próprios ou do grupo respectivo; III - ter provocado a confusão do patrimônio particular com o da sociedade falida, tornando incindível a reunião dos seus ativos e passivos ou da maior parte deles. Sócio comanditário, na sociedade em comandita simples: tem responsabilidade limitada ao valor da sua quota-parte (art do CC Direito de Empresa). Será responsabilizado se, praticar atos de gestão. Sócio participante, na sociedade em conta de participação: não tem, em princípio, nenhuma responsabilidade para com terceiros (art. 991, CC). 5. FALÊNCIA DO ESPÓLIO 13 De acordo com o art. 597 do Código de Processo Civil: O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas na proporção da parte que na herança lhe coube. 12 Acionista controlador: Pessoa, física ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia;b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. Disponível em: < HomeBovespa.asp>. Acesso em: 21 ago C.f. ALMEIDA. Op Cit. p. 52: Espólio são os bens deixados pelo morto, via de regra designado pela expressão latina de cujus, abreviatura de cujus sucessione agitur, isto é, de cuja sucessão se trata, servindo, portanto, para indicar o falecido. 14

15 Na hipótese de o de cujus ter sido empresário, verificando-se o estado de insolvência, não só o credor pode requerer a falência do espólio, mas também o cônjuge sobrevivente, os herdeiros e o inventariante. Dispõe o art. 97 da Legislação Falimentar: Podem requerer a falência do devedor: I- (...) II - o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante. A falência do espólio suspende o processo de inventário, cumprindo ao administrador judicial realizar os atos pendentes em relação aos direitos e obrigações da massa falida. 6. FALÊNCIA DO MENOR EMPRESÁRIO Menores, de acordo com o art. 3 do Código Civil: a) menores de 16 anos: absolutamente incapazes b) maiores de 16 e menores de 18 anos: relativamente incapazes Emancipação, de acordo com o art. 5 do Código Civil: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria. Na hipótese de o menor emancipar-se por haver-se estabelecido com economia própria, poderá ter sua falência declarada na ocorrência de insolvência. 7. FALÊNCIA DA SOCIEDADE IRREGULAR OU DE FATO (SOCIEDADE EM COMUM) Surgimento da personificação, conforme o art. 45 do Código Civil: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro... 15

16 Mesma regra: Art A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). Sem o arquivamento do contrato social no registro competente, a sociedade não adquire personalidade jurídica - é a sociedade não personificada. Nessa espécie societária, todos os sócios são solidários e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais, a teor do que dispõe o art. 990 do Código Civil. Portanto, aplicam-se as mesmas regras do art. 81 da Lei Falimentar. Art Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art , aquele que contratou pela sociedade. V. DA LEGITIMIDADE ATIVA NA AÇÃO FALIMENTAR 1. INEXISTÊNCIA DE FALÊNCIA EX OFFICIO A declaração de falência pelo juiz depende de provocação dos interessados. Quem pode requerer a falência? (Art. 97, incisos, LF). I o próprio devedor; II o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; III o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; IV qualquer credor. 2. FALÊNCIA REQUERIDA PELO PRÓPRIO DEVEDOR (AUTOFALÊNCIA) Ocorre quando o devedor não aguarda a ação dos seus credores, requerendo, ele mesmo, sua falência. Para isso, basta encontrar-se em condição de insolvente, sem preencher, portanto, os requisitos para a obtenção da recuperação judicial. Requisitos (art. 105, incisos, LF): 16

17 1) demonstrações contábeis referentes aos três últimos exercícios sociais; 2) demonstração contábil especialmente levantada para instruir o pedido, composta, obrigatoriamente, de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa. 3) relações nominais dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; 4) relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; 5) prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto, se se tratar de sociedade regular ou de direito; em se tratando de sociedade comum (irregular ou de fato), os nomes dos respectivos sócios, com endereço e a relação de seus bens pessoais; 6) livros obrigatórios e documentos contábeis exigidos por lei; 7) relação dos administradores, em se tratando de sociedade, nos últimos cinco anos, com seus respectivos endereços, e participação societária. As demonstrações contábeis, por sua complexidade, devem ser ultimadas por profissional legalmente habilitado, ou seja, por um contador. Na Sociedade Anônima compete privativamente à assembléia-geral autorizar os administradores a confessar falência e pedir recuperação judicial (Art. 122, IX, Lei 6.404/76). Todavia, em caso de urgência, a confissão de falência ou o pedido de recuperação judicial poderá ser formulado pelos administradores, com a concordância do acionista controlador, se houver, convocando-se imediatamente a assembléia-geral, para manifestar-se sobre a matéria (Art. 122, p. único Lei 6.404/76). Decretada a falência, observar-se-á o rito do procedimento falimentar. 3. FALÊNCIA REQUERIDA PELO CÔNJUGE SOBREVIVENTE, HERDEIROS E INVENTARIANTE (FALÊNCIA DO ESPÓLIO) Não se trata de falência do morto, mas do espólio, isto é, dos bens deixados pelo finado. Conforme art. 97, II, LF: 17

18 Podem requerer a falência do devedor: o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante. Qualquer herdeiro, isoladamente, poderá formular o pedido de falência do espólio, podendo. devedor. O prazo para requerer a falência do espólio é de um ano da morte do Art. 96 (...) 1 o Não será decretada a falência de sociedade anônima após liquidado e partilhado seu ativo nem do espólio após 1 (um) ano da morte do devedor. (LF) 4. FALÊNCIA REQUERIDA PELO SÓCIO OU ACIONISTA A lei prevê expressamente a legitimidade dos sócios para requerer a falência da sociedade, remetendo para o estatuto ou contrato social. Nas sociedades por ações cabe à assembléia geral deliberar sobre pedido de falência. Na omissão desta, qualquer acionista pode fazê-lo. Portanto, a inércia da assembléia geral nas sociedades por ações, não impede a iniciativa individual dos sócios. Nada impede que demais sócios ou acionistas possam opor-se ao pedido, contestando-o em juízo. Também os debenturistas, através do agente fiduciário podem requerer a falência da companhia emissora, no inadimplemento desta, desde que inexista garantia real (art. 68, 32, c, Lei n /76). As debêntures podem ter garantia real ou flutuante. Para as primeiras, os bens dados em garantia ficam vinculados ao cumprimento das obrigações. Já a garantia flutuante assegura privilégio geral sobre o ativo da companhia. 5. FALÊNCIA REQUERIDA PELO CREDOR Para que o credor possa requerer a falência, é fundamental que: a) o devedor seja empresário ou sociedade empresária; b) o seu crédito se revista de liquidez, certeza e exigibilidade. 18

19 Não importa a natureza do crédito, podendo ser civil, comercial, trabalhista ou fiscal 14, desde que seja líquida, dando ensejo à ação executiva. O crédito pode estar consubstanciado em título executivo extrajudicial ou judicial (arts. 585 e 475-N do CPC). O credor pode ou não ser empresário. Nesta última condição, deverá demonstrá-la, anexando à inicial certidão da Junta Comercial, nos termos do art. 97, 1, da Lei Falimentar. Se residir no exterior, deverá prestar caução às custas e ao pagamento de indenização, na hipótese de a ação ser julgada improcedente, configurada a culpa ou dolo do requerente - art. 97, 2. Tratando-se de título executivo extrajudicial, o protesto deste é obrigatório. Na hipótese de execução de sentença, em que o devedor não paga, não deposita e não nomeia bens à penhora dentro do prazo legal, imprescindível é a renúncia à execução singular, devendo o interessado propor, perante o juízo competente (local do principal estabelecimento do devedor), a ação falimentar, acompanhada, necessariamente, de certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução, de que não foi efetuado depósito e, tampouco, nomeados bens à penhora. VI. JUIZO COMPETENTE PARA DECLARAR A FALÊNCIA 1. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA A falência é expressamente excluída da competência material da Justiça Federal, como deixa claro o art. 109, I, da Constituição Federal: Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência... Não se inserindo na competência material da Justiça Federal, porque dela claramente excluída, e não podendo ser inserida na competência das Justiças Eleitoral, do Trabalho e Militar, a falência só pode ser atribuída à Justiça Ordinária dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, perante os juízes de direito. 14 Na vigência do Dec-Lei 7.661/45 a jurisprudência se consolidou no sentido da ilegitimidade ativa da Fazenda Pública para requerer falência. É preciso aguardar como os Tribunais irão se comportar. 19

20 2. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR A Lei Falimentar elege o chamado domicílio do empresário, assim considerado o lugar em que se situa a sede das atividades: É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. (art. 3 ). Principal estabelecimento é o local de onde o devedor comanda, dirige, administra seus negócios, ou seja, a sede da administração. A sede estatutária nem sempre coincide com o local da administração, prevalecendo nesta hipótese o chamado domicílio real, onde o devedor tem a sede efetiva dos seus negócios, ali realizando as operações empresariais. Competência Falência. Foro do estabelecimento principal do devedor. A competência para o processo e julgamento do pedido de falência é do juízo onde o devedor tem o seu principal estabelecimento, e este é o local onde a atividade se mantém centralizada, não sendo, de outra parte, aquele a que os estatutos conferem o título principal, mas o que forma o corpo vivo, o centro vital das principais atividades do devedor (STJ, CComp MG, Rel. Mi Sálvio de Figueiredo). 3. EMPRESÁRIO SEDIADO NO ESTRANGEIRO Empresário sediado no estrangeiro, com filial no Brasil: É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil (art. 3). Neste caso, a falência somente produzirá efeitos sobre os bens situados no Brasil, não atingindo os bens situados no estrangeiro. Tratando-se de sociedade estrangeira com pluralidade de filiais, competente será o juiz do local onde se situar a administração delas, isso se centralizada. Na hipótese de todas gozarem de plena autonomia com relação umas às outras, aplicar-se-á a regra contida no art. 75, 2, do Código Civil de 2002: 20

21 Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. VII) DO REQUERIMENTO DA FALÊNCIA 1. DA PETIÇÃO INICIAL Além dos requisitos previstos no art. 282 do Código de Processo Civil, a petição deve vir acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da ação falimentar, a saber: a) procuração para o foro em geral (art. 39 do CPC), outorgada a advogado devidamente inscrito no quadro da OAB; b) o título de crédito em que se funda o pedido, seja letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque etc.; c) o instrumento de protesto do título mencionado, já que o protesto de título, como se viu, é indispensável para a propositura da ação falimentar; d) prova de que o requerente é empresário (se o for), juntando, para isso, certidão do Registro de Empresas (Junta Comercial). 2. PEDIDO DE FALÊNCIA COM BASE NA IMPONTUALIDADE 2.1. A falência, com base na impontualidade, pode ser requerida: a) pelo credor; b) pelo próprio devedor (autofalência); c) pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros ou inventariante (falência do espólio). Na hipótese de a falência ser requerida pelo credor, há que distinguir entre as diversas espécies de créditos, a saber: 2.2. credores por título executivo extrajudicial e credores por título executivo judicial. 21

22 Requerida a falência pelo credor, a petição inicial deve observar os requisitos do art. 282 do Código de Processo Civil, vindo, acompanhada dos seguintes documentos: 1) procuração para o foro em geral, outorgada a advogado legalmente inscrito na OAB; 2) o título de crédito que fundamenta o pedido (cambial); 3) instrumento de protesto do título que fundamenta o pedido de quebra; 4) na eventualidade de o requerente (o credor) ser empresário, documento que o positive Auto-falência Requerida pelo próprio devedor (autofalência), além dos requisitos do art. 282 do Código de Processo Civil, a petição inicial deverá estar por ele assinada, acompanhando-a os seguintes documentos (cf. art. 105, LF): I demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; IV prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; V os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. Não estando o pedido regularmente instruído, o juiz determinará que seja emendado (Art. 106, LF) Falência do Espólio 22

23 Na falência do espólio, os requerentes (cônjuge sobrevivente, herdeiros ou inventariante) deverão juntar, além dos documentos que positivem o estado de falência (título de crédito vencido e não pago, ou balanço que ateste a insolvência), certidão que demonstre legitimidade ativa, a saber: certidão de casamento para o cônjuge sobrevivente, certidão de nascimento para os herdeiros, certidão do Juízo da Família e Sucessões, patenteando a condição de inventariante, além, obviamente, da certidão de óbito do empresário. 3. DO PEDIDO DE FALÊNCIA COM BASE NOS MOTIVOS DISCRIMINADOS NO ART. 94, II e III, DA LEI FALIMENTAR Além da impontualidade, a insolvência se manifesta também pelas formas enumeradas no art. 94, II e III, da Lei de Falências. Para a sua comprovação o ônus da prova incide sobre o requerente. Hipóteses previstas no art. 94 da LF: II executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal. Julgada procedente uma ação, tem início a fase executória, sendo o réu intimado para pagar em 15 dias, sob pena de multa de 10%. Cabe ao credor indicar bens à penhora. Não os encontrando, pode requerer ao juiz que intime o devedor para em 5 dias apresentá-los. Se não o faz, estará ensejando ao credor requerer a sua falência. Neste caso, para que a falência seja proposta, o credor deve renunciar à execução singular, propondo em separado e, mediante distribuição regular, a ação falimentar, acompanhada de certidão do juízo de execução, atestando que o prazo para pagar ou nomear bens à penhora decorreu em branco. Art. 94. (...) 4º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos. Precipitada é a liquidação ruinosa, a preços vis, abaixo dos custos, em visível prejuízo para os credores. 23

24 Outros meios ruinosos poderia ser a emissão de duplicatas frias, sem correspondente transação mercantil. A prova, neste caso, poderá consistir em notas fiscais, nas próprias duplicatas, alicerçadas, por certo, com outros elementos, como testemunhas, perícias etc. b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade do seu ativo a terceiro, credor ou não. A prova de negócio simulado (transações falsas, aparentes) não é tarefa fácil, senão quando tais transações deixam vestígios, como ocorre com as duplicatas frias, em que os próprios títulos, acrescidos de outras provas (testemunhas, perícias), patenteiam o ilícito. A alienação de parte ou da totalidade do ativo requer, para a sua comprovação, prova inequívoca da sua existência, não se caracterizando o estado de falência se o empresário possui outros bens que garantam suficientemente seus credores. c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo. Prova-se a existência da alienação por quaisquer dos meios admitidos em juízo e os que moralmente sejam legítimos (art. 332 do CPC). Deve ser demonstrada a ausência de consentimento expresso ou tácito dos credores, só se configurando a hipótese se o devedor não permanecer com bens suficientes para pagar seus débitos. d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor. A transferência simulada do principal estabelecimento é, normalmente, ardil para burlar credores, criando, por exemplo, obstáculos a eventual pedido de quebra ou, ainda, forma de dificultar a fiscalização tributária ou trabalhista. e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo. 24

25 Prova-se com a respectiva certidão da hipoteca, penhor etc., condicionada a decretação da quebra à prova inequívoca de ausência de outros bens, livres e desembaraçados, equivalentes ao passivo do devedor. f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento. A ausência do empresário, sem a designação de representante, ocultando-se de seus credores, ou a sua fuga pura e simples externam manifesta presunção de insolvência, ensejando, a decretação da quebra. A prova, para a comprovação de tais fatos, abrangerá igualmente todos os meios lícitos ao alcance do credor, tais como documentos, testemunhas, inclusive a perícia ou inspeção judicial ( art. 440 do CPC). g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. O plano de recuperação judicial estabelece inúmeras obrigações ao empresário. Não cumpridas, autoriza ao juiz convolar a recuperação em falência - é a chamada falência incidental. VIII) RESPOSTA DO DEVEDOR (ALEGAÇÕES DA DEFESA) 1. PRAZO PARA O DEVEDOR MANIFESTAR-SE Sendo o pedido com base na impontualidade ou com base em outros fatos e atos que denunciem a insolvência do devedor (art. 94 da Lei Falimentar), regularmente citado, o devedor terá dez dias para manifestar-se, apresentando defesa (art. 98 da Lei de Falências): Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de dez dias. 2. HIPÓTESES QUE PODEM OCORRER NO PRAZO DA CONTESTAÇÃO 2.1. DEPÓSITO ELISIVO: DEPÓSITO SEM CONTESTAÇÃO 25

26 Citado, o devedor pode, no prazo de dez dias, efetuar, em juízo, o depósito da quantia correspondente ao crédito reclamado é o chamado depósito elisivo da falência. Elisivo, do verbo elidir, significa eliminar, suprimir. Neste caso, fica afastada a possibilidade da quebra, ainda que a ação venha a ser julgada procedente: dias. Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de dez Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor. O depósito retira a presunção de insolvência, e ao ser pago o autor perde o interesse processual na decretação da falência. A discussão desloca-se para a legitimidade do crédito 15. Sem impugnação, há confissão da legitimidade do crédito reclamado. Resta ao juiz ordenar, em favor do credor, o levantamento da quantia depositada, julgando extinta a ação DEPÓSITO ELISIVO: COM CONTESTAÇÃO Neste caso, o processo terá seguimento normal até sentença, quando o juiz decidirá sobre a relação de crédito. Não poderá declarar a falência CONTESTAÇÃO SEM DEPÓSITO O devedor, citado, não efetua o depósito do seu débito, limitando-se a apresentar defesa. Trata-se de verdadeira temeridade, pois, uma vez julgada procedente a ação, a falência há de ser, fatalmente, decretada. 15 Apud Paes de Almeida. op cit, p. 83: Depositada a importância, embora elidido o pedido de falência, a discussão se desloca para a legitimidade do crédito reclamado, devendo o juiz decidir de tal legitimidade e determinar, a final, a quem cabe levantar o depósito (RT, 381/181). 26

27 O depósito elisivo deve abranger o principal, juros, correção monetária e honorários advocatícios, em conformidade, com o art. 98, p. único, LF e a Súmula 29 do Superior Tribunal de Justiça: No pagamento em juízo para elidir a falência, são devidos correção monetária, juros e honorários de advogado. 3. DEFESA DE NATUREZA PROCESSUAL Antes de discutir o mérito, poderá argüir, em preliminar, matéria de conteúdo exclusivamente processual, previstas no art. 301 do Código de Processo Civil: 1. inexistência ou nulidade de citação; 2. incompetência absoluta; 3. inépcia da inicial; 4. perempção; 5. litispendência; 6. coisa julgada; 7. conexão; 8. incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 9. compromisso arbitral; 10. falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. Obs.: Perempção significa extinção. Ocorre quando, por três vezes, o autor da ação der causa à extinção do processo, por abandono da causa por mais de trinta dias, quando então não mais poderá acionar o réu com base no mesmo objeto. É remota a sua ocorrência na falência, pois há transferência ao administrador da responsabilidade pela gestão dos bens, arrecadação, e liquidação do passivo. A sua inércia implicará a sua destituição e designação de novo administrador judicial. Caução é um dos depósitos a que, em determinadas circunstâncias, está obrigado quem pretenda propor ação, como é o caso de autor que resida no exterior ou pretenda ausentar-se do País (arts. 835 e 836 do CPC). 27

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