Novos horizontes terapêuticos da Toxina Botulínica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Novos horizontes terapêuticos da Toxina Botulínica"

Transcrição

1 Ne u r o t r e n d s Novos horizontes terapêuticos da Toxina Botulínica Dr. Paulo Diniz da Gama CRM Mestre e Doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP, Professor de Neurologia da Faculdade de Medicina da PUC-SP, Campus Sorocaba A história da toxina botulínica (TxB) tem origem quando, em 1817, foi publicada a primeira descrição do botulismo (ou seja, envenenamento pela TxB). O autor, Justinus Kerner, associou mortes resultantes de intoxicação com um veneno encontrado em salsichas defumadas (do latim botulus, que significa salsicha). Ele concluiu que tal veneno interferia na excitabilidade do sistema nervoso motor e autonômico. Kerner propôs uma variedade de potenciais usos da TxB na Medicina, principalmente em desordens de origem no sistema nervoso central que, atualmente, através de novas pesquisas, vêm sendo comprovadas. A TxB, uma das mais potentes toxinas bacterianas conhecidas, é o produto da fermentação do Clostridium botulinum. Oito sorotipos imunologicamente distintos têm sido identificados. Destes, sete sorotipos: A, B, C1, D, E, F e G são neurotoxinas. O sorotipo mais amplamente estudado para o propósito terapêutico é o A, entretanto, os estudos sobre os efeitos dos demais sorotipos estão em fase de aprofundamento. Somente dois sorotipos são comercialmente disponíveis. Aplicações clínicas A TxB é segura, efetiva e regulamentada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no tratamento do estrabismo, blefaroespasmo essencial, espasmo hemifacial, distonias cervicais, espasticidade, hiperhidrose palmar e das axilas e para suavização de linhas faciais hipercinéticas (rugas de expressão). Em maio de 2009, a ANVISA regulamentou o uso da TxB para a bexiga neurogênica hiperativa. Todas as outras indicações são usadas ainda sem regulamentação definitiva. Novos horizontes Em anos recentes, a TxB começou a ser experimentada, com resultados seguros, em novas indicações. Algumas delas já estão regulamentadas em alguns países, outras em fase de aprovação e outras ainda são experimentações em nível de pesquisa científica. As indicações do tratamento com TxB dividem-se em três grandes grupos, de acordo com o órgão alvo de ação do produto, a saber: Musculoesquelético - terapêutico e estético; Sistema nervoso autônomo músculos lisos e glândulas; Sensorial dor O emprego da TxB tem se ampliado para diversas especialidades médicas, com indicações muito precisas para determinada patologia e, por isso, discutiremos essas novas indicações de acordo com as especialidades médicas envolvidas. 43

2 Neurologia Discinesia tardia e mioclonias A discinesia tardia caracteriza-se por movimentos involuntários e repetidos que, tipicamente, envolvem a musculatura orofacial, membros e tronco. Afeta 30% dos pacientes que fazem uso de agentes bloqueadores da dopamina. Medicamentos orais, como miorrelaxantes e benzodiazepínicos, são utilizados nesses casos, porém seus efeitos não são sustentados, além de induzirem a efeitos adversos importantes. Nesses casos, a injeção de TxB pode ser muito complexa devido à quantidade de músculos envolvidos, mas, apesar disso, séries isoladas de pacientes tratados mostram que a toxina pode ser útil. Um importante fenômeno observado nos pacientes tratados é a redução dos sintomas em músculos distais não injetados. Esse fato pode ser devido à supressão dos estímulos proprioceptivos sobre esses músculos. Em relação à mioclonia têm havido relatos de sucesso no tratamento com a TxB, especialmente nas formas dolorosas de mioclonia de membros e na mioclonia focal em crianças. Tremor essencial, tremor hereditário de queixo, cerebelar e outros O tremor caracteriza-se por contrações periódicas de músculos agonistas de modo sincrônico. O tremor essencial é o mais frequentemente observado, sendo uma doença autossômica dominante que afeta normalmente as mãos, mas pode afetar a cabeça, o pescoço e a laringe. Os tremores são tratados com medicamentos betabloqueadores e com benzodiazepínicos. Os tratamentos cirúrgicos, talamotomia e estimulação profunda do tálamo são eficazes, porém levam ao risco de danos cerebrais permanentes. O tratamento com TxB tem sido indicado para esses casos e observa-se que existe uma melhora na amplitude dos tremores, mas não na frequência destes. Os trabalhos mostram uma eficácia variando entre 40 e 67% e uma duração máxima de efeitos entre três e quatro meses. O pior efeito colateral notado foi a fraqueza muscular interferindo na função de braços e pernas nos casos em que o tremor também afetava os membros. Espasticidade da paralisia supranuclear progressiva e da atrofia multissistêmica Nesses casos, apesar de serem na maioria graves e da doença apresentar caráter progressivo, a TxB tem sido utilizada seguindo-se os padrões já discutidos para o tratamento da espasticidade. Rigidez extrapiramidal e discinesias da Doença de Parkinson As discinesias na Doença de Parkinson afetam mais de 1/3 dos pacientes. A TxB tem sido utilizada nesses casos, especialmente se os sintomas são focais (discinesia do pé), com sucesso. A bradicinesia, que cursa com a marcha congelada, o uso da toxina botulínica na panturrilha tem mostrado também resultados muito interessantes. Hipercinesia extrapiramidal: tiques, Síndrome de Tourette (somática e vocal): A etiologia da Síndrome de Tourette é desconhecida. Muitos pacientes experimentam sensações premonitórias ou desconfortos localizados que precedem o tique. Os medicamentos orais utilizados nem sempre são úteis para todos os pacientes, sendo particularmente ineficientes para os tiques desencadeados por 44

3 estímulos luminosos. A TxB pode ser útil por interromper os componentes voluntários de retroalimentação sensorial ou ainda por atuar diretamente sobre esses componentes sensoriais. Muitos casos de Síndrome de Tourette são também acompanhados de coprolalia e a injeção de TxB sobre as cordas vocais melhora, não somente o tique, mas também atua sobre os sintomas premonitórios. Estudos mostram que os casos de tiques tratados com TxB melhoram em frequência, duração e intensidade. Oftalmologia Nistagmo adquirido, oscilopsia e fasciculação ocular benigna: Além do uso da TxB no estrabismo e blefaroespasmo, que já está regulamentado, existem investigações em relação ao tratamento do nistagmo adquirido, da oscilopsia e da fasciculação ocular benigna. Apesar de efetivo, o tratamento com TxB para essas condições patológicas requer novas injeções a cada três ou quatro meses; considerando-se os riscos do procedimento, entre os quais estão: hemorragia retrobulbar, perfuração do globo ocular e trauma do nervo óptico, a indicação deve ser cuidadosamente estudada considerando-se a relação custo/benefício para o paciente. Otorrinolaringologia Disfonia espasmódica: A disfonia espasmódica é uma distonia focal e é dividida em dois grupos: as adutoras e as abdutoras, dependendo se o espasmo causa abertura ou fechamento da glote. Essa é uma afecção em que o uso da TxB é endossado pela Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, como sendo o tratamento de escolha. Isso acontece porque, entre 90 e 100% dos pacientes portadores de disfonia adutora tratados, apresentam normalização da fala após o tratamento. Já para a disfonia abdutora, os índices de melhora variam entre 55 e 67%. Outras distonias focais Distonia lingual, oromandibular, labial, orofaríngea (espasmos mioclônicos do palato e espasmos cricofaríngeos), estão sendo indicadas, além da já indicada disfonia espasmódica. São entidades raras, porém o seu tratamento com TxB já foi descrito. Nesses casos, o efeito colateral mais observado no tratamento é a insuficiência velofaringeal, induzida pela paralisia muscular. Gagueira e tremor essencial de voz O tratamento com TxB nesses casos pode beneficiar mais da metade dos pacientes tratados. Apesar de o tremor normalmente não ser eliminado, a amplitude e, consequentemente, o distúrbio na fala melhoram. Normalmente, o tremor não é somente consequência de um fenômeno glótico, mas também do envolvimento da musculatura extralaríngea e músculos extrínsecos da laringe. Essa avaliação e diferenciação dos músculos a serem injetados relaciona-se com o sucesso nesses tratamentos. Bruxismo e distúrbios temporomandibulares (espasmos e derivações) O termo bruxismo descreve a hiperatividade distônica dos músculos mandibulares. Nos casos leves, os sintomas só aparecem sob estresse, porém, nos casos graves, o sintoma pode ser constante, influenciando nas 45

4 condições dos dentes e comprometendo as articulações mandibulares, o que acarreta dor e disfunção. O uso da TxB tem por objetivo cortar o círculo vicioso da contração muscular. Os resultados são em geral muito bons, com alívio da dor e melhora funcional, além da prevenção da deterioração funcional e dos dentes. Cirurgia Estabilização pré-cirúrgica Plástica de escaras, cirurgia da tireoide, da coluna vertebral e outros procedimentos cirúrgicos em pacientes que apresentam movimentos involuntários ou atitudes distônicas. A capacidade da TxB em paralisar parcial e temporariamente os músculos pode ser de extrema utilidade no pré-operatório de várias condições patológicas. Controle da dor por espasmos no pós-operatório Do mesmo modo, no pós-operatório, especialmente em pacientes neurológicos submetidos a correções ortopédicas, aparecem espasmos musculares dolorosos que podem comprometer os resultados cirúrgicos. Nesses casos, o emprego da TxB pode se útil não só aliviando a dor através do mecanismo de relaxamento muscular, como também através de mecanismos próprios da dor, que serão discutidos. Ginecologia Vaginismo e vulvodínea O termo vulvodínea refere-se à dor localizada na vulva. Estima-se que 14 milhões de mulheres nos EUA tenham experimentado essa sintomatologia em algum período de suas vidas. O mecanismo da dor, nesses casos, envolve a ativação de nociceptores decorrente de uma sensibilização periférica, com aumento do número desses nociceptores na mucosa vestibular. Não foram registrados efeitos colaterais. Mamilo irritável A síndrome do mamilo irritável caracteriza-se por uma contração dolorosa e persistente do mamilo, independente das situações de diminuição da temperatura ou de excitação sexual. Essa é uma ocorrência muito perturbadora que, além da dor, pode acarretar em desconforto e constrangimento social. Recentes relatos mostram que em pacientes tratadas com TxB em torno do mamilo evoluíram com remissão total dos sintomas e sem efeitos adversos. Proctologia Fissura anal, hemorroidas, distúrbios do esfíncter externo, espasmos do assoalho pélvico, anismo e constipação A TxB vem sendo proposta para uma série de condições em que existe a falha nos mecanismos de controle dos músculos envolvidos no peristaltismo e na defecação. Os primeiros trabalhos referem-se aos problemas envolvendo espasmos retais com consequente obstipação crônica e fissuras anais. Os investigadores postulam que as hemorroidas e as fissuras anais não cicatrizam enquanto o tônus retal se mantiver alto pelo dano à circulação regional. Tanto o esfíncter interno (musculatura lisa), como o esfíncter externo (musculatura estriada), vem sendo tratados através de injeções guiadas por ultrassom. As aplicações nas regiões anterior e posterior dos esfíncteres, têm-se mostrado segura e eficaz com ótimos resultados, sem incidência de complicações importantes decorrentes do procedi- 46

5 mento. Alguma flatulência incontinente pode ser observada, que se resolve espontaneamente em algumas semanas. Sistema nervoso autônomo (músculos lisos e glândulas) Gastroenterologia Acalasia, espasmos, sincinesias gástricas e obstrução alta do piloro Uma das causas da acalasia é o resultado da incapacidade de relaxamento do esfíncter inferior do esôfago durante a deglutição. Essa afecção vem sendo tratada com sucesso com TxB, tanto em adultos como em crianças. O procedimento é realizado por injeção direta na musculatura por via endoscópica. Do mesmo modo, a TxB tem sido utilizada em outras afecções mais difusas como os espasmos esofágicos sintomáticos e nas desordens da motilidade esofagiana. A TxB também permite o tratamento não cirúrgico do espasmo do esfíncter superior do esôfago. A obstrução biliar causada por espasmos do esfíncter de Oddi, também tem sido tratada com TxB, através de endoscopia com técnicas de escleroterapia. Obesidade Os estudos experimentais referentes ao tratamento da obesidade com TxB baseiam-se na hipótese da indução de uma lentificação na propulsão do alimento a partir da região distal do estômago em direção ao intestino delgado. Urologia Bexiga neurogênica hiperatividade e discinergia do músculo detrusor A discinergia do músculo detrusor caracteriza-se pela inapropriada contração do esfíncter durante a contração do detrusor levando a dificuldades no esvaziamento da bexiga. Injeções de TxB transparietais ou transuretrais sobre o esfíncter externo da bexiga têm sido realizadas para o tratamento dessa doença. As doses utilizadas são altas e os resultados têm sido animadores com diminuição do resíduo urinário, redução da pressão do esfíncter e melhora da capacidade funcional do músculo detrusor, com uma baixíssima incidência de efeitos adversos. Prostatite e hipertrofia benigna da próstata A prostatite crônica não bacteriana pode estar associada à dor e a espasmos do assoalho pélvico. Nesses casos, o tratamento com TxB estaria associado aos benefícios da diminuição da dor por redução da hipertonia e ou da hiper-reflexia da atividade esfincteriana ou diretamente afetando os reflexos da dor. O procedimento tem sido realizado via transuretral ou transperineal. Os pacientes tratados têm apresentado significativa melhora em relação aos parâmetros urodinâmicos, diminuindo a incidência de incontinência urinária. Resultados promissores também têm sido obtidos com a injeção intralobar de TxB em pacientes portadores de hipertrofia benigna da próstata. Dermatologia Hiper-hidrose craniofacial: A hiper-hidrose facial acomete áreas da fronte, têmporas, região malar, lábio superior, nariz, couro cabeludo e nuca. Sua incidência real não é conhecida, porém estima-se que 20% dos pacientes com queixa de hiperhidrose também apresentem manifestações craniofaciais. Especialmente a forma frontal pode ser muito incomodativa pelo fato do suor escorrer para os olhos, provocando irritação. Hiper-hidrose inguinal, gênito-retal e de nádegas É considerada uma hiper-hidrose primária, podendo ocorrer de modo isolado ou associado a outros tipos de hiper-hidrose focal. Manifesta-se em adultos jovens entre 20 e 30 anos e é agravada pelo estresse e exercícios físicos. Hiper-hidrose de coto de amputação As alterações sensoriais e autônomas são muito frequentes em pacientes amputados. A hiper-hidrose do 47

6 coto de amputação é uma intercorrência extremamente incapacitante em alguns casos, por chegar a impedir o uso de próteses funcionais pela maceração do coto dentro do soquete, com risco de escaras e infecção. Síndrome de Frey A síndrome de Frey é a sequela traumática de uma lesão do nervo auriculotemporal, que parece ser resultado de um aberrante crescimento das fibras secretomotoras pós-ganglionares parassimpáticas do gânglio óptico, que normalmente inervam as parótidas, mas que após a transecção regeneram e encontram os receptores colinérgicos da pele, inervando as glândulas sudoríparas da pele da face e estimulando a salivação. Muitos pacientes operados no nível das glândulas parótidas desenvolvem essa síndrome. A TxB vem sendo utilizada nesses casos com sucesso, com resultados durando por até 24 meses. Sialorreia Existem duas formas de sialorreia: 1 Sialorreia reativa resultante de distúrbios na fase de deglutição da saliva, comum nas patologias neurológicas que cursam com a redução do reflexo de deglutição, e que apresentam paralisia da musculatura da língua, faringe e laringe. 2 Sialorreia absoluta resultante de uma alteração neurogênica na inervação da glândula salivar. A sialorreia ocorre em 70% dos casos de pacientes com esclerose lateral amiotrófica, 60% com doença de Parkinson, e em até 40% das crianças com paralisia cerebral. As glândulas salivares são controladas pelo sistema nervoso autônomo, decorrentes de atividade parassimpática, regulada por estímulos acetilcolinérgicos sobre as glândulas salivares. Assim, a secreção de saliva pode ser influenciada pela TxB e isso é evidenciado pelo efeito adverso de boca seca referido por alguns pacientes. Os resultados da literatura são, em geral, bons; porém, ainda existem variáveis não completamente exploradas, relacionadas à técnica de injeção, glândula injetada, precisão do método e reprodutibilidade entre os pacientes. Alguns autores injetam somente as parótidas, outros as parótidas e as submandibulares. A duração do efeito varia entre dois e seis meses e durações maiores de efeito estão relacionadas a doses também maiores, porém, nesses casos, pode-se ter reações adversas de boca seca e disfagia. Dor Comprovadamente, a TxB pode enfraquecer seletivamente a musculatura dolorosa e interromper o ciclo espasmo-dor, permitindo o alívio sustentado da dor, possibilitando ao paciente a realização de exercícios físicos, os quais são vitais para a recuperação a longo prazo. Como já salientado, a TxB foi inicialmente usada para tratamento de condições motoras como as distonias, sendo que investigações posteriores notaram significantes benefícios na dor, o que com frequência excedia os resultados da melhora da contração muscular e não correspondia estritamente à região dos efeitos neuromusculares. Isso sugeria que essa substância poderia ter efeitos diretos sobre os mecanismos da dor. Estudos são ainda necessários para elucidar os mecanismos envolvidos nessa ação inibitória da TxB sobre os nociceptores, mas acredita-se atualmente que a TxB tenha quatro possíveis modos de atuar na interrupção dos sinais dolorosos: Normalização da hiperatividade muscular; Normalização da excessiva atividade do fuso muscular; Fluxo neuronal retrógrado para o sistema nervoso central; Inibição da liberação dos neuropeptídeos pelo nociceptor, tanto nos tecidos como no sistema nervoso central. Síndrome dolorosa miofascial Tratamentos convencionais da síndrome dolorosa miofascial são frequentemente insatisfatórios. Já com a TxB, em uma simples injeção pode se obter benefícios por um a três meses quando acompanhada de adequada fisioterapia. Em estudo comparativo entre agulhamento seco, anestésico local (lidocaína) em injeção local e 48

7 baixas doses de TxB no tratamento de pontos gatilho (trigger points) na síndrome dolorosa miofascial, observou-se aumento da amplitude de movimentos na musculatura cervical nos três grupos. Dor neuropática A nocicepção pode ser aumentada pela liberação de agentes pró-inflamatórios como citocinas, adenosina, bradicinina, serotonina e prostaglandinas, que podem alterar ou sensibilizar a transmissão neuronal e criar estado temporário de dor neuropática. Diferentemente, a dor neuropática crônica resulta da lesão do sistema nervoso periférico ou central e representa anormalidade na transmissão nervosa que se desenvolveu em decorrência da lesão. Estudos sobre a efetividade da TxB no tratamento de dor segmentar em queimação originada da medula espinhal, em pacientes com lesão medular em região cervical que desenvolveram alodínea, hiperestesia e hiperpatia em queimação com distribuição segmentar, foram tratados com injeções subcutâneas múltiplas de TxB, repetidas a cada dois a três meses por três anos. Concluiu-se que injeções subcutâneas de TxB podem reduzir os sintomas da dor neuropática por alterar os mecanismos periféricos da transmissão da dor, tendo como consequência a redução da sensibilização central. Em nosso meio, um estudo-piloto aberto, conduzido na Universidade Federal do Paraná, relata a melhora da sintomatologia dolorosa com o emprego da TxB, medidos por escore de escala analógica visual, área de superfície dolorosa e coeficiente terapêutico em 13 pacientes com neuralgia do trigêmio, encorajando o aprofundamento dos estudos. Casos clínicos esparsos de neuralgia pósherpética, controladas com TxB, têm sido descritos na literatura. Cefaleias A TxB é efetiva na profilaxia de vários tipos de cefaleias. Cefaleias com desordens musculares respondem bem ao tratamento com a TxB incluindo a cefaleia tensional, cervicogênica e a cefaleia crônica associada com lesão cervical tipo chicote (whiplash). Na enxaqueca, acredita-se, porém sem conclusão definitiva, que o mecanismo de ação da TxB seja pelo relaxamento da musculatura infiltrada pela TxB. Essa teoria se sustenta pelo fato de pacientes com enxaqueca apresentarem considerável hipertrofia do músculo corrugador da fronte e também em região das têmporas, comprimindo ramos trigeminais. Uma ação direta ou indireta e prolongada, não relacionada ao relaxamento da musculatura esquelética, tem sido atribuído à TxB na profilaxia da enxaqueca, modulando os impulsos dolorosos central ou periférico. Uma ação antinociceptiva periférica não foi comprovada em estudos controlados com o emprego da TxB em voluntários humanos normais. Evidências experimentais com a aplicação de TxB para indução analgésica em ratos tem sido sugerida, porém dose dependente e por somente duas semanas. A TxB normalmente não atravessa a barreira hematoencefálica, e os receptores nociceptivos meníngeos não parecem ser influenciados pela injeção no espalpe de TxB. A possibilidade do transporte antidrômico de TxB no sistema trigeminovascular deve ser considerado. O período adequado para se alcançar a profilaxia da enxaqueca; o potencial antigênico; o desencadeante doloroso in- 49

8 duzido pela TxB; a inabilidade da TxB agir significativamente nos processos neuronais centrais, incluindo na aura enxaquecosa; o possível efeito placebo das injeções e as avaliações puramente subjetivas dos estudos em dor são preocupações adicionais nas avaliações desta estratégia terapêutica. A utilidade clínica da TxB não foi ainda comparada com terapêuticas profiláticas consagradas. A eficácia da TxB na prevenção da dos ataques de enxaqueca permanece controverso. Conclusão A TxB é um recurso terapêutico eficaz, seguro e consistente, apresenta alto impacto no tratamento das mais diferentes doenças, favorecendo as pesquisas de novas indicações. Referências 1. A oki KR. Review of a proposed mechanism for the antinociceptive action of botulinum toxin type A. Neurotoxicology 2005;26: Broniarczyk-Loba A, Nowakowska O, Laudanska-Olszewska I, Omulecki W. Advancements in diagnosis and surgical treatment of strabismus in adolescents and adults. Klin Oczna 2003; 105(6): Cardoso Jr A, Savassi-Rocha PR, Coelho LGV, Sposito MMM. Esvaziamento gástrico e curva ponderal em obesos classe III submetidos à injeção de toxina botulínica na região antropilórica [Dissertação de Mestrado em Medicina]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; Dressler D, Saberi FA, Barbosa ER. Botulinum toxin: mechanisms of action. Arq Neuropsiquiatr 2005;63: Göbel H, Heinze A, Heinze-Kuhn K, et al. Botulinun toxin A in the treatment of headache syndromes and pericranial pain syndromes.pain 2001;91: Gupta VK. Botulinum toxin-a treatment for migraine? A systematic review. Pain Med2006;7(5): Hannan S. Nguyen T. Treatment of severe progressive hereditary chorea with acquired dystonia. J Neurol 2004; 251 (Suppl 3): III/ Jabbari B, Maher N. Effectiveness of botulinum toxin A against the segmental burning pain of spinal cord origin. In: International Conference 2002: Basic and Therapeutic Aspects of Botulinum and Tetanus Toxins, Hannover, Germany, 8-12, 2002 Poster presentation. 9. Klein AW. The therapeutic potential of botulinum toxin. Dermatol Surg 2004;30: Lang A. History and uses of BOTOX (botulinum toxin type A). Lippincott s Case Manag 2004;9: Lim M, Mace A, Nouraei SA, Sandhu G. Botulinum toxin in the management of sialorrhoea: a systematic review. Clin Otolaryngol 2006;31(4): MacDonald R, Monga M, Fink HA, Wilt TJ. Neurotoxin treatments for urinary incontinence in subjects with spinal cord injury or multiple sclerosis: a systematic review of effectiveness and adverse effects. J Spinal Cord Med2008;31(2): Maria G, Brisinda G, Civello IM, et al. Relief by botulinum toxin of voiding dysfunction due to benign prostatic hyperplasia: results of a randomized, placebocontrolled study. Urology 2003; 62: Muller J, Wenning GK, Wissel J, Seppi K, Poewe W. Botulinum toxin treatment in atypical parkinsonian disorders associated with disabling focal dystonia. J Neurol 2002; 249(3): Piovesan EJ, Teive HG, Kowacs PA, Della Coletta MV, Werneck LC, Silberstein SD. An open study of botulinum-a toxin treatment of trigeminal neuralgia. Neurology 2005;65(8): Presthus J. Botulinum toxin type A for the treatment of vulvodynia. Arch Pharmacol 2002; 365: R17. Ruiz Huete C, Bermejo PE. Botulinum toxin type A in the treatment of neuropathic pain in a case of postherpetic neuralgia. Neurologia 2008;23(4): Setler PE. Therapeutic use of botulinum toxins: background and history. Clin J Pain 2002;18(6 suppl):s Shao WJ, Li GC, Zhang ZK. Systematic review and metaanalysis of randomized controlled trials comparing botulinum toxin injection with lateral internal sphincterotomy for chronic anal fissure. Int J Colorectal Dis 2009; 24(9): Sheeran G. Botulinum toxin for the treatment of musculoskeletal pain and spasm. Curr Pain Headache Rep 2002;6: Silberstein SD, Gobel H, Jensen R, et al. Botulinum toxin type A in the prophylactic treatment of chronic tension-type headache: a multicentre, double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel-group study. Cephalalgia 2006;26: Smuts JA, Schultz D, Barnard A. Mechanism of action of botulinum toxin type A in migraine prevention: a pilot study. Headache 2004;44: Sposito MMM. Toxina botulínica tipo A - propriedades farmacológicas e uso clínico Acta Fisiatr. 2004; Suplemento 01. Stone CA, O Leary N. Systematic review of the effectiveness of botulinum toxin or radiotherapy for sialorrhea in patients with amyotrophic lateral sclerosis. J Pain Symptom Manage;2009; 37(2): Unno EK, Sakato RK, Issy AM. Estudo comparativo entre toxina botulínica e bupivacaína para infiltração de pontos-gatilho em síndrome dolorosa miofascial crônica. Rev Bras Anestesiol 2005;55: Wang L. Li YM. Li L. Yu CH. A systematic review and metaanalysis of the Chinese literature for the treatment of achalasia. World J Gastroenterol 2008;14(38): Wohlfarth K, Kampe K, Bigalke H. Pharmacokinetic properties of different formulations of botulinum neurotoxin type A. Mov Disord 2004;19:s

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi Fisiologia Animal Sistema Nervoso Sistema Nervoso Exclusivo dos animais, vale-se de mensagens elétricas que caminham pelos nervos mais rapidamente que os hormônios pelo sangue. Mantido vivo pela eletricidade,

Leia mais

ESTUDO DE CASO: TOXINA BOTULINICA TIPO A EM RUGA GLABELAR

ESTUDO DE CASO: TOXINA BOTULINICA TIPO A EM RUGA GLABELAR UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA ESTÉTICA ESTUDO DE CASO: TOXINA BOTULINICA TIPO A EM RUGA GLABELAR Raphael Luiz G. T. Mira Artigo cientifico para obtenção

Leia mais

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES Deteta informação sensorial Processa e responde à informação sensorial (integração) Mantém a homeostasia Centro das atividades mentais Controla os movimentos do corpo através dos

Leia mais

Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável

Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável Apesar de ainda não existir cura definitiva para esse problema de saúde crônico, uma diferenciação entre essa patologia e a sensibilidade ao glúten

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal.

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. Agent s Stamp FINETECH - BRINDLEY Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. www.finetech-medical.co.uk Phone: +44 (0)1707 330942 Fax: +44 (0)1707 334143 Especialistas na produção

Leia mais

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc 1 TRM Traumatismo Raqui- Medular Lesão Traumática da raqui(coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou

Leia mais

SISTEMA NERVOSO. Professora: Daniela Carrogi Vianna

SISTEMA NERVOSO. Professora: Daniela Carrogi Vianna SISTEMA NERVOSO Professora: Daniela Carrogi Vianna SISTEMA NERVOSO O sistema Nervoso é um todo. Sua divisão em partes tem um significado exclusivamente didático, pois as várias partes estão intimamente

Leia mais

NEURALGIA DO TRIGÊMEO

NEURALGIA DO TRIGÊMEO NEURALGIA DO TRIGÊMEO Se você abriu esta página, sabemos que você está sofrendo! A neuralgia do trigêmeo (NT) é uma das piores dores que o ser humano pode sofrer. A dor da NT caracteriza-se por ser súbita,

Leia mais

Doença do Neurônio Motor

Doença do Neurônio Motor FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Doença do Neurônio Motor Acd. Mauro Rios w w w. s c n s. c o m. b r Relato de Caso Paciente M.V., sexo masculino, 62 anos,

Leia mais

SISTEMA NERVOSO. Juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a:

SISTEMA NERVOSO. Juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a: SISTEMA NERVOSO Juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a: perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produzem executar as respostas

Leia mais

Valéria Neves Kroeff Mayer 1

Valéria Neves Kroeff Mayer 1 POSTURAS PATOLÓGICAS NAS LESÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Valéria Neves Kroeff Mayer 1 Anormalidades sensório motoras, posturais e do tônus, são comuns após lesões do Sistema Nervoso, tanto Central quanto

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite

EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite SOMENTE SERÃO ACEITOS OS ESTUDOS DIRIGIDOS COMPLETOS, MANUSCRITOS, NA DATA DA PROVA TERÁ O VALOR

Leia mais

Cefaléias Sinusais Pediátricas: Dilema Diagnóstico e Terapêutico

Cefaléias Sinusais Pediátricas: Dilema Diagnóstico e Terapêutico Cefaléias Sinusais Pediátricas: Dilema Diagnóstico e Terapêutico Pablo Stolovitzky A cefaléia sinusal apresenta desafios diagnósticos e terapêuticos importantes. Neste capítulo revisaremos as considerações

Leia mais

Prof. Laila Bekai 7ª série - Ciências

Prof. Laila Bekai 7ª série - Ciências Prof. Laila Bekai 7ª série - Ciências SISTEMA NERVOSO Sistema nervoso central (SNC) Sistema nervoso periférico (SNP) Encéfalo Medula espinhal SNP autônomo SNP somático Parassimpático Simpático Nervos motores

Leia mais

Universidade Católica de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas e Saúde Curso de Fisioterapia Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Neurologia

Universidade Católica de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas e Saúde Curso de Fisioterapia Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Neurologia Universidade Católica de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas e Saúde Curso de Fisioterapia Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Neurologia Distúrbios do tônus Prof a. Ana Karolina Pontes de Lima

Leia mais

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL)

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Projeto: Unidade de Correção Postural AMIL Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Autores: LACOMBE,Patricia, FURLAN, Valter, SONSIN, Katia. Instituição: Instituto

Leia mais

GUIA PARA PACIENTES. Anotações

GUIA PARA PACIENTES. Anotações Anotações ENTENDENDO DO OS MIOMAS MAS UTERINOS GUIA PARA PACIENTES 1620641 - Produzido em maio/2010 AstraZeneca do Brasil Ltda. Rodovia Raposo Tavares, km 26,9 CEP 06707-000 - Cotia/SP ACCESS net/sac 0800

Leia mais

Condutas fisioterapêuticas em câncer de mama: quais os prós e contras? Ms. FABIANA DA SILVEIRA BIANCHI PEREZ fabianasbp@hotmail.

Condutas fisioterapêuticas em câncer de mama: quais os prós e contras? Ms. FABIANA DA SILVEIRA BIANCHI PEREZ fabianasbp@hotmail. Condutas fisioterapêuticas em câncer de mama: quais os prós e contras? Ms. FABIANA DA SILVEIRA BIANCHI PEREZ fabianasbp@hotmail.com DOR NO CÂNCER EXPERIÊNCIA SENSITIVA EMOCIONAL DESAGRADÁVEL DANO TECIDUAL

Leia mais

QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO

QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO [ALMEIDA, Anna Alice Figueirêdo de; SILVA, Priscila Oliveira Costa; FERNANDES, Luana Ramos; SOUTO, Moama Araújo; LIMA-SILVA, Maria Fabiana Bonfim] Centro

Leia mais

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA O que é ELA? O primeiro passo para você conhecer melhor a esclerose

Leia mais

NESTE SITE SERÁ DISPONIBILIZADO PARTES DO TRABALHO ACIMA NOMINADO. Acesso à integra deverá ser solicitado ao autor.

NESTE SITE SERÁ DISPONIBILIZADO PARTES DO TRABALHO ACIMA NOMINADO. Acesso à integra deverá ser solicitado ao autor. 7 LEANDRO RAATZ BOTTURA EFEITOS DA DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL Monografia apresentada à Fundação para o Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico da Odontologia

Leia mais

VIAS EFERENTES (DESCENDENTES)

VIAS EFERENTES (DESCENDENTES) VIAS EFERENTES (DESCENDENTES) Colocam em comunicação os centros supra-segmentares com os órgãos efetuadores: 1- Vias eferentes viscerais (vida vegetativa) : Alvos = vísceras e vasos > função dos órgãos

Leia mais

Av. Mário Ypiranga, 1695 Adrianópolis Manaus AM CEP 69057-002 Tel.: 3236-8315 decom.semsa@pmm.am.gov.br semsa.manaus.am.gov.br

Av. Mário Ypiranga, 1695 Adrianópolis Manaus AM CEP 69057-002 Tel.: 3236-8315 decom.semsa@pmm.am.gov.br semsa.manaus.am.gov.br Clipping Eletrônico Quinta-feira dia 13/11/2014 Jornal Em Tempo - Dia a Dia - Página C3 13/11/2014 Portal D24AM - Saúde - 13 de novembro de 2014 Botox pode ajudar no tratamento da depressão Av. Mário

Leia mais

Organização do sistema nervoso

Organização do sistema nervoso Sistema nervoso Organização do sistema nervoso Sistema Nervoso Central (SNC) O encéfalo: O encéfalo dos mamíferos é dividido em: telencéfalo (cérebro), diencéfalo (tálamo, epitálamo e hipotálamo), mesencéfalo

Leia mais

Sistema Nervoso. Aula Programada Biologia. Tema: Sistema Nervoso

Sistema Nervoso. Aula Programada Biologia. Tema: Sistema Nervoso Aula Programada Biologia Tema: Sistema Nervoso 1) Introdução O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas,

Leia mais

Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010)

Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010) Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010) Klomp MA, Striekwold MP, Teunissen H, Verdaasdonk AL traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014 autorização para

Leia mais

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas O que é escoliose? É um desvio látero-lateral que acomete acoluna vertebral. Esta, quando olhada de frente, possui aparência reta em pessoas saudáveis. Ao

Leia mais

Qual é a função do Sistema Nervoso Central?

Qual é a função do Sistema Nervoso Central? Câncer de SNC Qual é a função do Sistema Nervoso Central? O Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco cerebral. O cérebro é dividido em quatro lobos que controlam funções

Leia mais

AMBULATÓRIO DE DISTÚRBIOS VESTIBULARES. Cristiana B. Pereira

AMBULATÓRIO DE DISTÚRBIOS VESTIBULARES. Cristiana B. Pereira AMBULATÓRIO DE DISTÚRBIOS VESTIBULARES Cristiana B. Pereira Resumo dos dados: nov/1999 a fev/2009 número de atendimentos: 822 140 120 100 80 60 40 20 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Leia mais

No Brasil, a esquizofrenia ocupa 30% dos leitos psiquiátricos hospitalares; Ocupa 2ºlugar das primeiras consultas psiquiátricas ambulatoriais;

No Brasil, a esquizofrenia ocupa 30% dos leitos psiquiátricos hospitalares; Ocupa 2ºlugar das primeiras consultas psiquiátricas ambulatoriais; Curso - Psicologia Disciplina: Psicofarmacologia Resumo Aula 7- Psicofármacos e Esquizofrenia Esquizofrenia Uma das mais graves doenças neuropsiquiátricas e atinge 1% da população mundial; No Brasil, a

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

LER/DORT. www.cpsol.com.br

LER/DORT. www.cpsol.com.br LER/DORT Prevenção através s da ergonomia DEFINIÇÃO LER: Lesões por Esforços Repetitivos; DORT: Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho; São doenças provocadas pelo uso inadequado e excessivo

Leia mais

INTRODUÇÃO. A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa de causa desconhecida, com grande prevalência na população idosa.

INTRODUÇÃO. A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa de causa desconhecida, com grande prevalência na população idosa. DOENÇA DE PARKINSON INTRODUÇÃO A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa de causa desconhecida, com grande prevalência na população idosa. Acomete homens e mulheres de diferentes etnias

Leia mais

ANATOMIA HUMANA I. Sistema Digestório. Prof. Me. Fabio Milioni. Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação

ANATOMIA HUMANA I. Sistema Digestório. Prof. Me. Fabio Milioni. Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação ANATOMIA HUMANA I Sistema Digestório Prof. Me. Fabio Milioni Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação Sistema Digestório 1 Órgãos Canal alimentar: - Cavidade oral

Leia mais

Efeito agudo do treino de Pilates sobre as dores de costas em Idosos

Efeito agudo do treino de Pilates sobre as dores de costas em Idosos Efeito agudo do treino de Pilates sobre as dores de costas em Idosos Clarissa Biehl Printes (Ph.D.) cbprintes.isce@gmail.com Porto Alegre, 2015 Introdução A literatura descreve que 70 a 85% da população

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Dr.Roberto Amin Khouri Ortopedia e Traumatologia Ler/Dort Distúrbio osteoarticular relacionado com o trabalho. Conjunto heterogênio de quadros clínicos que acometem:

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico

AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico DEFINIÇÃO Comprometimento súbito da função cerebral causada por alterações histopatológicas em um ou mais vasos sanguíneos. É o rápido

Leia mais

BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Gustavo Dias Gomes da Silva(1); Anna Kássia Tavares Alves Chaves Santiago Ana Isabella Arruda Meira Ribeiro (3); Alcione Barbosa

Leia mais

Sistema Nervoso. Função: ajustar o organismo animal ao ambiente.

Sistema Nervoso. Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Sistema Nervoso Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e identificar as condições ambientais externas e as condições internas do organismo 1 LOCALIZAÇÃO: SISTEMA NERVOSO - CORPOS CELULARES:

Leia mais

Projeto Medicina. Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC

Projeto Medicina. Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC Projeto Medicina Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC Neurociência DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Central Sistema

Leia mais

Neurônio Neurônio (SNC) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Neurônio pré e pós ganglionar. Neurônio e músculo esquelético (placa.

Neurônio Neurônio (SNC) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor. Neurônio pré e pós ganglionar. Neurônio e músculo esquelético (placa. Colinérgicos Sinapses Colinérgicas Neurônio Neurônio (SNC) Neurônio pós ganglionar Órgão efetor Neurônio pré e pós ganglionar Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Neurônio e músculo

Leia mais

DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO. Claudia de Lima Witzel

DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO. Claudia de Lima Witzel DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO Claudia de Lima Witzel SISTEMA MUSCULAR O tecido muscular é de origem mesodérmica (camada média, das três camadas germinativas primárias do embrião, da qual derivam

Leia mais

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão Cefaleia tipo tensão Cefaleia tipo tensão O que é a cefaleia tipo tensão? Tenho dores de cabeça que duram vários dias de cada vez e sinto-me como se estivesse a usar um chapéu muito apertado - mais como

Leia mais

SISTEMA NERVOSO MOTOR

SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA NERVOSO MOTOR CÓRTEX MOTOR O cérebro é o órgão que move os músculos. sculos. Neil R. Carlson 1 CÓRTEX MOTOR ORGANIZAÇÃO DO CÓRTEX MOTOR Córtex motor primário: principal região controladora para

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light SOLICITANTE Drª. Mônika Alessandra Machado Gomes Alves, Juíza de Direito do Juizado Especial de Unaí NÚMERO DO PROCESSO 0049989-72.2014 DATA 07/06/2014

Leia mais

TUMORES CEREBRAIS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro

TUMORES CEREBRAIS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro TUMORES CEREBRAIS Maria da Conceição Muniz Ribeiro Tumor Cerebral é uma lesão localizada que ocupa o espaço intracerebral e tende a acusar um aumento de PIC. Em adulto, a maior parte dos tumores se origina

Leia mais

3.4 Deformações da coluna vertebral

3.4 Deformações da coluna vertebral 87 3.4 Deformações da coluna vertebral A coluna é um dos pontos mais fracos do organismo. Sendo uma peça muito delicada, está sujeita a diversas deformações. Estas podem ser congênitas (desde o nascimento

Leia mais

Sistema Muscular. Elementos de Anatomia e Fisiologia Humana

Sistema Muscular. Elementos de Anatomia e Fisiologia Humana Os ossos e as articulações fornecem a estrutura e o suporte do corpo humano mas, por si só, não conseguem mover o corpo. O movimento depende do sistema muscular e, é conseguido pela contracção e relaxamento

Leia mais

Uso da Toxina Botulínica nos Estrabismos

Uso da Toxina Botulínica nos Estrabismos Uso da Toxina Botulínica nos Estrabismos Dra. Célia Nakanami Chefe do Setor de Motilidade Extrínseca Ocular - Oftalmopediatria Depto de Oftalmologia da UNIFESP Engana-se quem acha que a toxina botulínica

Leia mais

OS GÂNGLIOS DA BASE FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS DA BASE

OS GÂNGLIOS DA BASE FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS DA BASE OS GÂNGLIOS DA BASE Neurofisiologia Prof. Hélder Mauad FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS DA BASE Ajudam a planejar e a controlar padrões complexos do movimento muscular, controlando a intensidade relativa dos movimentos

Leia mais

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Reabilitação da Paralisia Cerebral no CEREPAL Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Histórico Fundada no dia 02 de março de 1964 por um grupo de pais que os filhos possuíam lesão cerebral. É uma entidade

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

** Pessoas jovens com má alimentação e estresse emocional que também geram vento no Fígado também estão propícios a ter Parkinson.

** Pessoas jovens com má alimentação e estresse emocional que também geram vento no Fígado também estão propícios a ter Parkinson. Doença de Parkinson A Doença de Parkinson é uma síndrome caracterizada por lentidão de movimento, rigidez e tremor resultante de disfunção nos glânglios da base, com diminuição da dopamina e aumento da

Leia mais

5 Delineamento da pesquisa

5 Delineamento da pesquisa Delineamento da pesquisa 69 5 Delineamento da pesquisa 5.1. Problema Problema, segundo Salvador (1982), é uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática para a qual deve ser

Leia mais

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas:

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: Unidade de Pesquisa Clínica A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: A importância da caracterização adequada das Fases da Pesquisa Rev. HCPA, 2007 José Roberto Goldim Apresentado

Leia mais

DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA Sex, 28 de Agosto de 2009 19:57 - Última atualização Sáb, 21 de Agosto de 2010 19:16

DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA Sex, 28 de Agosto de 2009 19:57 - Última atualização Sáb, 21 de Agosto de 2010 19:16 DORES DE CABEÇA E ENXAQUECA A tensão do dia a dia é a causa mais freqüente das dores de cabeça mas, elas poderem aparecer por diversas causas e não escolhem idade e sexo. Fique sabendo, lendo este artigo,

Leia mais

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax 7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Legenda da Imagem 1: Radiografia de tórax em incidência póstero-anterior Legenda da Imagem 2: Radiografia de tórax em perfil Enunciado: Homem de 38 anos, natural

Leia mais

EXAME DE INGRESSO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA. Nome:... Data:... Assinatura:...

EXAME DE INGRESSO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA. Nome:... Data:... Assinatura:... EXAME DE INGRESSO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA Nome:... Data:... Assinatura:... DISSERTAÇÃO: RECEPTORES E VIAS DE TRANSDUÇÃO DO SINAL COMO ESTRATÉGIA AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS

Leia mais

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio Abordagem da reestenosee oclusões crônicas coronárias Renato Sanchez Antonio Estudos iniciais de seguimento clínico de pacientes com angina estável demonstraram que o percentual de mortalidade aumentou

Leia mais

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA A mastoplastia (mastoplastia) redutora é uma das cirurgias mais realizadas em nosso país, abrangendo uma faixa etária a mais variada possível, desde a adolescência até

Leia mais

SISTEMA NERVOSO 2 Profº Moisés Araújo

SISTEMA NERVOSO 2 Profº Moisés Araújo SISTEMA NERVOSO 2 Profº Moisés Araújo www.bioloja.com EMBRIOGÊNESE DO SN DIVISÃO DO SN O SISTEMA NERVOSO O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio

Leia mais

Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO

Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO - Abordagem multiprofissional e interdisciplinar - assistência prestada por

Leia mais

Conteúdos. Composição dos ossos humanos. Importância dos ossos e músculos nos movimentos. Reflexos voluntários e involuntários.

Conteúdos. Composição dos ossos humanos. Importância dos ossos e músculos nos movimentos. Reflexos voluntários e involuntários. Conteúdos Composição dos ossos humanos. Importância dos ossos e músculos nos movimentos. Reflexos voluntários e involuntários. Conteúdos Constituição e funcionamento do sistema nervoso central. Glândulas

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 365/2014 Doença de Parkinson Exelon Pacth

RESPOSTA RÁPIDA 365/2014 Doença de Parkinson Exelon Pacth RESPOSTA RÁPIDA 365/2014 Doença de Parkinson Exelon Pacth SOLICITANTE NÚMERO DO PROCESSO 0074..144137-2 DATA 31/03/2014 dra. Sônia Helena Tavares de Azevedo Comarca de Bom Despacho SOLICITAÇÃO Boa Tarde,

Leia mais

NOÇÕES DE NEUROANATOMIA

NOÇÕES DE NEUROANATOMIA Divisões do Sistema Nervoso Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Encéfalo Medula Espinhal Sistema Nervoso Periférico Nervos Espinhais Nervos Cranianos Gânglios Periféricos 1 Os órgãos do SNC são protegidos

Leia mais

Primeira droga em cápsula foi lançada agora no país e outras estão em teste.

Primeira droga em cápsula foi lançada agora no país e outras estão em teste. ESCLEROSE MÚLTIPLA GANHA NOVAS OPÇÕES DE TRATAMENTO. (extraído de http://www.orkut.com.br/main#commmsgs?cmm=17111880&tid=5682929915348274548, em 09/05/2012) Primeira droga em cápsula foi lançada agora

Leia mais

Maria da Conceição M. Ribeiro

Maria da Conceição M. Ribeiro Maria da Conceição M. Ribeiro Segundo dados do IBGE, a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. O problema é consequência do desgaste da estrutura entre as vértebras que, na prática, funcionam

Leia mais

A Lesão. A Lesão. A lesão provoca congestão local causada por obstrução de QiE XUE nas articulações

A Lesão. A Lesão. A lesão provoca congestão local causada por obstrução de QiE XUE nas articulações Acupuntura Acupuntura e Traumatologia e Traumatologia É o estudo das patologias próprias do sistema esquelético, causadas principalmente por traumatismos utilizando a especialidade de acupuntura como recurso

Leia mais

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL Ronaldo Casimiro da Costa, MV, MSc, PhD Diplomado ACVIM Neurologia College of Veterinary Medicine The Ohio State University,

Leia mais

Introdução. Light Amplification by Stimulated Emission of Radition. Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação.

Introdução. Light Amplification by Stimulated Emission of Radition. Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação. L.A.S.E.R. Introdução Light Amplification by Stimulated Emission of Radition. Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação. Introdução Em 1900 o físico alemão Max Planck apresentou uma explanação

Leia mais

Síndromes Neurológicos

Síndromes Neurológicos Síndromes Neurológicos Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Roberto Caron O Monstro Neurológico... Os 4 Passos do Diagnós?co Neurológico Elicitação dos fatos clínicos Anamnese Exame Clínico Diagnóstico Síndrômico

Leia mais

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

Demência associada ao HIV

Demência associada ao HIV Demência associada ao HIV A complicação do SNC mais comum é um comprometimento cognitivo de gravidade suficiente para justificar o diagnóstico de demência (Centers for Disease Control and Prevention; CDCP

Leia mais

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação.

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Academia Snooker Clube Sorocaba - SP Paulo Dirceu Dias www.snookerclube.com.br paulodias@pdias.com.br

Leia mais

Farmacologia Colinérgica

Farmacologia Colinérgica União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Farmacologia Colinérgica Profa. Dra. Narlize Silva Lira Setembro /2014 Farmacologia Colinérgica Trata

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

Corticóides na Reumatologia

Corticóides na Reumatologia Corticóides na Reumatologia Corticóides (CE) são hormônios esteróides produzidos no córtex (área mais externa) das glândulas suprarrenais que são dois pequenos órgãos localizados acima dos rins. São produzidos

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Ansiedade Resumo de diretriz NHG M62 (fevereiro 2012)

Ansiedade Resumo de diretriz NHG M62 (fevereiro 2012) Ansiedade Resumo de diretriz NHG M62 (fevereiro 2012) Lieke Hassink-Franke, Berend Terluin, Florien van Heest, Jan Hekman, Harm van Marwijk, Mariëlle van Avendonk traduzido do original em holandês por

Leia mais

Data: 23/12/2013. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2.

Data: 23/12/2013. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2. Data: 23/12/2013 Medicamento Material Procedimento x Cobertura TEMA: Artrodese de coluna

Leia mais

Treino de Alongamento

Treino de Alongamento Treino de Alongamento Ft. Priscila Zanon Candido Avaliação Antes de iniciar qualquer tipo de exercício, considera-se importante que o indivíduo seja submetido a uma avaliação física e médica (Matsudo &

Leia mais

Fisiologia do Sistema Nervoso. 1. Sistema Nervoso Sensorial 2. Sistema Nervoso Motor 3. Sistema Nervoso Autônomo 4.

Fisiologia do Sistema Nervoso. 1. Sistema Nervoso Sensorial 2. Sistema Nervoso Motor 3. Sistema Nervoso Autônomo 4. Fisiologia do Sistema Nervoso 1. Sistema Nervoso Sensorial 2. Sistema Nervoso Motor 3. Sistema Nervoso Autônomo 4. Ritmos Biológicos Sistema Nervoso Motor a) Organização Hierárquica do Movimento Movimentos

Leia mais

EXERCÍCIOS RESISTIDOS. Parte I

EXERCÍCIOS RESISTIDOS. Parte I EXERCÍCIOS RESISTIDOS Parte I DESEMPENHO MUSCULAR Capacidade do músculo realizar trabalho. Elementos fundamentais: Força Potência muscular Resistência à fadiga FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO MUSCULAR

Leia mais

O CÓRTEX MOTOR CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO

O CÓRTEX MOTOR CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO O CÓRTEX MOTOR - Movimentos VOLUNTÁRIOS executados pela ativação cortical de padrões de função armazenados em áreas medulares e encefálicas inferiores na MEDULA ESPINHAL, TRONCO CEREBRAL, GÂNGLIOS DA BASE

Leia mais

"Após a lesão medular, é preciso compreender a nova linguagem do corpo, para descobrir que é a mesma pessoa, com desejos, manias e grande potencial.

Após a lesão medular, é preciso compreender a nova linguagem do corpo, para descobrir que é a mesma pessoa, com desejos, manias e grande potencial. Lesão Medular Dra. Beatriz G. Castiglia Especialista em Medicina Física e Reabilitação "Após a lesão medular, é preciso compreender a nova linguagem do corpo, para descobrir que é a mesma pessoa, com desejos,

Leia mais

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer

Leia mais

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005.

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. HORIZONTES DA AVALIAÇÃO NEUROTOXICOLÓGICA DE AGROQUÍMICOS Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. Uma vez que a neurotoxicidade contribui para vários distúrbios mentais e neurológicos é cada vez mais

Leia mais

O Monstro Neurológico... Síndromes Neurológicos. Afasias. Afasias. Afasias 17/08/15. Neurologia - FEPAR. Os 4 Passos do Diagnóstico Neurológico

O Monstro Neurológico... Síndromes Neurológicos. Afasias. Afasias. Afasias 17/08/15. Neurologia - FEPAR. Os 4 Passos do Diagnóstico Neurológico O Monstro Neurológico... Síndromes Neurológicos Neurologia - FEPAR Neurofepar Dr. Roberto Caron Os 4 Passos do Diagnóstico Neurológico Elicitação dos fatos clínicos Anamnese Exame Clínico Diagnóstico Síndrômico

Leia mais

Sistema Nervoso. Corpo celular constituída pela membrana, organelas e núcleo celular.

Sistema Nervoso. Corpo celular constituída pela membrana, organelas e núcleo celular. Neurônio Sistema Nervoso Corpo celular constituída pela membrana, organelas e núcleo celular. Dendritos prolongamentos ramificados que captam os estímulos nervosos. Axônio prolongamento único e responsável

Leia mais

DA MULHER Manual prático para viver com saúde os melhores anos da vida

DA MULHER Manual prático para viver com saúde os melhores anos da vida Dr. JOSÉ BENTO Médico ginecologista e obstetra A MELHOR IDADE DA MULHER Manual prático para viver com saúde os melhores anos da vida Sumário Apresentação... 7 Introdução... 11 Capítulo 1 Um corpo de mudanças...

Leia mais