O Tráfico e a periferia: a (re) produção da violência urbana na cidade de Belém - PA

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1 O Tráfico e a periferia: a (re) produção da violência urbana na cidade de Belém - PA Sandy Bouth Sanches ¹ Aiala Colares de O. Couto ² Resumo A cidade de Belém vem nos últimos anos acompanhando o crescimento descontrolado da violência urbana, sobretudo, associada ao tráfico de drogas na periferia. A expansão da cidade configurou um espaço fragmentado entre a centralização urbana e a periferização da pobreza. Assim, a cidade teve dois momentos de expansão em direção às áreas periféricas; num primeiro momento, entre as décadas de cinqüenta e oitenta, a população pobre excluída do setor formal de habitação parte em direção as áreas de baixadas e assim surgem os bairros populares em meio às contradições na reprodução do espaço. Num segundo momento, a partir da década de oitenta, a expansão se dá em direção as áreas distantes, formando uma periferia dispersa. Essa evolução da cidade periférica concentra vários problemas estruturais como: informalidade, favelização, pobreza urbana e desemprego. Estas características contribuem para que o narcotráfico apareça como possibilidade de ganhos, configurando uma rede social que envolve a população de forma indireta e impõe o risco aos jovens que são incorporados à lógica do sistema. Esta pesquisa busca analisar a violência urbana hoje associada ao tráfico de drogas na periferia de Belém destacando a territorialização do crime como forma de (re) produção da violência no espaço urbano da cidade. Palavras-Chave: Urbanização; Periferia; Tráfico; Violência; Homicídios. ¹ Graduanda do curso de Licenciatura em Geografia no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará IFPA, sandybouth@ymail.com 1

2 ² Geógrafo, Especialista em Cidades na Amazônia NAEA/UFPA, Mestrando em Planejamento do Desenvolvimento NAEA/UFPA, Professor substituto do Instituto Federal do Pará IFPA, 1. INTRODUÇÃO A construção periférica de Belém trouxe grandes problemas que hoje são fortemente visualizados em seu espaço. A evolução urbana da metrópole criou um tecido fragmentado que não se preocupou com o avanço indiscriminado da ocupação espontânea em direção as suas áreas de baixadas. As baixadas de Belém são espaços periferizados com precária infra-estrutura onde habitam pessoas pobres e pouco inseridas no mercado dito formal. Sendo assim, as áreas urbanas que não eram estratégicas para o mercado imobiliário foram sendo ocupadas de forma desestruturada, o que contribuiu para a formação de uma tipologia urbana favelizada típica da segregação sócio-espacial que muitas metrópoles brasileira vivenciam ainda hoje. Por outro lado, esses espaços periféricos que as baixadas passaram a representar na mancha urbana de Belém contribuíram para a reprodução da violência urbana que pouco a pouco foi se territorializando e se firmando como um fenômeno que compromete a qualidade de vida e desafia o poder do Estado de direito. O tráfico de drogas em Belém nos últimos anos vem se destacando e com ele a reprodução do território da violência, visto que existe uma relação direta entre tráfico de drogas e criminalidade violenta. A territorialização perversa do tráfico de drogas na metrópole de Belém vem trazendo à tona o aumento desenfreado da violência urbana, pois a partir da materialização do tráfico de drogas no território, novas relações de poder são estabelecidas, principalmente aquelas que fogem da regra do Estado, e com elas uma série de conflitos sociais. A violência imposta e alimentada pelo tráfico de drogas não é uma realidade apenas da cidade Belém, mas de todas as grandes metrópoles que não deram atenção especial para o crescimento urbano caótico que tiveram. E por isso, o comércio da droga se apropria de áreas estratégicas para a sua atuação apresentando-se como possibilidades de lucros, que muitas vezes desconsideram os riscos sociais, por isso o número de jovens envolvidos na criminalidade vem aumentando e a violência se espacializando. 2. OBJETIVO 2

3 O presente artigo busca abordar a questão exposta acima, ou seja, periferização e territorialização da violência, pois esse fenômeno na cidade de Belém é produto das diferentes formas de uso do solo urbano. E surge como expressão das desigualdades sociais e fragmentação do espaço que vem sendo utilizadas como base para a atuação do tráfico de drogas na cidade e sua territorialização. 3. A CONSTRUÇÃO PERIFÉRICA DE BELÉM A ocupação intensa da periferia de Belém se dá, sobretudo em direção as suas áreas de baixadas, ou seja, aquelas áreas desvalorizadas e que não são de interesse do setor de construção civil. Assim, até a década de 40 a ocupação urbana estava mais concentrada no centro da cidade. Mas a partir das décadas de 60/70 e 80, a periferia passa a sofrer um intenso processo de ocupação espontânea, impulsionada pelo êxodo rural, pela crise econômica e pela valorização do centro com expulsão da população de baixa renda para outras áreas, justamente aquelas sem ou com precária infra-estrutura. Assim sendo, a busca por moradia para a população de baixa renda é encontrada pela incorporação das baixadas que estavam desocupadas e com uma grande disponibilidade de terras que serão pouco a pouco sendo ocupadas, obedecendo a um padrão de organização espacial inicialmente típico das favelas. Nestes termos, percebe-se nas baixadas de Belém a existência de um modelo de organização espacial que lembra as favelas do Rio de janeiro, pois há o predomínio de casas semi-construídas ou construídas com material de baixa qualidade e geralmente simbolizam um espaço de segregação sócio-espacial em locais periferizados, alagados, fonte de uma mão-de-obra de baixo poder de compra. Em contraponto, a periferização que se manifesta a partir da década de oitenta é uma das principais expressões espaciais da dispersão já mencionada, revelando conflitos e envolvendo agentes diferentes. Os problemas urbanos comuns a Belém e à maioria das capitais brasileiras, como o binômio centro/periferia, a verticalização, os vazios urbanos, e a exclusão sócio-espacial fazem parte da lógica de reprodução social da cidade, em especial da dominação no interior da metrópole: uma lógica de segregação na qual colocam em posição oposta àqueles que se beneficiam com os investimentos estatais e com a valorização imobiliária deles decorrente e 3

4 de outro, os que vivem em situação de degradação das condições de vida, com pouca opção de moradia e com precário acesso aos serviços públicos e à infra-estrutura urbana. Assim, á área central da cidade manteve o dinamismo econômico com o comércio e os serviços além dos trabalhos mais significativos, o que favorece a forte verticalização e edificação que são utilizadas pela população de classe média. Nesse sentido, foi para o centro que se deslocaram e concentraram a quase totalidade dos investimentos públicos e privados de estruturação urbana (drenagem, limpeza urbana, serviços de água potável e esgoto), onde as classes média-alta e rica beneficiaram-se desses projetos de renovação urbana que excluía e fragmentava a cidade. 4. A PRODUÇÃO DO TERRITÓRIO DA VIOLÊNCIA NA CIDADE A geografia preocupou-se durante muito tempo em estudar a espacialização da violência, ou seja, identificar onde ocorreram as atividades criminosas e relacioná-las às condições locais de ocorrência do fenômeno. Entretanto, essas condições locais quase sempre são tidas como a causa para a ocorrência das mesmas, o que é um grande erro por parte de alguns pesquisadores. O espaço é uma categoria de análise da geografia, mas não de sua exclusividade, pois é utilizado por vários ramos do conhecimento em diferentes análises espaciais. O grande problema com a espacialização da violência está em não se chegar às raízes que determinam a sua espacialização, pois apenas a repressão não é suficiente para resolver essa questão. É preciso entender como a violência se enraíza em determinados locais, para isso, é preciso analisar a categoria território, entendido como a relação de força de um grupo ou um soberano sobre um determinado espaço, configurando uma área de dominação pela força. Como já ressaltado neste trabalho, a metrópole de Belém assim como outras metrópoles brasileiras passou por um processo conturbado de urbanização e que trouxe como conseqüência a periferização e precarização da habitação popular, além da expansão da pobreza urbana. Em Belém, a fragmentação do espaço urbano e os diferentes usos do solo são bastante perceptíveis, assim como a manifestação simbólica da violência urbana que se apresenta nas baixadas periféricas. É preciso destacar que a região amazônica tem um papel importante para a rede internacional do narcotráfico e Belém representa um nó de interconexão com o comercio 4

5 nacional e internacional de narcóticos. Por isso, a espacialização da pobreza na periferia foi ao mesmo tempo acompanhada pela territorialização do tráfico de drogas e que hoje tem grande influência na reprodução da criminalidade violenta. As diferentes territorialidades urbanas que são formadas na cidade operam de forma dinâmica na construção de identidades que ligam sua população aos interesses do crime organizado. Nesse sentido, podemos falar de uma cultura das favelas que é construída pelo tráfico ou jogo do bicho. As favelas são espaços produzidos por grupos com pouca oportunidade no mercado imobiliário e, portanto, com uma organização espacial que não obedece aos padrões normais e o resultado disso é a forte discriminação e o preconceito que a população favelada recebe da mídia e das classes mais privilegiadas. Sendo assim, o tráfico de drogas, ao territorializar-se nessas áreas, promove a construção da cultura violenta das favelas que são reproduzidas nos bailes funk e em outros tipos de manifestações. Destacam-se em Belém seis bairros periféricos que estão entre os mais violentos e com maior incidência de trafico de drogas, os bairros do Guamá, Terra Firme, Jurunas, Cremação, Telégrafo e Sacramenta. Todos com pontos críticos de habitação, pobreza, informalidade e altos índices de criminalidade. Na verdade, são bairros periféricos que foram pouco a pouco sendo ocupados pela população pobre e por isso ainda têm em seus espaços áreas típicas de favelas. Por isso, o narcotráfico se infiltra nesses locais e se oferece como oportunidade de geração de renda, cooptando pessoas para servirem de mão de obra barata e descartável para o crime organizado. De acordo com os dados do Ministério da Saúde e da Justiça, a metrópole de Belém aparece como a sexta capital mais violenta do Brasil. Nos últimos anos assisti-se a um aumento desenfreado da criminalidade violenta. De acordo com a Secretária de Segurança Pública nos últimos quatro anos houve um aumento de 38, 60% de ocorrências criminosas na Região Metropolitana de Belém, o que demonstra certa espacialização da criminalidade também em direção aos municípios conurbados à Belém. Ao se territorializar, a violência fixa no espaço aquelas condições inerentes aos processos que lhes deram origem e assim, as realimenta. Nesse contexto, a violência organizada pelo tráfico de drogas constrói toda uma estrutura de poder e controle do território por grupos de maior ou menor organização e armamentos, que aí se reproduzem, territorializam-se e a partir daí, articulam seus interesses e 5

6 se fortalecem para organizar suas ações criminosas. A criminalidade se impõe através desses grupos que submetem a população (comunidade) a todas as formas de controle, praticando atos violentos de repressão que hoje são realidades da periferia de Belém. Podemos então sintetizar, afirmando que o território é o produto de uma relação desigual de forças, envolvendo o domínio ou o controle político-econômico do espaço e sua apropriação simbólica, ora conjugados e mutuamente reforçados, ora desconectados e contraditoriamente articulados (HAESBAERT, 2002). Com este conceito acima, pode-se entender o território da violência produzido no espaço urbano periférico de Belém por sua dimensão político-econômica, quando o tráfico de drogas impõe regras e limites ao mesmo tempo em que se beneficia economicamente com a venda da droga tirando proveito do controle do território. E também entendido por sua apropriação simbólico-cultural quando a violência passa a ser simbólica para o exercício do poder do crime organizado sobre a área. Neste trabalho, consideram-se como crime organizado o tráfico de drogas e de armas, contrabando e formação de quadrilhas. No quadro da violência urbana da atualidade, homicídios, seqüestros, atentados, assaltos e roubos, estão principalmente ligados a esse tipo de crime. Trata-se da violência organizada, um novo processo que atua no espaço urbano como um dos agentes da urbanização, valendo-se da informalidade e da ilegalidade da ocupação, da especulação do mercado imobiliário, da fraca atuação do poder público, da impunidade e da vulnerabilidade da população pobre. A organização espacial assim resultante desses processos é o da urbanização perversa da cidade excludente, na qual está sendo recriada permanentemente uma nova ordem espacial, no sentido de sua própria reprodução, reafirmando uma violência urbana e uma criminalidade, pela territorialização perversa comandadas pelo conjunto de fatores que se materializam e realizam nas grandes metrópoles. 5. A TERRITORIALIZAÇÃO PERVERSA E O COMÉRCIO DA DROGA NA PERIFERIA Como já destacado, existe uma relação entre favelização, tráfico de drogas e violência urbana, pois a produção desigual do espaço urbano, de certa forma, contribuiu para 6

7 configuração de enclaves territoriais do tráfico de drogas em Belém e outras metrópoles. Em nossa análise espacial, em que se trata do tráfico de drogas na periferia, é importante antes de destacar além da questão territorial dessa atividade, fazer uma reflexão acerca da dimensão econômica que a venda da droga desempenha dentro e fora do bairro, já que não atua como uma atividade isolada. O narcotráfico aproveita-se de alguns problemas sociais como o desemprego, por exemplo, e é nesse sentido que a venda da droga se torna uma estratégia de ganhos altamente lucrativos diante de uma possibilidade de inserção econômica. Pois o vendedor chamado de boqueiro ou popularmente conhecido como traficante, chega a ganhar entre R$ 200,00 a R$ 300,00 por dia, dependendo da procura pelo pó de cocaína. Essa droga é fornecida pelo traficante distribuidor pelo preço de R$ 200,00 250g e é comercializada por R$ 15,00 a peteca, sendo que 250g dão para fazer até 200 petecas, o que pode gerar um lucro de até R$ 3.000,00 pela venda de toda a droga. Além do comércio de pó de cocaína, tem-se a venda da pasta de cocaína que é comercializada a um preço inferior ao do pó, pois a pasta de cocaína é fornecida por R$ 150,00 250g e vendida a R$ 10,00 a peteca, gerando um capital no final de até R$ 2.000,00 pela venda total do produto. É importante destacar que a venda da pasta de cocaína movimenta o comércio da maconha, pois a pasta, para ser consumida pelos viciados, deve ser misturada com maconha ou cigarro e neste caso, a maconha acaba sendo vendida pelo preço de R$ 3,00 o cartucho, ou seja, é a droga mais barata do sistema e fornecida a um preço de R$ 150,00 o kg sendo que até 90 cartuchos de maconha podem ser vendidos gerando no final da venda um, capital de R$ 270,00. Nesse sentido, o comércio ilegal da droga nos bairros periféricos de Belém gera um grande excedente de capital para quem vende a droga para ser comercializada, ou seja, o distribuidor, assim como também gera lucro para que faça parte do comércio dentro dos bairros, os chamados boqueiros. Pois quanto mais a droga é vendida, mais a cadeia se fortalece e maiores são os lucros, principalmente do distribuidor que passará a vender em quantidades maiores pela garantia do mercado. Portanto, ao entrar no tráfico, dificilmente o indivíduo consegue sair desse sistema, pois ele passa a ter uma relação de dependência econômica e política, já que gera lucro e, ao mesmo tempo fica nas mãos do distribuidor que representa o traficante de maior influência 7

8 nesse sistema que quer, a qualquer custo, garantir o retorno econômico com o comércio da droga. Facilmente as pessoas pobres são cooptadas pelo tráfico de drogas, principalmente crianças e adolescentes que ao perceberem as possibilidades de ganhos, ignoram as possibilidades de riscos ao entrarem no sistema. Além disso, uma grande leva de pessoas que não concluíram os estudos e estão desempregadas passam rapidamente para o tráfico ou como vendedores, consumidores ou soldados dos traficantes. No caso de consumidores, eles partem para os assaltos à mão armada e pequenos furtos, pois precisam de dinheiro para consumir a droga. Assim, é perceptível a relação que o tráfico de drogas tem com a população segregada de Belém, pois são essas pessoas que serão utilizadas como soldados, aviões e vendedores dentro do sistema de comercialização da droga. E se tratando de bairros periféricos, percebe-se que as dificuldades para a materialização do tráfico são poucas, pois ainda encontram-se áreas precárias, verdadeiras favelas e bolsões de miséria e pobreza com famílias desestruturadas, desemprego, alcoolismo, tabagismo, analfabetismo, ausência de qualificação profissional. Ou seja, tudo aquilo de que a economia do tráfico de drogas necessita para se firmar como uma oportunidade crescente de ascensão econômica e melhor acesso aos bens de consumo básicos para a manutenção da vida. A fragmentação sócio-espacial que a metrópole de Belém ainda hoje acompanha uma forte tendência à periferização do espaço urbano é vista nesse sentido como lócus de reprodução da violência urbana, principalmente relacionada ao narcotráfico, seja pelos constantes assaltos que são realizados na cidade, seja pelos conflitos envolvendo grupos ligados a essa atividade ilícita. Nesse sentido, faz-se necessário a busca por um planejamento urbano consistente no que diz respeito à infra-estrutura e os serviços e a busca por qualidade de vida como formas de impedir a materialização do território da violência. 6. METODOLOGIA Como procedimentos metodológicos foram realizadas várias pesquisas de campo, que ajudaram a compreender a dinâmica social da periferia e ao mesmo tempo nos aproximou do objeto pesquisado contribuindo para uma melhor compreensão empírica da 8

9 realidade geográfica em questão, também foram aplicados questionários aos moradores dos bairros envolvidos no projeto e realizadas observações sistemáticas. Além disso, a pesquisa bibliográfica e a revisão da literatura foram instrumentos utilizados para a construção de um corpo conceitual-teórico. Vale ressaltar que os dados primários foram fornecidos por órgãos de segurança pública, e dizem respeito aos homicídios, roubos e apreensão de drogas nos bairros que foram selecionados para pesquisa. 7. RESULTADOS Os resultados da pesquisa apontam para um descontrole do Estado no que diz respeito à questão da segurança pública, pois Belém se tornou a terceira capital mais violenta do Brasil, e com uma média de quatro homicídios por dia, dez bairros da periferia da cidade tiveram uma evolução nas taxas de homicídios, justamente aqueles que se destacam como os mais vulneráveis à criminalidade. O resultado aponta para uma crescente territorialização do tráfico de drogas em algumas áreas dos bairros pesquisados e sendo assim, destaca-se a existência de uma integração perversa associada à economia do crime e que muitas vezes expressam conflitos pelo uso do território para a comercialização da droga. Neste caso, o território aparece enquanto recurso, visto que, a partir dele se realizam as vendas de entorpecentes gerando altíssimos lucros. 8. CONCLUSÃO A espacialização da criminalidade violenta a partir de atividades ligadas ao tráfico de drogas na periferia de Belém, vem contribuindo para o aumento da violência urbana na metrópole. Nestes termos, chega-se a conclusão de que a violência se territorializa a partir de áreas periféricas da cidade. O tráfico de drogas não encontra dificuldades para se territorializar em áreas fragmentadas e excluídas dos benefícios do planejamento urbano. O destaque que a região amazônica desempenha para o comércio internacional de narcóticos dá uma grande importância para Belém, pois a cidade serve como um nó de ligação das redes ilegais, entretanto uma parte da droga fica na metrópole para ser comercializada gerando lucros altíssimos e por isso muitas pessoas são seduzidas por essa atividade. 9

10 Nos últimos anos a violência urbana em Belém vem crescendo de forma acelerada o que preocupa a sociedade e os órgãos de segurança pública. Parte-se de pressuposto que o tráfico de drogas tem grande influência para este fato, a partir do momento que seus agentes passam a manifestar atos de violência nas disputas pelo controle do território, ou então na perseguição, ou repressão aos moradores das áreas controladas por eles ou até mesmo nos roubos e furtos praticados por viciados em droga. A questão urbana brasileira deve enquadrar em sua agenda de debates o fenômeno do território da violência que hoje acompanha as metrópoles brasileiras, pois a cidade de Belém convive com realidades sociais diferentes e contraditórias que aumenta o abismo entre ricos e pobres e da condição para que a criminalidade se apresente como oportunidade. 9. REFERÊNCIAS BELÉM. SECRETARIA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEGEP. Anuário estatístico de Belém. BELÉM: PMB, 2006 BELÉM. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO METROPOLITANO - CODEM, Monografia das Baixadas de Belém. Belém: PMB, HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: multiterritorialidade. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, do fim dos territórios à. Entre as redes e os aglomerados de exclusão. In.: CASTRO, I, E. et al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, PARÁ. SECRETÁRIA DE SEGURANÇA PÚBLICA. Dados estatísticos sobre a violência urbana. Belém: Secretária de segurança pública,

11 PARÁ. SECCIONAL URBANA DE SÃO BRÁS. Boletins de ocorrência: furtos e roubos Belém: [s.n.], 2008 PENTEADO, A. Belém do Pará (Estudos de Geografia Urbana). Belém. UFPA, v. RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, O desafio metropolitano: um estudo sobre a problemática sócio-espacial nas metrópoles brasileiras. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, Produção do espaço e uso do solo urbano em Belém. Belém: UFPA/NAEA, A cidade dispersa: os novos espaços de assentamento em Belém e a reestruturação metropolitana [não paginado].tese (Livre Docência), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo,

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