Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes"

Transcrição

1 Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO MAMOEIRO GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE ELWIRA DAPHINN SILVA MOREIRA

2 Bom dia turma! Hoje nós vamos falar sobre as pragas que atacam o mamoeiro. Mas primeiro nós falaremos um pouco sobre esta importante cultura, a do mamão. Meus amigos, o mamoeiro é uma planta herbácea, sendo que a sua altura pode variar de 2 até 10 metros, podendo viver até os 20 anos.

3 Pessoal, o fruto é uma baga, nasce do caule ou do pendúculo longo no caso do mamão macho, o fruto é arredondado, cilíndrico ou periforme e a sua casca é amarelo ou alaranjado quando maduro. A sua polpa é de consistência suave e sucosa. Entretanto, amigos, a cultura do mamoeiro é comumente atacada por um significativo número de insetos e de ácaros, sendo a maioria, em condições normais, de importância secundária. Portanto, no fim desta aula, vocês saberão as pragas do mamoeiro e seus danos, como amostrar e como controlar.

4 Pessoal, a primeira praga que nós vamos apresentar a vocês é o ácaro branco, também conhecido como ácaro tropical ou ácaro da queda do chapéu do mamoeiro. Esse ácaro apresenta bem distribuído no Mundo e possui várias plantas hospedeiras. Macho carregando fêmea para copulação. Fonte: Oliveira, C.A.L., 2001

5 Pessoal, os ácaros brancos são tão pequeninos, e devido o seu tamanho não permiti que seja observados a olho nu. A fêmea tem em média 0,17 mm de comprimento por 0,11 mm de largura. Sua coloração varia de branco a amarelado, dependendo de sua idade, porém sempre brilhante. Seu quarto par de pernas é reduzido e apresenta, mais em baixo, uma cerda longa e outra curta, não usando este par de pernas para locomoção. Cada fêmea põe cerca de 25 a 30 ovos que são achatados, elípticos e com pontuações brancas. Pessoal, o ácaro branco pode atacar os frutos do mamoeiro, deixando lesões na casca esbranquiçadas.

6 Amigos, o ácaro branco ataca também as folhas novas, alimentando de líquidos que saem das células das folhas e brotos terminais do mamoeiro provocando deformações, paraliza o crescimento das folhas reduzidas quase que somente às nervuras, e podendo causar a morte das plantas. Ponteiro de planta mamão com queda total ponteiro, sintoma final Ácaro branco. Fonte: Oliveira, C.A.L., Causam o sintoma conhecido como careca do mamoeiro ou queda do chapéu do mamoeiro. Mamoeiros com sintoma de ataque do ácaro branco

7 Amigos, o ácaro branco é a mais importante praga da cultura do mamoeiro. Ocorre principalmente durante os períodos mais quentes do ano. Careca do mamoeiro Fonte: Oliveira, C.A.L., 2001.

8 Amigos, o mamoeiro é atacado também pelo ácaro rajado. O ácaro rajado ataca a parte inferior das folhas mais velhas, entre as nervuras mais próximas do pecíolo, forma colônias. Esse ácaro, apesar de pequeno, é visível a olho nu e forma teia, diferentemente do ácaro branco. Amigos, nós podemos encontrar uma maior quantidade desses ácaros rajados no período em que chove menos e com temperaturas elevadas, pois período seco e quente favorece o seu aumento populacional. Colônia de Ácaro Rajado (Tetranychus urticae).

9 As fêmeas do ácaro rajado possui um tamanho maior e corpo mais volumoso, e tendo, de modo geral, uma mancha verde escura em cada lado do dorso. Os machos medem, aproximadamente, 0,25 mm de comprimento, apresentando a parte posterior do corpo mais afilada.

10 Amigos, esses ácaros rajados introduzem o aparelho bucal no tecido da planta e removem o conteúdo das células. Ácaro rajado em folha de mamoeiro

11 As folhas de mamão infestadas por este ácaro inicialmente tornam-se amareladas, ficam descoloridas, na face oposta à colônia. Fonte: Oliveira, C.A.L., 2001.

12 Pessoal, posteriormente, com a evolução do ferimento na folha, estas áreas ficam necrosadas, ocorrem perfurações nas folhas e as folhas ficam quebradiças. Sob infestações severas, ocasionam a desfolha precoce fazendo com que a planta emita brotos laterais, o que não é desejável. Esse ácaro afeta a produtividade quando em altas populações Planta com brotação lateral que favorece ataque Ácaro Rajado. Fonte: Oliveira, C.A.L., 2001.

13 Amigos, as fêmeas escolhem as reentrâncias, geralmente próximas do pecíolo na superfície inferior da folha. Em plantas jovens o problema é grave, pois atrasa o desenvolvimento das plantas. Sintoma inicial do Ácaro Rajado. Fonte: Oliveira, C.A.L., Amigos, o nosso último ácaro que ataca o mamoeiro é o ácaro vermelho. Ácaro vermelho na face inferior de uma folha.

14 O ácaro vermelho também é visível a olho nu e forma teia. Os danos são similares ao ácaro rajado, e também o clima quente e seco o favorece. Ácaro vermelho em folha de mamona, mas o sintoma é o mesmo em mamoeiro.

15 Amigos, um outro problema do ataque destes 3 ácaros é que com a redução das folhas, o fruto fica exposto aos raios solares, ocasionando danos nos frutos.

16 Amigos, nós temos três pulgões importantes em mamoeiro. O primeiro é o pulgão Aphis gossypii que ataca outras culturas como o algodoeiro, quiabeiro, entre outras. Pulgão Aphis gossypii.

17 O segundo pulgão é o Toxoptera citricidus, que ataca laranja, limão, entre outras cítricas. Pulgão Toxoptera citricidus E o último é o pulgão Myzus persicae, que ataca tomate, berinjela, dentre outras. Pulgão Myzus persicae

18 Pois bem pessoal, estes três pulgões ocasionam muitos problemas ao mamoeiro. O primeiro dano é o direto por sugar a seiva da planta, atrapalhando o crescimento das plantas, principalmente as mais novas, e também deformam as folhas.

19 As suas excretas são açucaradas, que vão sendo depositadas nas folhas no qual crescem fungos pretos denominados de fumagina. A folha ficando preta não realiza bem a fotossíntese, prejudicando a produção do mamoeiro.

20 Amigos, mas o pior não é isto tudo que relatamos e sim que os pulgões transmitem vírus às plantas de mamoeiro. O pulgão Myzus persicae transmite o vírus da mancha anelar do mamoeiro, ficando o fruto com sintomas. Mancha anelar no fruto do mamão ocasionado por vírus transmitido por pulgão

21 Mas o sintoma do vírus da mancha anelar também aparece nas folhas do mamoeiro. Sintoma mancha anelar na folha

22 Amigos, o pulgão Toxoptera citricidus transmite o vírus da mancha anelar do mamoeiro também. O sintoma aparece no fruto verde do mamoeiro.

23 Como também nos frutos maduros. Meus amigos, quando a planta está muito infectada pelo vírus da mancha anelar, aparecem sintomas até no caule, sendo este vírus transmitido por pulgões.

24 Amigos, o pulgão Myzus persicae transmite também vírus, mas o vírus do mosaico do mamoeiro.

25 Amigos, as plantas infectadas pelo vírus do mosaico apresentam redução no crescimento, folhas encrespadas com acentuado mosaico, depreciação dos frutos e prejuízos na produção. Até 100% das plantas de uma área podem ser infectadas, se medidas de controle não forem implementadas previamente.

26 Pessoal, só tem uma solução quando as plantas de mamoeiro estão com vírus, é cortar e destruir, pois se não as plantas doentes passam o vírus para as plantas sadias por meio dos pulgões. Plantação destruída devido ao vírus do mosaico transmitido por pulgão. Fonte: Elena Paola Gonzáles Jaimes e Renata Aparecida de Andrade/Toda Fruta

27 Pessoal o mamoeiro é atacado também por coleobrocas, que são besouros, colocam os seus ovos no tronco do mamoeiro. As larvas que saem dos ovos broqueiam o tronco do mamoeiro, o que pode levar a planta a morte. Se a planta resistir ao ataque, no local onde houve o ataque fica engrossado, com a casca corroída e fendida. Coleobroca Amigos, uma outra praga que ataca o mamoeiro é a cigarrinha verde. Essa cigarrinha ataca outras plantas como o feijoeiro.

28 Amigos, a cigarrinha verde tem formato triangular, e mede de 3 a 4 mm de comprimento. Os seus os ovos são colocados dentro da folha. Um fato interessante é que a cigarrinha verde tem o hábito de andar de lado.

29 Ao sugarem a seiva das plantas causam o amarelecimento e encurvamento das folhas mais velhas. A cigarrinha verde é problema em plantas adultas.

30 Como também em plantas mais jovens do mamoeiro. Planta atacada por cigarrinha

31 Meus amigos, os maiores problemas com a cigarrinha-verde têm sido observados em lavouras de mamão próximas a culturas do feijoeiro. Lavoura de feijão Pessoal, nós temos uma lagarta desfolhadora em mamoeiro, a mesma que ataca a mandioca, o seu nome comum é mandarová ou gervão. Mandarová em mandioca

32 As suas mariposas são grandes e tem hábito noturno. São capazes de voar longas distâncias e são dos insetos que voam mais rápido. Por isso elas tem o formato de um avião a chato. Amigos, essas mariposas colocam os seus ovos nas folhas do mamoeiro. São ovos grandes, facilmente visíveis por nós.

33 As lagartas começam a comer as folhas e brotações novas. Mas quando acabam as folhas novas, elas comem as velhas mesmo. Em alto ataque, não sobra uma folha se quer no pé de mamoeiro, o que atrasa o desenvolvimento da planta bem como expõe os frutos do mamão ao sol, sofrendo insolação. As suas lagartas chegam a medir 10 cm, por isto elas comem tanto, devorando todas as folhas do mamoeiro.

34 Pessoal, outro inseto que ataca o mamoeiro é a mosca-das-frutas. Amigos, a ocorrência da mosca das-frutas em frutos de mamão foi registrada, pela primeira vez no Brasil, em agosto de 1987, no Espirito Santo, as perdas chegaram a atingir cerca de 15% da produção. Mosca das frutas ovipositando em mamão quase maduro

35 A mosca-das-frutas ataca grande quantidade de espécies frutíferas. Só que o dano é causado pelas larvas da mosca, as quais se alimentam da polpa do mamão, tornando flácida a região atacada do fruto, que é a parte comercial. Bicho do mamão O ataque ocorre em estádio mais avançado de maturação, quando o fruto, na planta, apresenta a casca com mais da metade amarelecida, e os danos só se evidenciam quando o mamão se encontra próximo ao amadurecimento.

36 Em lavouras comerciais, os frutos são colhidos antes de atingir este ponto de maturação. Amigos, os maiores problemas com a mosca das frutas são observados em pomares que apresentam constantemente frutos em estádio avançado de maturação. Para manter essa praga em níveis não prejudiciais a cultura do mamão, recomenda-se fazer a colheita dos frutos no início da maturação, evitar a presença de frutos maduros nas plantas e de frutos refugados no interior do pomar e, ainda, não permitir a presença de lavouras abandonadas em sua proximidade.

37 Pessoal, nós temos algumas cochonilhas que podem atacar o fruto e o caule do mamoeiro. A cochonilha Morganella longispina é uma espécie de escama negra e formato circular, possuindo uma aba voltada para cima e medindo cerca de 1 a 1,5 mm de diâmetro, forma grandes colônias nos caules, sugando a seiva continuamente. Ataca também a figueira, carambola. Cochonilha Morganella

38 Pessoal, nós temos outras duas cochonilhas, ambas do pessegueiro, que também podem atacar o mamoeiro. Essas cochonilhas atacam os frutos, depreciando-os. Cochonilhas do pêssego atacando o fruto do mamão.

39 Infelizmente, essas cochonilhas também atacam o tronco do mamoeiro e em grande quantidade sugam tanta seiva que deixam as plantas fracas. Cochonilha do pêssego no tronco do mamoeiro.

40 Amigos, como quase toda cultura, o mamoeiro também é atacado por saúvas, principalmente a saúva limão. Entretanto, como vocês já viram muita praga hoje e também porque vocês terão uma aula só sobre formigas cortadeiras, nós não iremos falar delas hoje. Não fiquem ansiosos e esperem a aula sobre formigas.

41 Pessoal, agora que vocês conhecem as pragas do mamoeiro e seus danos, nós vamos ensinar a vocês como avaliar a população destas pragas. Primeiro, nós temos que dividir o pomar em talhões uniformes de mil plantas. Nós temos que identificar os talhões por números ou nomes.

42 Nós vamos caminhar no nosso talhão de mamão em ziquezaque para escolher as plantas para amostrar as pragas.

43 Amigos, nós devemos avaliar semanalmente as folhas apicais para o ácaro branco e folhas medianas e basais dos ramos para os ácaros vermelho e rajado. Se nós observarmos a presença dos ácaros pragas em 10% das plantas por talhão, usando uma lupa de bolso, já que o ácaro branco não é visível a olho nu.

44 Pessoal, é preciso controlar os ácaros quando for encontrado mais de 10% das folhas infestadas até a metade do ciclo da cultura e 20% após este período. ácaro vermelho ácaro branco ácaro rajado

45 Como medida de controle, cuja infestação de ácaros é mais intensa nos meses de janeiro a abril, recomendamos a retirada das brotações laterais das plantas de mamoeiro, bem como a aplicação de acaricidas específicos nos ponteiros. Devem ser aplicados produtos à base de enxofre, na formulação pó-molhável, evitando-se a mistura com óleos emulsionáveis ou produtos cúpricos. Vocês devem tomar cuidado com o problema de fitotoxicidade, pois o mamoeiro é muito sensível. Amigos, vocês identificando as plantas atacadas por cochonilhas no pomar de mamoeiro, nós já fazemos o controle. Na copa fazer a pulverização, cuidado com a fitotoxidez, devendo ser aplicado no fim do dia.

46 Amigos, nós podemos também, juntamente com o óleo, usar sabão. Será preciso 4 litros do óleo mineral, 500 gramas de sabão e 2 litros de água. É necessário que corte o sabão em pedaços e seja dissolvido em água quente. Adicione o óleo mineral aos poucos, até total homogeneização, ou seja, mistura completa. Aplique na forma de pulverização sobre as folhas.

47 Amigos, o controle é feito primeiro raspando os caules para melhor exposição das cochonilhas. Cochonilha do pêssego no tronco do mamoeiro.

48 Depois a gente pulveriza com óleos emulsionáveis a 1%. Nós podemos também aplicar calda sulfocálcica com pulverizador costal com haste com dupla saída. Haste com dupla saída adaptada ao pulverizador

49 Amigos, vocês detectando, pela amostragem, coleobrocas, deve-se localizar as larvas e destruí-las. Quando as plantas de mamão estiverem muito atacadas por coleobrocas, nos resta arrancar as plantas e queimá-las, para que a praga não se espalhe na lavoura. Em relação às lagartas desfolhadoras, nós podemos fazer uma catação manual das lagartas e de suas pupas quando o ataque for localizado.

50 Amigos, se nós tivermos lagartas espalhadas no campo, inviabilizando a catação manual, a gente pode pulverizar com uma bactéria mortal às lagartas, a bactéria Bacillus thuringiensis. Essa bactéria é produzida no Brasil. Contudo, nós temos que pulverizar a nossa lavoura com esta bactéria no final do dia, pois os raios ultra violetas do sol da manhã mata esta bactéria, reduzindo a sua eficiência. Lagarta morta por bactéria

51 Amigos, para controlar os ácaros branco, rajado e vermelho, bem como as lagartas que atacam as plantas de mamoeiro, nós também podemos usar um fungo, a Beauveria bassiana. Este fungo também é fabricado no Brasil. Fungo comercial

52 Nós devemos aplicar 3kg do fungo por hectare, mas sempre em períodos de alta umidade relativa do ar, para que o fungo germine e mate os ácaros, lagartas e percevejos, e lembrando de pulverizar no fim do dia, pois o sol da manhã mata também o fungo, o que reduz a sua eficiência. Ácaro à esquerda doente e à direita sadio. Lagarta morta por fungo

53 Entretanto, amigos, se vocês verem os adultos voando a noite em torno das lâmpadas da varanda da casa de vocês ou por meio de uma armadilha luminosa. Armadilha luminosa

54 Nós podemos fazer liberação da vespa parasitoide de ovos, o Trichogramma. Trichogramma parasitando ovos de insetos pragas Essas vespinhas são produzidas no Brasil.

55 Amigos, essa vespinha vai localizar as massas de ovos, parasitando-os, assim nós não vamos ter lagartas desfolhadoras. ovos da mandarová Amigos, no controle destas mariposas nós vamos liberar 100 mil vespinhas Trichogramma por hectare de mamão, o que equivale 3 cartelas de vespinha. Desta forma nós não vamos ter lagartas. Cartela com vespinha

56 Amigos, para nós fazermos a amostragem das cigarrinhas em mamoeiro, nós vamos utilizar uma rede entomológica. Puçá em citros, igual para mamoeiro Nós podemos usar também quatro armadilhas amarelas com óleo por hectare, assim a gente amostra a cigarrinha que está chegando na lavoura de mamoeiro. Armadilha amarela em citrus, igual para mamoeiro

57 Amigos, nós vamos controlar a cigarrinha verde com pulverização inseticida quando atingir o nível de controle, que é de duas ninfas por folhas em 100 folhas examinadas em 1 hectare coletadas na rede entomológica ou quando notarmos nas armadilhas amarelas cigarrinhas verdes. Pessoal, jamais usar inseticidas piretróides, pois eles não matam os ácaros pragas e espantam os ácaros predadores. Cigarrinha verde

58 Lembre sempre de respeitar o período de carência do produto, ou seja, são os dias que tem que dar da última pulverização até a colheita, para não fazer mal para quem está colhendo como também para quem está consumindo o produto. Mas antes da aplicação dos defensivos, solicite a orientação de um agrônomo para conhecer as doses corretas, a garantia de registro, seletividade aos inimigos naturais e uso de equipamentos de proteção individual. Amigos, o inseticida seletivo é aquele que mata a praga e preserva os inimigos naturais.

59 Amigos, para a mosca das frutas, o método de amostragem é diferente, pois nós vamos amostrar as 5 ruas mais externas da lavoura de mamão. O monitoramento é realizado usando armadilhas contendo 10% de melaço, ou 2% de proteína hidrolizada de milho ou 5% de açúcar, em 300ml de água mais uma subdosagem de inseticida, trocando a solução semanalmente. A armadilha pode ser feita com garrafa pet com uma abertura no meio, colocando-as a uma altura de 1,70 a 1,90 m do solo a cada 50 m na periferia do pomar. A presença de um adulto a cada duas armadilhas já indica que será necessário fazer o controle. Armadilha

60 Amigos, o controle para a mosca das frutas, nós vamos usar a mesma receita da solução que foi utilizada na garrafa pet. A solução pode ser aplicada com pulverizador, sendo necessário 200 ml de isca por planta, em benzedura, nas primeiras 10 ruas, na face da planta voltada para o sol. Mosca das frutas

61 Amigos, agora nós vamos falar para vocês de algumas práticas que devem ser adotadas na lavoura do mamoeiro, que em conjunto, ou seja, todas elas integradas, ajuda a manter as populações das pragas abaixo do nível que possa nos ocasionar problemas, evitando pulverizações com inseticidas. A primeira medida é evitar plantios de plantas de mamão próximas a outra fruteira devido principalmente a mosca das frutas. Pessoal, a aceroleira,

62 A goiabeira, A pitangueira,

63 A caramboleira,

64 e a larajeira. A mangueira,

65 Pessoal, uma outra medida importante contra a mosca das frutas em mamoeiro é a catação dos frutos bichados e temporões. Esses frutos atacados devem ser colocados em uma vala, ou buraco, feitos no próprio pomar, e cobertos com uma tela fina. Assim, os adultos da mosca das frutas morrem, mas permitem a saída dos seus parasitóides, inimigos naturais que nos ajudam a controlar estas pragas. Vespa parasitoide da mosca das frutas

66 Amigos, nós colhendo o mamão antes de atingir o ponto de maturação já evita o ataque da mosca das frutas. Pois se colhermos o mamão já com rajas amareladas, o fruto já pode estar contaminado, o que inviabiliza, principalmente, a exportação.

67 Pessoal, maiores problemas com a mosca das frutas são observados em pomares que apresentam constantemente frutos em estádio avançado de maturação, pomares abandonados ou próximos de outras fruteiras, como já falado por nós. Pessoal, não é feito o controle químico dos pulgões. O recomendável é na amostragem avaliar as plantas se elas estão doentes, eliminando-as se tiverem doentes. Eliminação de plantas doentes por vírus transmitidos por pulgões

68 Amigos, nós não devemos plantar lavouras de mamão perto de lavouras de curcubitáceas, como abóboras, pepino, chuchu, melancia, melão e outras, as quais são hospedeiras desses vírus e desses pulgões.

69 Outra prática que deve ser evitada é o emprego exagerado de adubos nitrogenados, visto que plantas com altos teores de nitrogênio favorecem o desenvolvimento de pragas. Nós devemos também plantar no espaçamento indicado para cada variedade, pois plantas muito adensadas provoca crescimento demasiado das plantas em altura, o que dificulta a colheita e o controle dos ácaros nas ponteiras.

70 Amigos, o uso de quebra vento em torno de pomares de mamão serve para evitar a entrada de pragas, principalmente ácaros, que são transportados pelo vento. Desenhos de quebra-ventos Amigos, nós não devemos deixar o pomar no limpo, pois a poeira tampa as folhas e frutos, o que favorece os ácaros pragas e dificulta a localização e sobrevivência dos nossos ácaros predadores. Portanto, as ruas devem ser roçadas e debaixo das copas dos mamoeiros capinadas. Mamoeiros com mato roçado.

71 Também pessoal, quando o solo não tem cobertura vegetal, ocorre erosão. Lavoura de mamão com erosão Nós podemos plantar nas ruas plantas de mentrasto, pois esta planta serve de alimento para os ácaros predadores das principais pragas do mamoeiro, os ácaros pragas.

72 Ou seja, quando não se tem ácaro praga nas copas dos mamoeiros, os ácaros predadores vão para as plantas de mentrasto. Desta forma, mantemos a população dos nossos amigos ácaros predadores no pomar de mamão. Ácaro predador comendo ácaro praga Ácaro predador

73 Amigos, nós podemos cultivar o mamão com outras culturas, o que nós chamamos de policultivo. Nós podemos plantar mamão com café e feijão guandu. O feijão guandu é ótimo pois aumenta o nitrogênio no solo. Café com mamão e feijão guandu. Também nós podemos plantar mamão junto com café e banana.

74 Ou então somente uma leguminosa fixadora de nitrogênio, podendo ser novamente o feijão guandu ou mesmo o feijão de porco. Essa prática otimiza a utilização da nossa propriedade, pois nós teremos várias plantas diferentes por hectare, melhora as condições do solo, evita erosão e reduz bastante as pragas. Plantação de mamão com feijão de porco.

75 Nós devemos evitar plantar mamoeiros em solos muito argilosos, pouco profundos ou localizadas nas partes mais baixas do terreno, pois na época da chuva os solos ficam encharcados de água, o que favorece várias doenças do mamoeiro e também as cochonilhas. Cochonilha do pêssego no tronco do mamoeiro.

76 Amigos, o plantio de mamoeiro perto de matas favorece o controle biológico, ou seja, o controle realizado por inimigos naturais, os nossos aliados na luta contra as pragas. Dentre esses nossos aliados, nós temos as vespas parasitoides de pulgões.

77 As joaninhas e bicho lixeiros que comem os pulgões. Bicho lixeiro comendo pulgão Joaninha comendo pulgão Amigos, o bicho lixeiro também come lagarta.

78 Nós também temos vespas que parasitam ovos ou lagartas. Trichogramma parasitando ovos de mariposa Vespa parasitando lagarta Pessoal, as vespas predam lagartas e fazem os seus ninhos geralmente nas árvores.

79 Amigos, as aranhas não devem ser mortas, pois elas comem muito insetos pragas. Bem como os sapos, pererecas e lagartos.

80 Amigos nós estamos terminando a nossa aula sobre mamoeiro, nós esperamos que vocês tenham apreciado. Agora nós vamos fazer uma pequena revisão sobre o que foi visto. Vocês viram que os ácaros e os pulgões são pragas sérias em mamoeiro. ácaros Pulgões

81 Que estas pragas possuem inimigos naturais importantes. Ácaro à esquerda doente e à direita sadio Ácaro predador comendo ácaro praga Bicho lixeiro comendo pulgão Vespa parasitoide

82 Que nós devemos adotar várias práticas em conjunto, pois assim nós podemos reduzir os problemas com as pragas. Plantação de mamão com feijão de porco. Colher o fruto no momento adequado Plantação de mamão longe de outras fruteiras Eliminar plantas doentes Mamoeiros com mato roçado. Lavoura de mamão longe de cucurbitáceas

83 Vocês não podem esquecer de lavar os vasilhames de agrotóxico antes de entregar na loja onde comprou. Não se pode jogar vasilhames no ambiente para não contaminar a terra, a água e o ar. Que vocês devem usar equipamento de proteção individual sempre! No caso de intoxicação, chamar logo a ambulância ou levar rapidamente para o hospital ou pronto socorro mais perto.

84 Pois nem sempre há tempo para recuperar a vítima de intoxicação por meio de inseticidas. Vocês chegando no hospital vão criar comoção e espanto as enfermeiras, coitadas.

85 Meus amigos, o manejo integrado de pragas bem utilizado é a garantia de excelente colheita, sem danificar o ambiente e a nossa saúde. Agora vocês vão fazer um pequeno teste. Até mais ver.

86 TESTE Questão 1: O que nós devemos fazer com as plantas do mamoeiro doentes? a) pulverizar com inseticidas para matar os vetores. b) Liberar a vespinha trichogramma para parasitar os ovos da praga que transmite o vírus. c) Eliminar as plantas doentes. d) Pulverizar com fungicidas. Questão 2: Nós devemos plantar mamoeiros longe de qual grupo de plantas? a) pepino, abóbora, chuchu, feijão comum, laranjeira, goiabeira e mangueira. b) Café e banana. c) Feijão guandu e Capim Santo. d) Mentrasto e feijão de porco. Questão 3: Marque a opção que seja os danos causados pelo ácaro branco na cultura do mamoeiro. a) enrola as folhas novas. b) se alimentam da polpa do mamão, tornando flácida a região atacada do fruto. c) danifica as folhas novas, e estas ficam reduzidas quase que somente às nervuras, paralisando o crescimento da planta. d) suas larvas alimentam-se do caule, onde fazem galerias.

87 GABARITO QUESTÃO RESPOSTA 1 C 2 A 3 C

88 LITERATURA CONSULTADA OU INDICADA GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, p. PICANÇO Apostila Didática. UFV- Viçosa, 308p Literatura Indicada para crianças que aborda pragas e como combatê-las: Demolin, G. A grande Guerra. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, p. Demolin, G. Um conto no Velho Chico. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, p.

E por fim nós vamos falar sobre o monitoramento das coleobrocas. Detectando sinais de

E por fim nós vamos falar sobre o monitoramento das coleobrocas. Detectando sinais de E por fim nós vamos falar sobre o monitoramento das coleobrocas. Detectando sinais de ataque, nós entramos com o controle. Nós vamos ensinar isso daqui a pouco. Broca do tronco Broca do pessegueiro Broca

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas da Mandioca Germano Leão Demolin Leite Sérgio Monteze Alves Cultura da Mandioca Amigos, hoje nós vamos

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas do Pêssego Germano Leão Demolin Leite Vinícius de Abre D Ávila Pêssegueiro Bom dia amigos! O tema da

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas de Cucurbitáceas Germano Leão Demolin Leite Verônica Alves Mota Olá amigos! Hoje nós iremos falar sobre

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas da Soja Germano Leão Demolin Leite Sérgio Monteze Alves Amigos, bom dia. Hoje nós vamos falar sobra

Leia mais

7. Manejo de pragas. compreende as principais causadoras de danos na citricultura do Rio Grande do Sul. Mosca-das-frutas sul-americana

7. Manejo de pragas. compreende as principais causadoras de danos na citricultura do Rio Grande do Sul. Mosca-das-frutas sul-americana Tecnologias para Produção de Citros na Propriedade de Base Familiar 63 7. Manejo de pragas Dori Edson Nava A cultura dos citros possui no Brasil mais de 50 espécies de artrópodes-praga, das quais pelo

Leia mais

A Cultura do Algodoeiro

A Cultura do Algodoeiro A Cultura do Algodoeiro Saul Carvalho Complexo significativo de pragas Raízes, folhas, caule, botões florais, flores, maçãs e capulhos Principais pragas bicudo, lagarta-das-maçãs, curuquerê, pulgão, lagarta

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO FEIJOEIRO GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE VERÔNICA ALVES MOTA Olá pessoal. A nossa aula de hoje é sobre

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Praga dos Citros Germano Leão Demolin Leite Vinícius de Abreu D Ávila Bom dia amigos estudantes! Na aula de

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas da Batata Germano Leão Demolin Leite Aline Fonseca do Nascimento Bom dia turma!!! Na aula de hoje nós

Leia mais

Diaphorina citri. Os ovos são colocados em brotações novas Apresentam forma alongada e afilada na extremidade e coloração amarelo-alaranjado.

Diaphorina citri. Os ovos são colocados em brotações novas Apresentam forma alongada e afilada na extremidade e coloração amarelo-alaranjado. Diaphorina citri O psilídeo Diaphorina citri é o inseto vetor das bactérias que causam o grenning (Huanglongbing/HLB), a principal doença que afeta a citricultura do estado de São Paulo. Ele vive em plantas

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas do Maracujazeiro Germano Leão Demolin Leite Aline Fonseca do Nascimento Oi pessoal! Na aula de hoje

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO CAFEEIRO GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE VERÔNICA ALVES MOTA Olá amigos, hoje nós vamos falar de uma

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO ARROZ Germano Leão Demolin Leite Verônica Alves Mota Bom dia pessoal! Hoje nós iremos falar de uma

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DAS BRÁSSICAS Germano Leão Demolin Leite Vinicius Matheus Cerqueira Bom dia! Pessoal, na aula de hoje

Leia mais

Reconheça o psilídeo

Reconheça o psilídeo Diaphorina citri O psilídeo Diaphorina citri é o inseto que transmite as bactérias associadas ao grenning (Huanglongbing/HLB), uma das principais doenças que afetam a citricultura. De origem asiática,

Leia mais

Embora vários artrópodos estejam

Embora vários artrópodos estejam PRAGAS E SEU CONTROLE Nilton Fritzons Sanches Antonio Souza do Nascimento Embora vários artrópodos estejam associados ao mamoei ro, apenas poucas espécies de ácaros e algumas de insetos são consideradas

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Germano Leão Demolin Leite Vinicius Matheus Cerqueira Bom dia pessoal!! Na aula de

Leia mais

O que é o Bicho-Furão. Prejuízos

O que é o Bicho-Furão. Prejuízos O que é o Bicho-Furão Uma praga cuja lagarta ataca os frutos das plantas cítricas, provocando queda e apodrecimento, tornando-os impróprios tanto para o consumo in natura quanto para o processamento pela

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas de Bananeira Germano Leão Demolin Leite Sérgio Monteze Alves Bom dia pessoal. Na aula de hoje nós vamos

Leia mais

S U M Á R I O. 1 O que são Pragas? 2 Métodos de Controle das Pragas? 3 Receitas Caseiras para o Controle das Pragas? 4 Referências.

S U M Á R I O. 1 O que são Pragas? 2 Métodos de Controle das Pragas? 3 Receitas Caseiras para o Controle das Pragas? 4 Referências. AGRONOMIA MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA O CONTROLE DE PRAGAS EM HORTALIÇAS POR PROFESSORA DRª CRISTINA SILVEIRA GRAVINA S U M Á R I O 1 O que são Pragas? 2 Métodos de Controle das Pragas? 3 Receitas Caseiras

Leia mais

AMOSTRAGEM DE PRAGAS EM SOJA. Beatriz S. Corrêa Ferreira Entomologia

AMOSTRAGEM DE PRAGAS EM SOJA. Beatriz S. Corrêa Ferreira Entomologia AMOSTRAGEM DE PRAGAS EM SOJA Beatriz S. Corrêa Ferreira Entomologia INSETICIDAS CONTROLE BIOLÓGICO FEROMÔNIOS MANIPULAÇÃO GENÉTICA DE PRAGAS VARIEDADES RESISTENTES A INSETOS (plantas modificadas geneticamente)

Leia mais

A tomada de decisão do controle químico deve ser feita quando a população da praga atinge o NC (nível de controle)

A tomada de decisão do controle químico deve ser feita quando a população da praga atinge o NC (nível de controle) MONITORAMENTO A tomada de decisão do controle químico deve ser feita quando a população da praga atinge o NC (nível de controle) Crescimento populacional Curva do potencial de reprodução Curva de crescimento

Leia mais

Manejo. Broca. Rizoma. Manejo. Bananeira. da broca do rizoma da

Manejo. Broca. Rizoma. Manejo. Bananeira. da broca do rizoma da Manejo Manejo da broca do rizoma da Bananeira Broca Rizoma Broca-do-rizoma Adulto e Larvas Broca-do-rizoma Cosmopolites sordidus (Germ.) (Coleoptera: Curculionidae) Foto: Nilton F. Sanches Adulto: besouro

Leia mais

O Inseto de corpo achatado e mede 3 mm de comprimento.

O Inseto de corpo achatado e mede 3 mm de comprimento. Percevejo Bronzeado Espécie: Thaumastocoris peregrinus O Inseto de corpo achatado e mede 3 mm de comprimento. Ciclo de vida aproximadamente 35 dias (ovo adulto) Potencial reprodutivo: 60 0v0s/fêmea Alta

Leia mais

Comunicado Técnico. Novas formas de manejo integrado da Traça-do-Tomateiro. Geni Litvin Villas Bôas Marina Castelo Branco Maria Alice de Medeiros

Comunicado Técnico. Novas formas de manejo integrado da Traça-do-Tomateiro. Geni Litvin Villas Bôas Marina Castelo Branco Maria Alice de Medeiros Comunicado Técnico 29 ISSN 1414-9850 Dezembro, 2005 Brasília, DF Novas formas de manejo integrado da Traça-do-Tomateiro Geni Litvin Villas Bôas Marina Castelo Branco Maria Alice de Medeiros A traça-do-tomateiro

Leia mais

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DA-ESPIGA

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DA-ESPIGA INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DA-ESPIGA BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS Soluções para um Mundo em Crescimento ÍNDICE Contexto 01 Ocorrência 02 Abrangência nacional 03 Características 05 Curiosidades 09 Alerta

Leia mais

5.9 Controle de Pragas e Doenças

5.9 Controle de Pragas e Doenças 5.9 Controle de Pragas e Doenças 1 5.9.1 Medidas gerais de controle de pragas 2 a) Métodos Legislativos -Realizado pelo serviço de vigilância sanitária; - Consiste na fiscalização de portos, aeroportos,

Leia mais

BROCA DA CANA DE AÇÚCAR DIATRAEA SACCHARALIS

BROCA DA CANA DE AÇÚCAR DIATRAEA SACCHARALIS BROCA DA CANA DE AÇÚCAR DIATRAEA SACCHARALIS 1. DESCRIÇÃO DA PRAGA A broca-da-cana é uma mariposa em que a fêmea coloca os ovos nas folhas da cana, de preferência na parte debaixo da folha. O número de

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO ABACAXIZEIRO GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE ELWIRA DAPHINN SILVA MOREIRA Bom dia turma. Na aula de hoje

Leia mais

DOENÇAS DO QUIABEIRO

DOENÇAS DO QUIABEIRO DOENÇAS DO QUIABEIRO ÍNDICE: A Cultura do Quiabo Doenças Causada por Fungos Oídio (Erysiphe cichoraceaarum de Candolle - Oidium ambrosiae thum.) Cercosporiose (Cercospora malayensis, Cercospora hibiscina)

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DAS LILIÁCEAS GERMANO LEÃO DEMOLIN LEITE ELWIRA DAPHINN SILVA MOREIRA Bom dia turma! Hoje nós vamos

Leia mais

Cigarrinhas CIGARRINHAS > MONITORAMENTO

Cigarrinhas CIGARRINHAS > MONITORAMENTO Cigarrinhas As cigarrinhas são insetos sugadores que se alimentam em vários tecidos vegetais, principalmente no sistema vascular dos citros. Da ordem Hemíptera, elas se dividem em mais de 70 espécies,

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas de Roseiras Germano Leão Demolin Leite Vinicius de Abreu D Ávila Olá amigos! Na nossa aula de hoje

Leia mais

Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças - MIPD Café Conilon (Coffea canephora)

Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças - MIPD Café Conilon (Coffea canephora) Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças - MIPD Café Conilon (Coffea canephora) Na parte inferior das folhas aparecem manchas de coloração amarelo pálido, pequenas, que depois crescem e formam uma

Leia mais

A Cultura da Cana-de-Açúcar

A Cultura da Cana-de-Açúcar A Cultura da Cana-de-Açúcar Saul Carvalho 85 espécies no Brasil pragas importantes (nacional/regional) Variável com fenologia e região Manejo ecológico: Controle biológico Controle cultural Cultivares

Leia mais

Monitoramento das Pragas da Videira no Sistema de Produção Integrada de Frutas

Monitoramento das Pragas da Videira no Sistema de Produção Integrada de Frutas Monitoramento das Pragas da Videira no Sistema de Produção Integrada de Frutas Francisca Nemaura Pedrosa Haji Marco Antonio de Azevedo Mattos Andréa Nunes Moreira José Adalberto de Alencar Flávia Rabelo

Leia mais

ISSN Agosto, Cultivo da Pimenteira-do-reino na Região Norte

ISSN Agosto, Cultivo da Pimenteira-do-reino na Região Norte 1 13 ISSN 1807-0043 Agosto, 2004 Cultivo da Pimenteira-do-reino na Região Norte ISSN 1807-0043 Agosto, 2004 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental

Leia mais

Tamarixia radiata INIMIGO NATURAL DO PSILÍDEO ASIÁTICO DOS CITROS

Tamarixia radiata INIMIGO NATURAL DO PSILÍDEO ASIÁTICO DOS CITROS Tamarixia radiata INIMIGO NATURAL DO PSILÍDEO ASIÁTICO DOS CITROS A DOENÇA HLB O HLB (Huanglongbing) ou greening é a doença mais importante para a citricultura e ocorre em todas as espécies de citros,

Leia mais

PRAGAS POLÍFAGAS GERAIS

PRAGAS POLÍFAGAS GERAIS PRAGAS DE FRUTÍFERAS PRAGAS POLÍFAGAS GERAIS 1 Pragas polífagas mosca-das-frutas DIPTERA, TEPHRITIDAE MOSCA-DAS-FRUTAS Anastrepha spp. Ceratitis capitata Bactrocera carambolae Rhagoletis sp. 2 CICLO DE

Leia mais

MANUAL DE PSILÍDEO Diaphorina citri MEDIDAS ESSENCIAIS DE CONTROLE

MANUAL DE PSILÍDEO Diaphorina citri MEDIDAS ESSENCIAIS DE CONTROLE MANUAL DE PSILÍDEO Diaphorina citri MEDIDAS ESSENCIAIS DE CONTROLE 1 2 FUNDECITRUS I PSILÍDEO Diaphorina citri MEDIDAS ESSENCIAIS DE CONTROLE PSILÍDEO Diaphorina citri O psilídeo Diaphorina citri é o inseto

Leia mais

Pragas e Doenças. Vamos conhecer primeiro as principais pragas do jardim

Pragas e Doenças. Vamos conhecer primeiro as principais pragas do jardim Pragas e Doenças Vamos conhecer primeiro as principais pragas do jardim Pragas Trips Trata-se de insetos de pequeno tamanho, corpo alongado e com aparelho bucal sugador. Apresentam atividade maior com

Leia mais

Pragas da cultura da erva-mate. ERVA-MATE - Ilex paraguariensis St. Hil., Família Aquifolíaceae

Pragas da cultura da erva-mate. ERVA-MATE - Ilex paraguariensis St. Hil., Família Aquifolíaceae Pragas da cultura da erva-mate ERVA-MATE - Ilex paraguariensis St. Hil., Família Aquifolíaceae ÁREA DE OCORRÊNCIA NO BRASIL Mato Grosso do Sul,Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Leia mais

Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana.

Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana. Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana. 10/2017 Bula Técnica CTC 20 BT Índice Variedade CTC 20 BT OGM e Tecnologia BT Benefícios da CTC 20 BT Posicionamento da Tecnologia Refúgio

Leia mais

MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM

MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM 1 MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM CAPITULO 4: CONTROLE DE PRAGAS, DOENÇAS E DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS Fernando Angelo Piotto & Lázaro Eustáquio Pereira Peres Introdução A melhor forma de efetuar o controle

Leia mais

Manejo dos ácaros do gênero Brevipalpus em citros e cafeeiro

Manejo dos ácaros do gênero Brevipalpus em citros e cafeeiro Manejo dos ácaros do gênero Brevipalpus em citros e cafeeiro Brevipalpus phoenicis era uma espécie associada com a transmissão de viroses em citros, café, maracujá e plantas ornamentais. Pesquisas recentes

Leia mais

n março

n março n. 48 - março - 2009 Cochonilha-negra: principal praga da oliveira no Brasil 1 Júlio César de Souza 2 Rogério Antônio Silva 3 Paulo Rebelles Reis 4 Lenira Vieira Costa Santa-Cecíla 5 6 INTRODUÇÃO Todos

Leia mais

CONTROLE DE PRAGAS E INCIDÊNCIA DE DOENÇAS OPORTUNISTAS

CONTROLE DE PRAGAS E INCIDÊNCIA DE DOENÇAS OPORTUNISTAS CONTROLE DE PRAGAS E INCIDÊNCIA DE DOENÇAS OPORTUNISTAS USINA DIANA STAB 5 DE OUTUBRO DE 2017 ENRICO ARRIGONI SOLUÇÕES EM MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS LTDA PIRACICABA - SP (19) 97128-6262 enricomip@gmail.com

Leia mais

Inseticida de contato e adjuvante / espalhante adesivo, do grupo químico hidrocarbonetos alifáticos PRAGAS. Cochonilha-cabeça-deprego

Inseticida de contato e adjuvante / espalhante adesivo, do grupo químico hidrocarbonetos alifáticos PRAGAS. Cochonilha-cabeça-deprego Composição: Mistura de hidrocarbonetos parafínicos, ciclo parafínicos e aromáticos saturados e insaturados provenientes da destilação do petróleo (ÓLEO MINERAL)...800 ml/l (80% v/v) Ingredientes inertes...200

Leia mais

PRINCIPAIS GRUPOS DE PRAGAS

PRINCIPAIS GRUPOS DE PRAGAS PRINCIPAIS GRUPOS DE PRAGAS PULGÕES SIFÚNCULOS Pulgão: Myzus persicae http://entomologreuni.blogspot.com.br/2011_0 9_01_archive.html http://aphid.aphidnet.org/toxopte ra_citricidus.php http://www.invasive.org/browse/subthumb.cf

Leia mais

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DAS-VAGENS

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DAS-VAGENS INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-DAS-VAGENS BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS Soluções para um Mundo em Crescimento ÍNDICE Contexto 01 Ocorrência 02 Abrangência nacional 03 Características 05 Curiosidades 09 Alerta

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Praga das Pastagens Germano Leão Demolin Leite Vinicius de Abreu D Ávila Bom dia amigos! Na aula de hoje falaremos

Leia mais

PODRIDÃO FLORAL Medidas essenciais de controle

PODRIDÃO FLORAL Medidas essenciais de controle PODRIDÃO FLORAL Medidas essenciais de controle PODRIDÃO FLORAL A podridão floral, também conhecida como estrelinha é uma doença de ocorrência esporádica que pode se tornar uma epidemia severa em anos de

Leia mais

Manejo integrado de Stenoma catenifer Walsingham (Lepidoptera: Elachistidae) Thaís Carolina Silva Cirino (1) ; Aloísio Costa Sampaio (2)

Manejo integrado de Stenoma catenifer Walsingham (Lepidoptera: Elachistidae) Thaís Carolina Silva Cirino (1) ; Aloísio Costa Sampaio (2) Manejo integrado de Stenoma catenifer Walsingham (Lepidoptera: Elachistidae) Thaís Carolina Silva Cirino (1) ; Aloísio Costa Sampaio (2) (1) Bióloga, Mestre em Horticultura pela FCA-Unesp/Botucatu e doutoranda

Leia mais

SURTOS POPULACIONAIS DE ÁCAROS FITÓFAGOS

SURTOS POPULACIONAIS DE ÁCAROS FITÓFAGOS SURTOS POPULACIONAIS DE ÁCAROS FITÓFAGOS Surto populacional Pode ser definido como um aumento populacional exagerado, além do que é normalmente registrado. DOIS FATORES ESTÃO FREQUENTEMENTE ASSOCIADOS

Leia mais

Pinta-preta dos citros. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine

Pinta-preta dos citros. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine Pinta-preta dos citros Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine Pinta preta ou mancha preta dos citros é uma doença causada pelo fungo Guignardia citricarpa, que afeta todas as variedades de laranjas doces, limões

Leia mais

Controle de Pragas. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia USP/ESALQ

Controle de Pragas. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia USP/ESALQ Controle de Pragas Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia USP/ESALQ Helicoverpa armigera Traça-do-tomate Tuta absoluta Broca-grande-do-fruto Helicoverpa zea Broca-pequena-do-fruto

Leia mais

Monitoramento e controle do ácaro da falsa ferrugem Phyllocoptruta oleivora do citros

Monitoramento e controle do ácaro da falsa ferrugem Phyllocoptruta oleivora do citros Monitoramento e controle do ácaro da falsa ferrugem Phyllocoptruta oleivora do citros Vanessa Ferreira da Silva¹, Bruna Alves Dominato¹ Beatriz Amanda Honorato de Oliveira¹ Aline A. de O. Montanha² 1 Graduanda

Leia mais

ANEXO I ESPECIFICAÇÕES DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

ANEXO I ESPECIFICAÇÕES DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS 12 meses 1 2 ABÓBORA: livre de sinais de ferimentos, mofo ou podridão, em unidade de tamanho médio com aproximadamente 1,5 kg. Acondicionada em sacos de rede com peso entre 18 20 quilos. ABÓBORA ORGÂNICA:

Leia mais

1 Medidas possíveis de serem utilizadas visando minimizar a incidência dos

1 Medidas possíveis de serem utilizadas visando minimizar a incidência dos 1 Medidas possíveis de serem utilizadas visando minimizar a incidência dos enfezamentos em campos de produção de sementes de milho, discutidas entre os participantes da reunião da APPS realizada em Uberlândia,

Leia mais

O produtor pergunta, a Embrapa responde

O produtor pergunta, a Embrapa responde Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Milho e Sorgo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento O produtor pergunta, a Embrapa responde José Carlos Cruz Paulo César Magalhães Israel

Leia mais

CVC. É comum o citricultor confundir os sintomas da CVC com deficiência de zinco ou sarampo.

CVC. É comum o citricultor confundir os sintomas da CVC com deficiência de zinco ou sarampo. CVC A Clorose Variegada dos Citros (CVC), conhecida como amarelinho, é uma doença causada pela bactéria Xylella fastidiosa, que atinge todas as variedades comerciais de citros. Restrita ao xilema (tecido

Leia mais

Como identificar o Cancro europeu das pomáceas

Como identificar o Cancro europeu das pomáceas Como identificar o Cancro europeu das pomáceas O cancro europeu das pomáceas, também conhecido como cancro de néctria, é uma importante doença da macieira na maioria dos países onde ela ocorre. É causada

Leia mais

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO Propostas de ações de manejo da Helicoverpa armigera

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO Propostas de ações de manejo da Helicoverpa armigera PROGRAMA FITOSSANITÁRIO Propostas de ações de manejo da Helicoverpa armigera Grupo Gestor Grupos Técnicos PROPOSTAS 1. Calendário de Plantio e Vazio Sanitário Safra 2013/2014 Cultura / Sistema 2013 agosto

Leia mais

Guia para. reconhecimento dos principais insetos, ácaros-praga e inimigos naturais da cultura da mandioca

Guia para. reconhecimento dos principais insetos, ácaros-praga e inimigos naturais da cultura da mandioca Guia para reconhecimento dos principais insetos, ácaros-praga e inimigos naturais... i Guia para reconhecimento dos principais insetos, ácaros-praga e inimigos naturais da cultura da mandioca Romulo da

Leia mais

BOLETIM TÉCNICO IHARA INSETICIDA

BOLETIM TÉCNICO IHARA INSETICIDA BOLETIM TÉCNICO IHARA INSETICIDA INOVAÇÃO E QUALIDADE JAPONESAS A SERVIÇO DA AGRICULTURA BRASILEIRA Há mais de 50 anos, trabalhamos com os agricultores brasileiros para proteger suas lavouras contra pragas,

Leia mais

ATUALIZAÇÃO DO MANEJO DO BICHO-FURÃO

ATUALIZAÇÃO DO MANEJO DO BICHO-FURÃO ATUALIZAÇÃO DO MANEJO DO BICHO-FURÃO Prof. Dr. José Roberto Postali Parra Depto. de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP Ecdytolopha aurantiana ou Gymnandrosoma aurantianum 1 A PRAGA VOLTOU A SER PROBLEMA

Leia mais

Manual Groasis Waterboxx para legumes

Manual Groasis Waterboxx para legumes Manual Groasis Waterboxx para legumes 1. Use uma estufa de acordo com o desenho como se mostra na figura abaixo, com a possibilidade de ventilar os lados e com uma tela/sombra dupla de cor branca no topo

Leia mais

SAFRA 2014/15 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA

SAFRA 2014/15 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA SAFRA 2014/15 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA Programa baseado no Manejo Integrado de Pragas MIP 1. Controle Cultural Delimitação do vazio sanitário, calendário de plantio definido e monitoramento

Leia mais

EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO ÓLEO ESSENCIAL DE AÇAFRÃO NO CONTROLE DO PULGÃO BRANCO (APHIS GOSSYPII) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO ÓLEO ESSENCIAL DE AÇAFRÃO NO CONTROLE DO PULGÃO BRANCO (APHIS GOSSYPII) NA CULTURA DO ALGODOEIRO EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO ÓLEO ESSENCIAL DE AÇAFRÃO NO CONTROLE DO PULGÃO BRANCO (APHIS GOSSYPII) NA CULTURA DO ALGODOEIRO Marcos Fernandes Oliveira 1, Fábio Shigeo Takatsuka 2, Paulo Marçal Fernandes

Leia mais

Cultivo do Milho. Sumário. Doenças. Rayado Fino Virus)

Cultivo do Milho. Sumário. Doenças. Rayado Fino Virus) E~ Cultivo do Milho Embrapa Milho e Sorgo Sistemas de Produção, 2 ISSN 1679-012X Versão Eletrônica - 3 a edição Set./2007 Sumário Apresentação Economia da produção Zoneamento agrícola Clima e solo Ecofisiologia

Leia mais

Guilherme dos Reis Vasconcelos Engenheiro Agrônomo Professor; Consultor em MIP e Agricultura Sustentável; Horticultor.

Guilherme dos Reis Vasconcelos Engenheiro Agrônomo Professor; Consultor em MIP e Agricultura Sustentável; Horticultor. em pequenas culturas Guilherme dos Reis Vasconcelos Engenheiro Agrônomo Professor; Consultor em MIP e Agricultura Sustentável; Horticultor. Hortaliça Hortaliça é a planta herbácea da qual uma ou mais

Leia mais

SAFRA 2014/15 ORIENTAÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA

SAFRA 2014/15 ORIENTAÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA SAFRA 2014/15 ORIENTAÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA Revisão de 16/06/2014 Programa baseado no Manejo Integrado de Pragas MIP 1. Controle Cultural Delimitação do vazio sanitário, calendário de

Leia mais

Prefeitura Municipal de Venda Nova do Imigrante

Prefeitura Municipal de Venda Nova do Imigrante I - INTRODUÇÃO 2 - DO OBJETO Ítem(*) Código Especificação Marca Unidade Quantidade Unitário Valor Total ABACATE bem desenvolvido uniforme limpo 1 00020000 semi-maduro brilhante sem manchas ferimentos e

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes PRAGAS DO ALGODOEIRO Germano Leão Demolin Leite Vinicius Matheus Cerqueira Bom dia pessoal! Hoje vamos falar

Leia mais

03- Observe as figuras e preencha a tabela. De um lado, escreva os animais que nascem do ovo. Do outro lado, os animais que nascem do corpo da fêmea:

03- Observe as figuras e preencha a tabela. De um lado, escreva os animais que nascem do ovo. Do outro lado, os animais que nascem do corpo da fêmea: PROFESSOR: EQUIPE DE CIÊNCIAS BANCO DE QUESTÕES - CIÊNCIAS - 2º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ====================================================================== 01- Marque com um X a alternativa CORRETA:

Leia mais

Recomendações técnicas para controle das principais pragas da cultura do milho em Roraima

Recomendações técnicas para controle das principais pragas da cultura do milho em Roraima Nº. 007Nov./98 P.1-5 Recomendações técnicas para controle das principais pragas da cultura do milho em Roraima Marcos Antônio Barbosa Moreira 1 O cultivo do milho é bastante explorado em Roraima em diversos

Leia mais

Sulfur (ENXOFRE)...80% m/m (800g/kg) Ingredientes inertes...20% m/m (200g/kg) Acaricida / Fungicida de contato do grupo químico inorgânico

Sulfur (ENXOFRE)...80% m/m (800g/kg) Ingredientes inertes...20% m/m (200g/kg) Acaricida / Fungicida de contato do grupo químico inorgânico Composição Sulfur (ENXOFRE)...80% m/m (800g/kg) Ingredientes inertes...20% m/m (200g/kg) Classe Acaricida / Fungicida de contato do grupo químico inorgânico Tipo de formulação Granulado Dispersível Instruções

Leia mais

13/08/2012. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP O Vetor O Patógeno. A Doença. até metade dos anos 60

13/08/2012. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP O Vetor O Patógeno. A Doença. até metade dos anos 60 Patossistema Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP O Vetor O Patógeno A Doença 1. Eliminação de plantas doentes Manejo do Greening % de Talhões Contaminados 60,0 50,0

Leia mais

COMPLEXO SPODOPTERA: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES E AVALIAÇÃO DE DANOS NA ESCALA DAVIS.

COMPLEXO SPODOPTERA: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES E AVALIAÇÃO DE DANOS NA ESCALA DAVIS. INFORMATIVO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ANO 2 NÚMERO 2 MAIO 2013 COMPLEXO SPODOPTERA: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES E AVALIAÇÃO DE DANOS NA ESCALA DAVIS. 1 - O COMPLEXO SPODOPTERA Spodoptera frugiperda

Leia mais

CANCRO CÍTRICO. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine

CANCRO CÍTRICO. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine CANCRO CÍTRICO Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine Doença causada por uma bactéria: Xantomonas axonopodis pv citri Conseqüências: Queda de frutas e folhas Impede a comercialização Ameaça para os demais pomares

Leia mais

DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS

DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS Principais doenças da Melancia CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXÍLIO COORDENADORIA DE ENGENHARIA AGRONÔMICA DOENÇAS FÚNGICAS QUE ATINGEM A MELANCIA INTRODUÇÃO Condições

Leia mais

DIFERENCIAÇÃO NO ATAQUE DE PHOMA E PSEUDOMONAS J.B. Matiello e S.R. de Almeida Engs Agrs Mapa e Fundação Procafé

DIFERENCIAÇÃO NO ATAQUE DE PHOMA E PSEUDOMONAS J.B. Matiello e S.R. de Almeida Engs Agrs Mapa e Fundação Procafé DIFERENCIAÇÃO NO ATAQUE DE PHOMA E PSEUDOMONAS J.B. Matiello e S.R. de Almeida Engs Agrs Mapa e A seca de ponteiros, causada pelo complexo de fungos Phoma-Ascochyta e a mancha aureolada, causada pela bactéria

Leia mais

GESTÃO AVANÇADA DO CONTROLE DE PRAGAS EM GRANDES LAVOURAS DE CANA-DE-AÇÚCAR

GESTÃO AVANÇADA DO CONTROLE DE PRAGAS EM GRANDES LAVOURAS DE CANA-DE-AÇÚCAR INSECTSHOW - IDEA GESTÃO AVANÇADA DO CONTROLE DE PRAGAS EM GRANDES LAVOURAS DE CANA-DE-AÇÚCAR Enrico De Beni Arrigoni ENRICO ARRIGONI SOLUÇÕES EM MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS LTDA. (019) 97128-6262 14 DE

Leia mais

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA?

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA? CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA? Moisés Pedreira de Souza Engº Florestal Professor M.Sc. Entomologia 1 Introdução As formigas cortadeiras exercem o

Leia mais

Circular. Técnica INSETOS-PRAGA ASSOCIADOS À CULTURA DO MILHO EM SERGIPE INTRODUÇÃO. Autores ISSN

Circular. Técnica INSETOS-PRAGA ASSOCIADOS À CULTURA DO MILHO EM SERGIPE INTRODUÇÃO. Autores ISSN ISSN 1678-1945 INSETOS-PRAGA ASSOCIADOS À CULTURA DO MILHO EM SERGIPE 56 Circular Técnica Aracaju, SE Março, 2009 INTRODUÇÃO No Nordeste brasileiro, a cultura do milho é de grande importância na economia

Leia mais

Cultivo do Milheto. Os principais insetos que atacam a cultura do milheto podem ser divididos em:

Cultivo do Milheto. Os principais insetos que atacam a cultura do milheto podem ser divididos em: Sumário Apresentação Importância econômica Clima Ecofisiologia Fertilidade de solos Cultivares Plantio Plantas daninhas Doenças Pragas Colheita e pós-colheita Referências Glossário Autores Expediente Pragas

Leia mais

MONITORAMENTO E CONTROLE DO BICUDO DA CANA-DE-AÇÚCAR, Sphenophorus levis.

MONITORAMENTO E CONTROLE DO BICUDO DA CANA-DE-AÇÚCAR, Sphenophorus levis. MONITORAMENTO E CONTROLE DO BICUDO DA CANA-DE-AÇÚCAR, Sphenophorus levis. Eng.Agrº. Luiz Carlos de Almeida Eng.Agrº. Luís Gustavo de Almeida almeida.entomologia@hotmail.com Especialista em Tecnologia Agroindustrial

Leia mais

Tecnologias de Manejo Complexo Spodoptera Identificação das espécies e avaliação de danos na escala Davis

Tecnologias de Manejo Complexo Spodoptera Identificação das espécies e avaliação de danos na escala Davis Complexo Spodoptera Identificação das espécies O Complexo Spodoptera Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-cartucho) Esta praga ocorre em todas as fases da cultura do milho e pode atacar outras culturas, como

Leia mais

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-PRETA

INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-PRETA INSETOS-PRAGA NO BRASIL: LAGARTA-PRETA BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS Soluções para um Mundo em Crescimento ÍNDICE Contexto Ocorrência Abrangência nacional Características Curiosidades Alerta 01 02 03 05 09 10

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Insetário G.W.G. de Moraes Pragas do Tomateiro Germano Leão Demolin Leite Amanda Fialho Quem de Nós consegue ficar uma semana sem ter

Leia mais

Critério CRISÂNTEMO de Classificação

Critério CRISÂNTEMO de Classificação Critério CRISÂNTEMO de Classificação DE CORTE Classificar é separar os produtos em lotes homogêneos quanto ao padrão e qualidade, caracterizados separadamente. O critério de classificação é o instrumento

Leia mais

MANEJO INTEGRADO DA LAGARTA-Da-CARTUCHO DO MILHO

MANEJO INTEGRADO DA LAGARTA-Da-CARTUCHO DO MILHO \...J IV SEMINÁRIO S08RE A CULTURA DO MILHO "SAFRINHA" MANEJO INTEGRADO DA LAGARTA-Da-CARTUCHO DO MILHO Ivan Cruz (1) A cultura do milho, nos países em desenvolvimento, tem vivenciado nos últimos anos

Leia mais

Produção de sementes Espaçamento entre as linhas (cm)

Produção de sementes Espaçamento entre as linhas (cm) Adubação Verde ADUBAÇÃO VERDE O que é adubação verde Consiste no cultivo e na incorporação ao solo de plantas (principalmente as leguminosas) que contribuem para a melhoria das condições físicas, químicas

Leia mais

Sistema de produção de cana-de-açúcar para agricultura familiar

Sistema de produção de cana-de-açúcar para agricultura familiar 47 Sistema de produção de cana-de-açúcar para agricultura familiar Sergio Delmar dos Anjos e Silva; Dori Edson Nava; Cândida Raquel Scherrer Montero; Vinicius Soares Sturza A cana-de-açúcar ( é uma espécie

Leia mais

Monitoramento e controle de mosca-das-frutas em pessegueiros no Sul de Minas Gerais 1

Monitoramento e controle de mosca-das-frutas em pessegueiros no Sul de Minas Gerais 1 Monitoramento e controle de mosca-das-frutas em pessegueiros no Sul de Minas Gerais 1 William Resende Alexandre Júnior (2), Rogério Antônio Silva (3), Júlio César de Souza (3), Vicente Luiz de Carvalho

Leia mais