PRESSOTERAPIA: Uma revisão bibliográfica

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1 PRESSOTERAPIA: Uma revisão bibliográfica PRESSOTHERAPY: literature review ¹Adriana Guerreiro; ¹Antônia dos Santos; ¹Nayara da Silva; ¹ Paula Cruz. ²Fernanda Fernandes... ¹Discentes do curso Tecnológico em Estética e Cosmética da Faculdade Integradas Ipiranga- Belém, Pa. ²Docente do curso Tecnológico em Estética e Cosmética da Faculdade Integradas Ipiranga- Belém, Pa. Resumo Contexto: A pressoterapia é um recurso eletroterápico que consiste numa massagem de compressão devidamente controlada por um aparelho computadorizado que controla os bombeamentos e que consiste na introdução do segmento corpóreo em artefatos pneumáticos (botas, luvas e cinta). Objetivo: buscar na literatura informações onde a pressoterapia é usada nos tratamentos complementares na área da estética, corporal como: na diminuição de edemas, melhora na circulação sanguínea, diminuição do Fibro Edema Gelóide (FEG), nos tratamentos pósoperatórios, técnica de aplicação, seus efeitos fisiológicos, indicações e contra indicações. Métodos: Esta pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica, catalogando materiais em livros da área e artigo de revista cientifica no período de fevereiro a maio de 2012 e pesquisa de campo. Conclusão: Após a pesquisa de artigos, livros, revistas e até mesmo pesquisa de campo pode concluir-se que a pressoterapia é um recurso eletroterápico com pressão leve positiva através de uma eficaz massagem pneumática para que haja a estimulação dos capilares venolinfáticos, para tratamento de corporal. Palavras Chave: pressoterapia, drenagem linfática, recurso eletroterápico. Abstract Background: The preassotherapy Electrotherapy is one that consists of a compression massage properly controlled by a computerized device that controls the pumping and that is 1

2 the introduction of the pneumatic body segment in artifacts (boots, gloves and belt). Objective: to seek information in the literature where the preassotherapy is used in complementary treatments in the field of aesthetics, body as the reduction of edema, improves blood circulation, decreased edema Fibro Gelóide (EGF), and postoperative treatments, application technique, its physiological effects, indications and contraindications. Methods: This research was conducted through a literature review, materials cataloging books in the area and scientific magazine article from February to May 2012 and field research. conclusion: After searching for articles, books, magazines and even field research can be concluded that the preassure Electrotherapy is a slight positive pressure via a pneumatic effective massage so there is stimulation of veno-lymphatic capillaries, for treatment the body. Keywords: pressotherapy, lymphatic drainage, Electrotherapy INTRODUÇÃO Múltiplos problemas que afetam não só mulheres, mas homens também são as alterações inestéticas, provocadas por sedentarismo, pós-operatórios, má alimentação, que comprometem o sistema circulatório e linfático, provocando o aparecimento das temíveis varizes, FEG, edemas, porém um dos grandes aliados para tratar essas alterações é a pressoterapia. Atualmente a pressoterapia é utilizada para fazer uma drenagem veno-linfática, devido ela trabalhar diretamente no sistema linfático que é um dos responsáveis pela drenagem dos fluídos dos espaços intersticiais para corrente sanguínea esse fluído chamado de linfa é um liquido aquoso claro, contido em um sistema vascular quase tão difundido quanto o vascular sanguíneo, ela é vertida na corrente sanguínea por meios de comunicações especial na junção das veias jugular e subclávia bilateralmente, pois, nestes pontos, o endotélio das veias é continuo com o dos vasos linfáticos. De acordo com Leduc e Leduc², várias pressões são responsáveis pelas trocas através do capilar sanguíneo. Essa pressão tem que ser leve a nível que possa estimular os capilares linfáticos a coletar o liquido da filtragem carregada de dejetos do metabolismo. Conceito Segundo Borges 2006¹, a pressoterapia é um método eletroterápico, que se caracteriza pela utilização de uma massagem pneumática que por meio, da introdução de artefatos pneumáticos (bota, luvas e cinta), que em geral são formados por várias zonas independentes entre si, inflam e desinflam, de forma sequencial ou não e é realizada na direção do fluxo circulatório, através de pressão positiva ativando o retorno venoso e linfático. a. Figura a - Modelo de bota 2

3 b. c. Figura b- Modelo de cinta compressão para dar tempo para que as veias se encham novamente. Como descrito anteriormente, a pressoterapia atua no sistema linfático, porém segundo Guirro 2002¹¹, o sistema linfático não possui um órgão central bombeador e que o movimento da linfa depende da capilaridade e de força externas ao sistema. No entanto a pressoterapia é um recurso de grande auxílio aos profissionais da área da estética corporal. Figura c- Modelo de luvas De acordo com Leduc 2007², a pressoterapia é suave e realizada com auxilio de várias câmaras infladas a partir da extremidade distal ate a extremidade proximal do membro. As câmaras são sobrepostas de modo a permitir um gradiente de pressão que vai da região distal a proximal. A pressão é suave (< 40mm/Hg) porque o edema, sendo superficial, lhe permite atuar sobre a rede linfo-venosa subcutânea, e não há necessidade de uma pressão forte. A pressoterapia atua principalmente sobre os sistemas linfático e circulatório, que são compostos por massas líquidas facilitando a reabsorção pela via venosa repelindo-a para a circulação central. Portando a pressoterapia é utilizada por uma pressão suave em um tempo de repouso suficientemente significativo entre dois ciclos de Para Hooker¹², o sistema linfático apresenta quatro finalidade principais, que são: capturar o plasma e as proteínas plasmáticas que escapam dos pequenos vasos e devolve-las à circulação sanguínea; evitar a formação de edemas; manter a homeostase do ambiente extra celular e bloquear a disseminação de infecção ou de células malignas nos linfonodos. Isso mostra a importância da pressoterapia para tratar edemas linfáticos, Fibro edema gelóide (FEG), varizes, porque através da pressão externa exercida do aparelho de pressoterapia, que pode chegar a 25-40mmHg nos grandes vasos linfáticos há uma drenagem de fluídos acumulados nos espaços intersticiais. Técnica de aplicação Devido todo trabalho do sistema linfático pode se dizer que a pressoterapia é também um tratamento de desintoxicação, por meio de uma eficaz drenagem linfática realizada por meio de um equipamento computadorizado, no qual são introduzidas câmaras infladas por esse equipamento. O equipamento pode ser parametrizado de modo a ajustar a pressão exercida e a sequencia de compressão e descompressão nas 3

4 regiões de aplicação, sendo que, conforme se acredita, quanto maior o número de compartimentos, maior é a sua eficácia, uma vez que podem oferecer melhor o gradiente de pressão entre as regiões proximal e distal. Qualquer pressão a partir de 30mm/Hg pode estimular a reabsorção de edema. O uso da técnica favorece a circulação de retorno, estimula a reabsorção dos líquidos intersticiais e de toxinas retidas³. Apesar de seu uso parecer substituir o da técnica de drenagem linfática manual, é de suma importância o desbloqueio pelo bombeamento dos linfonodos manualmente, já que isso não é possível apenas com o uso do equipamento. Após o bombeamento dos linfonodos os artefatos são colocados com cuidado em região abdominal e nos membros inferiores e estas são preenchidas. Após o preenchimento, o equipamento é programado para realizar a compressão pela insuflação de maneira organizada e seguindo a ordem do sistema linfático. O equipamento em momento algum deverá realizar uma pressão exagerada e, assim como na aplicação de qualquer outro recurso eletroterápico, a sensibilidade do cliente (paciente) deverá ser respeitado. PUJOL 2011³. A sessão de pressoterapia dura cerca de uma hora, pois segundo Leduc 2007², o membro que estiver muito edemaciado e a pele pouco macia, a pressoterapia é realizada antes da drenagem manual. Se ao contrário, o edema for mole, a ordem da sucessão das intervençõesdrenagem linfática manual e pressoterapia- tem pouca importância. Diferentes formas de pressoterapia podem ser consideradas: - a pressoterapia por banho de mercúrio onde atua a pressão positiva; - a pressoterapia por vácuo onde atua a pressão negativa. Borges 2006¹ relata que alguns autores, mencionam que antes de iniciar o tratamento de compressão pneumática pressoterapia deve se tomar alguns cuidados: Assegurar que o cliente/ paciente não apresente nenhuma contra indicação. Verificar a pressão arterial do cliente/ paciente. Realizar a medida de circunferência da área a ser tratada, registrando-a. Informar ao cliente/paciente sobre o procedimento que será realizado, as sensações esperadas e a duração do tratamento. Inspecionar a pele do tratamento. Remover objetos como jóias, relógios, entre outros acessórios metálicos. Como medida de higiene, aconselha-se cobrir a área a ser tratada com stockinete (malha tubular) ou material similar, tomando cuidado para não deixar a área enrugada. (figura d). Posicionar o paciente a uma posição adequada e confortável. Inserir a área a ser tratada aos respectivos compartimentos. Conectar o aparelho à unidade de compressão, de acordo com os tubos de entrada e saída. 4

5 Ajustar o tempo de insuflação/desinsuflação, ou sequencia de tempo ligado/desligado, à pressão de insuflação ao tempo total de tratamento. Proceder ao enchimento de artefatos de compressão (figura, e), observando as reações iniciais do cliente/paciente, atentando para queixas de desconforto e dor. Solicitar ao paciente que realize exercícios leves de amplitude de movimento durante o ciclo desativado ou desligado, se for necessário. Durante o tratamento, é necessário que o esteticista permaneça junto ao paciente, certificando-se que este não está experimentando algo desconfortável, como dor ou sensação de formigamento. Qualquer que seja o modo de pressoterapia utilizado, o princípio básico que respeitamos é a fraca intensidade da pressão aplicada. Leduc 2007². d. Figura d- Modelo de stockinete e. Figura e- Procedimentos Borges 2006¹ fez algumas observações, tais como: Obs.: Apesar de existir na maioria dos aparelhos vendidos por empresas ligadas à estética, não acreditamos que a cinta possa promover uma drenagem eficiente da região abdominal, tendo em vista ocorrer uma pressão única e uniforme em toda esta região, sem levantar em consideração o sentido do fluxo linfático ou dos posicionamentos dos vãos. Obs.: Para que se tenha uma boa resposta terapêutica no tratamento de disfunções linfáticas - através da pressoterapia faz-se necessário o desbloqueio sobre o território dos linfonodos antes da compressão pneumática. Isso pode ser feita através das manobras específicas da drenagem linfática manual. 5

6 Efeitos fisiológicos A pressoterapia, através do sistema de ajuste de pressões externas pode proporcionar os seguintes efeitos fisiológicos : Favorece a circulação de retorno, tanto linfática como venosa, prevenindo o aparecimento de varizes. Melhora no aparecimento do FEG, pois estimula na reabsorção dos líquidos intersticiais e de toxinas retidas. Sendo realizado o desbloqueio sobre os linfonodos, melhora a drenagem linfática atuando sobre os vasos linfáticos. Reabsorção de edemas. Efeito antálgico e relaxante em virtude da ação mecânica da compressão e descompressão. Acelera a cicatrização e revitaliza a pele, pois faz uma desintoxicação melhorando o transporte de nutrientes e oxigênio para essa região. Indicação Apesar das divergências entre os profissionais que defendem e desaprovam a técnica, na pratica clinica é possível observar muitos benefícios e resultados. A pressoterapia é indicada para tratamento da melhora do contorno corporal, redução de edema, prevenção de varizes, desintoxicação corporal, aparecimento do FEG, pós operatório, a pressoterapia confere uma ação relaxante potencializada pela compressão e descompressão associadas aos acessórios vibratórios, oferecendo um bem-estar físico após sessões de pressoterapia. Pujol Contra- Indicação A pressoterapia não é indicada em casos de tromboflebites ou linfagites, insuficiência renal, cardiopatias, problemas pulmonares graves, varicosas, neoplasias, alteração na pressão arterial, infecções cutâneas, tromboses. Porém a parte do corpo a ser tratada deve ser inspecionada para intolerância à compressão para dar continuidade ao procedimento. Metodologia Esta pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica, catalogando materiais em livros da área e artigos de revista cientificas no período de fevereiro a maio de 2012 e pesquisa de campo. Discussão Alguns autores como, Zaragoza e rodrigo¹², Leduc,Leduc², afirmam que existem dois tipos de pressoterapia, a de pressão negativa e positiva, enquanto que Borges¹ afirma que existe apenas uma que é a pressoterapia de pressão positiva. Zaragoza e Rodrigo¹³, afirma que existem dois tipos de pressão a negativa e positiva. As de pressão negativa, ou em forma de ventosa, que consistem em aplicadores que podem ser de cristal, metal ou plástico/polietileno em diferentes tamanhos dependendo da área a ser tratada, conectando-se ao tubo de aspiração compressão que se une ao mecanismo que produz vácuo enquanto que as de pressão positiva (consideradas os verdadeiros 6

7 aparelhos de pressoterapia) se utilizam de um compressor que introduz ar em aplicadores especiais, com propósito de gerar estímulo circulatório. Podendo citar a compressão pneumática estática e a dinâmica e intermitente. Leduc, Leduc², Existem diferentes formas de pressoterapia que podem ser consideradas; a pressoterapia por banho de mercúrio (pressão positiva) e a pressoterapia por vácuo (pressão negativa). Borges¹ relata que a pressoterapia é um método eletroterápico que se caracteriza pela utilização de uma massagem pneumática realizada na direção do fluxo circulatório, através de pressão positiva sobre o segmento corpóreo, ativando o retorno venoso linfático. Apesar das divergências de alguns autores¹, ², ¹² e pesquisas em artigos e livros relacionados a pressoterapia, pode se entender que a pressoterapia de pressão positiva é a mais utilizada e pelos profissionais da área é possível observar muitos benefícios e resultados como já foram relatados anteriormente. Segundo Pujol 2011³, cliente/pacientes, por vezes, relataram melhora significativa na circulação, acompanhada de bem estar físico. Enquanto que a pressoterapia de pressão negativa, não foi encontrado nenhum relato de benefícios dessa. Uma vez tratando-se de procedimento à vácuo, puxando e soltando a pele, mesmo que a pressão seja leve o profissional tem que ter muito cuidado devido ao aparecimento de equimose e flacidez. Conclusão Após a pesquisa de artigos, livros, revistas e até mesmo pesquisa de campo pode concluirse que a pressoterapia é um recurso eletroterápico com pressão leve positiva através de uma eficaz massagem pneumática para que haja a estimulação dos capilares veno-linfáticos, para tratamento de desintoxicação corporal, ajudando na melhora do metabolismo revitalizando e oxigenando o tecido que contribui para a circulação sanguínea e linfática e outros benefícios como: redefinir o contorno corporal, reabsorvendo o excesso de liquido intersticiais, reduzindo edemas, melhorando o FEG, levando mais nutrientes para a circulação sanguínea e eliminado os dejetos metabólico, resultando numa revitalização cutânea, melhorando ou evitando uma má cicatrização no caso de um pós operatório. Por ser um trabalho aliado ao sistema linfático, é necessário que se faça o bombeamento dos gânglios linfáticos antes de dar início com o aparelho. Porém o tratamento utilizando a pressoterapia é um grande aliado para o bem estar do indivíduo. 7

8 Referências bibliográficas ¹- BORGES, Fabio. Dermatofuncional: modalidade terpêuticas nas disfunções estéticas. Editora Phorte, SP, 2006,p ²- LEDUC, Albert. LEDUC, Oliver. Drenagem linfática- teoria e pratica, 3ª ed. Editora Manole, SP, d- Fonte: px?idproduct=mcom- 002XX&iddept=887. Acessado no dia 09/05/2012 e- Fonte: htm. Acessado no dia 09/05/2012 ³- PUJOL, Ana Paula. Nutrição aplicada à estética. Editora Rubio, RJ, 2011,p.224. ¹¹- GUIRRO, E,C,O.; GUIRRO, R, R. J. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3 ed. São Paulo: Manole, 2002,p ¹²- HOOKER, D.N. Aparelhos de compressão intermitente. In: PRENTICE, W.E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 2ed.São Paulo: Artmed, 2004,p ¹³-ZARAGOZA, J.;P. Eletroestética: Manual prático de Aparatologia. Barcelona: Nueva Estética, 1995,p a,b- Fonte: acessado no dia 09/05/2012 c- Fonte: http: // Pressoterapia.Estetica/Aparelho-de- Pressoterapia-Doctor-Life-Dl2003v3- Para-Braco-com-1-Luva-Praxis/0. Acessado no dia 09/05/