ATUAÇÃO DA DRENAGEM LINFATICA MANUAL NO EDEMA DE MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS
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- Milena Nobre Gentil
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1 ATUAÇÃO DA DRENAGEM LINFATICA MANUAL NO EDEMA DE MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS Trueycen Kely Pires Ramires Rachel de Faria Abreu, Blair José Rosa Filho Alexandre Paixão de Moraes Alexandre Pereira dos Santos Resumo A drenagem linfática é uma técnica de massagem que trabalha o sistema linfático, estimulando o a trabalhar de forma rápida, movimentando a linfa até os gânglios linfáticos.é fácil para o idoso ser acometido de edemas, devido às complicações da idade. O edema nos membros inferiores é mais comum devido à imobilidade. Esse tratamento é feito de forma manual, com movimentos circulares das mãos e dos polegares, movimentos combinados e pressão em bracelete, consiste na retirada de líquidos acumulados entre as células. O idoso tem uma incidência maior de edemas nos membros inferiores devido à falta de mobilidade, mostraremos que o edema de membros inferiores é atribuído de maneira incorreta à insuficiência coronariana nessa faixa etária. Palavras chaves: edemas, drenagem linfática, idoso, membros inferiores.
2 I Introdução O edema é um dos acometimentos mais comuns em idosos devido à pressão hidrostática que podem aumentar as veias quando em posição ortostática, sendo esta uma das causas mais comuns de edema nos membros inferiores dos idosos ocorrendo um bloqueio patológico nas veias, formando as varizes e impedindo a circulação venosa. Quando as válvulas estão em seu trajeto venoso facilita a circulação de retorno, assim impedindo o refluxo, que é quando há uma dilatação dos vasos e as paredes são distendidas deixando as válvulas menos eficazes, assim as proteínas sanguíneas invadem as paredes permeáveis e se aglomeram no interstício e formam o edema.¹ A velhice é caracterizada por mudanças biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que aumentam predisposição a situações de incapacidade funcional, multimorbidade e aumento do risco a situações de vulnerabilidade. Alterações, essas, bastante diversificadas e individuais, o que torna o envelhecimento uma experiência heterogênea e subjetiva.² Outra causa relevante de edema em membros inferiores em idosos é o acúmulo de líquido denso fibrótico e infiltrado nas células plasmáticas. O edema é induzido por estenose da veia cava inferior, comprometendo significativamente a locomoção dos idosos.³ A causa mais freqüente de edema nos membros inferiores em idosos é devido à imobilidade, agravada pela precariedade drenagem venosa. Comumente o edema de membros inferiores é atribuído de maneira incorreta à insuficiência coronariana nessa faixa etária. Sabe-se que mesmo quando o edema de membros inferiores é devido a uma causa cardíaca, nos estágios iniciais da insuficiência coronariana este é geralmente intermitente, de modo que nem sempre é detectado ao exame físico. O edema de membro inferior não constitui, assim, sinal confiável de insuficiência coronariana nos idosos. 4 No corpo humano, além do sistema circulatório sanguíneo, temos o sistema linfático, formado por um conjunto de canais que formam uma densa rede capilar por todo o organismo tendo seu ponto início-fim nos coletores pré e pós-linfáticos, os gânglios linfáticos. 5 O edema é caracterizado pelo o excesso de um líquido nos tecidos do corpo que pode ocorrer no compartimento subcutâneo extracelular e intracelular. O edema intracelular existe em duas formas, a primeira é a depressão dos sistemas metabólicos a outra é a falta de nutrição nas células que ocorre em tecidos
3 inflamados. 2 A linfa absorvida nos capilares linfáticos é transportada para os vasos pré-coletores e coletores, passa através de vários linfonodos, sendo então filtrada e recolocada na circulação até atingir os vasos sanguíneos. 6 A linfa é transportada até se misturar com o sangue novamente, devolvendo desta maneira as proteínas plasmáticas do líquido intersticial de volta ao sangue. 7 Drenagem linfática manual é um dos recursos utilizados para amenizar os edemas em idosos induzindo o liquido intersticial a retornar a grande circulação.foi desenvolvida pelo Emil Vodder e sua esposa na década 30, e aprimorada por Leduc posteriormente. Eles criaram essas manobras necessárias na circulação linfática que priorizam as retirada das macromoléculas do interstício e levando para circulação sanguínea, sua função é reduzir o edema. O benefício da drenagem linfática é promover a melhora retorno venoso e linfático com suas manobras, assim favorecendo um bom relaxamento e equilíbrio do sistema linfático e por fim diminuindo o edema. Sua principal finalidade é esvaziar os líquidos exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos 8.Conforme teorias de Ciucciet al. (2004), a drenagem linfática manual consiste em orientar o líquido do espaço intersticial para os centros de drenagem mediante manobras cinésicas especializadas denominadas drenagem linfática manual, estimulando as correntes derivativas do setor afetado, ou seja, essa compressão externa gerada irá promover um diferencial de pressão entre as extremidades podendo deslocar o fluído contido em um vaso linfático, promovendo uma redução da pressão no interior do vaso e, assim, facilitando a entrada do excesso de líquido contido no interstício para o interior do mesmo por diferença de pressão 9. Em 1978, no Congresso Internacional da Associação para drenagem Linfática Manual, na Áustria, o professor Krahe comprovou a eficácia da técnica de DLM em pacientes mastectomizadas 10. Esta técnica é amplamente difundida atualmente, mas ainda há resistência sobre sua eficácia. Através de manobras é que levamos a linfa de locais bloqueados para outros que não haja bloqueio linfático. Executando a técnica de DLM corretamente, nós podemos estimular a abertura do linfático inicial e aumentar o volume do fluxo da linfa em até 20 vezes 11.As manobras de drenagem linfática manual têm como indicação tratamento e/ou prevenção de: edemas, linfedemas, queimaduras, enxertos, acne, sensação de cansaço nos membros inferiores,
4 fibroedema gelóide, dor muscular, pré e pós-operatório de cirurgias plásticas, hematomas e equimoses marcas de expressão e até mesmo olheiras 4. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da aplicação de drenagem linfática manual na diminuição do edema nos membros inferiores em idosos. II Materiais e Métodos Foi realizado um estudo com 3 indivíduos do sexo feminino com idade entre 59 a 65 anos, com edema em MMII até a região dos joelhos. Foram excluídas aquelas que apresentarem Trombose e/ou Insuficiência cardíaca. O estudo realizado na Clinica SARE Saúde e Reabilitação, Rua Cel. Gomes Machado, 99, 3 andar Centro, Niterói/RJ. Todos os sujeitos foram informados previamente sobre os procedimentos que seriam realizados e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi realizado o preenchimento de uma ficha Questionário de saúde, seguindo com a 1 consulta dermatofuncional com os dados pessoais do participante: nome, idade, peso, altura, diagnóstico clínico, data da consulta atual, data da reavaliação, inspeção, palpação, exames e testes articulares e musculares, análise de exames complementares e prescrição do tratamento fisioterapêutico Para análise do edema foi realizada a perimetria que é um método que compara o tamanho da circunferência do membro antes e depois, para verificar a eficácia do tratamento. Para observar o aumento ou diminuição do edema nos membros inferiores foi utilizado uma fita métrica de marca desconhecida numerada de 0 a 150 cm, onde foi verificada a circunferência de 3 pontos partindo de uma determinada referência anatômica. A DLM é uma técnica de compressão manual dos tecidos, que utiliza pressões intermitentes e tem como objetivo aumentar o fluxo da circulação linfática para tratamento de patologias. III Resultados Conforme pudemos observar, a DLM teve um excelente resultado como tratamento dos edemas de membros inferiores. Os gráficos representam a circunferência na horizontal, e a referência nos acidentes anatômicos do edema. Verificamos diminuição do edema nos membros inferiores através da mensuração da perimetria. Houve diminuição estatisticamente significativa da média das medidas
5 perimétricas entre a primeira e a segunda e terceira avaliações. Qualquer fator capaz de gerar aumento suficiente da pressão do líquido intersticial acima dos limites fisiológicos impedirá os mecanismos linfáticos de compensação, levando ao aparecimento de edema. Foi feita uma média dos valores da perimetria antes e depois do tratamento com DLM. Além das diferenças perimétricas, o edema também diminuiu visivelmente, e as pacientes relatam alívio das dores e a sensação de peso nos membros inferiores. A perimetria analisada para parâmetros comparativos foi realizada nos membros inferiores, levando como parâmetro inicial, a borda inferior de rotula, a nível de 5 cm a 10 cm e conseqüentemente nos maléolos lateral e medial. Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3
6 IV Discussão O objetivo do presente estudo é avaliar o efeito da drenagem linfática no quadro de possível alteração das medidas circunferências do edema de membros inferiores em idosos. Com base nesse estudo foi possível observar uma melhora satisfatória do edema utilizando a drenagem linfática manual como técnica de tratamento, e como método de mensuração utilizou-se a medição simples com a fita métrica. O estudo objetivou também a comparação entre os resultados obtidos entre a utilização da drenagem linfática manual é o enfaixamento do menbro inferior durante o estudo,apos a sexta sessão de tratamento cada paciente foi redirecionado as condutas terapêuticas,afim de exclusiva uma técnica em relação à outra.ate a 5 sessão as três pacientes foram tratadas com a drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo elástico e cinesioterapia ativa isométricos.foi utilizado como critério de elegibilidade para execução de uma técnica ou tratamento múltipla a necessidade especial de cada paciente, de acordo com a gravidade de seu edema e de sua evolução nas primeiras 5 sessões.em segundo momento, podemos avaliar os resultados obtidos da 5 a 10 sessão quando alterou-se o tratamento, onde o paciente realizou somente a drenagem linfática manual, a paciente b realizou somente enfaixamento elástica e a paciente c deu continuidade ao tratamento múltiplo completo.a justificativa é que alem do sistema circulatório sanguíneos temos o sistema linfático que é formado por um conjunto de canais que formam uma densa rede capilar por todo corpo. Onde o liquido intesticial passa para dentro dos capilares e recebe o nome de linfa que apresnta uma composição semelhante ao plasma sanguineo que é transportada para os vasos pré-coletores e coletores, assim sendo filtrado e recolocado na circulação ate chegar nos vasos sanguineos. Para Bruhss et al (1994) o sistema linfatico não possui um elemento de bombeamento tal como o sistema circulatorio sanguineo.a circulação linfatica é produzida por meio de contrações do sistema muscular ou de pulsações de arterias proximas aos vasos linfaticos. O sistema linfatico tem como função reabsorver e encaminhar para circulação tudo aquilo que o capilar não consegue recuperar o desequilibrio entre a filtração e reabsorção, e o seu papel é transporta células mortas. Segundo Fernandez et al (2001) a anatomia linfatica é composta por capilares linfaticos iniciais, com a função coletora e os capilares dispostos em forma de redes
7 fechadas, espalham-se por todo o corpo e dão origem para segunda estrutura linfatica que são os vasos linfaticos.eles possuem propriedades fisicos de alongamento e contrabilidade com valvulas que permitem a passagem da linfa e impedem o seu refluxo. A ultima estrurura linfatica são os ganglios ou linfonodos que estão localizados ao longo do trajeto dos linfaticos, com a função de filtrar a linfa e gerando respostas imunologica. Carmago (2000) Ribeiro (2002) Sntos Machado (2003), dizem que as vias linfaticas da pele e do tecido subcutâneo não possuem uma direção de fluxo definida, isto é esses capilares não são valvulados como os coletores linfaticos de maior calibre. O sentido do fluxo linfático superficial, dependem de forças externas ao sistema linfático, como que a drenagem linfática manual que aum enta absorção da linfa. A acumulação destes residuos acaba por criar problemas de varias ordens que a nivel muscular, que articula o que reflete em todo corpo no bem esta geral.a Drenagem linfática manual faz uso de movimentos suaves e cadenciadas que levam ao relaxamento do corpo e abertura dos capilares linfaticos e introdução das macromoleculas e residuos celulares nestes capilares.como é sabido são estas macromoleculas e residuos célulares os responsaveis pela acumulação de água e de gordura, criando problemas comumente relatados por paciente que procuram auxilio, tais como, pernas cansadas, celulite,dores musculares e articulares entre outros.a drenagem linfatica manual ativa os gânglios linfaticos e o seu trabalho, combatendo assim infecções e estimulantes as defesas imunitarias, atuando na prevenção de infecções (Ribeiro,1999).Umas das grandes causas da pobre drenagem linfática natural do organismo deve-se á falta de exercicio físico devido ao sedentarismo da vida moderna e as tensões acumuladas ao longo do dia, ás quais vão se acumulando com o tempo e impedindo a boa circulação sanguinea e linfática com todas as consequencias que dai advém.(ribeiro,1999) De acordo com Leduc (2000), a DLM é uma tecnica que drena os liquidos excedentes que banham as células, mantendo, desta forma, o equilibrio hidrico dos espaços interticiais.ela é também responsavel pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular.a DLM possui inumeras indicações, sendo uma tecnica capaz de remover o excesso de liquido da substancia fundamental, promover a desintoxicação do tecido intersticial, melhora a oxigenação e nutrição celular e proporcionar melhor circulação sanguinea venosa.existem ainda outras
8 formas de drenagem linfatica,com o auxilio de correntes elétricas ou ainda a pressoterapia. Os efeitos fisiológicos da drenagem linfática que nos interessam estão ligados a filtração e reabsorção dos capilares; fluxo de linfa para dentro dos capilares linfaticos; velocidade de transporte da linfa; bombeamento causado por compressão externa dos linfaticos;e, quantidade de linfa processada nos linfonodos; todos mecanismos fisiologicos relacionados ao sistema circulatório, sanguineo e linfatico, que são considerados efeitos primarios.o demais efeitos se manifestam na pele na musculatura e nos tecidos lesado com presença de dor (RIBEIRO, 1999). As explicações sobre os fenômenos observados, com base na fisiologia e/ou biomecânica precisa estar descrita aqui. Ainda nesta seção, o autor compara os resultados encontrados com trabalhos existentes na literatura e que foram citados na Introdução. V Conclusão Com base neste estudo foi possível observar uma melhora satisfatória do edema utilizando a drenagem linfática manual como técnica de tratamento.
9 Referências 1. Guyton AC; Hall J.E; Tratado de Fisiologia Médica, 10 ed., 2002, pág.: 40 a Matos, D.E.; Souza, L.F.; Maia, D.P.; Abordagem Fisioterapêutica no Paciente Idoso portador de Pé Diabético [monografia]. Manaus (AM). Faculdade Ávila; Improvement of a Compressed Inferior Vena Cava Due to IgG4 related retroperitoneal Fibrosis with Steroid Therapy 2012; 51 (13): Epub 2012 Jul 1. PMID: [PubMed indexed for MEDLINE] Free Article. Related Citations. 4. Soares R.G.; Mergulhão S.M.S; Drenagem Linfática Manual como Coadjuvante Pós Operatório de Abdominoplastia. Ver Presciência 2012: 5, Bruhns, F.B.; Ruzene, A.C.S; Simões, N.V.N. Vacuoterapia Aplicações e Efeitos em Terapia e Estética. Monografia do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos, Guirro, E.; Guirro, R; Fisioterapia em Estética, Fundamentos, Recursaos e Patologias, 3ª Ed, São Paulo: Manole, Baracho, E; Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia. 4 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan Godoy, J.M.P.; et al. Drenagem Linfática Manual: Novo, Pág. 14, vol.:1 nº 2, agosto / setembro, Guelfi, M; Estudo comparativo dos Resultados de drenagem Linfatica Eletrônica na Diurese em mulheres na Faixa Etária entre 35 e 40 anos. Monografia de Conclusão de Curso Pós Graduação em Fisioterapia Dermato Funcional do Ibrate, Takakura, S; Yoshizawa, I; Abo, M; Ochiai, K; Lymphedema 2011, Journal Gan To Kagaku Ryoho, vol 38, Issue 4, pages Badger, C; Preston, N; Seers, K; Mortimer, P. Physical Therapies for Reducing and Controlling Lymphoedema of Limbs, Year 2004; journal Cochrane Database Syst Rev; Issue 4 pages cd Guedes Neto, H.J. Tratamento Fisioterápico do Linfedema e Terapia FísicaComplexa. In: Pitta, G.B.B, Castro, A.A., Burihan, E. Angiologia e Cirurgia Vascular: Guia Ilustrado. Disponivel em Acesso em 20 de abril de Guelfi, M.A.C; Simões, NDP. Estudo Comparativo entre as Técnicas de Drenagem Linfática Manual, drenagem Linfática Eletrônica e Grupo Controle
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