OTIMISMO COM A RETOMADA ECONÔMICA BRASIL-ARGENTINA FOI DESTAQUE DURANTE O 21º MEETING INTERNACIONAL

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1 OTIMISMO COM A RETOMADA ECONÔMICA BRASIL-ARGENTINA FOI DESTAQUE DURANTE O 21º MEETING INTERNACIONAL Ana Amélia Lemos, senadora e presidente da CRA - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (foto: Gustavo Rampini) Resgatar a união dos países do Mercosul para atuar mais fortemente no mercado externo foi tema do evento que reuniu autoridades brasileiras e argentinas em Buenos Aires esta manhã As relações econômicas, institucionais e comerciais entre Brasil e Argentina foram debatidas em Buenos Aires hoje, 14 de outubro, durante o Seminário que contou com cerca de 200 empresários e lideranças da América Latina, no 21º MEETING INTERNACIONAL, promovido pelo LIDE Grupo de Líderes Empresariais. Comandado por Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e chairman do LIDE, o encontro aconteceu no Alvear Palace Hotel, na capital argentina.

2 Segundo Ana Amélia Lemos, senadora e presidente da CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária), o Brasil e o Mercosul têm pressa para a retomada do crescimento. Hoje, temos que regressar ao caminho original e unir as nossas forças. Temos 50% da produção de soja do mundo e o desafio de transformar o Mercosul em um grande competidor na área do agronegócio, disse. Declaração apoiada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, que afirmou estar confiante com a nova fase dos dois países. No Brasil, muitas medidas estão sendo tomadas e esse sacrifício será fundamental para o nosso futuro, relatou. Gabriel Casttelli, secretário de Articulação e Monitoramento dos Ministérios Institucionais do Desenvolvimento Social da Argentina comentou sobre os vínculos e desafios que ambos os países têm em comum. O Brasil, assim como a Argentina, passa por uma crise com alto índice de desemprego. Isso nos leva a pensar como podemos contribuir para acabar com a pobreza e desigualdade. Saúde, emprego e segurança, devem ser um direito de todos, destacou. A Argentina mostra sinais de crescimento do PIB graças às iniciativas do presidente Macri, afirmou o embaixador do Brasil na Argentina, Sergio Danese. De acordo com o Danese, desde o início do ano houve um crescimento do número de empresas brasileiras interessadas em incrementos na Argentina. Investimentos que geram renda e emprego nos dois países, reforçou. A Argentina é o principal emissor de turistas para o Brasil, cerca de 2 milhões, e acredito que este número deva ser superado este ano. Se fossemos um só país, teríamos o 6º maior PIB do mundo, pontuou o embaixador. Para o ministro do Turismo Marx Beltrão, Brasil e Argentina têm ofertas turísticas complementares. Chegou a hora de aplicar a política do multidestino. O Brasil é a 10ª economia de turismo no mundo. É pouco. Pesquisa recente apontou que 88% dos turistas que visitaram o nosso país pretendem voltar. O turismo tem tudo para ser a nova fronteira do desenvolvimento dos dois países, comenta.

3 A aprovação da PEC 241, que limita o teto dos gastos públicos, também foi debatida entre os participantes. Para Marcos Troyjo, economista, diplomata e cientista social, o Brasil é atualmente o segundo maior mercado emergente. O Ibovespa registra ganhos altíssimos este ano e, com as reformas propostas, o ganho para os investidores pode ser ainda maior, disse o economista. Segundo Pérsio Arida, chairman do BTG Pactual, o atual déficit público é um fator negativo para o Brasil, no entanto, o País está pronto para crescer de forma significativa. Vai ser uma recuperação lenta, pois tivemos uma devastação nas contas sem precedentes. Porém, a retomada de investimentos estrangeiros depende da estagnação da dívida. Sou otimista, e sei que vamos colocar o Brasil de volta aos trilhos, comentou. Participaram do primeiro debate, que teve como tema Ações bilaterais Brasil/Argentina : o ministro do Turismo, Marx Beltrão; embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio Danese; o governador de Goiás, Marconi Perillo; além de Fernando Furlan, secretário-executivo do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Ana Amélia Lemos, senadora; Pedro Vilela, deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados; Marcos Troyjo, economista, diplomata e cientista social; Pérsio Arida, chairman do BTG Pactual. Pelo lado argentino participaram Luis Pagani, presidente do Grupo Arcor multinacional argentina; Orlando Ferreres, presidente do LIDE Economia na Argentina; e Juan Carlos Villa Larroudet, presidente da Omint. O secretário executivo do MDIC, Fernando Furlan, abriu a segunda rodada de debates reforçando a necessidade de mudanças. Após a consolidação do teto de gastos públicos será fundamental encaminhar a reforma previdenciária, e por fim, focar na legislação trabalhista, destacou o secretário. Segundo Furlan, Brasil e Argentina assinaram um acordo que reconhece a origem dos produtos de forma digital. Sem dúvida é um desafio muito grande em relação a convergência regulatória, disse. Para Luis Pagani, presidente do Grupo Arcor os entraves comerciais dificultam os processos. Acredito que a recessão econômica brasileira e argentina estão

4 em passos de recuperação. No entanto, a queda do comércio por preço de commodities, redução de consumo, perda de reservas e freio nas importações, devem ser sentidos. O Mercosul tem grande relevância na produção mundial de alimentos. Ocupamos a primeira posição na produção de soja e carne bovina, segunda na produção de carne de frango, e somos os terceiros na produção de milho e leite. Uma maior integração regional de cadeias de valores para exportação será fundamental para ampliar nosso potencial como provedores de insumos. Para Roberto Giannetti, vice-chairman do LIDE, é preciso ter a coragem de, a partir dos acertos e erros, relançar o Mercosul dentro de uma visão moderna. A começar fazendo o que não foi feito. Estamos vivendo um momento em que as duas economias estão convergindo, mas precisamos pensar de forma macroeconômica. Tanto Brasil quanto Argentina possuem uma economia extremamente fechada. Está na hora de derrubar barreiras, superar protecionismos e tarifas para enfim, se integrar ao mundo, disse Giannetti. Ainda na avaliação de Giannetti um dos grandes erros que foram praticados foi utilizar taxa de câmbio para controlar a inflação, pois impactou de forma negativa no comércio exterior. A medida em que estamos praticando câmbio flutuante, estão criadas as condições para a abertura. Não há como imaginar que vamos continuar praticando tarifas aduaneiras altas, caso negativo ficaremos isolados do mundo. Durante o evento, as agências de fomento Agência Argentina de Investimentos e Comércio Internacional, presidida por Juan M. Procaccini, que na ocasião foi representado por Lorena Triaca, diretora de assuntos jurídicos, e Investe São Paulo, liderada por Juan Quirós, assinaram Acordo de Cooperação, iniciativa inédita para incentivar o desenvolvimento econômico e comercial entre a Argentina e o Estado de São Paulo, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico do Estado Paulista e o país vizinho. O 21º MEETING INTERNACIONAL conta com patrocínio da AMIL e GOCIL; e apoio da VIDEOLAR-INNOVA e WHIRLPOOL. Participação especial da BASF, PASSARELLI e RV

5 IMOLA; e participação de OMINT. A colaboração é de ATHIÉ WOHNRATH, BENEFICENCIA PORTUGUESA, GS&MD, INFORMAR SAÚDE, ROLDAO, ROSSI, UNITCARE, VICUNHA TEXTIL e VITACON. Como fornecedores oficiais, estão CDN COMUNICAÇÃO, ECCAPLAN, GELATO BOUTIQUE, MARINGÁ TURISMO, MISTRAL e VINCI, RODOBENS COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL, TALENT e UPS. As revistas ÉPOCA, ÉPOCA NEGÓCIOS, ISTOÉ e ISTOÉ DINHEIRO, a rádio JOVEM PAN, o jornal PROPMARK; PR NEWSWIRE; e as revistas MEETING & NEGÓCIOS e LIDE e a TV LIDE são mídia partners.