Monitor Mercantil RJ 15/12/2009 1º Caderno 1
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- Eric de Santarém Anjos
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1 Monitor Mercantil RJ 15/12/2009 1º Caderno 1
2 Jornal do Commercio RJ 15/12/2009 Economia A-2
3 Valor Econômico SP 15/12/2009 Especial Investimento A13
4 JB On Line RJ 15/12/2009 Economia Online Perspectiva de alta da Selic em 2010 exige novas medidas para o câmbio (Adriana Diniz) RIO - A perspectiva de que o governo tenha que aumentar os juros em 2010, para conter uma possível aceleração da inflação, levanta uma questão também importante para a economia brasileira: como evitar a enxurrada de capital estrangeiro no mercado já que os investimentos no Brasil ficariam mais atrativos com o aumento dos juros e a consequente queda do dólar? Para alguns economistas, a valorização do real, acende temores a respeito de uma desindustrialização do país, já que o dólar barato desestimula as exportações. Para outros, no entanto, o mercado interno é maior e mais importante para a economia. Não dá para ter um mesmo volante para dois carros, em estradas diferentes. Ou o governo abandona o câmbio ou abandona a inflação. E controlar a inflação, ou seja, estabilizar a economia interna, é muito mais importante que incentivar as exportações, como mostra o histórico do país explica o economista Antonio Carlos Porto Gonçalves, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, que acredita que a retirada das desonerações oferecidas pelo governo também seria uma saída para frear o consumo e estabilizar o mercado interno. Para o professor de Estratégia Financeira, do Ibemec, Hélio França, além do fim dos incentivos fiscais, seria necessário que o governo reduzisse os gastos públicos e anunciasse um aumento mínimo dos juros. A inflação está sendo pressionada pela alta demanda por bens de consumo e pelo volume de investimentos públicos. Para conter a inflação sem provocar a aumento da cotação do dólar, será necessário que o governo adote uma série de medidas e não simplesmente aumentar a taxa de juros, explica o economista, que é contra outras medidas que vêm sendo adotadas pelo governo, sem resultado expressivo, como a tributação dos investimentos estrangeiros em renda variável e fixa no Brasil em 2% de IOF. O governo comprar dólares também seria uma medida inflacionária, portanto, não aconselhada num momento como esse. Não vai ser tarefa fácil (conter a inflação sem pressionar a queda do dólar). Segundo o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, o dólar deve caminhar a níveis muito mais baixos com a melhora dos fundamentos da economia no longo prazo. O grau de investimento concedido nos últimos anos pelas principais agências de classificação de risco chancela as reformas realizadas pelo Brasil, que deve ver uma depreciação ainda maior do dólar caso a avaliação fique mais positiva no futuro. Taxas de câmbio e juros impensáveis hoje vão se manifestar no futuro disse Franco, em seminário em São Paulo É impossível imaginar que, ao deixar de ser o país campeão mundial de juros, a moeda brasileira não vá se fortalecer. Já o economista Armando Castellar Pinheiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do
5 Rio de Janeiro (UFRJ), se mostra otimista: A expectativa é de que a necessidade de subir juros coincida com a diminuição da liquidez no exterior. Ninguém tem muita certeza de quando seria isso. Mas a diminuição da liquidez no exterior deve compensar um possível aumento na taxa de juros e minimizar as consequências para o câmbio brasileiro. Para Mário Faveret, professor da Faculdade de Ciências econômicas da UERJ, o governo brasileiro deveria ser menos conservador e mais transparente em relação à política de juros adotada. Se houver uma maior clareza de como o governo irá fixar a taxa de juros, o próprio mercado ajudaria estabelecer juros mais próximos do ideal afirma o economista.
6 Último Segundo SP 15/12/2009 Economia Online Alta de déficit é preocupante, afirma Coutinho (Não Assinado) O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que é "preocupante" a perspectiva de aumento do déficit de transações correntes do País para Com a previsão de avanço do PIB de 6% no ano que vem, junto com o crescimento fraco das exportações, várias analistas estimam que tal saldo negativo deve mais que dobrar nos próximos 12 meses. De acordo com o JPMorgan, o déficit em conta corrente deve subir de US$ 23 bilhões em 2009 para US$ 56 bilhões em 2010, o que representa um aumento de 1,4% para 3,2% do PIB. "Tenho reiterado sempre que um déficit de conta corrente muito superior a 1,5% do PIB não é muito saudável", disse Coutinho. Para ele, é importante que o País adote algumas diretrizes para evitar que o saldo negativo das contas externas supere um patamar razoável. Segundo Coutinho, o principal elemento que vai nessa direção é o avanço da poupança doméstica, em todas as suas frentes, sejam elas das famílias, das empresas e do governo. Passados os efeitos da crise financeira mundial sobre a economia nacional, o Brasil deve estabelecer entre suas prioridades um avanço substancial dos investimentos a fim de ampliar a capacidade de crescimento sem gerar pressões inflacionárias. O comentário de Luciano Coutinho, sintetiza a intenção do governo de ampliar a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no longo prazo. O estudo Projeto PIB: Perspectivas de Investimento no Brasil, feito por acadêmicos e apoiado pelo governo, tem como objetivo avaliar as possibilidades de ampliação dos investimentos no Brasil em infraestrutura, indústria e economia do conhecimento com foco específico até "O setor industrial no Brasil venceu a necessidade de ser competitivo no curto prazo. Agora, precisamos estimular o avanço dos investimentos das empresas no horizonte de vários anos à frente", comentou o coordenador-geral do projeto, o professor da UFRJ David Kupfer. O estudo destaca dados já divulgados pelo BNDES, segundo os quais os investimentos no Brasil atingiram R$ 539,2 bilhões entre 2005 e De acordo com o banco oficial, os projetos firmes que vão de 2009 a 2012 apresentam um montante de R$ 730,7 bilhões. De acordo com alguns dos responsáveis pelo trabalho, boa parte desses recursos está relacionada a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O estudo aponta que há problemas na evolução da Formação Bruta de Capital Fixo nesta área. De acordo com o trabalho, três pontos devem ser ressaltados. O primeiro é que a ampliação do patamar de investimento nos últimos anos, vinculada às obras do PAC, "se constitui numa retomada necessária, mas
7 desordenada" da expansão da infraestrutura no Brasil. Num segundo ponto, o estudo destaca que a expansão de longo prazo da infraestrutura do Brasil necessita de planejamento integrado e sistêmico nos diferentes segmentos produtivos, pois, em muitos casos, não são exploradas. O terceiro tópico relevante é a coordenação "deficiente" entre os processos de execução necessários para a viabilizar um projeto: "É indispensável modificar o fluxo de execução técnica dos projetos até a efetiva entrada em operação dos novos ativos."
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