O REGIME DA FRUTA ESCOLAR EM PORTUGAL Uma Estratégia Europeia de promoção do consumo de frutos e Hortícolas
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- Dalila Franca Leal
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1 O REGIME DA FRUTA ESCOLAR EM PORTUGAL Uma Estratégia Europeia de promoção do consumo de frutos e Hortícolas
2 De forma simples, o que é o RFE? Meio de distribuição gratuita de hortofrutícolas a todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico que frequentem estabelecimentos de ensino público, e de realização de atividades no meio escolar que visem o desenvolvimento de competências de alimentação saudável e o conhecimento das origem dos produtos agrícolas.
3 Obesidade Números e Factos - Europa OMS, 2007
4 Obesidade Custos e Competitividade WHO, 2007 A epidemia da obesidade representa um dos mais graves desafios para a saúde pública na Europa.
5 Impacto da educação em saúde no padrão alimentar Portugal vs Irlanda
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7 Qual a base legal do RFE? UE - Recomendação da Presidência Portuguesa do Conselho da UE (2007) UE - Regulamento n.º13/2009, do Conselho, de 18/12/2009 (altera o Regulamento n.º1234/2007, do Conselho, de 22/10/2007) - aprovação, no âmbito das ajudas aos produtores, de regime para a distribuição às crianças de frutas e hortícolas nas escolas. UE - Regulamento n.º288/2009 da Comissão, de 7/04/2009 estabelecimento de normas de execução do regime de fruta escolar. PT - Portaria n.º1242/2009, de 12/10/2009, estabeleceu o Regulamento do RFE, a vigorar no ano letivo de 2009/2010, (primeiro ano de implementação).
8 Entidades responsáveis pelo RFE? DGS Dr. Francisco George MS MEC MAMAOT DGE GPP
9 Quem aderiu ao RFE? Todos os Estados-Membros da UE, exceto Inglaterra, Suécia e Finlândia por já possuírem regimes similares.
10 O Padrão alimentar das crianças e adolescentes: Qual pode ser o papel do RFE em Portugal?
11 O Padrão alimentar das crianças e adolescentes: Qual pode ser o papel do RFE em Portugal?
12 Estratégia Nacional: objectivos Saúde Pública: Melhorar a qualidade nutricional da oferta alimentar em meio escolar contribuindo para reduzir o risco de doenças crónicas associadas à obesidade. Educação: reforçar a aquisição de competências nas áreas da educação alimentar e da saúde em contexto escolar. Agricultura: aproximar as crianças do mundo rural e dar a conhecer a proveniência dos alimentos, com vista à criação e manutenção de hábitos de consumo de hortofrutícolas.
13 Obesidade Determinantes Factores internacio nais Nacionais Regionais Comunidade Trabalho/ Casa/Escola Nível Individual Transporte Transportes Públicos Tempos Livres/ Espaços de lazer Globalização dos mercados Planeamento urbano/ Urbanização Segurança nas ruas Tipo e organização de trabalho Gasto Energético Desenvolvimen to Saúde/ Segurança Social Cuidados de Saúde Doenças infecciosas % Obesos Comunicação & Publicidade Media & Cultura Higio - Sanidade Alimentação e AF no local de trabalho Ingestão Educação Oferta da indústria alimentar Família e Casa Alimentação & Nutrição Produção Agrícola/Hortas/ Mercados locais Alimentação e AF na escola Adaptado de Astrup A, 2001
14 Prevalência da pré-obesidade e obesidade infantil em Portugal 2 a 5 anos 11 a 15 anos 36,2% 34,8% 35,3% 32,7% (Estudo SPEO/Plataforma contra a Obesidade, 2009)
15 EN: Um novo olhar sobre a relação alimentação - saúde. Começar pela cooperação intersectorial. Obter ganhos em saúde através da criação de hábitos de alimentação saudáveis. Menos crianças com peso a mais. Envolver/comprometer os Municípios no processo. Ensinar a comer comendo. Os alimentos são o centro do projeto educativo. Dar à agricultura e os agricultores um lugar central, onde as questões ambientais e podem ser ensinadas. Incentivar a produção regional é incentivada e dessa forma alavancar a economia e o emprego local.
16 Máquinas de venda Projectos Clubes Media Gestão escolar Professores Família Programas Competências alimentares Refeições escolares Empresários Restauração Industria de entretimento Regras de Planeamento Urbano Base Aluno Psicobiológica Cultura Social Grupo de ação Alavancas Próximais Alavancas Distais Procura Catering Prof. Saúde Formação dos professores Acesso gratuito à água Media Serviços à comunidade Leite escolar/ Fruta escolar Actividade física Supermercados Serviços de saúde Autarquias Oferta Industria do lazer Sistema de Transportes Agricultores
17 Responsáveis locais: Municípios Organizar a candidatura ao RFE Comprar frutas e produtos hortícolas, adiantando a verba necessária para o financiamento. Distribuir os produtos nas Escolas (transporte) Dinamizar a economia local através da sensibilização da comunidade e das associações de produtores locais Assegurar a ligação entre os órgãos centrais, as escolas e a comunidade.
18 Responsáveis locais: Municípios Notícia do Jornal Correio do Minho de 19Abr2012 ( ) a autarquia de Ponte da Barca, em parceria com o Agrupamento de Escolas, tem promovido, também, a visita de alunos que frequentam o 3º e 4º ano do 1º ciclo do ensino básico de todos os Centros Escolares do concelho a uma central hortofrutícola sediada em S. Martinho de Crasto, ( )
19 Responsáveis locais: Agricultores Vender as frutas e produtos hortícolas; Podem aproveitar para direcionar a produção excedentária. Disponibilizar informação sobre os produtos Colaborar na execução das medidas de acompanhamento, por exemplo, plantar ou colher frutos Apoiar a atividade dos Municípios Divulgar o RFE
20 Responsáveis locais - Escolas Veículo de educação para a saúde Integrar o RFE no plano curricular Distribuir os produtos aos alunos alvo (sala de aula) Execução global do RFE Propor as medidas de acompanhamento Motivação dos encarregados de educação
21 5 princípios para o sucesso das políticas alimentares em ambiente escolar Ajudar as crianças a desenvolver competências (e não apenas aprender teoria) Dar aos alunos repetidas oportunidades de comer de forma saudável na escola Transformar as aulas de educação alimentar em algo emocionalmente apelativo e participativo Envolver toda a comunidade educativa e construir mensagens de alimentação saudável consistentes como parte integrante do resto das atividades escolares Fazer com que as atividades de educação alimentar façam parte das políticas alimentares regionais e/ou nacionais
22 Responsáveis locais Unidades de Saúde Veículo de educação para a saúde Colaboração nas atividades pedagógicas de promoção de alimentação saudável e prevenção da obesidade e doenças crónicas. Colaboração na realização de medidas de acompanhamento, por exemplo preparar uma salada de frutas, explicando os benefícios dos nutrientes.
23 Modelo de Distribuição 2 dias por semana 30 semanas por ano letivo 1 peça ou porção por criança Sem coincidir com outra refeição Distribuição durante a tarde, obrigatoriamente na sala de aula e na presença do Professor Não coincidir com o leite escolar
24 Lista de produtos elegíveis
25 Critérios para seleccionar produtos Forma de apresentação (produtos frescos) Qualidade (50% qualidade certificada) Origem (preferencialmente local) Sazonalidade Impacto ambiental (transporte e embalagens)
26 Fluxograma de procedimentos Municípios candidatam-se até 30 de Junho Distribuição nas Escolas 30 semanas Execução medidas de acompanhamento IFAP divulga financiamento até 31 de Julho Compra de hortofrutícolas Pedido de reembolso ao IFAP (trimestral) Municípios propõem medidas de acompanhamento até 30 de Novembro Concurso para seleção de fornecedores Pagamento em 3 meses pelo IFAP
27 Orçamento RFE /10 e 2010/2011 Distribuição Gratuita e monitorização e avaliação Medidas de acompanhamento* TOTAL Fonte de Montante financiamento (Euros) FEAGA OE Subtotal FEAGA 0 OE Subtotal FEAGA OE TOTAL *estimado como 8% do valor associado à distribuição
28 RESULTADOS O RFE abrange atualmente em Portugal: 45% dos MUNICÍPIOS 135 (300) 56% das ESCOLAS 2911 (6401) 52% dos ALUNOS ( )
29 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO: conclusões (i) Os alunos de escolas com RFE consomem fruta a meio da manhã e a meio da tarde em maior proporção do que os alunos de escolas sem RFE. Os encarregados de educação dos alunos do 2.º ano de escolas com RFE reportam maior consumo de fruta pelos educandos do que os de escolas sem RFE. De acordo com os encarregados de educação, maior proporção de alunos de 4.º ano de escolas com RFE do que de alunos de escolas sem RFE consome mais fruta na escola do que em casa, não se verificando o mesmo relativamente aos alunos do 2.º ano de escolaridade.
30 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO: conclusões (ii) A quase totalidade dos professores refere que pelo menos três quartos dos alunos consomem os alimentos do RFE. Os alimentos mais apreciados são a maçã e a tangerina; o tomate e a cenoura são aqueles de que os alunos menos gostam. Os alunos de escolas com RFE gostam de pêra mais do que os alunos de escolas sem RFE, mas gostam menos de cenoura, cerejas, laranja, maçã e tomate. Os alimentos mais frequentemente distribuídos são a pera, a maçã, a tangerina e a clementina.
31 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO: conclusões (iii) Os alunos de escolas com RFE reportam em maior proporção que costumam comer fruta com os amigos e que comer fruta os faz aprender melhor. Para os alunos das escolas com RFE ficar com as mãos sujas ou preferir outros alimentos a meio da manhã ou da tarde, são barreiras menores ao consumo de fruta. A fruta do RFE é principalmente distribuída na sala de aula. A fruta é geralmente distribuída pelo professor. As medidas de acompanhamento mais frequentes foram canções ou poemas, a folhetos ou livros e a vídeos ou filmes.
32 Análise global dos Relatórios de Avaliação dos Estados-Membros UE - Março de 2012 (i) Os resultados positivos do RFE não são uma prova da sua eficiência na alteração dos hábitos de consumo das crianças a longo prazo, mas apenas um princípio encorajante. O RFE tem assim um enorme potencial e revela-se como um instrumento adequado à obtenção do objetivo proposto. Os constrangimentos identificados não respeitam diretamente ao RFE, mas a exigências de natureza administrativa, logística ou de financiamento. As medidas de acompanhamento são um fator de sucesso, contudo existem dificuldades na sua realização, mormente por falta de financiamento.
33 Análise global dos Relatórios de Avaliação dos Estados-Membros EU - Março de 2012 (ii) Existe a necessidade de dar maior visibilidade ao RFE, aumentar a informação a disponibilizar e envolver maior número de atores e stakeholders. A maioria dos EM referem existir potencial para aumentar a eficácia do RFE através do aumento da duração e frequência de distribuição dos produtos, bem como a sua variedade. Várias avaliações apontam os benefícios de envolver grupos sócio-economicamente desfavorecidos e/ou a necessidade de encontrar melhores formas de envolver os rapazes.
34 Cartaz do RFE
35 Website do RFE
36 Algumas boas práticas ARS Norte Câmara Municipal de Alcobaça Câmara Municipal de Vila Real de S. António Câmara Municipal de São Brás de Alportel Câmara Municipal de Reguengos Monsaraz Câmara Municipal de Matosinhos
37 Newsletter da Plataforma contra a obesidade Nesta publicação da Direção-Geral da Saúde (com periodicidade mensal) é divulgada informação sobre o RFE junto das Unidades do Serviço Nacional da Saúde on-line), designadamente sobre os benefícios em saúde ou boas práticas.
38 Websites
39 A NOSSA EQUIPA Obrigada pela vossa atenção! Nina de Sousa Santos
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